IFSULDEMINAS: 10 ANOS DE HISTÓRIA

Paulo Roberto Ceccon

IFSULDEMINAS:

10 anos de história

10 Anos de história do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais

Pouso Alegre / MG / 2018

CECCON, Paulo Roberto. IFSULDEMINAS: 10 ANOS DE HISTÓRIA 10 Anos de história do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais. 356 pág.

1. Rede Federal de Ensino. 2. Educação Profissional. 3.

IFSULDEMINAS. 4. Instituto Federal

SUMÁRIO Prefácio.................................................................................................................1 Introdução..........................................................................................................5

CAPÍTULO I

Retrospectiva histórica da educação profissional no Brasil.............................................................................................................7

CAPÍTULO II

As escolas agrotécnicas federais de Muzambinho, Machado e Inconfidentes do sul de Minas Gerais....................33

2.1 Escola agrotécnica federal de Muzambinho....................33 2.2 Escola agrotécnica federal de Machado............................52 2.3 Escola agrotécnica federal de Inconfidentes...................62

CAPÍTULO III

O período Coagri.........................................................................................85

CAPÍTULO IV

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais............................................................................91

4.1 A expansão do IFSULDEMINAS entre 2009 e 2017.......93

4.2 Como, quando e o porquê da criação do

IFSULDEMINAS e a expansão na região...................................93

4.3 A implantação do IFSULDEMINAS em Pouso Alegre.......95

4.4 Como tudo começou............................................................... 104

4.5 Os primeiros servidores........................................................ 106

4.6 A construção da Sede............................................................. 108

4.7 Galeria dos Reitores do IFSULDEMINAS no

período de 2009 a maio de 2018.............................................. 125

4.8 Galeria do Reitor pro tempore e Pró-Reitores período entre 8/1/2009 a 13/7/2010.................................. 125

4.9 Galeria do Reitor e Pró-Reitores na Gestão 2010 a 2014...................................................................................................... 126

4.10 Galeria dos Pró-Reitores na Gestão 2014 a 2018.... 127

CAPÍTULO V

A criação dos novos campi no IFSULDEMINAS....................... 131

5.1 Campus Pouso Alegre............................................................. 132 5.2 Campus Poços de Caldas....................................................... 133 5.3 Campus Passos.......................................................................... 136 5.4 Campus avançado de Três Corações................................ 138 5.5 Campus avançado de Carmo de Minas........................... 143

CAPÍTULO VI

Dados da expansão no período - 2009 a 2017....................... 147

6.1 O acesso – o que dizem os dados em relação

ao número de vagas?...................................................................... 150

6.2 Permanência e êxito– entrada e saída............................ 164

6.2.1 Ações inclusivas......................................................... 184

6.3 Órgãos colegiados.................................................................... 185

6.4 Cursos ofertados pelo IFSULDEMINAS nas

diversas modalidades em 2016................................................. 192

6.4.1 Campus Inconfidentes............................................ 195

6.4.2 Campus Machado...................................................... 197

6.4.3 Campus Muzambinho............................................. 200

6.4.4 Campus Passos........................................................... 210

6.4.5 Campus Poços de Caldas........................................ 212

6.4.6 Campus Pouso Alegre.............................................. 213

6.4.7 Campus avançado de Carmo Minas................... 214

6.4.8 Campus avançado de Três Corações................. 215.

6.5 A política de capacitação e treinamento em 2016 do IFSULDEMINAS.......................................................................... 216

6.6 Outras conquistas de destaque do IFSULDEMINAS...... 219

6.7 Indicadores da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, pesquisa e inovação........................................................................ 242

6.8 Indicadores da Pró-Reitoria de extensão...................... 246

6.9 Indicadores da Pró-Reitoria de administração........... 249

6.10 Diretoria de Tecnologia da Informação....................... 253

CAPÍTULO VII

Estrutura física – básica e pedagógica........................................ 257

CAPÍTULO VIII

Recursos humanos do IFSULDEMINAS período de 2010 a 2017................................................................................................ 269

CAPÍTULO IX

A criação do IFSULDEMINAS no Sul de Minas Gerais.......... 283

9.1 Importância do município de Pouso Alegre para o Sul de Minas................................................................................... 283.

9.2 As questões políticas da implantação do

IFSULDEMINAS no Sul de Minas Gerais................................ 284

CAPÍTULO X

A tradição e a inovação........................................................................ 289

10.1 As escolas agrotécnicas...................................................... 289

10.2 Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Brasil....................................................................... 292

CAPÍTULO XI

Investimentos em infraestrutura física de obras, reformas, equipamentos e material de consumo no IFSULDEMINAS período de 2009 a maio de 2018................................................... 299

CAPÍTULO XII

Os institutos federais e os impactos no desenvolvimento local e regional......................................................................................... 311

CAPÍTULO XIII

O IFSULDEMINAS e o plano conservador da Mantiqueira.... 321

13.1 Estratégia de ação................................................................. 322

CAPÍTULO XIV

O projeto IFSOLAR.................................................................................. 329

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 331

POSFÁCIO..................................................................................................... 338 GLOSSÁRIO.................................................................................................. 340 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 346

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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PREFÁCIO De repente, estou aqui a prefaciar o livro de Paulo Roberto Ceccon (Betão); situação nova para ele, o que também não deixa de ser para mim. Seu trabalho é fruto de intensa pesquisa e de dedicação ímpar como pesquisador e estrangeiro no campo educacional. E foi assim que nossas trajetórias se cruzaram. Para mim, um desafio enfrentado no campo da pesquisa de instituições escolares e, dentro dessas, aquelas que formam para o trabalho.

Paulo, inovamos! Com ousadia e muito respeito ao campo que entramos por uma escolha, fundamentada em significados distintos: um, movido pelo sentimento de materializar sua própria história de formação, passada dentro de uma escola centenária que, desde a adolescência, viveu a educação e a formação para o trabalho. O outro, movido pelo desejo e a fascinação que é poder ensinar e aprender, por meio da materialidade que se constituem as instituições escolares, no ensino da História da Educação Brasileira.

A leitura desta obra exigiu reflexão e escolha sobre o que priorizar, pois a densidade e a dimensão de todo o material, proporcionou-me a condição para quem se dedica a falar sobre a mesma. Optei, então, por escrever do elemento histórico que mais me chamou a atenção. Isso porque tocou em mim, na pesquisadora, as reflexões que exerço no momento, movida pela indagação de ser ou não possível compreender humanamente o significado de uma instituição escolar que educa/forma para o trabalho, como a condição do humano de transformar seu meio, que constrói novas histórias e trajetórias para si e para o coletivo de sua espécie.

A expansão da educação profissional no interior do IFSULDEMINAS é o elemento que o autor evidenciou, pelo conjunto do tempo histórico acumulado das histórias de formação que perpassou todo o século XX e virada para o XXI. Procurou levar ao leitor o histórico da educação profissional no Brasil. Chamou a atenção para este univer-

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so, inserido em um país em que a educação escolar, dentre muitas de suas responsabilidades de formação, ainda carrega a incumbência de formar para o trabalho. Isso, desde que se aportaram neste continente projetos educacionais europeus, dos colonizadores, que nada mais desejavam que formar mão de obra.

Assim, não seria diferente que no início de tudo, nas primeiras décadas do século passado, o projeto republicano de sociedade forjasse uma instituição de educação profissional imbuída da conjuntura que sustentasse os ideais de desenvolvimento e progresso; de uma sociedade que nascia a partir de um conjunto de ideias que chegaram e chegam ao país desde o século XVI. As instituições escolares, na responsabilidade de educar e formar uma sociedade de acordo com seu tempo, na América possuem a incumbência que em nenhum lugar do mundo possui, a de americanizar o próprio cidadão, pois todos são originários de outros continentes, uma terra de imigrantes . Nessa diversidade de colonizadores e escravos, de natureza europeia, africana e asiática que habitaram e habitam este país, é compreensível a preocupação prioritária com a conjuntura que deve ser reverberada da sociedade para a escola em seu projeto educacional que, ao formar mão de obra, também desenvolve regiões antes inabitáveis pelos colonizadores/republicanos do início do século XX. Assim, justifica-se o movimento descrito nesta obra, de perpassar um século criando e propagando a conjuntura que conhecemos, possível somente no final do século XX, com novas políticas implementadas por um governo que marcou época na expansão da educação escolar profissional, para o atendimento ao maior número de pessoas, com ideais fundamentados na democratização escolar. Neste cenário conjuntural, vimos a expansão estrutural – que nunca fora objeto de políticas anteriores, pois a escola pública foi criada para atender uma pequena classe social abastada no final do século XIX – com o significado do intenso investimento nas estruturas escolares, entendendo

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aqui, desde a transformação das estruturas físicas, criações de diversos campi até uma nova proposta pedagógica, que também vem sendo construída há uma década do início desta expansão.

O texto mostra a grandiosidade destas transformações em tão pouco tempo. Seu corpo docente é composto por especialistas convidados a pensar a educação integral e os mestres/doutores que forjam a pesquisa, tendo que reconhecer na tradição da formação técnica, a origem do que hoje entendemos como gérmen da educação profissional no Brasil.

O texto deixa claro na estrutura organizacional dos capítulos, acompanhados da nova conjuntura que provocou toda a expansão, pela excelência dos projetos apresentados e desenvolvidos no interior de cada campi, o reconhecimento pela tradição destas instituições, de seu escopo histórico e de ideais políticos que vislumbram o desenvolvimento social, a preocupação com o meio ambiente e a produção de conhecimento que se almeja. Posto isto, na materialidade de cada projeto apresentado, vê-se a melhoria de vida de todos os moradores dos municípios contemplados pelo resultado da produção de conhecimento que se dá, atualmente, no interior dos campi.

O elogio à obra está agregado ao papel que esta cumpre ao se tornar, certamente, fonte de investigação para os pesquisadores de diversas áreas do conhecimento científico, da graduação à pós-graduação.

Daqueles que pesquisam os dados da expansão em estrutura e números de alunos atendidos, a aqueles que problematizam estes dados.

E, também, aos atores, professores, técnicos administrativos e demais colaboradores desta instituição, como memória viva do que a história hoje dá conta de mostrar. Quantos significados e sentimentos há envolvidos no trabalho humano, incapaz de ser mensurado no cenário de fins de sociedade capitalista.

Esta obra, fruto da força de trabalho individual, é capaz de nos remeter a diversos ‘mundos’, um dos quais alimenta e instiga a outras reflexões, como nos encontramos, o que exige outros caminhos reflexi-

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vos. Ou, como nos ajuda o patrono da educação brasileira e importante ser humano Paulo Freire, na compreensão dos elementos históricos, significarem o sentido de cada época vivida e no papel da educação: O futuro não é um predado …O futuro é algo que se vai dando, e esse “se vai dando” significa que o futuro existe na medida em que eu ou nós mudamos o presente. E é mudando o presente que a gente fabrica o futuro; por isso, então a história é possibilidade e não determinação.

Mas, esta sugere outras reflexões, outras histórias.

Sônia Aparecida Siquelli Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos UFSCAR (2011).

Com Pós-Doutorado em Educação pelo Departamento de Filosofia e História da Educação-DEPHE da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (2018).

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INTRODUÇÃO Conhecer o passado é buscar subsídios dinâmicos para melhorar o futuro.

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A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – RFEPCT passou no Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e no governo Dilma Vana Rousseff (2011-2016), pela maior expansão da sua história desde a sua criação em 1909 quando foram criadas 19 escolas de Aprendizes e Artífices por Nilo Peçanha, então, presidente da República. A história de constituição dessa rede mostra que praticamente em um século, entre 1909 e 2002, foram construídas apenas cento e quarenta escolas técnicas em todo o Brasil1.

Já nos 14 últimos anos deste século XXI, entre os anos de 2003 e 2017, foram concluídas quinhentas unidades referentes ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que tinha o Programa de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, totalizando, 644 campi em funcionamento em março de 2016, conforme informações disponibilizadas pelo Ministério da Educação.

Em 13 anos, os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff construíram 360% a mais de escolas técnicas em relação às 140 construídas durante um século no Brasil. Esses dados e cenários chamam atenção por alguns motivos, dentre os quais, pelo impacto que essa expansão presumidamente acarreta na sociedade ao ampliar

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o acesso à educação profissional de ensino médio, gerando formação, trabalho, renda e ampliando o capital cultural.

Considerando que os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Brasil completam, em 2018, 10 anos de criação, contaremos a história de nosso querido IFSULDEMINAS, que tanto cresceu e proporcionou oportunidades para aqueles que não teriam condições de pagarem seus estudos em uma instituição privada. Faremos uma retrospectiva histórica da educação profissional no Brasil desde 1909 até os 10 anos do IFSULDEMINAS.

1 Parte deste texto compõe a dissertação de Mestrado em Educação, intitulada“IFSULDEMINAS: da criação aos impactos da expansão”, defendida em dezembro de 2017 pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu-Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Sapucaí-UNIVÁS. Acesso: http://www.univas.edu.br/me/docs/dissertacoes2/77.pdf

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CAPÍTULO I RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL Ao estudarmos a história da educação profissional no Brasil, pode se perceber que até o século XIX não existiam propostas sistemáticas de experiências de ensino, uma vez que prevalecia a educação propedêutica voltada para as elites e sua formação como dirigentes. A formação do trabalhador no Brasil começou a ser feita desde os tempos mais remotos da colonização, tendo como os primeiros aprendizes de ofícios os índios e os escravos, e “habituou-se o povo de nossa terra a ver aquela forma de ensino como destinada somente a elementos das mais baixas categorias sociais”. (FONSECA, 1961, p. 68).

Data de 1809 a criação, pelo Príncipe Regente, futuro D. João VI, do Colégio das Fábricas, que pode ser considerado como o início da educação profissional no Brasil (Parecer n.º 16/99 - CEB/CNE). Neste livro, vamos estudar a partir de 1909, quando o então presidente do Estado do Rio de Janeiro (como eram chamados os governadores na época), Nilo Procópio Peçanha, iniciou no Brasil o ensino técnico por meio do Decreto n.º 787, de 11 de setembro de 1906, que torna-se um fato curioso, e muito pouco difundido, que foi a instalação das Escolas Profissionais (também denominadas “Institutos Profissionais”) que soou como uma experimentação realizada por Nilo Peçanha, criando três escolas profissionais para o ensino de ofícios manufatureiro em Campos, Petrópolis e Niterói, e duas destinadas ao ensino agrícola, em Paraíba do Sul e Resende2.

A criação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica surge com o falecimento de Afonso Pena. Em julho de 1909, Nilo

2 O Senado recebia da Câmara dos Deputados a Proposição 195, na qual o Presidente ficava autorizado a acordar com os governos dos Estados da União a instalação de escolas técnicas e profissionais.

Capítulo I

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Peçanha assume a Presidência do Brasil e assina, em 23 de setembro de 1909, o Decreto n.º 7.566, que criava nas capitais de quase todos os estados da Federação, as Escolas de Aprendizes Artífices (EAAs), marcando a atuação direta do governo federal no ramo de ensino profissionalizante, em cuja introdução deste mesmo decreto o presidente justificava: “Se torna necessário não só habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o indispensável preparo técnico e intelectual, como também fazê-los adquirir hábitos de trabalho profícuo, que os afastará da ociosidade, escola do vício e do crime…”

Ficou estabelecido no decreto de criação das escolas que seriam admitidos “preferencialmente” menores “desfavorecidos da fortuna”, com idades entre 10 e 13 anos, tendo sua condição de pobreza atestada por pessoas idôneas (FONSECA, 1962, p. 163-166).

O Presidente da República dos Estados Unidos do Brazil, em execução da lei n. 1.606, de 20 de dezembro de 1906: Considerando: Que o argumento constante da população das cidades exige que se facilite às classes proletárias os meios de vencer as difficuldades sempre crescentes da lucta pela existencia; Que para isso se torna necessario, não só habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o indispensavel preparo techinico e intellectual, como faze-los adquirir habitos de trabalho proficuo, que os afastará da ociosidade ignorante, escola do vício e do crime; Que é um dos primeiros deveres do Governo da Republica formar cidadãos uteis a Nação: Decreta: Art. 1º Em cada uma das capitaes dos Estados da Republica o Governo Federal manterá, por intermedio do Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio uma Escola de Aprendizes Artifices, destinada ao ensino profissional primario e gratuito.

(BRASIL, 1909).

Nilo Peçanha A. Candido Rodrigues

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O Decreto n.º 7.566/1909 orientava no artigo 2º que as especialidades das indústrias locais fossem consultadas e que as oficinas de trabalho manual ou mecânico deveriam ser definidas mediante as conveniências e as necessidades de mão de obra. No artigo 6º, os requisitos para receber os educandos: teria que ter a idade compreendida entre 10 e 13 anos e não ser/estar acometido de doenças infectocontagiosas nem possuir defeitos que o impossibilitassem para o aprendizado do ofício.

A comprovação dos requisitos teria que ser atestada por autoridade competente e a comprovação de ser destituído de recursos financeiros dar-se-ia com atestados fornecidos por pessoas idôneas ou a juízo do diretor da escola, quando conhecesse pessoalmente as condições dos candidatos. Cada aluno poderia aprender um ofício, mediante consulta às suas aptidões e inclinações.

Previa-se que as escolas seriam fundadas e custeadas pelos estados, municípios ou associações particulares e poderiam gozar de subvenção da União, a partir da previsão de verba no orçamento do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, aos quais as escolas eram vinculadas. Previa-se ainda, que a renda originada da comercialização dos produtos das escolas seria dividida em cotas para o diretor, o mestre e por todos os alunos da escola, segundo o grau de adiantamento deles na aprendizagem do ofício.

DECRETO Nº 7.566, DE 23 DE SETEMBRO DE 1909

Crêa nas capitaes dos Estados da Republica Escolas de Aprendizes Artifices, para o ensino profissional primario e gratuito.

O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil, em execução da lei n. 1.606, de 20 de dezembro de 1906: Considerando: Que o augmento constante da população das cidades exige que se Capítulo I

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facilite ás classes proletarias os meios de vencer as difficuldades sempre crescentes da lucta pela existencia; Que para isso se torna necessario, não só habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o indispensavel preparo technico e intellectual, como fazel-os adquirir habitos de trabalho proficuo, que os afastará da ociosidade ignorante, escola do vicio e do crime; Que é um dos primeiros deveres do Governo da Republica formar cidadãos uteis à Nação: Decreta: Art. 1º Em cada uma das capitaes dos Estados da Republica o Governo Federal manterá, por intermedio do Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio uma Escola de Aprendizes Artifices, destinada ao ensino profissional primario e gratuito.

Paragrapho único. Estas escolas serão installadas em edificios pertencentes á União, existentes e disponiveis nos Estados, ou em outros que pelos governos locaes forem cedidos permanentemente para o mesmo fim.

Art. 2º Nas Escolas de aprendizes Artifices, custeadas pela União, se procurará formar operarios e contra-mestres, ministrando-se o ensino pratico e os conhecimentos technicos necessarios aos menores que pretenderem aprender um officio, havendo para isso, até o numero de cinco, as officinas de trabalho manual ou mecanica que forem mais convenientes e necessarias no Estado em que funccionar a escola, consultadas, quanto possivel, as especialidades das industrias locaes.

Paragrapho único. Estas officinas e outras, a juizo do Governo, ir-se-hão installando á medida que a capacidade do predio escolar, o numero de alumnos e demais circumstancias o permittirem.

Art. 3°O curso de officinas durará o tempo que for marcado no respectivo programma, approvado pelo ministro sendo o regimen da escola o de externato, funccionando das 10 horas da manhã ás 4 horas da tarde.

Art. 4º Cada escola terá um director, um escripturario, tantos mestres de officiaes quantos sejam necessarios e um porteiro continuo.

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§ 1° O director será nomeado por decreto e vencerá 4:800$ annuaes. § 2° O escripturario e o porteiro-continuo serão nomeados por portaria do ministro, vencendo o primeiro 3:000$ e o ultimo 1:800$ annuaes. § 3° Os mestres de officiaes serão contractados por tempo não excedente a quatro annos, vencendo 200$ mensaes, além da quota a que se refere o art. 11 do presente decreto.

Art. 5º As Escolas de Aprendizes Artifices receberão tantos educandos quantos comporte o respectivo predio.

Art. 6º Serão admittidos os individuos que o requererem dentro do prazo marcado para a matricula e que possuirem os seguintes requisitos, preferidos os desfavorecidos da fortuna: idade de 10 annos no minimo e de 13 annos no maximo; não soffrer o candidato molestia infecto-contagiosa, nem ter defeitos que o impossibilitem para o aprendizado de officio. § 1° A prova desses requisitos se fará por meio de certidão ou attestado passado por autoridade competente. § 2° A prova de ser candidato destituido de recursos será feita por attestação de pessoas idoneas, a juizo do director, que poderá dispensal-a quando conhecer pessoalmente as condições do requereu à matricula.

Art. 7º A cada requerente será apenas facultada a aprendizagem de um só officio, consultada a respectiva aptidão e inclinação.

Art. 8º Haverá em cada Escola de Aprendizes Artifices dous cursos nocturnos: primario, obrigatorio para os alumnos que não souberem ler, escrever e contar, e outro de desenho, tambem obrigatorio para alumnos que carecerem dessa disciplina para o exercicio satisfactorio do officio o que aprenderem.

Art. 9º Os cursos nocturnos, primario e de desenho, ficarão a cargo do director da escola.

Art. 10. Constituirá renda da escola o producto dos artefactos que sahirem de suas officinas. § 1° Esta renda será arrecadada pelo director da escola, que Capítulo I

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com ella satisfará a compra de materiaes necessarios para os trabalhos das officinas. § 2° Semestralmente o director dará balaço na receita e despeza das officinas e recolherá o saldo á Caixa Economica ou Colectoria Federal, para o destino consignado no artigo seguinte.

Art. 11. A renda liquida de cada officina será repartida em 15 quotas iguaes, das quaes uma pertencerá ao director, quatro ao respectivo mestre e 10 serão distribuidas por todos os alumnos da officina, em premios, conforme o grão de adeantamento de cada um e respectiva aptidão.

Art. 12. Haverá annualmente uma exposição dos artefactos das officinas na escola, para o julgamento do gráo de adeantamento dos alumnos e distribuição dos premios aos mesmos.

Art. 13. A commissão julgadora para a distribuição dos premios a que se referem os arts. 11 e 12 será pelo director da escola, o mestre da respectiva officina e o inspector agricola do districto.

Art. 14. No regimento interno das escolas, que será opportunamente expedido pelo ministro, serão estabelecidas as attribuições e deveres dos empregados, as disposições referentes á administração da escola e das officinas e outras necessarias para seu regular funccionamento.

Art. 15. Os programmas para os cursos serão formulados pelo respectivo director, de accôrdo com os mestres das officinas, e submettidos á approvação do ministro.

Art. 16. As Escolas de Aprendizes Artifices fundadas e custeadas pelos Estados, Municipalidades ou associações particulares, modeladas pelo typo das de que trata o presente decreto, poderão gozar de subvenção da União, marcada pelo ministro, tendo em vista a verba que for consignada para esse effeito no orçamento do Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio.

Art. 17. Aos inspectores agricolas compete, dentro dos respectivos districtos, a fiscalização dos Escolas de Aprendizes Artifices custeadas ou subvencionadas pela União.

Art. 18. Revogam-se as disposições em contrario.

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Rio de Janeiro, 23 de setembro de 1909, 88° da Independencia e 21° da Republica.

Nilo Peçanha A. Candido Rodrigues

Este texto não substitui o original publicado no Diário Official de 26/09/1909

Publicação: • Diário Official – 26/9/1909, Página 6975 (Publicação Original) Nilo Peçanha é tido como o Primeiro e único afrodescendente a ter assumido a presidência do Brasil.

Presidente Nilo Procópio Peçanha Fonte: http://www.brasil.gov.br/old/copy_of_imagens/linha-do-tempo/linha-do-tempo-historia/nilo-pecanha-1909/view acesso em 20/04/2018 Fonte: Arquivo Campus Inconfidentes

Nilo Peçanha nasceu em 02 de outubro de 1867, em Campos, estado do Rio de Janeiro. Estudou Direito em São Paulo e depois no Recife, onde se formou. Participou das campanhas abolicionista e republicaCapítulo I

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na, iniciando sua vida política ao ser eleito para a Assembleia Constituinte em 1890. Em 1903 foi sucessivamente senador e presidente do Estado do Rio, permanecendo neste cargo até 1906 quando foi eleito, na chapa de Afonso Pena, vice-presidente da República. Em 1909, com a morte de Afonso Pena, assumiu a presidência. Embora curto, o seu governo foi marcado pela agitação política em razão de suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador. Em consequência da campanha civilista, tornaram-se mais agudos os conflitos entre as oligarquias estaduais, sobretudo de Minas Gerais e São Paulo. Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, Serviço de Proteção ao Índio e inaugurou no Brasil o ensino técnico profissional. Ao fim de seu mandato, voltou ao Senado e dois anos mais tarde foi eleito à presidência do Estado, cargo que renunciou em 1917 para assumir a pasta das Relações Exteriores. Eleito novamente senador em 1918, encabeçou em 1921 a chapa do Movimento Reação Republicana, que tinha por objetivo contrapor o liberalismo político à política vigente das oligarquias estaduais. Morreu afastado da vida política em 1924, no Rio de Janeiro3.

Escola de Aprendizes e Artífices de Campos – RJ que teve seu início com cinco cursos em 1910: alfaiataria, marcenaria, tornearia, sapataria e eletricidade

3 hDisponível em: <http://www.laifi.com/laifi.php?id_laifi=6384&idC=81860#>. Acesso em: 03 jan. 2018. Fonte: <http://portal1.iff.edu.br/conheca-o-iffluminense/galeria-de-fotos-do-historico> Acesso em: 03 jan. 2018

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Essas escolas pioneiras, portanto, tinham uma função mais voltada para a inclusão social de jovens carentes do que propriamente para a formação de mão de obra qualificada. Naquele momento, a economia do país era baseada na atividade rural e, mesmo nos principais centros urbanos, o processo de industrialização ainda ocorria de maneira lenta e precária.

Linha do Tempo Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica

ANO

ACONTECIMENTO

1909

O presidente Nilo Peçanha assina o Decreto Nº 7.566/1909,criando inicialmente 19 “Escolas de Aprendizes Artífices” subordinadas ao Ministério dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio.

1927

O Congresso Nacional sanciona o Projeto de Fidélis Reis, que prevê o oferecimento obrigatório do ensino profissional no país.

1930

É criado o Ministério da Educação e Saúde Pública que passa a supervisionar as Escolas de Aprendizes e Artífices, através da Inspetoria do Ensino Profissional Técnico.

1937

Promulgada a nova Constituição Brasileira que trata pela primeira vez do ensino técnico, profissional e industrial. É assinada a Lei 378, que transforma as Escolas de Aprendizes e Artífices em Liceus Industriais, destinados ao ensino profissional, de todos os ramos e graus.

1941

Vigora uma série de leis, conhecidas como a “Reforma Capanema”, que remodelam todo o ensino no país. Os principais pontos: - o ensino profissional passa a ser considerado de nível médio; - o ingresso nas escolas industriais passa a depender de exames de admissão; - os cursos são divididos em dois níveis: curso básico industrial, artesanal, de aprendizagem e de mestria, e o segundo, curso técnico industrial.

1942

O Decreto 4.127, de 25 de fevereiro, transforma os Liceus Industriais em Escolas Industriais e Técnicas, passando a oferecer a formação profissional em nível equivalente ao do secundário.

1944

A participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial e o consequente empréstimo financeiro dos Estados Unidos ao Brasil no Governo Getúlio Vargas impulsionam a industrialização brasileira.

1956/ 1961

O governo de Juscelino Kubitschek marca o aprofundamento da relação entre Estado e economia. O objetivo é formar profissionais orientados para as metas de desenvolvimento do país.

Continua.

Capítulo I

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16 Continuação.

ANO

ACONTECIMENTO

1959

As Escolas Industriais e Técnicas são transformadas em autarquias com o nome de Escolas Técnicas Federais, com autonomia didática e de gestão.

1961

O ensino profissional é equiparado ao ensino acadêmico com a promulgação da Lei 4.024 que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

O período é marcado por profundas mudanças na política de educação profissional.

1967

Decreto 60.731 transfere as Fazendas Modelos do Ministério da Agricultura para o Ministério da Educação e Cultura que passam a funcionar como escolas agrícolas.

1971

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira torna técnico-profissional todo currículo do segundo grau compulsoriamente. Um novo paradigma se estabelece: formar técnicos sob o regime da urgência.

1978

A Lei 6545 transforma três Escolas Técnicas Federais (Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro) em Centros Federais de Educação Tecnológica.

1980/ 1990

A globalização, nova configuração da economia mundial, também atinge o Brasil. O cenário é de profundas e polêmicas mudanças: a intensificação da aplicação da tecnologia se associa a uma nova configuração dos processos de produção.

1994

A Lei 8.948, de 8 de dezembro: - institui o Sistema Nacional de Educação Tecnológica, transformando, gradativamente, as ETFs e as EAFs em CEFETs; - A expansão da oferta da educação profissional somente ocorrerá em parceria com Estados, Municípios e Distrito Federal, setor produtivo ou Organizações Não Governamentais (ONGs), que serão responsáveis pela manutenção e gestão dos novos estabelecimentos de ensino.

1996

Em 20 de novembro, a Lei 9.394 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDB) dispõe sobre a Educação Profissional num capítulo próprio.

1997

O Decreto 2.208 regulamenta a educação profissional e cria o Programa de Expansão da Educação Profissional (PROEP).

1999

Retoma-se o processo de transformação das Escolas Técnicas Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs).

2004

O Decreto 5.154 permite a integração do ensino técnico de nível médio ao ensino médio.

2005

Institui-se, pela Lei 11.195, que a expansão da oferta da educação profissional preferencialmente ocorrerá em parceria com Estados, Municípios e Distrito Federal, setor produtivo ou organizações não governamentais.

Lançada a primeira fase do Plano de Expansão da Rede Federal, com a construção de 60 novas unidades de ensino pelo Governo Federal.

O CEFET Paraná passa a ser Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Continua.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

17

Continuação.

ANO

ACONTECIMENTO

2006

O Decreto 5.773 trata sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. É instituído, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação de Jovens e Adultos. É lançado o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia.

2007

Lançada a segunda fase do Plano de Expansão da Rede Federal. Até 2010 serão 354 unidades. O Decreto 6.302 institui o Programa Brasil Profissionalizado. É lançado o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos.

2008

Articulação e criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. A Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008 cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.

2009

Centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

2018

Comemoram-se os 10 anos de criação dos Institutos Federais do Brasil.

Fonte: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/centenario/linha.pdf com complementação de informações pelo autor – acesso em 03/01/2018

Da criação das primeiras escolas de aprendizes e artífices no início do século XX, passando pela criação das escolas agrotécnicas até chegar à história das Escolas Agrotécnicas Federais de Inconfidentes, Machado e Muzambinho, as quais, com a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica iniciada no governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e concluída no governo Dilma Vana Rousseff (2011-2016), culminaram na criação do atual Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – IFSULDEMINAS. Assim, o levantamento histórico das escolas agrotécnicas federais de Muzambinho, Machado e Inconfidentes – todas no sul de Minas Gerais – que constituíram, na fase da expansão da RFEPCT, o IFSULDEMINAS, foi de fundamental realização no intuito de colaborar na compreensão histórica de como foram constituídas e qual a importância delas na criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais.

Capítulo I

Paulo Roberto Ceccon

18

Data das Inaugurações das Escolas de Aprendizes Artífices4 INSTITUIÇÃO

DATA DE INAUGURAÇÃO

Escola de Aprendizes Artífices de Mato Grosso

01/01/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Piauí

01/01/1910

Escola de Aprendizes Artífices de Goiás

01/01/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Rio Grande do Norte

01/03/1910

Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba

01/06/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Maranhão

01/16/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Paraná

01/16/1910

Escola de Aprendizes Artífices de Alagoas

01/21/1910

Escola de Aprendizes Artífices de Campos / RJ

01/23/1910

Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco

02/16/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Espírito Santo

02/24/1910

Escola de Aprendizes Artífices de São Paulo

02/24/1910

Escola de Aprendizes Artífices de Sergipe

05/01/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Ceará

05/24/1910

Escola de Aprendizes Artífices da Bahia

06/02/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Pará

08/01/1910

Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina

09/01/1910

Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais

09/08/1910

Escola de Aprendizes Artífices do Amazonas

10/01/1910

Fonte: SOARES, 1982,p.59-60.

Kunze (2005:26), ao analisar este quadro, considera a rapidez com que as EAAs foram inauguradas e confirma que a consolidação da ideia de “[…] educação profissional do governo federal foi tratada como assunto de prioridade nacional pelos governos estaduais.” A autora ainda lembra que,

na concepção de Cunha (2000b), a presença da União nas unidades federadas, por intermédio das EAAs, visou reforçar o pacto federativo que consis-

4 Criadas em 1909, as EAAs iniciam sua efetiva atuação nas datas de inauguração.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

19

tia em garantir que os Estados-membros, dotados de autonomia, se associassem ao Estado soberano e indissolúvel para juntos decidirem os rumos do país e, neste caso específico, os rumos da educação para o trabalho. (KUNZE, 2005:36)

Depois da criação das Escolas de Aprendizes Artífices, o próximo marco na trajetória da Educação Profissional no Brasil foi o Projeto Fidélis Reis – encaminhado à Câmara em 1922 e aprovado em 1927 –, que previa o oferecimento obrigatório do ensino profissional no país. Embora o projeto tenha sido sancionado pelo Congresso Nacional, nunca foi executado porque “[…] o Tesouro não estava em condições de arcar com a despesa (…) para sua completa aplicação” (CIAVATTA; SILVEIRA, 2010, p.101).

As Escolas de Aprendizes Artífices foram uma política nacional do governo federal no ensino de ofícios.

No entanto, o Projeto Fidélis Reis é digno de registro neste livro por conta dos pressupostos filosóficos e ideológicos que a ele subjaziam e das tensões que permearam os embates e o demorado debate em torno do seu conteúdo e até sua sanção pelo Congresso Nacional.

Desde sua gênese, a educação profissional, conforme vimos na justificativa do decreto que instituiu as escolas de aprendizes artífices, era direcionada às classes menos favorecidas e, portanto, era e, pode-se dizer, que ainda é estigmatizada pelas elites.

Escrevendo sobre as diferenças dos Aprendizados e Patronatos Agrícolas Federais: que são dois modelos de ensino agrícola das primeiras décadas do século XX (1911-1934), levando em consideração que o Campus Inconfidentes do IFSULDEMINAS teve sua origem como Patronato Agrícola Visconde de Mauá, com sua criação no dia 28 de fevereiro de 1918, pelo Decreto n.º 12.893 e passou, também, pelo nome de Aprendizado Agrícola “Minas Gerais”, em 1934.

Os Aprendizados surgiram no ano de 1911, configurando-se como estabelecimentos voltados para o ensino da prática agrícola seguindo padrões científicos, observando as peculiaridades regionais, destinandoCapítulo I

Paulo Roberto Ceccon

20

-se a dar conhecimento técnico a filhos de pequenos proprietários de terras nas localidades onde foram instalados. Já os Patronatos, desde a criação da primeira instituição deste tipo, em 1918, caracterizaram-se por um duplo objetivo: o de ensino agrícola primário e da regeneração da infância pobre, sendo que a derrocada do modelo se deveu, principalmente, à exacerbação deste segundo aspecto.

Os Aprendizados Agrícolas foram criados na mesma época das Escolas de Aprendizes e Artífices, estando ambas ligadas ao Ministério da Agricultura Indústria e Comércio. No entanto, a primeira buscava formar o trabalhador agrícola, já a segunda almejava a formação do trabalhador urbano. Os Aprendizados foram criados a partir do Decreto n.º 8319, de 20 de outubro de 1910, que criou o ensino agronômico e aprovou o seu regulamento. Tais instituições, a princípio, foram fundadas em três estados: o de Barbacena, em Minas Gerais, o de São Luís das Missões, no Rio Grande do Sul e o de São Simão, em São Paulo (BRASIL,1910-1911).

Proposições do Diretor de Ensino Agrícola para os Aprendizados Agrícolas no Brasil (1932) LOCALIZAÇÃO Rio Branco – AC Belém-PA Estado do CE, PB ou RN (local a ser escolhido) Estado de Pernambuco (local a ser escolhido) Satuba-AL Santo Amaro – BA Campos-RJ Ouro Fino-MG5 Jaboticabal-SP Estado do MT, PR ou SC (local a ser escolhido) Pelotas-RS

FINALIDADE Destinado ao ensino de indústrias extrativas da Amazônia, cultura de cereais, etc.

Cultura de fumo, fruticultura, etc.

Zona açucareira irrigada Zona açucareira Zona de açúcar e algodão Fumo, cana, cereais, frutas.

Cana e indústrias rurais Cereais e indústrias de laticínios.

Café e criação de gado Não há indicação Arroz e outros cereais, fruticultura, sua industrialização e laticínios.

Fonte: BRASIL-RMA, 1933, p. 175-176.

5 O Aprendizado agrícola de Ouro Fino é hoje o Campus Inconfidentes tendo em vista que naquela época o município de Inconfidentes ainda não existia.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

21

Patronatos transformados em Aprendizados (1934) PATRONATO

APRENDIZADO

Patronato Manuel Barata

Aprendizado Agrícola do Pará

Patronato João Coimbra

Aprendizado Agrícola de Pernambuco

Patronato Rio Branco

Aprendizado Agrícola da Bahia

Patronato Visconde do Mauá6

Aprendizado Agrícola de Minas Gerais

Patronato Visconde da Graça

Aprendizado Agrícola do Rio Grande do Sul

Fonte: BRASIL. Decreto nº 24.115 de 1934.

Vista frontal do Patronato Agrícola e Aprendizado Agrícola de Ouro Fino – MG,hoje Inconfidentes

Fonte: Acervo do Campus Inconfidentes

Alunos do Patronato Agrícola Visconde Mauá – 1920 Alunos do Patronato Agrícola Visconde Mauá – 1920

Fonte: Acervo do Campus Inconfidentes 6 Patronato Agrícola que hoje é o Campus Inconfidentes que pertencia a Ouro Fino MG

Capítulo I

22

Paulo Roberto Ceccon

Os Patronatos7 Agrícolas eram colocados numa posição periférica no debate sobre o ensino agrícola, em especial na sua vertente de formação técnica e profissional: os patronatos estavam voltados para o atendimento da infância pobre, incorporando os que permaneciam nas ruas das cidades, voltando-se para o preparo do trabalhador rural com um número de conhecimento sobre a organização e as técnicas pretendidas e que deveriam acompanhar as novas relações sociais de produção na agropecuária (OLIVEIRA, 2004, p. 55).

Em 1922, o deputado mineiro Fidélis Reis encaminhou à Câmara Federal um projeto de lei que previa a obrigatoriedade do ensino profissional em todos os estabelecimentos de ensino primário e secundário do país, ou seja, a todos os estudantes e, portanto, indistintamente para pobres ou ricos. Esse projeto foi considerado: O mais radical de quantos projetos já haviam surgido no Brasil a respeito do ensino profissional, tornando-o obrigatório no País. Nunca se havia ido tão longe; pugnava-se pela ideia, combatia-se pela implantação de mais escolas daquele gênero, mostrava se a necessidade da formação de um operariado consciente de sua profissão, porém destinava-se, sempre, qualquer tentativa às classes pobres, aos desafortunados, aos deserdados da sorte. O projeto Fidelis Reis, entretanto, tornava aquele ramo de ensino extensivo a todos, pobres ou ricos, desfavorecidos da fortuna ou representantes das classes abastadas (SOARES, 1995, p.98).

Segundo Riccioppo (2013), transcender o estigma de que a educação profissional deveria ser direcionada às classes menos favore7 Os Patronatos foram criados com o Decreto nº 12.893, de 28 de fevereiro de 1918, que autorizava o ministro da Agricultura a criar Patronatos Agrícolas, para educação de menores desvalidos, nos postos zootécnicos, fazendas-modelo de criação, núcleos coloniais e outros estabelecimentos do Ministério. Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1918, 97º da Independência e 30º da República. Wenceslau Braz P. Gomes

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

23

cidas foi motivo de muitos embates em torno da proposta de Fidélis Reis8 que, para dar consistência às suas argumentações, teria trocado cartas com Albert Einstein, Henry Ford e Lênin, com o objetivo de buscar posicionamentos que corroborassem seus argumentos em prol da obrigatoriedade do ensino profissional obrigatório com vistas ao desenvolvimento do país ao mesmo tempo em que se descolasse dele o estigma de inferioridade.

Segundo Ciavatta (2010), Fidélis Reis teria citado, inclusive, uma opinião de Einstein sobre o ensino profissional, dada numa entrevista concedida à Moskowski à época, em que disse Einstein:

Em minha opinião, o verdadeiro meio de estabelecer um contato entre a vida pública e a escola é instituir, compulsoriamente, o aprendizado de um ofício. Todos os rapazes devem saber um ofício; qualquer que seja a escolha, devem alcançar qualquer habilitação técnica, de carpinteiro, ou marceneiro, encanador, serralheiro etc. O aprendizado técnico preenche dois grandes propósitos: a formação do ser ético e a solidariedade com as grandes massas do povo. A escola não pode ser uma fonte de jurisprudentes, literatos e advogados, nem meramente a fábrica de máquinas mentais. Prometeu, segundo o mito, não começou a ensinar aos homens a astronomia, mas principiou pelo fogo e suas propriedades e usos práticos (CIAVATTA, 2010, p.100).

Fidelis Reis defendeu a tese de que a educação profissional seria condição sine qua non9 para o desenvolvimento do país redimindo-o da 8 As cartas enviadas por Reis e as respostas obtidas favoráveis à iniciativa do Projeto Fidélis Reis de tais personalidades estão no acervo documental do Centro de Formação Profissional Fidélis Reis, do SENAI – Uberaba-MG. Esses documentos foram frequentemente utilizados para reforçar pelo deputado suas argumentações na Câmara e na imprensa em prol do ensino profissional obrigatório no país. (RICCIOPPO, 2013, p.8).

9 Sine qua non ou conditio sine qua non é uma expressão que se originou do termo legal, que em latim pode ser traduzido como “sem a/o qual não pode ser”. Refere-se a uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial.

Capítulo I

24

Paulo Roberto Ceccon

dependência econômica e se esforçou para mudar a concepção da cultura escravocrata que estigmatizava os trabalhos manuais por considerá-los inferiores e realizáveis apenas pelos menos favorecidos economicamente.

Seu projeto, portanto, tramitou durante cinco anos e só foi sancionado em 1927, pelo Decreto n.º 5.241, em 22 de agosto. No entanto, foi aprovado com várias emendas que destoaram do projeto inicial, o qual previa a obrigatoriedade irrestrita, ou seja, nos níveis primário e secundário, mas foi aprovado com a obrigatoriedade apenas nas escolas primárias mantidas pela União.

Por fim, a lei não chegou a ser executada, segundo o governo, por falta de verba, mas Fidélis Reis foi considerado um “parlamentar de visão profética” porque ele se antecipara em 50 anos, a uma decisão que foi tomada, anos mais tarde, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 5.692/71, que contém a retomada e a sistematização da obrigatoriedade do ensino profissional.

Um pouco mais adiante, já na Era Vargas (1934-1945), o ano de 1937 deixa mais duas marcas na trajetória da educação profissional do Brasil. Foi o ano da promulgação, por Getúlio Vargas, da Constituição de 1937, a qual foi a primeira a versar sobre o ensino profissional e, mais uma vez, expressamente vinculando a educação profissional aos desfavorecidos economicamente:

Art. 129. (…) O ensino pré-vocacional profissional destinado às classes menos favorecidas é em matéria de educação o primeiro dever de Estado. Cumpre-lhe dar execução a esse dever, fundando institutos de ensino profissional e subsidiando os de iniciativa dos Estados, dos Municípios e dos indivíduos ou associações particulares e profissionais. É dever das indústrias e dos sindicatos econômicos criar, na esfera da sua especialidade, escolas de aprendizes, destinadas aos filhos de seus operários ou de seus associados. A lei regulará o cum-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

25

primento desse dever e os poderes que caberão ao Estado, sobre essas escolas, bem como os auxílios, facilidades e subsídios a lhes serem concedidos pelo Poder Público. (BRASIL, 1937b)

Antes disso, no mesmo ano, a Lei n.º 378/37, no artigo 37, as Escolas de Aprendizes Artífices foram transformadas em liceus, destinados ao ensino profissional (BRASIL, 1937a).

Prédio do Liceu de Artes e Ofícios na antiga Rua da Guarda Velha

Fonte: Disponível em: <http://diariodorio.com/historia-do-liceu-de-artes-e-oficios/> Acesso em: 22 ago. 2017.

Em 1931, a chamada “Reforma Francisco Campos” estabeleceu oficialmente, em nível nacional, a modernização do ensino secundário brasileiro, conferindo organicidade à cultura escolar do ensino secundário com a fixação de uma série de medidas, como o aumento do número de anos do curso secundário e sua divisão em dois ciclos, a seriação do currículo, a frequência obrigatória dos alunos às aulas, a imposição de um detalhado e regular sistema de avaliação discente e a reestruturação do sistema de inspeção federal. Essas medidas procuravam produzir estudantes secundaristas Capítulo I

26

Paulo Roberto Ceccon

autorregulados e produtivos, em sintonia com a sociedade disciplinar e capitalista que se consolidava, nos anos de 1930, no Brasil. A Reforma Francisco Campos, desta forma, marca uma inflexão significativa na história do ensino secundário brasileiro, pois ela rompe com estruturas seculares nesse nível de escolarização.

O ensino secundário que surgia no início da década de 1930 era um ciclo de estudos longos e teóricos, que contrastava com os estudos curtos e práticos do ensino técnico-profissional ou normal. Naquele momento histórico, o ensino secundário era, como afirmou o historiador francês Lucien Febvre, “o todo poderoso império do meio”, que contribuía, decisivamente, para formar as elites dirigentes que se endereçavam aos cursos superiores – tanto na França como no Brasil.

Em 1942, o sistema educacional brasileiro passou por uma série de transformações a partir de um conjunto de decretos-leis10 que culminaram no que ficou conhecido como “Reforma Capanema”. Liderada pelo então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, a Reforma Capanema alterou significativamente o sistema nacional de educação, cuja legislação teve como objetivo: (…) reformar e padronizar todo o sistema nacional de educação, com vistas a adequá-lo à nova ordem econômica e social que se configurava no Brasil naquela época (expansão do setor terciário urbano, constituição de uma classe média, do proletariado e da burguesia industrial, resultante da intensificação do capitalismo no país)11 .

A principal lei foi a Lei Orgânica do Ensino Industrial, Decreto-Lei n.º 4.073, de 30 de janeiro de 1942 e o Decreto n.º 4.127, de 25 de fevereiro de 1942, que transformou os liceus em Escolas Industriais e Técnicas e, formalmente, a partir desse ano houve uma vinculação do ensino industrial à estruturação do ensino no país. A figura abaixo mostra a Escola Industrial de Natal.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Escola Industrial de Natal/RN

Fonte: Disponível em: <http://sul-centenariense/cronologia>.

Acesso em: 22 ago. 2017

Os principais pontos, pois, a se destacar sobre o ensino profissional a partir da Reforma Capanema foram: 1) O ensino profissional passou a ser considerado de nível médio; 2) O ingresso nas escolas industriais passou a depender de exames de admissão; 3) Os cursos foram divididos em dois níveis no novo ensino médio: cursos básicos industrial, artesanal, de aprendizagem e de mestria e curso técnico industrial (três anos de duração mais um ano de estágio supervisionado na indústria compreendendo várias especialidades (BRASIL, 1942a); 4) Os alunos formados nos cursos técnicos ficavam autorizados a ingressar no ensino superior na área equivalente.

No contexto educacional da Reforma Capanema, na dimensão socioeconômica, a participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, o que gerou empréstimos financeiros dos 10 1) Decreto-Lei nº 4.048, de 22/01/1942 – Cria o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); 2) Decreto-Lei nº 4.073, de 30/01/1942 – “Lei” Orgânica do Ensino Industrial; 3) Decreto-Lei nº 4.244, de 09/04/1942 – “Lei” Orgânica do Ensino Secundário; 4) Decreto-Lei nº 6.141, de 28/12/1943 – “Lei” Orgânica do Ensino Comercial; 5) Decreto-Lei nº 8.529, de 02/01/1946 – “Lei” Orgânica do Ensino Primário; 6) Decreto-Lei nº 8.530, de 02/01/1946 – “Lei” Orgânica do Ensino Normal; 7) Decretos-Lei nº 8.621 e 8.622, de 10/01/1946 – Criam o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e; 8) Decreto-Lei nº 9.613, de 20/08/1946 – “Lei” Orgânica do Ensino Agrícola.

11 Disponível<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_leis_organicas_de_ensino_ de_1942_e_1946.htm>. Acesso em: 28 fev. 2017.

Capítulo I

28

Paulo Roberto Ceccon

Estados Unidos da América ao Brasil, através do acordo “Lend and Lease”12 e uma consequente impulsão na indústria brasileira que o governo Vargas:

(…) com a ajuda dos norte-americanos, através do sistema “Lend and Lease”, conseguiu armar suas Forças Armadas e adquirir o capital necessário para a construção de uma siderúrgica, iniciando o desenvolvimento da indústria nacional e se transformando no principal aliado dos EUA na região.

Foi o único país latino-americano que enviou tropas para combater no continente europeu (Itália).

A ideia do Governo Brasileiro era obter uma posição de destaque no mundo pós-guerra, se convertendo no país mais importante da América Latina.

(FERRER, 2013, p.37)

O acordo Lend and Lease contemplou o armamento bélico das Forças Armadas do Brasil que recebeu quase dois terços de todo o material bélico que os Estados Unidos enviaram à América Latina. No âmbito dessa parceira, outros acordos foram firmados, dentre eles, o refinanciamento da dívida externa do Brasil e fundos para a construção de uma siderúrgica em Volta Redonda (RJ), com a qual o governo tinha o objetivo de estimular as atividades industriais.

Segundo Ferrer (2013), em contrapartida, os Estados Unidos poderiam facilmente utilizar as bases e portos brasileiros de modo a gerir o sistema para a defesa continental com sua participação na guerra pelo Atlântico Sul. Esses fatos explicam ou justificam a Reforma de Capanema, diante da necessidade de impulsionar, também, a formação técnica profissional com vistas à mão de obra qualificada para atuação nas indústrias.

12 O sistema “Lend and Lease” foi um acordo firmado em 03 de março de 1942 entre Estados Unidos e Brasil, na modalidade “empréstimo-arrendamento”, o qual contou com cifras que somaram quase 300 milhões de dólares.

(FERRER, 2013).

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Em 1959, com o Decreto n.º 47.038, de 16 de outubro de 1959, que regulamentava a Lei n.º 3.552, de 16 de fevereiro de 1959, as Escolas Industriais passaram a ser autarquias, ou seja, a ter autonomia didático-pedagógica, financeira e administrativa e a se chamar Escolas Técnicas Federais. A figura abaixo mostra os alunos trabalhando com torno na Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte – 1959

Fonte: Disponível em: <http://centenario.ifrn.edu.br/cronologia>.

Acesso em: 22 ago. 2017.

Nesse contexto da concessão de autonomia didática e de gestão às escolas técnicas, temos outro fato sócio-histórico da trajetória da educação profissional no Brasil, o aprofundamento da relação entre Estado e Economia marcado pelo governo de Juscelino Kubitschek – JK (1956-1961): Ao ser eleito com o programa para “fazer o Brasil progredir 50 anos em 5”, JK propunha desenvolver políticas voltadas às estradas, energia, transportes e construção de Brasília. Seu Programa de Metas priorizou a educação para formação técnico-profissional para implementação de indústrias de base. No anseio de desenvolver o plano de governo, difundiu-se ilimitado otimismo e confiança Capítulo I

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Paulo Roberto Ceccon

nas potencialidades do País, transformando-se em instrumento deliberado e efetivo do desenvolvimento, com política centrada no desenvolvimento industrial e reforçada pela ideologia desenvolvimentista. (BARREIRO, 2010, p.26)

Nesse período, no âmbito educacional, o governo tinha como objetivo formar profissionais capacitados para a realização das metas de desenvolvimento do país expressas pelo Plano de Metas, o programa de governo desenvolvimentista de JK, consolidado por um conjunto de 31 objetivos a serem alcançados em diversos setores da economia, sendo o 31.º a construção de Brasília e a mudança da capital federal.

Ao final do governo JK e no início do governo João Goulart, foi promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961, cujo projeto esteve em discussão desde 1947. Sua promulgação marcou o final da Reforma Capanema e atendeu a reivindicações antigas em relação à democratização da educação nacional e da valorização do ensino industrial e das Escolas Industriais e Técnicas.

A LDB n.º 5.692, de 11 de agosto de 1971, torna compulsório o ensino técnico-profissional de todo o currículo do segundo grau diante da urgência e necessidade de formar técnicos no país. Nesse momento, o deputado Fidélis Reis foi reconhecido como um “parlamentar de visão profética”, pois meio século antes ele lutara por isso conforme explanado anteriormente.

Na trajetória da educação profissional, depois da compulsoriedade do ensino técnico-profissional, na década de 70, só 20 anos depois é que houve alteração em termos legais, a partir da Lei n.º 8.498, de 8 de dezembro de 1994, a qual cria o Sistema Nacional de Educação Tecnológica e prevê a transformação das Escolas Técnicas Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica e, com isso, se encerra a trajetória dos principais marcos da educação profissional no século XX. As mudanças ocorridas no século XXI serão apontadas mais à frente.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Nos anos 1970, com a aceleração do crescimento econômico, houve uma forte expansão da oferta de ensino técnico e profissional. Em 1978, surgiram os três primeiros Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFET), que tinham como objetivo formar engenheiros de operação e tecnólogos.

Dezesseis anos depois, os CEFET viraram a unidade padrão da Rede Federal de Ensino Profissional, Científico e Tecnológico. Absorveram as atividades das Escolas Técnicas Federais e das Escolas Agrotécnicas Federais e se preocuparam em preparar o país para a revolução tecnológica ocorrida entre os anos 1980 e 1990.

Ex – Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia

Fonte: http://diariodegoias.com.br/concursos/75997-ultima-semana-para-inscricoes-em-processo-seletivo-do-ifg-em-aparecida-salarios-de-r-4-1-mil

As Escolas Agrotécnicas Federais (EAFs) são instituições de ensino subordinadas à Secretaria de Educação Média e Tecnológica do Ministério da Educação (SEMTEC/MEC), caracterizadas por ministrar cursos técnicos em nível médio nas áreas de Agropecuária, Agroindústria, Enologia, Zootecnia e Infraestrutura rural, em regime aberto, de internato e semi-internato. A rede de Escolas Agrotécnicas Federais é constituída de 46 unidades, funcionando como autarquias educacionais federais, com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática, técnica e disciplinar.

Capítulo I

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

33

CAPÍTULO II AS ESCOLAS AGROTÉCNICAS FEDERAIS DE MUZAMBINHO, MACHADO E INCONFIDENTES DO SUL DE MINAS GERAIS O ensino agrícola foi instituído, conforme já mencionado, durante a Reforma Capanema, pela Lei Orgânica do Ensino Agrícola, n.º 9.613, de 20 de agosto de 1946, no contexto do desenvolvimento impulsionado pelo empréstimo financeiro dos Estados Unidos ao Brasil, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial. O Decreto n.º 22.470, de 20 de janeiro de 1947, fixa a rede de estabelecimento de ensino agrícola no território nacional, segundo Romanelli (1998).

2.1 Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho

A Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho está localizada no município mineiro de Muzambinho, ao sul de Minas Gerais.

Os conhecimentos sobre a história de Muzambinho nasceram do trabalho dos jornalistas, colaboradores e outros profissionais interessados em desvendar os fatos e em construir a narrativa de um município que, ao longo dos anos, transformou-se em um grande referencial no imenso estado mineiro.

Muito se discute sobre a fundação do povoado, mas cabe ressaltar aqui que de uma forma ou de outra, todos os habitantes dessa região, heróis ou anônimos, contribuíram para que essa terra abrigasse de modo aconchegante as pessoas que residiam e que hoje residem no município13. Não se pode afirmar quem chegou primeiro ao local onde 13 Disponível em: <http://imagens.gportais.com.br/historicos/muzambinho/histoficial.pdf>. Acesso em: 25 set. 2017.

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se formaria o povoado, se os escravos africanos ou os descendentes de portugueses.

Em termos legais, de acordo com o Arquivo Público Mineiro e a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, o povoado surgiu antes de 1852, sendo Pedro de Alcântara Magalhães considerado um dos pioneiros da fundação. Com terras doadas por Maria Benedita Vieira, Ingrácia Destarte, José Braga e João Vieira Homem, o povoado recebeu o nome de São José da Boa Vista do Cabo Verde. Isso porque pertencia ao município de Cabo Verde, segundo o gráfico sobre o desdobramento de Vila Rica, datado de 1711.

Em 30 de novembro de 1880, a vila passou à condição de cidade e ao mesmo tempo, de comarca, com o nome de Mozambinho. Sua primeira Câmara Municipal foi dirigida pelo coronel Cesário Cecílio de Assis Coimbra, que foi empossado como presidente da Casa no dia 9 de janeiro de 1881, pelo então presidente da Câmara Municipal de Cabo Verde, tenente-coronel Luiz Antônio de Moraes Navarro. Com o decorrer do tempo, o nome passou a ter a atual grafia com ‘U’. Em relatórios do governo da província no século XIX, o local é grafado como Mosambinho ou Mossambinho14.

A Escola Agrotécnica de Muzambinho foi criada em conformidade com o parágrafo 3.º do art. 18 da Constituição Federal de 1946: “Mediante acordo com a União, os Estados poderão encarregar funcionários federais da execução de leis e serviços estaduais ou de atos e decisões das suas autoridades; e, reciprocamente, a União poderá, em matéria da sua competência, cometer a funcionários estaduais encargos análogos, provendo às necessárias despesas”. (CONSTITUIÇÃO DE 1946, art. 18).

