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Política

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DOMINGO, 28 DE FEVEREIRO DE 2016 WWW.IMPACTOMS.COM

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JANELA PARTIDÁRIA Ela se elegeu vereadora, em 1996, na pequena cidade de Eldorado, no extemo-sul do Estado

Mara Caseiro confirma ida ao PSDB e diz que pode ser candidata dos tucanos F

alando com a razão, a deputada estadual Mara Caseiro (ainda no PMB) afirmou na sexta-feira, 26, que pode ser colocada na lista dos pré-candidatos do PSDB à prefeitura de Campo Grande, embora faça questão de deixar bem claro que, caso se confirme sua filiação à legenda tucana, essa não terá sido condição sine qua non para aceitar o convite que lhe foi apresentado pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja, ainda no ano passado. Dentista, Mara Caseiro é a típica liderança política de sucesso meteórico. Ela se elegeu vereadora, em 1996, na pequena cidade de Eldorado, no extemo-sul de Mato Grosso do Sul. No único mandato no Legislativo se tornou a primeira mulher a presidir a Casa de leis. Da Câmara para a Prefeitura Municipal foi questão de tempo. Em 2000 tornou-se prefeita e em 2004 reelegeu-se para exercer o segundo mandato consecutivo frente ao Poder Executivo Municipal. Graças ao trabalho desenvolvido na Prefeitura de Eldorado, tornou-se uma liderança conhecida em toda região, o que lhe proporcionou ser muito bem votada e se eleger deputada estadual, em 2014, cargo para o qual foi reeleita no último pleito

Jornal Impacto MS

realizado em 2014. Em ambas as eleições para a Assembleia Legislativa, Mara Caseiro se elegeu pelo PTdoB, legenda que ajudou a se transformar em partido de peso no Estado. Na semana passada, Mara Caseiro visitou a redação de Impacto e concedeu entrevista para o radialista e jornalista Eli Sousa, da Rádio Diamante FM. Na oportunidade ela se recordou de como começou a carreira política: “Eu trabalhava no posto de saúde, no meu consultório e no distrito. E o povo falava que eu deveria ser política, mas eu relutava, pois, pensava minha vida profissional. Acabei disputando a eleição para a Câmara Municipal e ficou claro que esse era o anseio da população tanto que fui eleita consecutivamente vereadora, prefeita por dois mandatos e depois eleita e reeleita deputada estadual”. Sobre sua atuação como parlamentar, ela conta que dentro das limitações impostas pelo cargo, tem feito o possível para trazer resultados positivos à população de Mato Grosso do Sul. “Eu me elegi pelo cone-sul, onde era mais conhecida pelo meu trabalho na prefeitura de Eldorado, mas quando se torna deputado se passa a atuar para todo o Estado e não se tem como negar atender uma liderança de outra região do Estado. Quando

você é procurada para resolver o problema de uma estrada, de uma demanda da educação de qualquer que seja o município do Estado, passamos a entender que não somos apenas a deputada do Cone-Sul, mas a deputada de Mato Grosso do Sul” relata a parlamentar de malas prontas para assinar a ficha e adentrar ao barco dos tucanos. Mara enfatiza as dificuldades que os parlamentares têm para legislar, devido às restrições de se criar leis que resultem despesas para o erário estadual. “Assim, nós procuramos ouvir nossas lideranças e a apresentamos suas demandas às autoridades para que eles deem solução”. A deputada estadual que é cotada para disputar a Prefeitura de Campo Grande ainda fala sobre as emendas parlamentares que anualmente são liberadas para serem destinadas para ações sociais e de saúde. “Direcionamos 90% das nossas emendas para a atender o setor de saúde dos nossos municípios, proporcionando aquisição de mamógrafos, Raio X, veículos, enfim, equipamentos paras os hospitais”. O setor de educação também recebe atenção da deputada. Ela relata que até o ano pas-

