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Política

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10 A 16 DE ABRIL DE 2016 WWW.IMPACTOMS.COM

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LAVA JATO Senador foi operado para retirada de vesícula na terça-feira. Por causa da cirurgia, ele pediu licença do Senado por mais de dez dias

Delcídio do Amaral recebe alta e deixa hospital em São Paulo O senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) recebeu alta e deixou o hospital Sírio Libanês, em São Paulo, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição. O senador foi submetido nesta terça-feira (5) a uma cirurgia de retirada de vesícula por cálculos. Segundo boletim médico divulgado pelo hospital na terça, a cirurgia transcorreu sem intercorrências. Por causa da cirurgia, Delcídio pediu nova licença médica do Senado por mais dez dias. A atual licença dele terminou na quarta-feira (6). Delcídio foi preso em novembro do ano passado, pela Operação Lava jato, por suspeita de atrapalhar as investigações. Ele saiu da prisão

depois de 87 dias e, desde então, não voltou ao Senado. O senador tem apresentado sucessivos pedidos de licença por motivos de saúde. O ex-líder do governo responde a uma representação, no Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar. O processo pode terminar com a cassação do seu mandato. Um depoimento dele no conselho estava marcado para a quinta-feira (7), mas, pela segunda vez, falhou a tentativa de ouvir o senador. A primeira reunião para o depoimento tinha sido marcada para o dia 23 de março. Na ocasião, Delcídio também não compareceu por estar afastado por licença médica. INVESTIGAÇÕES - Em gravação, obtida pela Polícia

Federal, o senador aparece oferecendo um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Em troca, Delcídio queria que Cerveró não o citasse em acordo de delação premiada. No áudio, Delcídio também diz que conversaria com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para que fosse concedido um habeas corpus para Cerveró. DELAÇÃO - Em março, o Ministério Público Federal tornou pública a delação premiada de Delcídio do Amaral. No depoimento, o ex-líder do governo no Senado faz uma série de acusações que envolvem desde os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ),

Reprodução/TV Globo

Willams Araújo

Delcídio do Amaral foi operado no Sírio Libanês, em SP

respectivamente, até ministros de Estado, como Aloizio Mercadante (Educação) e José Eduardo Cardozo (AdvocaciaGeral da União). Na delação, Delcídio também diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia dos esquemas de corrupção na Petrobras e que a presidente Dilma Rousseff

atuou junto a ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que estes agissem em favor de acusados na Operação Lava Jato. Após fechar o acordo de delação premiada, Delcídio deixou a prisão com restrição de liberdade. Desde então, Delcídio deve ficar recolhido em casa no período noturno.

PRÉ-CANDIDATO

Eli Sousa se afasta da presidência do Clube da Melhor Idade e da Assopinta Arquivo/Jornal Impacto MS

Para garantir elegibilidade nas eleições de outubro próximo vindouro o empresário, radialista e jornalista Eli Sousa se licenciou do cargo de presidente do Clube da Melhor Idade de Rochedo e da presidência da Assopinta - Associação de Desenvolvimento Artístico e Cultural do Recanto dos Pintados, no município de Corguinho. A Assopinta é a entidade mantenedora da Rádio Diamante FM, no bairro do Recanto dos Pintados. Nos dois casos, a presidência passa a ser exercida pelo também jornalista Jota Menon. Vice-presidente do Clube da Melhor Idade e diretor-administrativo da Rádio

Diamante FM, Jota Menon é o sucessor imediato de Eli Sousa nas duas instituições. Eli Sousa explicou que a Lei da Inelegibilidade exige que pré-candidatos que ocupam cargos de direção em instituições que recebem subvenções públicas, o caso do Clube da Melhor Idade, e das concessões públicas, no caso da Rádio Diamante, têm de se desincompatibilizar das funções seis meses antes do pleito eleitoral. Foi com base nessa lei que o radialista se licenciou das suas funções uma vez que se encontra filiado ao PDT e é apontado como pré-candidato da legenda a uma cadeira da Câmara Municipal de Rochedo.

Radialista entrevistando o deputado federal Dagoberto Nogueira

O pedido de afastamento dos cargos foi protocolado no último dia 1º de abril, devendo ficar afastado até a realização

do pleito eleitoral programado para ocorrer no primeiro domingo do mês de outubro, o dia 2.