Sua criação foi resultado de um termo de acordo celebrado entre os governos da União e Estado de Minas Gerais em 22 de outubro de 1948, publicado no Diário Oficial da União de 23 de outubro de1948.

14 Arquivo Histórico Nacional do Rio de Janeiro.

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Tal proposta atendeu às disposições do decreto-lei n.º 9.613 (Lei Orgânica do Ensino Agrícola), de 20/08/1946 e a todas as suas determinações e aos artigos 2.º e 4.º do Decreto Federal n.º 22.470, de 20 de janeiro de 1947, responsável por fixar a rede de estabelecimento de ensino agrícola no território nacional e definir as regiões do país que deveriam contar com a instalação das escolas agrícolas. Foi celebrado um acordo com duração de cinco anos para a construção da escola de 1948 a 1952 e, em 1953, deveriam iniciar as aulas da primeira turma.

O Decreto n.º 22.470, de 1947, definiu que estabelecimentos de ensino agrícola poderiam ser federais, estaduais, municipais, particulares e custeados por verbas próprias ou ainda mediante acordos. No caso de acordo com o governo federal, esse pagaria a importância correspondente a dois terços do total da verba necessária. Além disso, ficou previsto que seriam criados dois tipos de escolas: as agrotécnicas e as de iniciação agrícola15. O Art. 4º não elencava a criação no Estado de Minas Gerais, pois já haviam estabelecimentos promovendo a oferta.

Assim, deveriam ser criados:

Art. 4º. Mediante acôrdo com os respectivos governos e nas condições do artigo 2.º. serão instaladas Escolas Agro-técnicas nos Estados do Amazonas, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal; Escolas de Iniciação agrícola nos Territórios do Amapá, Guaporé, Fernando de Noronha e nos Estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Paraná e Goiás. Mediante acôrdo com o Banco da Borracha, serão mantidas as Escolas de Iniciação Rural dos Estados do Amazonas e Pará e do Território do Acre. (DECRETO n.º 22470, 1947)

15 Tese de Lívia Carolina Vieira “História da Educação Agrícola do Sul de Minas Gerais: A Escola Agrícola de Muzambinho (1948-1985). Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/8168/TeseLCV. pdfsequence=1&isAllowedy>. Acesso em: 20 mar. 2018. Pág.72

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Desde os tempos das aulas na casa do Sr. Francisco Navarro, do Lyceu Municipal, do Grupo Escolar Cesário Coimbra, do Ginásio São José, Muzambinho sentiu a necessidade do desenvolvimento do saber.

Para contemplar tal preocupação e, sentindo a realidade agrícola local, em 1953 é inaugurada a Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho.

A Escola começou a funcionar no início do ano de 1948, mas sua inauguração oficial foi no dia 22 de novembro de 1953, com a presença de várias personalidades nacionais como o governador do Estado de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Gustavo Capanema, Assis Chateaubriand e o presidente Getúlio Vargas, então de volta ao poder, eleito pelo povo.

O município de Muzambinho, atualmente, não é nada diferente dos tempos passados. A disputa política local é sempre acirrada, mas democrática, visto que vivemos um período de intensa transformação nacional e os debates políticos ficam na esfera das propostas de mudanças.

Localização do município de Muzambinho16

Fonte: Disponível em: Google. Acesso em: 30 out. 2017.

A Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – IFSULDEMINAS, completou em novembro de 2018, 65 anos de

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existência. A história17 da instituição começa com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Agrícola n.º 9.613/46 e do Decreto 22.470/47, que instituiu a rede do ensino agrícola no país.

A partir daí, o então deputado federal Dr. Lycurgo Leite Filho18, natural de Muzambinho-MG, que se elegeu deputado por três pleitos consecutivos (1946-1959) e teve o seu primeiro mandato coincidido com a lei que criou a rede de ensino agrícola, iniciou uma exaustiva empreitada para o estabelecimento de uma escola agrícola em Muzambinho. Foi uma época em que, no âmbito municipal, imperavam grandes divergências políticas e, sem considerar as vantagens para a cidade com a criação da escola, seus adversários políticos faziam-lhe firme oposição, o que dificultava as negociações entre os proprietários das terras em que seriam instaladas a escola e a prefeitura municipal.

Apesar desse cenário político, em 22 de outubro de 1948, o deputado Lycurgo Leite conseguiu a assinatura do primeiro Termo de Acordo entre o governo federal e o Estado de Minas Gerais, com validade de um ano, para instalar, no município de Muzambinho, a Escola Agrotécnica, que seria vinculada ao Ministério da Agricultura.

No entanto, apesar da assinatura do acordo, a cidade quase perdeu o direito à escola uma vez que a prefeitura tinha como limite o último dia do ano de 1948 para formalizar a doação das terras para sua construção. Ocorre que apenas no dia 31 de dezembro de 1948 foi que chegou à cidade o funcionário do Ministério da Agricultura, o engenheiro agrônomo Hercílio Vater Faria, para receber as terras.

Tais terras foram escolhidas por uma comissão formada por dois engenheiros agrônomos: Luiz Mendes de Carvalho e Bolívar Miranda Lima e pelo médico norte-americano, Dalto de Almeida.

16 Disponível:<http://2.bp.blogspot.com/_pn4L1aDbmjQ/SgDPCm9RTOI/AAAAAAAAAC8/_fHpIBdTvxs/w1200h630-p-k-no-nu/Mapa+de+localiza%C3%A7%C3%A3o+de+Muzambinho.jpg>. Acesso em: 30 out. 2017.

17 As informações sobre o histórico da Instituição, quando não houver referência explícita a outras fontes, foram obtidas no site do Campus Muzambinho, na aba “Histórico”. Disponível em: <http://www.muz.ifsuldeminas.edu. br/index. php/o-instituto/instituto> Acesso em: 14 fev. 2017.

18 Dados sobre o Deputado Lycurgo Leite Filho foram encontrados nos verbetes biográficos da Fundação Getúlio Vargas. Disponível em: <br/index. php/o-instituto/instituto>. Acesso em: 14 fev. 2017.

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Toda a negociação em torno da escolha das terras foi tensa, uma vez que o mesmo local era cotado para sediar o Aeroclube de Muzambinho. Além disso, os proprietários foram coagidos pelas oposições políticas a não facilitar as negociações. A prefeitura teve que ameaçar a desapropriação das terras para que a negociação ocorresse e, quando cederam, exigiram que o pagamento fosse feito em dinheiro, o que teve que envolver o gerente do Banco Nacional de Minas Gerais, Pedro Primeiro Gouveia do Prado, que se prontificou a providenciar o dinheiro, a partir do endosso por um grupo de cidadãos, de um título emitido pela prefeitura no valor de setecentos e vinte contos de réis.

Houve grande movimentação na cidade diante da iminência do fracasso da empreitada, mas na mesma noite do dia 31 de dezembro de 1948, a Câmara Municipal de Vereadores de Muzambinho reuniu-se, em sessão extraordinária, para votar a lei que autorizava a prefeitura a doar ao governo da União, as terras demarcadas pela comissão instituída para a escolha.

Em janeiro de 1949, a Prefeitura Municipal de Muzambinho, com procuração, outorgou poderes ao deputado estadual Manoel Taveira de Sousa para assinar a Escritura de Doação ao governo da União e, logo a seguir, o engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, Hercílio Valter Faria iniciou as providências para a construção da escola, entrando em contato com fornecedores de materiais e providenciando mão de obra. Nesse contexto, o grupo político que defendia a construção do aeroclube se fez, registrando o encerramento de suas atividades.

Em primeiro de julho de 1949 iniciou-se, oficialmente, a construção da Escola Agrotécnica de Muzambinho. Em 1950, as obras foram paralisadas devido a dificuldades no repasse de verbas para pagamento de pessoal e, como era período eleitoral, o executor do acordo e responsável pela obra, Hercílio Faria, foi convocado a comparecer ao Rio de Janeiro, onde ficou até as eleições.

Em 1951, as obras foram reiniciadas e, em dezembro de 1952, o deputado Lycurgo Leite Filho conseguiu uma verba suplementar do go-

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verno para a construção de uma usina hidrelétrica. Todo o material utilizado foi fabricado no sul da Alemanha, especialmente para a Escola.

Na primeira quinzena de fevereiro de 1952 foram realizadas inscrições para o primeiro exame para ingresso no Curso de Iniciação Agrícola, com previsão de início das atividades para março, sob a direção de Hercílio Vater Faria. Inscreveram-se, ao todo, 453 candidatos, tendo sido classificados 146.

Na segunda quinzena de fevereiro, a Escola recebeu a visita do então ministro da Agricultura, João Cleóphas, do deputado Lycurgo Leite Filho e de membros do gabinete ministerial, a fim de realizarem uma inspeção para promover a vinda do presidente da República, Getúlio Dornelles Vargas, para a inauguração oficial do estabelecimento.

Em 22 de novembro de 1953, chegou a Muzambinho o presidente da República Getúlio Vargas, acompanhado de uma comitiva para a inauguração da Escola Agrotécnica de Muzambinho. Integraram esse grupo dois mineiros que posteriormente viriam a ser presidentes da República: Juscelino Kubitschek, então governador do Estado de Minas Gerais, e Tancredo Neves, ministro da Justiça do governo Vargas.

Inauguração da EAF de Muzambinho – 1953 – Da esquerda para a direita, deputado Lycurgo Leite Filho, Tancredo Neves, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek

Fonte: Acervo do Campus Muzambinho

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Compunham também a comissão o ministro da Agricultura João Cleóphas, o senador Assis Chateaubriand, o deputado Lycurgo Leite Filho e Renato Costa Lima, representante do governo do Estado de São Paulo, além de oficiais de gabinete da Presidência da República, ajudantes de ordens, parlamentares e a guarda pessoal do presidente comandada pelo tenente Gregório Fortunato, que pernoitaram na escola. Prefeitos, vereadores, autoridades e populares de toda a região participaram da inauguração.

A inauguração aconteceu no dia 22 de novembro, com uma missa na Matriz São José e desfile cívico na Av. Dr. Américo Luz, onde o presidente fez um discurso acompanhado de todos os políticos, representantes municipais e convidados.

Populares presentes à cerimônia de inauguração da EAF de Muzambinho/MG

Fonte: Disponível em: Acervo do Campus Muzambinho

A inauguração da escola movimentou centenas de pessoas com os preparativos para receber o presidente da República, estudantes, funcionários públicos e autoridades. Os dias que antecederam a visita foram de grande expectativa para todos e a movimentação se deu em vários âmbitos. A rua pela qual a comitiva passaria e onde houve o desfile da inauguração chamava-se 29 de outubro, uma referência à data em que Getúlio Vargas havia sido deposto no seu mandato

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anterior, em 1945. O que fez com que o nome da rua fosse mudado às pressas, passando a chamar Capitão Heleodoro Mariano, nome de um ex-prefeito da cidade. A figura abaixo mostra o desfile da inauguração.

Desfile da Inauguração na Rua Capitão Heleodoro Mariano.

Fonte: Disponível em: Google. Acesso em: 30 out. 2017.

Segundo informações do senhor Messias Gomes de Mello, então prefeito, foi organizada uma grande festa para a população, no centro da cidade. Esperava-se a presença do presidente, no entanto, ele não compareceu, tendo ficado apenas na Escola Agrotécnica. Na figura abaixo observamos a banda da Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho.

Banda da Escola Agrotécnica de Muzambinho/MG

Fonte: Acervo do Campus Muzambinho

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Getúlio Vargas, enquanto presidente da República, chegava a Muzambinho acompanhado de uma comitiva para a inauguração da escola, que, posteriormente, transformou-se em Capital Provisória da Presidência da República durante os dias em que permaneceu em Muzambinho. Getúlio Vargas fez o discurso de inauguração da Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho.

Getúlio Vargas no pronunciamento de inauguração da Escola

Fonte: Acervo do Campus Muzambinho

Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves no palanque do desfile de inauguração.

Fonte: Acervo do Campus Muzambinho

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Ao longo de toda a sua existência, a Escola Agrotécnica de Muzambinho sempre esteve ligada ao ensino agrícola, formando profissionais para atuar na agropecuária.

Ações realizadas em 2008, ou seja, antes da transformação em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho.

Principais realizações: A Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho, no ano de 2008, no propósito de cumprir cada vez mais a sua missão como órgão que proporciona condições para o desenvolvimento da comunidade e região apresentou as seguintes realizações19: 1 – Reavaliou todos os projetos pedagógicos dos cursos ministrados, envolvendo a comunidade escolar e fez modificações nos mesmos tornando-os atualizados e de acordo com a realidade e as tendências da sociedade em relação ao novo perfil profissional; 2 – Elaborou os planos pedagógicos dos novos cursos implantados em 2008: curso Técnico em Informática concomitante com o ensino médio, curso Técnico em Segurança do Trabalho (subsequente) e curso Técnico em Manipulação e Conservação de Alimentos integrado com o ensino médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA); 3 – Elaborou as planilhas orçamentárias para a Secretaria de Educação à Distância/MEC, com vistas a fazer a preparação da instituição e de seus atores a iniciarem as aulas dos cursos técnicos nas áreas de Informática e Cafeicultura; 4 – Realizou exame de seleção para os alunos ingressantes nos cursos à distância; fez seleção de tutores presenciais e à distância e a matrícula de 460 alunos nos polos de Alfenas, Boa Esperança, Cataguases, Juiz de Fora, Timóteo e Três Pontas; 5 – Adquiriu equipamentos, mobiliários, livros e material de

19 As informações referentes ao ano de 2008 foram obtidas por meio do Relatório de Gestão 2008, da Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho.

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consumo para a instalação do Centro de Educação à Distância da EAF de Muzambinho; 6 – Proporcionou condições para que o processo ensino-aprendizagem tivesse a participação efetiva de alunos, professores e pessoas da comunidade em viagens técnicas, cursos, feiras e congressos, simpósios, dentre outros eventos; 7 – Participou das Feiras Agrotur e Expocafé, de torneios leiteiros e exposições e outras feiras e eventos da cidade e região; 8 – Participou ativamente do Congresso Brasileiro de Etologia, em Poços de Caldas; 9 – Participou, com alunos do curso superior de Tecnologia em Cafeicultura e professores, apresentando trabalhos de pesquisa desenvolvidos por eles na Escola, do Congresso de Cafeicultura de Poços de Caldas – MG; 10 – Renovou e ampliou convênios e parcerias com diversas instituições para trazer para a Escola novas tecnologias, conhecimentos e recursos em prol da formação de técnicos e tecnólogos competentes e atualizados; 11 – Aperfeiçoou a racionalização dos projetos de produção agropecuária, agroindustrial e laboratorial, buscando atingir índices de referência para a região; 12 – Fez ampliações e adaptações das instalações físicas, procurando torná-las adequadas às exigências tecnológicas nos setores de suinocultura e ovinocultura, estufas para a olericultura, salas de aulas, alojamentos dos alunos e banheiros dos professores; 13 – Adquiriu equipamentos audiovisuais e de mídia, material didático, dvd e, softwares e materiais para manutenção de laboratórios com vistas a atender às atividades didático-pedagógicas; 14 – Divulgou o trabalho do Laboratório de Bromatologia e Água com vistas a atender a comunidade e região, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida; 15 – Ampliou o acervo bibliográfico para melhor atendimento aos professores, alunos e comunidade;

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16 – Ampliou o projeto de Inclusão de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, recebendo alunos com as diversas necessidades educacionais especiais. Também foram feitas rampas de acesso e adaptação de banheiros masculino e feminino, adquiridos bebedouros, corrimãos para as rampas e placas de identificação; 17 – Adquiriu equipamentos e todo o mobiliário com vistas à montagem de dois laboratórios de informática modernos e eficientes, para atender professores e alunos dos diversos cursos e comunidade. Os laboratórios de informática estão montados, cada um, com 25 máquinas e as aulas ministradas, com um aluno por máquina. Todos os laboratórios possuem equipamento de multimídia para melhorar a qualidade das aulas; 18 – Foi montado um laboratório de informática para atender os alunos dos cursos diurnos (Agropecuária, Agroindústria e Cafeicultura) no período noturno e nos intervalos de aulas; 19 – Foram ampliados os horários de uso da biblioteca, aumentando a procura dos alunos pela salas de estudo individual e coletivo, de multimídia, ambientes para periódicos e orientação aos alunos sobre a elaboração de trabalhos de pesquisa, monografias e trabalhos de conclusão de curso, videoteca, ambiente de consulta na Internet com 10 computadores, sala de leitura, dentre outros; 20 – Foi adotado para todos os cursos, o Trabalho de Conclusão de Curso, a ser apresentado no último semestre; 21 - Foi revisado o Manual de Normas Técnicas da Escola para elaboração de Trabalhos de Pesquisas e Trabalhos Científicos, de dissertações e teses, dentre outros; 22 – Foram adquiridos equipamentos para a mecanização agrícola: trator cafeeiro, derriçadeira mecânica de café, recolhedora de café derriçado e separadora de grãos, com vistas a atender ao curso superior de Tecnologia em Cafeicultura e ao Setor de Cafeicultura da Escola, contribuindo assim para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e da conscientização da comuniCapítulo II

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dade escolar e regional, na conservação do solo e meio ambiente e colheita de produto com qualidade; 23 – Foram adquiridos equipamentos para o complexo de produção de biocombustível a partir de óleos e gorduras, para uso da frota da Escola, baixar custos e consequente, a melhoria no ensino; 24 – Foram ampliadas e aperfeiçoadas as atividades nos seguintes órgãos da Escola: Cooperativa Escola dos Alunos, Fundação de Apoio à Educação Tecnológica (FAET), Empresas Juniores, Comissão Própria de Avaliação (CPA), Comissão de Ética e nos diversos conselhos (Diretor, Técnico-Profissional, de Alunos, de Professores, de Classe e Disciplinar); 25 – Foram ampliados os convênios com as Prefeituras Municipais de Caconde – SP, Capetinga – MG e Paraguaçu – MG para a criação de cursos nestas extensões; 26 – Ampliou o funcionamento dos equipamentos e softwares de controle de entrada e saída de alunos e visitantes em alguns setores da Escola: modificou as carteiras de estudantes; 27 – Implantou os softwares para o funcionamento do diário eletrônico do professor em todas as salas de aulas, com respectivo terminal de alimentação do sistema e disponibilizou aos alunos e pais ou responsáveis os resultados via Internet, estendendo esta tecnologia para os cursos nas extensões da Escola; 28 – Colocou em funcionamento o prédio com cinco salas de aulas amplas, ventiladas, cortinadas e equipadas, bem como, banheiros e sala de professor; 29 – Adquiriu todo o mobiliário para funcionamento dos laboratórios de informática e diversas salas do prédio administrativo; 29 – Expandiu a rede de internet até o Prédio Pedagógico do Café; 30 – Possibilitou a continuidade do curso de Especialização em Uso Racional de Energia para 22 professores e técnicos administrativos. Os participantes que apresentaram a monografia e foram aprovados poderão fazer o aproveitamento de créditos no

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curso de Mestrado na mesma área, junto à Universidade Federal de Itajubá – MG; 31 – A Escola ampliou a parceria com a APAE de Muzambinho, visando qualificar os seus profissionais para trabalhar com alunos que apresentam algum tipo de deficiência, para fazer a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais.

Implantou uma horta naquele estabelecimento, visando atender às necessidades da Terapêutica Ocupacional e o despertar dos alunos para atividades agrícolas; 32 – Estabeleceu parceria com a APAE de Monte Belo – MG visando a implantação de horta e produção de mudas e flores por aquele estabelecimento, para atender aos alunos por meio da terapia ocupacional; 33 – A Escola desenvolveu o projeto de extensão em associações de bairros e entidades carentes como asilos, além do atendimento na área da enfermagem, saúde preventiva e orientações às pessoas; 34 – Estabeleceu parceria com o asilo; Frente de Apoio ao Menor (FAM) e Santa Casa de Misericórdia de Muzambinho; para a implantação de horta e atender às necessidades daquelas instituições; 35 – A Escola fez a doação para entidades carentes, principalmente creches, asilos e APAE de produtos excedentes do refeitório e posto de venda; 36 – A Escola proporcionou cursos para os professores e técnicos que trabalham com alunos, visando a qualificação, treinamento e momentos de reflexão sobre a função de educador e a responsabilidade que temos para garantir um ensino de qualidade na formação do cidadão profissional; 37 – Iniciou adaptação do prédio da Cantina dos Alunos, que que ampliou suas atividades pelo aumento do número de alunos e matrículas e também para uso da FAET; Capítulo II

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38 – Iniciou-se o calçamento dos Setores da Zootecnia I e Bovinocultura de Corte; 39 – Colocou em funcionamento os biodigestores no Setor de Suinocultura, visando melhor aproveitamento de restos dos animais na produção de biogás para alguns setores da Escola; melhor qualidade de adubos orgânicos para lavouras e conservação do meio ambiente, enfim, sustentabilidade dos projetos; 40 – Colocou em uso as caixas d’água com capacidade de 400.000 l para atender a demanda da Escola, que gasta aproximadamente 300.000 l de água/dia; 41 – Adquiriu quatro novos veículos e uma motocicleta para atender a todas atividades da Escola; 42 – Deu continuidade à obra do prédio administrativo da Escola; 43 – Deu continuidade à obra do prédio pedagógico com quatro salas de aulas; 44 – Deu continuidade a obra do prédio do almoxarifado da Escola; 45 – Deu continuidade à obra de adaptação do prédio do antigo orquidário para se tornar o Setor de Secretaria Escolar; 46 – Revisou o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Escola correspondente ao período de 2008 a 2011, com a participação de toda a comunidade; 47 – Foram elaborados projetos destinados a transformar a Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia; 48 – Ampliou as ações do Núcleo de Pesquisa da Escola; 49 – Elaborou os Manuais de Práticas de Boas Maneiras e de Higiene no Setor de Agroindústria; 50 – Foram realizadas as Semanas de Informática, Enfermagem, Agropecuária e Agroindústria; 51 – Realizou o Simpósio de Cafeicultura com a participação dos alunos do curso superior de Tecnologia em Cafeicultura; 52 – Foram apresentados vários projetos de pesquisas da Escola

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para órgãos de fomento, como a FAPEMIG e empresas, visando estabelecimento de parcerias; 53 – A Escola continuou a parceria com MITSUI Fertilizantes, visando o desenvolvimento de Projetos de Pesquisa e Financiamento de Bolsas para quatro alunos do curso superior de Tecnologia em Cafeicultura; 54 – Iniciou o projeto de calçada para uso dos alunos que precisam se deslocar até o Prédio Pedagógico do Café; 55 – A Escola adquiriu 50% da área de terra que dividia com a Escola, dos proprietários herdeiros; 56 – Alugou áreas de terra para plantio de milho para silagem, produzindo 1.200 toneladas para alimentar todo o gado da Escola. As áreas foram destinadas também à produção de feijão tornando a Escola autossuficiente no alimento para uso dos alunos; 57 – Gerou novas oportunidades educacionais ampliando o número de vagas nos cursos e também no Regime de Internato; 58 – A Escola ofereceu quatro refeições diárias a todos os alunos internos (café da manhã, almoço, jantar e lanche noturno), inclusive nos finais de semana e ainda dua refeições para os alunos semi-internos; 59 – Foram adquiridos equipamentos para a cozinha com vistas a melhorar o preparo das refeições; 60 – Foram oferecidas, em média, 2.100 refeições diariamente aos alunos; 61 – Foram instalados mais aquecedores solares nos alojamentos com vistas ao aquecimento da água do banho dos alunos e economizar energia elétrica; 62 – Instalação da Usina de Biocombustível para racionalizar o gasto com óleo diesel na frota da Escola e aproveitar os subprodutos do abatedouro, da agroindústria e cozinha, bem como, contribuir com a conservação do meio ambiente; Capítulo II

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63 – Aquisição de esqueletos e eletrocardiógrafo para o laboratório do curso de Enfermagem; 64 – Instalação de compressor de gás, filtro de gás e canalização para a utilização do gás produzido nos biodigestores nos diversos setores da Escola como: agroindústria, cozinha e de produção animal; 65 – Realização de um curso de capacitação em informática para 20 servidores, técnicos administrativos e professores com 120 horas, em parceria com a FAET – Fundação de Apoio à Educação Tecnológica; 66 – Recebeu do governo federal área de 80 ha, antigo Posto Agropecuário na cidade de Guaxupé e já transformou em Centro de Pesquisa e Produção da Escola; 67 – Colocou cortinas em todas as salas de aulas da Escola; 68 – Adquiriu instrumentos musicais para uso dos alunos nas atividades artísticas e culturais; 69 – Participou de diversas atividades esportivas como: torneios, jogos escolares das agrotécnicas da região, jogos estudantis da cidade de Muzambinho, dentre outros; 70 – Participação do coral da Escola em diversos eventos; 71– Elaborou parte do material didático para os cursos à distância;

Enfim, a Escola direcionou todas as atividades em busca de melhorar a formação de técnicos e de cidadãos, de tal maneira, que a eles foram possibilitadas condições de maior vivência nos projetos, oportunidade de desenvolver a capacidade empreendedora, e também, criou mecanismos para diminuir a dicotomia entre a teoria e a prática, dentre outras.

Por meio do acompanhamento de estágios dos alunos junto às empresas, podemos observar os excelentes resultados alcançados por eles, demonstrando riqueza de conhecimento, criatividade e

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habilidades nas atividades desenvolvidas. Tal mecanismo tem avaliado o ensino ministrado pela Escola e a qualidade do profissional que está sendo colocado no mercado de trabalho e da produção.

Linha do Tempo do Campus Muzambinho

Durante sua trajetória recebeu três denominações: Escola Agrotécnica de Muzambinho (1953-1964); Colégio Agrícola de Muzambinho (1964-1979); Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho (1979-2008) e, atualmente, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – IFSULDEMINAS, Campus Muzambinho.

Relação dos diretores do Campus Muzambinho desde sua criação: 1.

2.

3.

4.

5.

Dr. Hercílio Vater Faria – 31/12/1948 a 20/4/1956.

Dr. Marcelo Diógenes Maia – 20/4/1956 a 28/3/1957.

Dr. Paulo de Azevedo Berutti – 28/3/1957 a 9/8/1961.

Dr. Darcy Rodrigues da Silva – 9/8/1961 a 6/4/1967.

Prof. José Rossi – 6/4/1967 a 3/7/1988 e 9/5/1990 a 3/5/1994.

6. Prof. Ivan Antônio de Freitas – 4/7/1988 a 8/5/1990 e 4/5/1994 a 5/5/1998.

7. Prof. Luiz Ribeiro Dias Filho – 6/5/1998 a 5/5/2002 – conforme portaria 269, do ministro da Educação e do Desporto, DOU 30/3/1998.

8. Prof. Rômulo Eduardo Bernardes da Silva, conforme portaria 1487, de 15/5/2002, com início do exercício em 17/5/2002, sendo nomeado reitor pro tempore do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, conforme portaria 1.086, do ministro da Educação, Fernando Haddad, publicada em 29 de maio de 2006, com início do exercício em Capítulo II

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Paulo Roberto Ceccon

8/1/2009, sendo substituído pelo prof. Luiz Carlos Machado Rodrigues, pela portaria n.º 1, de 30 de janeiro de 2009, com início do exercício em 4 de fevereiro de 2009.

9. Prof. Luiz Carlos Machado Rodrigues foi eleito para o cargo de diretor-geral em 24 de março de 2010 e 2014 com mandato previsto até 201820.

10. Prof. Renato Aparecido de Souza foi eleito para o cargo de diretor-geral em abril de 2018 com mandato previsto até junho de 2022.

Campus Muzambinho

2.2. Escola Agrotécnica Federal de Machado A Escola Agrotécnica Federal de Machado (EAFM) está localizada no município de Machado21, no sul de Minas Gerais.

Os primeiros registros históricos relativos ao município de Machado datam de 1750, quando suas terras passaram ao domínio definitivo da capitania de Minas Gerais, depois de muitas lutas com 20 O texto aqui apresentado foi retirado do site do Campus Muzambinho, elaborado por Neide Barbosa – professora de História da Casa da Cultura de Muzambinho, em trabalho coordenado pelo secretário de Cultura e Turismo, Fernando Antônio Magalhães, no exercício de 1995-2000. O texto foi acrescido de novas informações a partir de 1998 por Fernando Magalhães, técnico efetivo do Instituto Federal, em março de 2010 e pelo autor deste livro, Paulo Roberto Ceccon.

21 Disponível em: <http://www.machado.mg.gov.br/HomeSite/Historico> Acesso em: 28 jul. 2017.

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os paulistas. Naquela época, ainda era apenas ponto de parada de tropeiros e boiadeiros que passavam pela localidade.

Localização do município de Machado

Fonte: Disponível em: <http://www.guiahospedagem.com/img/mg-machado.jpg> Acesso em: 30 out. 2017.

Com a notícia de que as terras eram de excelente qualidade, pessoas dispostas a plantar logo apareceram, mas a história de Machado propriamente dita iniciou-se entre 1810 e 1815, quando se instalaram na região o tenente Antônio Moreira de Sousa e Joaquim José dos Santos, que organizaram duas fazendas para desenvolver agricultura e pecuária, formando um pequeno povoado.

Com o crescimento do povoado, a fazendeira Ana Margarida Josefa de Macedo acabou por doar um terreno de 9 alqueires para a construção de uma capela, após a licença concedida em 1818 por Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo de São Paulo. Considerou-se aí fundada a povoação dentro das normas eclesiásticas da época.

Inicialmente, o lugar era conhecido como Região do Jacutinga, depois de Machado, Jacutinga, Sacra Família e Santo Antônio do Machado e, finalmente, Machado. O nome atual foi oficializado em 7 de setembro de 1923, pela Lei Estadual 843. A origem de seu nome tem duas histórias. A primeira conta que um grupo de bandeirantes teria Capítulo II

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perdido um machado às margens do rio que corta a cidade. O povo acabou por batizar o rio como “Rio do Machado” e logo o povoado ficou conhecido pelo mesmo nome. Outra explicação é a de que grande parte das terras do povoado pertencia a uma família de sobrenome Machado, originária da cidade de Caldas. O local teria então adotado o nome dos fazendeiros.

No Arquivo Público Mineiro, em Belo Horizonte, encontram-se referências sobre essa família. A emancipação deveu-se ao deputado Astolpho Pio. A povoação pertenceu, sucessivamente, às cidades de Cabo Verde, Jacuí, Caldas e Alfenas. Por provisão do bispo D. Antônio Martiniano de Oliveira, de 5 de agosto de 1852, tornou-se curato independente.

De curato passou à freguesia por Lei Provincial n.º 809, de 3 de julho de 1857. A Lei Provincial n.º 2.684, de 30 de novembro de 1880, elevou a freguesia à vila. Finalmente, no dia 13 de setembro de 1881, foi decretada a emancipação político-administrativa de Machado, separando-a de Alfenas (MG).

Segundo o livro “60 anos Tradição e inovação” sobre o Campus Machado, de autoria de Camilo Antônio de Assis Barbosa Oliveira e Natieli Rosa de Oliveira, foi por indicação do deputado Israel Pinheiro, amigo do então prefeito da cidade de Machado, João Vieira da Silva, no ano de 1948 e que nesse mesmo ano estiveram no Rio de Janeiro, capital federal da época, na Secretaria da Agricultura, Daniel Serapião de Carvalho, ministro da Agricultura, representando a União e o deputado federal Licurgo Leite Filho, como representante do Estado de Minas Gerais, para celebração do acordo em cumprimento à lei orgânica do Ensino Agrícola, de agosto de 1946, quem autorizou a instalação de uma Escola de Iniciação Agrícola em terras Machadenses.

Em 2010, o município possuía 38.688 habitantes de acordo com o IBGE.

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Linha do Tempo do Campus Machado A Escola de Iniciação Agrícola de Machado foi inaugurada em 3 de julho de 1957 e completa no ano de 2018 sessenta e um anos. Foi o Ginásio Agrícola de Machado (1964 -1979); Escola Agrotécnica de Machado (1979-2008) e, a partir de 2008, tornou-se o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – IFSULDEMINAS, Campus Machado. Na figura abaixo, a banda dos alunos EAF de Machado em frente ao prédio principal da Escola.

Banda dos alunos EAF de Machado em frente ao prédio principal.

Fonte: Acervo do Campus Machado

Desde a sua criação, em 1957, ainda como ginásio agrícola, a Escola Agrotécnica Federal de Machado – EAFM se inseriu no contexto das orientações do MEC decidindo, em 1978, ofertar nível técnico também na área agrícola (SILVESTRE, 2010).

Em 1997, a EAFM implantou cursos técnicos em outras áreas, o que trouxe inquietações aos docentes por receio de haver um desvio da vocação agrícola. Todavia, os docentes que atuaram nas novas áreas de ensino não pertenciam ao quadro permanente da EAFM e, aos poucos, outros novos cursos foram se firmando.

No ano de 2005, a EAFM decidiu instalar seu primeiro curso superior de Tecnologia em Cafeicultura, o que exigiu a criação de novas Capítulo II

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instalações e atuação da maioria do corpo docente do seu quadro efetivo (SILVESTRE, 2010).

Em 2008, a partir da publicação da Lei n.º 11.892, de 29 de dezembro de 2008, instituiu-se a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, criando 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, tendo seu nome alterado para Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas – Machado – MG. Durante o exercício de 2008, a Escola Agrotécnica Federal de Machado procurou de todas as formas realizar sua missão institucional: participar e contribuir para o processo de desenvolvimento de Minas Gerais. Para atingir esta meta, a instituição optou pela busca de parcerias; o aperfeiçoamento técnico de pessoal administrativo e pedagógico, investimento na modernização da escola, principalmente na área de produção; elaboração de projetos desenvolvimentistas e empenho na busca de recursos para realizá-los22.

As parcerias tanto com a iniciativa privada, como com outras organizações têm sido um importante e imprescindível fator de desenvolvimento da Escola Agrotécnica Federal de Machado, pois, contribuem com a manutenção, fornecem estágios aos alunos e auxiliam na colocação de egressos com o papel requerido pelas empresas.

Priorizando a capacitação tecnológica, concentra os investimentos nas Unidades Educativas de Produção e na promoção e incentivo à pesquisa e extensão. Esta decisão fundamentou-se na opção pelo desenvolvimento da escola e consequentemente do aluno, preparando-o para o mundo do trabalho, dentro de uma perspectiva atual e promissora, promovendo sempre a articulação entre as suas atividades e as necessidades presentes na sociedade na qual está inserido.

Em 2008, o Núcleo de Tecnologia da Informação da EAF Machado executou diversas ações buscando a melhoria da infraestrutura de 22 As informações obtidas referentes ao ano de 2008 foram obtidas do Relatório de Gestão 2008 da Escola Agrotécnica Federal de Machado.

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informática junto ao público interno: alunos, professores, funcionários e direção. Tais ações objetivaram a atualização tecnológica a nível físico (equipamentos e infraestrutura) e a nível lógico (sistemas informatizados). O sucesso destas ações fica evidenciado pelo relato dos seguintes fatores: a) Na Intranet, foram desenvolvidos novos módulos e inseridas novas funcionalidades do sistema de automação de tarefas rotineiras de setores administrativo e pedagógico: • Secretaria: desenvolvimento do questionário socioeconômico eletrônico aplicado aos alunos matriculados objetivando o levantamento de dados estatísticos sobre o perfil do aluno que ingressa na escola (dados de identificação, da vida escolar antes do ingresso na instituição, dados familiares, situação econômico-financeira e vida sociocultural); • Secretaria: adaptação do sistema de inscrições do vestibular por meio do preenchimento de formulário pela internet e emissão de GRU para pagamento da taxa de inscrição; • CGRH: novas funcionalidades na emissão e consulta de ordens de serviço; • Biblioteca: desenvolvimento de novos relatórios para controle de empréstimos e devoluções do acervo. b) No sítio de Internet da escola foi desenvolvida uma nova versão do sistema de acompanhamento de egressos. Este novo sistema passou a exigir, como norma de segurança, a indicação de um CPF válido para efetivação do cadastro. O sistema possui diversas opções de preenchimento após a indicação da situação atual do egresso (aposentado, desempregado, trabalhando como autônomo, ou em empresa pública ou privada). Todos os dados são disponibilizados automaticamente para o CIEC, que utiliza tais informações para traçar o perfil dos ex-alunos da escola relacionando a área de formação com as possibilidades e dificuldades do mercado de trabalho; Capítulo II

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c) Aquisição e implantação do Sistema GIZ: sistema informatizado que permite controle integrado dos dados acadêmicos da secretaria escolar da instituição. O sistema é composto pelos seguintes módulos: - Controle interno na secretaria: cadastros de cursos, professores, matriz curricular, estrutura de funcionamento das diferentes modalidades de ensino (ensino médio, técnico, superior, Proeja), matrículas de alunos, emissão de relatórios (listagens de alunos, boletim, histórico escolar), etc; - Supervisão pedagógica: acesso em tempo real da situação do aluno na escola (notas, ocorrências e frequência); - Acesso via internet para professores: permite o cadastro de aulas para lançamento de faltas e o cadastro de avaliações para o lançamento de notas; - Acesso via internet para pais e alunos: consulta de notas e frequência. d) Implantação do sistema Moodle: uma ferramenta livre (sem custos para instituição) que permite o cadastro e o gerenciamento de recursos de ensino à distância usando as funcionalidades da Internet. Tal recurso vem sendo utilizado como uma extensão das salas de aula principalmente no curso Técnico em Informática; e) Melhoria e configuração de pontos de acesso de internet sem fio (wireless) nos setores: administrativo, CGPP, sala dos professores do prédio pedagógico, CIEC e o Laboratório de informática; f) Substituição dos computadores do tipo “estação de trabalho” por servidores dedicados para efetiva disponibilidade dos recursos e serviços do Núcleo Tecnologia da Informação: e-mail, páginas da instituição na internet (escola, CIEC, FADEMA, COETAGRI), informações acadêmicas, arquivos de usuários; g) Com os equipamentos adquiridos em 2007 (servidores e 60 terminais Thin Clients) foram montados e configurados, em 2008, os sistemas dos laboratórios de informática para alunos e

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professores no CGPP, laboratório 1 no prédio pedagógico e laboratório do CIMMA; h) Implantação da infraestrutura física e das configurações lógicas que permitem a conexão dos novos laboratórios de informática com a rede da Escola.

Seguindo o mesmo foco de ação, adquire no decorrer dos exercícios, vários equipamentos como, aparelhos e utensílios domésticos, mobiliários em geral, equipamentos para o laboratório de alimentos, cozinha e implementos agrícolas. Cabe ressaltar, que o aumento de produção por parte das UEPs resulta numa maior oferta de matéria-prima para as agroindústrias de leite e carne, que servem de laboratório para os cursos de Técnico em Alimentos e Técnico em Agropecuária, em cujo curso a Agroindústria é uma disciplina importante, além de proporcionar um aumento na arrecadação.

A proposta orçamentária elaborada para custeio e manutenção da Instituição Federal de Ensino, no exercício financeiro de 2008, foi fundamentada em parâmetros dos cronogramas constando de todos os pontos necessários ao cumprimento dos planos e projetos a serem desenvolvidos, tendo sido a referida proposta orçamentária analisada e aprovada pelos órgãos superiores competentes.

Na aplicação dos recursos financeiros foram observados os requisitos da legislação pertinente, bem como as diretrizes orçamentárias e financeiras, oriundas dos órgãos superiores, conseguindo gerir satisfatoriamente o emprego dos recursos públicos recebidos.

A racionalidade na aplicação dos recursos por meio de processos licitatórios dentro das modalidades que resultam na máxima redução dos custos, mantendo todavia a qualidade dos produtos e serviços, foi uma das estratégias de atuação.

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Cronologia do Campus Machado 1936 – O governo federal inicia os acordos com governos estaduais para a instalação de escolas destinadas ao ensino agrícola.

1946 – O Decreto Lei 9.613 regulamenta a Lei Orgânica do Ensino Agrícola - Escolas subordinadas à Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário.

1948 – Dá-se a iniciativa para a construção de uma Escola Agrícola em Machado. Em dezembro do mesmo ano é celebrado o acordo entre a União e o governo do Estado de MG para abertura de um crédito especial de 800 mil cruzeiros para investir na obra.

1950 – Início das construções residenciais para a direção, vicedireção, almoxarifado, cozinha e refeitório.

1951 – Construído o aviário, a avenida principal e sua iluminação e a oficina mecânica. Adquiriram-se nesse mesmo ano um trator e mais uma gleba de terra.

1957 – No dia 3 de julho é oficialmente inaugurada a Escola de Iniciação Agrícola de Machado, pelo então governador do Estado, José Francisco Bias Fortes.

1964 – Pelo Decreto 53.558, de 12/02, muda-se a denominação da então Escola de Iniciação para Ginásio Agrícola de Machado.

1967 – Em maio, as escolas foram transferidas para o Ministério da Educação e Cultura, sendo subordinadas à Diretoria do Ensino Agrícola.

1975 – A Diretoria do Ensino Agrícola transforma-se em Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário – COAGRI. 1978 – O Ginásio Agrícola de Machado passa a ser denominado Colégio Agrícola.

1979 – Em 4 de setembro, o Decreto 83.935, muda a denominação de Colégio Agrícola para Escola Agrotécnica Federal de Machado.

Tem início o curso Técnico em Agropecuária.

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1993 – A Lei 8.731 transforma as Escolas Agrotécnicas Federais em autarquias, conferindo-lhes autonomia didática e disciplinar, funcionando com orçamento próprio.

1997 – Início do curso de Informática.

1998 – Em fevereiro é criada a FADEMA – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento e Ensino de Machado.

1999 – Início dos cursos Técnicos de Auxiliar de Enfermagem e Pós-médio em Agroecologia.

2000 – Neste ano, a Escola passa a oferecer os cursos técnicos em Enfermagem e Segurança do trabalho.

2002 – Implanta-se a Unidade de Beneficiamento do Café.

2005 – Início do curso de Tecnologia em Cafeicultura.

2006 – Em 12 de julho é assinado o convênio de criação do CIMMA – Centro Integrado da Mulher Margarida Alves. Inicia-se o curso Técnico em Informática, modalidade Proeja.

2007 – Início do curso Técnico em Alimentos. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, anuncia a concessão de uma Rádio Educativa para a EAFM. Comemoram-se os 50 anos da escola.

2008 – Em 16 de agosto são criados os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. As escolas de Machado, Inconfidentes e Muzambinho passam a denominar-se Campus, com a sede da Reitoria em Pouso Alegre – MG. 2009 – Em 18 de maio inaugura-se a nova biblioteca do Instituto Federal do Sul de Minas – Campus Machado. Começam a funcionar os cursos de Agronomia, Licenciatura em Biologia e em Computação.

Relação dos Diretores do Campus Machado desde sua criação 1. Milton de Miranda – 1949 a 1950 2. José Thales Magalhães-1950 a 1951 3. Luiz Mendes de Carvalho – 1951 a 1955 4. Marcos Eustachio Andrade – 1955 a 1957

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5. Marcelo Diógenes Maia – 1957 a 1977 6. Casimiro Olavo da Silveira Freire – 1977 a 1978 7. João Virgílio Maranesi Caixeta – 1978 a 1979 8. Rêmulo Paulino da Costa – 1979 a 1989 9. José Antonio Macedo – 1990 a 1998 10. Renato Ferreira de Oliveira – 1998 a 2005 11. Walner José Mendes – 2006 a 2014 12.Carlos Henrique Rodrigues Reinato – 2014 a 2018 13.Carlos Henrique Rodrigues Reinato – 2018 a 2022 Campus Machado

2.3 Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes-MG

Fonte: Arquivo Campus Inconfidentes

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A Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes (EAFI) está instalada no município de Inconfidentes, ao sul de Minas Gerais. O município localiza-se a 869 metros de altitude e seu clima é tropical de altitude, com média anual de 18°C. No sul de Minas Gerais, se assenta numa área de 145 quilômetros quadrados. O Rio Mogi Guaçu é o principal curso d’água.

Campus Inconfidentes – Ex-Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes (EAFI).

Com uma economia basicamente voltada para o turismo de compras, indústria têxtil e para a agropecuária, o município destacase pela produção de café, alho, leite, milho, bucha vegetal, banana, feijão e na década de 70 e 80 era considerada a capital nacional do alho, devido à grande expressão econômica que a lavoura tinha na época para os produtores agrícolas, mas desenvolve também atividades industriais de extração de minérios e areia. Tudo surgiu quando, em 1909, o governo do Estado doou à União 810 hectares de terras para criação de uma colônia agrícola para estrangeiros. Os bandeirantes, estabelecidos às margens do Rio Mogi Guaçu, atraídos pelo ouro das Gerais, foram os primeiros habitantes da região onde se situa Inconfidentes. E, enquanto os maridos cuidavam das lavouras, as mulheres faziam crochê em suas casas. Aos poucos, Capítulo II

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Paulo Roberto Ceccon

o comércio dos produtos feitos à mão foi ganhando notoriedade e, assim, o crochê foi se tornando uma das principais fontes de renda do município. Neste estudo, observou-se que o Campus Inconfidentes do IFSULDEMINAS tem um papel importantíssimo na economia da cidade, pois os estudantes, além de adquirirem bens e produtos no comércio local, também prestam pequenos serviços aos comerciantes.

Localização do município de Inconfidentes.

Fonte: Circuito Turístico das Malhas.

A origem do município se deu com a vinda dos bandeirantes em busca de ouro nessa região. Eles foram os primeiros habitantes de Inconfidentes23. Instalaram-se às margens do Rio Mogi Guaçu, que então pertencia ao município de Ouro Fino, MG. Como a atividade mineradora não surtiu o efeito esperado, o povoado de Mogi Acima, primeiro nome do lugar, passou a dedicar-se à agricultura.

Foi então que o ouro-finense Júlio Bueno Brandão que, no exercício da presidência do Estado de Minas Gerais, de outubro de 1908 a abril de 1909, tomou todas as providências para a aquisição, pelo governo estadual, de terreno necessário à criação de uma Colônia 23 Fonte: Texto/organização: Elaine Reberte com informações da Professora e historiadora Leyde Moraes Guimarães, texto atualizado pelo autor da pesquisa. Disponível em: <http://www.inconfidentes.mg.gov.br/index. php/historia> Acesso em: 17 out. 2017.

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Agrícola de Estrangeiros, no sul de Minas Gerais. Logo em seguida foi doado ao governo federal que, por meio do Ministério da Agricultura, iniciou a instalação da colônia em 22 de maio de 1910, sob a direção do engenheiro Dr. Carlos Pereira da Silva.

Júlio Bueno Brandão24

Fonte: Arquivo Campus Inconfidentes

O Núcleo Colonial dos Inconfidentes tornou-se um importante centro de abastecimento agrícola, recebendo 11 etnias europeias mais a nacional, o que impulsionou a transferência do Patronato Agrícola Visconde de Mauá da cidade de Resende (RJ) para Inconfidentes (MG).

24Júlio Bueno Brandão nasceu em Ouro Fino, MG, em 11/07/1858 e faleceu em 21/03/1931, no Rio de Janeiro.

Cursou o ensino primário em sua cidade natal e, a partir daí, autodidata, adquiriu vasta cultura geral e jurídica e aos 21 anos foi aprovado em exame para advogar. Foi Juiz de Direito, Juiz Municipal e delegado. Na política, foi Vice-Presidente da Província de Minas Gerais, assumiu a presidência pelo falecimento de João Pinheiro (1908- 1909).

Em seguida, foi eleito Presidente da Província (1910-1914). Bueno Brandão deu continuidade aos projetos de seu antecessor com a criação dos Institutos Agrícolas como Serviço de Assistência à Infância Desamparada, criando os Institutos João Pinheiro e Dom Bosco (1909) e o Instituto Bueno Brandão (1911). Quanto à Reforma do Programa das Escolas Normais, Bueno Brandão, criou a Escola Normal masculina, o antigo Ginásio Mineiro na capital. No tocante à agricultura, recuperou a Secretaria de Agricultura com amplas funções e atividades, que havia sido suprimida no governo anterior por economia. Entretanto, seu maior feito teria sido o projeto Lei Estadual nº 546, de 27/09/1910, que garantia empréstimos aos municípios para melhoramentos em energia elétrica, saneamento, construção de estradas e de escolas primárias que, posteriormente, seriam pagos ao Estado.

Capítulo II

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Essas terras, num total de 810 hectares, pertenciam a Joaquim Policarpo Alves da Cunha, Antonio Vieira Teles, José Luiz de Sousa, Lourenço Otaviano da Costa, Francisco da Costa, João Oliveira Simões, Antônio da Silva Rodrigues e outros. O Ministério da Agricultura, por meio do Serviço do Povoamento, dividiu essas terras em 205 lotes, que foram distribuídos pelos colonos, que eram italianos, espanhóis, portugueses, russos, estonianos, franceses, suíços e de outras nacionalidades.

A Colônia Agrícola tomou o nome de Núcleo Colonial Inconfidentes por determinação do ministro da Agricultura, Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda, numa homenagem a Minas Gerais, em uma alusão aos heróis da Inconfidência Mineira, como Tiradentes e Alvarenga Peixoto.

Este último foi proprietário de uma fazenda no município de Ouro Fino, na época em que o território pertencia à campanha.

A doação dos primeiros lotes do Núcleo Colonial de Inconfidentes, janeiro de 1911.

Fonte: Arquivo da Prefeitura Municipal de Ouro Fino/MG

O Núcleo Colonial Inconfidentes era dirigido pelo Dr. Antônio de Arantes Bueno e por Teófilo Tavares Paes. A partir de 1918, passou a ser dirigido por um zelador, cargo que foi ocupado sucessivamente por Teófilo Tavares Paes, José Toledo e José Junqueira Júnior.

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A função agrícola do núcleo colonial de Inconfidentes foi reforçada com o Decreto 12.983, de 28 de fevereiro de 1918, que criou o Patronato Agrícola Visconde de Mauá, primeiro na cidade de Resende/RJ e, posteriormente, no ano de 1920, com mesmo nome na cidade de Ouro Fino/ MG e instalado no então Núcleo Colonial de Inconfidentes, que se constitui como cidade em 1962. Estabelecimento que, através dos tempos, se transformou em: Aprendizado, Escola de Iniciação Agrícola, Escola Agrícola, Ginásio Agrícola, Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes – EAFI e atualmente Campus Inconfidentes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, mostrando que o município de Inconfidentes nasceu junto com a Escola, fazendo com que a identidade da escola se confunda com a do município.

Durante a época do Núcleo Colonial de Inconfidentes, em 1912, foi iniciada a construção da capela pelo Dr. Antonio de Arantes Bueno, diretor do Núcleo. Foi provisionado em 9 de janeiro de 1913, sendo seu primeiro encarregado o Revmo. Sr. Cônego Heriberto Goellersdofer, sacerdote natural da Áustria.

Em 12 de dezembro de 1953, a Lei Estadual n.º 1039/53, elevou o Núcleo Colonial a Distrito de Paz. Sua situação econômica favorável propiciou a criação do município, em 30 de dezembro de 1962, com a Lei n.º 2764. Pelo mesmo ato, o Distrito de Inconfidentes adquiriu foros de cidade. Sua instalação ocorreu em 1.º de março de 1963. Antes da realização da primeira eleição municipal, o município de Inconfidentes foi administrado pelo Sr. Remo Morganti, como intendente municipal. O primeiro prefeito do município foi o farmacêutico Rogério Bernardes de Sousa. Em seguida, o Sr. Mário Bonamichi, vice-prefeito ao lado do prefeito Rogério Bernardes de Sousa que assumiu o cargo em virtude da renúncia de Bernardes.

As solenidades de instalação do município realizaram-se no dia 1.º de março de 1963, nos salões do Cine Para Todos, sendo os trabalhos presididos pelo Dr. Jacomino Inacarato, MM Juiz de Direito, e secretariados pelo Dr. Hugo Pelegrino de Miranda Neto. Estavam Capítulo II

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presentes habitantes de Inconfidentes e cidadãos de Ouro Fino: prefeito Silviano Miranda, Dr. Mario Zucato, Sr. Lourival Bernardes de Souza, farmacêutico Ulisses Rossi, Dr. João de Almeida Rossi, Sr. João Rosa e Dr. Antônio Eloy Paulini de Miranda. Usaram da palavra os oradores padre Antônio Tibúrcio, Dr. João Bartholo, diretor da Escola Agrícola “Visconde de Mauá”, Dr. Antônio Eloy Paulini de Miranda e Dr. João de Almeida Rossi conforme imagem abaixo: A instalação do município de Inconfidentes, março/1963

Fonte: Arquivo da Prefeitura Municipal de Inconfidentes/MG

Segundo dados do IBGE25, a população estimada do município de Inconfidentes para 2017 era de 7.356 habitantes, considerando-se um aumento populacional, uma vez que o registro populacional em 2010 foi de 6.908 habitantes.

Dentre as três Escolas Agrotécnicas Federais que se transformaram em campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, a Escola Agrotécnica de Inconfidentes é a mais antiga e completa 100 anos em 2018. Foi criada em 1918, apenas nove anos após a criação das Escolas de Aprendizes e Artífices.

25 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estimativas da população residente com data de referência 1º de julho de 2017.

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Na época, as escolas agrícolas eram Patronatos Agrícolas, que se destinava a promover o desenvolvimento da agricultura, principalmente das plantas frutíferas exóticas aclimatáveis da região, da horticultura e jardinocultura e ainda, a transformar menores abandonados e infratores vindos principalmente, do Rio de Janeiro, em especialistas fruticultores, abegões26 e profissionais práticos nos diversos ofícios agrícolas Eram vinculados ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.

Nos Patronatos, os cursos não estavam voltados à formação técnica. Tinham o objetivo correcional por meio do ensino de um ofício agrícola. Basicamente ensinavam a ler e escrever. Não existia um sistema organizado que permitisse a continuação dos estudos.

No final da década de 50, passou a chamar-se Escola Agrícola Visconde de Mauá, oferecendo o curso ginasial durante toda a década de 6027. A transição de Patronato Agrícola para Escola Agrícola ocorreu com o aprimoramento dos recursos didático-pedagógicos e maior acompanhamento por parte das instâncias superiores em relação aos aspectos produtivos da escola, cujas principais atividades resultavam no envio de sementes selecionadas e animais de raça com registro para a cidade do Rio de Janeiro. No entanto, do ponto de vista administrativo e do relacionamento pedagógico, seguiam as mesmas normas do Patronato, no qual o bom comportamento era analisado pelos critérios como linguagem, classe social, atitudes corporais, dentre outros.

Os estudantes do Patronato Agrícola prestavam serviços na fazenda da Escola como prática, tanto no setor agrícola como zootécnico, cuidando dos animais, além disso, aprendiam alguns ofícios como: sapateiro, alfaiate, marcenaria e oficina de ferro.

26 Administrador ou capataz 27As informações sobre a trajetória da Escola de Inconfidentes foram retiradas do site da instituição. Disponível em: < http://ifs.ifsuldeminas.edu.br/index. php/a-instituicao/historico> Acesso em: 20 fev. 2014.

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Prédio principal do Patronato Agrícola “Visconde de Mauá”, maio/1918

Fonte: Arquivo do Campus Inconfidentes/MG

Turma de 1948 da Escola de Iniciação Agrícola “Visconde de Mauá” Inconfidentes/MG.

Fonte: Arquivo do Campus Inconfidentes.

Em 1943, no contexto da Reforma Capanema e obedecendo ao Decreto n.º 14.252, de 10 de dezembro, a Escola dividiu-se em núcleos: Agricultura, Zootecnia, Indústrias Rurais e Administração28. Em 1947, obedecendo a um ofício emitido pela Comissão Brasileira Americana da Educação das Populações Rurais – CBAR, foi criado um centro de treinamento para formação de trabalhadores rurais na escola. Sobre esse contexto, tem-se que: 28 Disponível em: <www.ifs.ifsuldeminas.edu.br/a-instituicao/corpo-docente/72-lucia-ferreira> Acesso em: 28 ago. de 2017.

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Desde inícios dos anos 1940 observa-se a intensificação do interesse, por parte de entidades governamentais e privadas estadunidenses-como a Inter-American Affairs Association (AIA) de Nelson Rockefeller, pelos problemas do “recémconstruído” conceito de Terceiro Mundo, nele incluindo-se, por certo, o Brasil. Em 1945, uma entidade privada americana e o Ministério da Agricultura assinaram o primeiro acordo de “cooperação” internacional no âmbito do ensino agrícola, dando origem à Comissão BrasileiroAmericana de Educação das Populações Rurais (CBAR), cujas atribuições incluíam a implantação de Centros de Treinamento para trabalhadores rurais adultos, a proliferação de Clubes Agrícolas destinados à infância e juventude e a intervenção direta junto à formação de técnicos especializados e lideranças rurais, por intermédio de um programa educativo supostamente capaz de incutir nos trabalhadores adultos e jovens o “amor a terra e ao trabalho”. (MENDONÇA, 2010, p.142).

A partir da criação do centro de treinamento para formação de trabalhadores rurais, passou a haver uma maior integração entre a Escola e a comunidade com a chegada de alunos de outros estados, tendo-se registros de alunos procedentes do Paraná, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, além de Minas Gerais e São Paulo, o estado mais próximo.

Em 1950, o Decreto n.º 27.745, de 30 de janeiro, transforma a Escola Agrícola Visconde de Mauá em Escola Agrícola e, a partir daí, aumentaram os projetos agropecuários: Através da organização das atividades profissionais, e já se efetivava uma distribuição e limitação de competências aos professores, Capítulo II

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partindo-se para uma divisão de atividades capaz de refletir uma escola de caráter mais didático-pedagógico, com a prática dos alunos norteada para aprendizagem mais orientada. Um exemplar do Regimento da Superintendência, aprovado pelo Decreto n.º 52.666, de 11.10.1963, determinava instruções para a elaboração dos Regimentos dos estabelecimentos de Ensino Agrícola e de Economia Doméstica Rural da Rede Federal, contendo a estrutura geral da organização administrativa (IFSULDEMINAS, 2017).

