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13 A 19 DE MARÇO DE 2016 WWW.IMPACTOMS.COM

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Mulheres são homenageadas com medalha em solenidade na Câmara Municipal

Divulgação

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Plenário Oliva Enciso da Câmara Municipal de Campo Grande ficou lotado na manhã do último dia 9 para a solenidade de entrega da Medalha Legislativa “Celina Martins Jallad”, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado oficialmente no dia 8 de março. A solenidade foi aberta com a apresentação musical da cantora Michelle Dutra, que entoou canções em homenagem às mulheres e homenageadas presentes. A comenda foi instituída na Casa de Leis pela Resolução nº 1.169/13. A filha de Celina, grande homenageada naquela manhã, Fabiana Jallad destacou o importante trabalho desenvolvido pela mãe na luta pelos direitos das mulheres. “Celina era movida por amor, movida por ideais. Era a mulher que acredita na força do querer e do agir, não temia quando, bravamente, erguia sua bandeira na luta em prol das mulheres. Ela deixou um legado para a mulher de Mato Grosso do Sul, aquela que não desiste, que edifica, que erra e se desculpa, que dá a vida pela sua família. Obrigada Campo Grande por ter dado à Celina a oportunidade de ser uma grande mulher”, afirmou. Em seu discurso, o presidente da Casa de Leis, vereador Prof. João Rocha (PSDB) fez questão de enfatizar o papel fundamental da mulher na condução dos lares. “Nesses momentos tão difíceis que a política tem passado, verdadeiramente estávamos precisando sentir essa doçura que vocês mulheres nos passam, como avós, mães, esposas, filhas e netas. Estamos aqui hoje porque existiu uma mulher para nos gerar. Sempre digo que o homem é a cabeça de um casal e a mulher é o pescoço. Não porque está abaixo da cabeça, sem porque dá apoio e sustenta a cabeça como um pilar. Mas porque é o pescoço que movimenta a cabeça, que conduz a cabeça aonde quer que ela vá” disse. Na Tribuna, a vereadora e procuradora especial da Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal, Carla Stephanini (PMDB) cobrou maior representatividade feminina nos parlamentos municipal, estadual e federal, pois em Campo Grande a bancada feminina é composta de apenas três mulheres. “Já avançamos muito, mas queremos mais. O ponto que temos que avançar é na nossa representati-

vidade política. Buscar corrigir o que a lei de cotas não conseguiu. Conseguimos a chance de nos candidatar dentro dos partidos, mas não isso não garantiu a eleição de mais mulheres. Lutamos pela reserva de cadeiras para as mulheres em todos os parlamentos, a nível municipal, estadual, e federal. Queremos mais mulheres. Ainda hoje não ultrapassamos 11% da representatividade política. A questão é matemática, se somos maioria da população e do eleitorado, há algo de errado em sermos tão poucas”, revelou. A vice-governadora de Mato Grosso do Sul, Rose Modesto (PSDB), elencou os desafios que ainda precisam ser ultrapassados, principalmente nas desigualdades de gênero e na redução da violência contra a mulher. “Não podemos deixar de falar dos desafios, como a desigualdade salarial. Hoje uma mulher não ganha mais do que 65% do salário dos homens, praticando a mesma atividade. Já conquistamos uma redução dos casos de crimes de homicídio doloso com vitimas mulheres, que diminuiu de 86 para 55 casos, representando uma redução de 24%. Tivemos o registro de três crimes de feminicídio no ano passado, sendo apenas um em Campo Grande em 2015, contra três em 2014. Isso é uma questão cultural e eu acredito na força da educação para mudar isso, precisamos levar para dentro da nossa escola, para mudar essa cultura, educando os meninos pequenos”, avaliou. A deputada estadual Grazielle Machado (PR) também usou a Tribuna e enfatizou que “não somos mulheres só para receber flores, não somos sexo frágil, somos mulheres que podem ser a diferença”, disse. A defensora pública e coordenadora do NUDEM (Núcleo Institucional de Defesa da Mulher na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul), Grazielle

