1973 A editora portuguesa Livros do Brasil publica Os trovões de antigamente. Rubem viaja a Lisboa para o lançamento do livro e visita a Fundação Calouste Gulbenkian. Consta que se interessou mais pelos passarinhos dos jardins que pelas obras de arte do acervo. 1975 Recebe um telefonema de Armando Nogueira, diretor de jornalismo da Rede Globo, que o convida a trabalhar na equipe de jornalismo da emissora, com Walter Clark e Otto Lara Resende. Passa a escrever pequenos comentários para o Jornal Hoje, dirigido por Leda Nagle, sem compromisso de ir à sede da emissora.
1978 Sai a coletânea 200 Crônicas Escolhidas, pela editora Record, com desenho de Carlos Leão na capa. A antologia é organizada pelo próprio autor, com a ajuda de Fernando Sabino, em uma seleção de textos dos oito primeiros livros de Rubem Braga. Inicia colaboração como cronista na Revista Nacional, criada por Mauritônio Meira, ex-repórter da Última Hora, e distribuída como encarte em diversos jor-
Arquivo Roberto Seljan Braga
1977 A Editora Ática, por iniciativa do editor Jiro Takahashi, lança a coleção Para Gostar de Ler, com textos de grandes auto-
res brasileiros e espírito de convite à leitura jovem. O primeiro volume da série traz as crônicas de Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Carlos Drummond de Andrade, com apresentação de Antonio Candido. O texto de Candido, “A vida ao rés-do-chão”, se tornaria uma referência sobre a crônica brasileira.
nais do país, atividade que manteria até o ano de sua morte. Escreveria ainda, em colaborações eventuais, para outras revistas, como Visão e Veja, e jornais, como O Estado de S. Paulo, onde foi colunista. 1979 Depois de impor exigências financeiras e de autoria, aceita convite do ministro da Agricultura Delfim Netto para escrever relatórios do ministério. Como jornalista da Globo, viaja à Inglaterra e à Escócia, por convite de uma marca de uísque. 1980 Em setembro, morre o amigo Vinicius de Moraes, nascido no mesmo ano do cronista. Rubem escreve uma crônica, lamentando que desde 1913 é a primeira vez que chega a primavera sem Vinicius. Também redige um comentário emocionado para a tv Globo sobre a perda do poetinha. A crônica “Recado de primavera” dará título ao livro publicado quatro anos depois. 1982 Dá uma entrevista ao vivo para o Jornal Hoje, programa do qual é colaborador, a respeito de sua atuação como repórter e correspondente de guerra. 1983 Completa 70 anos.
Braga e o poeta Carlos Drummond de Andrade durante evento no Rio de Janeiro
1984 Sai o livro Recado de primavera, publicado pela Record. É o primeiro livro do autor com capa feita pela sobrinha, Rachel Braga, filha do irmão Newton. Publica as Crônicas do Espírito Santo, com desenho de Carybé na capa, em edição da Secretaria de Educação e Cultura do Espírito Santo.
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