Centro de Treinamento da Escola Agrícola de Inconfidentes/MG

Fonte: Disponível em: Acervo Campus Inconfidentes.

A escola agrícola foi elevada a ginásio em 1964. No entanto, durante os cinco anos que se seguiram, o cenário foi repleto de dificuldades e houve um trabalho intenso para a sobrevivência da Escola. Durante esse período, o panorama foi de poucos recursos, redução da clientela e precariedade das instalações físicas. À época, o foco do governo era o investimento na indústria e a atenção estava mais voltada à educação industrial. Mas, a partir de 1973, esse cenário começa a melhorar com a criação da Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário – COAGRI:

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Pelo Decreto n.º 72434, de 09 de julho de 1973, é criada a COAGRI – Coordenadoria Nacional do Ensino Agrícola, com a finalidade de “proporcionar, nos termos desse decreto, assistência técnica e financeira a estabelecimentos especializados em ensino agrícola” do MEC. O referido Decreto, em seu artigo 2º, assegura autonomia administrativa e financeira à COAGRI, criando um fundo de natureza contábil, fato que permitiu um avanço considerável nas escolas, uma vez que os recursos advindos da comercialização de produtos agropecuários produzidos pelas escolas passaram a ser reaplicados e não mais recolhidos ao Tesouro Nacional. A criação da COAGRI, para o Sistema de Ensino Agrícola Federal, possibilitou uma revitalização do ensino agropecuário, representando um marco na história das Escolas Agrícolas, pois, tendo iniciado suas atividades em 1976 como órgão autônomo da administração direta, proporcionou profundas transformações na administração e manutenção de uma rede de 33 Escolas Agrícolas Federais (SOBRAL, 2015, p.88).

Em 1978, a Escola passou a ser a Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes, na época com 203 alunos matriculados.

Fachada externa da Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes.

Fonte: Disponível em: Acervo Campus Inconfidentes.

Capítulo II

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Impulsionado pelas políticas da Coordenação Nacional do Ensino Agrícola (COAGRI), o ensino deu-se a partir do desenvolvimento do sistema “escola fazenda”, o qual se baseou no princípio “aprender a fazer e fazer para aprender”. Destaca-se, nesse modelo, a implantação da Cooperativa Escola, que funcionava como elo entre a Escola e o Mercado Consumidor, consolidando o princípio mencionado e comercializando os produtos advindos da produção pelos alunos, ou seja, configurava a integração de três mecanismos: Sala de aula (aulas teóricas), Unidades Educativas de Produção – UEPs (aulas práticas) e Cooperativa Escola.

Traços da industrialização já presentes na aprendizagem dos alunos.

Padaria da Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes.

Fonte: Disponível em: Acervo Campus Inconfidentes.

A Escola seguiu expandindo cursos e vagas. Em 1998, já contava com matrícula de 862 alunos, ofertando cursos na área de Agropecuária com habilitações em: Técnico em Agropecuária, Técnico em Agricultura, Técnico em Zootecnia e Técnico em Agroindústria, assim como nas área de Informática, com habilitação de Técnico em Informática e de Geomática; e habilitação de Técnico em Agrimensura, nas formas concomitante e sequencial. Efetivou-se a separação do ensino médio do ensino profissional.

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Desfile Semana da Pátria, em 1986

Fonte: Disponível em: Acervo Campus Inconfidentes.

Em 2006, dois anos antes de tornar-se IFSULDEMINAS, a Escola Agrotécnica de Inconfidentes contava com 1.795 alunos matriculados, ofertando cursos técnicos nas modalidades subsequente, concomitante e Proeja e curso de ensino superior buscando afirmação para propostas de expansão iniciadas em 2005.

Em 2008, a fazenda da EAFI já possuía uma a área de 254,1 hectares, os quais foram subdivididos em vários projetos didático-pedagógicos, de acordo com os planos dos cursos técnicos, compreendendo as áreas de Agropecuária (Zootecnia, Agricultura, Agroindústria), Geomática (Agrimensura), Informática, curso de Tecnologia em Gestão Ambiental e Tecnologia em Agrimensura29. As UEPs tinham como objetivo principal subsidiar pedagogicamente as atividades práticas dos cursos técnicos e tecnológicos, servindo de ambiente de desenvolvimento de experiência, pesquisa e aplicação das técnicas ministradas em salas de aula, possibilitando ao aluno a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos.

A produção gerada pelos projetos destina-se até hoje ao restaurante (refeitório), onde são servidos de forma gratuita aos alunos. O excedente

29 As informações referentes ao ano de 2008, foram obtidas por meio do Relatório de Gestão 2008, da Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes.

Capítulo II

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da produção é destinado ao setor de Agroindústria, Zootecnia e Agricultura para processamento, e posteriormente, à Cooperativa dos Alunos onde é comercializado junto aos servidores e comunidade local.

Em todos os projetos há professores e técnicos que acompanham os alunos em suas atividades. Produtores rurais interessados também são assistidos pela equipe técnica da EAFI. O gerenciamento da produção e o acompanhamento didático-pedagógico dos alunos são feitos pela Coordenação Geral de Produção e Pesquisa (CGPP) e Coordenação Geral de Ensino (CGE).

Ainda em 2008, todos os projetos atingiram seus objetivos e grande maioria das metas, quando não atingidas, foram justificadas garantindo a manutenção e importância para o desenvolvimento das atividades pedagógicas e formação dos profissionais dos cursos oferecidos pela Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes-MG.

Linha do Tempo do Campus Inconfidentes Patronato Agrícola (1918) O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Inconfidentes, tem sua origem em 28 de fevereiro de 1918, pelo Decreto n.º 12.893, nove anos após a criação da primeira Escola Agrícola no Brasil, ainda como Patronato Agrícola, vinculada ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.

Permaneceu assim até o final da década de 50, quando então passou a ser denominada Escola Agrícola Visconde de Mauá, oferecendo curso ginasial durante toda a década de 60.

Aprendizado Agrícola “Minas Gerais” (1934)

A fase de transição ocorreu com o aprimoramento dos recursos didático-pedagógicos e maior atenção da superintendência aos aspectos produtivos, sendo inclusive enviados ao Rio de Janeiro/RJ,

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vários tipos de sementes selecionadas e animais de raça com registro.

Uma nova organização foi tentada e o currículo identificava os cursos e as disciplinas. O relacionamento pedagógico e administrativo seguia as mesmas normas do Patronato.

Aprendizado Agrícola “Visconde de Mauá” (1939)

O Patronato Agrícola Visconde de Mauá, existente no município de Rezende, no Estado do Rio de Janeiro, em decorrência da lei de reformulação do ensino agrícola em 1934, teve sua localização mudada para o Estado de Minas Gerais, indo instalar-se na Vila de Inconfidentes, pertencente ao município de Ouro Fino. Em 1939, esse estabelecimento retomou sua denominação inicial, voltando a chamarse Visconde de Mauá, em alusão a Irineu Evangelista, conhecido como Barão de Mauá, personagem importante no desenvolvimento industrial brasileiro e detentor de ideias liberais abolicionistas.

O Aprendizado Agrícola Visconde de Mauá encontrava-se a 8 quilômetros da sede do município de Ouro Fino e estava ligado a outros estados por meio da Rede de Viação Mineira, que o relacionava a várias cidades importantes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Era abastecido de água e energia elétrica, não havendo necessidade de bombas e geradores.

As instalações físicas que dispunha até 1945 eram o edifício principal, pavilhão sanitário, do refeitório, das oficinas, garagem, paiol e 11 residências destinadas aos servidores e ao diretor. Diante da escassez de edificações, era solicitada ao Ministério da Agricultura a construção de 26 instalações necessárias para acomodar alunos e servidores e melhor desenvolver o ensino profissional.

Quanto às terras e às atividades desenvolvidas, discorria o relatório ministerial: Dispõe para seus trabalhos de 100 hectares de boas terras, em geral montanhosas, possuindo 10 hectares planos onde pode ser feita a lavoura Capítulo II

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mecânica. Possui lavouras de cerais, um pomar de fruteiras europeias, uma seção florestal e uma horta. Tem pequena criação de gado leiteiro e suínos Poland China e Landschwein (BRASIL – RMA, 1945, pag. 350).

Atendendo ao Decreto-Lei 982, de 23 de dezembro de 1938, o ano letivo se iniciava com um novo perfil: o curso primário era dividido em elementar, médio e superior e com certificado de Habilitação Profissional.

Obedecendo ao artigo do Decreto 14.252, de 10 de dezembro de 1943, a escola se dividiu em núcleos: Agricultura, Zootecnia, Indústrias Rurais e Administração; e seu nome voltaria a ser modificado.

Escola de Iniciação Agrícola “Visconde de Mauá” (1947)

O ano letivo iniciou-se com exames vestibulares dos candidatos ao curso de Iniciação Agrícola.

Obedecendo ao ofício emitido pela Comissão Brasileira Americana de Educação das Populações rurais – CBAR, foi criado um centro de treinamento para formação de trabalhadores rurais.

Entre 12 e 18 de setembro por meio da Segunda Semana Ruralista e da Exposição de Produtos, constatou-se maior integração entre a Escola e a comunidade.

A Escola começou a atrair alunos de outros estados, registrandose os procedentes do Paraná, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, além de São Paulo e Minas Gerais, variando o critério de contratação de pessoal, com abertura para titulares, funcionários extranumerários, mensalistas e diaristas.

Escola Agrícola “Visconde de Mauá” (1950)

A assinatura do Decreto n.º 27.745, de 30 de janeiro de 1950, elevou o Instituto à categoria de Escola Agrícola. Aumentavam os proje-

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tos agropecuários por meio da organização das atividades profissionais, e já se efetivava uma distribuição e limitação de competências aos professores, partindo-se para uma divisão de atividades capaz de refletir uma escola de caráter mais didático-pedagógico, com a prática dos alunos norteada para aprendizagem mais orientada.

Um exemplar do regimento da superintendência, aprovado pelo Decreto n.º 52.666, de 11 de outubro de 1963, determinava instruções para a elaboração dos regimentos dos estabelecimentos de ensino agrícola e de economia doméstica rural da rede federal, contendo a estrutura geral da organização administrativa.

Ginásio Agrícola “Visconde de Mauá” (1964)

Irineu Evangelista de Sousa30 “Visconde de Mauá”

Fonte: Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/biografias/irineu-evangelistade-sousa-visconde-de-maua.htm>. Acesso em 15 jan. 2018.

30Irineu Evangelista de Sousa foi um notável empresário, industrial, banqueiro, político e diplomata brasileiro, um símbolo dos empreendedores do país no século 19. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/biografias/ irineu-evangelistade-sousa-visconde-de-maua.htm?cmpid=copiaecola>.

Capítulo II

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O Instituto foi elevado à categoria de ginásio em 1964 e, até 1967, foi subordinado à SEAV31, através do Decreto n.º 60.731, de 19 de maio de 1967; os órgãos de ensino do Ministério da Agricultura são transferidos para o Ministério da Educação e Cultura.

Iniciou-se então um intenso trabalho para a sobrevivência do Instituto, que durou mais cinco anos. Durante o regime militar, manteve-se um panorama repleto de dificuldades: poucos recursos, redução da clientela e precariedade das instalações físicas.

O perfil do Ginásio Agrícola começa a melhorar, no entanto, a partir de 1973, com a criação da Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário – COAGRI. Eram oferecidos cursos extracurriculares não só aos alunos, mas aos fazendeiros da comunidade.

Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes/MG (1978)

Em 1978, passou a Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes/ MG “Visconde de Mauá”, com 203 alunos matriculados. A partir desse ano, desenvolveu-se o sistema Escola Fazenda, destacando-se a implantação da Cooperativa Escola como elo entre a escola e o mercado consumidor, consolidando a filosofia do “Aprender a fazer e fazer para aprender”. Isso proporcionou a integração de três mecanismos fundamentais: sala de aula, Unidades Educativas de Produção (UEPs) e Cooperativa Escola.

Como instrumentos complementares, desenvolveram-se os sistemas de Monitoria e Estágio Supervisionado. Essas ações perduraram por toda a década de 80 e foram responsáveis pela evolução da Escola em todas as áreas Pedagógicas, Administrativas e de Produção Agropecuária. Era ministrado durante esse período o curso Técnico em Agropecuária em nível de 2.º grau.

31 Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário (S.E.A.V.), diretamente subordinada ao Ministro da Agricultura

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Em 1993, o processo de autarquização trouxe nova dinâmica ao Instituto, que além das questões administrativas e pedagógicas, provocou novas necessidades de ajustes para atender à crescente demanda da comunidade regional.

A partir do ano de 1995, foram implantados os cursos de Técnico em Informática e Técnico em Agrimensura para egressos do ensino médio, somando 508 alunos matriculados.

Em 1996, com 600 alunos, foi inserida uma reformulação curricular do ensino agrícola, quando o curso Técnico Agrícola foi subdividido em quatro novos: Técnico em Agropecuária, em Agricultura, em Zootecnia e em Agroindústria.

Em 1997, com 680 alunos, foram viabilizados os princípios da reforma e estruturou-se um trabalho de revisão curricular, embasado em subsídios oferecidos pela realidade empresarial das comunidades regionais.

Em 1998, com 862 matrículas, 41 docentes e 81 técnicos administrativos, foram oferecidas na área de Agropecuária as seguintes habilitações: Técnico em Agropecuária, Técnico em Agricultura, Técnico em Zootecnia e Técnico em Agroindústria; na área de Informática, a habilitação de Técnico em Informática e na área de Geomática, a habilitação de Técnico em Agrimensura, nas formas concomitante e sequencial. Efetivou-se separação do ensino médio do ensino profissional.

Em 1999, com 1.024 alunos matriculados, a escola ampliou seu quadro de ofertas com um curso para egressos do ensino médio de Técnico em Agropecuária, somando-se ainda, os Programas de Educação Para Jovens e Adultos e o telecurso 1.º e 2.º graus, em convênio com a Prefeitura Municipal de Inconfidentes, para atender a socialização da educação brasileira.

Em 2000, com 1.200 matrículas, exceto 63 alunos frequentes no Programa de Educação para Jovens e Adultos, em convênio com a Prefeitura Municipal de Inconfidentes/MG, atingiu-se a estruturação e Capítulo II

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conclusão do projeto modular dos cursos técnicos “Pós-Médio” para serem viabilizados no ano de 2001. Efetivou-se a parceria com a instituição Pro Menor, de Pouso Alegre/MG, com a finalidade de multiplicar as ofertas dos cursos de qualificação profissional em nível básico, vinculando-se com o mercado de trabalho, por meio de convênios e parcerias. O currículo desenvolvido foi alicerçado na contextualização e interdisciplinaridade.

Com 1.463 matrículas efetivas em 2001, exceto 60 alunos frequentes no Programa de Educação para Jovens e Adultos, foi desenvolvida a proposta pedagógica do Sistema Modular do Ensino Profissionalizante. O currículo prezava pelo trabalho coletivo para substituir o individualismo do conhecimento fragmentado, com a articulação de propostas interdisciplinares dos projetos desenvolvidos. O sistema de avaliação por competência começa a se desenvolver, com a aquiescência da comunidade escolar. As parcerias e os convênios foram ampliados e aprovados e houve recebimento de recursos financeiros do “Programa de Expansão do Ensino Profissionalizante – PROEP”.

No ano de 2002, com 1.212 matrículas, encerraram-se as inscrições para os cursos de Técnico em Agricultura e Técnico em Zootecnia, sendo essas áreas de ensino contempladas pelo curso Técnico em Agropecuária a partir de 2003.

Em 2003, com 1.803 matrículas, sendo 813 no ensino médio, 813 nos cursos técnicos, citados acima e 177 egressos do ensino médio nos cursos técnicos de Agropecuária, Informática, Agrimensura e Agroindústria Subsequentes. Foram ofertados ainda 13 cursos de qualificação básica para 735 alunos da comunidade interna e externa. Ocorreu a implantação do projeto de empreendedorismo “Integração e Articulação do Processo Pedagógico por meio de Sistemas de Empresas Simuladas, Empresas Orientadas e Incubadoras de Empresas na Formação Profissional”.

Em 2004, com 1.572 matrículas efetivas nos cursos acima citados, o Instituto Federal – Campus Inconfidentes objetivou ser foco de

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referência no estado. O compromisso institucional foi o de promover o desenvolvimento educacional da região por meio do oferecimento de Ensino Superior Tecnológico em diferentes modalidades. Essa meta coloca-se como uma forma de atingir a maioria dos campos profissionais da sociedade da região, levando em conta o sucesso no desenvolvimento do projeto de empreendedorismo. Em novembro de 2004, o Instituto finalizou o projeto do curso superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, o qual foi autorizado por comissão do MEC. Em 2005 e 2006, a EAFI com 1.505 e 1.795 matrículas, respectivamente, firmou-se no propósito da oferta continuada de cursos técnicos (subsequente, concomitante e Proeja) e de ensino superior buscando a afirmação para novas e ousadas propostas de expansão, iniciado em 2004. Em março de 2006, foi autorizado o curso superior de Tecnologia em Agrimensura, pela comissão do MEC, Portaria n.º 781, de 24 de março de 2006, publicada no DOU de 27 de março de 2006, Seção I, página 18, a fim de proporcionar educação gratuita e de qualidade.

Ampliou seus cursos e criou um curso de inclusão social, com o objetivo de ofertar educação àqueles que não puderam completar o ensino médio, implantando então o curso Técnico em Administração integrado ao ensino médio, na modalidade Proeja (jovens e adultos).

Relação dos Diretores do Campus Inconfidentes desde sua criação 1. José Augusto Rocha – 24/10/1930 a 26/6/1931 2. José Cândido Martins Trindade – 27/6/1932 a 23/2/1933 3. José Augusto Rocha – 24/2/1933 a 12/4/1933 4. Frederico Murtinho Braga – 13/4/1933 a 30/6/1934 5. Ramiro Saturnino Rodrigues de Brito – 1/7/1934 a 16/5/1936 6. Dr. Hugo Mesquita – 17/5/1936 a 7/8/1937 7. Ramiro Saturnino Rodrigues de Brito – 8/08/1937 a 2/2/1938 8. Dr. Hugo Mesquita – 3/2/1938 a 27/7/1939

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9. Romão Luiz Sol – 28/7/1939 a 23/11/1939 10. Dr. Hugo de Mesquita – 24/11/1939 a 31/12/1940 11. Dr. Milton Miranda de Oliveira – 1/1/1941 a 17/2/1945 12. Luiz Mendes de Carvalho – 18/2/1945 a 3/6/1945 13. João Fernandes de Souza – 4/6/1945 a 25/2/1948 14. Dr. Americano Dalto de Almeida – 26/2/1948 a 31/5/1948 15. Dr. Milton Miranda de Oliveira – 2/6/1948 a 6/7/1950 16. Luiz Mendes de Carvalho – 7/7/1950 a 10/10/1950 17. Antônio Simões de Oliveira – 11/11/1950 a 17/06/1955 18. Paulo Wanderley Teixeira – 23/6/1955 a 13/8/1957 19. Amador de Castro Bueno – 14/8/1957 a 17/8/1958 20. Dr. João Moreira Bartholo – 16/8/1958 a 4/9/1968 21. Gilberto Henriques – 5/9/1968 a 31/12/1973 22. Hugo Pellegrino de Miranda Neto – 1/1/1974 a 5/7/1988 23. Onápio Junqueira Barbosa – 6/7/1988 a 7/8/1988 24. Gabriel Vilas Boas – 8/8/1988 a 9/9/2002 25. José Venícius de Sousa – 2/12/2002 a 4/2/2003 26. Claudino Ortigara – 5/02/2003 a 4/02/2007 27. Paulo Roberto Ceccon – 5/2/2007 a 31/5/2010 28. José Venícius de Souza – 2/6/2010 a 23/8/2010 29. Ademir José Pereira – 24/8/2010 a 1/7/2014 30. Miguel Angel Isaac Toledo del Pino – a partir de 2/7/2014 31. Professor Luiz Flávio Reis Fernandes - 10/07/2018 a junho de 2022.

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CAPÍTULO III O PERÍODO COAGRI Por meio do Decreto n.º 76.436, de 14 de outubro de 1975, em seu artigo 4.°, define a competência da COAGRI. Art. 4.º Compete à Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário: I – a promoção do desenvolvimento e da divulgação do ensino agropecuário, e o aperfeiçoamento de técnicos e auxiliares necessários ao respectivo setor; II – a coordenação, o controle e a avaliação das atividades técnico-administrativas, educativas e financeiras desenvolvidas pelos estabelecimentos de ensino que lhe são subordinados; III – o estabelecimento, com a colaboração de órgãos específicos, de planos para a aquisição, manutenção e adequação de equipamentos e instalações, bem como para realização de obras nas unidades que lhe são subordinadas32.

A política para o ensino agrícola, implantada pela COAGRI, foi responsável por sistematizar e padronizar estratégias pedagógicas e de gestão dando uma identidade única a esta modalidade de ensino, e pelo equipamento das escolas, para um ensino em sintonia com as tecnologias preconizadas pela “Revolução Verde”, que teve como marco histórico os anos 60 e 70.

O sistema Escola Fazenda foi introduzido no Brasil em 1966, como consequência da implantação do Programa do Conselho Técnico Administrativo da Aliança para o Progresso – Contap II (Convênio Téc32 Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-76436-14-outubro-1975-425010- publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 11 jan. 2018

Capítulo III

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nico da Aliança para o Progresso), visando o suporte do ensino agrícola de grau médio. Sua implantação se deu, a título de experiência, em alguns ginásios e colégios agrícolas, com o objetivo de minimizar os problemas existentes na estrutura técnico-pedagógica e administrativa do ensino agrícola brasileiro. Tal sistema sustentava-se no processo ensino/produção, proporcionando a vivência da realidade social e econômica da comunidade rural, fazendo do trabalho um elemento integrante do processo ensino-aprendizagem e visando a conciliar educação, trabalho e produção.

Durante boa parte do período de atuação da COAGRI na concepção e execução das políticas para a educação agrícola, essa esteve sintonizada com as prioridades econômicas e sociais estabelecidas no Plano Nacional de Desenvolvimento 1980-1985 (III PND) e com as diretrizes estabelecidas no Plano Setorial de Educação, Cultura e Desporto 1980-1985. Em 4 de setembro de 1979, pelo Decreto n.º 83.935, as escolas agrícolas passaram a ter a denominação de Escolas Agrotécnicas Federais, acompanhadas do nome do município onde se encontravam localizadas. O Decreto n.º 93.613, de 21 de novembro de 1986, extinguiu a COAGRI, ficando o ensino agrotécnico de 2.º grau diretamente subordinado à Secretaria de Ensino de 2.º grau (SESG). Em 12 de abril de 1990, o ensino agrotécnico passou a ser subordinado à Secretaria Nacional de Educação Tecnológica (SENETE), segundo Lei n.º 8028, nos termos da Alínea “C” do item II do artigo 23, que, posteriormente, veio a ser a Secretaria de Educação Média e Tecnológica (SEMTEC), cuja finalidade era cuidar da Educação Média e Tecnológica no país, hoje Setec.

Depoimento de Oscar Lamounier Godofredo Júnior

sobre o período Coagri.

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Oscar Lamounier Godofredo Júnior

Fonte: Livro Campus Machado – 60 anos de tradição e desenvolvimento, 2017

Oscar Lamounier Godofredo Júnior é natural de Belo Horizonte. Viveu e construiu parte da história das escolas agrícolas do país.

Formado em Economia pela Universidade de Brasília e Licenciado em Ciências Agrícolas, pela Universidade de Lavras, é casado com Teresa Cristina Nunes Lamounier, com quem teve quatro filhos. Valéria, André, Rodrigo e Guilherme. Convidado pelo então diretor de ensino médio do MEC a assumir a gestão do ensino técnico no país, o faz em 1975. “Em setembro de 1975 entrei como gerente no GT Coagri, um grupo de trabalho que administrava o ensino técnico agrícola no Brasil, de Brasília. A Coagri era um órgão autônomo do Ministério da Educação e Cultura. Sob nossa subordinação estavam 35 colégios e ginásios agrícolas, inclusive o de Machado. A Coagri administrava as escolas de sua sede na capital federal, mas era um processo muito descentralizado, pois as instituições de ensino tinham sua gestão própria de pessoal, financeira e pedagógica”.

Capítulo III

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Comunicação por cartas:“Naquela época não tínhamos internet, fax... então a comunicação de Brasília com as escolas era muito demorada, feita por correio. Tinha colégio que demorava quase 60 dias para você mandar uma correspondência e receber a resposta. Assim, criamos os malotes e a correspondência ficou bem mais fácil e ágil. Depois, com a tecnologia, tudo ficou facilitado”.

Marginalização do ensino: “No início da década de 1970, havia uma dificuldade muito, muito grande. Eu dizia sempre que administrava três coisas marginalizadas: educação, de 2.º grau e agrícola. As verbas eram bastante escassas e precisavam ser bem geridas para dar resultado”.

Relação estreita com as escolas: “Eu era diretor em Brasília, mas estava constantemente nas escolas agrícolas. Conhecia todas muito bem. Supervisionávamos os recursos destinados e como eram aplicados. Tínhamos no máximo 100 funcionários para cuidar de tudo, mas funcionava. Lembro que o primeiro diretor de Machado foi o professor Marcelo Diógenes, agrônomo que, devido a alguns problemas, foi substituído, no então Ginásio Agrícola, pelo diretor Cassimiro Olavo da Silveira Freire. Tempos depois, eu estava em uma reunião em Muzambinho e o Cassimiro havia expulsado seis alunos do internato por terem feito coisas erradas. Fiquei sabendo, mas não concordei, porque achava que, para expulsar, deveria ser por um motivo muito forte. Daí, o diretor foi substituído e os estudantes reintegrados. Sempre acreditei, em princípio, que ao expulsar o aluno, a escola assina o atestado de incapacidade em educar”.

Migração dos ginásios agrícolas: “Teve uma época em que recebi do ministro da Educação uma ordem para fechar todos os ginásios agrícolas do Brasil. Era uma política de não termos ginásios agrícolas ligados ao MEC e sim direcioná-los aos municípios e/ou estados. Dessa forma, terminamos da 5ª a 8ª séries ginasiais, gradativamente, não recebendo as matrículas ano a ano. E conseguimos transformar o ginásio em escola agrotécnica federal, criando o curso de Técnico em Agropecuária”.

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Investimentos: Algumas coisas foram marcantes em Machado: “Em 1975, existia um recurso muito grande destinado aos sete ginásios agrícolas. Alguns em Minas, outros no Espírito Santo e em Mato Grosso. Estávamos em setembro e não tinha sido tomada nenhuma providência de execução desses recursos que, se não fossem gastos no exercício até dezembro, seriam devolvidos ao Tesouro Nacional. Criamos um grupo tarefa que percorreu todos os ginásios e conseguimos comprar diversos equipamentos, empenhar a verba, investir e não devolver o dinheiro. A compra para Machado constou de um ônibus, uma Kombi, uma Brasília, um caminhão, móveis para alojamentos e salas de aula, tratores com implementos e animais (gado de leite). Depois, conseguimos construir um moderno estábulo, que existe até hoje. Em Machado, havia um produtor rural bastante progressista e desenvolvido. Ele ajudou na construção desse estábulo, prestando assistência técnica à instituição. Pena que não me lembro do nome dele. Retornava, assim, a integração com a comunidade”.

Eleição para diretores: “Um fato que julgo importante é que fomos nós que instituímos as eleições para diretores nas escolas agrícolas. E a primeira eleição nesse sentido foi em Machado. Outra curiosidade foi quando o diretor Marcelo Diógenes me falou que usava o carro próprio para o trabalho, já que a escola não tinha veículo, por ser muito carente. Assim, abastecia o automóvel particular com combustível de lá. Eu disse que tudo bem, mas que daquele momento em diante usasse os da escola, que haviam sido comprados e entregues”.

A educação agrícola hoje: “Sobre a realidade da educação no país hoje, discordo da forma para a qual o ensino agrícola foi transformado. Trabalhei 11 anos com uma equipe muito boa, procurando aperfeiçoar o ensino agrícola no Brasil, principalmente a qualidade e a formação de técnicos e cidadãos, a transformação física, administrativa e pedagógica. Apesar das dificuldades financeiras, as instituições se desenvolveram muito e se transformaram em modelo, com instalações adequadas para a formação de um técnico de segundo grau. Acho Capítulo III

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Paulo Roberto Ceccon

que os governos, utilizando esse potencial, incharam as instituições, preocupados com números e desviaram sua função principal, que era a formação técnica. Creio que o ensino médio e o superior convivendo, marginalizará a formação do médio técnico. Minha experiência nesse sentido não foi boa”.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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CAPÍTULO IV INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS No dia 29 de dezembro de 2008, a Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes/MG, passou a ser denominada Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Inconfidentes, junto as ex-escolas agrícolas de Machado e Muzambinho. Com a sua criação, os Institutos deveriam ter forte inserção na área de pesquisa e extensão, visando estimular o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas e estendendo seus benefícios à comunidade.

Metade das vagas foi destinada à oferta de cursos técnicos de nível médio, em especial cursos de currículo integrado.

Em 2010, na educação superior, o destaque fica para os cursos de Licenciatura para graduados e Tecnologia de Redes de Computadores, que já estão em funcionamento no Campus Inconfidentes. Dentro da área de expansão, o campus oferece cursos à distância de Secretariado, Serviços Públicos e de Administração em sete polos da região, sendo eles em Monte Sião, Inconfidentes, Borda da Mata, Pouso Alegre, Cambuí, Bom Repouso e Senador Amaral, totalizando 700 alunos.

Também em Pouso Alegre implantou o curso Técnico de Agricultura subsequente, no bairro do Algodão. Um pequeno passo para nosso campus, mas um grande passo para a educação. Teremos oportunidade agora de ampliar nossa capacidade para realizar nossa missão que é educar33.

33 Disponível em: <https://100anos.ifs.ifsuldeminas.edu.br/portal/>. Acesso em: 5 jan. 2018

Capítulo IV

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Implantação do curso Técnico subsequente em Agricultura no Bairro do Algodão Pouso Alegre – 3 de agosto de 2010

Fonte: Disponível em: < https://memoria.ifsuldeminas.edu.br/index.php/pt/noticias/226-pouso-alegre> .

Acesso em: 22 jan. 2018.

Notícia da época (2010) – A oferta do curso Técnico em Agricultura, em Pouso Alegre, foi fruto da parceria entre a prefeitura da cidade e o IFSULDEMINAS, que oferecem a partir de agora formação profissional no bairro rural. “Aqui, no Algodão, nós temos a primeira escola a receber ensino profissional na zona rural. Sempre foi um sonho que a escola fosse um diferencial e referência na vida dos moradores e, hoje, estamos presenciando o início de um curso que resgata o homem do campo, com as oportunidades vindas para o campo, e não levando as pessoas da região”, destaca emocionado o secretário de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Pouso Alegre, Dito Barbosa.

Para o diretor pro tempore do Campus Inconfidentes, professor José Venícius de Sousa, a instalação do curso técnico em Pouso Alegre é mais uma ação que demonstra o compromisso do IFSULDEMINAS com a oferta da educação no município que em breve receberá um Campus do Instituto. “O curso Técnico em Agricultura se destaca no cenário nacional, e é de fundamental importância para desenvolvimento do país, uma vez que o agronegócio tem grande representatividade na economia nacional e local. Em razão disso, foi instalado o curso com o intuito de fortalecer a produção da batata e de morango aqui na região”, explica o professor José Venícius.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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4.1 A Expansão do IFSULDEMINAS entre 2009 a 2017 Os institutos federais foram criados conforme Art. 5.º da Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, em todos os estados brasileiros, cuja finalidade e característica é ofertar educação profissional e tecnológica em todos os seus níveis e modalidades, como processo educativo e investigativo, promovendo integração e verticalização da educação básica à educação profissional e superior (BRASIL, 2008, art. 6).

Desse modo, sua maior característica é fomentar o desenvolvimento socioeconômico local e regional contribuindo com a redução das desigualdades sociais e regionais. Todavia, para que os Institutos Federais possam contribuir, é necessário que estreitem relações com os territórios em que estão situados (SILVA; TERRA, 2013).

4.2 Como, quando e o porquê da criação do IFSULDEMINAS e a expansão nesta região

No quesito desenvolvimento, o governo federal determinou que o atendimento prioritário fosse de municípios com mais de 50 mil habitantes ou microrregiões, municípios e microrregiões não atendidas por escolas federais, visando contribuir para uma nação mais igualitária (SILVA; TERRA, 2013).

Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica– em unidades

Fonte: Disponível em: <http://redefederal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal>. Acesso em: 18 ago. 2017.

Capítulo IV

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Paulo Roberto Ceccon

As escolas agrotécnicas federais de Inconfidentes, Machado e Muzambinho foram reconhecidas pela qualidade na oferta de ensino médio e técnico e, por isso unificadas, nascendo o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais.

No início de 2008, quando o MEC anunciou que criaria os Institutos Federais de Educação, fizeram os mapas de como seria a distribuição dos institutos pelo Brasil. E as escolas agrotécnicas federais de Inconfidentes, Machado e Muzambinho estavam inseridas no Instituto Federal de Minas Gerais junto ao CEFET Bambuí, Escola Agrotécnica Federal de São João Evangelista e Congonhas, que pertencia ao CEFET Ouro Preto. Depois de várias batalhas políticas dos antigos diretores-gerais de Inconfidentes, Machado e Muzambinho, não admitindo uma sede tão distante como em Belo Horizonte ou Divinópolis, e com a interferência do deputado federal Odair Cunha, o sul de Minas ganhou um novo Instituto Federal que hoje é o IFSULDEMINAS com a união das três escolas agrotécnicas federais de Machado, Inconfidentes e Muzambinho, que representou um grande desenvolvimento para a região.

No sul do estado, o Instituto Federal foi criado em 2008 com a fusão das escolas agrotécnicas de Muzambinho, Machado e Inconfidentes, ganhando sete cursos de graduação em diferentes áreas e quatro cursos de pós-graduação.

As então escolas agrotécnicas, que ofereciam quase que exclusivamente cursos técnicos de nível médio (exceção feita aos cursos superiores de tecnologia, ofertados em caráter experimental), com forte ênfase na dimensão agrária, agora se deparam com a possibilidade de ofertar, também, licenciatura, engenharias, mestrado e doutorado, numa tendência explícita de verticalização da oferta de ensino (Relatório de Gestão do IFSULDEMINAS, 2013, p. 60).

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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4.3 A implantação do IFSULDEMINAS em Pouso Alegre Criado em 2008, pela Lei 11.892, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) originou-se a partir da fusão de três antigas escolas agrotécnicas localizadas nos municípios de Inconfidentes, Machado e Muzambinho.

Assim, essas três unidades formaram uma só instituição e assumindo um novo compromisso: o desenvolvimento regional por meio da excelência na educação profissional e tecnológica.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação, que compreende “educação profissional verticalizada”, aquela que promove a fluidez de conhecimentos, técnicas e habilidades entre os níveis de ensino. A verticalização evita compartimentar conhecimento, pois os alunos de ensino médio recebem orientações de mestres ou doutores em projetos de iniciação científica.

Com forte atuação na região sul mineira, tem como principal finalidade a oferta de ensino gratuito e de qualidade nos segmentos técnico, profissional e superior.

Dentre as suas competências destacam-se: • A oferta de cursos nas seguintes modalidades: • Ensino médio integrado ao ensino técnico; • Ensino técnico subsequente; • Cursos de formação inicial e continuada; • Ensino superior; • Pós-graduações; • A certificação dos egressos de seus cursos; • Gerir seus recursos orçamentários, financeiros, humanos e materiais.

Sua missão institucional está declarada no seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2014-2018) e preceitua:

Capítulo IV

Paulo Roberto Ceccon

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A missão do IFULDEMINAS “Promover a excelência na oferta da educação profissional e tecnológica em todos os níveis, formando cidadãos críticos, criativos, competentes e humanistas, articulando ensino, pesquisa e extensão e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Sul de Minas Gerais.”

Normas e regulamentos de criação, alteração e funcionamento da unidade Como órgão integrante da Administração Pública Federal Brasileira, o funcionamento do Instituto Federal do Sul de Minas é regulado por leis, decretos, portarias ministeriais e resoluções do Conselho Superior da instituição. Para facilitar a busca por essas informações, elas são disponibilizadas no portal da instituição: www.ifsuldeminas.edu.br As principais normas regulamentares do IFSULDEMINAS encontram-se listadas no quadro abaixo, assim como a identificação da instituição.

Normas e Regulamentos sobre a estrutura e gestão do IFSULDEMINAS

NORMA

DATA

Lei Nº 11.892/2008

29 de dezembro de 2008

ASSUNTO / DESCRIÇÃO Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os institutos federais.

Resolução Nº 26 de janeiro de 2010 04/2010

Dispõe sobre a aprovação do Estatuto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais.

Resolução Nº 26 de janeiro de 2010 18/2010 Resolução Nº 12 de agosto de 2014 58/2014

Dispõe sobre a aprovação do Regimento Geral do Instituto Federal do Sul de Minas.

Dispõe sobre a aprovação do Regimento Interno da Reitoria do IFSULDEMINAS.

Portaria Nº 330/2013

23 de abril de 2013

Dispõe sobre a autorização de funcionamento dos campi que integram a estrutura organizacional dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia localizados nos municípios de Passos, Poços de Caldas e Pouso Alegre.

Continua

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

97

Continuação.

NORMA

Portaria Nº 1074/2014

Resolução Nº 12/2015

DATA

ASSUNTO / DESCRIÇÃO

30 de dezembro de 2014

Dispõe sobre a autorização de funcionamento das unidades que integram a estrutura organizacional dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e atualiza a relação dos campi integrantes da estrutura organizacional dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia localizados nos municípios de Carmo de Minas e Três Corações.

28 de abril de 2015

Altera a Resolução 040/2014, que trata da regulamentação da avaliação e fluxo de procedimento para a concessão do Reconhecimento de Saberes e Competências aos docentes pertencentes ao Plano de Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.

Resolução Nº 05 de agosto de 2011 25/2011

Dispõe sobre a Normativa Docente do IFSULDEMINAS.

Resolução Nº 98/2013

16 de dezembro de 2013

Dispõe sobre a Normativa Docente do IFSULDEMINAS.

Resolução Nº 108/2014

18 de dezembro de 2014

Dispõe sobre a Normativa Docente do IFSULDEMINAS.

Resolução Nº 42/2015

01 de setembro de 2015

Dispõe sobre a aprovação do Regulamento de Implementação do artigo 3º do Decreto nº 1590/1995 no IFSULDEMINAS.

Resolução Nº 25/2016

28 de junho de 2016

Dispõe sobre alterações no Regimento Interno do Conselho Superior

Fonte: Gabinete da Reitoria

Identificação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais PODER E ÓRGÃO DE VINCULAÇÃO Poder: Executivo Órgão de Vinculação: Ministério da Educação

Código SIORG: 244 Continua

Capítulo IV

Paulo Roberto Ceccon

98 Continuação.

IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA Denominação Completa: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Denominação Abreviada: IFSULDEMINAS Código SIORG: 100915

Código LOA: 26412

Natureza Jurídica: Autarquia Federal

Código SIAFI: 158137

CNPJ: 10.648.539/0001-05

Principal Atividade: Educação Profissional Código CNAE: 85.41-4-00 de Nível Técnico Telefones/Fax de contato:

(035) 3449-6150

Endereço Eletrônico: reitoria@ifsuldeminas.edu.br

(035) 3449-6172

(035) 3449-6193

Página na Internet: http://portal.ifsuldeminas.edu.br

Endereço Postal: Avenida Vicente Simões, nº 1111, Bairro Nova Pouso Alegre, Pouso Alegre/MG, CEP – 37553-465 NORMAS RELACIONADAS À UNIDADE JURISDICIONADA Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Portaria de funcionamento dos Campi Passos, Poços de Caldas e Pouso Alegre – Portaria nº 330, de 23 de abril de 2013.

Portaria de funcionamento dos Campi Avançado Carmo de Minas e Três Corações – Portaria nº 1.074, de 30 de dezembro de 2014.

UNIDADES GESTORAS RELACIONADAS À UNIDADE JURISDICIONADA Código SIAFI

Nome

158137

Reitoria

158303

Campus Muzambinho

158304

Campus Machado

158305

Campus Inconfidentes

154809

Campus Poços de Caldas

154810

Campus Passos

154811

Campus Pouso Alegre Continua

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

99

Continuação.

GESTÕES RELACIONADAS À UNIDADE JURISDICIONADA Código SIAFI

Nome

26412

Reitoria

26412

Campus Muzambinho

26412

Campus Machado

26412

Campus Inconfidentes

26412

Campus Poços de Caldas

26412

Campus Passos

26412

Campus Pouso Alegre RELACIONAMENTO ENTRE UNIDADES GESTORAS E GESTÕES

Código SIAFI da Unidade Gestora

Código SIAFI da Gestão

158137 – Reitoria

26412

158303 – Campus Muzambinho

26412

158304 – Campus Machado

26412

158305 – Campus Inconfidentes

26412

154809 – Campus Poços de Caldas

26412

154810 – Campus Passos

26412

154811 – Campus Pouso Alegre

26412

Fonte: Assessoria de Comunicação / Gabinete da Reitoria

O IFSULDEMINAS exerce seu papel junto à sociedade embasado na concepção de que os institutos federais são “instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas”, exercendo “o papel de instituições acreditadoras e certificadoras de Capítulo IV

100

Paulo Roberto Ceccon

competências profissionais” (cf. caput do art. 2.º e respectivo § 2.º da Lei n.º 11.892, de 29 de dezembro de 2008).

Nesse sentido, a instituição atua na região do sul de Minas Gerais por meio da oferta de educação superior, básica e profissionalizante, nas modalidades de ensino presencial e à distância. Assim como os outros institutos federais, é caracterizado pela verticalização do ensino, compreendendo os seguintes níveis de educação: Técnico Integrado ao Ensino Médio; Técnico Subsequente; Proeja (Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos); Graduação (bacharelado, licenciatura e tecnologia); Pós-Graduação (Lato sensu e Stricto sensu).

Além disso, oferta cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além do programa MedioTec. O Instituto também atua com ações de pesquisa e extensão, qualificando cidadãos para o mercado de trabalho. A partir de um acordo firmado com o Inep, realiza a certificação do ensino médio por meio das notas do Enem. A certificação destina-se às pessoas maiores de 18 anos e que não concluíram o ensino médio em idade apropriada, conforme o parágrafo primeiro do art. 38 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei n.º 9.394, de dezembro de 1996.

Ao articular a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão, o Instituto Federal do Sul de Minas trabalha em função das necessidades regionais, capacita pessoas, presta serviços, desenvolve pesquisa aplicada que atende a demandas da economia local e projetos que colaboram para a qualidade de vida da população.

• Região onde atua De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBBGE), o Estado de Minas Gerais pode ser dividido em 12 grandes regiões, que são denominadas de mesorregiões. O IFSULDEMINAS localiza-se na mesorregião do sul/sudoeste de Minas Gerais.

Caracterizada pela forte influência que recebe do Estado de São

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

101

Paulo, a região compreende um total de 146 municípios agrupados em dez microrregiões, sendo a segunda mais populosa do Estado de Minas Gerais, com aproximadamente 2,5 milhões de habitantes.

Não existe na região um grande centro urbano, sendo a distribuição populacional mais homogênea e caracterizada pela existência de cidades médias. Nesse contexto, quatro cidades destacam-se, dividindo a rede de influências regionais. Elas já ultrapassaram os 100 mil habitantes, contudo sem atingirem o patamar para constar entre os 10 municípios mais populosos do Estado de Minas Gerais.

Municípios mais populosos da Mesorregião do Sul/Sudoeste de Minas Gerais

POSIÇÃO

MUNICÍPIO

POPUL.

POSIÇÃO

MUNICÍPIO

POPUL.

1º

Poços de Caldas

166.085

6º

Alfenas

79.707

2º

Pouso Alegre

147.037

7º

Três Corações

78.999

3º

Varginha

134.364

8º

São Sebastião do Paraíso

70.533

4º

Passos

114.458

9º

Três Pontas

57.097

5º

Itajubá

97.000

10º

Guaxupé

52.294

Fonte: Estimativa de População 2017. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Economicamente, a região tem a predominância da policultura, destacando-se a produção de café, morango, batata e milho, além da pecuária leiteira. Outro destaque é o crescente desenvolvimento industrial, especialmente nos municípios de Poços de Caldas, Varginha, Pouso Alegre e Extrema.

Capítulo IV

102

Paulo Roberto Ceccon

Ressaltam-se também os circuitos econômicos e turísticos localizados na região, como o Circuito das Malhas (Jacutinga e Monte Sião), Vale da Eletrônica (Santa Rita do Sapucaí e Itajubá), Circuito das Águas (Caxambu, São Lourenço, Lambari, Cambuquira e Conceição do Rio Verde), além dos municípios vocacionados para o turismo, especialmente Poços de Caldas, São Thomé das Letras, Gonçalves e Camanducaia (Distrito de Monte Verde).

A implantação da Reitoria do IFSULDEMINAS no município de Pouso Alegre ficou a cargo do diretor-geral do Campus Inconfidentes, professor Paulo Roberto Ceccon; do diretor-geral do Campus Machado, professor Walner José Mendes, e do reitor pro tempore do IFSULDEMINAS, na época, Rômulo Eduardo Bernardes da Silva.

Em 2009, após percorrerem a cidade de Pouso Alegre buscando encontrar um local adequado para implantação da Reitoria do IFSULDEMINAS, os três representantes da instituição estiveram na prefeitura com o deputado federal Odair Cunha e o professor Roberto Camilo Órfão Morais para conversarem com o prefeito, na época, Geraldo Cunha Filho.

Comitiva no gabinete do prefeito de Pouso Alegre – abril de 2009 –

Da esquerda para a direita, Rômulo Eduardo Bernardes, Roberto Camilo, Paulo Roberto Ceccon, Odair Cunha, Geraldo Cunha e Walner José Mendes. Fonte: Arquivo do autor

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Comitiva no gabinete do prefeito de Pouso Alegre – abril de 2009

Fonte: Arquivo do autor

Escolhendo o terreno para implantação da Reitoria do IFSULDEMINAS Terreno doado pela Secretaria do Patrimônio da União para construção da Reitoria – abril de 2009

Fonte: Arquivo do autor

Por ocasião da visita, a comitiva gostou do terreno e o deputado federal Odair Cunha entrou em contato com o superintendente da Secretaria do Patrimônio da União, Dr. Rogério Veiga Aranha, solicitando o terreno para implantação da sede da Reitoria do IFSULDEMINAS. Prontamente, foi feita a doação de uma área de 3.458 m², localizada na Avenida Vicente Simões, 1.111 que, a partir de 20 de março de 2015, começou a funcionar como sede definitiva da Reitoria do IFSULDEMINAS.

Capítulo IV

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4.4 Como tudo começou Órgão máximo executivo do IFSULDEMINAS, a Reitoria tem por finalidade a administração geral da instituição bem como a supervisão da execução das políticas de gestão educacional, de pessoal, orçamentária e patrimonial. Visando o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, a partir de diretrizes homologadas pelo Conselho Superior, que garantem a harmonia e a integração entre as unidades organizacionais que compõem o Instituto Federal. Com a sede física localizada em Pouso Alegre, a Reitoria é composta por um reitor e pelas seguintes pró-reitorias, que a auxiliam em áreas específicas:

1. pró-reitoria de Administração; 2. pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional; 3. pró-reitoria de Ensino; 4. pró-reitoria de Extensão; 5. pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação.

Os setores da Reitoria subdividem-se em diretorias, coordenações gerais e coordenações; cada qual contando com subdivisões e equipes de apoio às atividades.

A lei de criação dos Institutos Federais foi publicada em 29 de dezembro de 2008, mas a articulação começou antes. No ano de 2007, o Ministério da Educação (MEC) promoveu uma chamada pública para que as escolas técnicas, agrotécnicas, unidades vinculadas, Colégio Pedro II, Universidade Tecnológica do Paraná e CEFET pudessem participar de forma voluntária dessa nova configuração da rede federal.

Após uma série de articulações políticas, que contou com o apoio do deputado Federal Odair Cunha, o IFSULDEMINAS foi concebido a partir das três Escolas Agrotécnicas de Inconfidentes, Machado e

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105

Muzambinho. A chamada pública exigia que cada instituição tivesse uma Reitoria localizada em um município com características de cidade polo. Nesse contexto, Pouso Alegre foi apontada como a melhor opção para abrigar a unidade administrativa.

Para o integrante da equipe de implantação da Reitoria e atual pró-reitor de Desenvolvimento Institucional, professor Sérgio Pedini, um dos grandes desafios assumidos foi implantar a unidade em um município que não possuía sequer campus para servir de apoio. “Esse início trouxe problemas e dificuldades que outros institutos na mesma situação também enfrentaram. Começamos com uma equipe composta por servidores dos três campi preexistentes”, contou.

O professor Rômulo Eduardo Bernardes da Silva foi o primeiro reitor do IFSULDEMINAS. De acordo com Pedini, ele foi indicado em comum acordo pelos campi, assim como os primeiros pró-reitores da instituição. “O Campus Muzambinho indicou o reitor e o pró-reitor de Administração, Alexandre Fonseca D’ Andréa; já o Campus Machado me indicou para assumir a pró-reitoria de Ensino e o professor Renato Ferreira como pró-reitor de Extensão; coube ao Campus Inconfidentes indicar a servidora Elaine Ferreira Gomes dos Santos para a pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional e o professor Bruno Senna Correa como pró-reitor de Pesquisa”, relembrou.

Além de reitor e pró-reitores, a equipe de implantação da Reitoria contou com outros servidores que ocuparam funções como chefe de gabinete e diretor de ensino.

No total, 13 pessoas formavam esse grupo (hoje, cerca de 100 servidores trabalham na unidade). Inicialmente, a equipe se reunia nos campi para discutir os trabalhos. No início de 2009, foi alugado o prédio do bairro Medicina, na Rua Ciomara Amaral de Paula, que abrigou a unidade até março de 2015. Naquela estrutura, foi possível articular e adequar o trabalho, apesar da equipe reduzida.

Capítulo IV

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Prédio onde se instalou a Reitoria no início da implantação

Fonte: Arquivo IFSULDEMINAS

4.5 Os primeiros servidores Em 2009, o quadro de colaboradores contava com a equipe de implantação e alguns funcionários terceirizados que foram cedidos pelos campi para exercer em funções básicas de manutenção e conservação.

Nesse ano, a Reitoria recebeu oficialmente o primeiro servidor efetivo lotado em Pouso Alegre, o atual diretor de Gestão de Pessoas, Honório José de Morais Neto. Na época, atuou na equipe de implantação e veio redistribuído da Universidade Federal de Alfenas (Unifal). “No início, atuei como pesquisador institucional. Havia muito trabalho e poucos servidores. Todos faziam um pouco de tudo. Entre outras coisas, levantava informações sobre todos os cursos e as cadastrava no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SisTec)”.

A servidora Zélia Souza, que hoje está lotada no Campus Muzambinho, também atuou no período e integrou o primeiro grupo de servidores nomeados para a Reitoria. Ela conta que chegou para trabalhar antes mesmo da estrutura física.

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Primeiros Servidores do IFSULDEMINAS – 2009

Fonte: Arquivo da servidora Zélia de Souza

No prédio alugado ainda não havia móveis, material de expediente, somente “pessoas sonhadoras e com muita vontade de trabalhar para que tudo desse certo. Fizemos de tudo; só tínhamos notebook.

Não tinha motorista, faxineira, copeira. Preparávamos tudo com o apoio muito grande dos campi. Hoje, quando chego à Reitoria e vejo tudo funcionando como está, ainda mais agora com a nova sede, que acompanhamos desde o início, parece um sonho, e fico feliz por ter sido um dos primeiros tijolinhos do IFSULDEMINAS”, comenta Zélia.

Em importante parceria com o Instituto Federal, a Prefeitura de Pouso Alegre contribuiu de diversas maneiras com a trajetória da instituição.

No início, alugou uma casa próxima à sede para que os membros da equipe e primeiros servidores pudessem ficar até que providenciassem moradia na cidade. A técnica em Tecnologia da Informação, Pâmela Oliveira, morou nessa casa por um período. Ela conta que o recurso foi importante para muitos que vieram para a cidade no início.

“Chegar em Pouso Alegre e ter, pelo menos, uma moradia transitória até me ajustar no município foi de fundamental importância para a adaptação, além de facilitar a criação de vínculos no trabalho e integração com os colegas”, disse.

Capítulo IV

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4.6 A construção da sede De acordo com Pedini, em 2008, ocorreu um leilão de um terreno pertencente ao patrimônio da União, especificamente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), área onde atualmente está localizado o Centro Municipal de Abastecimento (CEMA), popularmente conhecido como Ceasa, no bairro Nova Pouso Alegre. Em negociação com a União, foi solicitado que reservassem uma parte desse terreno para a construção da sede da Reitoria. A partir desse acordo, a área disponibilizada foi de 3.458 metros quadrados. “Havia a possibilidade de adquirir um imóvel pronto, mas, na época, era impossível encontrar um prédio em Pouso Alegre que pudesse abrigar a Reitoria e, por isso, partimos para a construção”, explicou.

Em 2010, foi elaborado o projeto arquitetônico de construção da sede, cuja obra teve início, efetivamente, em 2011. Durante esse período, surgiram alguns problemas como a falência da primeira empresa vencedora da licitação e, posteriormente, a realização de uma nova licitação para a continuidade da obra. Ao longo de quatro anos, a instituição lidou com todos os problemas que surgiram, respeitando a lei que rege as licitações públicas (8.666/93), respeitando os trâmites e prazos, o que inevitavelmente atrasou o projeto.

Mesmo em fase final de obras, foi possível realizar a mudança para a

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nova sede. O imóvel conta também com duas casas, localizadas na parte de trás da sede. Uma terceira casa, no mesmo terreno, foi reformada pelo IFSULDEMINAS com o objetivo de abrigar o escritório regional do Mapa.

Primeiros Servidores do IFSULDEMINAS – 2009

Fonte: Arquivo do autor

Notícia na época: 1.º Ano do IFSULDEMINAS – Comissão se reúne para cuidar dos preparativos – março de 2010.

A comissão, que foi constituída para organizar o evento em comemoração ao 1.º ano do Instituto Federal, é formada por membros da Reitoria e de todos os campi do IFSULDEMINAS. A próxima reunião será realizada quinta-feira, dia 4 de março.

O evento em comemoração ao 1.º ano do IFSULDEMINAS ocorrerá nos dias 6, 7 e 8 de abril de 2010, no Campus Muzambinho. O evento receberá a reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), com a presença dos reitores de todos os institutos federais do país e representante da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec).

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Equipe organizadora das comemorações do 1.º ano de IFSULDEMINAS – 2010

Fonte: Disponível em: < https://memoria.ifsuldeminas.edu.br/index.php/pt/noticias/ 44-1o-ano-do-ifsuldeminas> comissao-se-reune-para-cuidar-dos-preparativos

Comemoração de um ano de IFSULDEMINAS – Muzambinho 2010

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Diretores dos campi sendo homenageados pelo reitor do IFSULDEMINAS, Rômulo Bernardes, – Maio de 2010. Da esquerda para a direita, reitor Rômulo Bernardes, Carlos Esaú, diretor-geral do Campus Machado, Walner José Mendes; diretor-geral do Campus Inconfidentes, Paulo Roberto Ceccon e diretor-geral do Campus Muzambinho, Luiz Carlos Machado Rodrigues Fonte: Arquivo do autor

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Inaugurações de obras do Campus Inconfidentes na comemoração de um ano de IFSULDEMINAS

Da esquerda para direita: Paulo Roberto Ceccon, Alexandre Vidor (ex – diretor adjunto de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação e coordenador geral de Planejamento e Gestão da Rede Federal), estudantes e Getúlio Marques Ferreira, ex-diretor da Setec.

Fonte: Arquivo do autor

Notícia na época: IFSULDEMINAS inicia nesta sexta, 20 de março de 2015, o processo de mudança da Reitoria para sua sede própria.

A unidade funcionará regularmente no novo endereço, situado à Avenida Vicente Simões, em Pouso Alegre, a partir do dia 30 de março de 2015.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) realiza a partir desta sexta, 20 de março, o processo de mudança da Reitoria para a sede definitiva, situada à Avenida Vicente Simões, 1111, no bairro Nova Pouso Alegre. O prédio conta com três andares e foi construído para abrigar todo os setores e departamentos da instituição, que atualmente estão instalados em dois prédios alugados, no Bairro Medicina.

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Imagem da Reitoria na época da mudança.

Fonte: Disponível em: < https://memoria.ifsuldeminas.edu.br/index.php/pt/noticias/3777-2015-03-19-20-34-04>.

Acesso em: 9 jan. 2018

A nova sede possui infraestrutura de 1.726 m², salas amplas, auditório, espaço para reuniões, estacionamento próprio e constitui uma importante conquista para o Instituto, que passa a integrar em um único local todos os recursos necessários à articulação das demandas atendidas pela Reitoria.

De acordo com diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação, Gabriel Maduro, alguns serviços não estarão disponíveis nesta sexta-feira, 20 de março. “Durante todo o dia, estão previstas interrupções em todos os sistemas e serviços hospedados em nosso Data Center. Entre eles, o Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP), o Sistema de Gerenciamento de Requisição (SISRE) e o Sistema de lançamento de notas (GIZ) que atende Pouso Alegre, Três Corações, Carmo de Minas, Poços de Caldas e Passos, Normativa Docente, entre outros. Durante o dia, o serviço de telefonia será interrompido e as impressoras também serão transferidas para o novo prédio, ficando indisponíveis, por enquanto”, explicou. É importante salientar que esses procedimentos são imprescindíveis para a realização da mudança, que já estava prevista e programada para ocorrer nesse período. Ficará disponível nos prédios alugados apenas o serviço de acesso à internet. Os demais serviços devem ser reestabelecidos até a segunda-feira, 23 de março. Já os móveis,

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equipamentos e documentos começam a ser transferidos para o novo prédio na semana que vem. A expectativa é que toda a mudança seja concluída até o dia 27 de março de 2015.

