Fotos: acervo do autor
cie de factótum. Conhece Frederico Chateaubriand, sobrinho de Assis, com quem, mais tarde – aos 20 anos, já dono do “maior salário da imprensa” –, dividiria um apartamento dúplex na avenida Atlântica, em Copacabana. Com o pseudônimo Notlim, ganha um concurso de contos de A Cigarra. Ao provar que era o autor da história premiada, passa a trabalhar no arquivo.
Na escola Ennes de Souza, em 1931; o escritor é o menino de pé, à extrema direita
Primeiro desenho publicado, vendido pelo “tio Viola” a O Jornal, no ano de 1934
Cruz, na Cinelândia, entregando nas farmácias um produto para os rins. Ingressa no Liceu de Artes e Ofícios, onde estudaria até 1943. Na carteira escolar, a sugestão de grafia do cartório para seu nome se consolida – e Milton torna-se Millôr. Entra, também como contínuo, para a então pequena O Cruzeiro. A estrutura enxuta da revista permitiu que ele se tornasse uma espé-
1939 É chamado por Frederico Chateaubriand para dar conta de quatro páginas de A Cigarra cu ja pu bli ci da de ha via si do cancelada e tinham ficado em branco. Cria, então, assinandose Vão Gôgo, “Poste-Escrito”, transformado, com o sucesso, em seção fixa. Sob o mesmo pseudônimo começa a escrever uma coluna, de periodicidade irregular, no Diário da Noite. Assume a direção de A Cigarra, cargo que ocuparia por cerca de três anos. Neste período dirigiu tam bém O Gu ri, pu bli ca ção em quadrinhos, e Detetive, re-
de 1947, na revista A Cigarra, do mesmo grupo de O Cruzeiro: “Tenho dia e hora marcada para me ir e o acontecimento se dará aí por volta de 1959”. Órfão, adquire o que chamaria de “paz da descrença”; no campo prático, a morte da mãe o leva a morar em Terra Nova, subúrbio próximo ao Méier, com o tio materno Francisco, sua mulher, Maria, e quatro primos. 1938 Começa a trabalhar como contínuo no consultório do médico Luiz Gonzaga Magalhães
Carteira de 1939 do Liceu; Millôr Fernandes ingressara na escola no ano anterior 9