Deputada Mara Caseiro concedeu entrevista ao jornalista Eli Sousa

sado os deputados tinham recursos da ordem de R$ 800 mil para atender cerca de 30 municípios. “Este ano aumentou para 1,5 milhão, quase que dobrando o valor, motivo pelo que agradecemos o governador Reinaldo pela sensibilidade”. PRÉ-CANDIDATURA – Mara confirma a intenção de se filiar ao PSDB, contando primeiro que recebeu o convite do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, ainda no ano passado, para ingressar na legenda, mas havia problemas com o instituto da fidelidade partidária. “Foi aí que recebi o convite para criar e administrar o PMB – Partido da Mulher Brasileira”, o que acabou acontecendo. Agora, coma abertura da

famosa janela para a mudança de partidos, Mara diz sentir que o governador e o grupo do PSDB querem que ela some forças com eles para fortalecer a legenda no Cone-Sul. Diante do fato quase concreto de se filiar ao PSDB, Mara comenta a possibilidade de ser uma opção dos tucanos para disputar a Prefeitura de Campo Grande. “Eu posso ser mais uma opção. Mas não sou pré-candidata a prefeita de Campo Grande. Temos a Rose, o Eduardo Riedel, o Carlos Alberto Assis. Claro que nada me impede de ser uma opção a mais, mas, necessariamente não estou entrando no partido com a condição de ser pré-candidata” sentenciou a parlamentar.

PRIMEIRO DO ANO

Encontro reúne vereadores de todo o Estado na Capital

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Primeiro evento realizado pela entidade neste ano, o Encontro de Vereadores de Mato Grosso do Sul, realizado de quarta-feira a sexta-feira passada no auditório da Adepol – Associação dos Delegados de Polícia do Estado – foi prestigiado por centenas de vereadores, representantes de municípios de todas as regiões sul-mato-grossenses. Sob a presidência do vereador Jeovani Felix, o encontro teve como público alvo todos os vereadores do Estado, assessores e funcionários de câmaras e contou com palestras consideradas de grande importância para os legisladores, principalmente neste ano em que ocorrem elei-

ções motivo pelo que existem muitas restrições na atuação dos parlamentares municipais. Uma das palestras mais esperadas foi proferida na manhã da quinta-feira pelo advogado e procurador do Ministério Público de Contas, Ênio Murad. Ele abordou exatamente as restrições à atuação dos vereadores em ano eleitoral. Antes da realização das palestras, o presidente Jeovani Felix fez um breve discurso relatando as dificuldades encontradas para a conclusão do auditório da UCVMS e dos 12 apartamentos que funcionarão como hotel de trânsito aos edis do interior do Estado

quando em visita a Campo Grande. Ele propôs que cada um dos vereadores cobrem o governador sobre a liberação de uma última parcela de um convênio firmado entre a União das Câmaras e o Governo do Estado e propôs ainda a realização de uma ação entre amigos, com o sorteio de um automóvel, para angariar recursos para a conclusão dos apartamentos. Depois de discussões entre os presentes ficou definido que o carro será “rifado” com o número custando R$ 250. O encontro foi aberto oficialmente na tarde da quartafeira, quando ocorreu o credenciamento dos vereadores

vindos do interior. Prosseguiu durante todo o dia da quintafeira com as palestras sendo realizadas tanto no período da manhã quanto na parte da tarde. Na sexta-feira pela manhã houve novas pales-

tras e no período da tarde o encerramento de mais um evento realizado pela União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul sendo levado a efeito com absoluto sucesso.

TEM LADO

Marun diz que não é gato vadio para ficar em cima do muro Arquivo/Reprodução

O deputado federal Carlos Marun (PMDB) negou com veemência que faça parte de um “front” para defender o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/ RJ). Ele concedeu entrevista à Rádio Diamante FM, na quartafeira passada, pela manhã, e afirmou que é um homem de postura “que tem lado”, mas negou que seja membro da tropa de choque do peemedebista fluminense. No bate-papo por telefone com o jornalista e radialista Eli Sousa, Carlos Marun afirmou que o seu empenho é lutar contra a pressão que o governo de Dilma Rousseff e integrantes do PT estão fazendo sobre a Câmara dos Deputados para desviar o foco das atenções do processo de cassação pelo qual