Para o reitor, Marcelo Bregagnoli, essa é uma importante conquista para a Instituição. “A nova sede possibilitará a ampliação dos processos e serviços prestados, com a coordenação de um maior número de ações, decisões mais rápidas e assertivas. O resultado disso é o aumento da qualidade de vida dos servidores e uma maior eficiência na oferta do ensino, de forma integrada com a pesquisa e extensão, vislumbrando o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais”, disse.

A Reitoria é o órgão central do IFSULDEMINAS, que em sua composição possui cinco pró-reitorias: Ensino; Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação; Extensão; Administração; e Desenvolvimento Institucional.

Além disso, também integram sua estrutura organizacional Gabinete, Diretoria de Gestão de Pessoas, Procuradoria e Coordenação Geral de Auditoria Interna34.

Outra notícia do site do IFSULDEMINAS em 1º de abril de 2015 foi: IFSULDEMINAS conclui etapa importante de sua expansão com a finalização do prédio da Reitoria; todas as unidades passam a contar com sede própria concluindo uma importante etapa da expansão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS). A Reitoria passou a funcionar em sede própria desde o dia 30 de março. O prédio possui infraestrutura de 1.726 metros quadrados, dividido entre três pisos. Conta com salas amplas, auditório, espaço para reuniões e estacionamento próprio. A nova sede abriga o Gabinete do Reitor, cinco pró-reitorias (com suas diversas diretorias e coordenações), a Procuradoria Institucional, Auditoria Interna, Diretoria de Gestão de Pessoas e Assessoria de Co34 Disponível em: <https://memoria.ifsuldeminas.edu.br/index.php/pt/noticias/3777-2015-03-19-20-34-04>.

Acesso em: 9 jan. 2018

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municação. Dessa forma, constitui-se como um único local a oferecer os recursos necessários à articulação das demandas a serem atendidas.

Na manhã desta quarta-feira, 1.º de abril, foi oferecido um café da manhã aos servidores e funcionários no hall de entrada do novo prédio.

“Além de marcar o início de nossa jornada na nova sede, o encontro possibilitou uma confraternização necessária aos servidores. É um estímulo à continuação de nossos afazeres de uma maneira agradável, prazerosa e que possibilita contato entre as pessoas dos diversos setores que se unem para promover o sucesso da nossa missão”, declarou a diretora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Dulcimara Nannetti.

A sede própria da Reitoria está localizada na Avenida Vicente Simões, 1.111, no bairro Nova Pouso Alegre. Com isso, o prédio alugado no bairro Medicina, onde os serviços eram realizados anteriormente, foi desativado.

Ao fazer um balanço da atuação do IFSULDEMINAS, o reitor Marcelo Bregagnoli conclui que os avanços aconteceram de forma quantitativa e qualitativa. “Quantitativa com a ampliação da oferta de cursos, aumento do número de servidores e expansão da área de atuação no sul de Minas Gerais. Qualitativamente, temos a expansão das unidades que possibilitou maior visibilidade à instituição, aprovação de normativas com efeitos imediatos para servidores e educandos, e ainda a institucionalização dos conceitos ligados à pesquisa e à extensão, entre outros”, destacou.

Desde a concepção do Instituto Federal, em 2008, muitas conquistas têm sido alcançadas. Com o plano de expansão do governo federal, o número de unidades passou de três para nove, sendo oito campi, distribuídos entre as cidades de Inconfidentes, Machado, Muzambinho, Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Três Corações e Carmo de Minas. Além da expansão, a ampliação das unidades contou com a construção de novas salas de aulas, laboratórios, melhorias na infraestrutura dos campi, adequações de espaços como bibliotecas, aquisição de equipamentos, entre muitos outros investimentos.

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De 2009 para 2015, o IFSULDEMINAS saltou de 6.611 alunos matriculados para mais de 26 mil alunos, considerando a modalidade de ensino presencial e à distância. Desde 2010, a instituição implantou e está desenvolvendo de forma expansiva o Ensino à Distância (EaD), que atualmente possui mais de 14 mil estudantes. Esses números mostram a dimensão da Instituição e o êxito da expansão da Rede Federal, que conta com 38 unidades em todo o Brasil, cada uma delas com uma estrutura multicampi. No sul de Minas Gerais, o Instituto Federal beneficia uma população estimada em 3,5 milhões de pessoas, distribuída em 178 municípios.

Notícia na época – IFSULDEMINAS realiza cerimônia de entrega da sede da Reitoria à comunidade.

Prédios com sistema de captação de água da chuva e geração de energia solar são destaques.

A manhã desta quinta-feira, 6 de julho de 2017, representa um marco na história do Instituto Federal do Sul de Minas. Autoridades dos poderes Executivo e Legislativo, representantes de diversas instituições, inclusive da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), reitor, pró-reitores, diretores, servidores que fazem e fizeram parte da trajetória do IFSULDEMINAS se reuniram para a cerimônia oficial de entrega da Reitoria e inauguração dos prédios da pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional, Setor de Patrimônio e almoxarifado, estúdio para Educação à Distância, área de vivência e o prédio da diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicações.

Aproximadamente 200 pessoas prestigiaram o momento.

Os prédios que abrigam os diversos setores da unidade contam com sistema de captação de água das chuvas para reuso. São três caixas d’água que têm capacidade para armazenar cerca de 100 mil litros. Em maio deste ano, painéis fotovoltaicos foram instaladas no telhado de um dos edifícios e na cobertura do estacionamento. As placas são capazes de gerar cerca de 90% do consumo de energia dos prédios. A área construída tem quase

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3.000 metros quadrados e tiveram um custo total de cerca de 5 milhões de reais. Entre os edifícios erguidos para as Reitorias dos demais institutos federais, é considerada uma das obras com menor custo.

Para compor a mesa de honra da solenidade foram convidados o reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli; o coordenador-geral de Planejamento, Orçamento e Gestão da Rede Federal, Paulo Henrique de Azevedo Leão, representando a secretária de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eline Neves Braga Nascimento; o coordenador-geral de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e membro do Conselho Superior do IFSULDEMINAS, Fábio Pereira Ribeiro; os pró-reitores Carlos Alberto Machado Carvalho (Ensino); Cléber Ávila Barbosa (Extensão); José Luiz Resende Pereira (Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação); Flávio Henrique Calheiros (Desenvolvimento Institucional).

O Hino Nacional foi executado pela Banda de Música do 20º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, regida pelo maestro e primeiro-tenente, Ricardo Rosental de Carvalho. Durante a solenidade, foi relembrada toda a trajetória histórica de concepção do Instituto. Foram apresentados dois vídeos sobre a instituição. Um deles mostrou a estrutura do IFSULDEMINAS e o outro ilustrou a trajetória de implantação da Reitoria, desde 2008, até a entrega definitiva das últimas obras.

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Os primeiros reitores, Rômulo Eduardo Bernardes da Silva e Sérgio Pedini, receberam placas de homenagens das mãos do reitor Marcelo Bregagnoli. Em seus discursos, eles recordaram os desafios vividos durante seus mandatos, enfatizando os esforços dos servidores e colaboradores que trabalharam para construir o IFSULDEMINAS, além dos muitos agentes que contribuíram de uma forma ou de outra para a superação dos obstáculos.

“É um grande prazer retornar à Reitoria do IFSULDEMINAS”, comentou Rômulo. De acordo com ele, não era para existir o Instituto Federal do Sul de Minas. “Essa conquista só foi possível porque bravos diretores assumiram, com coragem, a responsabilidade de transformar as três escolas agrotécnicas em Instituto Federal. Sou grato ao Rogério Aranha, ex-superintende de Patrimônio da União, que doou o terreno para construção do prédio da Reitoria”. Ele relembrou como tudo começou. “A caneta vinha do Campus Machado, o caderno do Campus Inconfidentes, a garrafa de café era de um funcionário, o sofá era de outro. Assim, fomos tocando o Instituto, muito bem conduzido pelo Sérgio Pedini e agora, pelo Marcelo Bregagnoli. Muitos diziam que era um absurdo três escolas pequenas se tornarem um instituto.

No entanto, pouco tempo depois, o IFSULDEMINAS se tornou referência nacional”, disse.

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Sérgio Pedini foi além. Resgatou um pouco mais da história de implantação da instituição, mencionando o papel do então deputado Odair Cunha, “ao dizer para o Ministério da Educação que o sul de Minas merecia um instituto”. Segundo Pedini, muito antes disso, as três escolas já se posicionavam por algo mais. “Um decreto impedia a expansão das escolas federais, porém, rompemos com essa obrigação e começamos a instalar polos de rede. Em 2005, um outro decreto foi publicado autorizando, de forma experimental, que as 33 escolas agrotécnicas ofertassem cursos superiores, coisa que era proibida até então. Apenas 11 escolas aceitaram o desafio, já que o documento não previa recursos orçamentários ou humanos para tal. Inconfidentes, Machado e Muzambinho estavam entre elas”. Para o ex-reitor, naquele momento, nascia o embrião do que seria vontade não só das escolas, mas do sul de Minas. “De certa maneira, as escolas não cabiam em si enquanto escolas agrotécnicas”. Ele finalizou seu discurso com uma frase de Fernando Pessoa: “‘Deus quer, o homem sonha e a obra nasce’’. Não era nosso sonho construir uma Reitoria. Nosso sonho era ofertar ensino público, gratuito e de qualidade para toda uma região”.

Odair Cunha, secretário do governo de Minas Gerais, não pôde comparecer devido a compromissos assumidos anteriormente, mas enviou uma carta na qual saudou todos os participantes e que foi lida

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durante a cerimônia. “Ao longo desses nove anos do IFSULDEMINAS, tive a satisfação de estar presente, de acompanhar de perto, desde a criação até a expansão do Instituto, porque sempre acreditei na diferença que este projeto poderia proporcionar aos nossos jovens. Como um grande entusiasta da expansão dos institutos federais, não tenho dúvidas de que o IFSULDEMINAS é um grande exemplo de organização, administração, e claro, qualidade de ensino, não só para Minas Gerais mas para todo o país”, escreveu em um dos trechos.

O coordenador-geral de Planejamento, Orçamento e Gestão da Rede Federal, Paulo Henrique de Azevedo Leão, justificou a ausência da secretária Eline Neves Braga Nascimento. Ele aproveitou a ocasião para demonstrar sua simpatia pelo IFSULDEMINAS e comentou que acredita na educação profissional como o principal caminho para o Brasil. “Lá em Brasília, estamos lutando no meio de tanto coisa, quebrando a cabeça para criar ações que possam melhorar nosso país. É difícil, mas a gente consegue. O IFSULDEMINAS é um exemplo disso; é um instituto que tem destaque nacional. Pelo número de matrículas, percebemos que muita gente quer estudar aqui. No Brasil todo, temos cinco Institutos Federais que se destacam e o Instituto Federal do Sul de Minas é um deles”.

O secretário parabenizou a equipe de trabalho e ainda comentou que o fator humano é um grande diferencial da instituição. “É muito gostoso trabalhar com o pessoal do IFSULDEMINAS”, finalizou.

Ao fazer uso da palavra, o reitor Marcelo Bregagnoli destacou a importância desse momento para o Instituto. Ele agradeceu a presença de todos, a contribuição dos gestores, servidores e demais colaboradores que ajudaram a construir o IFSULDEMINAS e, ainda, o empenho dos envolvidos na organização do evento. Bregagnoli se disse muito contente com as palavras proferidas, principalmente, relacionando a trajetória histórica da instituição com a fala do coordenador-geral de Planejamento, Orçamento e Gestão da Rede Federal, ao dizer que o IFSULDEMINAS é destaque na Rede. “Aqui tem garra, aqui

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tem vontade de fazer mais, de levar mais educação, de contribuir com os arranjos produtivos locais. Uma instituição só sobrevive, olhando para trás, para sua história. O nosso Instituto trabalha em função de indicadores; todos são comprometidos com o trabalho. Somos destaque em uma pesquisa feita sobre permanência e êxito dos estudantes com todos os institutos da Rede Federal. Temos mais de 30 câmaras de colegiado. A proposta dos nossos cursos são trabalhadas na base”, comentou Bregagnoli.

Depoimentos Carlos Laraia, reitor da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), elogiou a estrutura da Reitoria do IFSULDEMINAS. Ele acompanhou parte da história da instituição, mas ainda não conhecia a sede, em Pouso Alegre. “Quero parabenizar toda a equipe do IFSULDEMINAS e principalmente, o reitor Marcelo Bregagnoli. Nós, da Univás, vemos o Instituto como um grande parceiro. A preocupação com o meio ambiente e sustentabilidade serve de exemplo para outras instituições”, disse.

O ex-superintendente de Patrimônio da União, Rogério Veiga Aranha, comentou a satisfação de fazer parte da história do IFSULDEMINAS. Ele foi responsável pela doação do terreno onde foi construída a Reitoria e pela negociação de outras áreas doadas aos campi. “É uma alegria que vou levar para a vida toda, contribuir com uma instituição

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que saltou de 4 mil para 41 mil alunos é um privilégio muito grande, um verdadeiro presente. “Eu não conhecia a sede da Reitoria do Instituto Federal do Sul de Minas, na verdade, quando estamos lá em Brasília só temos ideia de números. Cada vez que visito uma instituição, fico surpreso com o que vejo, mas o IFSULDEMINAS conseguiu me surpreender ainda mais. É uma instituição que está muito à frente pela preocupação com o meio ambiente, com a sustentabilidade, com sistema de captação de água da chuva e geração de energia solar. Essa é uma necessidade dos tempos atuais. O reitor Marcelo está de parabéns, pois construiu uma estrutura fantástica com recurso reduzido e com um custo excelente. Volto com uma impressão muito positiva”, comentou Fábio Pereira Ribeiro, coordenador-geral de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e membro do Conselho Superior do IFSULDEMINAS.

O coordenador-geral de Planejamento, Orçamento e Gestão da Rede Federal, Paulo Henrique de Azevedo Leão, destacou o pioneirismo do IFSULDEMINAS ao fazer a licitação das placas fotovoltaicas por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). “Essa ação serviu de modelo para outras instituições, abriu caminhos para que pudessem aderir ao IF Solar. Esse projeto está tendo repercussão nacional e é de grande importância para o Brasil todo. Temos unidades do norte, do sul e de todo país usando essa licitação do IFSULDEMINAS. Capítulo IV

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Não posso deixar de mencionar também a participação na chamada da ANEEL com a captação de recursos para implantação do projeto IF Solares, que é uma continuação do IF Solar”.

Equipe de Gestão do IFSULDEMINAS em 6/7/2017

Fonte: Disponível em: < https://portal.ifsuldeminas.edu.br/index.php/ultimas-noticias-ifsuldeminas/115-teste-noticias-gerais/1399-entrega-da-reitoria>.

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Principais atores que ofertam os mesmos produtos e serviços Quanto à oferta de produtos e serviços ligados ao mesmo contexto do IFSULDEMINAS, pode-se dividir os atores em três grupos: – Universidades Federais – Sistema S – Instituições Particulares No quadro abaixo estão detalhadas as principais instituições, destacando-se os municípios onde atuam e o tipo de serviço que ofertam.

Instituições que ofertam os mesmos produtos e serviços que o IFSULDEMINAS

INSTITUIÇÃO

CIDADE DE LOCALIZAÇÃO

ATIVIDADE DE ATUAÇÃO

Universidade do Vale do Sapucaí (Univas)

Pouso Alegre

Cursos Superiores

Faculdade de Direito do Sul de Minas (FDSM)

Pouso Alegre

Cursos Superiores

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC)

Alfenas / Guaxupé / Itajubá / Poços de Caldas / Pouso Alegre / São Lourenço / Três Corações / Varginha

Cursos Técnicos

Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG)

Passos / Campanha

Cursos Superiores

Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS)

Pouso Alegre / Três Pontas / Varginha

Cursos Superiores

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

Nepomuceno / Varginha

Cursos Superiores e Técnicos

Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL)

Alfenas / Poços de Caldas / Varginha

Cursos Superiores

União das Instituições de Serviços, Ensino e Pesquisa (Unisepe)

Ouro Fino / Pouso Alegre / São Lourenço

Cursos Superiores

Libertas Faculdades Integradas

São Sebastião do Paraíso

Cursos Superiores Continua

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124 Continuação

INSTITUIÇÃO

CIDADE DE LOCALIZAÇÃO

ATIVIDADE DE ATUAÇÃO

Universidade do Vale do Rio Verde (Unincor)

Caxambu / Três Corações

Cursos Superiores e Técnicos

Faculdade Calafiori

São Sebastião do Paraíso

Cursos Superiores

Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Lavras

Cursos Superiores

Centro Universitário de Lavras (Unilavras)

Lavras

Cursos Superiores

Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Itajubá

Cursos Superiores

Centro Universitário de Itajubá (Fepi)

Itajubá

Cursos Superiores

Centro Universitário da Fundação Educacional de Guaxupé (Unifeg)

Guaxupé

Cursos Superiores

Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas)

Alfenas

Cursos Superiores

Faculdade Pitágoras de Poços de Caldas

Poços de Caldas

Cursos Superiores

Pontifícia Universidade Católica (PUC)

Poços de Caldas

Cursos Superiores

Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel)

Santa Rita do Sapucaí

Cursos Superiores

Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação (FAI)

Santa Rita do Sapucaí

Cursos Superiores

Fundação Machadense de Ensino Superior e Comunicação (FUMESC)

Machado

Cursos Superiores

Centro Superior de Ensino e Pesquisa de Machado (CESEP)

Machado

Cursos Superiores

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)

Extrema / Itajubá / Passos / Poços de Caldas / Pouso Alegre / Varginha

Cursos Técnicos

Fonte: Site das instituições mencionadas.

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4.7 Galeria dos Reitores do IFSULDEMINAS no período de 2009 a maio de 2018

4.8 Galeria do Reitor pro tempore e Pró – Reitores período 8/01/2009 a 13/07/2010

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4.9 Galeria do Reitor e dos Prรณ Reitores na Gestรฃo 2010 a 2014

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4.10 Galeria do Reitor e dos Pró Reitores na Gestão 2014 a 2018

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Galeria dos Ex – Diretores e Diretor-Geral atual do Campus Machado

Da esquerda para a direita: João Vieira, filho do prefeito João Vieira; Marco Aurélio Maia; João Virgílio Maranesi Caixeta; Marcos Eustachio Filho; Rêmulo Paulino da Costa; atual diretor-geral, Carlos Henrique Rodrigues Reinato; Renato Ferreira de Oliveira; Walner José Mendes; José Antônio Macedo; Euclides Souza Dias com informações de Diego de Souza e Silva (Campus Machado).

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Galeria dos Ex – Diretores Gerais do Campus Inconfidentes

Da esquerda para a direita, José Venícius de Sousa, Claudino Ortigara, Paulo Roberto Ceccon, Ademir José Pereira, Gabriel Vilas Boas e o diretor Miguel Angel Isaac Toledo del Pino – 2016 Fonte: Arquivo do Campus Inconfidentes

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CAPÍTULO V A CRIAÇÃO DOS NOVOS CAMPI NO IFSULDEMINAS Com a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica no Brasil, novos campi foram criados pelo país e, no sul de Minas, não foi diferente.

A escolha das cidades onde foram implantadas novas unidades de Institutos Federais considerou três dimensões estabelecidas pelo governo federal para a expansão da rede: a dimensão social, geográfica e desenvolvimento. Em linhas gerais, a dimensão social visava a universalização de atendimento aos territórios; a dimensão geográfica objetivava a interiorização da oferta pública de educação profissional e o atendimento aos municípios não atendidos por escolas federais; e a dimensão de desenvolvimento visava atender municípios que possuíam arranjos produtivos já identificados.

Essa escolha também se pautou nas decisões de gestores dos institutos federais e gestores pertencentes a prefeituras municipais, além de contar com a influência de políticos de cargos eletivos como deputados. No caso da escolha de cidades para implantação de novas unidades do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, houve principalmente a atuação, entre outros, de atores que ocupavam as funções de confiança de reitor, pró-reitores, diretores e coordenadores. Todos esses vinculados à esfera federal, já que faziam parte da hierarquia administrativa do Instituto Federal. Houve também a participação, na esfera municipal, de prefeito, secretários e coordenadores setoriais, sendo que a função ocupada pelo primeiro é eletiva e as outras duas funções são indicações do próprio prefeito eleito, podendo seus ocupantes ser servidores, ou não, de carreira do município.

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Posteriormente, novas unidades foram criadas nas cidades mineiras de Passos, Poços de Caldas e Pouso Alegre. Mais recentemente, foram inaugurados os campi avançados nas cidades de Carmo de Minas e Três Corações.

5.1 Campus Pouso Alegre

A implantação oficial do Campus Pouso Alegre/MG ocorreu em 10 de julho de 2010, como parte do Plano de Expansão III, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETE/MEC, que visa ampliar as unidades de educação profissional gratuitas.

Inauguração solene do Campus Pouso Alegre em 18 de junho de 2014, em Brasília

Fonte: Arquivo do Campus Pouso Alegre

O primeiro curso oferecido foi o de Técnico em Agricultura, utilizando as estruturas da Escola Municipal Professora Maria Barbosa, como extensão do Campus de Inconfidentes.

Em 2011, tiveram início os cursos de Técnico em Edificações, na modalidade Proeja, e Técnico em Administração, na modalidade subsequente, em parceria com a Prefeitura Municipal de Pouso Alegre.

Em 2012, o Campus Pouso Alegre passou a oferecer também os cursos de Técnicos em Química e Edificações, na modalidade subse-

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quente, e de Informática, nas modalidades concomitante e subsequente. E em 2013 foi incorporado o curso de Técnico em Segurança do Trabalho e o Técnico em Informática passou a ser oferecido também na modalidade Integrado.

Em 2018, o Campus Pouso Alegre oferece, além dos quatro cursos técnicos na modalidade subsequente, Administração, Edificações, Segurança do Trabalho e Química, os cursos de graduação em Engenharia Civil, Engenharia Química e as licenciaturas em Química e Matemática. E pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho e Educação em Matemática.

Na modalidade de curso técnico integrado ao ensino médio são ofertados os cursos de Administração e Informática. Há ainda o Pronatec e EaD (Ensino à Distância).

5.2 Campus Poços de Caldas

O IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas tem como marco inicial a expansão da Rede de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Dessa maneira, emerge a partir de um polo de Rede Via, Termo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de ações conjuntas entre o IFSULDEMINAS – Campus Machado e o município de Poços de Caldas, com a interveniência da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento

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e Ensino de Machado (FADEMA) para oferta de cursos técnicos, tendo como alvo a comunidade de Poços de Caldas e região.

Entretanto, tudo começou em 2008 quando teve início o Centro Tecnológico de Poços de Caldas, como unidade de ensino vinculada à Secretaria Municipal de Educação, para oferta de cursos técnicos na modalidade “pós-médio” (ou seja, para aqueles estudantes que concluíram o ensino médio), oferecendo de imediato os cursos de “Técnico em Meio Ambiente” e “Eletrotécnica – Automação Industrial”.

A execução pedagógica dos cursos, tanto na parte docente quanto na parte da administração, foi efetuada ao longo dos anos 2008 e 2009 pelo CEFET MG – Centro Federal de Educação Tecnológica Minas Gerais, com um termo de cooperação técnica e a contratação de serviços educacionais com a Fundação CEFET MG, interveniente daquela instituição.

Ao final de 2009, visando uma redução nos custos para manutenção do Centro Tecnológico e, ao mesmo tempo, garantir a ampliação da oferta de cursos, além de dar maior legitimidade à Educação Tecnológica no município e, principalmente, tendo como meta a federalização definitiva dessa unidade de ensino, foram iniciadas conversações com a Reitoria do IFSULDEMINAS, com sede em Pouso Alegre.

Campus Poços de Caldas

Fonte: Arquivo do Campus Poços de Caldas

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Portanto, tinha-se a compreensão de que a nova parceria com o IFSULDEMINAS seria mais promissora, sobretudo, por estar em consonância com as diretrizes pedagógicas e políticas educacionais do Ministério da Educação, dentro de um plano de expansão da educação tecnológica no país, com unidades federais.

Para o ano letivo de 2010 e que também teve continuidade em 2011, foram firmados um novo termo de cooperação técnica. Desta vez, entre a prefeitura municipal e a Secretaria Municipal de Educação com o IFSULDEMINAS, por intermédio do Campus Machado, e um contrato de prestação de serviços educacionais, via Fundação de Apoio ao Desenvolvimento de Ensino de Machado, como forma de transição até que o Centro Tecnológico de Poços de Caldas viesse a ser incorporado, definitivamente, como um Campus Avançado do IFSULDEMINAS – Campus Machado, caminho para viabilização da federalização da unidade.

Assim, no dia 27 de dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ato solene no Palácio do Planalto, em Brasília, inaugurou oficialmente o Campus Avançado de Poços de Caldas. O primeiro processo seletivo aconteceu em outubro de 2010 para ingresso no primeiro semestre de 2011. Em 2011, o Avançado foi elevado à condição de Campus se tornando autônomo, mas administrativamente ainda dependente da Reitoria. Contudo, em janeiro de 2012 é nomeado o primeiro diretor-geral pro tempore da Instituição, o professor Josué Lopes.

Inauguração do Campus Avançado de Poços de Caldas 27 de dezembro de 2010

Fonte: Arquivo da Reitoria do IFSULDEMINAS

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A solenidade ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Fernando Haddad. Foram convidados para a inauguração além do reitor Sérgio Pedini, o prefeito de Poços de Caldas, Paulo César Silva, o futuro diretor-geral pro tempore do campus, o professor Josué Lopes.

Participaram do evento o deputado Geraldo Thadeu (autor de uma emenda parlamentar que contribuiu com a reforma da unidade) e o professor Gerson Pereira Filho, secretário-adjunto da Educação do município.

A criação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica marcou a História da Educação no Brasil com a união de 31 Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFET), 75 Unidades Descentralizadas de Ensino (Uneds), 39 Escolas Agrotécnicas, 7 Escolas Técnicas Federais e 8 escolas vinculadas às universidades.

5.3 Campus Passos

O Campus Passos, no ano de 2010, passou a integrar a Rede Federal como polo, após o convênio entre a Prefeitura de Passos e o IFSULDEMINAS – Muzambinho. O primeiro processo seletivo ocorreu em 26 de junho e as aulas tiveram início em 2 de agosto do mesmo ano.

Inauguração do Campus Avançado de Poços de Caldas 27 de dezembro de 2010

Fonte: Arquivo da Reitoria do IFSULDEMINAS

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

137

A unidade deu início ao processo para se transformar definitivamente em Campus em 2011, quando foram nomeados os primeiros docentes efetivos. No mesmo ano, foi realizada a 1ª audiência pública para verificar a demanda de cursos a serem ofertados pela Instituição.

A aquisição de um terreno de 10.000 m² garantiu a implantação definitiva do Instituto Federal no município, o funcionamento do prédio administrativo e a construção de um refeitório no campus.

Os cursos criados a partir de audiência pública, Técnico em Informática, Enfermagem, Vestuário e Comunicação Visual, tiveram seu primeiro processo seletivo em 2012. A partir do 2º semestre, a instituição começou a oferecer também os cursos Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. Em meados de julho, o Campus Passos obteve a portaria de funcionamento publicada pelo MEC, no Diário Oficial da União.

Campus Passos

Fonte: Arquivo do autor

Receberam a placa de inauguração do campus, marcando oficialmente em 5 de dezembro de 2012, o início das atividades do Campus Passos, o reitor do IFSULDEMINAS na época, Sérgio Pedini, e o então diretor-geral, Juvêncio Geraldo de Moura.

Em 2013, o campus recebeu a primeira turma do curso Técnico em Informática integrado ao ensino médio. A instituição passou a con-

Capítulo V

138

Paulo Roberto Ceccon

tar com um prédio próprio para a biblioteca, área ampla para a leitura, sala para estudos em grupo, computadores com acesso à internet e periódicos. O IFSULDEMINAS investiu em novos laboratórios e equipou os existentes. Ampliou sua frota, com uma van e um ônibus para dar suporte às viagens técnicas de estudantes e docentes.

O Campus Passos recebeu no dia 26 de novembro de 2013, o prêmio “Sucesso Empresarial”, organizado pela Fesp (Fundação de Ensino Superior de Passos), Folha da Manhã e ACIP (Associação Comercial e Industrial de Passos), em reconhecimento por sua seriedade e atuação na categoria ensino técnico.

Em 2018, o corpo docente do Campus Passos tem em sua composição, mais 70% de profissionais com qualificação em nível de mestrado e doutorado.

Campus Passos

5.4 Campus Avançado de Três Corações O Campus Avançado Três Corações faz parte do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas. Inicialmente vinculado ao Campus Pouso Alegre, fazia parte de um projeto de extensão denominado “Polo Circuito das Águas”, que atendia aos municípios de Cambuquira, Caxambu, Itanhandu, São Lourenço e Carmo de Minas.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

139

Em 13 de dezembro de 2013, passou à denominação de Campus Avançado. A unidade ganhou sede própria com a aquisição do imóvel ocupado pelo antigo Colégio de Aplicação da Unincor pelo Instituto Federal. A implantação desta unidade foi realizada com apoio e parceria da Prefeitura Municipal de Três Corações.

Quando ainda era Polo Circuito das Águas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais oferecia cursos técnicos presenciais em Mecânica, Logística e Enfermagem. A oferta dos cursos técnicos dentro dos eixos tecnológicos “Controle e Processos Industriais”, “Gestão e Negócios”, “Informação e Comunicação” e “Segurança”, mostrou-se oportuna e significativa para possibilitar a atuação junto aos segmentos industriais, comerciais e de serviços.

Outro eixo tecnológico que atendeu às solicitações da comunidade tricordiana foi o eixo “Ambiente e Saúde”, que responde às exigências geradas pelo perfil demográfico, epidemiológico e sanitário da região.

Campus Avançado de Três Corações

A partir de 2013, passou a ofertar também os cursos técnicos em Informática e Segurança do Trabalho. Atualmente, o campus oferece os cursos técnicos subsequentes nas áreas de Enfermagem, Informática, Logística, Mecânica, Segurança do Trabalho, Administração e Comércio. Em 2015, abriu turmas para os técnicos integrados ao ensino

Capítulo V

140

Paulo Roberto Ceccon

médio, inicialmente, nas áreas de Administração e de Informática e, posteriormente, na área de Mecânica. Ainda em 2015, abriu o MBA em Gestão Estratégica de Negócios e um Pós-Técnico em Urgência e Emergência. Em 2016, passou a oferecer mais uma pós-graduação em Ensino de Ciências Naturais e de Matemática.

A adesão aos cursos do IFSULDEMINAS no município de Três Corações foi comprovada pela alta concorrência no vestibular, com média inicial de seis candidatos/vaga. Tais números comprovam a demanda da região pela oferta de um ensino público, gratuito e de qualidade.

O apoio da prefeitura municipal, por meio de suas secretarias, principalmente de Educação e Desenvolvimento Econômico, viabilizou a implantação do campus no município. Inicialmente, foi celebrado, entre o IFSULDEMINAS e o município de Três Corações, um termo de cooperação técnica. Além da prefeitura, o Campus Avançado Três Corações contou com importantes parceiras empresariais que, entre outros aspectos, possibilitaram ofertas de estágio aos estudantes.

Atualmente, a sede do Campus Avançado Três Corações é equipada com laboratórios de Informática, Enfermagem e Mecânica. Além de melhorias na infraestrutura, como a constituição da biblioteca, o Instituto Federal do Sul de Minas investe na acessibilidade do Campus Avançado Três Corações, por meio da adequação de sua infraestrutura física e curricular, como a inclusão da disciplina da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a implementação de conteúdos que abordem políticas inclusivas em suas matrizes curriculares.

A Portaria n.º 505, de 10 de junho de 2014, altera a Portaria n.º 331 que dispõe sobre os campi que integram a estrutura organizacional dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e passa a considerar como integrante o IFSULDEMINAS – Campus Avançado Três Corações.

No dia 17 de maio de 2017, representantes do Instituto Federal do sul de Minas (IFSULDEMINAS) e da Prefeitura de Três Corações se reuniram; para assinatura do termo de posse da doação da antiga fá-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

141

brica de calçados Atalaia, que passa a pertencer ao Campus Avançado Três Corações. A solenidade foi realizada no antigo prédio da fábrica, onde compareceram o reitor, professor Marcelo Bregagnoli, o diretor-geral do Campus Avançado Três Corações, Francisco Vitor de Paula, e o prefeito da cidade, Cláudio Pereira. O documento de doação foi assinado pelos três.

Assinatura do Termo de doação do Terreno da antiga fábrica da Atalaia

Da esquerda para direita: Reitor do IFSULDEMINAS, Marcelo Bregagnoli; prefeito de Três Corações, Cláudio Pereira e o Diretor-Geral pro tempore do Campus Avançado de Três Corações, Francisco Vitor de Paula.

Fonte: Arquivo do Campus Avançado de Três Corações

Com uma área de 7.501,25 metros quadrados, o terreno comprado pela prefeitura e doado ao IFSULDEMINAS passará a ser uma das unidades do Campus Avançado Três Corações Em 2018, quando ainda estava escrevendo este livro, as obras de reforma do prédio da Atalaia cuja a estimativa de investimento girava em torno de R$ 5.000.000,00, já estavam tendo início e era composta por: • Obra de reforma da antiga fábrica da Atalaia Calçados para complexo esportivo, social e pedagógico institucional. Consiste na transformação desta antiga unidade em ginásio poliesportivo, auditório para eventos da comunidade escolar do Campus Avançado e em ambientes a serem utilizados como secretaria, setores administrativos e almoxarifado, um gran-

Capítulo V

142

Paulo Roberto Ceccon

de laboratório de mecânica (usinagem, metalografia, ensaios mecânicos, metrologia, soldagem, hidráulica e pneumática) com implantação de estrutura necessária ao funcionamento dos equipamentos destinados ao uso da prática laboral, mas mantendo as características de volume com as transformações necessárias.

• Reforma total nas redes hidrossanitárias, instalações elétricas, pinturas, adequação de pátios, telhados e iluminação; demolições; reparos em todas as esquadrias; instalação de redes hidrossanitárias e pluvial, implantação de sistema de reuso de águas de chuva, instalação de forros e divisórias, confecção de alvenarias, pisos e bancadas, execução de pinturas em madeira, em alvenaria e estruturas metálicas. Valor contratado da primeira fase da obra foi de R$ 2.102.520,91.

De acordo com o diretor-geral do campus, Francisco Vitor de Paula, “a aquisição do imóvel é um marco histórico, pois vai possibilitar a criação de um espaço adequado para desenvolvimento de atividades esportivas e culturais aos nossos alunos. Com relação ao aspecto pedagógico, será construído um complexo de laboratórios com ênfase no curso de Técnico em Mecânica. Ampliaremos o número de salas de aulas, além de restaurante estudantil e áreas de convivência para a comunidade escolar”, explicou o professor.

Inauguração do Campus Avançado de Três Corações – 2016

Fonte: Arquivo do IFSULDEMINAS

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

143

O ato de descerramento da placa contou com a presença do reitor da instituição, Marcelo Bregagnoli; do diretor-geral do Campus Avançado Três Corações, Francisco Vitor de Paula; do prefeito, Cláudio Cosme Pereira de Souza e da representante da Câmara, a vereadora Regina Célia Valadão Moysés. Também prestigiaram a cerimônia os pró-reitores do IFSULDEMINAS, José Luiz Andrade Pereira (Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação); José Mauro Costa Monteiro (Desenvolvimento Institucional); Honório José de Morais (Administração); os diretores-gerais, João Olympio de Araújo Neto (Campus Avançado Carmo de Minas) e Marcelo Botazzini (Campus Pouso Alegre); o diretor de Desenvolvimento Institucional, Paulo Roberto Ceccon; além dos servidores da Reitoria e dos campi avançados de Três Corações e Carmo de Minas

5.5 Campus Avançado de Carmo de Minas O Campus Avançado Carmo de Minas passou a existir em 13 de dezembro de 2013, com o anúncio de sua instalação em entrevista coletiva à imprensa, realizada na cidade de Três Corações. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) adquiriu um antigo prédio da União, onde funcionou, na década de 1970, a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (Funabem).

O imóvel compreende um terreno cuja área é maior que 10,5 hectares. Com o apoio e parceria da prefeitura municipal, foi reformada uma ala da construção, com oito salas de aula e o bloco administrativo. A oferta de cursos foi iniciada em março de 2014. São oferecidos atualmente, cursos técnicos na modalidade subsequente, destinados a quem já completou o ensino médio.

Na região do Circuito das Águas, o IFSULDEMINAS também possui polos nas cidades de Caxambu, Cambuquira, Itanhandu e São Lou-

Capítulo V

144

Paulo Roberto Ceccon

renço. Tem-se ainda os polos de rede que funcionam em parceria com prefeituras, ofertando cursos nos municípios em que o Instituto Federal não tem sede própria.

Cerimônia de entrega do Campus Avançado Carmo de Minas

Fonte: Arquivo do IFSULDEMINAS

Participaram do ato o reitor do IFSULDEMINAS, Marcelo Bregagnoli; o diretor-geral do Campus Avançado Carmo de Minas, João Olympio de Araújo Neto; o prefeito de Carmo de Minas, Guy Junqueira Vilela; e a vereadora Dalva Maria Carneiro Baracat, representando a Câmara Municipal.

Também prestigiaram a solenidade o pró-reitor de Ensino, Carlos Alberto Machado Carvalho; o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, José Luiz Rezende Pereira; o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional, José Mauro Costa Monteiro; o diretor-geral do Campus Avançado Três Corações, Francisco Vitor de Paula; o vice-prefeito de Carmo de Minas, Gabriel Bié, além da comunidade acadêmica da Reitoria e campus.

“Estamos diante do início de um sonho para muitos carmenses”, disse o prefeito. Em seu pronunciamento, Guy lembrou a perda da faculdade do município e falou sobre a importância do Instituto Federal do Sul de Minas que trouxe novas expectativas aos cidadãos. “Voltamos a ver nossos sonhos se realizarem. Vamos avançar no tempo e

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

145

projetar o que será Carmo de Minas nos próximos anos: seremos uma cidade com cursos profissionais diversos. Nosso comércio crescerá. A indústria poderá ter seu lugar e, como consequência, toda a cidade se desenvolverá”.

O diretor do campus, João Olympio de Araújo Neto, agradeceu aos presentes e fez questão de mencionar a atuação do antigo reitor, professor Sérgio Pedini, lembrando que o projeto inicial era de que o campus fosse implantado na cidade de São Lourenço, mas não por acaso a escolha definitiva foi Carmo de Minas. “O campus não dará certo, já deu! Hoje temos cerca de 200 alunos e nosso objetivo é aumentar esse número em 50% nos próximos anos. Isso graças à equipe exemplar que temos. Gostaria que a garra desses 13 professores e oito técnicos administrativos estivessem em outras unidades públicas”. Ele ainda lembrou que o campus já é reconhecido, não somente em Carmo de Minas, mas em toda a região. “É interessante como a educação se parece com uma planta. As raízes normalmente são amargas, mas os frutos são saborosos e doces”.

Com essa observação, o reitor Marcelo Bregagnoli abriu seu discurso falando sobre as dificuldades iniciais do campus. Ele relembrou todo o processo e desafios assumidos pela gestão. “Muitos acham que queremos nos tornar uma universidade, mas esse não é o nosso caminho.

Nós somos um instituto federal e creio que são os institutos que farão diferença nesse país. Fazemos parte da proposta de interiorização e verticalização do ensino, com a oferta de ensino médio integrado, técnico subsequente, graduação e pós-graduação. Nós temos como compromisso promover a diferença em Carmo de Minas e região e tenho certeza que já estamos fazendo isso”. Ao finalizar sua fala, ressaltou a importância das parcerias e do trabalho em equipe para o sucesso da instituição.

Capítulo V

146

Paulo Roberto Ceccon

Campus Avançado de Carmo de Minas – 2017

Fonte: Arquivo do Campus

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

147

CAPÍTULO VI DADOS DA EXPANSÃO NESTE PERÍODO – 2009 A 2017 O aumento na oferta de cursos e número de alunos expandiu o Instituto Federal na região. O IFSULDEMINAS possui sede própria em oito cidades. No ano de 2014, havia cerca de 600 funcionários e mais de 20 mil estudantes. Atualmente, 2017 a instituição começa a consolidar sua expansão, ampliando sua área de atuação para o interior de São Paulo35, via programa MedioTec36, tendo já se consolidado como uma instituição reconhecida no sul de Minas. Cerca de 39 mil estudantes estão matriculados em pouco mais de 160 cursos de diversos níveis e modalidades, nos oito Campi, que saltou de quatro mil em 2008, para o número atual.

No que se refere à oferta de cursos e modalidades tem-se como nortEaDores os princípios da transversalidade e verticalização para o desenho curricular do IFSULDEMINAS (IFSULDEMINAS, 2013). O eixo tecnológico passou a ser a linha de frente que sustentou a organização curricular e identidade dos cursos, acolhendo uma diversidade de técnicas, sem restringir suas aplicações (IFSULDEMINAS, 2013).

Foram adotadas posturas metodológicas com projetos transversais e multidisciplinares considerando o espírito crítico da decoreba de conteúdo, incorporando atividades práticas e estágios. Teve o IFSULDEMINAS como meta à expansão da modalidade de ensino à distância, promovendo parcerias com prefeituras de municípios que abrangem este instituto.

35 O IFSULDEMINAS começou a expandir seu raio de atuação para o estado de São Paulo devido a demanda não atendida pelo IF São Paulo, sendo assim o MEC fez um pedido ao IFSULDEMINAS que entrasse no estado ofertando cursos do Médio Tec. 36 MedioTec constitui-se numa ação de aprimoramento da oferta de cursos técnicos concomitantes para o aluno regularmente matriculado no ensino médio regular nas redes públicas estaduais e distrital de educação, como uma proposta de fortalecimento de uma formação profissional com produção pedagógica específica para o público atendido e em parceria com os setores produtivos, econômicos e sociais.

Capítulo VI

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148

Tornou-se imprescindível o reconhecimento de que é necessária uma didática que promova a reflexão, a crítica e a transposição de conteúdo, independentemente do distanciamento físico entre professores e alunos, afirma que com a didática é possível haver “um entendimento crítico da realidade através do estudo das matérias escolares […]”

(LIBÂNEO, 1994, p.35). Dessa forma, os alunos podem expressar de forma organizada os conhecimentos que satisfazem aos interesses prioritários da sociedade e, com isso, engajar-se ativamente nas lutas sociais, defendendo seus ideais de acordo com sua realidade.

• Educação à distância

Acredita-se que a expansão do ensino à distância ocorreu, no final da Primeira Guerra Mundial, pela crescente demanda social por educação, destacando-se nessa época a União Soviética e a França que utilizavam os serviços de correios e dos meios de transporte. Após o advento do rádio, a América Latina também passou a utilizar o ensino à distância (Almeida, 2005).

Foi nas décadas de 1960 e 1970 que a educação à distância passou a utilizar a tecnologia mais moderna como televisores, videocassetes, computadores, bem com multimeios, aplicando textos, sons e imagens ao mesmo tempo.

O desafio imposto pela atualidade consiste em trabalhar o homem de forma integral, tendo em vista possibilitá-lo a atender os requisitos exigidos pelo mercado e atuarem como cidadãos de um mundo globalizado, pois o conhecimento, como valor universal e direito de todos, precisa ser utilizado em todas as esferas da vida cotidiana, não devendo estar meramente restrito a uma preparação para o trabalho.

Oliveira (2006) destaca que a educação à distância é fruto da globalização, encurtà distâncias e pode contribuir para a constituição de força de trabalho, de aprendizagem e principalmente de solidariedade, sendo assim, primordial, o uso da metodologia da didática.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

149

A EaD virtual deve contribuir para ampliar com qualidade e quantidade as oportunidades educacionais e a construção do conhecimento. É, portanto, fundamental para o professor explorar todas as possibilidades didáticas e metodológicas.

[…] a EaD não dispensa o professor, embora agregue a seu perfil outras exigências cruciais, como saber lidar com materiais didáticos produzidos com meios eletrônicos, trabalhar em ambientes diferentes daqueles formais da escola ou da universidade, acompanhar ritmos pessoais, conviver com sistemáticas diversificadas de avaliação (DEMO, 1998, p. 200).

Há um enorme potencial contributivo, tanto da EaD para a educação presencial, quanto da experiência didática presencial para a EaD. Longe de se enfraquecerem podem se ajudar, se complementar, oferecendo opções para quem deseja estudar virtual e/ou presencialmente.

Um olhar lançado sobre os itinerários teórico-metodológicos de sucesso da EaD virtual aponta que o ensino à distância, via web, não corresponde simplesmente à iniciativa de cadastrar conteúdo em uma ferramenta tecnológica digital e distribuí-lo para as centenas, quem sabe milhares de pessoas necessitadas de conhecimento.

Segundo (BELLONI, 2008, p. 3): A educação aberta e à distância aparece cada vez mais, no contexto das sociedades contemporâneas, como uma modalidade de educação extremamente adequada e desejável para atender às novas demandas educacionais decorrentes das mudanças na nova ordem econômica mundial.

Acredita-se que para ser professor não basta apenas ter um conhecimento aprofundado na área que leciona, dominando uma disciplina em sua parte teórica, apenas passando o que toda a literatura diz. É imprescindível nos cursos à distância um avançado envolvimento Capítulo VI

150

Paulo Roberto Ceccon

e comprometimento acadêmico dos alunos quando comparados aos cursos presenciais.

Pois, a quantidade e variedade de material a ser consultado e estudado é bem maior, bem como as atividades a serem realizadas, sobretudo, os momentos de interação que são bem típicos da educação à distância.

6.1 O acesso – o que dizem os dados em relação ao aumento do número de vagas?

Formas de ingresso para estudar no IFSULDEMINAS

O acesso à educação no Brasil ainda não é uma realidade para a maioria de seus habitantes, principalmente nos níveis técnico e superior. Mas isso vem mudando nos últimos anos. Para exemplificar essa informação, dados do Censo da Educação Superior de 2015 mostram que havia 8.027.297 matrículas em nível superior enquanto que em 2005 esse número era de 4.453.156, um aumento de pouco mais de 80% (Inep, 2006 e 2016).

Com vistas à melhoria do acesso e da qualidade dos níveis técnico e superior, uma das políticas públicas adotadas pelo governo federal foi a criação, em 2008, por meio da Lei 11.892/2008, dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, dentre eles, o IFSULDEMINAS. Dentro desse contexto, o IFSULDEMINAS oferece diversas formas de ingresso em seus cursos: Vestibular, SiSU/MEC, Transferência e Obtenção de Novo Título, Outras formas de ingresso, Intercâmbio – alunos estrangeiros (PROEX). Além disso, é abordada a questão das ações afirmativas para acesso aos cursos técnicos e superiores da instituição.

1- Vestibular O IFSULDEMINAS faz duas seleções por ano para cursos regulares, ou seja, aqueles que são ofertados todo ano, coordenadas pela

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Coordenação-Geral de Ingressos, que pertence à pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional da Reitoria, e pela Comissão Permanente de Processo Seletivo (COPESE), com representantes de todos os campi. O ingresso ocorre no primeiro e segundo semestre de cada ano, sendo que no primeiro semestre todos os campi participam e no segundo semestre, a oferta é restrita a alguns campi e cursos. São publicados editais com as regras da seleção, período de inscrições e data de provas, que são compostas por questões objetivas e redação para todos os cursos.

O vestibular gera acesso aos cursos técnicos e de graduação presenciais. Do total de vagas ofertadas em cada semestre, 70% são providas por meio de vestibular próprio. Esse percentual foi estabelecido por meio de resolução do Conselho Superior, porque a procura pelo vestibular é maior que a procura pelo SiSU. 2 – SiSU/MEC Para ingresso em cursos de graduação presenciais em cada semestre, 30% das vagas são destinadas aos candidatos que se inscrevem pelo Sistema de Seleção Unificado (SiSU), conforme regras do Ministério da Educação (MEC). Esse sistema permite que candidatos utilizem exclusivamente a nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para ingresso na instituição, sendo a inscrição feita diretamente no sítio eletrônico do SiSU/MEC. 3 – Transferência e Obtenção de Novo Título As vagas de transferência e obtenção de novo título são oferecidas para estudantes do IFSULDEMINAS ou de outras instituições de ensino superior, que atendam aos requisitos de compatibilidade curricular e conforme legislação vigente e resoluções do Conselho Superior.

4 – Outras formas de ingresso Há diversas outras formas de acesso aos cursos eventuais oferecidos pelo IFSULDEMINAS, que são cursos em que não há oferta constante, todos os anos, com critérios estabelecidos em editais próprios, conforme demanda.

Capítulo VI

152

Paulo Roberto Ceccon

São os casos dos seguintes cursos: Cursos à distância (EaD), formação inicial e continuada (FIC), pós-graduação (Lato e Stricto Sensu), especialização técnica, Programa de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

5 - Intercâmbio – alunos estrangeiros No IFSULDEMINAS, a Resolução N.º 046/2012, de 13 de novembro de 2012 dispõe sobre o Programa de Mobilidade Acadêmica de Alunos de Graduação e estabelece normas para o reconhecimento de atividades acadêmicas desenvolvidas em instituições nacionais e estrangeiras de ensino superior conveniadas ou não com o IFSULDEMINAS. Os Programas de Mobilidade Acadêmica (PMA) objetivam oferecer aos estudantes regularmente matriculados no IFSULDEMINAS, a possibilidade de cursarem, em outro campus desta Instituição ou em outra Instituição de Ensino Superior – IES, brasileira ou estrangeira, disciplinas pertinentes a seu curso de graduação, bem como realizar estágios, por um período de tempo variável de acordo com o Programa. O PMA envolve também o recebimento pelo IFSULDEMINAS de estudantes de outras IES do Brasil e do exterior.

O IFSULDEMINAS disponibiliza aos estudantes três diferentes modalidades de PMA: I – Intercampi do IFSULDEMINAS; II – Nacional, que contempla as instituições de ensino superior brasileiras; III – Internacional, que contempla instituições de ensino superior estrangeiras.

O aluno de graduação, regularmente matriculado em qualquer curso do IFSULDEMINAS, pode realizar componentes curriculares (disciplina, estágio, trabalho de conclusão de curso ou similar) em instituições estrangeiras de ensino superior com o IFSULDEMINAS, conveniadas ou não , durante o período máximo de dois semestres.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

153

Para participar do intercâmbio, o aluno do IFSULDEMINAS deverá ter integralizado, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos créditos de estudo no IFSULDEMINAS; apresentar coeficiente de rendimento acadêmico (CoRA) acumulado igual ou superior a 60% (sessenta por cento); estar matriculado em disciplinas no período letivo em que solicita sua participação no PMA; apresentar proficiência comprovada no idioma exigido pela IES estrangeira conveniada, quando se tratar de PMA internacional; não apresentar, em seu histórico acadêmico, reprovação por frequência e atender aos requisitos específicos de cada convênio.

O aproveitamento de estudos dos estudantes do IFSULDEMINAS em mobilidade será de no máximo 25% da carga horária total do curso em que está matriculado. A única exceção será o Estudante em Mobilidade, do IFSULDEMINAS, participante de PMA para dupla diplomação de seu curso de graduação. Para este, a carga horária máxima de aproveitamento dos estudos realizados na instituição de ensino superior estrangeira, conveniada, está definida em resolução específica do CEPE. Total de matrículas nos campi e no IFSULDEMINAS em 31/12/2010

INCONFIDENTES

MACHADO

MUZAMBINHO

IFSULDEMINAS

2009

2010

2009

2010

2009

2010

2009

2010

1.183

1.739

2.051

2.205

3.377

5.517

6.611

9.661

Fonte: Relatório de Gestão IFSULDEMINAS de 2010

Relação concluintes/matriculados 2011 a 2016 IFSULDEMINAS ANO

MACHADO

MUZAMBINHO

IFSULDEMINAS

2011

9.193

24.429

37,63

2012

13.189

30.123

43,08 continua

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

154 Continuação

IFSULDEMINAS ANO

MACHADO

MUZAMBINHO

IFSULDEMINAS

2013

8.338

28.922

28,83

2014

11.111

20.802

53,41

2015

8.650

18.345

47,15

2016

2.575

19.279

13,36

Fonte: Relatórios de Gestão do IFSULDEMINAS

De acordo com as informações constantes no relatório de gestão, as relações concluintes x matrículas atendidas em 2014 superou a de 2013, embora esse indicador também tenha sofrido impacto do Ofício Circular n.º 11/2015, da Setec/MEC, que orienta a desconsideração desses dados da rede E-TEC. Entram nesse indicador os alunos que concluíram a parte teórica do curso técnico, mas ainda farão o estágio obrigatório.

O aumento do número de concluintes explica-se pela finalização de ciclos de matrícula nos cursos técnicos integrados e subsequentes, graduações, especializações e cursos FIC (Formação Inicial e Continuada).

Com relação ao indicador Concluintes/Matrículas Atendidas de 2015 o índice foi de 47,15 apresentando uma redução de 11,72% em relação a 2014, quando o indicador era de 53,41 concluintes por matrículas atendidas. Essa retração deu-se devido a menor oferta dos cursos de Formação Inicial e Continuada e redução de 270 vagas nos cursos técnicos como já indicado. No entanto, o IFSULDEMINAS com sua política de abertura, ofertou, em 2015, dezesseis novos cursos em diferentes tipos e níveis, a fim de atender cada vez melhor as demandas regionais.

Já no exercício de 2016, a relação de Concluintes/Matrículas Atendidas apresenta um decréscimo de 71,66% em relação ao ano anterior e à relação histórica (movimentos de greves em anos consecutivos), que acabaram estendendo o período de integralização dos cursos.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

155

Relação Concluintes/Matriculados em %.

Fonte: Autor do texto

Além disso, o registro do SisTec contabiliza a conclusão a partir da data de previsão de finalização do Ciclo de Matrícula de forma enfática, sem considerar quando o aluno não se desvincula do curso e da instituição por diferentes motivos, colaborando, dessa forma para o aumento do índice de não conclusão no período planejado.

Cursos, Matrículas, Matrículas Equivalentes, ressantes, Concluintes, Vagas e Inscritos no IFSULDEMINAS em 2017 UNIDADE DE ENSINO

CURSOS

MATRÍCULAS INGRESSANTES CONCLUINTES

VAGAS

INSCRITOS

Campus Muzambinho

56

21.074

6.052

3.570

6.728

12.929

Campus Inconfidentes

32

3.295

1.533

610

1.572

3.693

Campus Machado

34

3.116

924

458

1.127

3.614

Campus Passos

32

2.857

1.986

332

2.031

5.984

Campus Pousso Alegre

18

2.199

1.376

469

2.415

4.351

Campus Possos de Caldas

24

2.453

1.770

556

2.609

4.882

Centro de Referência de Itanhandu

2

5.556

282

1.320

300

282

Campus avançado de Carmo de Minas

9

2.163

1.904

278

1.925

2.612

Campus avançado de Carmo de Três Corações

22

1.046

745

224

1.105

1.693

TOTAL

229

43.760

16.572

7.817

19.812

40.040

Fonte: Plataforma Nilo Peçanha

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

156

Atendimentos aos percentuais estabelecidos na Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008 pela IFSULDEMINAS. Ano-base 2017 MATRÍCULAS EQUIVALENTES TOTAIS

MATRÍCULAS EQUIVALENTES TÉCNICOS

MATRÍCULAS EQUIVALENTES FORMAÇÃO DE PROFESSORES

MATRÍCULAS EQUIVALENTES PROEJA

18.471

9.342

1.785

252

Fonte: Plataforma Nilo Peçanha

Percentual de cumprimento do estabelecido pela Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, pelo IFSULDEMINAS. Ano-base 2017 CURSOS TÉCNICOS OFERECIDOS

META DE 50%

CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES OFERECIDOS

META DE 10%

META DE 20%

50,6%

CURSOS PROEJA OFERECIDOS

9,7%

1,40%

Fonte: Plataforma Nilo Peanha

Atendimentos aos percentuais estabelecidos na Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008 pela IFSULDEMINAS. Ano-base 2017 MATRÍCULAS EQUIVALENTES TOTAIS

MATRÍCULAS EQUIVALENTES TÉCNICOS

MATRÍCULAS EQUIVALENTES FORMAÇÃO DE PROFESSORES

MATRÍCULAS EQUIVALENTES PROEJA

18.471

9.342

1.785

252

Fonte: Plataforma Nilo Peçanha

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

157

Relação de Inscritos por Vagas no IFSULDEMINAS. Ano-base 2017 INSCRITOS

VAGAS

RELAÇÃO INSCRITOS VAGAS

40.040

19.812

2,02

Fonte: Plataforma Nilo Peanha

Relação candidato Vagas no IFSULDEMINAS de acordo com os cursos.

Ano-base 2017 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL (FIC)

TÉCNICO TECNOLOGIA

0,9

2,3

8,5

LICENCIATURA

BACHARELADO

ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU

MESTRADO PROFISSIONAL

6,5

12,7

1,7

-

Fonte: Plataforma Nilo Peanha

Relação candidato Vagas Rede Federal, Rede Mineira e IFSULDEMINAS RCV – REDE FEDERAL, REDE MINEIRA E IFSULDEMINAS ANO

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Rede Federal

5.77

5.02

5.02

6.31

5.48

5.69

4.01

IFMG

1.93

3.91

3.72

4.13

3.72

5.01

3.65

IFNMG

6.01

4.75

3.05

7.55

5.7

4.91

6.54

IFSUDESTE-MG

5.51

3.58

4.17

4.5

6.88

4.25

4.99

IFTM

4.04

4.14

2.85

6.02

8.22

5.21

5.45

CEFET-MG

6.86

7.03

6.94

7.7

7.60

11.15

5.11

IFSULDEMINAS

2.92

1.67

2.39

2.29

2.68

4.28

2.02

Fonte: Relatório de Gestão IFSULDEMINAS de 2010

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

158

O IFSULDEMINAS apresentou a menor média de Candidatos por Vaga (RCV), tanto em relação à Rede Federal como entre as instituições mineiras. A média histórica foi de 2,60 candidatos por vaga, com valor mínimo de 1,67, em 2012, e máximo de 4,28, no ano de 2016. A variação entre o máximo e o mínimo de candidatos por vaga é de 2,61 pontos.