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Carra Dias Ocáriz discursou em nome das homenageadas e informou que o Brasil ocupa a 5° posição no ranking de países com mais feminicídio do mundo. “Grata pela lembrança e reconhecimento, venho falar em nome de todas as homenageadas que lutam diariamente por mundo mais justo, igualitário e com menos violência contra as mulheres. Não somos objeto, não somos adorno, temos vida própria. Não vamos admitir retrocesso, nenhum direito conquistado com suor e sangue nos será retirado. Não vamos admitir retroceder nessa escalada de direitos”, afirmou. A secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Leide Pedroso fez um apanhado dos trabalhos desenvolvidos pela Secretaria na luta pela efetivação dos direitos das mulheres. “Estamos trabalhando muito para que as mulheres tenham seus direitos respeitados, para que se consiga implementar políticas que vão fazer diferença na vida dessas mulheres. Buscamos atender essas mulheres que estão com seus direitos ainda não respeitados, mulheres indígenas, negras, do campo e da floresta. Estamos com projeto de alfabetização, projeto da agroindústria do Assentamento Conquista, para que essas mulheres possam ter sua dignidade mantida. Temos também projetos que geram renda para mulheres negras da comunidade Tia Eva, buscando transformar o local num pólo turístico. E temos trabalhado no enfrentamento da violência contra as mulheres. Em um ano a Casa da Mulher Brasileira já teve mais de 60 mil atendimentos. Esse enfretamento cotidiano é uma pauta nossa, acreditamos que as mulheres merecem uma vida sem violência e sem preconceito e é pra isso que estamos trabalhando”, pontuou. A solenidade contou ainda com a participação da primeira-

dama do Estado de Mato Grosso do Sul, Fátima Azambuja, e da defensora pública, Julia Gonda. Durante a sessão solene foram homenageadas as seguintes personalidades (entre parênteses, os nomes dos autores da homenagem): (Alex do PT) - Edna Márcia Delillo Geraldo; (Ayrton Araújo do PT) - Sônia Aparecida de Campos; (Betinho) - Dra. Lauane Braz Andrekowisk Volpe Camargo; (Carla Stephanini) - Grazielle Carra Dias Ocáriz; (Carlão) Ana Paula Molina; (Cazuza) - Elys Regina Delmondes dos Santos; (Chiquinho Telles) - Liziane Berrocal; (Coringa) - Professora Edivania de Souza Oliveira Pazini; (Dr. Cury) - Mouna Ibrahim; (Dr. Jamal) - Maria Anízia Franchi; Dr. (Lívio) - Romilda dos Santos Mayolino, a Vó Romilda; (Edil Albuquerque) - Edna Andrade Almeida; (Eduardo Romero) - Lázara Lessonier; (Engenheiro Edson) - Júlia Nobuko Shiroma Oshiro/in memoriam; (Flávio César) - Silmara Domingues Araújo Amarilla; (Francisco Luiz Saci) - Eva Ady Duarte; (Gilmar Da Cruz) - Lilian Fernandes de Oliveira Afonso; (Herculano Borges) - Marcia Freire de Barros Piovano; (José Chadid) - Elaine Cler Alexandre dos Santos; (Luiza Ribeiro) Ana Claudia Ledesma; (Magali Picarelli) - Fabiane Codas da Apaixão Venancio; (Mário Cesar) - Dagmar Tavares Viana de Queiróz; (Otávio Trad) - Karenyne Tatiana Branquinho Godoi; (Paulo Siufi) - Clarice Alves Marconato; (Professor João Rocha )- Professora Iza Bezerra Lopes; (Roberto Durães) - Suely Aparecida de Almoas; (Vanderlei Cabeludo) - Maria Moraes De Souza; (Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal) - Grazielle Machado, Fabiana Jallad, Marcha Mundial das Mulheres, Jaqueline da Silva Tsalikis e Rosely Aparecida Molina.

