rock brasileiro

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ção, “Coruja”, enquanto que os Vikings não deram muita sorte em disco, embora sejam muito bons intérpretes e conheçam música como poucos. Após o apogeu da Jovem Guarda, os irmão Diógenes e Olavo tiveram uma oportunidade ao gravar um compacto para a Odeon, mas já no final dos anos 60, seguiriam carreira em jingles, onde Diógenes com sua voz de baixo, veio a fazer o elefante da massa de tomate, que conversa com a menina Mônica, personagem de histórias em quadrinhos. Os mais duradouros grupos vocais são os parentes Golden Boys e Trio Esperança. O Golden começou muito cedo, em 1958, com a gravação de “Meu romance com Laura” acoplada com Wake up little Susie. Mas os rapazes não se limitavam só ao rock, cantando e gravando sambas e boleros. Na época da Jovem Guarda, apareceram muito com versões como “Mágoa” (Heartaches), “Pensando Nela” (Bus Stop) e “Erva Venenosa” (Poison Ivy) e composições de Rossini Pinto, como “Alguém na multidão”, onde mostravam o “do wop” brasileiro. Já o Trio Esperança, cuja formação tradicional era Regina, Mário e Evinha, começou no final de 1961, com “Rock do Espirro”, pela Odeon. Em meados de 62, eles teriam o grande sucesso “Filme Triste” e ficariam conhecidos em todo o Brasil. Em 63, era a vez de “O passo do Elefantinho” e daí para a frente gravariam muitas coisas para as crianças, destacando-se: “A Festa do Bolinha”, “Gasparzinho” e outras. Em S.Paulo, houve alguns conjuntos vocais, sem contudo terem o destaque dos já citados. Como exemplo, os Iguais, de onde saiu o cantor Antônio Marcos e seu irmão Mário, e os vocais da gravadora Young, destacando-se The Beverlys, Teenagers, etc. Com relação aos conjuntos vocais/instrumentais, o mais badalado e vanguardista foi o trio Mutantes, com Rita Lee, Arnaldo e Sérgio Baptista, mas, quem mais vendeu discos, foi o tradicional Renato e seus Blue Caps. Renato criou seu conjunto tirando o nome Blue Caps, do grupo que acompanhava o americano Gene Vincent. Como guitarrista de solo, líder e crooner em muitas músicas, Renato é uma espécie de “alma” da formação. Em seguida vem seu irmão mais novo Paulo César, baixo elétrico e crooner também. Outros integrantes do conjunto ao longo do tempo foram Gilson na bateria, Paulo Simonal no sax, Ed Wilson na base, depois substituído por Erasmo Carlos e depois por Carlinhos. A primeira gravação do Blue Caps, foi em 1959 na etiqueta Ciclone, onde acompanharam o conjunto vocal 76


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