A RCV do IFSULDEMINAS encontra explicação no quantitativo de oferta de vagas pela instituição. Em 2017, foram 19.812 vagas disponíveis, isto em uma região que cresce em oportunidades educacionais, mediante instituições públicas (UNIFAL, UFLA e UNIFEI) e, sobretudo, privadas, presenciais e à distância. O CEFET, por exemplo, ofertou 6.175 vagas em 2017; o IFMG, 5.693; o IFNMG, 7.729; o IFSUDESTE, 4.025; e o IFTM, 4.536.

A média da Rede Federal, por sua vez, foi de 5,32, com valor mínimo de 4,01, em 2017, e máximo de 6,31, no ano de 2014. O resultado no ano de 2017, 4,01 candidatos por vaga, ficou 1,31 ponto abaixo da média histórica apresentada. Por outro lado, a variação desse índice entre o período de maior e menor procura foi de 2,3 pontos.

Em Minas Gerais a instituição que conheceu maior procura no período apresentado foi o CEFET-MG, seguido pelo IFNMG, com média de 7,48 e 5,50 candidatos por vaga, respectivamente. O primeiro localiza-se em uma região de forte concentração populacional, enquanto o segundo está em uma região historicamente marcada por baixa oferta de oportunidades educacionais.

A queda na RCV, a partir do período de 2016, ocorre na Rede Federal, no IFMG e no CEFET. Nesse mesmo período, o IFTM e o IFSUDESTE tiveram um leve crescimento, contudo, bem abaixo de suas máximas de 2015: 8,22 e 6,88 candidatos por vaga, respectivamente.

Tal queda é um sinal de alerta e requer investigações mais profundas. Há que se evidenciar, por exemplo, os níveis de cursos (FIC, 37

37 Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

159

Técnico, Subsequente, Bacharelados, etc.) e modalidades (presencial, EaD, EJA) responsáveis por essa queda.

Outra perspectiva é observar o comportamento da concorrência das instituições privadas por meio do monitoramento do quantitativo e territorialização da oferta de vagas em distintas regiões. Vale ainda promover pesquisas locais e qualitativas acerca do currículo, sua adequação aos arranjos produtivos regionais e atratividade dos cursos oferecidos.

Não menos importante seria conduzir uma investigação das nossas políticas de divulgação e captação de estudantes por meio de vestibulares. Enfim, múltiplas podem ser as causas e havemos de aprofundá-las.

Eficiência Acadêmica

IFSULDEMINAS em primeiro lugar na série histórica entre os institutos mineiros.

EFICIÊNCIA ACADÊMICA DOS CONCLUINTES (EAC) ESTE INDICADOR MEDE A CAPACIDADE DE RENOVAÇÃO DO QUADRO DISCENTE. EAC = CONCLUINTES X 100 FINALIZADOS CONCLUINTES

FINALIZADOS

Descrição: É o somatório das matrículas que tiveram seu status alterado no SisTec para “concluintes” ou “integralizados em fase escolar” no ano de referência.

Descrição: Estudantes que deixaram a instituição com ou sem êxito.

Consideram-se todas as matrículas que tiveram alteração de status para Concluído, Evadido, Desligado, Transferido Externo ou Reprovado, nos meses de referência do intervalo de análise.

Fonte: SisTec

Fonte: SisTec

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

160

Eficiência Acadêmica no IFSULDEMINAS Ano-base 2017.

O indicador de eficiência acadêmica mede a eficiência em termos dos percentuais de conclusão e da possibilidade que os alunos retidos concluam os cursos.

38

% DE % DE CONCLUSÃO EVASÃO EVASÃO CONCLUSÃO POR CICLO POR CICLO POR POR CICLO CICLO 4.600

47,7%

5.206

Percentual de concluintes, até 31/12/2017, em ciclos com término previsto para 2016 (carência de 1 ano).

51,3%

Percentual de evadidos, até 31/12/2017, em ciclos com término previsto para 2016 (carência de 1 ano).

% DE RETENÇÃO RETENÇÃO POR CICLO POR CICLO 307

3,00%

Percentual de retidos, até 31/12/2017, em ciclos com término previsto para 2016 (carência de 1 ano).

Fonte: Estimativa de População 2017. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

TABELA 4 - EAC – REDE FEDERAL, REDE MINEIRA E IFSULDEMINAS ANO

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Rede Federal

50.70%

53.40%

49.26%

54.40%

45.41%

47.02% 46.90%

IFMG

48.60%

45.80%

51.98%

52.76%

43.02%

49.69% 50.50%

IFNMG

38.40%

58.80%

51.61%

56.82%

56.15%

52.80% 40.60%

IFSUDESTE-MG 53.40%

62.40%

40.41%

62.20%

58.04%

53.63% 45.10%

IFTM

37.60%

31.90%

30.97%

38.06%

37.19%

38.56% 40.30%

CEFET-MG

56.70%

69.30%

62.06%

67.98%

49.10%

50.45% 58.00%

IFSULDEMINAS 77.12%

82.20%

77.51%

86.42%

79.87%

58.66% 47.10%

Fonte: Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS.

O IFSULDEMINAS possui a maior média do indicador de Eficiência Acadêmica de Concluintes (EAC) na série histórica entre 2011 e 2017, 39

38 Termos como este você encontrará explicação no glossário que está final do livro 39 Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

161

com 72,69%, perante 49,58% da Rede Federal e 49,73% de seus pares mineiros. Todavia, a queda da EAC no ano de 2016 e, sobretudo, no ano de 2017, é um sinal de alerta para a Instituição e precisa ser ponderada.

Vale registrar o indicador EAC positivo alcançado pelo IFSULDEMINAS entre os anos de 2011 e 2015, com destaque para o ano de 2014, quando este indicador chegou ao elevado patamar de 86,42%, muito acima, por exemplo, do índice de eficiência acadêmica definido pelo Termo de Acordo e Metas estabelecido entre a Setec/MEC e os Institutos Federais.

A queda em 2016 e 2017 explica-se, em parte, pela intensa política de saneamento do SisTec, promovida pela pró-reitoria de Ensino, sobretudo dos cursos técnicos na modalidade à distância. Assim, houve aumento do número do denominador, o que afetou o índice final de EAC. No ano de 2017, por sua vez, considerando apenas os cursos presenciais, a taxa de conclusão foi de 60,1% (3.213 concluintes); evadidos, 36,6 (1.972 estudantes); retidos, 3,3% (179 estudantes). Assim, observa-se que o indicador EAC presencial, de 62,1%, foi maior que do ano de 2016, superior à taxa de EAC do melhor colocado em 2017, o CEFET, com 58%.

Quando se consideram os cursos na modalidade à distância, por sua vez, sobretudo FIC e Técnicos, a taxa de conclusão cai para 29,5% (1.387 estudantes); a evasão sobe para 67,8% (3.234 estudantes) e a retenção é de 2,7% (128 estudantes). Neste caso, a taxa de EAC é de 30,3%.

A taxa de EAC presencial, do ano de 2017, 62,1%, ainda é menor que a série apresentada entre os anos de 2011 a 2015. Disso resulta a necessidade institucional de resgatar modelos de gestão acadêmica de sucesso e disponíveis no campo de experiência do IFSULDEMINAS. O indicador de EAC à distância, por sua vez, de 30,3%, desafia-nos a repensar nossas práticas de seleção, construção de currículos e gestão acadêmica no âmbito desta modalidade.

Gastos correntes por matrícula40 na Rede Federal de Educação Profissional, Ciência e Tecnologia do Brasil e no IFSULDEMINAS. Ano-base 2017.

40 * Para o cálculo do Gasto Corrente são descontados do Gasto Total os valores de: (1) Inativos/Pensionistas, (2) Investimentos e (3) Inversões Financeiras.

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

162

GASTOS CORRENTES POR MATRÍCULA NA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO BRASIL

R$ 16.058,97

GASTOS CORRENTES POR MATRÍCULA NO IFSULDEMINAS

R$ 12.150,83

Fonte: Plataforma Nilo Peçanha

TOTAL GERAL DA RFEPT – GASTOS CORRENTES POR MATRÍCULA

TOTAL GERAL NO IFSULDEMINAS

Gastos correntes por matrícula

R$ 16.058,97

Gastos correntes por matrícula

R$ 12.150,83

Matrículas equivalentes

R$ 819.434

Matrículas equivalentes

R$ 18.471

Gastos Totais

R$ 15.300.257.667,00

Gastos Totais

R$ 271.549.470,00

Gastos correntes

R$ 13.159.266.317,00

Gastos correntes

R$ 224.442.959,00

Inativos e pensionistas

R$ 1.666.874.988,00

Inativos e pensionistas

R$ 30.760.247,00

Investimentos

R$ 474.116.369,00

Investimentos

R$ 16.346.263,00

Inversões Financeiras

R$ 0,00

Inversões Financeiras

R$ 0,00

Fonte: Relatórios de Gestão do IFSULDEMINAS

GASTO CORRENTE POR ALUNO (GCA) ESTE INDICADOR MEDE O CUSTO MÉDIO DE CADA ALUNO DA INSTITUIÇÃO. GCA= GASTO X 100 MATRÍCULAS EQUIVALENTES GASTO

MATRÍCULAS EQUIVALENTES

Descrição: Gasto total da instituição, deduzindo pessoal inativo e pensionistas, precatórios e gastos com investimentos, ação 20RW - Apoio à Formação Profissional e Tecnológica e ação 8252 Educação Profissional e Tecnológica à distância.

Descrição: Corresponde à matrícula ponderada pelo Fator de Equiparação de Carga Horária, pelo Fator de Esforço de Curso e Fator de Nível de Curso, conforme cálculo estabelecido pela Portaria Setec nº 25, 13 de agosto de 2015, publicada no DOU - Seção nº 1 – Pág. 28 – 28/08/2015)

Fonte: SIAFI

Fonte: SisTec

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

163

GASTOS CORRENTES POR ALUNO – REDE FEDERAL, REDE MINEIRA E IFSULDEMINAS ANO

2011

2012

Rede Federal

R$6.787,83

R$6.686,99

IFMG

R$8.396,57

R$9.132,11 R$10.860,40 R$15.252,30 R$15.219,29 R$16.203,16 R$17.031,22

IFNMG

R$8.997,34

R$8.218,45

R$2.929,35 R$11.163,32 R$14.906,42 R$16.526,61 R$14.720,44

IFSUDESTE-MG R$8.043,63

R$7.009,61

R$8.427,58 R$15.171,41 R$16.815,19 R$ 18.870,30 R$19.739,23

R$5.935,30

R$7.404,19 R$16.967,69 R$21.064,61 R$21.573,93 R$20.025,02

IFTM CEFET-MG

R$6.404,25

2013

2014

2015

2016

2017

R$7.708,11 R$11.338,38 R$15.463,11 R$16.811,30 R$16.058,97

R$10.469,38 R$9.684,36 R$14.475,48 R$13.827,06 R$17.518,40 R$20.670,78 R$20.516,20

IFSULDEMINAS R$3.338,34

R$2.959,33

R$4.114,71

R$7.074,44 R$14.495,76 R$15.653,26 R$ 12.150,83

GCA – REDE FEDERAL, REDE MINEIRA E IFSULDEMINAS ANO

2011

2012

Rede Federal

R$6,787.83

R$6,686.99

IFMG

R$8,396.57

R$9,132.11 R$10,860.40 R$15.252,30 R$15,219.29 R$16,203.16 R$17,031.22

IFNMG

R$8,997.34

R$8,218.45

R$2,929.35 R$11.163,32 R$14,906.42 R$16,526.61 R$14,720.44

IFSUDESTE-MG R$8,043.63

R$7,009.61

R$8,427.58 R$15.171,41 R$16,815.19 R$18,870.30 R$19,739.23

R$5,935.30

R$7,404.19 R$16.967,69 R$21,064.61 R$21,573.93 R$20,025.02

IFTM CEFET-MG

R$6,404.25

2013

2014

2015

2016

2017

R$7,708.11 R$11.338,38 R$15,463.11 R$16,811.30 R$16,058.97

R$10,469.38 R$9,684.36 R$14,475.48 R$13.827,06 R$17,518.40 R$20,670.78 R$20,516.20

IFSULDEMINAS R$3,338.34

R$2,959.33

R$4,114.71

R$7.074,44 R$14,495.76 R$15,653.26 R$12,150.83

O IFSULDEMINAS possui em toda a série histórica, exceto no ano de 2013, o menor Gasto Corrente por Aluno (GCA).

O menor GCA é resultado direto de dois outros indicadores: a taxa de ingressantes por matrícula (RIM) e a Relação Aluno-professor equivalente (RAP). Assim, quanto maior a oferta de vagas e maior a relação de alunos por professor, seja aluno-professor em tempo integral ou aluno-professor bolsista nos programas de EaD institucionais, menor será o GCA. 41

41 Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS.

Capítulo VI

164

Paulo Roberto Ceccon

Pode-se ver nestes indicadores uma medida de eficiência, o que é correto. Todavia, existe aí, de modo latente, um grave risco ao projeto de educação profissional pública, gratuita, de qualidade e inclusiva inaugurada pela Lei 11.892/2008.

Considerando a média histórica, o IFSULDEMINAS apresentou GCA de R$ 8.540,95, perante R$ 11.550,67 da Rede Federal. Entre os demais Institutos Federais e CEFET mineiro, a menor média de GCA é do IFNMG, R$ 11.065,99. A maior média de GCA, no período entre 2011 e 2017, é do CEFET, R$ 15.308,81.

Esses números são absolutos e não consideram a inflação do período. Assim, por exemplo, quando se considera o GCA do IFSULDEMINAS, em 2016, R$ 15.653,26, com o GCA de 2017, R$ 12.150,83, a diferença negativa não é de R$ 3.502,43, e sim essa diferença acrescida da inflação do período.

Foi considerado pelo IPEA apenas a inflação medida pelo IPCA entre 2015, 2016, 2017. Temos 10,67%, 6,29% e 2,95%, respectivamente. (Boletim Focus: https://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/rEaDout/ rEaDout.asp). Assim, considerando o indicador GCA de 2015, teríamos um GCA projetado para 2017 de R$ 17.606,59. (Banco Central do Brasil: https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/corrigirPorIndice.domethod=corrigirPorIndice).

6.2 Permanência e Êxito– Entrada e Saída

A educação é um direito social, garantido pela Constituição Federal - CF de 1988, como dever do Estado e da família, devendo consolidar-se na promoção do pleno desenvolvimento da pessoa, no preparo para o exercício da cidadania e na qualificação para o trabalho.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n.º 9394/96, a educação brasileira é organizada em dois níveis – Educação Básica e Educação Superior e respectivas modalidades e etapas de ensino. A educação profissional e tecnológica está prevista nesta lei

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

165

como modalidade educacional que se integra aos diferentes níveis e etapas de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Os cursos de educação profissional e tecnológica se articulam com a educação básica e com a educação superior e, ainda com as modalidades de educação de jovens e adultos e de educação à distância.

Apenas a lei não é suficiente para a garantia do direito à educação. É necessário promover ações que permitam a garantia desse direito e o êxito escolar, garantindo também o acesso e a permanência do aluno na escola, com qualidade e a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Foi desenvolvido no IFSULDEMINAS um projeto de Evasão, Permanência e Êxito com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento dos alunos na instituição desde o seu ingresso, buscando garantir sua permanência e o êxito em nos estudos. Este projeto apresenta o processo de construção do Plano Estratégico Institucional para garantir o acesso à educação, a permanência e êxito dos estudantes do IFSULDEMINAS, com o objetivo de cumprir com o direito à educação.

As ações foram propostas por meio de uma comissão geral formada na Reitoria e nos campi, partindo de um diagnóstico quantitativo e qualitativo, com estratégias de intervenção apresentadas através de intervenções, ações, metas e indicadores, cronograma, estratégias de monitoramento e avaliação, buscando um processo mais adequado conforme a realidade institucional atual em vista do êxito educacional dos alunos em um ambiente de crescente regulação e inovação.

No IFSULDEMINAS, foi desenvolvido em 2012 um projeto para o estudo da evasão como Auto Diagnóstico Institucional dos motivos e causas da evasão de estudantes nos diferentes níveis na educação presencial e à distância. As ações foram realizadas em todos os campi do IFSULDEMINAS, retomado em 2015, sob a orientação da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação Nota Técnica n.º 282/Setec/MEC, de 9 de julho de 2015.

Capítulo VI

166

Paulo Roberto Ceccon

Ao o projeto Auto Diagnóstico Institucional, realizado em 2012, somou-se um conjunto de questionários e entrevistas telefônicas com os estudantes egressos realizadas durante o ano de 2012, com o apoio da pró-reitoria de Ensino, dos gestores dos campi e dos estudantes, objetivando: diagnosticar o percentual de evasão por curso dos campi do IFSULDEMINAS; obter informações sobre a taxa de ocupação nos campi do IFSULDEMINAS; identificar as causas de evasão de estudantes nas diversas modalidades de educação ofertadas como: ensino Profissionalizante Integrado, Ensino Profissionalizante Pós-médio, Profissionalizante de Jovens e Adultos, Cursos Tecnológicos, Licenciaturas, Bacharelados e no Ensino à Distância e estabelecer alternativas para diminuição da evasão por meio do planejamento e implantação de ações propostas democraticamente pela comunidade acadêmica em função das especificidades de causas de abandono, conforme o levantamento nos cursos do IFSULDEMINAS. Junto às mudanças estruturais necessárias, buscou-se também a inclusão, articulação e integração de toda a comunidade institucional nas atividades pedagógicas, inclusive as intermediadas pelo ensino, pesquisa e extensão.

Os dados coletados propiciaram um conhecimento institucional sobre a percepção dos alunos do contexto educacional, seu curso específico e motivações profissionais de sua escolha, continuidade ou desistência, bem como subsídios para possíveis alterações nos diferentes ambientes e nas percepções das relações espaço-tempo, dentro da Instituição em prol da qualidade de vida na comunidade acadêmica e com reflexos positivos nos locais de abrangência dos campi.

O documento atual contou com a organização de uma comissão formada na Reitoria – comissão Geral de Permanência e Êxito dos Estudantes para coordenação das ações levando em consideração a realidade de cada campus que compõe o IFSULDEMINAS, com suas particularidades e peculiaridades locais, implicando a busca de experiências de outras pessoas, autores e instituições similares. Contou também com a constituição de uma comissão local em cada campus do

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

167

IFSULDEMINAS voltada para a discussão da temática da Evasão, Permanência e Êxito dos Estudantes, que trabalharam no levantamento de dados locais, análise e sugestões para revisão e ampliação de ações e incorporações práticas com importantes contribuições relativas à temática em questão com foco na identidade e missão institucional e legislações normatizadas como resoluções e conforme indicadores e metas previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional.

O IFSULDEMINAS compreende este plano como um processo institucional coletivo, acadêmico e administrativo, capaz de elucidar o desafio estratégico a ser enfrentado em vista da ampliação dos horizontes da gestão institucional e para o permanente alinhamento de ações nas diferentes unidades como um plano dinâmico e perene na trajetória do desenvolvimento e inovação institucional em função da qualidade do ensino, da inclusão, da permanência e êxito estudantil.

O IFSULDEMINAS acredita que o sucesso de seu trabalho está atrelado à permanência e êxito de seus estudantes. Visando garantir esses pressupostos e caminhando em consonância com o disposto no Ofício Circular n.º 77/2015 CGPG/DDR/Setec/MEC e a Nota Informativa n.º 138/2015 DPE/DDR/Setec/MEC, que deliberam sobre o tema, foi elaborado o Plano Estratégico de Permanência e Êxito dos Estudantes do IFSULDEMINAS, homologado por meio da Resolução n.º 026/2016, de 28 de junho de 2016.

O Plano Estratégico Institucional para a Permanência e Êxito dos Estudantes foi elaborado com o objetivo de ajustar projetos e ações institucionais anteriores já existentes no IFSULDEMINAS, contemplando o diagnóstico das causas da evasão e retenção dos estudantes e ações políticas, administrativas e pedagógicas que visam a ampliar as possibilidades de permanência e êxito dos estudantes no processo educativo.

Elaborado de forma colaborativa, o planejamento contou com o trabalho de comissões dos campi, que realizaram diagnóstico quantitativo e qualitativo, investigando as causas da evasão e retenção. As Capítulo VI

168

Paulo Roberto Ceccon

atividades tiveram o objetivo de definir a base conceitual da análise, dimensionar os fenômenos da evasão e retenção, discutir e analisar os dados extraídos do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SisTec), categorizar e definir causas da evasão e retenção, bem como elaborar medidas para superação.

O plano estabeleceu várias ações de intervenção, tais como: promover o estreitamento da relação entre discentes e coordenadores de curso; monitorar e acompanhar alunos com frequência escolar baixa; fortalecer os programas de bolsas de monitoria, PIBID e Iniciação Científica, que auxiliam na permanência, tanto pelo apoio financeiro ao discente quanto pela geração de desenvolvimento pedagógico; promover revisão de PPCs dos cursos; implementar o sistema de nivelamento de curso para alunos ingressantes; promover melhor integração entre as disciplinas; monitoramento e melhorias do Programa de Auxílio Estudantil, dentre outras ações.

Desde então, várias das ações propostas estão sendo implementadas e periodicamente debatidas em âmbito institucional. Nesse sentido, destaca-se a criação e inclusão do Dia Escolar do IFSULDEMINAS no calendário acadêmico, um evento com duas realizações anuais para debater os processos escolares, visando a melhoria do ensino.

Em sua primeira edição, realizada em maio de 2017, o evento teve como tema a “Permanência e Êxito dos Estudantes”. Professores e técnicos administrativos se reuniram no dia 19 de maio de 2017 para o 1º Dia Escolar do IFSULDEMINAS, que teve como tema a Permanência e Êxito dos Estudantes. O encontro, que contou com a presença de professores e técnicos administrativos, foi transmitido ao vivo; para os outros sete campi da instituição, com interação de todos em tempo real. O evento teve como objetivo a discussão de questões do cotidiano escolar que envolvem as práticas de ensino, pesquisa e extensão visando a proposição de novas ações que promovam a permanência e o êxito dos estudantes.

Em matéria intitulada “IFSULDEMINAS lidera indicadores de permanência e êxito na Rede Federal”, publicada no site oficial do IFSUL-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

169

DEMINAS, em 28 de agosto de 2017, são destacados os resultados da pesquisa realizada pela professora Érica Galindo, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte.

A pesquisadora analisou os dados do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SisTec) referentes as 41 instituições da Rede Federal de Educação Tecnológica, entre os anos 2009 e 2016 para medir a porcentagem de permanência e êxito dos ingressantes nessas instituições.

Os resultados preliminares apontam que o IFSULDEMINAS se destacou no comparativo com os demais Institutos Federais, alcançado a liderança com índice de mais de 70% de estudantes que concluíram seus cursos de forma exitosa.

Gráfico com o índice de permanência e êxito nos Institutos Federais.

Fonte: Disponível em: <https://www.IFSULDEMINAS.edu.br/ultimas-noticias-IFSULDEMINAS/66-noticiasensino/1492-permanencia-e-exito> Acesso em: 30 ago. 2017.

Esses resultados só comprovam que a criação do IFSULDEMINAS, que não estava prevista, foi um grande ganho para toda a comunidade do sul de Minas Gerais. Outro ponto relevante a ser destacado é a consolidação da Instituição como fomentadora de desenvolvimento educacional, científico e tecnológico.

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

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Índices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 campi do IFSULDEMINAS dos cursos Técnico Integrado no período de 2014 a 2016 MODALIDADE DE OFERTA TÉCNICO INTEGRADO DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão a) Não identificação com curso.

Retenção a) Não identificação com curso.

b) Transferência para b) Problema de adapoutra instituição de ensino tação com a modaliregular. dade do curso. c) Dificuldade de adaptação dos discentes ao regime de ensino em período integral.

c) Falta de hábito de estudo condizente ao sistema integrado.

2014

Evasão: 41,73% Retenção: 6,00% Conclusão: 52,27%

2015

Evasão: 43,43% Retenção: 1,89% Conclusão: 54,68%

2016

Evasão: 31,82% Retenção: 8,15% Conclusão: 60,03%

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

Os cursos técnicos integrados ao ensino médio têm duração de três anos e formação profissional em áreas profissionalizantes específicas, contempladas aqui pela área de Alimentos, Agrimensura, Agropecuária e Informática oferecida a alunos concluintes do ensino fundamental.

Ao final do curso, além dos conhecimentos que lhe confere o título de Técnico, o discente está preparado também para seguir nos estudos, prestar vestibular, e fazer o Enem para o ingresso no curso superior.

O aluno do curso técnico integrado ao ensino médio possui carga horária que contempla a formação geral e a formação profissional exigindo maior dedicação em dois turnos diários. Alguns, desejando estudar em uma instituição federal, ingressam sem conhecer o curso, não se identificando com a formação profissional, e acabam desistindo. Por se tratar de um curso integrado, requer maior dedicação aos estudos e às práticas, restando pouco tempo para as atividades recreativas e de descanso.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

171

Algumas dificuldades são apresentadas pelos alunos nesse percurso como não identificação e afinidade com o curso, com expectativas diferentes da realidade; falta de hábito de estudo que gera desinteresse, reprovações em disciplinas específicas e transferência para outras escolas, problemas familiares, não adaptação às exigências dos cursos integrados causando a evasão e também a retenção. Vencer esses obstáculos é um grande desafio institucional que deverá resolver questões pedagógicas, de infraestrutura e de cunho individual por parte dos discentes.

Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos Técnico Integrado no período de 2014 a 2016 MODALIDADE DE OFERTA BACHARELADO DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão

a) Não identificação com o curso. b) Distância entre a instituição e a residência. c) Transferência e/ou aprovação em outras instituições.

Retenção

a) Não identificação com o curso. b) Problemas relacionados ao processo didático-pedagógico compreendendo os conteúdos curriculares e sistema de avaliação.

d) Dificuldade de relacionamento docente/ discente.

c) Participação em programas de intercâmbio.

e) Falta de motivação e dedicação aos estudos.

d) Dificuldade em conciliar trabalho e rotina de estudo.

f ) Dificuldade com a disciplina e reprovação nos e) Dificuldade em primeiros períodos. cumprir com o TCC (escrita e leitura).

2014

Evasão: 30,42% Retenção: 19,17% Conclusão: 50,42%

2015

Evasão: 25,47% Retenção: 24,21% Conclusão: 50,32%

2016

Evasão: 29,47% Retenção: 33,11% Conclusão: 37,42%

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

Capítulo VI

172

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O inciso II do art. 43 da LDB estabelece que uma das finalidades da educação superior é: “Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar com sua formação contínua”. Diante dessa perspectiva, os cursos de bacharelado buscam evidenciar suas peculiaridades e contexto, valorizando a criatividade intelectual e o trabalho em equipe voltados para o desenvolvimento de uma formação profissional generalista, humanista e crítica visando sua integração na sociedade atual de forma participativa.

Contudo, mesmo com o acesso viabilizado, muitos alunos, por diferentes motivos, acabam evadindo e, muitas vezes, retidos devido a fatores como: a falta de identificação com o curso, deficiência em conteúdos anteriores, distância entre a residência e o campus, relacionamento interno no curso discente/docente e participação em intercâmbio. São desafios que para alcançar o êxito acadêmico precisam ser vencidos institucionalmente e pelos discentes no seu contexto de vida dentro e fora da instituição.

A docência é uma ação educativa inerente ao processo pedagógico que se realiza de forma intencional, sistemática e interdisciplinar envolvendo uma diversidade de conhecimentos científicos e culturais socializados e construídos coletivamente de forma dialógica e compartilhado ampliando para o licenciando sua visão de mundo e inovação profissional.

Apesar dos alunos buscarem os cursos de licenciatura, alguns não se identificaram ou com eles tiveram afinidade, situação que se soma a outras dificuldades como a necessidade de trabalhar evidenciando conflitos entre as atividades acadêmicas e os compromissos profissionais, além de dificuldades financeiras e pedagógicas que, muitas vezes desmotivados, tendem a ficarem retidos ou abandonam o curso.

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Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos Graduação Superior em Licenciatura no período de 2014 a 2016 MODALIDADE DE OFERTA LICENCIATURA DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão

Retenção

a) ) Falta de conhecimento e identificação com o curso. b) Dificuldades de aprendizagem. c) Falta um padrão claro de identificação com o ensino superior. d) Falta de compatibilidade do curso oferecido com a expectativa inicial do aluno e) Dificuldade em conciliar trabalho e rotina de estudo. f ) Necessidade de trabalhar para o sustento familiar. g) Dificuldade em conciliar as atividades acadêmicas e compromissos profissionais. h) Distância da residência até o campus.

a) Falta de conhecimento do perfil proposto e identificação com o curso. b) Problemas no curso e na aprendizagem.

2014

Evasão: 60,24% Retenção: 16,54% Conclusão: 23,23%

2015

Evasão: 47,81% Retenção: 20,07% Conclusão: 32,12%

2016

Evasão: 41,12% Retenção: 41,12% Conclusão: 17,76%

c) Necessidade de trabalhar. d) Falta de compatibilidade do curso oferecido com a expectativa inicial do aluno.

i) Desconhecimento pelos discentes do perfil profissional. j) Busca por novas opções de curso de acordo com afinidades dos discentes.

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

Capítulo VI

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Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos Técnico Proeja no período de 2014 a 2016 MODALIDADE DE OFERTA TÉCNICO PROEJA DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão a) Distância da Escola da residência e do trabalho.

Retenção a) Não identificação com o curso.

b) Dificuldade em conciliar as atividades escolares, trabalho e família.

b) Distância entre a escola, a residência e o trabalho.

c) Não identificação e afinidade com o curso.

c) Dificuldades em conciliar trabalho e estudo.

d) Falta de infraestrutura física e pedagógica.

d) Dificuldade em acompanhar o processo em decorrência de formação pregressa deficitária

e) Reprovação nos primeiros períodos. f ) Exigência dos professores. g)Dificuldades nas avaliações. h)Possibilidade de fazer outro curso.

e) Avaliações centradas em provas e trabalhos finais. f )Falta de infraestrutura física e pedagógica.

2014

Evasão: 51,18% Retenção: 10,43% Conclusão: 38,39%

2015

Evasão: 25,64% Retenção: 32,31% Conclusão: 42,05%

2016

Evasão: 55,20% Retenção: 4,17% Conclusão: 40,63%

g) Baixa frequência.

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

O Decreto 5.840, de 13 de julho de 2006, introduz novas diretrizes que ampliaram a abrangência do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

O Proeja tem como perspectiva a proposta de integração da educação profissional à educação básica buscando a superação da dualidade trabalho manual e intelectual, assumindo o trabalho na sua perspectiva

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

175

criadora e não alienante. Isto impõe a construção de respostas para diversos desafios, tais como, o da formação do profissional, da organização curricular integrada, da utilização de metodologias e mecanismos de assistência que favoreçam a permanência e a aprendizagem do estudante, da falta de infraestrutura para oferta dos cursos dentre outros.

Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos Técnico Subsequente no período de 2014 a 2016 MODALIDADE DE OFERTA TÉCNICO SUBSEQUENTE DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão a) Dificuldade em conciliar trabalho com estudo.

Retenção a) Dificuldade de aprendizagem.

b) Busca por formação de nível superior, principalmente após resultado do Enem.

b) Dificuldade em conciliar trabalho com estudo.

c) Mudança de endereço.

c) Falta de motivação e interesse pelo curso.

d) Falta de identificação com o curso. e) Dificuldade de transporte público. f ) Dificuldade na aprendizagem. g) Falta de materiais para realização de aulas práticas. h) Falta de livros e infraestrutura de laboratórios de informática. i) Ausência de pessoas para cuidar dos filhos pequenos nos horários de aulas.

d) Inconstância dos horários de atendimento extra aos alunos gerando infrequência.

2014

Evasão: 38,38% Retenção: 7,62% Conclusão: 54,00%

2015

Evasão: 41,52% Retenção: 11,02% Conclusão: 47,46%

2016

Evasão: 44,82% Retenção: 13,77% Conclusão: 41,40%

e) Falta de identificação com o curso. f ) Excesso de faltas por problemas familiares. g) Falta de tempo para estudar fora do período de aulas. h) Métodos de ensino e aprendizagem inadequados. continua.

Capítulo VI

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176 continuação.

MODALIDADE DE OFERTA TÉCNICO SUBSEQUENTE DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão j) Características pessoais, vida cotidiana e condições intrafamiliares do aluno. k) Fatores relacionados à proposta pedagógica da escola, ao ensino, currículo e à relação professor/aluno. l) Exigência maior por parte dos docentes do que aquilo que os estudantes têm realmente condições de oferecer. m) Reprovação nos primeiros períodos. n) Falta de formação pedagógica de alguns docentes. o) Longas distâncias entre a residência e a instituição de ensino, bem como a precariedade do sistema de transporte público local. p) Baixa expectativa de inserção no mercado de trabalho.

Retenção I) Fatores relacionados ao contexto 2014 macrossocial, como nível sociocultural e econômico, condições e oportunidades de estudo/ trabalho, dentre outros.

2015 j) Distâncias entre a residência e a instituição de ensino e precariedade do sistema de transporte público. k) Falta de envolvimento da família.

2016

Evasão: 38,38% Retenção: 7,62% Conclusão: 54,00% Evasão: 41,52% Retenção: 11,02% Conclusão: 47,46% Evasão: 44,82% Retenção: 13,77% Conclusão: 41,40%

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

Os cursos subsequentes são oferecidos para aqueles candidatos que já possuem o ensino médio e buscam, na formação profissional, melhores oportunidades de trabalho. Normalmente, são alunos que ficaram afastados da escola por um algum tempo e já estão inseridos no mercado de trabalho, porém desejam qualificação e melhorar a renda familiar.

Entre os problemas enfrentados pelos alunos elencamos: a conciliação do trabalho e as atividades relacionadas ao curso, possibilidade de fazer outros cursos inclusive de graduação, o sistema público de

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

177

transportes, distância da residência e do campus, questões familiares, falta de afinidade com o curso, baixa expectativa de inserção no mercado de trabalho, gerando desinteresse, evasão e até mesmo a retenção. Vencer esses obstáculos é um grande desafio institucional que deverá resolver questões de infraestrutura e pedagógicas.

Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos Graduação Superior em Tecnologia no período de 2014 a 2016 NÍVEL DE ENSINO TECNOLOGIA DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão

Retenção

a) Dificuldade na aprena) Falta de conhecimento e dizagem e no ajustamenidentificação com o curso. to das relações sociais com os estudos. b) Identificação de transformações nos planos b) Falta de conhecimeniniciais no decorrer do to e identificação com o curso. curso. c) Transferência para outro curso.

c) Escolha precoce da profissão e falta de interesse e afinidade com o curso.

d) Necessidade de trabalhar para o sustento familiar e dificuldade de conciliação dos estudos Exigência de trabalho final – TCC “Trabalho de conclusão de curso”.

d) Dificuldade de conciliar os estudos e outras atividades de caráter pessoal ou ligado ao trabalho.

Exigência de “Trabalho de conclusão de curso”.

e) Desistência do curso em função da dificuldade de cumprir com as dependências em um curso de entrada anual.

e) Exigência de estágio obrigatório.

2014

Evasão: 69,78% Retenção: 14,67% Conclusão: 15,56%

2015

Evasão: 50,54% Retenção: 17,93% Conclusão: 31,53%

2016

Evasão: 43,80% Retenção: 38,94% Conclusão: 17,26%

f ) Reprovação em disciplinas e dificuldade em cumprir com as dependências.

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

Capítulo VI

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Nesse contexto, os cursos de tecnologias objetivam formar profissionais aptos a desenvolver, de forma plena e inovadora, as atividades em determinado eixo tecnológico e com capacidade para utilizar, desenvolver ou adaptar tecnologias com a compreensão crítica das implicações daí decorrentes e das suas relações com o processo produtivo, o ser humano, o ambiente e a sociedade.

Observa-se que, após o acesso viabilizado, muitos alunos desses cursos por alguns motivos evadem e ficam retidos devido a problemas com o curso e na aprendizagem, falta de tempo para estudar em virtude do trabalho, falta de interesse e afinidade com o curso, dificuldade com obrigatoriedade do estágio e TCC e a retenção em disciplinas levando ao trancamento de matrícula e finalmente à desistência.

Outros motivos podem ser elencados ainda como: o curso sendo 2ª opção no ato da matrícula no vestibular como opção de transferência e questões financeiras, sendo arrimo de família. Desafios institucionais e pessoais que, para alcançar o êxito acadêmico pelos alunos, precisam ser superados e já contam com a atenção da Instituição.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

179

Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos de Graduação Superior no período de 2014 a 2016 NÍVEL DE ENSINO CURSOS SUPERIORES DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão

Retenção

a) Falta de conhecimento e identificação com o curso. b) Dificuldades de aprendizagem e conciliação do trabalho com os estudos.

a) Escolha precoce da profissão e falta de interesse e afinidade com o curso.

c) Distância da residência e campus.

b) Dificuldades de aprendizagem e conciliação do trabalho com os estudos.

d) Busca por novas opções de curso. e) Dificuldade relacionamento docente/ discente)Reprovação nos primeiros períodos por desempenho insuficiente nas disciplinas. g) Quando reprovado em três ou mais disciplinas no mesmo período, acaba desistindo do curso em função da dificuldade de pagar essas dependências em um curso de entrada anual. h) Transferência de curso interna e/ou externa. i) A escolha do curso como sendo 2ª opção no ato da matrícula no vestibular. j) Escolha precoce da profissão. k) Exigência de trabalho final – TCC: projeto ou monografia em que exige do aluno dedicação para execução e para redação, e muitas das vezes, tempo.

2014

Evasão: 53,27% Retenção: 16,83% Conclusão: 29,90%

2015

Evasão: 39,31% Retenção: 21,26% Conclusão: 39,43%

2016

Evasão: 37,20% Retenção: 37,20% Conclusão: 25,60%

c) Necessidade de trabalhar e ser arrimo de família. d) Preferência por dupla matrícula. e) Problemas relacionados com o processo avaliativo das disciplinas. f) Formação anterior deficitária. g) Participação em programas de intercâmbio. h) Dificuldade em cumprir o TCC (escrita e leitura). i) Escolha do curso como 2ª opção no ato da matrícula no vestibular. j) Exigência de trabalho final: projeto ou monografia. k) Exigência de estágio obrigatório: alguns alunos não dispõem de recurso financeiro para fazer o estágio fora da instituição.

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

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Os cursos de bacharelado buscam evidenciar suas peculiaridades e contexto, valorizando a criatividade intelectual e o trabalho em equipes voltadas para o desenvolvimento de uma formação profissional generalista, humanista e crítica visando sua integração na sociedade atual de forma participativa. Os cursos de tecnologias objetivam formar profissionais aptos a desenvolver, de forma plena e inovadora, as atividades em determinado eixo tecnológico e com capacidade para utilizar, desenvolver ou adaptar tecnologias com a compreensão crítica das implicações daí decorrentes e das suas relações com o processo produtivo, o ser humano, o ambiente e a sociedade.

Observa-se que após o acesso viabilizado aos cursos de licenciatura, bacharelado e tecnologia, muitos alunos não se identificaram com eles tiveram afinidade, muitas vezes pela escolha precoce da profissão, situação que se soma a outras dificuldades como a necessidade de trabalhar evidenciando conflitos entre as atividades acadêmicas e seus compromissos profissionais faltando tempo para os estudos, o cumprimento do estágio e elaboração do TCC que são obrigatórios.

A dificuldade financeira se torna evidente porque alguns são arrimo de família, e essa se alia às dificuldades pedagógicas devido à deficiência em conteúdos anteriores, a falta de aptidão para o curso e as dependências acumuladas que os levam à desmotivação e consequentemente à retenção e evasão. Soma-se ainda à distância entre a residência e o campus, o relacionamento interno no curso discente/docente e participação em intercâmbio, falta de interesse e afinidade com o curso.

Outros motivos podem ser elencados : a escolha do curso como 2ª opção no ato da matrícula no vestibular tendo em vista a opção de transferência. São muitos os desafios que se impõem à instituição e aos próprios alunos, que, para alcançar o êxito acadêmico, precisam ser superados institucionalmente e pelos discentes no seu contexto de vida dentro e fora da instituição.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos de Ensino Técnico no período de 2014 a 2016 NÍVEL DE ENSINO ENSINO TÉCNICO DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão a) Dificuldade em conciliar trabalho com estudo. b) Busca por formação de nível superior após resultado de Enem. c) Mudança de endereço. d) Falta de identificação com o curso. e) Dificuldade de acompanhar os conteúdos. f ) Dificuldade de transporte público para chegar ao campus.

Retenção a) Dificuldade em conciliar trabalho com estudo. b) Dificuldade na aprendizagem por falta de conhecimento básico.

2014

Evasão: 40,83% Retenção: 7,39% Conclusão: 51,78%

2015

Evasão: 40,89% Retenção: 9,79% Conclusão: 49,32%

2016

Evasão: 40,28% Retenção: 11,15% Conclusão: 48,57%

c) Displicência dos alunos. d) Falta de identificação com o curso. e) Exigência de estágio obrigatório. e) Métodos de ensino inadequados, somado à falta ou deficiência de atendimento extra ao discente.

g) Distância entre residência e o campus.

f ) Dificuldade de transporte público para chegar ao campus.

h) Dificuldade em acompanhar o conteúdo. i) Metodologia e materiais didáticos inadequados.

g) Fatores relacionados à proposta pedagógica da escola, ao ensino, ao currículo e à relação professor/ aluno.

j) Dificuldades na relação professor/aluno.

h) Não cumprimento de estágio curricular obrigatório.

k) Baixa expectativa de inserção no mercado de trabalho.

i) Metodologia inadequada em algumas disciplinas. j) Falta de apoio familiar.

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

Capítulo VI

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Os cursos técnicos integrados, concomitantes e subsequentes são oferecidos para aqueles candidatos que buscam formação tanto básica como profissional advindo do ensino fundamental e do ensino médio conforme a opção escolhida. Alguns alunos vêm com deficit de aprendizagem nos conteúdos básicos e necessários para o bom desempenho no curso. Outros ficaram afastados da escola por um tempo, ou já se encontram inseridos no mercado de trabalho e retornaram em busca de qualificação e melhora da renda familiar.

Indices de evasão, retenção e conclusão dos alunos dos 8 Campi do IFSULDEMINAS dos cursos de Pós-Graduação Lato Senso no período de 2014 a 2016 MODALIDADE DE OFERTA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DIAGNÓSTICO QUANTITATIVO

CAUSAS Evasão

a) Incompatibilidade de horário de trabalho e estudo. b) Dificuldade de acompanhamento do processo de ensino avaliação.

Retenção 2014

Evasão: 40,64% Retenção: 10,81% Conclusão: 48,55%

2015

Evasão: 18,92% Retenção: 81,08% Conclusão: 0,00%

2016

Evasão: 12,05% Retenção: 84,34% Conclusão: 3,61%

a) Não identificação com o curso. b) Distância entre a escola, a residência e o trabalho.

Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016.

Entre os problemas enfrentados pelos alunos elencamos: a conciliação do trabalho com as atividades relacionadas ao curso, a falta de identificação com o curso, a necessidade de trabalhar, a possibilidade de fazer outros cursos (inclusive de graduação), o sistema público de transportes, a distância entre a residência e o campus, questões familiares, falta de afinidade, baixa expectativa de inserção no mercado de

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

183

trabalho, não conclusão de estágio obrigatório e outras dificuldades gerando desinteresse, evasão e até mesmo a retenção.

Os cursos de pós-graduação são importantes por especializar os profissionais em suas áreas de trabalho. Como os estudantes desse nível de ensino, em sua maioria, são profissionais inseridos no mercado de trabalho, o horário para conciliar trabalho e estudos começa a ser uma questão que causa dificuldades, uma vez que, além de ter que deslocar do trabalho para a escola, o curso exige momentos de leitura e estudo fora da sala de aula. A dificuldade financeira dos alunos também tem se apresentado como complicador para a permanência nos cursos, vez que nesse nível não há auxílio estudantil.

Evasão e concluintes no IFSULDEMINAS período 2009 a 2017 HISTÓRICO DO IFSULDEMINAS (DADOS DE 2009 A 2017) Tipo de curso

Quantidade Número de de Cursos* matrículas

Evasão Escolar

Conclusão

Taxa média de Evasão

Formação inicial e continuada

1.310

71.049

7

54.093

9%

Ensino Técnico

89

51.419

22

15.110

43%

Bacharelado

17

3.708

904

506

24%

Licenciatura

16

3.824

1

857

37%

Tecnologia

10

2.263

989

555

44%

Pós-Graduação Lato – Sensu

22

1.958

509

597

26%

Pós-Graduação Stricto – Sensu

1

20.000

0

0

0%

Matrículas no período de 2009 a 2017 em todos os cursos do IFSULDEMINAS42 : Tipo de curso

134.241

Evasão Escolar

32.405

24,13%

Conclusão

71.218

53,05%

Retenção

30.618

22,80%

Fonte: Dados extraídos do SisTec e compilados pelo autor do texto.

42 Fonte: SisTec – Documentos extraídos do plano de permanência e êxito do IFSULDEMINAS com extração de taxas de evasão SisTec / ciclos finalizados 2015 e 2016

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

184

6.2.1. Ações inclusivas Responsável por amplos debates, tendo em vista a mudança de paradigma que exige, o campo das ações inclusivas representa um dos maiores desafios para a educação na contemporaneidade. Desde a Declaração de Salamanca, que estabelece princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais, a educação nacional vem sendo aos poucos transformada no processo da Educação Inclusiva no mundo todo.

No cenário brasileiro, a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/1996) deram um grande passo em direção à inclusão escolar, estabelecendo a educação como um direito de todos e a preferência de atendimento ao público da educação especial na escola regular, apesar de ainda não estabelecer a obrigatoriedade na matrícula.

Mais recentemente, a Lei n.º13.146/2015, que institui a Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência, trouxe um capítulo dedicado ao direito à educação da pessoa com deficiência. Esse estatuto foi o maior marco do campo de direitos da pessoa com deficiência, regulamentando a obrigatoriedade da matrícula em escola regular, bem como dá outras diretrizes essenciais ao atendimento inclusivo na educação.

O IFSULDEMINAS, visando garantir o atendimento de qualidade aos estudantes com necessidades especiais e construir uma atuação condizente com as políticas nacionais, estabeleceu as Diretrizes de Educação Inclusiva no IFSULDEMINAS (RESOLUÇÃO CONSUP N.º 102/2013). O documento estabelece o funcionamento do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE), bem como seu papel institucional: É um órgão com caráter deliberativo e que deve assessorar todas as ações desenvolvidas, no âmbito institucional, na perspectiva da educação inclusiva. Tem a coordenação geral dentro da pró-reitoria de Ensino e nos campi, as coordenações gerais ligadas às diretorias de Desenvolvimento Educacional.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

185

Entretanto, salienta-se a necessidade de ampliar em uma estrutura que garanta a atenção e o atendimento à diversidade, oferecendo um espaço educacional na perspectiva da Educação Inclusiva. (RESOLUÇÃO CONSUP N.º 102/201).

Desde então, várias ações foram sendo desenvolvidas, com vistas à formação educacional inclusiva, tanto dentro da instituição quanto no contato com a comunidade circundante. Destaca-se a realização do Seminário de Educação Inclusiva do IFSULDEMINAS, evento institucional que acontece todo ano em um campus da instituição, com oferta de cursos, palestras, mesas redondas e apresentações de trabalhos com a temática da inclusão. O evento também é aberto à comunidade circundante, que tem participação expressiva todos os anos.

Nos campi, os NAPNE atuam diretamente junto aos estudantes, promovendo as adaptações necessárias ao desenvolvimento educacional do estudante com necessidades especiais. Atuando de forma multidisciplinar com docentes, a equipe realiza avaliações no processo educativo dos estudantes, buscando fazer as adaptações necessárias para seu sucesso escolar.

Além das ações pedagógicas, o IFSULDEMINAS, por meio da Coordenação de Ações Inclusivas, adquiriu equipamentos assistivos, como cadeiras de rodas motorizadas, lupas digitais, impressora Braille, dentre outros. Novo levantamento está sendo realizado para compra de mais equipamentos. É fato que a promoção da inclusão escolar é um grande desafio.

Todavia, o IFSULDEMINAS tem dedicado grandes esforços para vencê-lo, buscando a promoção de uma educação inclusiva e de qualidade, pautada no respeito às diferenças.

6.3 Os órgãos colegiados no IFSULDEMINAS

Órgãos colegiados são aqueles em que há representações diversas e as decisões são tomadas em grupos, com o aproveitamento de

Capítulo VI

186

Paulo Roberto Ceccon

experiências diferenciadas. O termo colegiado diz respeito à forma de gestão na qual a direção é compartilhada por um conjunto de pessoas com igual autoridade, que reunidas, decidem. No órgão colegiado inexiste a decisão de somente um membro.

São conhecidos pelos nomes de Conselhos, Comitês, Juntas, Câmaras, Colégios, Comissões, Equipes, Grupos de Trabalho, além de outros. Seus representantes podem ter origem no setor público ou no setor privado, segundo a natureza da representação.

Toda a gestão administrativa e acadêmica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – IFSULDEMINAS – passa pelo apoio dos Colegiados de Assessoramento. Eles foram criados para levantar demandas e necessidades de cada campus. Os colegiados agem como instância consultiva sobre temas específicos ligados à sua área de atuação.

Após o levantamento de questões pertinentes, sustentadas por núcleos presentes em cada campi do IFSULDEMINAS, os Colegiados se reúnem para discussão e encaminhamento ao Conselho Superior, que é o órgão máximo de caráter consultivo e deliberativo do Instituto. Em determinados casos, essas demandas também podem ser encaminhadas ao Colégio de Dirigentes, em determinados casos.

Desta forma, o IFSULDEMINAS foi concebido para que todas as necessidades encontradas nos campi cheguem aos órgãos colegiados, o que torna a gestão do IFSULDEMINAS participativa e democrática.

Todos os pró-reitores do Instituto Federal participam de, pelo menos, um Colegiado de Assessoramento.

- Conselho Superior – Órgão máximo do IFSULDEMINAS. De acordo com o Regimento Interno do IFSULDEMINAS, o Conselho Superior tem como função assessorar a Administração Geral, exercida pela Reitoria. De caráter consultivo e deliberativo, é o órgão máximo do Instituto. Sua composição, com representantes de diversos segmentos, viabiliza a democratização na tomada das decisões, já que todo servidor ativo é elegível como representante (exceto casos previstos no regimento).

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

187

Presidido pelo reitor, o Conselho Superior se reúne trimestralmente e, excepcionalmente, conforme a necessidade. As reuniões acontecem sempre em presença da maioria absoluta de seus integrantes, que deliberam sobre normas, projetos, diretrizes, entre outros assuntos, aprovando ou não a execução.

- Colégio de Dirigentes – De acordo com o Regimento Interno do IFSULDEMINAS, o Colégio de Dirigentes é um órgão colegiado superior, de caráter consultivo. Sua função é assessorar a administração geral do IFSULDEMINAS em situações que exijam a tomada de decisões. Para isso, reúne-se mensalmente com a Reitoria, ou em situações excepcionais de acordo com a necessidade. Segundo disse o reitor Sérgio Pedini na época, “Uma gestão compartilhada se concretiza através da atividade frequente do Colégio de Dirigentes. É o órgão que, apesar de apenas consultivo, reúne os representantes de fato da estrutura interna do Instituto, equilibrando de forma saudável a relação de poder entre Reitoria e os campi. Em nossa gestão, o CD acompanhará sempre de perto todas as decisões do IFSULDEMINAS e as atas disponibilizadas em nosso site tornam ainda mais transparentes todas as decisões.

Órgãos Colegiados de Assessoramento

• Colegiado de Desenvolvimento de Pessoas (CDP): órgão de caráter normativo e consultivo, tem por finalidade subsidiar a Reitoria do IFSULDEMINAS nos encaminhamentos das políticas de pessoal; • Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE): órgão normativo e consultivo, de assessoramento da Reitoria do IFSULDEMINAS no que tange às políticas de ensino, pesquisa e extensão; • Colegiados Acadêmicos dos Campi (CADEM): órgão consultivo que integra a estrutura de cada campus do IFSULDECapítulo VI

188

Paulo Roberto Ceccon

MINAS, tem por finalidade colaborar para o aperfeiçoamento do processo educativo com informações da comunidade e zelar pela correta execução de suas políticas acadêmicas;

• Colegiado de Administração e Planejamento Institucional (CAPI): órgão normativo e consultivo de assessoramento da Reitoria do IFSULDEMINAS no que tange às políticas de administração, planejamento e desenvolvimento institucional; • Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CIS): comissão que tem a finalidade de acompanhar, assessorar e avaliar a implementação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação no âmbito do IFSULDEMINAS; • Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD): órgão de assessoramento do Conselho Superior, da Reitoria e dos diretores-gerais para a formulação e o acompanhamento da execução da política de pessoal docente do IFSULDEMINAS;

• Comissão Própria de Avaliação (CPA): órgão colegiado de natureza deliberativa e normativa, no âmbito dos aspectos avaliativos acadêmicos e administrativos do IFSULDEMINAS; • Comissão de Ética dos Servidores (CES): comissão encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público no IFSULDEMINAS;

• Comitê Gestor de Tecnologia da Informação (CGTI): órgão colegiado de natureza propositiva e consultiva, de caráter permanente, tem por finalidade apoiar o IFSULDE-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

189

MINAS na governança de recursos de tecnologia da informação e comunicações (TIC);

• Bórgão colegiado de natureza consultiva, de caráter permanente, tem por finalidade implantar e manter o Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI) e a Política de Segurança da Informação (PSI), bem como analisar periodicamente sua efetividade, propor normas e mecanismos institucionais para melhoria contínua da segurança da informação e assessorar, em matérias correlatas, a administração do IFSULDEMINAS; • Comissão Permanente de Processo Seletivo (COPESE): comissão ligada à Reitoria do IFSULDEMINAS, que tem a finalidade de planejar, organizar e executar os processos seletivos para discentes, em conformidade com a legislação e as normas vigentes;

• Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA): instância independente e de múnus público, colegiado e interdisciplinar, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, tem por finalidade analisar e qualificar, do ponto de vista ético, as atividades que envolvam o uso de animais no IFSULDEMINAS e demais instituições nas quais existam termo de cooperação, no âmbito do ensino, pesquisa e extensão;

• Comissão de Acompanhamento da Normativa Docente: órgão de caráter normativo e consultivo de assessoramento da Reitoria, visando ao aprimoramento da Normativa Docente, bem como promover as reavaliações e alterações necessárias, devendo encaminhá-las para parecer do Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE).

Capítulo VI

190

Paulo Roberto Ceccon

Órgãos Colegiados Institucionais • Câmara de Ensino (CAMEN): órgão vinculado à pró-reitoria de Ensino (Proen), que possui função consultiva, nortEaDa pelos princípios da gestão democrática e o da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão; • Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (CAPEPI): órgão vinculado à PPPI, com função consultiva, normativa e regulatória na operacionalização das atividades de pesquisa, pós-graduação e inovação; • Câmara de Extensão (CAEX): órgão vinculado à Proex, com função consultiva e deliberativa na operacionalização das atividades de extensão;

• Câmara de Gestão de Pessoas (CAGEPE): instância vinculada à diretoria de Gestão de Pessoas, de natureza consultiva, propositiva, normativa e opinativa, tem por finalidade propor e assegurar a implementação da Política de Gestão de Pessoas e demais diretrizes; • Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE): órgão deliberativo, de assessoramento e acompanhamento das ações no âmbito da Educação Inclusiva no IFSULDEMINAS. Encontra-se ligado diretamente à pró-reitoria de Ensino e, em cada campus, à diretoria de Desenvolvimento Educacional; • Núcleo Institucional de Pesquisa e Extensão (NIPE): órgão de apoio das Pró-Reitorias de Extensão e Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, responsável por elaborar, analisar, fomen-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

191

tar, aprovar, selecionar, operacionalizar estratégias e integrar as atividades de pesquisa e extensão para o desenvolvimento institucional;

• Núcleo Avançado de Administração e Planejamento Institucional (NAPI): órgão normativo e consultivo, de assessoramento das diretorias dos campi e do Colegiado de Administração e Planejamento Institucional (CAPI), no que tange às políticas de administração, planejamento e desenvolvimento institucional; • Comissão Permanente da Educação à Distância (CPEaD): órgão consultivo e normativo das ações para a educação à distância no âmbito do IFSULDEMINAS, subordinado à diretoria de Educação à Distância da Proen;

• Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): colegiado interdisciplinar, multidisciplinar, independente, com dever público, de caráter consultivo, deliberativo, normativo e educativo.

Administrado diretamente pela PPPI, atua conjuntamente com uma rede de Comitês de Ética em Pesquisa, para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade, contribuindo para desenvolvimento da pesquisa, dentro de padrões éticos; • Escritórios Locais de Inovação e Transferência de Tecnologia (ELITT): órgãos de apoio da PPPI, são representações do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) em cada campus do IFSULDEMINAS e têm como objetivo desenvolver as ações que tenham por fundamento a inovação tecnológica em todos os segmentos da ciência e da tecnologia.

