3__

Page 1

Política

A3

13 A 19 DE MARÇO DE 2016 WWW.IMPACTOMS.COM

E-mail: jornalimpactoms@hotmail.com

ELEIÇÃO 2016 Ex-governador do Estado, André Puccinelli, líder maior do partido em MS, abonou sua filiação

Márcio Fernandes chega ao PMDB com pose de supercandidato a prefeito Valdemir Resende/Correio do Estado

Jota Menon

O

ato de filiação do deputado estadual Márcio Fernandes no PMDB teve todas as nuanças de que o parlamentar chega à legenda melhor organizada em Mato Grosso do Sul na condição de forte pré-candidato à sucessão do atual prefeito Alcides Bernal (PP), que deve concorrer à reeleição pela sua legenda. Na solenidade, no último dia 2, ocasião em que o ex-governador do Estado, André Puccinelli, líder maior do partido em MS, abonou sua filiação, estavam presentes expoentes de outras agremiações políticas, causando burburinhos, entretanto, as presenças do ex-prefeito da Capital, Nelson Trad Filho, tido como précandidato do PTB, e do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, principal liderança do PSDB estadual. Outro fator que veio somar com a “desconfiança” nos

meios políticos de que Márcio Fernandes pode se tornar candidato de um grande grupo político, foi a saída de cena do médico Ricardo Ayache, que trocou o PT pelo PSB para ser candidato a prefeito e vinha recebendo muitas manifestações de apoio. Logo depois de anunciar a desistência da pré-candidatura, Ayache, que foi candidato a senador na eleição passada, foi visto entrando e saindo do escritório do ex-governador do Estado André Puccinelli com quem se reuniu às portas fechadas. Há também outras desistências de colegas de Fernandes, como a deputada Mara Caseiro, que foi eleita junto com ele pelo PTdoB, e que foi recentemente para o ninho tucano, mas já na condição de ex-pré-candidata. O deputado estadual Felipe Orro que foi barrado no PDT, deve deixar a legenda e se abrigar no PPS, mas já com o sonho de sentar na cadeira ora

Márcio Fernandes pode ser candidato numa coligação ampla, integrada por três grandes partidos, PMDB, PSDB e o PTB

ocupada por Bernal abortado, ao menos temporariamente. Em síntese, o encontro entre os três expoentes da política estadual – André Puccinelli, Nelsinho Trad e Reinaldo Azambuja – pode ter sido casual, uma vez que o

BRASIL EM CRISE

agora parlamentar do PMDB, dizem, sempre foi muito querido no seu círculo de convivência. Porém, como dizem que onde há fumaça, há fogo, aguardam-se mais alguns dias para ver qual solução Reinaldo Azambuja vai dar para

SÃO GABRIEL DO OESTE

Ideia de ocupar ministério começa a agradar Lula

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre o governo e a cadeia

Nos últimos dois dias o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a admitir a possibilidade de aceitar um ministério no governo Dilma Rousseff. Interlocutores do petista perceberam nas conversas com Lula uma postura diferente da primeira vez em que a hipótese foi levantada, no ano passado, quando ele rejeitou essa possibilidade. Segundo aliados de Lula, ele descarta a hipótese de aceitar um ministério como estratégia de defesa nas investigações em que é citado pela Operação Lava Jato e pelo Ministério Público de São Paulo. Mas, diante da perspectiva de ajudar o governo Dilma a sair da crise, o ex-presidente se mostrou disposto a avaliar a possibilidade. Até o fim da tarde da quinta-feira (10), dirigentes petistas e líderes sindicais pressionavam Lula a tomar uma decisão, de preferência até este fim de semana. O pedido de prisão preventiva feito pela Promotoria paulista, no entanto, pode atrasar a de-

a questão da Secretaria de Justiça, cujo atual titular deve perder o posto: se der Fábio Trad será um pré-anúncio de uma supercoligação com vistas a enfrentar o fenômeno Bernal, e com Márcio Fernandes na cabeça.

finição. Conforme auxiliares, o petista não deve se decidir antes da manifestação da Justiça sobre o pedido do Ministério Público Estadual. Embora Lula faça questão de separar a dimensão política das possíveis consequências jurídicas de assumir um ministério, advogados próximos ao ex-presidente especulam sobre o impacto em relação às investigações das quais Lula é alvo. Existem pelo menos duas vertentes. A primeira considera que, ao aceitar uma pasta, Lula teria obteria foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal e, assim, estaria fora do alcance da Lava Jato e do Ministério Público Estadual. O segundo grupo argumenta que, ao entrar na equipe de Dilma, Lula daria o pretexto para a Lava Jato decretar sua prisão por obstrução à Justiça. REFLEXÃO - O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou na quinta-feira que Lula vai se recolher no fim de semana para refletir sobre se aceita

um cargo no governo Dilma para “salvar o nosso projeto”. Falcão, que participou de plenária com lideranças dos movimentos sociais da Frente Brasil Popular, em São Paulo, relatou que passou boa parte do dia reunido com Lula “refletindo”. “Ele não disse nem sim, nem não. Essa decisão cabe exclusivamente a ele”, afirmou Falcão. O presidente do PT relatou como Lula recebeu a notícia do pedido de prisão. “Lula falou: ‘Não quero pensar nisso agora. Vou refletir sobre essa decisão difícil que tenho que tomar’.” COBRANÇA - Petistas citam a Secretaria de Governo e a Casa Civil como destinos possíveis de Lula, caso aceite integrar o governo. Se a escolha for pela Casa Civil, o atual titular da pasta, Jaques Wagner, iria para o Ministério da Justiça. Ontem, durante reunião com petistas, sindicalistas e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em São Paulo, Lula foi cobrado a aceitar o ministério e ajudar o governo a sair da crise. Segundo relatos, ele sorriu, mas não respondeu. Depois que o Ministério Público paulista pediu a prisão preventiva, Wagner ligou para Lula e insistiu para que assumisse um ministério, mas ele novamente recusou a oferta. À noite, Dilma se reuniu com os ministros Jaques Wagner, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) e com o assessor especial Giles Azevedo, no Palácio da Alvorada. Na avaliação do governo, o Ministério Público de São Paulo, ao pedir a prisão de Lula, jogou combustível na crise, incitando os militantes do PT a ocuparem as ruas em defesa do petista. Informações são do Jornal “O Estado de S. Paulo”