Eleições, Dilma e Lula no cardápio BEM PENSADO O deputado Marcio Fernandes deu meia volta no projeto de tentar a prefeitura da capital. Aos 37 anos de idade quer aproveitar o 3º mandato para se aprimorar politicamente. Concluiu: ousadia não pode ser confundida com precipitação. EM ALTA Marcio mostrou prestígio na sua filiação ao PMDB atraindo as lideranças do PSDB, PSB, PRTB, PT do B, PSC, PTB e PR, 12 vereadores da capital, prefeitos e lideranças interioranas. Foi o ato de filiação que agregou o maior número de lideranças. REFLEXOS A decisão de Marcio já produz efeitos no projeto do PMDB, com as opções de André e Marun. A outra alternativa seria uma composição com o PTB de Nelsinho Trad, esquecendo os velhos atritos que motivaram sua saída do PMDB. APOSTAS Elas existem na defesa da tese de que a candidatura de Nelsinho atenderia não só o projeto do PMDB como também os anseios do PSDB. Quem olhar para 2018 vai entender as chances da composição destas duas maiores forças no Estado. PSD-CACIFE: 58 vereadores, os vices prefeitos de Anaurilândia e de Corumbá, os prefeitos de Bandeirantes e Naviraí, além do deputado Marquinhos Trad. Na capital são apenas dois os vereadores: Chiquinho Teles (3.729 votos) e Coringa ( 3.127 votos). O PILAR de sustentação do partido é o deputado Marquinhos que construiu a trajetória política baseada na capital, onde nas eleições de 2014 obteve 35.007 votos ( 8,20% dos votos válidos), sendo o mais votado, seguido por Rinaldo com 17.587 votos. TRAJETÓRIA Iniciada para a vereança da capital de 2004 com 11.045 votos, (o mais votado). Em 2006 elegeu-se deputado estadual com 35.777 votos (5º lugar) e reeleito com a maior votação em 2010 com 56.827 votos. Em 2014 obteve 47.015 votos. CENÁRIO É nebuloso pelo fim da aliança PMDB-PSDB, enfraquecimento do PT, pela falta de apoio político ao atual prefeito Bernal e pelo desgaste da classe política devido aos escândalos que sacudiram a capital nos últimos tempos. Tudo isso conta! DESAFIOS de Marquinhos: Aproveitar a baixa rejeição das pesquisas para crescer no eleitorado; chegar aos 2º turno sem atritar com adversários para tê-los como aliados na fase final e montar um arco de alianças com candidatos competitivos a vereança. E MAIS... Terá que conquistar o eleitor das classes A e B – onde tem restrições, usando de interlocutores (Nelsinho?) que navegam bem por lá. Portanto, agregar será a palavra de ordem de Marquinhos, desarmando-se e repensando alguns conceitos e posturas. O PARTIDO Seria ele o menos importante, apenas o instrumento para viabilizar uma candidatura? “É relativo!”; na expressão de Justo Veríssimo. Partido com raízes sólidas ajuda. E neste item, Marquinhos estaria em desvantagem em relação aos concorrentes. ‘DELÍRIO’ Apesar da lei sobre o financiamento de campanhas, não se pode ser tão ingênuo imaginando uma campanha baseada no gogó e sola de sapato. Cada postulante, a seu modo, viabilizará o caixa para uma campanha complicada sob todos os aspectos. NELSINHO Não foi para o PTB para fazer turismo. É a melhor referência administrativa para se contrapor a Bernal. Ele tem menos resistências partidárias que o irmão. As filiações ao PTB dos vereadores Edyl, Saci e Chocolate são sintomáticas. ROSE Não pode ser comparada à ex-senadora Marisa, mas foi importante na vitória tucana na capital. Isso conta! Mas Reinaldo agirá com a razão ou coração levando-se em conta também os cargos disponíveis no pleito de 2018? A decisão ocorrerá neste dia 25. AYACHE Cauteloso, sabe; não é hora de avançar o sinal. É novo, vai muito bem à frente da Cassems e aumentará o seu crédito para 2018. Até lá se livra do estigma de ex-petista conquistando eleitores de novas tendências. Tem futuro político sim senhor! MAIS UM... Sempre achei que o prefeito Paulo Duarte, de Corumbá, - a exemplo de Ayache - não levava jeito próprio de um petista. Paulinho é político leve, articulado, sem aquele ranço que estamos acostumados a ver no PT, que está descendo a ladeira. TARDE DEMAIS! O deputado Felipe Orro não ouviu as lições de seu pai? Acreditou piamente em Dagoberto e deixou o PDT decepcionado. Ora! O deputado quer reinar só para negociar as vantagens do apoio do PDT no pleito da capital. É aquele velho filme. C. KRAMER: “Não foi o PT que inventou a corrupção”. Também não foi o Senna que inventou o automóvel, não foi o Pelé que inventou o futebol, não foi Bach o inventor da música. “É perfeitamente possível ser o melhor naquilo que os outros inventaram”. MARCO A. VILLA: “A presidente se sustenta no vazio e aprofunda o desastre econômico. Perdeu a capacidade de governar. Quanto mais cedo sair, melhor. Não há chance de que possa se recuperar. A agonia do PT não pode ser a agonia do Brasil.” DEMÉTRIO MAGNOLI: “Num país sério, os pedalinhos, esses singelos presentes aos netinhos de Lula, poderiam ser ignorados por policiais, procuradores e juízes...Os pedalinhos não são patrimônios, mas indícios...;chegamos a um projeto internacional que associa poder e dinheiro: a geopolítica do lulismo.” REINALDO AZEVEDO:“Não se enganem: esses gatos pingados que se dispõem a sair às ruas em defesa de Lula e do PT estão apenas defendendo um meio de vida. Eles conseguiram, afinal, se livrar de uma maldição bíblica, não é mesmo? Ganhar a vida sem trabalhar.” SERGIO MORO: “Não vai se mudar o sistema e a cultura se formos esperar os governos e políticos; não precisamos deles para criar a iniciativa empresarial interna contra pagamento de propina e corrupção”. (trecho de sua palestra recente em Curitiba) “Se as empresas não pagassem as propinas na Petrobras, os partidos políticos não iriam ver isso com bons olhos.” (Paulo Roberto Costa)


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