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

192

6.4 Cursos ofertados pelo IFSULDEMINAS nas diversas modalidades e números de estudantes e docentes no período 2008 a 2018 A EVOLUÇÃO NA OFERTA DE CURSOS NO PERÍODO DE 2008 A 2018 NÚMERO DE CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS ANO DE 2008

ANO DE 2018

11

78

NÚMERO DE CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS ANO DE 2008

ANO DE 2018

4

37 NÚMERO DE ESTUDANTES

2008

2018

4.369

41.060 NÚMERO DE DOCENTES

2008

2018

122

528

NÚMERO DE ALUNOS CONCLUINTES PERÍODO DE 2008 A 2018 93.308 VAGAS OFERTADAS NOS CURSOS EAD 2009

DEZEMBRO DE 2017

500

26.253

Cursos FIC O que é FIC? Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) são de curta duração com o objetivo de capacitar, aperfeiçoar e atualizar o aluno que tem pressa para entrar ou reingressar no mercado de trabalho.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

193

Por meio dos cursos FIC, o aluno desenvolve as competências necessárias para desempenhar uma ocupação, o que possibilita inserção imediata no mundo do trabalho. As ofertas desses cursos são destinadas a pessoas com escolaridade variável.

Nas aulas, além dos conhecimentos técnicos, o estudante aprende a trabalhar em grupo e desenvolve capacidade crítica para acompanhar as mudanças tecnológicas.

Medio Tec

O MedioTec constitui-se numa ação de aprimoramento da oferta de cursos técnicos concomitantes para o aluno regularmente matriculado no ensino médio regular nas redes públicas estaduais e distrital de educação, como uma proposta de fortalecimento de uma formação profissional com produção pedagógica específica para o público atendido e em parceria com os setores produtivos, econômicos e sociais.

O MedioTec será executado em parceria com a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) e as Redes Públicas Estaduais e Distrital de Educação (RPEDE), além das instituições privadas de ensino técnico de nível médio e tem, dentre outros objetivos, garantir que o estudante do ensino médio, após concluir essa etapa de ensino, esteja apto a se inserir no mundo do trabalho e renda. As vagas dessa nova ação são definidas a partir do mapeamento das demandas do mundo do trabalho e renda, inclusive considerando as necessidades futuras.

Os cursos ofertados estarão dentro de um universo mapEaDo em razão das demandas do mundo do trabalho e renda, consideradas as prospecções de crescimento econômico e social das regiões do país, proporcionando maior sinergia entre esses cursos e as demandas.

Cursos Integrados

Os cursos integrados são uma modalidade de ensino em que a educação profissional técnica de nível médio é desenvolvida de forma Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

194

articulada com o ensino médio. Trata-se de um único curso, com matrícula única cumprindo duas finalidades complementares, de forma simultânea e integrada, nos termos do projeto pedagógico da escola.

Dessa maneira, há a garantia de que todos os componentes curriculares referentes às duas finalidades complementares serão oferecidos, simultaneamente, desde o início até a conclusão. Contudo, essa modalidade de ensino é oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino.

Técnico Subsequente

Destinado a quem já concluiu o ensino médio. Para fazê-lo, o candidato aprovado no processo seletivo deverá, no ato da matrícula, apresentar o diploma de conclusão do ensino médio (antigo segundo grau).

Técnico Integrado

O curso integrado é uma modalidade de ensino em que a educação profissional técnica de nível médio é desenvolvida de forma articulada com o ensino médio. Trata-se de um único curso, com matrícula única cumprindo duas finalidades complementares, de forma simultânea e integrada, nos termos do projeto pedagógico da escola. Dessa maneira, há a garantia de que todos os componentes curriculares referentes às duas finalidades complementares serão oferecidos, simultaneamente, desde o início até a conclusão.

Contudo, essa modalidade de ensino é oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

195

Relação de cursos oferecidos pelo IFSULDEMINAS em 2016 CAMPUS INCONFIDENTES Local

Inconfidentes

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Técnico em Integrado ao Infraestrutura Agrimensura Ensino Médio

3 anos

Integral

Técnico em Integrado ao Agropecuária Ensino Médio

Recursos Naturais

3 anos

Integral

Produção Alimentícia

3 anos

Integral

3 anos

Integral

Técnico em Alimentos

Integrado ao Ensino Médio

Técnico em Informática

Integrado ao Informação e Ensino Médio Comunicação

CURSOS EM POLOS DE REDE Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Técnico em Administração

Proeja Integrado ao Ensino Médio

Gestão e Negócios

3 anos

Noturno

Ambiente e Saúde

2 anos

Noturno

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Gestão e Negócios

2 anos

********

2 anos

********

Ouro Fino

SubsequenTécnico em te ao Ensino Meio Ambiente Médio

CURSOS TÉCNICOS – ENSINO À DISTÂNCIA Local

Curso

Modalidade

Técnico em SubsequenAdministração te EaD Inconfidentes

Itajubá

Cambuí

Técnico em Subsequen- Informação e Informática para te EaD Comunicação Internet Técnico em SubsequenAdministração te EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

Técnico em SubsequenAdministração te EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

2 anos

********

Técnico em Subsequen- Informação e Informática para te EaD Comunicação Internet

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

196

CURSOS TÉCNICOS – ENSINO À DISTÂNCIA Local

Santa Rita de Caldas

Curso

Modalidade

Técnico em SubsequenAdministração te EaD

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Gestão e Negócios

2 anos

********

2 anos

********

Técnico em Subsequen- Informação e Informática para te EaD Comunicação Internet

São Gonçalo do Sapucaí

Técnico em SubsequenAdministração te EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

São Sebastião do Paraíso

Técnico em SubsequenAdministração te EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

Técnico em Subsequen- Informação e Informática para te EaD Comunicação Internet

2 anos

********

Técnico em Subsequen- Informação e Administração te EaD Comunicação

2 anos

********

Varginha

CURSOS SUPERIORES Local

Inconfidentes

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Gestão Ambiental

Tecnologia

Ambiente e Saúde

3 anos

Integral

Redes de Computadores

Tecnologia

Informação e Comunicação

2 anos

Noturno

Matemática

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Ciências Biológicas

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Engenharia Agronômica

Engenharia/Bacharelado

********

5 anos

Integral

Engenharia de Agrimensura e Cartográfica

Engenharia/Bacharelado

********

5 anos

Integral

Engenharia de Alimentos

Engenharia/Bacharelado

********

5 anos

Integral

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

197

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Educação Infantil

Pós-graduação Lato-Sensu

********

1,5 ano

********

Gestão Ambiental

Pós-graduação Lato-Sensu

********

1,5 ano

********

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Recursos Naturais

3 anos

Integral

Produção Alimentícia

3 anos

Integral

3 anos

Integral

Inconfidentes

CAMPUS MACHADO Local

Curso

Modalidade

Técnico em Integrado ao Agropecuária Ensino Médio

Machado

Técnico em Alimentos

Integrado ao Ensino Médio

Técnico em Informática

Integrado ao Informação e Ensino Médio Comunicação

Técnico em Integrado ao Administração Ensino Médio

Gestão e Negócios

1,5 ano

Noturno

Técnico em Integrado ao Segurança do Ensino Médio Trabalho

Segurança

2 anos

Noturno

Duração

Turno

2 anos

********

CURSOS TÉCNICOS – ENSINO À DISTÂNCIA Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Técnico em ReSubsequen- Informação e des de Compute EaD Comunicação tadores Alfenas

Técnico em Segurança do Trabalho

Subsequente EaD

Segurança

2 anos

********

Técnico em Vendas

Subsequente EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

198

CURSOS TÉCNICOS – ENSINO À DISTÂNCIA

Cambuí

Campo Belo

Coqueiral

Guaxupé

Itajubá

Técnico em ReSubsequen- Informação e des de Compute EaD Comunicação tadores Gestão e Negócios

2 anos

********

Subsequente EaD

Técnico em Alimentação Escolar

Desenvolvimento SubsequenEducacional te EaD e Social

2 anos

********

Técnico em ReSubsequen- Informação e des de Compute EaD Comunicação tadores

2 anos

********

2 anos

********

Técnico em Segurança do Trabalho

Subsequente EaD

Técnico em Alimentação Escolar

DesenvolSubsequenvimento te EaD Educacional e Social

2 anos

********

Técnico em ReSubsequen- Informação e des de Compute EaD Comunicação tadores

2 anos

********

2 anos

********

2 anos

********

Subsequente EaD

Segurança

Segurança

Técnico em ReSubsequen- Informação e des de Compute EaD Comunicação tadores

Santa Rita de Caldas

********

Técnico em Vendas

Técnico em Segurança do Trabalho

Machado

2 anos

Técnico em Segurança do Trabalho

Subsequente EaD

Segurança

2 anos

********

Técnico em Vendas

Subsequente EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

Técnico em Segurança do Trabalho

Subsequente EaD

Segurança

2 anos

********

Técnico em Vendas

Subsequente EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

199

CURSOS TÉCNICOS – ENSINO À DISTÂNCIA Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Três Corações

Técnico em Segurança do Trabalho

Subsequente EaD

Segurança

2 anos

********

2 anos

********

Técnico em ReSubsequen- Informação e des de Compute EaD Comunicação tadores Varginha

Técnico em Segurança do Trabalho

Subsequente EaD

Segurança

2 anos

********

Técnico em Vendas

Subsequente EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

CURSOS SUPERIORES Local

Machado

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Agronomia

Engenharia/Bacharelado

********

5 anos

Integral

Administração

Bacharelado

********

4 anos

Matutino

Ciência e Tecnologia de Alimentos

Bacharelado

********

4 anos

Integral

Sistemas de Informação

Bacharelado

********

4 anos

Matutino

Zootecnia

Bacharelado

********

5 anos

Integral

Ciências Biológicas

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Computação

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Alimentos

Tecnologia

********

3 anos

Noturno

Cafeicultura

Tecnologia

********

3 anos

Noturno

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

200

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Machado

Produção Animal

Especialização Lato-Sensu

********

2 anos

Integral

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

********

2 anos

Diurno Noturno

PÓS-GRADUAÇÃO STRICTU-SENSU Local

Machado

Curso

Modalidade

Mestrado ProfisEspecializasional em Ciênção Strictucia e Tecnologia -Sensu de Alimentos

CAMPUS MUZAMBINHO Local

Muzambinho

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Técnico em Agropecuária

Integrado ao Ensino Médio

Recursos Naturais

3 anos

Integral

Técnico em Alimentos

Integrado ao Ensino Médio

Produção Alimentícia

3 anos

Integral

Técnico em Informática

Integrado ao Ensino Médio

Informação e Comunicação

3 anos

Integral

Técnico em Administração

Subsequente ao Ensino Médio

Gestão e Negócios

1.5 anos

Integral

Técnico em Agropecuária

Subsequente ao Ensino Médio

Recursos Naturais

1.5 anos

Integral

Técnico em Contabilidade

Subsequente ao Ensino Médio

Gestão e Negócios

1.5 anos

Noturno

Técnico em Enfermagem

SubsequenAmbiente e te ao EnsiSaúde no Médio

1.5 anos

Noturno

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

201

CAMPUS MUZAMBINHO

Muzambinho

Técnico em Informática

SubsequenInformação e te ao EnsiComunicação no Médio

2 anos

Noturno

Técnico em Meio Ambiente

SubsequenAmbiente e te ao EnsiSaúde no Médio

1.5 anos

Noturno

Técnico em Segurança do Trabalho

Subsequente ao Ensino Médio

Segurança

1.5 anos

Noturno

Técnico em Edificações

Proeja Integrado ao Ensino Médio

Infraestrutura

2 anos

Noturno

CURSOS EM POLOS DE REDE Local

Curso

Alterosa

Técnico em Enfermagem

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

SubsequenAmbiente e te ao EnsiSaúde no Médio

1.5 anos

Noturno

Modalidade

ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Duração Tecnológico

Turno

Alfenas

Especialização TécSubsequennica em Enfermate EaD gem do Trabalho

********

1 ano

********

Boa Esperança

Especialização TécSubsequennica em Enfermate EaD gem do Trabalho

********

1 ano

********

Cambuí

Especialização TécSubsequennica em Enfermate EaD gem do Trabalho

********

1 ano

********

Muzambinho

Especialização TécSubsequennica em Enfermate EaD gem do Trabalho

********

1 ano

********

Três Pontas

Especialização TécSubsequennica em Enfermate EaD gem do Trabalho

********

1 ano

********

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

202

CURSOS TÉCNICOS - ENSINO A DISTÁNCIA Local

Alfenas

Alterosa

Andrelândia

Curso

Modalidade

Área/Eixo Duração Tecnológico

Turno

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Logística

Subsequente EaD

2 anos

********

Gestão e Negócios

Técnico em Secretaria Escolar

DesenvolSubsequenvimento te EaD Educacional e Social

2 anos

********

Técnico em Vigilância em Saúde

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Recursos Naturais

Técnico em Secretaria Escolar

DesenvolSubsequenvimento te EaD Educacional e Social

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

203

CURSOS TÉCNICOS - ENSINO A DISTÁNCIA

Boa Esperança

Cambuí

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Logística

Subsequente EaD

2 anos

********

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Logística

Subsequente EaD

2 anos

********

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Logística

Subsequente EaD

Gestão e Negócios

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

Recursos Naturais

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Campo do Meio

Gestão e Negócios

Técnico em Meio Ambiente

Técnico em Meio Ambiente

Campo Belo

Recursos Naturais

Gestão e Negócios

Recursos Naturais

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

204

CURSOS TÉCNICOS - ENSINO A DISTÁNCIA

Campos Gerais

Carmo do Rio Claro

Coqueiral

Cruzília

Guaxupé

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Alimentação Escolar

DesenvolSubsequenvimento te EaD Educacional e Social

2 anos

********

Técnico em Secretaria Escolar

DesenvolSubsequenvimento te EaD Educacional e Social

2 anos

********

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Secretaria Escolar

DesenvolSubsequenvimento te EaD Educacional e Social

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Meio Ambiente

Recursos Naturais

Recursos Naturais

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

205

CURSOS TÉCNICOS - ENSINO A DISTÁNCIA

Ilicínea

Itajubá

Itanhandu

Machado

Monte Santo de Minas

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

Recursos Naturais

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Recursos Naturais

Recursos Naturais

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

206

CURSOS TÉCNICOS - ENSINO A DISTÁNCIA

Muzambinho

Santa Rita de Caldas

São Gonçalo do Sapucaí

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Logística

Subsequente EaD

2 anos

********

Recursos Naturais

Gestão e Negócios

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Secretaria Escolar

DesenvolSubsequenvimento te EaD Educacional e Social

2 anos

********

Técnico em Vigilância em Saúde

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilân- Subsequen- Ambiente e cia em Saúde te EaD Saúde

2 anos

********

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

207

CURSOS TÉCNICOS - ENSINO A DISTÁNCIA

São Sebastião do Paraíso

Três Corações

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilância em Saúde

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilância em Saúde

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Recursos Naturais

Recursos Naturais

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

208

CURSOS TÉCNICOS - ENSINO A DISTÁNCIA

Três Pontas

Técnico em Alimentos

Subsequen- Produção te EaD Alimentícia

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Informática

Subsequen- Informação e te EaD Comunicação

2 anos

********

Técnico em Logística

Subsequente EaD

2 anos

********

Gestão e Negócios

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilância em Saúde

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Análises Clínicas

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Subsequente EaD

2 anos

********

Técnico em Cafeicultura Varginha

Recursos Naturais

Recursos Naturais

Técnico em Meio Ambiente

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

Técnico em Vigilância em Saúde

Subsequen- Ambiente e te EaD Saúde

2 anos

********

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

209

CURSOS SUPERIORES Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Engenharia Agronômica

Bacharelado/Engenharia

********

4 anos

Integral

Ciência da Computação

Bacharelado

********

4 anos

Noturno Integral

Educação Física

Bacharelado

********

4 anos

Vespertino Noturno

Bacharelado

********

5 anos

Integral

Ciências Biológicas

Licenciatura

********

3,5 anos

Vespertino Noturno

Educação Física

Licenciatura

********

3 anos

Vespertino Noturno

Cafeicultura

Tecnologia

Recursos Naturais

3 anos

Noturno

Muzambinho Medicina Veterinária

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU Local

Muzambinho

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Cafeicultura

Especialização Lato Sensu

********

2 anos

Integral Noturno

EspecialiGestão Pública zação Lato Sensu

********

1.5 anos

Noturno

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

210

CAMPUS PASSOS Local

Passos

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Técnico em Comunicação Visual

Integrado ao Ensino Médio

Produção Cultural e Design

3 anos

Integral

Técnico em Informática

Integrado ao Ensino Médio

Informação e Comunicação

3 anos

Integral

Técnico em Produção de Moda

Integrado ao Ensino Médio

Produção Cultural e Design

3 anos

Integral

Técnico em Comunicação Visual

Subsequente ao Ensino Médio

Produção Cultural e Design

2 anos

Noturno

Técnico em Enfermagem

SubsequenAmbiente e te ao EnsiSaúde no Médio

2 anos

Noturno

Técnico em SubsequenModelagem do te ao EnsiVestuário no Médio

Produção Cultural e Design

1.5 anos

Noturno

Técnico em Vestuário

Subsequente ao Ensino Médio

Produção Industrial

2 anos

Noturno

Técnico em Orientação Comunitária

Proeja Integrado ao Ensino Médio

Desenvolvimento Educacional e Social

3 anos

Noturno

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

211

CURSOS SUPERIORES Local

Passos

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Administração

Bacharelado

********

4,5 anos

Noturno

Ciência da Computação

Bacharelado

********

4 anos

Integral

Matemática

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Design de Moda

Tecnologia

Produção Cultural e Design

3 anos

Noturno

Produção Publicitária

Tecnologia

Produção Cultural e Design

3 anos

Noturno

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Passos

Enfermagem Oncológica

Especialização Lato-Sensu

********

1,5 anos

Integral Noturno

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

212

CAMPUS POÇOS DE CALDAS Local

Poços de Caldas

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Técnico em Eletrotécnica

Integrado ao Ensino Médio

Controle e Processos Industriais

3 anos

Integral

Técnico em Informática

Integrado ao Ensino Médio

Informação e Comunicação

3 anos

Integral

Técnico em Administração

Subsequente ao Ensino Médio

Gestão e Negócios

1,5 ano

Noturno

Técnico em Edificações

Subsequente ao Ensino Médio

Infraestrutura

2 anos

Noturno

Técnico em Eletrotécnica

Subsequente ao Ensino Médio

Controle e Processos Industriais

2 anos

Noturno

1,5 ano

Noturno

Subsequen- Informação te ao Ensi- e Comunicano Médio ção

Técnico em Informática

CURSOS SUPERIORES Local

Poços de Caldas

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Engenharia de Computação

Bacharelado

********

5 anos

Integral

Ciências Biológicas

Licenciatura

********

4 anos

Integral

Geografia

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Gestão Ambiental

Tecnologia

Ambiente e Saúde

3 anos

Noturno

Gestão e Negócios

3 anos

Noturno

********

4 anos

Noturno

Gestão ComerTecnologia cial Química

Licenciatura

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

213

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU Local Poços de Caldas

Curso

Modalidade

EspecialiInformática na zação LatoEducação -Sensu

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

********

1,5 anos

Diurno

CAMPUS POUSO ALEGRE Local

Curso

Modalidade

Técnico em Administração Técnico em Informática Técnico em Administração Pouso Alegre

Técnico em Edificações Técnico em Química Técnico em Segurança do Trabalho

Integrado ao Ensino Médio Integrado ao Ensino Médio Subsequente ao Ensino Médio

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Gestão e Negócios

3 anos

Integral

Informação e Comunicação

3 anos

Integral

Gestão e Negócios

2 anos

Noturno

2 anos

Noturno

2 anos

Noturno

2 anos

Noturno

Subsequente ao Ensi- Infraestrutura no Médio SubsequenProdução te ao EnsiIndustrial no Médio Subsequente ao EnsiSegurança no Médio

CURSOS SUPERIORES Local

Pouso Alegre

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Engenharia Civil

Bacharelado

********

5 anos

Integral

Engenharia Química

Bacharelado

********

5 anos

Integral

Matemática

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Química

Licenciatura

********

4 anos

Noturno

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

214

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU Local

Pouso Alegre

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Educação Matemática

Especialização Lato-Sensu

********

1,5 ano

********

Engenharia de Segurança Especialido Trabalho zação Latoe Higiene de -Sensu Segurança do Trabalho

********

2 anos

Noturno

CAMPUS AVANÇADO CARMO DE MINAS Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Integrado Informação e ao Ensino Comunicação Médio SubsequenTécnico em Gestão e te ao EnsiAdministração Negócios no Médio Técnico em Informática

Carmo de Minas

Técnico em Alimentos

Subsequente ao Ensino Médio

Técnico em Informática

SubsequenInformação e te ao EnsiComunicação no Médio

Produção Alimentícia

Duração

Turno

3 anos

Integral

2 anos

Noturno

2 anos

Noturno

2 anos

Noturno

CURSOS EM POLOS DE REDE Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Itanhandu

Técnico em Administração

Subsequente ao Ensino Médio

Gestão e Negócios

1,5 ano

Noturno

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

215

CAMPUS AVANÇADO TRÊS CORAÇÕES Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Integrado Gestão e ao Ensino Negócios Médio SubsequenInformação e Técnico em te ao EnsiInformática Comunicação no Médio SubsequenGestão e Técnico em te ao EnsiNegócios Administração no Médio Subsequen- Informação Técnico em te ao Ensi- e ComunicaInformática no Médio ção SubsequenTécnico em Gestão e te ao EnsiLogística Negócios no Médio Subsequen- Controle e Técnico em te ao EnsiProcessos Mecânica no Médio Industriais Técnico em Administração

Três Corações

Duração

Turno

3 anos

Integral

3 anos

Integral

2 anos

Noturno

2 anos

Noturno

1,5 ano

Noturno

2 anos

Noturno

ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA Local

Curso

Modalidade

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

Três Corações

Urgência e Emergência

Especialização Técnica

********

6 meses

Noturno

Área/Eixo Tecnológico

Duração

Turno

********

2 anos

Noturno

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU Local Três Corações

Curso

Modalidade

MBA em Ges- Especialitão Estratégica zação Latode Negócios -Sensu

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

216

Cursos, Matrículas, Ingressantes, Concluintes, Vagas e Inscritos por Tipo de Curso e Tipo de Oferta no IFSULDEMINAS – Ano base 2017.

Tipo de Curso

Unidades de Ensino

Cursos

Qualiicação Profissional (FIC)

9

63

16.832

11.095

Técnico

8

103

20.671

Tecnologia

5

10

Licenciatura

6

Bacharelado

Matrículas Ingressantes Concluintes

Vagas

Inscritos

4.911

13.177

12.040

3.025

2.402

4.153

9.614

857

281

69

289

2.445

16

1.838

854

109

879

5724

6

19

2.686

755

215

723

9.214

Especialização (Lato Sensu)

7

17

856

562

111

591

1.003

Mestrado Profissional

1

1

20

0

0

0

0

Eixo Tecnológico

%

Eixo Tecnológico

%

Ambiente e Saúde

9,50%

Produção Cultural e Design

1,09%

Controle e Processos Industriais

1,03%

Produção Industrial

4,87%

Desenvolvimento Educacional e Social

42,24%

Propedêutico

-

Gestão e Negócios

7,06%

Recursos Naturais

11,62%

Informação e Comunicação

14,38%

Segurança

1,26%

Infraestrutura

1,50%

Turismo, Hospitalidade e Lazer

0,02%

Produção Alimentícia

5,43%

-

-

6.5 A Política de Capacitação e Treinamento em 2016 do IFSULDEMINAS - Programa de Incentivo à Qualificação O Programa Institucional de Qualificação (PIQ), aprovado por meio da Resolução do Conselho Superior “CONSUP” n.º 73, de 15 de

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

217

dezembro de 2016, tem como principal objetivo o fomento à qualificação dos servidores do IFSULDEMINAS, mediante a oferta de auxílios financeiros para estudos, desde que ligados à educação formal, abrangendo todos os níveis de formação, incluindo o ensino fundamental, médio/técnico, graduação, pós-graduação lato sensu e stricto sensu e pós-doutorado.

Os servidores participam de edital para concorrer aos auxílios.

Em 2016, foram 166 servidores contemplados, totalizando um valor de R$ 283.170,00 investidos em qualificação.

Em parceria com a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Campus Rio Claro, foi firmado o convênio de um Doutorado Institucional – DINTER. Ao todo, são 11 servidores do IFSULDEMINAS buscando conhecimentos e aumentando sua qualificação.

- Afastamentos Plenos

O IFSULDEMINAS, por meio das Resoluções CONSUP 80/2015 e 68/2016, colocou em prática a determinação do Art.96-A da Lei 8.112-90 e da Lei 12.772, autorizando o afastamento pleno de servidores para participação em cursos de pós-graduação, Stricto Sensu (mestrado e doutorado) e pós-doutorado. Assim, os servidores afastados podem se dedicar exclusivamente ao processo de aprendizagem, adquirindo conhecimentos e habilidades, desenvolvendo suas carreiras e o planejamento institucional. Notou-se que o afastamento contribui para o crescimento pessoal e profissional, influenciando diretamente nas atividades desenvolvidas pelo servidor aprimorando os serviços prestados à comunidade.

Esses afastamentos resultaram em um aumento de 7,98% de docentes com doutorado na Instituição. Entre os técnicos administrativos em educação com mestrado, o aumento foi de 10,37% em janeiro para 17,47% em dezembro do mesmo ano.

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

218

- Concessão de horas A Resolução CONSUP n.º 80/2015 também trata da regulamentação de concessão de horas aos técnicos administrativos que são estudantes, em sua maioria de nível superior.

Esse benefício também pode ser compreendido como afastamento parcial, pois permite a redução de até 20% da carga horária semanal do servidor. Em 2016, foram beneficiados 35 servidores com a concessão de horas.

- Capacitação

O IFSULDEMINAS, por meio da Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal, buscando aprimorar o conhecimento e as atividades desempenhadas pelos servidores, ofertou 236 horas de capacitação em 12 cursos distintos no ano de 2016.

Os cursos eram voltados ao desempenho de suas funções e às relações interpessoais no trabalho. Ao todo foram capacitados 485 servidores do IFSULDEMINAS e 79 servidores de instituições parceiras.

- Banco de talentos

O IFSULDEMINAS lançou em 2016 o primeiro edital de Banco de Instrutores, atendendo aos Decretos números 94.664/87, 5.824/2006, 5.825/2006, 5.707/2006 e 6.114/2006, Lei n°11.091/2005 e Portaria MEC n°1.084, de 2 de setembro de 2008.

O objetivo é melhorar o gerenciamento e desenvolvimento dos servidores, assim como suas competências institucionais, competências humanas e suas técnicas proporcionando-lhes maior satisfação no trabalho, contribuindo, assim, para a excelência de resultados na administração pública. Esse é um instrumento de gestão estratégica de Pessoas que possibilita o cadastramento dos conhecimentos, ha-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

219

bilidades, experiências e interesses pessoais que o servidor possui, com vistas a conhecer e realizar o cruzamento do potencial dos servidores selecionados com a necessidade de capacitação demandada no IFSULDEMINAS, quando necessário e possível. Foram recebidas 159 inscrições para 33 cursos diferentes.

6.6 Outras conquistas de destaque do IFSULDEMINAS Ano de 2010

IFSULDEMINAS participa dos Jogos Brasileiros das Instituições Federais em Brasília Cerca de dois mil estudantes de 25 estados e do Distrito Federal disputam, de 23 a 29 de maio, os Jogos Brasileiros das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (JIF 2010). Brasília será palco do torneio que visa incentivar a prática esportiva e promover o espírito de confraternização e intercâmbio entre os participantes das mais de 255 unidades da rede federal de educação profissional. Entre as instituições federais está o IFSULDEMINAS (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia) que participa ativamente dos JIFs 2010.

Foram selecionados 20 alunos do IFSULDEMINAS para disputar as modalidades de judô, vôlei, handebol e natação. Estudantes do IFSULDEMINAS dos Campi Inconfidentes e Machado vão compor a equipe mineira de vôlei. Para os jogos dessa modalidade, o Estado de Minas Gerais formou uma só equipe, composta por alunos selecionados dentre os cinco IFs do estado e o CEFET-MG. O IFSULDEMINAS assina o Termo de Acordo de Metas e Compromissos (TAM). O termo celebrado pela Setec/MEC (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica) é um documento que estabelece as metas acadêmicas e institucionais a serem cumpridas pelos Institutos Federais de todo o Brasil.

Capítulo VI

220

Paulo Roberto Ceccon

Aluno acendendo a tocha olímpica – 23/5/2010

Fonte: Arquivo da Reitoria do IFSULDEMINAS

“Todas as promessas que este governo fez no que diz respeito a orçamento e pessoal foram cumpridas. Agora é a nossa vez, de sinalizarmos nossas metas de desempenho”, ressalta o Reitor do IFSULDEMINAS, Professor Sérgio Pedini sobre o Termo. “Pretendemos utilizar o TAM como um referencial de gestão em nosso planejamento estratégico”.

IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho oficializa parceria com a Prefeitura de Passos.

Parceria sendo assinada pelo Diretor do Campus Muzambinho, Prof. Luiz Carlos Machado Rodrigues

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

221

Na sexta-feira, dia 25 de junho de 2010, o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, Campus Muzambinho, oficializou uma importante parceria educacional para implantação de um polo de rede na cidade de Passos.

Inicialmente serão oferecidos os cursos técnicos em Informática e Enfermagem, que terão início no dia 3 de agosto deste ano, conforme calendário escolar do Campus Muzambinho. O convênio foi firmado através da FAET – Fundação de Apoio à Educação Tecnológica.

Em outubro de 2010, tem início as obras do Campus de Pouso Alegre e Reitoria do IFSULDEMINAS. No dia 28 de outubro de 2010, o IFSULDEMINAS celebrou com seus convidados um momento de festa para a educação. Trata-se da assinatura de duas ordens de serviço, que darão início à construção do Campus Pouso Alegre e da Reitoria do Instituto.

Assinatura da ordem de serviço

Fonte: Arquivo da Reitoria do IFSULDEMINAS

No dia 17 de novembro de 2010 é inaugurado o maior ginásio poliesportivo do IFSULDEMINAS que pertence ao Campus Inconfidentes e foi construído pelo ex-diretor do campus, Paulo Roberto Ceccon, e conta, além da quadra, com duas arquibancadas.

O local também tem cestas de basquete, vestiário, palco e salas de uso conforme a necessidade.

Capítulo VI

222

Paulo Roberto Ceccon

Ginásio Poliesportivo Nilo Peçanha

Fonte: Acervo do Campus Inconfidentes – Ano de 2011

BRASÍLIA. A presidente Dilma Rousseff lançou, em 28 de abril de 2011, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), destinado à capacitação técnica e profissional de jovens e adultos, numa resposta à demanda por mão de obra qualificada no país. A meta é formar 3,5 milhões de trabalhadores até 2014, começando este ano com 500 mil. O foco são os alunos do ensino médio, reincidentes do seguro-desemprego e beneficiários do Bolsa Família.

O governo também concederá incentivos às empresas privadas para qualificação de seus quadros. As ações se concentrarão nos setores mais necessitados de profissionais especializados, como construção civil, tecnologia da informação e serviços (como hotelaria e gastronomia).

Os cursos de formação serão oferecidos pelos institutos federais de ensino técnico, por escolas estaduais e pelo Sistema S (Senai e Senac, por exemplo). No evento, no Palácio do Planalto, será anunciada a criação de 120 novas escolas técnicas federais no país.

Em julho de 2011 o Palácio Tiradentes, sede oficial do Governo de Minas, foi palco do lançamento do Fórum da Cadeia Produtiva do Café e da oitava edição do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas.

No evento, o governador Antônio Anastasia assinou um protocolo de intenções para a realização do VIII Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, para ano de 2011. O protocolo viabiliza o intercâm-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

223

bio educacional, técnico, científico e cultural entre o Estado de Minas Gerais, em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Emater-MG, Universidade Federal de Lavras e o IFSULDEMINAS. Tudo com vistas ao desenvolvimento de atividades relacionadas ao ensino, à pesquisa e à extensão e na execução das atividades do concurso.

Em 21 de julho de 2011 é concluída a etapa das estacas e já em fase de acabamento na concretagem de blocos e vigas baldrame, o Campus Pouso Alegre do IFSULDEMINAS começa a ganhar contorno: estão sendo erguidas as primeiras paredes da unidade, que está em construção desde dezembro de 2010. E mais um prédio ainda está por vir. O doador do terreno, Geraldo Alvarenga, cedeu mais 3.000 m² ao Instituto, área que será destinada à construção de um laboratório de Edificações.

Fundação do Campus Pouso Alegre

Programa Ciência sem Fronteiras Foi um programa de pesquisa criado em 26 de julho de 2011 pelo governo federal brasileiro para incentivar a formação acadêmica no exterior, oferecendo bolsas de iniciação científica e incentivando projetos científicos em universidades de excelência em outros países. O Programa Ciência sem Fronteiras busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

224

inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto do Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.

Ano de 2012

Em julho de 2012, o Instituto Federal do Sul de Minas recebeu, oficialmente, a escritura da área avaliada em R$ 1,2 milhão com aproximadamente 57 mil metros quadrados, cedidos pela administração pública do município para construção do Campus Poços de Caldas.

A escritura do terreno foi assinada pelo reitor do IFSULDEMINAS, Sérgio Pedini. O diretor do Campus Poços de Caldas, Josué Lopes, e outras autoridades locais também participaram da solenidade de assinatura. Segundo Pedini, o novo campus contará com 60 professores e 40 servidores técnico-administrativos.

Atualmente, as atividades do campus são realizadas em local provisório, até a conclusão das obras, que está prevista para agosto de 2013. Os cursos oferecidos no local são os técnicos em Meio Ambiente, em Eletrotécnica, em Administração e em Informática.

A sede definitiva deve abrigar cerca de 1.200 alunos e a biblioteca do novo campus será aberta à comunidade poços-caldense.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

225

Ano de 2013 No início de 2013. O IFSULDEMINAS adota sistema de cotas no Vestibular 2013.

O processo seletivo oferece 2.375 vagas em cursos técnicos e superiores. Inscrições pela internet entre 1º/10 e 8/11.

Alinhado com a política do governo federal de democratização do acesso ao ensino público de qualidade, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) começa a adotar, já em seu processo seletivo/vestibular do 1º semestre de 2013, o sistema de cotas que reserva 50% de vagas para candidatos beneficiados pela Lei 12.711. Sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 29 de agosto de 2012, a nova legislação determina que metade das vagas oferecidas em instituições federais sejam destinadas a estudantes de escolas públicas com renda familiar per capita igual ou inferior a um salário-mínimo e meio e também a candidatos que tenham feito todo o ensino fundamental e médio na rede pública.

Na metade da gestão do Reitor Sérgio Pedini é feito um levantamento das principais ações do IFSULDEMINAS em 2012.

Crescimento do IFSULDEMINAS: ao chegar à metade do mandato, gestão avalia realizações.

Com pouco mais de dois anos de mandato na Reitoria, completados em junho de 2012, a atual gestão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas começa a avaliar as ações realizadas até agora e a traçar estratégias para que a instituição chegue a novas conquistas. Para o reitor Sérgio Pedini, em se tratando de números como referência, o IFSULDEMINAS tem surpreendido: “Assumimos a gestão com três campi consolidados, 6 mil alunos e pouco mais de 400 servidores. Hoje somos seis campi (três em consolidação, todos com obras de implantação em andamento), 15 mil alunos e 670 servidores efetivos”.

Presente em quase 50 municípios do sul de Minas, por meio da educação presencial e à distância, as ações da administração se mulCapítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

226

tiplicam. Projetos como o Circuito das Águas, desenvolvido pela pró-reitoria de Ensino, tem levado a instituição para municípios onde ela ainda não atuava. “A quantidade por si só não explica e não pode justificar nossa existência. Muito avançamos nos aspectos qualitativos e é esse conjunto de fatores que nos dá orgulho e ânimo para continuarmos a caminhada”, afirma o reitor.

• Colegiados

Na primeira metade do mandato, foram criados e consolidados dez órgãos colegiados e mais de 100 resoluções. São ações originadas das metas preconizadas no programa de candidatura, que deram o tom da gestão: “criar e consolidar os órgãos democráticos do Instituto”.

A Câmara de Extensão, por exemplo, propôs diretrizes e está colaborando para normatizar as futuras empresas juniores, além de realizar cursos de qualificação nas modalidades FIC e Pronatec, eventos institucionais como Fórum de Desenvolvimento Integrado, Feira de Empregos e Estágios, e até o memorial do Instituto.

As propostas são sempre discutidas considerando a particularidade de cada campus, exigindo, assim, maior atuação dos colegiados locais. “A ação dos Nipe’s e Geape’s têm tido papel ímpar em nosso trabalho”, lembra o pró-reitor interino de Extensão, Cléber Ávila Barbosa.

• Pesquisa

Em relação à pesquisa, nos últimos dois anos, houve aumento significativo dos números de bolsas de iniciação científicas ofertadas por órgãos de fomento como Fapemig e CNPq. De acordo com Aline Manke, líder do Nipe do Campus Machado, a partir de 2011, após discussão na Câmara de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação Tecnológica, ficou acordado que o IFSULDEMINAS concederia repasse de 4% do orçamento dos campi para desenvolver a Pesquisa e a Extensão na instituição. Além disso, a realização da Jornada Científica, que este ano

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

227

será no Campus Muzambinho, consolida ainda mais o desenvolvimento da pesquisa acadêmica.

Já o pró-reitor de Planejamento e Administração, José Jorge Guimarães Garcia, membro do CAPI, explica que a normatização de processos tem sido fundamental para institucionalizar as atividades. Na primeira metade da gestão, normativas que dizem respeito à utilização dos veículos oficiais e emissão de passagens aéreas foram aprovadas pelo Conselho Superior, assim como as normas que regem o fluxo de compras, editais, contratos e o afastamento dos técnico-administrativos. “Através dessas normativas, conseguimos padronizar e uniformizar as ações e o trabalho feito na Reitoria e nos campi, de modo que todo o IFSULDEMINAS fale a mesma língua”, enfatiza o pró-reitor.

“Números e obras são de fundamental importância para nosso crescimento, mas entendemos que a verdadeira consolidação institucional se dará com nosso fortalecimento e este, por sua vez, com o funcionamento adequado dos órgãos colegiados. São instâncias democráticas e representativas que horizontalizam as relações de poder e tornam mais transparentes e participativos os atos da administração”, analisa Pedini.

• Estudantes

Para os alunos, a expansão do IFSULDEMINAS, com a criação de cursos em cidades que ainda não eram atendidas pela Rede Federal, é uma oportunidade única de capacitação. “O Instituto Federal é hoje uma coisa muito boa para a cidade de Passos. Estamos progredindo aos poucos e temos sido atendidos em nossas reivindicações. A biblioteca foi um pedido nosso, assim como o transporte para os alunos. Vejo que temos uma abertura grande com a direção do campus e a Reitoria.

Levamos ideias para eles e temos boa aceitação. Percebo que estamos caminhando juntos”, conta a estudante Maíra Luíza Alves dos Santos, do 2.º módulo do curso Técnico em Enfermagem do Campus Passos.

43 Texto: Elisa Franco e Joarle Magalhães

Capítulo VI

228

Paulo Roberto Ceccon

• Entre as ações realizadas nos dois primeiros anos da atual gestão, também destacam-se: XXXV Reditec: O Conif confiou a missão ao IFSULDEMINAS e a instituição recebeu, em Poços de Caldas (setembro de 2011), 400 reitores e diretores das 42 instituições federais, para a 35ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica.

Com o tema “Educação Profissional com Inclusão e Excelência”, foi considerada a melhor da história, unanimemente, entre os participantes.

OBAP: Única na lista de olimpíadas do CNPq administrada por um Instituto Federal, a Olimpíada Brasileira de Agropecuária já está na segunda edição (2012). Com a nova proposta do governo federal, promete fazer parte de um evento nacional ainda maior, que integra olimpíadas do conhecimento aos Jogos Olímpicos de 2016.

Cursos reconhecidos: Receberam nota 4 todos os sete cursos avaliados na última visita do MEC ao IFSULDEMINAS (a escala varia de 1 a 5). Mais uma prova de que qualidade e quantidade caminham lado a lado pelo ensino público gratuito.

“Qualis B”: A Revista Agrogeoambiental, agora classificada como publicação institucional, foi inserida em quatro áreas do índice “Qualis” da Capes, como reconhecimento à qualidade dos trabalhos multidisciplinares nela publicados.

Diretoria do Conif: Durante este ano, o reitor do IFSULDEMINAS também representa a Rede Federal nas instâncias superiores, como vice-presidente do Conselho Nacional das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica. Uma das ações realizadas foi a viabilização do diálogo entre servidores grevistas e o governo43.

Em dezembro de 2012 IFSULDEMINAS assina documento de aquisição de um imóvel para a expansão do Campus Passos O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, protocolou, no cartório de Passos, o documento da aquisição de um imóvel para a expansão do Campus Passos. O objetivo da ampliação da unidade é atender a crescente demanda da região, além

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

229

de abrigar diversos laboratórios e a sede administrativa numa área de 10.067,90 metros quadrados.

O documento foi assinado pelo reitor do IFSULDEMINAS Sérgio Pedini, acompanhado do diretor-geral do Campus Passos, Juvêncio Geraldo de Moura, e dos proprietários do imóvel. A área do terreno é de 10.067,90 metros quadrados, sendo 1.099,14 metros quadrados de área construída.

A compra do imóvel pôde ser feita através de um recurso de R$ 2.588.000,00 vindos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e do governo federal. Segundo o diretor-geral Juvêncio Moura, “a expansão deste campus é uma conquista do IFSULDEMINAS muito importante para Passos e região. Teremos mais espaço e uma melhor infraestrutura para atender a nossa demanda.”

Ele ainda revelou que “a ampliação da unidade é uma alegria imensa para os alunos, servidores e comunidade. Essa ampliação é mérito de todos nós, pela nossa dedicação e empenho, compromisso levado a sério para cumprir a missão do Instituto. Agradecemos ao governo federal por acreditar em nossos trabalhos e proporcionar ao Campus Passos a ampliação do acesso ao Ensino, Pesquisa e Extensão”.

Terreno adquirido pelo IFSULDEMINAS para o Campus Passos

Fonte: Arquivo digital da Reitoria do IFSULDEMINAS

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230

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Em abril de 2013 a comissão do PLS define ações sustentáveis para o IFSULDEMINAS. Com o objetivo de dar continuidade à elaboração de propostas de ações de sustentabilidade, nessa última quarta-feira, 10 de abril, a Comissão do Plano de Gestão de Logística Sustentável (PLS) do IFSULDEMINAS realizou, no Campus Machado, o terceiro encontro da equipe.

A meta é atender a Instrução Normativa 10/12/SLTI da Secretaria de Logística do Governo, que prevê a implantação de um plano de gestão sustentável por parte de todos os órgãos públicos.

A equipe do IFSULDEMINAS é formada pelos representantes das comissões locais de sustentabilidade, diretores de administração e planejamento dos campus e servidores da Reitoria. Entre as ações idealizadas estão: atualização do inventário de bens e materiais de todo o IFSULDEMINAS, práticas de sustentabilidades voltadas para o consumo da água e da energia elétrica e para a destinação e o tratamento corretos do esgoto, coleta seletiva de lixo, qualidade de vida e compras sustentáveis.

Equipe do PLS

Fonte:Arquivo digital do IFSULDEMINAS Texto e fotos: Jéssica Caixeta (FADEMA)

Em abril de 2013 o campus Poços e Pouso Alegre recebem oficialmente autorização de funcionamento.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

231

As unidades de Poços de Caldas e Pouso Alegre do IFSULDEMINAS acabam de receber oficialmente o reconhecimento do governo federal como campus. Foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira, 24 de abril, a portaria do Ministério da Educação que dispõe sobre a autorização de funcionamento dos dois campi que integram a estrutura organizacional dos institutos federais.

Primeira sede do Campus Pouso Alegre

Fonte:Arquivo do IFSULDEMINAS

Em maio de 2013, a Embrapa e IFSULDEMINAS assinam convênio para realização de Olimpíada Brasileira de Agropecuária.

A diretora executiva de Administração e Finanças da Embrapa, Vânia Castiglioni, e o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), Sérgio Pedini, assinaram nesta quinta-feira (16) convênio de cooperação técnico-científica para a realização da Olimpíada Brasileira de Agropecuária (Obap). Com o convênio, a Embrapa passa, a partir de 2013, a dividir com o IFSULDEMINAS a realização da Obap, que está em sua terceira edição e conta ainda com o apoio do Ministério da Educação, CNPq “Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico”, Fapemig, Sebrae –MG e governo federal.

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

232

O objetivo do convênio é fortalecer esses eventos de caráter competitivo, que ganham força por meio de parcerias de referência, capazes de despertar o interesse de um maior número de alunos, além de oferecer sua experiência para avaliar os competidores, explica Aléssio Barros, diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação.

A partir de julho de 2013, pela primeira vez, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) distribui uniformes gratuitamente para alunos de cursos técnicos. Ao todo, foram ofertadas 16 mil camisetas, no valor de R$ 80 mil, por meio de recursos do programa Assistência Estudantil.

Número de camisetas distribuídas

Campus Inconfidentes

2.620

Campus Machado

2.620

Campus Muzambinho

6.420

Campus Passos

600

Campus Poços de Caldas

790

Campus Pouso Alegre

710

Polo Circuito das Águas

2.240

Total de uniformes distribuídos

16.000

Fonte: Site das instituições mencionadas.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

233

Em Junho de 2013 estacionaram em frente à sede da Reitoria (no bairro Medicina, em Pouso Alegre), os novos ônibus que atenderão aos alunos dos campi novos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS). Os dois veículos darão suporte a viagens técnicas e ao deslocamento dos estudantes e professores em atividades pedagógicas e culturais promovidas pelas três unidades que ainda não possuíam ônibus. Um deles ficará em Passos, já o segundo atenderá os Campus Poços de Caldas e Pouso Alegre.

Cada um dos veículos foi adquirido pelo valor de R$ 432 mil, com recursos que saíram de emendas parlamentares feitas pelos deputados federais Odair Cunha e Geraldo Thadeu, e também, do orçamento do próprio Instituto Federal. Os ônibus possuem 43 lugares. São equipados com banheiro, cafeteira, sistema de ventilação e monitores de TV, com recursos para reprodução de áudio e vídeo, e também possuem assentos adaptados para cadeirantes. Além disso, foram personalizados com a identidade visual do IFSULDEMINAS em todo o seu revestimento externo. Os carros são da marca Marcopolo, modelo Viaggio 900. Ônibus adquirido pelo IFSULDEMINAS

Fonte: Acervo da Reitoria do IFSULDEMINAS

Capítulo VI

234

Paulo Roberto Ceccon

Em agosto de 2013 IFSULDEMINAS – Campus Pouso Alegre recebe alunos em sua nova sede.

Nos rostos, expressões de surpresa, alegria e muita curiosidade.

Assim foi o primeiro dia de aula dos alunos do curso Técnico em Informática Integrado ao chegarem às novas instalações do IFSULDEMINAS – Campus Pouso Alegre.

Depois de serem recepcionados pelos professores e receberem as boas-vindas do diretor-geral pró-tempore, Marcelo Bottazzini, os estudantes seguiram em um passeio pelas instalações da escola. Eles conheceram as salas de aulas, os laboratórios, o auditório, o ginásio poliesportivo, o refeitório e os setores administrativos e pedagógicos do campus.

“Achei bom, porque no outro campus a gente estava muito apertado. Aqui vamos ter uma estrutura grande. Vai melhorar bastante. É muito bom estar aqui”, disse a estudante Mariana Mendrone.

A aluna Ana Cecília Morais também aprovou a mudança. “Achei uma coisa boa a gente ter mudado. Embora tenha esse transtorno de obras, mas isso logo vai se resolver. Tem bastante estrutura, falta pouco para terminar. Ano que vem será muito melhor. Temos que aproveitar essa oportunidade de termos um lugar bom para estudar”, afirmou.

Em setembro de 2013, alunos do IFSULDEMINAS embarcam nesta sexta para intercâmbio em Portugal.

Trinta e um (31) alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) vão embarcar para Portugal nesta sexta-feira, 6. Eles farão intercâmbio por um período mínimo de seis meses, em instituições de ensino conveniadas com o IFSULDEMINAS, por meio da Assessoria Internacional. Instituições como Universidade do Algarve, Instituto Politécnico do Porto, Instituto Politécnico de Bragança e Instituto Politécnico de Leiria vão receber esses alunos a partir da próxima segunda, 9 de setembro.

Os intercambistas são estudantes dos Campus Inconfidentes, Machado e Muzambinho, dos cursos superiores de Engenharia Agronômica, Ciências Biológicas, Tecnologia em Alimentos, Matemática, Gestão Am-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

235

biental, Ciência da Computação, Educação Física e Tecnologia em Redes de Computadores. Eles foram selecionados a partir de edital de mobilidade acadêmica da Assessoria Internacional, que exigia Coeficiente de Rendimento Acadêmico (CORA) superior a 7, participação em iniciação científica, projetos de extensão, prêmios em olimpíadas de conhecimento, entre outros critérios. A seleção também incluiu análise de currículo.

Em outubro de 2013 Servidores debatem política e práticas de inclusão no IFSULDEMINAS. Cerca de 200 educadores das redes federal, estadual, municipal e particular da região participaram do 1º Seminário de Educação Inclusiva realizado pelo IFSULDEMINAS, entre os dias 03 e 05 de outubro, no Campus Inconfidentes. Palestras, mesa redonda e apresentações culturais marcaram o evento que teve por objetivo debater as estratégias e as políticas de educação inclusiva, bem como oferecer repertório teórico para a reflexão, resultando em propostas e práticas inovadoras de inclusão.

Em novembro de 2013 o Conselho da Ordem Municipal outorgará ao IFSULDEMINAS a mais alta honraria de Pouso Alegre.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) receberá, nesta sexta-feira, 29 de novembro, a “Medalha da Ordem Municipal do Mérito de Pouso Alegre”, em reconhecimento ao trabalho realizado em prol do desenvolvimento do município. A outorga foi aprovada por unanimidade pelos membros do Conselho da Ordem Municipal, em reunião presidida pelo prefeito Agnaldo Perugini.

Em junho de 2014 / Gestão 2014-2018 toma posse na Reitoria.

Os servidores que integram a gestão 2014/2018, comandada pelo reitor eleito Marcelo Bregagnoli, foram apresentados na manhã desta segunda-feira, 2 de junho, durante encontro realizado na sala de reuniões da Reitoria, em Pouso Alegre. Bregagnoli apresentou sua nova equipe de pró-reitores, diretores e coordenadores gerais, que ocuparão os cargos de direção pelos próximos quatro anos.

Capítulo VI

236

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Novo Reitor eleito em 2014 Marcelo Bregagnoli

Programa “Educação em Foco” Em julho de 2014 TV Câmara e IFSULDEMINAS estreiam programa “Educação em Foco” Em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), a TV Câmara Pouso Alegre estreia, nesta quinta-feira, 17 de julho de 2014, o programa “Educação em Foco”. A atração levará para a telinha temas relacionados à atuação do IFSULDEMINAS na região por meio de entrevistas com os profissionais que integram o quadro de servidores da instituição. A intenção também é colocar em pauta assuntos relacionados às áreas de estudo nas quais a instituição possui cursos.

Em busca de inovação e novos produtos

Em 2015 O IFSULDEMINAS – Campus Machado, numa parceria público-privada, desenvolveu um maquinário usado para descascar o café cereja (maduro) sem o uso de água. A inovação tecnológica foi patentEaDa e trará inúmeros benefícios ambientais e econômicos à cafeicultura nacional. O Brasil é o maior exportador e produtor mundial do grão. Estima-se que 70% desta produção seja proveniente de pequenas e médias propriedades. Porém, atualmente, somente as médias e grandes, em sua maioria, fazem uso de máquinas descascadoras

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

237

de café cereja, que reduzem o volume para a secagem em 40 a 50%, e preservam uma melhor bebida, agregando valor.

Descascador de café

Diretor do Campus Machado (centro) com proprietários da Pinhalense Máquinas Fonte: Arquivo do campus

Ainda em 2015 o Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) realizou a aula inaugural do Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos, no Campus Machado. A atividade contou com a presença do reitor do Instituto Federal, professor Marcelo Bregagnoli; do pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, José Luiz de Andrade R. Pereira; do pró-reitor de extensão, Cleber Ávila Barbosa; do diretor geral do campus, Carlos Henrique Rodrigues Reinato, entre outras autoridades acadêmicas.

Em 14 de setembro de 2015 cerca de 300 pessoas estiveram reunidas no auditório do Palace Casino, no Centro de Poços de Caldas, para prestigiar a cerimônia de abertura da nona edição da Olimpíada Internacional de Ciências da Terra (International Earth Science Olympiad – IESO, na sigla em inglês), promovida pela International Geoscience Education Organization (IGEO) e realizada, neste ano, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS). Essa é a primeira vez que o evento é organizado no Brasil.

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Paulo Roberto Ceccon

Abertura da Olimpíada Internacional de Ciências da Terra (International Earth Science Olympiad, IESO, Poços de Caldas – MG – 2015

Fonte: Arquivo da Reitoria do IFSULDEMINAS

Em 24 de setembro de 2015, o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) assinou convênios para o fortalecimento da Agricultura familiar.

Em solenidade realizada no Centro de Excelência do Café do Campus Machado, esteve presente o ministro de Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias, para a assinatura do convênio realizado com o Campus Inconfidentes, sobre o fortalecimento da agroecologia e produção orgânica. Na ocasião, também foi firmado o convênio com o Campus Machado para a implantação do Centro de Formação e Desenvolvimento da Agricultura Familiar no Sul de Minas.

Parceria com o Ministério da Justiça

Em 18 de dezembro de 2015 O Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), em parceria com a Prefeitura de São Paulo, ofertará 200 vagas do curso de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira para imigrantes e refugiados, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O demandante do curso é o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Justiça e iniciativa do Comitê Nacional para os Refugiados.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

239

Em março de 2016 alunos e servidores comemoraram os 98 anos de fundação do IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes. A instituição foi criada em 28 de fevereiro de 1918, sob o título de Patronato Agrícola Visconde de Mauá.

Alunos e servidores reunidos no ginásio poliesportivo Nilo Peçanha comemorando os 98 anos da instituição

Fonte: Arquivo do Campus Inconfidentes

Em junho de 2016 dois consultores da ONU (Organização das Nações Unidas) Kleber Pettan e o japonês Shugo Hama visitaram as instalações do IFSULDEMINAS Campus Machado, na manhã desta quinta, 16/6, para conhecerem a infraestrutura de pesquisa e produção de café. Ambos desenvolvem projetos na Ásia e África junto a comunidades produtoras de café orgânico (Fair Trade) por meio da Japan International Cooperation Agency (JICA).

Na noite de quarta-feira, 22 de junho de 2016, durante a abertura do 1º Fórum Mineiro da Rede Federal, em Poços de Caldas, o Instituto Federal do Sul de Minas lançou a segunda edição da Revista de Extensão – IFSULDEMINAS. Mais de 100 representantes das seis instituições mineiras, além dos servidores do Instituto, prestigiaram a publicação, que aborda projetos, capacitações e eventos realizados durante os anos de 2014 e 2015.

Capítulo VI

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Na manhã da quinta-feira, 30 de junho de 2016, o Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) deu mais um passo rumo a sua consolidação. Servidores, estudantes, autoridades locais e comunidade participaram da cerimônia de descerramento da placa de inauguração do Campus Avançado Três Corações. O momento solene marcou a reforma do prédio e a entrega oficial do campus avançado à comunidade tricordiana.

Em 20 de outubro de 2016 cerca de 300 gestores de escolas estaduais iniciam curso sobre Gestão do Programa Nacional de Alimentação Escolar. A capacitação é ofertada na modalidade à distância pelo IFSULDEMINAS. Em 08 de novembro de 2016 o reitor do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), professor Marcelo Bregagnoli, e o reitor do Instituto Federal Fluminense (IFFluminense), Jefferson Manhães de Azevedo, viajaram para o Paraguai. Com o objetivo de participar de um workshop e reunião do agrupamento América Latina, os reitores representaram o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional (Conif).

Em 2017 o Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) realizou o IV Encontro de Bibliotecários – Tendências e Inovações para o Profissional da Informação”. O evento organizado pela Coordenação-Geral das Bibliotecas do IFSULDEMINAS aconteceu no dia 24 de abril, das 8 h às 17 h, no auditório do Campus Machado. Teve como objetivo abrir espaço para debates e trocas de experiências que contribuam com a prestação de serviços no âmbito das unidades de informação, oportunizando a aproximação com profissionais que atuam em diferentes tipos de Bibliotecas.

Em maio de 2017 professores e técnicos administrativos dos campi e da Reitoria se reuniram para o 1º Dia Escolar do IFSULDEMINAS, que teve como tema a Permanência e Êxito dos Estudantes. O encontro aconteceu no Campus Pouso Alegre e foi transmitido ao vivo, simultaneamente, para os outros sete campi da instituição.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

241

Em junho de 2017, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) homenageou o IFSULDEMINAS – Campus Machado por seus 60 anos. A cerimônia aconteceu em Belo Horizonte e contou com a presença de diversas autoridades, bem como de 70 servidores da instituição, membros do Poder Executivo e verEaDores da cidade.

Também em 2017 o Projeto IF Solar do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) foi classificado para a etapa final do 21º Concurso Inovação no Setor Público promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) em todo o país.

Em julho de 2017 IFSULDEMINAS recebe reconhecimento da Câmara Municipal de Pouso Alegre por parceria feita com associação de catadores.

Em 2017 o IFSULDEMINAS oferta mais de 600 vagas em cursos técnicos do MedioTec para 14 municípios de São Paulo.

O Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) firmou nesta quinta-feira, 31 de agosto de 2017 mais um acordo de cooperação para realização de intercâmbios com a universidade da Finlândia, HAMK – Hãme University of Applied Sciences. O convênio foi assinado pelo reitor Pertti Puusaari, com a participação da responsável pela Assessoria Internacional da HAMK, Marja Laurikainen.

