Uma visita ao cara
Alex Moura Wilson Albino
Quinta-feira, três horas da tarde, um calor senegalesco e dois focas têm uma missão: cortar o centro de Belo Horizonte atrás de uma boa história. A incerteza, para a gente, é sempre uma companheira. Será que essa pauta vai se transformar em uma boa reportagem? O entrevistado irá responder as perguntas? São várias as dúvidas. Fomos sem pauta para a casa do nosso entrevistado, nossa ansiedade era maior ainda. Obviamente, isso não é recomendado, mas que fique claro uma coisa, pesquisamos muito antes. As escolha do entrevistado foi natural, sempre ouvimos, por meio de alguns professores, sobre um tal Ricardo Albino, jornalista formado no UniBH, aluno brilhante, que apesar de algumas limitações, nunca desistiu de seus sonhos e objetivos. O primeiro contato foi feito via Facebook. Como todo bom mineiro, “veiaco que só”, num primeiro momento, devido à demora na resposta, achamos que a pauta cairia. Ficamos preocupados. Porém, logo ele aceitou e nos convidou para ir ate à sua casa. Essa reportagem foi pensada juntamente com todos os laboratórios do curso de jornalismo do UniBH, o objetivo era falar sobre a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual ou Múltipla, organizada pela APAE. A nós, do laboratório impresso, coube encontrar uma “estória” para um perfil. Como missão dada é missão cumprida, encontramos. Depois dos percalços (Move, calor e uma ladeira boa para engrossar a batata da perna), chegamos. Tocamos a campainha e, logo, alguém nos atendeu. Ao chegarmos ao terceiro andar do prédio, uma porta já estava aberta, Ricardo e sua mãe já estavam à espera. Ouvimos muitas histórias, mas só antes durante e depois. Ricardo tem contos do arco da velha, com direito a uma foto com Ivete Sangalo sentada em seu colo, esse é somente um dos relatos. Todas as suas peripécias dão um bom livro, aliás, o que é um projeto em vias de conclusão, porém, antes, na próxima edição do IMPRESSÃO, você poderá ler um perfil com todos os causos. Ah, Ricardo nasceu prematuro, teve uma parada respiratória e falta de oxigenação no cérebro, o que causou uma paralisia cerebral, gerando uma limitação motora. Contudo, no dia a dia, o jornalista tenta superar todos os obstáculos, mas, para ele, tudo bem ser diferente.