Microfone duplo Vítor Claro e Dirk Niepoort
texto paulo amado fotografia humberto mouco
vítor claro vs. dirk niepoort São dias de celebração. Os vinhos de Dirk com enorme reconhecimento internacional, o restaurante de Claro a iniciar a sua luz na Marginal Lisboa Cascais. São ambos descontraídos, amigos, têm diferentes idades e experiência, mas um apuro estético que não sendo igual, pelo antes exposto, é da mesma família. Ligamos o microfone duplo e enveredamos livremente por uma conversa a três.
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INTER Magazine: O crítico do Finantial Times esteve no Douro. Retive a palavra “ridículo”, face ao potencial. O que acham que quereria dizer com isto? Dirk Niepoort: Penso que falava do que eu chamo tesouro
perdido, o Douro. Em geral Portugal está um bocado fora de tudo e de todos, um país fechado durante muito tempo. Os motivos são muitos, históricos, políticos, Salazar, etc.. Ainda assim, hoje não há desculpas para não mostrarmos o potencial que temos. Tesouro também pelas castas que já não existem em