O acordo foi possível por meio da intermediação do professor do Campus Muzambinho, Renato Aparecido de Souza, que está no país participando do Programa FiTT, que consiste em formar multiplicadores para a disseminação dos conhecimentos adquiridos para a Rede Federal e outras redes públicas de ensino, a partir de experiências internacionais exitosas em Educação Profissional e Tecnológica (EPT) apoiadas pela Setec/MEC. Em 2018 o processo eleitoral para escolha de reitor e diretores-gerais é deflagrado no IFSULDEMINAS.

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242

6.7 Indicadores da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação INDICADORES 10 ANOS IFSULDEMINAS INDICADOR

ANO 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Quantidade de bolsas PIBITI/ CNPQ

0

0

0

3

3

5

6

6

9

11

Quantidade de bolsas PIBITI/ CNPQ

0

0

0

3

3

3

3

3

2

3

Quantidade de bolsas PIBIC/IF (pibic e pibic EM)

0

0

0

135

109

115

160

125

111

77

Quantidade de bolsas PIBITI/IF

0

0

0

0

0

0

0

19

21

15

Quantidade de bolsas PIBIC JR/ FAPEMIG

10

10

10

20

20

20

20

20

20

20

Quantidade de bolsas PIBIC/ FAPEMIG

0

0

9

20

20

20

30

30

40

40

Quantidade de bolsas PIBIC_ EM/CNPQ

0

0

0

0

20

39

39

39

33

37

Artigos completos publicados

0

172

179

211

181

189

169

175

190

182

Capítulos de livros

0

19

13

30

7

50

23

10

20

16

Livros

0

9

8

5

8

8

13

10

11

5

Trabalhos publicadas em eventos

0

383

249

308

379

409

355

385

410

386

Patentes

0

0

0

0

0

0

1

1

1

0

Registro de Marcas

0

0

0

0

2

3

3

2

7

0

Registro de Software

0

0

0

0

0

0

2

6

0

1

Pós-graduação Lato Sensu

0

1

1

7

10

11

9

9

12

15

Pós-graduaçãoStricto sensu

0

0

0

0

0

0

0

1

1

2

Número projetos de pesquisa

0

0

50

200

337

321

391

399

350

370

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

243

Bolsas de Iniciação Científica

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Capítulo VI

244

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Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

245

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Artigos completos publicados pelo IFSULDEMINAS

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

Capítulo VI

246

Paulo Roberto Ceccon

Propriedade intelectual de Software

Fonte: Dados da pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação

6.8 Indicadores da pró-reitoria de Extensão Convênios internacionais

Convênios de Estágios

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

247

Número de Cursos de Formação Inicial e Continuada

Número de cursos de Idiomas/vagas

Quadro de ações e número de ações Pró- Reitoria de Extensão Ações

Número de ações no Exercícios 2012

2013

2014

2015

2016

Projetos de Extensão

sem informações

67

142

257

247

Eventos de Extensão

57

85

128

224

338

Cursos de Formação (inicial e continuada)

69

55

172

113

123

Convênios ( número de empresas conveniadas)

12

176

236

275

356

Estágios (obrigatórios e não obrigatórios)

5435

5310

6507

6625

5194

Capítulo VI

248

Paulo Roberto Ceccon

Estágios

Eventos de extensão

Número de Intercâmbios

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

249

Número de Projetos de Extensão

Número de ações da Assessoria Internacional

6.9 Indicadores da pró-reitoria de Administração Indicadores da pró-reitoria de Administração INDICADORES FINANCEIROS - 10 ANOS IFSULDEMINAS INDICADOR

2009

2010

2011

2012

2013

Pessoal

6.842,00

56.511.658,00

69.910.782,00

80.225.298,00

101.983.972,00

Matriz Conif Custeio

0,00

15.022.004,00

22.256.155,00

29.084.991,00

36.173.691,00

Matriz Conif Capital

0,00

8.578.614,00

7.343.493,00

28.178.486,00

23.969.302,00 continua.

Capítulo VI

Paulo Roberto Ceccon

250 continuação.

INDICADORES FINANCEIROS - 10 ANOS IFSULDEMINAS INDICADOR

2009

2010

2011

2012

2013

Receita própia (250 e 280)Custeio

0,00

1.876,608,00

2..356..790,00

2.147.400,00

2.033.112,00

Receita própia (250 e 280)Capital

0,00

110.000,00

381.000,00

1.067.334,00

1.072.000,00

INDICADORES FINANCEIROS - 10 ANOS IFSULDEMINAS INDICADOR Pessoal

2014

2015

2016

2017

2018

128.709.891,00 157.349.333,00

181.801.445,00

208.657.054,00 202.743.434,00

Matriz Conif Custeio

44.595.685,00

51.543.364,00

42.950.228,00

45.397.143,00

45.181.069,00

Matriz Conif Capital

54.843.773,00

42.542.590,00

16.126.840,00

11.376.691,00

7.668.903,00

Receita própia (250 e 280)Custeio

2.452.098,00

2.464.712,00

2.511.443,00

2.994.784,00

2.796.843,00

Receita própia (250 e 280)Capital

1.083.000,00

1.497.706,00

918.040,00

853.322,00

2.524.354,00

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

251

Capítulo VI

252

Paulo Roberto Ceccon

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

253

6.10 Diretoria de Tecnologia da Informação Tecnologia da Informação no IFSULDEMINAS Nos últimos anos, o IFSULDEMINAS intensificou a absorção de tecnologias da informação, tanto ao fazer investimentos, com o objetivo de otimizar recursos e aprimorar seus serviços, quanto ao assegurar que esses investimentos tenham retornos duráveis e sejam sustentáveis a longo prazo. A capacidade de adotar, criar e evoluir soluções no âmbito institucional é peça fundamental para que a Instituição se mantenha competitiva no cenário nacional e que os serviços oferecidos gerem cada vez mais benefícios para os usuários.

Capítulo VI

254

Paulo Roberto Ceccon

A partir da aprovação da Política de Gestão e Governança de TIC em dezembro de 2015 (Resolução CONSUP N.º 76/2015), a Instituição passou a contar com uma estrutura bem definida, que esclarece o papel da área de TIC tão bem quanto o seu relacionamento com as demais áreas do Instituto. A definição básica de diretrizes, objetivos e vocabulário, por exemplo, tem viabilizado uma atuação uniforme entre as unidades e potencializado a unificação de iniciativas e investimentos.

Da perspectiva estratégica, a atuação do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação (CGTI) é fundamental para assegurar o alinhamento entre as iniciativas que envolvem TIC e os interesses institucionais. Com o objetivo de abranger as diversas perspectivas existentes na Instituição, em 2016 o CGTI foi reestruturado, passando então a contar também com representantes das pró-reitorias e diretorias sistêmicas. Com essa mudança, o Comitê passou a ter uma visão realmente holística, permitindo a tomada de decisões de forma cada vez mais consistente e sustentável.

Também muito significativa foi a evolução na área de TIC da capacidade de planejar. Em 2015 foi publicado o primeiro Plano Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) e em 2016 o primeiro Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicações (PDTIC). Esses dispositivos são fruto da adoção de processos institucionais, que, em última instância, resultam em resoluções do Conselho Superior.

Toda essa preparação permite que a Instituição concentre seus esforços nos investimentos com maior potencial de retorno para a comunidade interna e para a sociedade como um todo. Sendo impossível detalhar ou mesmo mencionar todos os projetos realizados no Instituto, cabe destacar a seguir alguns dos quais deverão trazer maiores benefícios nos próximos anos.

No que diz respeito à plataforma para desenvolvimento de soluções de TIC o IFSULDEMINAS adotou com sucesso o SUAP, desenvolvido pelo IFRN. Da plataforma original, diversas soluções já foram

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

255

implantadas e customizadas para a realidade local, sem deixar de absorver as melhorias fornecidas pelo IFRN e por outros Institutos usuários e compartilhar os resultados alcançados internamente. Vários soluções estão sendo construídas na plataforma, facilitando o compartilhamento de dados e a interoperabilidade entre diferentes módulos.

Entre os projetos envolvendo o SUAP, sem dúvidas, o mais significativo é o módulo educacional. O IFSULDEMINAS possui desde a sua criação uma base de dados fragmentada entre os campi expansão, criada a partir de uma solução proprietária, resultando em dependência tecnológica e inviabilizando diversas iniciativas. Esta realidade vem mudando nos últimos anos, com a customização do módulo educacional do SUAP para a realidade do IFSULDEMINAS. A solução entrou em operação em 2017 e gradualmente se tornará a solução padrão para a gestão acadêmica, trazendo junto um conjunto de outras soluções e melhorias.

Outro avanço significativo foi a criação do serviço ID@IFSULDEMINAS, solução integrada para a manutenção de identidades digitais no âmbito do Instituto. Além de facilitar o acesso pelos servidores e alunos aos serviços de TIC, já que estes passam a contar com credenciais únicas, o serviço é um importante aprimoramento de segurança, que vem permitindo rever e extinguir soluções inseguras anteriormente utilizadas.

Em 2017 foi iniciado um piloto com o Processo Eletrônico Nacional (PEN) no SUAP. O projeto encontra-se em andamento e atingirá todo o IFSULDEMINAS em 2018, proporcionando uma significativa economia de recursos, maior agilidade, flexibilidade e segurança.

Com o arrocho financeiro atualmente experimentado, o IFSULDEMINAS vem estudando opções para manter seus serviços e projetos de TIC a longo prazo. Tem-se avaliado cuidadosamente as opções disponíveis no mercado e os compromissos resultantes de cada uma delas, já que recursos hoje disponíveis podem não existir no futuro. Também importante, objetiva-se evitar travas ou limitações técnicas resultanCapítulo VI

256

Paulo Roberto Ceccon

tes de grandes investimentos, que possam comprometer a sustentação institucional no futuro.

Todo o investimento e iniciativa na área de TIC é constantemente acompanhada pelo aumento frequente de ameaças tecnológicas, influenciando seu desenho, aquisição e operação. Nesse sentido, recursos são sistematicamente alocados na preparação para eventuais incidentes de segurança. Grande avanço foi alcançado até aqui, mas o futuro é bastante desafiador.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

257

CAPÍTULO VII ESTRUTURA FÍSICA – BÁSICA E PEDAGÓGICA A região Sul de Minas possui predominância do bioma da Mata Atlântica e áreas do cerrado, abrigando o chamado Circuito das Águas, marcado pela preservação de mananciais e pelo potencial turístico (IFSULDEMINAS, 2013). A densidade de ocupação de solos fornece uma medida da utilização de terras, estabelecendo relações entre a área total dos municípios não disponíveis para atividades agrosilvopastoris.

A região Sul de Minas é formada por 178 municípios, fazendo divisa com os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. A educação da região possui dados críticos, em que nas faixas etárias de 15 a 17 anos, de 18 a 24 anos e acima de 25 anos não concluíram o ensino fundamental. Além disso, em média 11% dos indivíduos com 15 anos ou mais são analfabetos; conforme o IBGE, em 2007, possuía 2,83 milhões de habitantes, representando 14,7 % da população do Estado de Minas Gerais.

A taxa de urbanização da região Sul de Minas, de 81% era ligeiramente inferior à do estado, de 84%. Taxa variando entre os municípios.

Nas localidades maiores, acima de 50 mil habitantes, a taxa média de urbanização situava-se em 94%, ficando apenas Três Pontas com 84%.

Dos doze municípios acima de 50 mil habitantes, em 2007, apenas três cresceram a um ritmo inferior da região. A região com IDHM de 0,783 apresenta um nível de desenvolvimento humano um pouco acima do estado (IDHM de 0,733). Pelo IDHM, a situação da região Sul é melhor do que a do Estado, mas é ligeiramente inferior na dimensão da Educação (IFSULDEMINAS, 2013). Enquanto nenhum dos municípios do Sul tem índice de Educação inferior a 0,7, no estado isso ocorre com 7,8% das localidades.

Capítulo VII

Paulo Roberto Ceccon

258

Na dimensão educação, são utilizados apenas dois indicadores, taxa de alfabetização da população de quinze anos ou mais e taxa bruta de frequência nos três níveis – fundamental, médio e superior.

Escolaridade da População da Região Sul de Minas e do Estado de Minas Gerais SUL DE MINAS

MINAS GERAIS

% de analfabetos

1,4

1,8

% de analfabetos funcionais*

8,8

9,6

% de analfabetos fundamentais*

51,2

54,5

% de analfabetos

2,5

3,3

% de analfabetos funcionais*

11,6

12,6

% de analfabetos fundamentais**

46,8

44,5

% com 12 anos ou mais de estudo***

7,7

5,7

% de analfabetos

13,4

15,2

% de analfabetos funcionais*

33,4

33,4

% de analfabetos fundamentais**

71,7

68,2

% com 12 anos ou mais de estudo***

6,7

7,8

INDICADORES POR FAIXA ETÁRIA

15 a 17 anos (adolescentes)

18 a 24 anos (jovens)

25 anos ou mais (adultos)

Fonte: Relatório de gestão 2013

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

259

MATRICULADOS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM A RENDA FAMILIAR PER CAPITA (MRF) Este indicador mede a capacidade de inclusão social da instituição.

MRF= FAIXASMX 100 MATRÍCULAS ATENDIDAS FAIXAS

MATRÍCULAS ATENDIDAS

Descrição: Contagem dos alunos matriculados em cursos regulares, aos quais tenham sido aplicados questionários socioeconômicos, para identificar em qual faixa de renda familiar per capita (em Salários Mínimos) cada aluno se enquadra.

Descrição: Corresponde ao aluno que esteve com sua matrícula ativa em, pelo menos, umdia no ano de referência. Consideram-se todas as matrículas que estiveram com status “em curso” ou “integralizadas em fase escolar” por, pelo menos, um dia no período analisado.

FAIXA: LimInf <RFPC ≤ LimSup Onde: RFPC: Renda Familiar Per Capita LimInf: Limite Inferior (em Salários-mínimos) LimSup: Gastos com Precatórios (em salários-mínimos) FAIXA: conforme descrição abaixo.

FAIXA1: 0 <RFPC ≤ 0,5 SM FAIXA2: 0,5 <RFPC ≤ 1 SM FAIXA3: 1 <RFPC ≤ 1,5 SM FAIXA4: 1,5 <RFPC ≤ 2,5 SM FAIXA5: 2,5 <RFPC ≤ 3,5 SM FAIXA6: RFPC >3,5 SM Fonte: Questionário a ser respondido por todos os alunos da Instituição, que servirá também para ações da Assistência Estudantil.

Fonte: SisTec

Capítulo VII

Paulo Roberto Ceccon

260

TABELA 12: MRF – REDE FEDERAL, REDE MINEIRA E IFSULDEMINAS

RENDA FAMILIAR

0<RFPC= 0,5<RFPC= 1<RFPC= 1,5<RFPC= 2,5<RFPC= <0,5 SM <1 SM <1,5 SM <2,5 SM <3,5 SM

RFPC> 3,5 SM

NÃO DECLARADA

Rede Federal

12.68%

11.41%

7.76%

5.72%

2.72%

3.52%

56.21%

IFMG

19.43%

22.36%

7.84%

9.55%

5.67%

13.36%

21.80%

IFNMG

15.37%

9.20%

4.73%

2.23%

7.70%

3.20%

67.38%

IFSUDESTE-MG

7.03%

13.85%

18.10%

11.14%

6.91%

7.37%

35.61%

IFTM

4.52%

12.18%

9.07%

7.26%

3.32%

4.65%

59.00%

CEFET-MG

14.16%

22.51%

2.58%

12.55%

5.58%

12.15%

30.47%

IFSULDEMINAS

0.88%

1.74%

22.12%

6.41%

16.40%

19.70%

65.25%

Fonte: Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS.

Este indicador expressa a contagem dos alunos matriculados em cursos regulares e que preencheram, em algum momento de sua trajetória escolar, questionários socioeconômicos. Como se nota, o percentual de situação de renda per capita não declarada é de 65,25% no IFSULDEMINAS em 2017.

Em relação aos 34,75% dos estudantes que responderam aos questionários socioeconômicos, é possível observar que as matrículas do IFSULDEMINAS estão concentradas na faixa de renda de 1 a 1,5 salário-mínimo, 22,12%. Vale ressaltar aqui que o índice de não declarados equivale a alunos matriculados em cursos de Educação à Distância. Quando se observa a faixa de menor renda, de 0 a 1 salário-mínimo, constata-se que o IFSULDEMINAS é o menor da Rede, 2,62%.

Dos estudantes, 16,40% estão na faixa entre 2,5-3,5 salários-mínimos, enquanto 19,70% estão na faixa acima de 3,5 salários-mínimos, o maior se comparado aos seus pares mineiros.

Tais indicadores não se desvinculam das características socioeconômicas regionais, mas valem para pesquisas futuras a fim de comparar a opção que esses estudantes, oriundos de diversas faixas de renda fazem. Por 44

44 Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

261

outras palavras, quais níveis, tipos de curso e modalidades escolhem os estudantes de distintas faixas de renda para ingressar no IFSULDEMINAS? Há que se investigar também, nos próximos anos, o impacto das políticas de assistência estudantil e de seleção por cotas na distribuição dos estudantes por faixas de renda e cor no IFSULDEMINAS. A política de universalização do ensino fundamental, desde a década de 1990, proporcionou melhorias no grau de escolaridade da população. A educação superior na região é ofertada, parcialmente, por escolas federais como a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Universidade Federal de São João del Rey (UFSJ), a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e a Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) e como as particulares como a Universidade Vale do Sapucaí que é referência na região por ofertar educação de qualidade.

O IFSULDEMINAS possui as seguintes áreas:

UNIDADE

MUNICÍPIO DE LOCALIZAÇÃO

Campus Inconfidentes Inconfidentes

ÁREA ÁREA TOTAL DO ÁREATOTAL DO CONSTRUÍDA TERRENO TERRENO (M²) COBERTA EM (M²) HECTARES

DEMAIS ÁREAS (M²)

ÁREAS ÁREAS PROTEGIDAS PROTEGIDAS EM RELAÇÃO EM AOTOTAL DA HECTARES PROPRIEDADE EM %

2.332.701,00

233,27

30.336,00

2.302.365,00

70,76

30,33

Machado

1.344.200,00

134,42

32.322,00

1.311.878,00

21,29

15,84

Poço Fundo

7.216,00

0,72

1.515,00

5.701,00

0

0,00

Guaxupé

800.199,98

80,02

1.133,34

799.066,64

0

0,00

Muzambinho

2.206.338,45

220,63

43.908,30

2.162.430,15

42,086

19,08

Campus Passos

Passos

30.446,79

3,04

9.046,00

21.400,79

0

0,00

Campus Poços de Caldas

Poços de Caldas

57.216,76

5,72

10.441,86

46.774,90

0

0,00

Campus Machadow Campus Muzambinho

Continua.

Capítulo VII

Paulo Roberto Ceccon

262 Continuação.

MUNICÍPIO DE LOCALIZAÇÃO

UNIDADE

Campus Pouso Alegre Pouso Alegre Campus Avançado Carmo de Minas

Carmo de Minas

Campus Avançado Três Três Corações Corações

ÁREA ÁREA TOTAL DO ÁREATOTAL DO CONSTRUÍDA TERRENO TERRENO (M²) COBERTA EM (M²) HECTARES

ÁREAS ÁREAS PROTEGIDAS PROTEGIDAS EM RELAÇÃO EM AOTOTAL DA HECTARES PROPRIEDADE EM %

DEMAIS ÁREAS (M²)

35.604,92

3,56

11.061,32

24.543,60

0

0,00

104.867,00

10,49

4.678,58

100.188,42

3,85

36,71

11.721,30

1,17

7.531,26

4.190,04

0

0,00

Reitoria

Pouso Alegre

5.049,00

0,50

1.941,00

3.108,00

0

0,00

Total

Total

6.935.561,20

693,56

153.914,66

6.781.646,54

137,986

19,90

Fonte: Próprio autor.

INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA (CONSTRUÇÃO OU REFORMA) NOS CAMPI E REITORIA DO IFSULDEMINAS – 2009 A MAIO DE 2018 QUANTIDADE

CAMPUS OU REITORIA

VALOR

1

POÇOS DE CALDAS

R$ 15.173.765,30

2

TRÊS CORAÇÕES

R$ 5.955.674,18

3

CARMO DE MINAS

R$ 3.382.710,19

4

CAMPUS INCONFIDENTES

R$ 9.715.335,18

5

CAMPUS MACHADO

R$ 13.643.005,47

6

CAMPUS MUZAMBINHO

R$ 27.006.592,08

7

CAMPUS PASSOS

R$ 8.290.271,34

8

CAMPUS POUSO ALEGRE

R$ 11.985.805,73

9

REITORIA

R$ 5.178.334,51

TOTAL

R$ 100.331.493,98

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

263

INVESTIMENTO PARA COMPRA DE TERRENO E INSTALAÇÕES PERÍODO DE 2009 A 2018 LOCAL

CAMPUS AVANÇADO DE TRÊS CORAÇÕES

CAMPUS PASSOS

DESCRIÇÃO

VALOR

O IFSULDEMINAS adquiriu em 2013 um Terreno e suas benfeitorias da UNINCOR pelo valor de R$ 4.250.000,00 com área total de 2.914,39 M² e área construída de 2.386 M²

R$ 4.250.000,00

Aquisição de imóvel urbano “Terreno”conforme matrícula 6.184 e IPTU 01.05.213.0063, localização do imóvel definido pelo proprietário e croqui apresentado em Três Corações– MG, com área 333,50 m2, Rua deputado Carlos Luz, 395– Vila Dona Noemeem 2016 adquiriu um terreno de 235 M² pelo valor de R$ 346.000,00

R$ 346.000,00

Primeiro Terreno– O IFSULDEMINAS faz a compra do primeiro terreno com infraestrutura com área de 9.993,67 m², pelo valor de R$ 2.060.000,00

R$ 2.060.000,00

Segundo Terreno com a casa– Adquirido em 2013 pelo valor de R$ 2.588.000,00. Área total de 10.067 M², neste terreno estava a casa do vendedor Gerson

R$ 2.588.000,00

TOTAL

R$ 9.244.000,00

Fonte: Próprio autor

Capítulo VII

Paulo Roberto Ceccon

264

INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE PERÍODO DE 2009 A 2018 UNIDADE

VALOR

Campus Poços de Caldas

R$ 1.229.010,62

Campus Inconfidentes

R$ 8.774.948,02

Campus Machado

R$ 7.885.821,26

Campus Muzambinho

R$ 19.197.649,24

Campus Passos

R$ 2.982.678,89

Campus Pouso Alegre

R$ 4.466.076,67

Reitoria, Campus Avançado de Três Corações e Campus Avançado de Carmo de Minas

R$ 25.037.241,91

TOTAL

R$ 69.573.426,61 Fonte: Próprio autor

INVESTIMENTOS TOTAIS EM OBRAS, REFORMAS, AQUISIÇÃO DE TERRENOS, INFRAESTRUTURA, EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE 2009 A 2018 Unidade

VALOR

Campus Poços de Caldas

R$ 16.402.277,92

Campus Inconfidentes

R$ 18.490.283,20

Campus Machado

R$ 21.528.826,73

Campus Muzambinho

R$ 46.204.241,32

Campus Passos

R$ 15.920.950,23

Campus Pouso Alegre

R$ 16.451.882,40

Reitoria, Campus Avançado de Três Corações e Campus Avançado de Carmo de Minas

R$ 44.149.960,79

TOTAL

R$ 179.148.920,59 Fonte: Próprio autor

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

265

Quanto ao desenvolvimento educacional de extensão tem-se:

A institucionalização da Educação Tecnológica no Brasil é a maior revolução educacional acontecida na história do nosso país. Com a criação dos Institutos, ficou definido o papel das Instituições de Educação Tecnológica para o desenvolvimento local. Assim, após a institucionalização, passamos a ter a responsabilidade de cultivar com mais ênfase o nosso compromisso com as questões sociais e com uma nova perspectiva de desenvolvimento (IFSULDEMINAS, 2013, p. 64).

Possui salas de aulas divididas em setores contando com equipamentos audiovisuais, com kit de televisão de 29 polegadas, videocassete e computador multimídia. O computador é visto como um aliado do educador em suas práticas pedagógicas, essa prática é tão recente que ainda não se tem ao certo uma ideia clara de seus efeitos.

As vantagens do uso do computador pelo professor no seu contexto pessoal são extensas. Exemplo disso é o ganho de tempo na execução de tarefas diárias, tais como elaborar fichas de trabalho, testes, etc., bem como o uso da internet, que lhe dá a possibilidade de formação à distância, troca e pesquisa de informações entre muitas outras.

Em contexto de sala de aula, também são de enumerar algumas vantagens tais como a interação diferenciada que o professor pode estabelecer com os seus alunos quando recorre a softwares específicos, a pesquisa na internet orientada, esclarecer dúvidas on-line, conversar com os encarregados de educação, etc, recorrendo a simulações e animações computacionais, programas interativos, entre outros, pode ajudar-se o aluno a compreender melhor o modelo, driblando algumas das suas dificuldades, segundo Martinho e Pombo (2009).

Com os equipamentos audiovisuais, é possível uma intensa participação do aluno por conta das inúmeras discussões referentes aos Capítulo VII

266

Paulo Roberto Ceccon

textos teóricos e ficcionais, com aulas expositivas, apresentação de seminários com utilização de recursos audiovisuais. É interação entre aluno e professor na busca por argumentos que possam contextualizar as teorias apresentadas em sala.

Possui acervo bibliográfico da Biblioteca Afonso Arinos constituído de 13.523 livros e 886 periódicos com salas de estudos, sala de processamento técnico, banheiros, sala de reuniões, equipamentos para modalidade EaD e outros (IFSULDEMINAS, 2013). No Campus Inconfidentes, os alunos do curso de Informática, Agrimensura, Administração e Agroindústria, computador para cada dois alunos.

O laboratório de informática tem papel fundamental para evitar a evasão, já que é comum se observar o interesse e a frequência nos dias em que vão ao laboratório. E, para os demais cursos, é um computador para cada quinze alunos. Os docentes têm direito a um computador (IFSULDEMINAS, 2013).

O Campus Inconfidentes é capacitado com um servidor para gerenciar o processo na instituição, não havendo estrutura pronta para administração desse quesito. A instituição possui vários laboratórios nas áreas tradicionais da sua atuação.

No Campus Machado, os alunos têm direito a um computador para cada dezesseis alunos em horários pré-determinados. Nas aulas nos laboratórios de informática, cada aluno tem um computador. Sobre os benefícios de se trabalhar com os meios eletrônicos, Marcuschi (apud MARCUSCHI; XAVIER, 2005 p. 20) elucida que: [...] os gêneros textuais são complexas relações entre um meio, um uso e a linguagem. No presente caso, meio eletrônico oferece peculiaridades específicas para usos sociais, culturais e comunicativos que não se oferecem nas relações interpessoais face a face.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

267

Desde 2017, o Campus Machado vem realizando obras de infraestrutura em todo o instituto, como troca de piso, reboco das paredes, instalações elétricas. Um novo estacionamento está sendo construído, bem como calçamento para a administração com bloquete. No anfiteatro, as paredes internas foram rebocadas, janelas instaladas, e no setor de piscicultura o telhado está sendo reformado.

O Campus de Muzambinho promoveu a capacitação de um docente para estruturar o Núcleo de Inovação tecnológica com o convênio com a Setec e a UnB, objetivando promover cooperação técnica para implantação do processo de incentivo, comercialização e transferência de tecnologia.

O IFSULDEMINAS, no ano de 2017, teve projeto aprovado pela FINEP no valor de R$ 780.767,01 para implementar no Campus Pouso Alegre uma central analítica multiusuário com equipamentos como cromatógrafo líquido com detector de espectro de massa, para atender as demandas de análises químicas em várias áreas do conhecimento.

Capítulo VII

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

269

CAPÍTULO VIII RECURSOS HUMANOS DO IFSULDEMINAS PERÍODO DE 2010 A 2017 Número de Docentes por Titulação do IFSULDEMINAS – 2010 a 2017 ANO

TITULAÇÃO DOCENTE Graduado

Aperfeiçoado

Especialista

Mestre

Doutor

Total

2010

13

0

73

91

53

230

2011

28

1

86

134

78

327

2012

21

1

83

169

81

355

2013

18

1

102

197

107

425

2014

33

2

81

227

142

485

2015

15

0

59

260

167

501

2016

14

0

46

271

190

521

2017

8

0

47

250

224

529

Fonte: Coordenação de Desenvolvimento 31.12.2017

Número de servidores Técnicos-Administrativos por Titulação do IFSULDEMINAS 2010 a 2017 TITULAÇÃO TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS ANO

2010

Fundamental Fundamental Incompleto Completo 31

14

Ensino Médio 73

Graduado Especialista 87

104

Mestre

Doutor

Total

6

1

316 Continua.

Capítulo VIII

Paulo Roberto Ceccon

270 Continuação.

TITULAÇÃO TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS ANO

Fundamental Fundamental Incompleto Completo

Ensino Médio

Graduado Especialista

Mestre

Doutor

Total

2011

20

18

74

92

150

10

1

365

2012

19

15

69

4

78

187

22

394

2013

15

12

83

103

230

36

3

482

2014

14

11

85

110

243

48

3

514

2015

1

7

93

110

257

63

3

534

2016

9

8

64

106

261

94

3

545

2017

0

0

73

103

260

114

4

554

Fonte: Coordenação de Desenvolvimento 31.12.2017

No mês de dezembro/2017, a equipe de servidores contava com a colaboração de 1.083 servidores em exercício, sendo 529 professores efetivos e 554 técnicos-administrativos entre a Reitoria e os oito campus: três são agrícolas (Machado, Muzambinho e Inconfidentes) e agregam um maior número de servidores por serem escolas agrotécnicas anteriores à implantação dos institutos federais em 2008.

Para análise de força de trabalho em comparação à faixa etária, pode-se perceber que 45% dos servidores se encontram na faixa etária de efetivo trabalho. Determinando assim um grande potencial de força de trabalho para os próximos anos. Nos campus antigos, as aposentadorias esporádicas são supridas de imediato de acordo com o banco equivalente e o quadro de referência dos técnicos-administrativos.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

271

ÍNDICE DE TITULAÇÃO DO CORPO DOCENTE (ITCD) Este indicador mede o índice de atualização do corpo docente.

ITCD= G*1+A*2+E*3+M*4+D*5 G+A+E+M+D NUMERADOR

DENOMINADOR

Descrição: Somatório de todos os docentes efetivos ou temporários da Instituição, ponderado pela sua titulação: Graduação (G): Peso 1; Aperfeiçoamento (A): Peso 2; Especialização (E): Peso 3; Mestrado (M): Peso 4; Doutorado (D): Peso 5.

Descrição: Somatório de todos os docentes da Instituição, independentemente da sua titulação e regime de trabalho.

Fonte: SIAPE

Fonte: SIAPE

ITCD– REDE FEDERAL, REDE MINEIRA E IFSULDEMINAS45 2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Rede Federal

2.7

3.2

3.6

3.62

2.07

3.9

4

IFMG

2

2.1

3.9

3.53

2.2

4.05

4.1

IFNMG

1.6

3.44

3.4

3.5

1.96

3.85

3.9

IFSUDESTE-MG

1.9

3.96

3.9

3.63

2.19

4.08

4.2

IFTM

2

1.91

4.1

3.87

2.21

4.11

4.2

CEFET-MG

3.7

3.91

2.8

3.84

2.38

4.26

4.4

IFSULDEMINAS

3.71

3.81

3.88

3.91

4.12

4.2

4.28

Fonte: Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS. Programa de Estatísticas, dicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS

45 O PEIA é o Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS. Foi criado por meio de Resolução ad referendum 041, de 09 de maio de 2018.

Capítulo VIII

272

Paulo Roberto Ceccon

Faixa Etária dos servidores do IFSULDEMINAS

Fonte: : Coordenação de Desenvolvimento 31.12.2017

Em maio de 2017, foi publicada pelos Ministérios do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e da Educação (MEC), a Portaria Interministerial n.° 109, de 27 de abril de 2017, que estabelece procedimentos de gestão do banco de professor equivalente e do quadro de referência dos técnicos-administrativos das instituições de ensino pertencentes ao MEC. A portaria estabelece diretrizes sobre como organizar o planejamento e o provimento de cargos nas admissões de professores e técnicos-administrativos, visando a inclusão de vagas na proposta orçamentária anual sempre dentro dos prazos regulamentares.

A partir de então, impactos na força de trabalho poderão ser identificadas, uma delas possivelmente será no aumento de um número maior de contratação de professores substitutos para suprir a necessidade e diminuição da força de trabalho dos técnicos-administrativos que não possuem a mesma prerrogativa.

No quadro do IFSULDEMINAS, não dispomos de nenhum servidor temporário conforme orientações da Portaria Interministerial MPOG/ MEC n.° 149/2011, portaria MEC n.° 815/2012 e ofício circular do MEC n.° 21/2016/DDR/Setec/MEC. De acordo com a legislação vigente, o número de professores substitutos não pode ultrapassar 20% do número de professores do

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

273

quadro efetivo, regra devidamente observada por esta Instituição.

Abaixo segue gráfico com o quantitativo de professores contratados por prazo determinado. O professor substituto poderá atuar na Instituição até o término da condição que ensejou o afastamento do professor efetivo, porém o contrato de trabalho não pode ultrapassar o prazo de vigência limite de 24 meses.

Além da Lei n.º 8.745/1993, os procedimentos relativos à contratação de professores substitutos também são regidos pelas disposições da Lei n.º 8.112/1990, Lei n.º 9.849/1999, Lei n.º 12.425/2011, Decreto n.º 94.664/1987, Decreto n.º 4.748/2003, Decreto n.º 7.312/2010, Decreto n.º 7485/2011 e Portaria Interministerial n.º 108/2011.

Capítulo VIII

Paulo Roberto Ceccon

274

O IFSULDEMINAS possui corpo docente qualificado para desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão. Quanto à titulação, 250 desses docentes são mestres, 224 doutores e 55 graduados ou especialistas.

Formação dos Docentes por campus em 2017

Campus

Graduação

Especialização

Mestrado

Doutorado

Total

Carmo de Minas

0

2

9

3

14

Inconfidentes

1

8

45

44

98

Machado

2

4

42

43

91

Muzambinho

3

8

53

57

121

Passos

2

13

30

15

60

Poços de Caldas

1

5

30

24

60

Pouso Alegre

2

4

27

27

60

Três Corações

0

3

14

8

25

Total

11

47

250

221

529

Fonte: Coordenação de Desenvolvimento 31.12.2017d

Professores do IFSULDEMINAS, regime de trabalho e vínculo com a Administração Pública. Ano-base 2017.

SUBSTITUTO / TEMPORÁRIO

EFETIVO

Total geral

614

40 horas

Dedicação exclusiva

40 horas

4

525

85

Do corpo técnico-administrativo os servidores da IFSULDEMINAS possuem um nível de escolaridade acima da habilitação mínima para o exercício do cargo. Quanto à titulação, cerca de 19% (103) dos técnico-administrativos são graduados, 47% (260) especialistas, 21% (114) mestres e 1% (4) doutores.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

275

Formação dos servidores Técnico-Administrativos em 2017 CAMPUS

MÉDIO OU FUNDAMENTAL

GRADUAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO

MESTRADO

DOUTORADO

TOTAL

Carmo de Minas

0

3

6

2

0

11

Inconfidentes

11

12

56

17

1

97

Machado

21

13

44

27

0

105

Muzambinho

16

22

47

18

0

103

Passos

3

6

25

7

1

42

Poços de Caldas

5

14

17

5

1

42

Pouso Alegre

4

10

20

8

0

42

Três Corações

3

2

3

4

1

13

Reitoria

10

21

42

26

0

99

Total

73

103

260

114

4

554

Fonte: Coordenação de Desenvolvimento 31.12.2017d

Entre os técnicos-administrativos houve um aumento no número absoluto de mestres, passando de 94 para 114, e aumento de um técnico-doutor.

Embora ainda não haja uma política de capacitação e treinamento formalmente instituída, há programas e ações voltadas para esse fim no IFSULDEMINAS. Essas ações visam estimular e apoiar a capacitação dos servidores. O Plano Anual de Capacitação (PAC) está sendo construído pela Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal. Inicialmente é proposto o diagnóstico dos setores para posterior pactuação de propostas de capacitação das necessidades levantadas.

No exercício de 2017, as capacitações oferecidas ocorreram em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Capítulo VIII

Paulo Roberto Ceccon

276

além das possibilidades oferecidas pelo IFSULDEMINAS como afastamentos plenos aos docentes e técnicos-administrativos; horário especial de estudante; concessão de horas para capacitação; ajuda para financiar os estudos através do PIQ – Programa de Incentivo a Qualificação; editais de bolsas de projetos de pesquisa e extensão.

Dentre os programas mantidos pelo IFSULDEMINAS está o Programa Institucional de Qualificação (PIQ), aprovado e regulamentado pela Resolução do Conselho Superior n.º 73, de 15 de dezembro de 2016, e tem como principal objetivo fomentar e incentivar a qualificação de seus servidores através de auxílio financeiro em de todos os níveis da formação formal, desde o ensino médio até a pós-graduação.

A seleção ocorre por meio de edital, em que os servidores podem concorrer aos auxílios.

Em 2017 foram beneficiados 109 servidores em todo o IFSULDEMINAS, a um investimento total de R$ 299.625,00 (duzentos e noventa e nove mil e seiscentos e vinte e cinco reais).

CAMPUS

SERVIDORES BENEFICIADOS

VALOR

Reitoria

17

R$ 47.200,00

Carmo de Minas

3

R$ 9.600,00

Inconfidentes

8

R$ 25.500,00

Machado

32

R$ 95.600,00

Muzambinho

13

R$ 39.400,00

Passos

9

R$ 30.000,00

Poços de Caldas

12

R$ 18.525,00

Pouso Alegre

11

R$ 22.800,00

Três Corações

4

R$ 11.000,00

TOTAL

109

R$ 299.625,00

Fonte: DGP

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

277

Outra ação desenvolvida pelo O IFSULDEMINAS é a regulamentação dos afastamentos plenos para cursos Stricto Sensu (Art.96-A da Lei 8.112-90 e o capítulo IX da Lei 12.772), através da Resolução 080/2015 para técnicos-administrativos e pela Resolução 068/2016 para os docentes. A regulamentação se torna importante, pois incentiva os servidores a buscarem a qualificação em nível de mestrado, doutorado e pós-doutorado.

No ano de 2017, no âmbito institucional, seis técnicos-administrativos foram afastados para cursar doutorado e 26 para fazer mestrado.

Entre os docentes, foram cinco afastamentos para cursar mestrado, 58 para o curso de doutorado e um para pós–doutorado.

Também está previsto no IFSULDEMINAS a concessão de horas para que os servidores possam se qualificar sem que se afastem de maneira integral do local de trabalho. A Resolução 080/2015 também regulamenta a concessão de horas aos técnicos administrativos estudantes, permitindo que seja dedicada até 20% da carga horária semanal para os estudos. No ano de 2017, este programa beneficiou 21 servidores.

CAMPUS

VALOR

Reitoria

10

Carmo de Minas

2

Passos

3

Poços de Caldas

1

Pouso Alegre

4

Três Corações

1

TOTAL

21

O IFSULDEMINAS, por meio da Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal, possui a parceria com a ENAP, oferecendo diversos cursos através do programa “ENAP em Rede” em que são ofertados diversos Capítulo VIII

Paulo Roberto Ceccon

278

cursos, não somente para servidores do IFSULDEMINAS, mas também para outros órgãos federais da região.

CURSO

CARGA HORÁRIA

SERVIDORES IFSULDEMINAS

SERVIDORES OUTROS ÓRGÃOS

TOTAL SERVIDORES

Elaboração de Indicadores de Desempenho Institucional

40

18

11

29

Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos

32

16

11

27

TOTAL

72

34

22

56

Fonte: DGP 2018

Em 2017 foram oferecidos duas turmas, sendo capacitados 34 servidores do IFSULDEMINAS e 22 servidores de outros órgãos.

Visando o melhor gerenciamento e desenvolvimento das pessoas, competências institucionais com as competências humanas e técnicas dos servidores, de forma a proporcionar-lhes maior satisfação no trabalho e contribuir para a excelência de resultados da Administração Pública, e em conformidade com os Decretos N°s 94.664/87, 5.824/2006, 5.825/2006, 5.707/2006 e 6.114/2006, na Lei n°11.091/2005, na Portaria N°1.084 – MEC, de 2 de setembro de 2008. O IFSULDEMINAS lançou em 2016 o primeiro edital referente ao Banco de Instrutores, que constitui-se como um instrumento de Gestão Estratégica de Pessoas, que possibilita o cadastramento dos conhecimentos, habilidades, experiências e interesses pessoais que o servidor possui, com vistas a conhecer e realizar o cruzamento do potencial dos servidores selecionados e da necessidade de capacitação demandada no IFSULDEMINAS, quando necessário e possível. Foram recebidas 159 inscrições para 33 cursos diferentes.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

279

Quanto às despesas com pessoal, a média mensal com a manutenção de pessoal ativo e inativo do IFSULDEMINAS é de aproximadamente R$10.307.008,12(dez milhões, trezentos e sete mil, oito reais e doze centavos), como pode ser observado no quadro abaixo.

MÊS-2017

ATIVO / INATIVO

PENSIONISTA

SUPLEMENTAR

TOTAL SERVIDORES

JAN

R$ 9.307.351,58

R$ 458.429,75

-

-

FEV

R$ 8.840.927,22

R$ 456.866,79

-

-

MAR

R$ 8.975.809,90

R$ 457.198,15

-

-

ABR

R$ 8.989.891,87

R$ 459.923,31

-

-

MAI

R$ 9.108.161,13

R$ 455.738,38

-

-

JUN

R$ 12.616.915,03

R$ 733.126,33

-

-

JUL

R$ 9.216.452,87

R$ 488.607,91

-

-

AGO

R$ 9.233.465,41

R$ 474.382,04

-

-

SET

R$ 9.357.838,44

R$ 454.722,33

-

-

OUT

R$ 9.355.024,10

R$ 454.060,74

-

-

NOV

R$ 13.198.422,11

R$ 684.494,67

-

-

DEZ

R$ 15.483.837,83

R$ 456.498,84

R$ 2.030.818,81

R$ 33.423,82

TOTAL:

R$ 123.684.097,49

R$ 6.034.049,24 R$ 2.030.818,81

R$ 33.423,82

Fonte: PROAD Janeiro 2018

Para atendimento das determinações legais relativas ao controle das atividades acumuladas pelos servidores, o IFSULDEMINAS utiliza-se da ferramenta de cruzamento de informações, por meio do sistema SIAPE. A apuração de possível acúmulo ocorre durante o ato de admissão de pessoal (Nomeação/Contratação de Docentes Substitutos Lei 8.745/93), com o cruzamento de informações por meio do CPF. Capítulo VIII

280

Paulo Roberto Ceccon

Por meio desta análise é possível detectar a existência de outros vínculos funcionais, matrículas e registros preexistentes, garantindo a segurança e a legalidade da situação funcional dos servidores.

Além disso, no ato de posse os servidores nomeados ao assumirem o cargo efetivo devem assinar a “Declaração de Não-Acumulação de Cargo/Função/Emprego Público” e a “Declaração Negativa de Participação em Empresa Privada”, quando declaram não acumular cargo, emprego ou função indevida. No mesmo ato se comprometem a comunicar qualquer alteração que venha a ocorrer em sua vida funcional, especialmente no que tange à assunção de atividade remunerada pública ou privada.

Ainda é exigido para os docentes nomeados, sujeitos ao regime de dedicação exclusiva, a assinatura de “Declaração de Não Exercício de Atividade Remunerada”, a qual cientifica os novos servidores das consequências da infração ao regime de trabalho. A declaração assinada preceitua que a violação do regime de dedicação exclusiva sujeita o servidor a repor ao erário o valor equivalente à diferença entre este regime e o de 40 horas semanais, além de constituir infração funcional prevista na Lei n.º 8112/90, a ser apurada em processo disciplinar.

O controle de acumulação de cargos também recai sobre as contratações de professores substitutos que também devem assinar a “Declaração de Não-Acumulação de Cargo/Função/Emprego Público” e “Declaração Negativa de Participação em Empresa Privada”, obrigatória nos termos da lei.

Apesar do atendimento dos ditames legais, quanto à formalização dos atos por meio das declarações acima citadas, ainda não contamos com um sistema/procedimento formal de apuração fidedignidade das informações prestados pelos servidores no momento da posse e, no caso dos professores substitutos, na contratação. A Controladoria Geral da União – CGU tem auxiliado por meio de sistema próprio, na detecção de eventual manutenção de vínculo indevido, enviando diligências para apuração da regularidade funcional.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

281

No exercício de 2017, todos os servidores foram acionados a preencherem um formulário digital relativo à acumulação de cargos e funções. O formulário permaneceu disponível no SUAP (Sistema Unificado de Administração Pública) por um determinado período e aberto novamente por mais um prazo, para aqueles servidores que não conseguiram efetuar o registro. Aos servidores que não haviam preenchido, foi encaminhado um e-mail institucional com a notificação.

Os principais riscos identificados na área de gestão de pessoas estão relacionados com a grande diversidade de processos; com a rotatividade de servidores no setor; ausência de mapeamento de processos; urgências para atendimento de demandas de pessoal; interferências na rotina operacional; diversidade de orientações por parte dos órgãos controladores; falta de quantitativo ideal de pessoal; sistemas inteligentes para otimização dos processos; instabilidade e dificuldade de operacionalização da rede SIAPE, entre outros.

Na perspectiva de otimizar o gerenciamento de riscos, a diretoria está revendo instruções normativas; check list(s), formulários e resoluções entre outros documentos; e acompanha de forma contínua as legislações pertinentes ao setor de pessoal através das resenhas de gestão de pessoas da Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço Público (SEGRT) e ainda trabalha de forma efetiva junto à auditoria institucional.

Capítulo VIII

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

283

CAPÍTULO IX A CRIAÇÃO DO IFSULDEMINAS NO SUL DE MINAS GERAIS A criação do IFSULDEMINAS foi um ganho imensurável para as três escolas Agrotécnicas Federais de Inconfidentes, Machado e Muzambinho na época devido, principalmente, à localização da Reitoria que foi escolhida para ser construída no município de Pouso Alegre, cidade polo do sul de Minas. Para isso ocorrer, houve um grande embate político, sendo, portanto, o que esta pesquisa objetiva apresentar.

9.1 Importância do município de Pouso Alegre para o Sul de Minas

O município de Pouso Alegre foi escolhido para ser a cidade-sede da Reitoria do IFSULDEMINAS por ser uma cidade polo do Sul de Minas, próxima da rodovia Fernão Dias que liga São Paulo a Belo Horizonte e também pelas considerações abaixo.

Em 2016, Pouso Alegre tinha uma população estimada em 145.535 habitantes, segundo o IBGE e está classificada como a décima do Estado de Minas Gerais e a segunda do sul do estado de acordo com o último censo, com um crescimento de 30,48% na última década.

Pouso Alegre 46(IDHM de 0,774) está inserida em um polo regional no extremo sul de Minas Gerais junto com outras 40 cidades. Posicionada às margens da Rodovia Fernão Dias, Pouso Alegre situa-se no centro do eixo comercial Belo Horizonte – São Paulo. Numa região que 46 Disponível em: <http://www.alominas.com/noticia/1980/as-20-melhores-cidades-para-se-viver-em-minas-gerais.html> Acesso em: 25 out. 2017.

Capítulo IX

284

Paulo Roberto Ceccon

é o corredor do transporte de 20% da produção industrial de Minas Gerais e São Paulo. A cidade é o maior entroncamento rodoviário do sul de Minas.

Diariamente, centenas de pessoas vêm a Pouso Alegre à procura de serviços e comércio oferecidos pelo município. Hoje, é a décima maior cidade de Minas Gerais e a segunda do sul de Minas, com um crescimento superior a 30% na última década, de acordo com o censo do IBGE. Com mais de 145.000 mil habitantes, o município tem uma população jovem – 71% na faixa de 10 a 49 anos. Pouso Alegre possui um extenso e variado parque industrial, com empresas que operam em diferentes ramos de atuação, cujas fontes geradoras de recursos econômicos são, principalmente, a agropecuária, o comércio e a indústria.

A cidade possui empresas brasileiras e multinacionais de grande porte, além de outras pequenas e médias indústrias de diversos segmentos. São aproximadamente 700 unidades industriais, 1.500 unidades agropecuárias e mais de 4.500 unidades comerciais e de serviços, que garantem a maior arrecadação de ICMS do sul de Minas Gerais.

A implantação oficial da primeira escola pública federal do município de Pouso Alegre ocorreu em 10 de julho de 2010, como parte do Plano de Expansão III, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETE/MEC, que visa ampliar as unidades de educação profissional gratuitas. O primeiro curso oferecido foi o de Técnico em Agricultura, utilizando-se as estruturas da Escola Municipal Professora Maria Barbosa, como extensão do Campus de Inconfidentes. Em 2011, tiveram início os cursos de Técnico em Edificações, na modalidade Proeja, e Técnico em Administração, na modalidade subsequente, em parceria com a Prefeitura Municipal de Pouso Alegre.

9.2 As questões políticas da implantação do IFSULDEMINAS no sul de Minas Gerais

O governo Luiz Inácio Lula das Silva (2003-2010), que foi sucedido pela presidenta Dilma Vana Rousseff (2011-2016), foi marcado

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

285

pelo grande volume de programas sociais voltados às camadas mais pobres da população. As conquistas de relativa estabilidade econômicas e as descobertas de grandes reservas de petróleo criaram a expectativa de crescimento da economia no médio e longo prazo. Apesar de pertencerem a um partido de esquerda, esses governos mantiveram a transferência de serviços essenciais à população, como educação, por exemplo, para a iniciativa privada.

Se antes prevaleciam as privatizações, nesse período se estabeleceram parcerias públicas–privadas, mediante o repasse de verbas públicas para que empresas privadas exercessem algumas das funções do Estado, como contínua ocorrendo com o Programa Universidade para todos “Pro Uni” e passa a ocorrer com a criação do Pronatec (BRASIL/MEC/Pronatec, 2012).

Extinguiu-se o dispositivo legal que proibia a instalação de novas escolas técnicas mantidas pela União e revogou-se o Decreto 2.208/97, o que motivou muitas instituições de ensino a retomarem a oferta de ensino técnico integrado ao ensino médio. A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica passou por uma expansão e foi reconfigurada a partir da criação dos Institutos Federais.

Paralelamente, ocorre um processo de expansão das universidades federais.

Sobre a composição e implementação da política pública de educação profissional e a criação dos Institutos Federais de Educação, as instituições participantes como as antigas Escolas Agrotécnicas Federais, os CEFET, as escolas técnicas vinculadas às universidades e ao Colégio Pedro II com seus diretores-gerais, tiveram um papel de fundamental importância para a criação, estabelecimento de um acordo de metas e definição da divisão dos Institutos Federais nos diversos estados do país, no caso específico do sul de Minas, conforme já citado neste texto, não teríamos um Instituto aqui se não fosse a força política na época para pressionar para a criação de um Instituto somente para o sul de minas Gerais o que não estava previsto

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pelo MEC. Somente após um debate exaustivo entre forças políticas regionais e o MEC é que foi criado.

A escolha das cidades nas quais foram implantadas novas unidades dos institutos federais considerou-se três dimensões estabelecidas pelo governo federal para a expansão da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica: a dimensão social, a geográfica e do desenvolvimento. Em linhas gerais, a dimensão social visava à universalização de atendimento aos territórios; a dimensão geográfica objetivava a interiorização da oferta pública de educação profissional e o atendimento aos municípios não atendidos por escolas federais; e a dimensão de desenvolvimento visava atender municípios que possuíam arranjos produtivos já identificados como era o caso de Pouso Alegre.

A implantação dos Institutos Federais, desde os primeiros registros e debates, sempre esteve relacionada ao conjunto de políticas para a educação profissional e tecnológica em curso. Isso significa que, para trilhar o caminho que leva a essas instituições, passamos necessariamente pela expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica; pelas medidas que, em cooperação com estados e municípios, visam à ampliação da oferta de cursos técnicos, sobretudo na forma de ensino médio integrado, inclusive utilizando a forma de educação à distância (EaD); pela política de apoio à elevação da titulação dos profissionais das instituições da rede federal com a formação de mais mestres e doutores; e pela defesa de que os processos de formação para o trabalho estejam visceralmente ligados à elevação de escolaridade, item em que se inclui o Programa da Educação Profissional Técnica de Nível Médio integrada ao ensino médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). O que está em curso, portanto, reafirma que formação humana e cidadã precedem a qualificação para o exercício da laboralidade e pauta-se no compromisso de assegurar aos profissionais formados a capacidade de manter-se permanentemente em desenvolvimento.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

287

Os Institutos Federais ressaltam a valorização da educação e das instituições públicas, aspectos das políticas da época assumidos como fundamentais para a construção de uma nação soberana e democrática, o que, por sua vez, pressupõe o combate às desigualdades estruturais de toda ordem. É, pois, para além da estrutura institucional estatal e dos processos de financiamento e gestão de caráter técnico-administrativo, principalmente na dimensão política, no campo dos processos decisórios, na intermediação dos interesses de diferentes grupos utilizando-se de critérios de justiça social em virtude de sua função social que esses institutos afirmam à educação profissional e tecnológica como política pública.

Capítulo IX

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

289

CAPÍTULO X A TRADIÇÃO E A INOVAÇÃO Veremos aqui as mudanças dos aspectos tradicionais das antigas escolas Agrotécnicas Federais, na maneira de oferecerem seus cursos e a inovação com a criação dos IFSULDEMINAS.

10.1 As Escolas Agrotécnicas

São instituições de ensino subordinadas à Secretaria de Educação Média e Tecnológica do Ministério da Educação (SEMTEC/MEC), caracterizadas por ministrar cursos técnicos em nível médio nas áreas de Agropecuária, Agroindústria, Enologia, Zootecnia e Infraestrutura rural, em regime aberto, de internato e semi-internato. A rede de Escolas Agrotécnicas Federais é constituída de 46 unidades, funcionando como autarquias educacionais federais com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática, técnica e disciplinar.

As EAFs adotam como metodologia de ensino o Sistema Escola-Fazenda, obedecendo ao princípio “Aprender a fazer e fazer para aprender”, que dá oportunidade ao aluno vivenciar os problemas de sua futura atividade profissional. O Sistema Escola-Fazenda utiliza dois processos distintos que funcionam integrados: as Unidades Educativas de Produção (UEP) e a Cooperativa Escola. As atribuições do técnico de nível médio egresso de uma EAF estão de acordo com a Lei n.º 5.524, de 5 de novembro de 1968, e Decreto n.º 90.922, de 6 de fevereiro de 1985.

Os ambientes foram definidos com base no modelo da época do Sistema Escola–Fazenda e na análise do currículo do curso técnico em Agropecuária. Assim, foram identificados os seguintes ambientes: saCapítulo X

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las de aula, locais onde são ministradas as disciplinas básicas; Unidades Educativas de Produção (UEP), desdobradas em dois ambientes: a UEP teórica (UEPT), onde são ministradas as aulas teóricas em salas–ambiente, instaladas no próprio campo da Escola e a UEP Prática (UEPP), onde eram desenvolvidos os projetos agropecuários; Cooperativa–Escola, componente chave do Sistema Escola–Fazenda; Estágio, parte obrigatória do currículo do curso; Biblioteca, pela importância que representa no processo ensino – aprendizagem. Esses ambientes ocupam, praticamente, todo o tempo do aluno durante sua formação de técnico.

O perfil do técnico era caracterizado pelas seguintes funções: – Produção agropecuária; – Planejamento da produção; – Administração da produção; – Comercialização da produção; – Beneficiamento da produção; – Serviços agropecuários em geral.

Todos os campi preexistentes como o de Inconfidentes, Machado e Muzambinho, por terem origem agrícola, tinham semelhanças em alguns aspectos como: – Regime de internato, semi-internato e externato.

O Sistema de Internato surgiu nas escolas agrícolas em 1934, sendo o regime dominante na época nos estabelecimentos federais de ensino profissional agrícola. Por meio do Ministério da Agricultura, a proposta dessas instituições de ensino era a de adotar uma política de assistência integral aos estudantes, de modo que lhes proporcionassem residência, alimentação, enxoval (utensílios de ordem pessoal), assistência médica, odontológica, entre outros bens e serviços. Esse tipo de atendimento favorecia uma clientela pobre que residia na zona rural e que necessitava desse tipo de assistência para se manter na escola. Em 20 de agosto de 1946, foi criada a Lei Orgânica do Ensino Agrícola, e a condição de

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

291

internato era prevista no artigo 60, em seu inciso II, pois considerava que:[…] os cursos agrícolas poderiam ser em regime de internato para alunos que, por serem de regiões distantes da escola, viessem a necessitar desse regime, ou de semi-internato ou externato para os alunos que residissem nas proximidades dos estabelecimentos de ensino.(Decreto-Lei N.º 9.613/46 – Lei Orgânica do Ensino Agrícola).

Atualmente nos Institutos Federais os/as discentes estão divididos/as em três tipos de regimes de matrículas: estudantes internos/ as, estudantes semi-internos/as e estudantes externos/as. O fato é que o sistema de internato atualmente adotado pelas antigas Escolas Agrotécnicas, em sua maioria Institutos Federais (IF), se constitui em uma garantia de permanência de muitos/as jovens oriundos/as do campo na escola. Assim, é adotada a seguinte denominação: Os/as estudantes internos/as são aqueles/as que moram na Instituição, durante a semana letiva, voltando para casa apenas nos finais de semana, feriados ou férias; Os internos/as que não podem voltar para casa nos finais de semana, devem cumprir a escala de trabalho, proposta pelo setor de acompanhamento ao residente; Os estudantes/as semi-internos/as são aqueles/as que permanecem na instituição nos dois turnos e que retornam à sua residência ao final do dia; Os externos/as são aqueles/as que estudam nos dois turnos, mas, retornam ao meio-dia e ao final do dia, para as suas residências, sem direito à refeição.(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará47.

Esses campi possuem Unidades Educativas de Produção onde os estudantes conhecem na prática o que aprendem em alguns cursos como o Técnico em Agropecuária.