“Como pré-candidato que sou cumpri a legislação e transmiti os cargos ao colega Jota Menon que, com certeza, saber dar continuidade nos trabalhos que vimos realizando na rádio e que pretendíamos reiniciar no Clube da Melhor Idade” disse Eli. Entre as ações já programadas para o Clube da Melhor Idade está o almoço com prêmios que acontece anualmente no Dia das Mães, neste ano no dia 8 de maio. Há também a análise quanto à viabilidade de realização de um leilão de novilhas para angariar fundos para a conclusão das obras físicas do Clube no Parque dos Diamantes.

BRASIL EM CRISE

Na Câmara, 60% dizem votar pelo impeachment de Dilma Rousseff

Reprodução/Arquivo

Da Folha de S. Paulo

A maior parte dos deputados federais está decidida a votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara, em votação que está prevista para o próximo domingo, dia 17 de abril. Em levantamento feito pelo Datafolha de 21 de março a 7 de abril entre os parlamentares, 60% deles dizem que darão votos favoráveis ao impedimento da petista. O número, porém, não é suficiente para que se aprove o processo: caso a percentagem seja projetada para o total de 513 votantes (contando o presidente da Casa, Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, que anunciou que deve se manifestar), o impeachment de Dilma teria hoje 308 votos –34 a menos que os 342 necessários (67% da Câmara) para que a ação seja levada ao Senado. No lado oposto, 21% dos deputados declararam votos contrários ao processo - seriam 108 parlamentares a favor do mandato da presidente. Para permanecer no cargo, a presidente precisa que 172 parlamentares não votem pelo impedimento. O cenário atual de encaminhamento do caso ao Senado depende dos 18% dos deputados que estão indecisos ou não declararam a posição (o 1% que falta para os 100%

deve-se à aproximação). No recorte das quatro maiores bancadas da Câmara (PMDB, PT, PSDB e PP), a situação da presidente só pode ser considerada tranquila em seu próprio partido. No PP, que o governo corteja para ampliar a participação na máquina federal - e que, em reunião nesta semana, decidiu permanecer formalmente aliado a Dilma–, votos próimpeachment chegam a 57%; indecisos são 30%. Os índices são semelhantes aos do PMDB, que era o maior aliado da presidente e desembarcou de sua base de apoio no mês passado: 59% dos deputados do partido devem votar pelo afastamento; 38% não se posicionaram. Este é o terceiro levantamento do tipo feito pelo Datafolha entre os parlamentares. Em relação às pesquisas anteriores houve uma evolução no número de deputados federais a favor do impeachment (de 42% em dezembro para 60% em março e abril). Também se registrou recuo entre os contrários ao processo (eram 31% em dezembro, ante 21% hoje) e entre os indecisos (de 27% para 18%). A evolução acompanha os desdobramentos do processo de impeachment, aberto no início de dezembro. Desde a criação de um colegiado para analisar o pedido na Câmara, em 17 de março,

o governo perdeu o apoio de seu maior aliado, o PMDB, e iniciou uma estratégia de oferecer cargos em ministérios nas mãos de peemedebistas para partidos como PP, PR, PSD e PTN para tentar obter votos a seu favor na Casa. Nesta semana, a comissão apresentou parecer favorável ao processo, relatado por Jovair Arantes (PTB-GO). Nesta segunda-feira (11), o texto deve ser votado no órgão e, em seguida, apreciado pelo plenário. Se aprovado, o processo será encaminhado para o Senado, onde maioria simples define o acolhimento ou não da denúncia; em caso positivo, Dilma é afastada por 180 dias da Presidência até a definição do caso. O Datafolha perguntou aos senadores como eles votariam caso o processo chegue mesmo à Casa, depois de aprovado na Câmara. O cenário também é majoritariamente desfavorável a Dilma: 55% dos senadores afirmam que votariam pelo afastamento definitivo da petista; 24%, contra. Alternativa ao impeachment, a renúncia de Dilma também é defendida pela maioria dos deputados (55%) e dos senadores (48%). EDUARDO CUNHA - A pesquisa do Datafolha mostra também que a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tende a