Assessoria

Leocir Montagna confirma pré-candidatura a prefeito O vereador Leocir Montagna confirmou sua condição de pré-candidato a prefeito de São Gabriel do Oeste pelo Partido Democrático Trabalhista - PDT. Ele foi entrevistado pelo correspondente de Impacto naquele município, Francisco de Jesus Vieira, e durante o bate-papo ao vivo na Rádio Diamante FM ele fez uma avaliação dos três anos desse que é seu primeiro mandato e reafirmou a postura de colocar seu nome à disposição do partido. Ele afirmou que nestes três anos de mandato tem atuado no sentido de fazer o que um vereador tem de fazer: fiscalizar a execução orçamentária, a aplicação do dinheiro público, receber as reivindicações da coletividade e cobrar ações do Poder Executivo. Neste contexto ele destaca que, apesar de ser vereador de primeiro mandato, apresentou vários projetos ao plenário da Casa, os quais foram apreciados e aprovados pelos seus colegas. Ele destaca como um projeto importante o que possibilitou a retomada do lançamento de loteamentos populares no município de São Gabriel do Oeste. “Fizemos as devidas adequações e hoje estão surgindo novos loteamentos, possibilitando a retomada do crescimento de nossa cidade” disse. Sobre a eleição do final do

ano, quando serão eleitos os novos prefeito, vice-prefeito e componentes da Câmara Municipal, o vereador Leocir Montagna, que é presidente municipal do PDT, afirmou que a legenda está preparada para ir a disputa com candidatura própria na chapa majoritária e com uma boa chapa de candidatos a vereadores e vereadoras. “Estamos realizando diversas reuniões e nestas reuniões temos realizado a filiação de homens e mulheres, pré-candidatos à Câmara Municipal de São Gabriel do Oeste. Hoje, já podemos dizer que temos uma chapa muito boa para ir para a eleição, estando em plenas condições de disputar a sucessão municipal” afirmou o legislador gabrielense. Ainda sobre o assunto, Leocir Montagna confirmou encontros com lideranças de diversos partidos políticos, alguns que, inclusive, o convidaram a mudar de legenda, aproveitando a janela aberta pelo Tribunal Superior Eleitoral e que vai até o próximo dia 18, porém, ele garante que fica no PDT. “Fico no partido e sou pré-candidato a prefeito. Estamos de portas abertas, prontos para receber integrantes de outros partidos que queiram somar com o nosso projeto de desenvolvimento para o município de São Gabriel do Oeste”.

Willams Araújo Bicadas Junto com a janela partidária aberta pelo Congresso Nacional abriu-se também um precedente perigoso a muitos políticos que resolveram bater asas em outras direções. Alguns podem ter acertado na mosca com a decisão de deixar o partido em que se abrigava. Outros, porém, podem ter assinado seus atestados de óbito. Após o embate eleitoral deste ano, vem o de 2018, e é nesse que muita gente pode enfrentar dificuldades em se eleger, principalmente aqueles que resolverem disputar espaço em partido do poder. A briga promete ser titânica. Calmaria Em rodinhas políticas é comum ouvir-se de tudo, inclusive de possível apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) à candidatura do ex-governador André Puccinelli (PMDB) à prefeitura da Capital. Analistas veem isso como uma estratégia do tucano em limpar a área para 2018, indo para sua reeleição sem sobressaltos. Por outro lado, fala-se também que uma amarração com Zeca do PT estaria consolidada, dando de bandeja ao petista uma das vagas ao Senado. Verdade ou não, ninguém apareceu ainda para dizer o contrário. Portanto, onde há fumaça há fogo. Na pressão A pressão sobre o governo pode fazer a presidente Dilma Rousseff renunciar ao mandato a qualquer momento. Essa decisão vai depender muito do barulho das ruas que a população pretende fazer ecoar amanhã em todo o país. Outro fato que corrobora para um adeus da petista é o racha em sua base de apoio, especialmente do PMDB, que deve decidir se permanece ou não apoiando seu governo. Não bastasse isso, tem a delação do senador Delcídio do Amaral, que pelo conteúdo vazado, compromete e muito a administração da presidente. Ela talvez não espere pela votação do impeachment. Hilário Entre os anos de 2000 e 2015, pelo menos 475 indígenas foram assassinados nas aldeias de Mato Grosso do Sul. No período também foram cometidos 753 suicídios de indígenas. Os números foram apresentados na quinta-feira (10) pelo coordenador da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) de Mato Grosso do Sul, Hilário da Silva, durante depoimento da CPI criada pela Assembleia para apurar a suposta omissão do governo do Estado no tocante à violência indígena. Kadiwéu Hilário disse que as mortes e suicídios estão catalogados no DSEI/MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul). O coordenador, que é indígena da etnia Kadiwéu, contou que só em 2015 foram 45 suicídios, sendo 33 homens e 12 mulheres, a maioria entre 10 e 29 anos.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.