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1 Apresentação

UM CENTRO, UM POVO E A SUA HISTÓRIA

A criação do Centro Interpretativo das Salinas do Porto Inglês é, sem sombras para dúvidas, o reencontro do Maio e do seu povo, com a sua rica história. Toda a narrativa criada simboliza fielmente a fé, a labuta e o modo de viver de um povo que teve nas salinas, durante um largo período da sua história, a sua principal fonte de rendimento. A própria ilha do Maio teve o seu grande apogeu económico na época em que as salinas contribuíam significativamente para o PIB per capita nacional. Face ao exposto, reconstruir a história das salinas, a partir de um Centro Interpretativo, é, no fundo, saldar uma dívida para com o rico passado das suas gentes. A Câmara Municipal tem na sua estratégia governativa transformar o Maio num pólo de desenvolvimento económico e turístico de referência nacional e com substantivo impacto internacional. Daí a aposta na preservação e valorização do património natural, cultural, humano e histórico se apresenta como um eixo crucial para o sucesso desse desiderato. Maio caminha a passos largos para atingir um nível de desenvolvimento capaz de harmonizar a eficiência económica com a prudência ecológica e a justiça social, repercutindo de modo significativo na elevação do bem-estar e da própria autoestima da sua população. A dinâmica que vem sendo imprimida, através de um magnífico trabalho em rede, ao qual não podemos deixar de enaltecer o forte engajamento do Governo Central e dos nossos parceiros da cooperação externa, vai criando condições para que a ilha se torne num espaço cada vez mais agradável para se viver, visitar e investir. E é dentro dessa dinâmica que também se inseriu a implementação do projeto de dinamização e requalificação turística da ilha do Maio, do qual emana a construção do Centro Interpretativo, tendo participado ativamente vários parceiros da cooperação descentralizada, nomeadamente a União Europeia, o Instituto Marquês de Valle Flor, a Câmara Municipal de Loures, a Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Ilhas de Boa Vista e Maio e o Instituto Camões. A todos, endereçamos a nossa profunda gratidão e estima. Estamos certos que este Centro terá uma forte dinâmica e isso impulsionará o processo de desenvolvimento de toda a ilha.

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Câmara Municipal do Maio

Centro Interpretativo das Salinas do Porto Inglês

A criação deste Centro surge numa dinâmica de valorização do património natural e cultural da Ilha do Maio, a par do reconhecimento do enorme potencial turístico deste território.

As Salinas do Porto Inglês representam um local emblemático da história da Ilha do Maio, relembrando a prosperidade que caraterizou em tempos a exploração do sal, chegando a justificar conflitos entre nações, aqui mesmo, nesta Ilha de Djarmai. À beleza única da paisagem das Salinas, que sofre mutações ao longo do ano, ao sabor das marés, alia-se a riqueza da sua biodiversidade, particularmente ao nível da avifauna. Para mais, o trabalho da Cooperativa do Sal, representativa da força das mulheres da ilha do Maio, continua a garantir o papel das salinas enquanto meio de subsistência de várias famílias. Justifica-se assim a escolha deste local carregado de simbolismo para a criação de um centro de promoção e valorização da história e cultura maenses.

O Projeto de Dinamização e Requalificação Turística na Ilha do Maio apoia o desenvolvimento de um modelo de turismo coadunado e coerente com as realidades locais, respeitador e divulgador do património natural e cultural e capaz de beneficiar a população da Ilha do Maio. A criação deste centro interpretativo procura não só criar rendimento e emprego através da atividade turística, mas também a criação de um espaço que permita à população local compreender e reconhecer o valor deste património, história e cultura que lhe pertencem.

O Centro Interpretativo das Salinas do Porto Inglês surge de um processo continuado de conjugação de esforços e vontades de múltiplos atores ao nível local, nacional e internacional, dos quais se destacam a Câmara Municipal do Maio, a Fundação Maio Biodiversidade, a Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, o Instituto Marquês de Valle Flôr, a Câmara Municipal de Loures, o Camões I.P., agência de cooperação portuguesa, e a União Europeia.