





Kill J



issuu.com/indiecacaomag

_Entrevista e tradução _Imagens lucas eugênio divulgação
Kill J
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_Entrevista e tradução _Imagens lucas eugênio divulgação
A artista dinamarquesa Kill J (Julie Aagaard), é a cantora escandinava de pop alternativo que oferece sons eletro suaves com um toque efervescente de R&B. Kill J já foi envolto em tanto mistério que você teria que ser dinamarquês para saber de suas origens. A origem em torno da ciênciatema que ela abordará em seu primeiro álbum de estúdio.
Kill J tornou-se rapidamente uma das artistas mais intrigantes da Dinamarca, combinada com ganchos vocais trêmulos e estética sonora ondulante. Ela permanece política, misteriosa, mas com o foco da atenção agora firmemente fixo, conversei com a curiosa criatura para obter uma visão de sua jornada musical e os próximos detalhes de sua carreira.
A entrevista foi realizada em 30 de julho de 2018, para a divulgação da faixa Strange Fruits of the Sea
"Estou tão farta de ler notícias - do ódio, da ganância, do fascismo e da desinformação. Há tantas pessoas neste momento que se encontrarão do lado errado da história..."
Lucas: Para quem ainda não conhece Kill J, você poderia apresentar um pouco desse projeto?
KJ: Olá. Eu sou Julie. Meu alter ego é a Kill J. Ela é minha outra metade. Ela é uma c*dela mal-humorada com um chip no ombro, punho no bolso e coração na manga. Ela ousa onde eu não. Sempre fui atraída pelo andrógino. O diferente. O deturpado ou sub-representado. Os oprimidos. Beleza em todas as formas. O incomum. Tabus e segredinhos sujos. Minhas garras estão fora. Onde quer que haja uma luta pela igualdade, eu estou nela. Eu não posso me ajudar. Eu sou desagradável. Mas meu coração está no lugar certo. Juro!
Lucas: Qual é a sua relação com seus fãs brasileiros?
KJ: Sinceramente, não sabia que tinha! Oi brasil! Eu adoraria visitar seu país!
Lucas: Estamos a apenas alguns dias do lançamento do primeiro single do seu álbum de estreia. O que você pode nos contar sobre esse novo single?
KJ: Strange fruits of the Sea é uma canção de protesto. Uma música sobre “refugiados”, muros, cercas de arame farpado e pessoas tentando sobreviver em pequenos barcos cruzando o mar Mediterrâneo. Ambição. Ditadores infantis com mãos pequenas. Nessas mãos estão as vidas das pessoas. Sonhos com uma vida melhor e um futuro melhor para as próximas gerações. Enquanto alguns de nós sonham apenas em sobreviver à jornada através das fronteiras, outros sonham com riqueza e poder às custas dos outros. Estou tão farta de ler notícias - do ódio, da ganância, do fascismo e da desinformação. Há tantas pessoas neste momento que se encontrarão do lado errado da história...
Lucas: E o que você pode nos contar sobre seu álbum de estreia? Quão próximos estamos dele?
KJ: O álbum está pronto! Na verdade, já faz alguns meses. Portanto, estou me concentrando na parte visual do álbum. O álbum se chama SUPERPOSITION e é inspirado no mundo da física de partículas - porque, no final das contas, só a ciência vai salvar a todos nós.
Lucas: Por que você escolheu não colocar nenhum single lançado até agora neste álbum?
KJ: Porque não faria sentido com a história que estou tentando contar. Eu vejo esse registro como uma narrativa completa. Singles antigos ficariam apenas confuso.
"E eu acho que esta é apenas mais uma tentativa de entender Deus"
Lucas: Ainda sobre seu álbum de estreia: o que mais te influenciou para criá-lo?
KJ: Na verdade, não planejei fazer um álbum conceitual. E há canções que apontam para outras direções. Mas me inspirei muito no mundo da física de partículas, porque tem um potencial poético. A linguagem. As imagens. Os modelos e teorias. E a dificuldade em compreender quão estranho é o mundo em um nível quântico. Ele realmente tem uma narrativa do divino. Sempre fui fascinada por sistemas de fé e crença. E eu acho que esta é apenas mais uma tentativa de entender Deus.
Lucas: O que a Julie tem ouvido ultimamente?
KJ: SOPHIE…. Claro;) também Missy Elliot ela sempre é uma referência do lado da produção. Sempre fui muito inspirada por sua diversão e vivência.
Lucas: Existe algum artista que ninguém imagina que você ouça?
KJ: Eu sou uma grande fã do Phil Collins! Ele é a trilha sonora da minha infância e acho que morreria se o conhecesse!
Lucas: Uma colaboração dos sonhos: quem poderia ser?
KJ: Oh Deus…. Posso escolher apenas um? Acho que teria que dizer Kendrick Lamar. Fico muito impressionada com sua coragem e criatividade. Sua objetividade ao abordar questões sociais e gritar política. Sem chance de ele estar interessado em trabalhar com a minha bunda magra e branca. Mas você sempre pode sonhar, certo?
"A comunidade LGBTQ+ tem me apoiado desde o primeiro dia"
Lucas: Você está na programação da Parada do Orgulho de Copenhague deste ano. Qual é a sua relação com seus fãs da comunidade LGBTQ+? Você tenta usar sua música como algo político para a causa?
KJ: Oh querido, ABSOLUTAMENTE! A comunidade LGBTQ+ tem me apoiado desde o primeiro dia e tem sido meus fãs mais leais - e sou muito grata por seu amor. Na verdade, eu escrevi uma música sobre a luta para poder amar quem você quiser - sem julgamento ou discriminação - dedicada à comunidade LGBTQ +. Se chama "Girl, I'm Your Man". Infelizmente, ficou de fora do álbum, mas espero lançá-la como um single mais tarde. Não me rotulo como Queer, mas marcho com meus irmãos e irmãs Queers.
"Eu
tive pessoas que vieram até mim e me disseram como uma música os ajudaram em um momento difícil. Como uma música os fizeram se libertar de algo tóxico"
Lucas: Para finalizar, quando você pretende vir ao Brasil? Gostaria de deixar uma mensagem para os fãs brasileiros?
KJ: Se houver alguém por aí (Haha)... Acho que gostaria de dizer um MUITO obrigado por me dar a chance de fazer o que eu faço! É realmente simples assim. É tão gratificante saber que existem pessoas que estão te escutando. Saiba que estou fazendo o meu melhor absoluto e dando o meu melhor para fazer músicas que sejam interessantes e divertidas. E se você gostar, eu ficaria muito orgulhosa e feliz!
_Direção _Editorização _Planejamento lucas eugênio