a presidente passa. “Eu não defendo o Cunha, sou apenas contra essa atitude do PT e do governo. Eles já atropelaram o regimento para atrasar o processo de impeachment contra Dilma, agora querem atropelar o Conselho de Ética. As coisas têm que andar conforme o regimento com prazos de defesa corretos. Eles estão querendo passar o trator”, disse. Marun também fez questão de frisar que o seu partido, o PMDB, é dividido em três alas: uma que apoia a presidente Dilma, uma que atua pelo fortalecimento da Câmara, apoiando o presidente Eduardo Cunha, e a terceira que ele classifica como a que “fica em cima do muro”. E aí ele usa um ditado sulista para se definir no embate que o tem projetado

na mídia nacional: “Quem fica em cima de muro é vidro, ladrão malandro e gato vadio. Eu tenho lado. Não fico em cima do muro” frisa. No ano passado, Marun participou de uma cena que

mostrou o nível de tensão que reina na região onde estão instalados os poderes brasileiros. Numa reunião da Comissão de Ética houve um princípio de tumulto e ele esteve no centro do embate. Sobre o acontecido,

Marun não usa meio termo e fala que o safanão dado pelo deputado Wellington Roberto (PR-RJ) no colega Zé Geraldo (PT-PA) foi importante porque a partir daí o parlamentar petista baixou o facho. “O deputado Zé Geraldo é um desaforado de marca maior. Posa de bom mocinho, mas até a mulher dele já foi cassada lá no Estado de origem de lês, o Pará” diz o parlamentar sulmato-grossense que enfatiza a determinação de continuar defendendo o presidente da Câmara, mesmo porque, até o momento, não há nada de concreto que possa impedir Eduardo Cunha de continuar exercendo a plenitude de seu mandato, incluindo-se aí a Presidência da Câmara Federal.

Willams Araújo Corda bamba Tem gente se sustentando em liberdade em Mato Grosso do sul por força única e exclusivamente de Habeas Corpus. Até quando vai durar esse expediente em favor desse pessoal ninguém sabe. O que se sabe, porém, é que as investigações vão continuar por mais seis meses, prazo que poderá provar a gatunagem do dinheiro público ou inocentar a todos, fato considerado muito pouco provável. Mas o destemido pessoal do Gaeco trabalha incansavelmente no sentido de provar tudo que descobriu até agora e pedir exemplar punição a todos eles. De fora Alguns prefeitos de Mato Grosso do Sul desistiram de concorrer à reeleição e devem apenas concluir o atual mandato. O primeiro a declarar tal posição foi Sergio Barbosa (PMDB), de Amambai. Depois foi a vez de Leonel Lemes de Souza Brito, o Leleco (PTdoB), de Bonito, que também resolveu seguir esse caminho. Mais recentemente, o prefeito José Henrique Trindade (PDT), de Aquidauana, optou por não disputar a eleição. Os demais, ao que tudo indica, devem ir às urnas. Afinal, essa será a última chance de concorrer a um segundo mandato de forma ininterrupta. Interesse O ultimato dado pelo deputado Felipe Orro à direção do PDT pode fazer com que o partido lance sua candidatura a prefeito de Campo Grande ou corra o risco de se esfacelar na Assembleia Legislativa. Mesmo sabendo que não tem chance na disputa, o parlamentar insiste em participar do pleito para se tornar conhecido e, assim, amarrar uma candidatura a deputado federal em 2018. Agora, caberá à direção brizolista avaliar a situação e decidir o que melhor lhe convier. De qualquer forma, com a saída de Beto Pereira, o PDT se enfraqueceu e muito no Legislativo. Outros ares O vereador Roberto Durães (sem partido), que recentemente deixou o PT aproveitando a “janela partidária” aberta pelo Congresso Nacional, garante que sua relação com a antiga legenda, que condenou, em nota, a sua atitude de abandonar o partido, é “mais do que normal”. Durães, que foi acusado pelo PT de “oportunista” e “personalista”, avisa que mantém uma relação muito estreita ainda com a maioria dos petistas da Capital e que somente se desligou do partido por mirar outros “horizontes”, no espectro político-eleitoral. Sabatina A Câmara da Capital agendou para a tarde da próxima segunda-feira (29), a audiência para sabatinar a Secretaria de Saúde do município sobre os gastos da pasta nos últimos meses de 2015. Serão debatidas as despesas da Sesau do último quadrimestre do ano passado. A convocação para a audiência pública partiu das comissões de Finanças e Orçamento e da Saúde da Câmara.


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