Número de votos a favor do impeachment na Câmara ainda favorece a presidente Dilma

ser tão desconfortável quanto a da presidente. Entre os deputados, 61% disseram que defendem sua renúncia (23%, que ele deveria permanecer no cargo). O mesmo percentual declarou que votaria, no plenário, pela cassação de seu mandato, caso o processo chegue a esse estágio. O processo ainda corre no Conselho de Ética. Cunha é acusado por delatores da Lava Jato de receber propinas do petrolão e de ter mentido, em depoimento à CPI da Petrobras, sobre contas na Suíça. METODOLOGIA - O Datafolha ouviu 359 parlamentares entre 21 de março e 7 de abril de 2016. Na pesquisa, cada parlamentar foi contatado diretamente, por telefone, e informado de que as informações coletadas seriam confidenciais e haveria garantia de anonimato das respostas.

Todos os 513 deputados e 81 senadores que compõem o Congresso Nacional foram contatados pelo Datafolha por telefone. Foram ouvidos 291 deputados e 68 senadores, e os resultados foram ponderados segundo as bancadas dos partidos, com o pressuposto de que a filiação é uma variável importante na definição do voto. Os que não aceitaram participar ou não responderam, somados aos que participaram, mas não se posicionaram em determinadas questões, formam um grupo suficientemente grande para, eventualmente, alterar tendências dos resultados. O levantamento representa as posições atuais dos entrevistados. Fatos novos e negociações partidárias podem alterá-las.

Passo atrás Tido como um nome bom e em condições de disputar a prefeitura da Capital pelo PSB, o médico Ricardo Ayache acabou desistindo da eleição e resolveu voltar a comandar a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores Estaduais). Ele estreou na política em 2014, quando disputou uma vaga ao Senado pelo PT na coligação liderada pelo senador Delcídio Amaral (PT). Ambos não lograram êxito no pleito. No ano passado, ele resolveu abandonar o antigo partido para montar um novo projeto pela atual sigla, mas acabou ficando no meio do caminho. Menos um na disputa. Em dúvida Volta à tona o nome do exgovernador André Puccinelli (PMDB) para a disputa da prefeitura da Capital, como a coluna sempre divulgou. Embora desconverse quando questionado sobre o assunto, o italiano deve estar com um olho aqui e ou outro em Brasília para avaliar melhor sua decisão. Com um eventual impeachment de Dilma e a consequente ascensão do correligionário Michel Temer (PMDB-SP) ao Planalto, por exemplo, tudo poderia conspirar a seu favor. Com um partido forte nas mãos e embalado por poder maior no país, tudo ficaria mais fácil para sustentar uma candidatura majoritária nessas eleições. Indecisos Somente após as convenções é que saberemos quem serão os candidatos a prefeito de Campo Grande. Apesar de um boato aqui, outro ali, ainda é cedo para cravar os nomes que vão concorrer ao cargo. Alguns que haviam se lançado como pré-candidatos por seus partidos, acabaram atraídos pelo ‘canto da sereia’ e jogaram por terra o sonho de colocar mais essa disputa em seus currículos políticos. Diante disso, o número de candidaturas deverá diminuir. Deve ficar com os grandes partidos o privilégio de ir para o confronto com chance de vitória. Contraproposta Pelo jeito, os servidores estaduais não gostaram nada da proposta do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de conceder um abono de R$ 200 à categoria, alegando a impossibilidade de dar um reajuste linear de acordo com a reposição da inflação. O gesto do tucano levou um barnabé graduado à Assembleia, na sessão de ontem. O coordenador do Fórum dos Servidores Públicos de MS, Giancarlo Miranda, foi pedir apoio aos deputados em favor de um reajuste de 16,14%, o que seria, para o governo, muita pretensão. Água e óleo Não chamem para sentar a mesma mesa os deputados estaduais Paulo Corrêa (PR) e Pedro Kemp (PT), membros da CPI que investiga a participação do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) nas invasões de terras produtivas em MS. O clima ficou pior na mais recente oitiva do colegiado, na quarta, quando Kemp mandou uma produtora rural se calar alegando que ela não tinha nada a ver com a CPI. O republicando saiu em defesa da senhora e ouviu o que não queria.


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