47 Disponível em http://periodicos.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/viewFile/7420/7193. Acesso em: 12/01/2018). Seminário Gepráxis, Vitória da Conquista – Bahia – Brasil, v. 6, n. 6, p 3087-3101, 2017.

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Unidades Educativas de Produção no período de Escola Agrotécnica UNIDADE EDUCATIVA DE PRODUÇÃO

PROJETOS DESENVOLVIDOS

TURMA ENVOLVIDA

CONTEÚDO DADO

Olericultura

Todos os vegetais, legumes, milho verde, etc...

1º ano do curso

Origem até a comercialização destes produtos

Culturas Regionais Temporárias

Milho, arroz, feijão, cana-de-açúcar, mandioca, etc.....

2º ano do curso

Origem até a comercialização destes produtos

Culturas Perenes

Café, citros, banana, etc...

3º ano do curso

Origem até a comercialização destes produtos

Animais de pequeno porte

Avicultura postura, corte, cunicultura, minhococultura, etc....

1º ano do curso

Origem até a comercialização destes animais

Animais de médio porte

Suinocultura, caprino cultura, etc…

2º ano do curso

Origem até a comercialização destes animais

Animais de grande porte

Aovino leite e corte

3º ano do curso

Origem até a comercialização destes animais

Agroindústria

Processamento de leite, carnes e verduras

1º, 2º e 3º anos

Produção e comercialização destes produtos

Mecanização Agrícola

Máquinas agrícolas

2º ano do curso

Estudos sobre máquinas agrícolas

10.2 Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Brasil O governo federal, através do Ministério da Educação, criou um modelo institucional absolutamente inovador em termos de proposta político-pedagógica: os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia48. Essas instituições têm suas bases em um conceito de educação profissional e tecnológica sem similar em nenhum outro país. São 38 institutos, com 644 campi espalhados por todo o território brasileiro, além

48 Disponível em: http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A7A83CB34572A 4A01345BC3D5404120> Acesso em: 25 out. 2017

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de várias unidades avançadas, atuando em cursos técnicos (50% das vagas), em sua maioria na forma integrada com o ensino médio, licenciaturas (20% das vagas) e graduações tecnológicas. Podendo, ainda, disponibilizar especializações, mestrados profissionais e doutorados voltados, principalmente, para a pesquisa aplicada de inovação tecnológica.

Como princípio em sua proposta político-pedagógica, os Institutos Federais deverão ofertar: • Educação básica, principalmente em cursos de ensino médio integrado à educação profissional técnica de nível médio; • Ensino técnico em geral; • Graduações tecnológicas, licenciatura e bacharelado em áreas em que a ciência e a tecnologia são componentes determinantes, em particular as engenharias, bem como programas de pós-graduação lato e stricto sensu, sem deixar de assegurar a formação inicial e continuada de trabalhadores.

Nesse contexto, a transversalidade e a verticalização constituem aspectos que contribuem para a singularidade do desenho curricular nas ofertas educativas dessas instituições. O que está posto para os Institutos Federais é a formação de cidadãos como agentes políticos capazes de ultrapassar obstáculos, pensar e agir em favor de transformações políticas, econômicas e sociais imprescindíveis para a construção de outro mundo possível.

A tradição das antigas escolas Agrotécnicas Federais em oferecer apenas cursos técnicos no início da sua criação, e depois os cursos superiores de tecnologia, os poucos investimentos em infraestrutura física, equipamentos e recursos humanos mostra que as antigas escolas agrotécnicas de Inconfidentes, Machado e Muzambinho, até o ano de 2002, cresceram muito pouco. Somente no período de 2003 a 2016, com o então governo petista, é que os investimentos foram alavancados e editadas novas medidas para a educação profissional e tecnológica.

Capítulo X

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Há a substituição do Decreto n.º 2.208/97 pelo Decreto n.º 5.154/04, que elimina as amarras estabelecidas por aquele49, que se traduzia numa série de restrições na organização curricular e pedagógica e na oferta dos cursos técnicos. Em 2004, a rede federal de educação tecnológica (Centros Federais de Educação Tecnológica, Escolas Agrotécnicas Federais, Escola Técnica Federal de Palmas/TO e Escolas Técnicas vinculadas às Universidades Federais) ganha autonomia para a criação e implantação de cursos em todos os níveis da educação profissional e tecnológica. Por sua vez, as Escolas Agrotécnicas Federais recebem autorização excepcional para ofertar cursos superiores de tecnologia50, no que diz respeito à graduação, fortalecendo a característica dessas instituições: a oferta verticalizada de ensino em todos os níveis de educação.

Cumpre destacar que, a partir do ano 2003, a política do governo federal já apontava em outra direção. Essas instituições federais, situadas por todo o território nacional, historicamente voltada para a educação profissional e para o desenvolvimento econômico, criadas e mantidas com verbas públicas federais, defrontam com uma política de governo que traz em essência uma responsabilidade social – tradução das forças sociais que representam o condutor de suas ações.

A dimensão ideológica do atual governo na época, na verdade, faz aflorar um descompasso entre a trajetória das instituições federais de educação profissional e tecnológica e da própria educação profissional como um todo e o novo projeto de nação: se o fator econômico, até então, era o espectro primordial que movia seu fazer pedagógico, o foco a partir de agora se desloca para a qualidade social.

As instituições federais de educação profissional e tecnológica, em sua forma estruturante, não traziam esse arcabouço como prio49 Com a edição de outubro de 2004 dos Decretos nº 5.224 e nº 5.225, os CEFETs recuperam prerrogativas perdidas desde 1999.

50 Em 2005, o CEFET Paraná transforma-se em Universidade Tecnológica Federal do Paraná. É criada a primeira Universidade Tecnológica da rede federal de educação profissional e tecnológica no país.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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ritário. Entretanto, o governo federal, reconhecendo a potencialidade estratégica das instituições de ensino técnico e tecnológico federal e sua capacidade e qualidade de trabalho, começam a dialogar intensivamente com essa rede de formação, na perspectiva da inversão da lógica até então presente. Essas instituições passariam a ocupar-se, de forma substantiva, de um trabalho mais contributivo, intrinsecamente voltado para o desenvolvimento local e regional, apreendendo desenvolvimento local e regional como a melhoria do padrão de vida da população de regiões geograficamente delimitadas.

A expansão da educação profissional e tecnológica integra-se à agenda pública que prevê a presença do Estado na consolidação de políticas educacionais no campo da escolarização e da profissionalização.

Assume, portanto, o ideário da educação como direito e da afirmação de um projeto societário que corrobore uma inclusão social emancipatória. É evidente a atuação do governo federal no sentido da expansão da oferta pública e da melhoria do padrão de qualidade da educação brasileira, em especial da educação profissional e tecnológica em todo o território nacional, articulando-a com ações de desenvolvimento territorial sustentável e orientando-a para a formação integral de cidadãos trabalhadores emancipados. Nesse contexto, toma-se a decisão de ampliar o número de escolas federais de educação profissional e tecnológica, dando início a um processo de crescimento capaz de gerar reflexos mais amplos para a educação brasileira.

A primeira fase dessa expansão, iniciada em 2006, teve como objetivo implantar escolas federais de formação profissional e tecnológica em estados ainda desprovidos dessas instituições, além de outras preferencialmente em periferias de metrópoles e em municípios interioranos distantes de centros urbanos, em que os cursos estivessem articulados com as potencialidades locais de geração de trabalho51.

51 Como resultado dessa fase, a previsão é que, até o final de 2008, as 64 novas unidades de ensino previstas estejam todas implantadas.

Capítulo X

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A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), “Demanda e perfil dos trabalhadores formais do Brasil em 2007,” mostra o quadro de carência de profissionais qualificados para a realidade hoje. A indústria é o setor que concentra a maior demanda por trabalhadores com experiência e qualificação profissional. Entretanto, de 1,592 milhão de novos empregos com carteira assinada que serão criados no país, 35,4% devem se concentrar no setor de serviços, seguido da indústria extrativista e de transformação, com 28% do total.

A pesquisa revela ainda que somente 18,3% do total das pessoas que procuram por trabalho no Brasil têm qualificação adequada para, imediatamente, atender ao perfil dos empregos atualmente abertos. O perfil da escolaridade média da mão de obra em falta no Brasil concentra-se nos trabalhadores com escolaridade média de 9,3 anos de estudo, o que se traduz em trabalhadores que estejam cursando, no mínimo, o ensino médio. Por outro lado, ainda é tímida a formação de profissionais pela modalidade de educação profissional e tecnológica, considerando as 170 mil vagas ofertadas atualmente por essa modalidade.

Segundo Pochmann et al. (2007), o Brasil está convivendo atualmente com uma nova “geoeconomia do emprego”, com as regiões Norte e Centro-Oeste, que tradicionalmente não demandavam em grande quantidade e qualidade mão de obra, hoje comandando na contratação de trabalhadores de maior qualificação. Acrescenta que há uma “desconexão” entre a realidade do mundo de trabalho e a realidade do sistema de formação.

Ainda nesse contexto, dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, apesar dos avanços do Brasil na cobertura do ensino fundamental e médio nas últimas décadas, a parcela de jovens com baixa instrução ainda é expressiva: quase 30% dos brasileiros, entre 18 e 25 anos, não têm sequer oito anos de estudo. Esses dados criam um descompasso em relação à tendência que já se observa na realidade produtiva, de estabelecer como exigên-

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

297

cia mínima de qualificação o ensino médio completo (atualmente 12 anos de estudo).

Cumpre ressaltar que o Brasil possui a quinta maior juventude no mundo, sendo que aproximadamente apenas 50% estudam e, destes, 56% apresentam defasagem idade/série. A realidade atual não pode ser assimilada como um problema insuperável, mas apreciada na perspectiva da possibilidade de mudança: o Brasil, além de ser um país novo, possui potencial de crescimento e desenvolvimento.

Considera-se que os Institutos Federais, na construção de sua proposta pedagógica, façam-no com a propriedade que a sociedade está a exigir e transformem-se em instrumentos sintonizados com as demandas sociais, econômicas e culturais, permeando-se das questões de diversidade cultural e de preservação ambiental, o que traduzirá um compromisso pautado na ética da responsabilidade e do cuidado (BRASIL, MEC, 2010, p.27).

Capítulo X

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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CAPÍTULO XI INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA FÍSICA DE OBRAS, REFORMAS, EQUIPAMENTOS E MATERIAL DE CONSUMO NO IFSULDEMINAS PERÍODO DE 2009 A MAIO 2018 No IFSULDEMINAS, o governo federal, a partir do início de 2009, reforçou o compromisso de criar mais campi por meio da expansão da rede federal como também de investir na reestruturação dos campi já existentes.

Investimentos em infraestrutura física nos campi preexistentes e os novos campi no período de 2009 a 2018.

Investimentos em construções, reformas e ampliação no IFSULDEMINAS período de 2009 a maio de 2018.

INVESTIMENTOS CONSTRUÇÃO, REFORMAS E AMPLIAÇÃO NO IFSULDEMINAS PERÍODO DE 2009 A MAIO DE 2018.

QUANTIDADE

CAMPUS OU REITORIA

VALOR

1

Poços de Caldas

R$ 15.173.765,30

2

Três Corações

R$ 5.955.674,18

3

Carmo de Minas

R$ 3.382.710,19

4

Campus Inconfidentes

R$ 9.715.335,18

5

Campus Machado

R$ 13.643.005,47

6

Campus Muzambinho

R$ 27.006.592,08

7

Campus Passos

R$ 8.290.271,34

8

Campus Pouso Alegre

R$ 11.985.805,73

9

Reitoria

R$ 5.178.334,51

TOTAL

R$ 100.331.493,98

Capítulo XI

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Investimentos em aquisição de terrenos e instalações físicas no IFSULDEMINAS período de 2009 a maio de 2018.

INVESTIMENTO EM AQUISIÇÃO DE TERRENOS E INSTALAÇÕES FÍSICAS NO IFSULDEMINAS PERÍODO DE 2009 A MAIO DE 2018 LOCAL

CAMPUS AVANÇADO DE TRÊS CORAÇÕES

CAMPUS MUZAMBINHO

CAMPUS PASSOS

DESCRIÇÃO

VALOR

O IFSULDEMINAS adquiriu em 2013 um Terreno e suas benfeitorias da UNINCOR pelo valor de R$ 4.250.000,00 com área total de 2.914,39 M² e área construída de 2.386 M²

R$ 4.250.000,00

Aquisição de imóvel urbano “Terreno”conforme matrícula 6.184 e IPTU 01.05.213.0063, localização do imóvel definido pelo proprietário e croqui apresentado em Três Corações– MG, com área 333,50 m2, Rua deputado Carlos Luz, 395– Vila Dona Noemeem 2016 adquiriu um terreno de 235 M² pelo valor de R$ 346.000,00

R$ 346.000,00

Aquisição da unidade Dr. José Januário de Magalhães, antiga escola de comércio de Muzambinho pelo valor de R$ 1.500.000,00

R$ 1.500.000,00

Primeiro Terreno– O IFSULDEMINAS faz a compra do primeiro terreno com infraestrutura com área de 9.993,67 m², pelo valor de R$ 2.060.000,00

R$ 2.060.000,00

Segundo Terreno com a casa. Adquirido em 2013 pelo valor de R$ 2.588.000,00. Área total de 10.067 M². Neste terreno estava a casa do vendedor Gerson

R$ 2.588.000,00

TOTAL

R$ 10.398.000,00

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Investimentos em aquisição de materiais permanentes e material de consumo no período de 2009 a maio de 2018.

INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE

CAMPUS OU REITORIA

VALOR

Poços de Caldas

R$ 1.229.010,62

Três Corações

As aquisições em equipamentos e material permanente estão inseridas nas despesas da Reitoria

Carmo de Minas

As aquisições em equipamentos e material permanente está inserida nas despesas da Reitoria

Campus Inconfidentes

R$ 8.774.948,02

Campus Machado

R$ 7.885.821,26

Campus Muzambinho

R$ 19.197.649,24

Campus Passos

R$ 2.982.678,89

Campus Pouso Alegre

R$ 4.466.076,67

Reitoria

R$ 25.037.241,91

Total

R$ 69.573.426,61

Investimentos em obras, aquisição de terrenos, equipamentos e material permanente realizado pelo IFSULDEMINAS no período de 2009 a maio de 2018 – Total de investimentos nos campi e Reitoria do IFSULDEMINAS: R$ 179.142.881,7652.

52 Nos investimentos da reitoria do IFSULDEMINAS estão incluídos os investimentos dos campi Avançado de Carmo de Minas e Três Corações.

Capítulo XI

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INVESTIMENTOS EM OBRAS, AQUISIÇÃO DE TERRENOS, EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE REALIZADO PELO IFSULDEMINAS NO PERÍODO DE 2009 A MAIO DE 2018 CAMPUS OU REITORIA

VALOR

Poços de Caldas

R$ 16.402.775,92

Três Corações

R$ 10.551.674,18

Carmo de Minas

R$ 3.382.710,19

Campus Inconfidentes

R$ 18.490.283,20

Campus Machado

R$ 21.528.826,73

Campus Muzambinho

R$ 46.204.241,32

Campus Passos

R$ 15.920.950,23

Campus Pouso Alegre

R$ 16.451.882,40

Reitoria

R$ 30.215.576,42

Total

R$ 179.148.920,59 Fonte: Dados compilados pelo autor

No caso dos campi novos, como já citado, foram criados no IFSULDEMINAS os de Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre e os campi avançados de Carmo de Minas e Três Corações.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Construção do Campus Pouso Alegre

Fonte: Arquivo do autor.

Os campi de Pouso Alegre e Poços de Caldas foram construídos em terrenos doados. No caso de Pouso Alegre, um empresário do município doou um terreno de 25.000 metros quadrados, no qual se iniciou em 2010 a contrução do novo campus. E, no caso de Poços de Caldas, que recebeu em doação um terreno de 15.000 metros quadrados da prefeitura do município.

A construção do Campus Pouso Alegre teve início em 6/12/2010 e seu término foi no dia 30/10/2013.

A princípio foi construído com uma área de 5.269,32m2, com doze salas de aula, seis laboratórios, auditório, biblioteca, refeitório, área de vivência, quadra poliesportiva coberta, dois grandes laboratórios para a preparação do jovem para o mercado de trabalho em um investimento de R$ 6.193.097,11.

Além da implantação do campus, foi construído um laboratório para uso dos cursos de edificações e engenharia civil, uma biblioteca, um prédio de administração, uma garagem e um almoxarifado, totalizando investimentos em infraestrutura física de R$ R$ 11.985.805,7353.

53 Dados retirados do sistema de monitoramento de obras do governo federal pelo autor.

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Construção do Campus Poços de Caldas

Fonte: Arquivo do autor

A construção do Campus Poços de Caldas teve início em 2/3/2012 e seu término foi no dia 15/4/2014. A princípio foi construído com uma área de 5.269,32m2, com doze salas de aula, seis laboratórios, auditório, biblioteca, refeitório, área de vivência, quadra poliesportiva coberta, dois grandes laboratórios para a preparação do jovem para o mercado de trabalho, investimento de R$ 9.147.199,60.

Além da implantação do campus, foi construído um laboratório de materiais e teve inicio em 2017 a construção de uma biblioteca, um prédio pedagógico e administrativo, totalizando investimentos em infraestrutura física de R$ R$ 15.173.765,3054.

54 Dados retirados do sistema de monitoramento de obras do governo federal pelo autor.

IFSULDEMINAS: 10 anos de história

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Campus Passos – Biblioteca

Fonte: Foto de arquivo do autor – 2016.

No caso de Passos, a unidade deu início ao processo para se transformar definitivamente em campus em 2011, quando foram nomeados os primeiros docentes efetivos. No mesmo ano, foi realizada a 1ª audiência pública para verificar a demanda de cursos a serem ofertados. A aquisição de um terreno de 10.000 m² garantiu a implantação definitiva do Instituto Federal no município, o funcionamento do prédio administrativo e a construção de um refeitório.

Além das reformas das instalações existentes, o campus também está finalizando um bloco pedagógico, oito salas de aula, um auditório e um ginásio poliesportivo que já está concluído. Também recebeu a doação da prefeitura municipal de Passos de um terreno onde será construído um complexo poliesportivo, para atender as demandas da comunidade do município e dos estudantes. Valor total dos investimentos em infraestrutura física é de R$ 12.938.271,34.

Capítulo XI

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Paulo Roberto Ceccon

Campus Avançado Três Corações – Festa Junina 10/6/2017

Fonte: Arquivo do Campus.

No ano de 2013, o MEC/Setec adquiriu, por meio do IFSULDEMINAS, parte das instalações que pertenciam à Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR). Ressalta-se que, apesar da expressiva população, o município não possui muitas opções de escolas/instituições que ofereçam formação de nível técnico profissionalizante. Atualmente, a sede do IFSULDEMINAS – Campus Avançado Três Corações é equipado com laboratórios de Informática, Enfermagem e Mecânica, sendo este último dotado de máquinas cedidas pela empresa multinacional TRW automotiva.

Além de melhorias na infraestrutura, como a constituição da biblioteca, o Campus Avançado Três Corações promove a acessibilidade com adequação de sua infraestrutura física e curricular, como a inclusão da disciplina de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).

No final de 2016, a prefeitura do município doou um terreno onde estava instalada uma antiga fábrica de calçados, quando se iniciou a construção de laboratórios, um complexo poliesportivo dentre outras obras. O total dos investimentos em infraestrutura física e aquisição de terreno é de R$ 10.551.674,18 até maio de 2018.

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Entrada do Campus Avançado de Carmo de Minas

Fonte: Arquivo do autor.

O Campus Avançado de Carmo de Minas passou a existir em 13 de dezembro de 2013, com o anúncio de sua instalação em entrevista coletiva à imprensa, realizada em Três Corações. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) adquiriu um antigo prédio da União, onde funcionou, na década de 1970, a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM).

O imóvel compreende um terreno cuja área é de aproximadamente 10,5 hectares que foi doado pela Secretaria do Patrimônio da União ao IFSULDEMINAS. Com o apoio e parceria da prefeitura municipal, foi reformada uma ala com oito salas de aula e o bloco administrativo.

A oferta de cursos foi iniciada em março de 2014. Em 2017, foram encerradas as obras de construção de um laboratório de alimentos, quatro salas de aula, reforma da cantina e urbanização do campus. O total de investimentos em infraestrutura física e equipamentos é de R$ 3.382.710,19.

Capítulo XI

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Laboratório de análise de solos do Campus Muzambinho

Fonte: Arquivo do Campus Muzambinho

Além dos campi novos, nos campi preexistentes de Machado, Muzambinho e Inconfidentes, os investimentos em infraestrutura física foram destinados para a reestruturação destes campi, sendo construídos laboratórios específicos para os cursos que foram oferecidos, alojamentos para os estudantes, refeitórios, auditórios, complexos poliesportivos, salas de aula, cantinas, guaritas, áreas de vivência, instalações para criação de animais como granjas para galinhas poedeiras, frango de corte, suínos e animais de grande porte como gado leiteiro. Houve investimentos também em usinas de energia solar em todos os campi e Reitoria do IFSULDEMINAS. A construção de uma Reitoria nova, os investimentos citados, mais material de consumo e equipamentos totalizam investimentos na ordem de R$ 179.148.920,5955 no período de 2009 até maio de 2018.

55 Este valor foi obtido por meio de consulta no sistema de monitoramento de obras do governo federal e na Pró-Reitoria de administração.

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Laboratório de alimentos do Campus Machado

Fonte: Arquivo do Campus Machado

Ginásio Poliesportivo do Campus Inconfidentes

Fonte: Arquivo do Campus Inconfidentes

Os investimentos realizados nos municípios onde os campi estão localizados proporcionaram emprego e renda para a população local e regional, uma vez que as empresas especializadas em construção civil contrataram vários trabalhadores e também movimentaram o mercado da construção civil, como lojas de materiais de construção.

Capítulo XI

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CAPÍTULO XII OS INSTITUTOS FEDERAIS E OS IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO LOCAL E REGIONAL Na Lei 11.9892 (BRASIL, 2008), que instituiu oficialmente a Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais, consolidaram-se os seguintes aspectos:

Das Finalidades e Características dos Institutos Federais. Art. 6º Os Institutos Federais têm por finalidades e características: I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; II - desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades regionais; III – promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional e educação superior, otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão; IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal; V - constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, em geral, e de ciências aplicadas, em particular, estimulando o desenvolvimento de Capítulo XII

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espírito crítico, voltado à investigação empírica; VI - qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das redes públicas de ensino; VII - desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica; VIII - realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico; IX - promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente. Seção III Dos Objetivos dos Institutos Federais Art. 7º Observadas às finalidades e características definidas no art. 6º desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais: I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos; II - ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica; III - realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade; IV - desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos; V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do

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cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional; e VI - ministrar em nível de educação superior: a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia; b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional; c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento; d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento; e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vistas no processo de geração e inovação tecnológica. Art. 8º No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para atender aos objetivos definidos no inciso I do caput do art. 7º desta Lei, e o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender ao previsto na alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7º. § 1º O cumprimento dos percentuais referidos no caput deverá observar o conceito de aluno-equivalente, conforme regulamentação a ser expedida pelo Ministério da Educação. § 2º Nas regiões em que as demandas sociais pela formação em nível superior justificarem, o Conselho Superior do Instituto Federal poderá, com anuência do Ministério da Educação, autorizar o ajuste da oferta desse nível de ensino, sem prejuízo do índice definido no caput deste artigo, para atender Capítulo XII

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aos objetivos definidos no inciso I do caput do art.

7º desta Lei. (BRASIL, Lei n.º 11.892, de 29 de dezembro de 2008).

A novidade que surge na lei é o compromisso dos Institutos Federais com a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais e como espaço de formação de professores. Em síntese, da institucionalidade criada pelo governo federal emergem três dimensões para os Institutos Federais: política social, agências de desenvolvimento local e lócus de formação de professores.

Os Institutos Federais se constituem em espaços de uma disputa, pois podem atender aos circuitos do Capital ou, por outro lado, construir uma “hegemonia às avessas” (OLIVEIRA, 2010). Como política social compensatória, os Institutos Federais descentralizam e interiorizam o ensino técnico de nível médio e educação superior e são catalisadores de outras políticas sociais. Como política social, entende-se aquela que “objetiva permitir aos indivíduos a satisfação de certas necessidades não levadas em conta pelo mercado capitalista” (VIEIRA, 1992, p. 29).

A política de desenvolvimento regional não pode deixar de ter, entre seus objetivos fundamentais, a questão da redução sistemática das desigualdades regionais que, no fundo, diz respeito ao enfrentamento das diferenças espaciais no que se refere aos níveis de vida das populações que residem em distintas partes do território nacional, e no que se refere às diferentes oportunidades de emprego produtivo, a partir do qual a força de trabalho regional tenha garantida a sua subsistência (BACELAR, 2000, p.133).

Princípios norteadores dos Institutos Federais de Educação: • Foco na Justiça Social – Equidade, elevação do potencial de geração de trabalho e renda das pequenas estruturas de produção e geração de novas tecnologias;

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• Ágil e eficaz nas respostas de formação profissional, na difusão do conhecimento científico e tecnológico e no suporte dos arranjos produtivos, sociais e culturais; • Ágil no conhecer a região em que está inserido e responder aos anseios da sociedade; • Intervenção na realidade, na perspectiva de um país soberano e inclusivo; • Contribuir para construção de uma sociedade menos desigual, mais autônoma e solidária; • Formação integral de cidadãos – Trabalhadores emancipados; • Instrumento na construção e resgate da cidadania e da transformação social; • Atuar no desenvolvimento local e regional na perspectiva da construção da cidadania em perder a dimensão do universal. Desenvolvimento local e regional como compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população.

Em 2008, tínhamos apenas três Escolas Agrotécnicas Federais no sul de Minas Gerais, que hoje são do IFSULDEMINAS. Nesse contexto, podemos compreender que foram criadas mais cinco escolas federais nessa região, totalizando oito campi e uma Reitoria. Esse crescimento mostra também que essas escolas foram criadas no interior do estado com oportunidades para aqueles menos favorecidos que não conseguiriam fazer um curso técnico e, principalmente um curso superior.

O mais interessante é que essas escolas verticalizaram o ensino favorecendo o estudante a fazer um curso técnico e, se desejar, poderá continuar os estudos na graduação e pós-graduações lato e stricto sensu.

A Ciência, Tecnologia e Inovação podem contribuir não só com o setor produtivo, mas, também, com a sociedade brasileira como um todo. Exemplos mais evidentes nesse último sentido são os relacionados às áreas de alimentos, saúde, educação, habitação e saneamento, segundo Lastres e Cassiolato (2003). Esse novo projeto de desenvolCapítulo XII

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vimento perpassa com a pesquisa aplicada e sintonizada com as demandas do desenvolvimento local e regional.

Os campi do IFSULDEMINAS vieram ocupar um importante espaço no desenvolvimento tecnológico local e regional, principalmente pela possibilidade de aprofundar suas relações com as práticas científico-tecnológicas locais, investindo, por exemplo, em pesquisas visando o desenvolvimento local e regional, com cursos como administração, agronomia, veterinária, engenharia química, civil, nas áreas ambientais, além dos cursos técnicos em várias áreas do conhecimento, como agropecuária, informática, administração, segurança do trabalho, moda, enfermagem, mecânica, química, edificações, agrimensura, entre outras. É fundamental, portanto, integrar os cursos técnicos a serem ofertados pela Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica com os arranjos produtivos locais para, assim, oportunizar geração de emprego e aumento de renda. No entanto, é necessário um maior detalhamento sobre os cursos ofertados pela expansão e a relação deles com os arranjos produtivos locais identificados.

Foi observado com este estudo, que os reflexos da educação profissional no sul de Minas não só prepararam o jovem para aprender a fazer e fazer para aprender, sua formação foi muito além, porque os jovens são preparados para formação humanística integrada à formação técnica.

Portanto, a educação profissional não é meramente ensinar a fazer e preparar para o mercado de trabalho, mas é proporcionar a compreensão das dinâmicas sócias produtivas das sociedades modernas, com as suas conquistas e os seus revezes, e também habilitar as pessoas para o exercício autônomo e crítico de profissões, sem nunca esgotar a elas (PACHECO, 2012, p. 6).

A pesquisa dentro dos campi do IFSULDEMINAS está sendo utilizada para o desenvolvimento local e regional com inovações tecnológicas, empreendedorismo, com os quais os estudantes têm a opor-

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tunidade de criar sua primeira empresa, apoiada pela incubadora de empresa de base tecnológica do Campus Inconfidentes. Uma incubadora é um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves e da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais e que, além disso, facilita e acelera o processo de inovação tecnológica nas micro e pequenas empresas56.

Para tanto, conta com um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços e que, necessariamente, dispõe de uma série de serviços e facilidades para os usuários selecionados conforme edital.

Incubadora de Empresas de Base Tecnológica é a incubadora que abriga empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, nos quais a tecnologia representa alto valor agregado. As incubadoras são mecanismos utilizados para promover e estimular a criação de micro e pequenas empresas. Contribuem para o desenvolvimento socioeconômico, na medida em que são potencialmente capazes de induzir o surgimento de unidades produtivas que geram grande parte da produção industrial e criam a maior parte dos postos de trabalho no país.

Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae mostram que as micros, pequenas e médias empresas constituem cerca de 98% das empresas existentes; empregam 60% da população economicamente ativa e geram 42% da renda produzida no setor industrial, contribuindo com 21% do Produto Interno Bruto – PIB. 56 Disponível em: <https://incetec.ifs.ifsuldeminas.edu.br/?page_id=6> Acesso em: 27 out. 2017

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Estatísticas de incubadoras americanas e europeias indicam que a taxa de mortalidade entre empresas que passam pelo processo de incubação é reduzida a 20%, contra 70% detectado entre empresas nascidas fora do ambiente de incubadora. No Brasil, estimativas já apontam que a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas que passam pelas incubadoras também fica reduzida a níveis comparáveis aos europeus e americanos. Para as nascidas fora do ambiente de incubadora, o Sebrae aponta uma taxa de mortalidade de 80% antes de completarem o primeiro ano de funcionamento.

Entre as várias razões que ocasionam essa elevada taxa de mortalidade, o Sebrae detectou problemas gerenciais como a principal.

Outras razões, citadas pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo – SIMPI, não menos importantes, são as dificuldades burocráticas, que incluem uma legislação complexa, exigente e que acarreta altos custos burocráticos, tributários, de produção e comercialização, além das dificuldades concorrenciais para os micro e pequenos empresários que atuam em mercados oligopolizados, onde grandes empresas ditam prazos e condições de pagamentos para a aquisição de produtos e fornecimento de insumos. Além disso, sabe-se que as elevadas taxas de juros sobre os empréstimos, superiores às que pagam as grandes empresas, bem como as exigências dos emprestadores por garantias reais, que geralmente o micro e o pequeno empresário não podem oferecer, os deixam-no sem acesso ao crédito.

A criação de incubadoras de empresas dentro de instituições escolares tem compreendido a transferência do empreendedorismo, gerando grande impulso ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas e, inclusive, estimulando a criação de projetos inovadores nos próprios acadêmicos.

Uma incubadora de empresas em uma instituição escolar tem papel intermediador entre a troca de conhecimento que a instituição pode oferecer ao empreendedor. Ainda há a troca de know-how entre

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a incubadora e a escola que propicia uma maior influência no papel da incubadora, tanto no desenvolvimento local, como setorial.

A interação escola-empresa não significa apenas um relacionamento, mas uma interação que engloba um processo de transferência e transformação de produtos e serviços. Essa relação deve ser entendida como uma transição de comprometimento e de parceria entre a instituição de ensino e a empresa.

Incubadora de Empresas de base tecnológica do Campus Inconfidentes

Fonte: Arquivo do autor

Capítulo XII

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CAPÍTULO XIII O IFSULDEMINAS E O PLANO CONSERVADOR DA MANTIQUEIRA IFSULDEMINAS, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Extrema – MG, firmaram acordo para implantarem o plano conhecido como Conservador da Mantiqueira.

O objeto principal do Plano Conservador da Mantiqueira – PCM é promover a restauração florestal de espécies nativas da Mata Atlântica, em 1.200.000 hectares na área de influência da Serra da Mantiqueira nos mais de 200 municípios dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, utilizando a expertise do município de Extrema na execução do Projeto Conservador das Águas, primeira experiência brasileira de projeto de restauração florestal utilizando o mecanismo de pagamento por serviços ambientais “PSA”57.

A legislação no Brasil ainda não está formada no que concerne ao pagamento por serviços ambientais “PSA”. Existem projetos de lei a serem aprovados pelo governo (PL 792/2007 e 312/15). Essa legislação dispõe sobre recomendações na estipulação de políticas e de diretrizes, como a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, e seria um grande avanço no combate à degradação ambiental. A justificativa para criar uma legislação federal para esse mecanismo é que a lei está condicionada a apenas punir os infratores que degradam o meio ambiente, e não a premiar quem age corretamente. Portanto, essa nova política fortaleceria, pelo menos em teoria, os princípios de precaução e de prevenção.

57 O Pagamento por serviços ambientais “PSA” é um instrumento econômico que visa à minimização da falha na gestão atual (que não considera o valor de um serviço ecossistêmico) de um novo mercado. O beneficiário ou usuário do serviço ambiental retribui, com recursos financeiros ou outra forma de remuneração, aos provedores do serviço.

Capítulo XIII

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Já o Código Florestal promove a ação de pagamento ou incentivos aos serviços ambientais que gerem: manutenção de Reservas Legais, regulação do clima, valorização cultural, sequestro de carbono, conservação da beleza natural, biodiversidade, serviços hídricos e do solo, porém, ainda é pouco difundido e aplicado.

13.1 Estratégia de ação

Para atingir os objetivos propostos, estão sendo executadas as seguintes ações: a) Reuniões com representantes de municípios, dos Estados e União, Comitês de Bacias Hidrográficas, Universidades e ONGs; b) Identificar as principais lideranças com capacidade de replicar os conhecimentos e a metodologia; c) Dividir o território da Mantiqueira em núcleos, utilizando as instituições mais comprometidas como centros de capacitações (Comitês, Unidades de Conservação, Centros Administrativos, Universidades); d) Realizar palestras, capacitações, treinamentos e intercâmbios com as lideranças dos núcleos para a formação de profissionais aptos a replicarem os projetos de restauração florestal nos municípios, utilizando mecanismos de pagamento por serviços ambientais.

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Os objetivos específicos desse plano consistem em: a) Melhorar a capacidade de produção dos serviços ambientais, como a água, a conservação de solo, a biodiversidade, o sequestro de carbono e a manutenção da paisagem; b) Promover um plano regional com a participação de diversos atores; c) Melhorar a capacidade de resiliência dos municípios para enfrentar os danos causados pelas mudanças climáticas; d) Fortalecer a governança ambiental nos municípios; e) Valorizar os serviços ambientais produzidos em propriedades rurais e em unidades de conservação de proteção integral.

Cada núcleo do Plano Conservador da Mantiqueira dentro do IFSULDEMINAS será responsável por vários municípios.

Núcleo dois – Campus – Inconfidentes

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/> Acesso em: 27 out. 2017.

Capítulo XIII

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Núcleo três – Pouso Alegre

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/> Acesso em: 27 out. 2017.

Núcleo quatro - Poços de Caldas

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/> Acesso em: 27 out. 2017.

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Núcleo cinco – Muzambinho

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/> Acesso em: 27 out. 2017.

Núcleo seis – Passos

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/> Acesso em: 27 out. 2017.

Capítulo XIII

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Núcleo sete – Machado

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/> Acesso em: 27 out. 2017.

Núcleo oito - Três Corações

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/>.

Acesso em: 27 out. 2017.

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Núcleo nove - Carmo de Minas

Fonte: Disponível em: <http://conservadordamantiqueira.org/nucleos/>.

Acesso em: 27 out. 2017.

Nesse contexto, o Plano Conservador da Mantiqueira está promovendo ações de grande impacto nos municípios envolvidos mostrando, assim, o envolvimento dos governos federal, estadual e municipal com a sociedade civil. O plano busca resolver os impactos ambientais onde os núcleos do IFSULDEMINAS estão inseridos com reflorestamento, técnicas agrícolas corretas e saneamento ambiental rural para os produtores que aderirem ao plano. Os produtores serão beneficiados com pagamento por serviços ambientais, por estarem vigiando as áreas que foram reflorestadas, e por estarem utilizando práticas agrícolas corretas. Um ganho para o produtor, para o município, para o Estado e para o Brasil.

Capítulo XIII

Capacitação do núcleo de Inconfidentes em Extrema

Fonte: Arquivo do autor.

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CAPÍTULO XIV O PROJETO IFSOLAR A energia solar é limpa e renovável. Portanto, apresenta muitas vantagens para o meio ambiente e para a saúde das pessoas, já que não emite gases poluentes ou outros tipos de resíduos. O IFSULDEMINAS implantou nove usinas de energia solar nos campi e Reitoria.

Cada sistema está gerando, em média, 104,88 MWh por ano. Desse modo, cada usina instalada evitará a emissão de 50.000 quilogramas de dióxido de carbono (CO2) ao ano no meio ambiente.

De acordo com este estudo, o IFSULDEMINAS está deixando de emitir 450 toneladas de CO2 na atmosfera por ano. É como se estivéssemos plantando 12.600 árvores por ano e deixando de percorrer 3.150.000 quilômetros de carro. Com a diminuição desses impactos, o IFSULDEMINAS mostra que está contribuindo com o meio ambiente em toda região no qual está inserido, além de divulgar estas ações à população do sul de Minas, para o Brasil e para o mundo. Além da diminuição dos danos ambientais, o IFSULDEMINAS está tendo uma economia média de R$ 59.000,00 por mês e R$ 708.000,00 por ano.

No sistema fotovoltaico, a energia elétrica é produzida pela radiação solar. As células fotovoltaicas (ou células solares) são fabricadas a partir de materiais semicondutores (normalmente o silício). Quando a célula é exposta à luz, parte dos elétrons do material iluminado absorve fótons (partículas de energia presentes na luz solar).

Os elétrons livres são transportados pelo semicondutor até serem puxados por um campo elétrico que é formado na área de junção dos materiais, por uma diferença de potencial elétrico existente entre os materiais semicondutores. Os elétrons livres são levados para fora da célula solar e ficam disponíveis para serem usados na forma de energia elétrica.

Capítulo XIV

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Uma das vantagens do sistema solar fotovoltaico é que ele não requer alta radiação solar para funcionar. Contudo, a quantidade de energia gerada depende da densidade das nuvens, que em número menor pode resultar em uma maior produção de eletricidade, quando comparada a dias de céu completamente aberto, devido ao fenômeno da reflexão da luz solar.

Usinas de energia solar dos campi do IFSULDEMINAS

Fonte: Arquivo do autor.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste livro, buscou-se estudar, avaliar e evidenciar o IFSULDEMINAS, desde sua criação até a expansão, com levantamento histórico das três Escolas Agrotécnicas Federais do sul de Minas Gerais preexistentes – Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes, Escola Agrotécnica Federal de Machado e Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho, que formam o IFSULDEMINAS e os demais campi da expansão: Campus de Passos, Pouso Alegre, Poços de Caldas e Campus Avançado de Carmo de Minas e Três Corações. No que se refere às escolas agrotécnicas federais do sul de Minas, concluímos que foram criadas no início do século XX, expandindo-se até chegar à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica através do IFSULDEMINAS. Verificou-se que, no ano de 1946, o ensino agrícola foi instituído e no ano seguinte fixou-se a rede de estabelecimento de ensino agrícola no Brasil.

No sul de Minas, houve essa expansão a partir da exigência do governo federal, do atendimento prioritário aos municípios com mais de 50 mil habitantes ou microrregiões, municípios e microrregiões não atendidas por escolas federais. Assim, as escolas agrotécnicas federais de Inconfidentes, Machado e Muzambinho foram unificadas, criando-se o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do sul de Minas Gerais.

Neste exposto, o IFSULDEMINAS tem como objetivo garantir acesso ao estudante de baixo poder aquisitivo, de baixa escolaridade e com necessidades especiais, com o processo seletivo por meio da realização de provas e matrículas que seguem a ordem de classificação. Destaque que, após a transformação das antigas escolas agrotécnicas em IFSULDEMINAS, o crescimento da instituição foi muito grande até o final de 2016, com a criação de vários cursos técnicos e superiores de graduação e pós-graduação, ofertando, assim, edu-

Considerações Finais

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cação profissional e tecnológica em todos os seus níveis e modalidades, fomentando o desenvolvimento socioeconômico local e regional contribuindo com a redução das desigualdades sociais e regionais.

O Instituto Federal do sul de Minas é constituído pela Reitoria, localizada na cidade de Pouso Alegre, e por seis campi: Inconfidentes, Machado, Muzambinho, Passos, Poços de Caldas e Pouso Alegre, os Campi Avançados Carmo de Minas e Três Corações e mais 44 polos de rede. A atuação no sul de Minas Gerais abrange 178 municípios e 3,5 milhões de beneficiados.

Entre 2009 e 2018, o total de alunos passou de 4 mil para mais de 43 mil estudantes. A prestação educacional agregou programas de graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão à oferta regular de cursos técnicos. São 61 cursos técnicos (educação à distância e presenciais), 35 cursos de graduação, 9 especializações (lato sensu) e 1 especialização (stricto sensu). A instituição também oferta cursos de Formação Inicial Continuada (FIC) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). São 529 docentes, sendo 87,5% mestres e doutores.

São 1.089 servidores, entre docentes e técnicos-administrativos.

No primeiro semestre de 2018, foram mais de 43 mil alunos matriculados (presencial e à distância). Percebeu-se que o MEC, por meio da RFEPT, investiu no IFSULDEMINAS para a construção de novos campi e nos campi preexistentes de Machado, Muzambinho e Inconfidentes. Os investimentos em infraestrutura física foram destinados para a reestruturação desses campi, onde foram construídos laboratórios específicos para os cursos que foram oferecidos, alojamentos para os estudantes, refeitórios, auditórios, complexos poliesportivos, salas de aulas, cantinas, guaritas, áreas de vivência, instalações para criação de animais como granjas para galinhas poedeiras, frango de corte, suínos e animais de grande porte como gado leiteiro. Houve investimentos também em usinas de energia solar em todos os campi e Reitoria do IFSULDEMINAS, investimentos em equipamentos, material de consu-

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mo, além da construção de uma Reitoria nova totalizando investimentos na ordem de R$ 179.148.920,5958.

Com esses investimentos e a nova configuração do IFSULDEMINAS, os campi começaram a desenvolver atividades culturais, esportivas, de pesquisa e extensão para os estudantes e a população do sul de Minas como teatro, danças, festivais, olimpíadas do conhecimento, como a Olimpíada Brasileira de Agropecuária (OBAP)59.

Com o avanço na oferta de cursos e a expansão do número de vagas das instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), cresce também a preocupação com a permanência e o êxito dos estudantes. Uma pesquisa feita pela professora Érica Galindo, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, envolvendo as instituições federais de ensino, reuniu dados dos ingressantes de 2009 a 2016 com o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SisTec), a fim de obter indicadores para análise. Das 41 instituições da rede federal, o IFSULDEMINAS se destacou com mais de 70% dos estudantes que concluíram os estudos de forma exitosa.

Os apontamentos iniciais demonstram os esforços das instituições que já colocaram em prática a discussão do tema e que estão construindo políticas educacionais com o intuito de reduzir os índices de evasão. Nesse contexto, a pesquisa mostrou que o IFSULDEMINAS sempre desenvolveu ações para enfrentamento do problema, fornecendo subsídios para a reflexão e proposição de alternativas que possam impactar nessa realidade.

58 Este valor foi obtido com consulta no sistema de monitoramento de obras do governo federal no qual o autor possui acesso e na pró – reitoria de administração.

59 A OBAP é uma competição científica nacional destinada aos alunos do curso Técnico em Agropecuária e demais cursos do Eixo Tecnológico Recursos Naturais de todo Brasil. O objetivo da Olimpíada Brasileira de Agropecuária é estimular o ingresso de jovens do ensino médio/técnico integrado, concomitante e técnico subsequente em carreiras técnico-científicas, incentivando a participação em atividades de iniciação científica, colocando-os em situações desafiadoras, estimulando a cooperação e a integração entre eles. A fim de promover uma maior produção de inovações tecnológicas e desenvolvimento regional, retornando assim, para a sociedade brasileira, benefícios originados da melhoria no ensino público de nível médio e técnico ligados à agropecuária.

Considerações Finais

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Segundo informações obtidas da Pró-Reitoria de Ensino do IFSULDEMINAS, observa-se que as causas são difíceis de ser identificadas e combatidas; isso porque, além de envolverem questões qualitativas dos próprios sistemas de ensino, também envolvem questões pessoais, familiares, culturais, financeiras, conjunturais, históricas, conceituais e muitas outras como já citadas anteriormente. “No cotidiano, estas questões se entrelaçam e potencializam a dificuldade de percepção dos seus reais motivos”, comentou o então pró-reitor de Ensino, Carlos Alberto Machado Carvalho em entrevista ao site do IFSULDEMINAS. Para o pró-reitor, independentemente de valores absolutos ou relativos em qualquer pesquisa ou estatística sobre a questão, a permanência e o êxito dos estudantes nas instituições de ensino é um grande desafio, que deve estar permanentemente na agenda das discussões pedagógicas, em qualquer tempo. “No IFSULDEMINAS, contamos com profissionais dedicados que trabalham em ações cotidianas, envolvendo as equipes multidisciplinares dos campi”. As “grandes” ou as “pequenas” ações, não importa a dimensão, são de alta relevância para a permanência e êxito dos estudantes. Temos certeza de que este trabalho é decisivo para esta posição de destaque do IFSULDEMINAS dentro da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

Nesta pesquisa constatou-se que, em relação ao capital humano investido, tanto em docentes para atender as demandas dos novos cursos do IFSULDEMINAS, como na contratação de servidores técnicos administrativos, percebe-se que o IFSULDEMINAS tinha, em 2010, 230 docentes e 316 técnicos administrativos. Já em 2016, possuía 521 docentes e 545 técnicos administrativos, ou seja, um crescimento na contratação de docentes de 126,5%. No caso dos técnicos administrativos, um crescimento na contratação de 72,5%. Esses dados mostram que a economia dos municípios em que estão inseridos os campi do IFSULDEMINAS tiveram ganhos significativos com a

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contratação desses novos servidores, como no mercado imobiliário e de bens e serviços. Não se pode esquecer que o mesmo acontece com o aumento no número de estudantes.

Em relação aos impactos ambientais, a pesquisa mostrou algumas ações como o Plano Conservador da Mantiqueira (PCM), que numa parceria do IFSULDEMINAS com a Prefeitura de Extrema e ONGs, promoverá a restauração florestal de espécies nativas da Mata Atlântica, em 1.200.000 hectares na área de influência da Serra da Mantiqueira, nos mais de 200 municípios dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Para tal, utilizará a expertise do município de Extrema na execução do Projeto Conservador das Águas. É a segunda experiência brasileira de projeto de restauração florestal utilizando o mecanismo de pagamento por serviços ambientais, atendendo assim as demandas dos municípios interessados com capacitação e implantação das ações ambientais tão necessárias para a população rural dos municípios. Com isso, o IFSULDEMINAS está cumprindo seu papel social, econômico e ambiental em todo o Sul de Minas Gerais. A pesquisa mostrou que apesar das experiências anteriores do Projeto Conservador das Águas de Extrema, que o plano somente terá resultados positivos com o envolvimento de todos os segmentos da sociedade, além de capacitação de todos os envolvidos no plano. Em relação aos recursos necessários para a implementação e sucesso, o IFSULDEMINAS e os parceiros terão que caminhar juntos desde a capacitação daqueles que aplicarão o plano no campo.

Em junho de 2018, o plano estava conseguindo insumos necessários para atender 20 municípios que já tinham suas leis aprovadas e já planejava colocá-lo em prática.

A pesquisa também mostrou que o projeto IFSOLAR está sendo uma referência nacional para outras instituições de ensino no país.

Constatou-se que o governo federal precisa investir em projetos inovadores e que trarão benefícios financeiros e ambientais para o país.

Este projeto mostra a boa utilização dos gastos públicos.

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Segundo texto publicado por Jididias Rodrigues da Silva60, a cultura tem um importante papel no processo de aprendizagem, pois permite não só a socialização, mas a discussão de diferentes saberes no ambiente escolar. Através do conteúdo cultural, podemos exemplificar vários temas nas diferentes disciplinas do currículo escolar.

O ensino cultural tem esse poder de integrar os diferentes saberes e levá-los a discussão em sala de aula. Mas para que isso ocorra, faz-se necessária a capacitação do professor para que possa ter um novo olhar sobre a cultura na sala de aula. Sabemos que é papel da escola socializar o conhecimento, mas, também, é dever dela atentar para as manifestações culturais como uma forma de ensinar e socializar os educandos.

A pesquisa, embora pouco explorada, mostra que todos os campi do IFSULDEMINAS possuem uma preocupação muito grande com a cultura dentro das instituições. Porém, deixaremos para outros pesquisadores imergirem mais no tema.

Esta pesquisa, realizada e disponibilizada através desse livro, vem sugerir aos gestores públicos, pesquisadores e público em geral que a capacitação das equipes de trabalho, principalmente àqueles que atuam diretamente com recursos públicos, é de suma importância para o gerenciamento das ações que tragam benefícios para a sociedade como um todo.

A pesquisa mostrou que os investimentos realizados no IFSULDEMINAS foram bem gerenciados pelos gestores nestes 10 anos da instituição.

A realidade que se vislumbra com o IFSULDEMINAS é que ele constituía um marco nas políticas para a educação no Sul de Minas Gerais, pois revela uma dimensão da educação profissional alinhada com as políticas de inclusão e com um projeto de nação, como modelo 60 http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-cultura-no-processo aprendizagem. htm acesso em 25/01/2018

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único no mundo. Se analisarmos a fundo o IFSULDEMINAS, perceberemos que essa instituição de ensino federal pode representar o desafio a um novo caminhar na produção e democratização do conhecimento, trazendo colaboração substantiva para todos os níveis e modalidades de ensino de que se ocupa. Os investimentos na educação profissional não podem parar, independente de ideologias políticas.

Que esta obra se torne disponível como fonte de pesquisa e de conhecimento para aqueles que desejam preservar a história de uma instituição de ensino público, gratuito e de qualidade.

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Reitor e Diretores Gerais eleitos e reeleitos dos Campi do IFSULDEMINAS período 2018 a 2022

Da esquerda para direita – Diretor-Geral pro tempore do Campus Avançado de Três Corações prof. Francisco Vitor de Paula, Diretor pro tempore do Campus Avançado de Carmo de Minas prof. João Olympio de Araújo Neto, Diretor-Geral do Campus Inconfidentes prof. Luiz Flávio Reis Fernandes, Diretor-Geral do Campus Machado prof.

Carlos Henrique Rodrigues Reinato, Reitor do IFSULDEMINAS prof. Marcelo Bregagnoli, Diretora Geral do Campus Pouso Alegre Prof. ª Mariana Felicetti Rezende, Diretor-Geral do Campus Muzambinho prof. Renato Aparecido de Souza, Diretor-Geral do Campus Passos prof. João Paulo de Toledo Gomes e Diretor-Geral do Campus Poços de Caldas prof. Thiago Caproni Tavares.

Fonte: Arquivo do IFSULDEMINAS

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POSFÁCIO Quando se inicia a escrita de um livro, nunca se sabe exatamente qual resultado será obtido. Um livro, fruto de um trabalho de pesquisa, é ainda mais incerto, pois ele vai se materializando na medida em que as descobertas do autor se ordenam à sua percepção. A quantidade dos dados acessíveis e também uma variável relevante para determinar a densidade da obra concluída. Claro está, que de nada adiantam as descobertas e os dados se o pesquisador não tiver habilidade teórica e prática para um tratamento adequado deles.

O trabalho de Ceccon nos dá um certo conforto. São muitos os dados levantados, sistematizados e apresentados numa escrita bastante clara e objetiva. Também impressiona o produto resultante das visitas efetuadas a arquivos e acervos públicos e privados. As fontes reunidas são de toda ordem, destacando-se as primárias e as iconográficas.

O pretexto dos 10 anos do IFSULDEMINAS acabou por ser o mote. Bem, 10 anos de uma nova ordem institucional, uma vez que as instituições que deram origem ao IFSULDEMINAS chegam a ser centenárias. No presente caso manteve-se uma característica do ensino superior brasileiro: fundar uma nova instituição pela agregação de outras preexistentes. Em seguida, abrem-se novas frentes. E é isso que o presente estudo bem demonstra. É preciso dizer também que a história das instituições escolares é um campo relativamente recente da História da Educação. Não basta escrever a história comemorativa e oficial da instituição aniversariante. É preciso ir muito além disso e caminhar por todas as vias que nos aproximem o melhor possível de uma verdade que se esconde e se mostra. Os propósitos explícitos e ocultos de cada escola estudada devem ser considerados. A forma como ela se insere na sociedade que a circunda é sempre um sinal dos tempos. E as representações que as pessoas fazem das escolas em que estudaram, querem dizer o que?

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Os Institutos Federais mais recentes resultaram de uma política educacional de ampliação das possibilidades de formação profissional aos jovens brasileiros mais carentes. Foi uma determinação dos governos dos presidentes Lula e Dilma e que implicou numa interiorização de escolas profissionais por dezenas de localidades brasileiras.

Em qualquer lugar do país onde foram instalados, os IFs fizeram a diferença. Diferenças econômicas, políticas, sociais e culturais em que se registram importantes avanços qualitativos. Os apontamentos de Ceccon bem o demonstram, mesmo quando contradições e antagonismos fazem parte do processo.

Enfim, a História da Educação do sul de Minas Gerais está recebendo um aporte significativo com a chegada do presente livro ao público leitor. Não é somente o IFSULDEMINAS que está em pauta. É toda a educação regional e um século de formação profissional. Que outras contribuições, provocadas por esta, surjam na sequência.

José Luis Sanfelice Prof. Titular da Unicamp.

Aposentado e Colaborador.

Coordenador do Mestrado Acadêmico em Educação da Univás.

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GLOSSÁRIO61 Com o objetivo de alinhar os nossos servidores e leitores quanto à terminologia empregada no cálculo dos indicadores reproduzimos conceitos e fatores para fins de cálculo apresentados pela Portaria n.º 25, de 13 de agosto de 2015.

Ciclo de Matrícula: envolve a oferta de um curso com carga horária definida, com a mesma data de início e previsão de término, visando englobar um conjunto de matrículas de alunos no SisTec, para a obtenção de uma mesma certificação ou diploma.

Desligado: é o aluno que solicita o cancelamento de sua matrícula junto à secretaria da unidade escolar.

Evadido: é o aluno que não possui nenhuma possibilidade regulamentar de retorno ao curso no mesmo ciclo de matrícula, geralmente por faltas além de 25% e não trancamento de matrícula.

Fator de Equiparação de Carga Horária do Curso: permite a equiparação de cursos com durações distintas, sendo calculado pela divisão da carga horária anual do curso por oitocentas horas. A carga horária anual do curso deve considerar a carga horária mínima regulamentada e a duração do ciclo do curso, em anos, definido no projeto pedagógico.

61 Boletim Comemorativo 01/2018 – Peia Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas do IFSULDEMINAS

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Fator de Equiparação de Nível de Curso: permite a equiparação de cursos de níveis diferentes quando as respectivas metas para a “Relação Aluno por Professor” são díspares.

Fator de Esforço de Curso: ajusta a carga horária do curso em função da quantidade de aulas práticas que, tecnicamente, demandem menor “Relação Aluno por Professor”.

Gastos com outros custeios: gastos totais de OCC (outros custeios) menos (-) benefícios e Pasep, investimentos e inversões financeiras.

Gastos totais: gastos totais de todas as fontes e todos os grupos de despesa.

Inscrições (Inscritos): número de inscrições para as vagas ofertadas, por quaisquer formas de ingresso (SISU, Enem, vestibular, processos seletivos, sorteios…) por curso e campus.

Integralizado Fase Escolar (Integralizado): é o aluno que concluiu disciplinas, módulos ou créditos, mas que, por não ter sido aprovado no estágio obrigatório ou não ter concluído o TCC, ainda não está apto a colar grau e não é considerado “concluinte”.

Inversões financeiras: despesas com aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Investimentos: despesas destinadas ao planejamento e execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização de obras, bem como a Glossário

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programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamento e material permanente.

Matrículas Atendidas: corresponde ao número total de matrículas na instituição dentro de um determinado período de tempo, independentemente da situação atual da matrícula. Para efeito de cálculo dos indicadores utilizando o SisTec, equivale a todas as matrículas que estão com status EM CURSO ou que tiveram alteração de status com mês de referência no intervalo desejado.

Ex.: As matrículas atendidas do intervalo entre 1/1/2015 e 31/12/2015 são a soma de todos os alunos que tiveram “situação final” registrada ao longo do período de 2015, mais os alunos que ingressaram em 2015, e todos os alunos que ainda estavam com situação “em curso” no último mês de ocorrência do período considerado para a análise. Em síntese, corresponde ao total de matrículas que estiveram “em curso” por, pelo menos, um dia, dentro de período de análise.

Matrículas Finalizadas (Finalizados): refere-se às matrículas que foram finalizadas, independentemente do êxito ou não do aluno. Ou seja, o aluno pode ter concluído, evadido, desligado ou transferido.

Número de alunos retidos (Retidos): é o número de alunos que permanece matriculado por período superior ao tempo previsto para integralização do curso. Representa o total de alunos, de um dado ciclo de matrícula, que estejam em situação ativo, concluinte ou integralizado fase escolar, que tenham mês de ocorrência posterior à data final prevista para o ciclo de matrícula e que pertençam a um mesmo ciclo de matrícula.

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Número de concluintes (Concluintes): concluinte é o aluno que integralizou todas as fases do curso, incluindo disciplinas, módulos ou créditos, estágio obrigatório, trabalho de conclusão de curso (TCC), etc., e está apto a colar grau. Alunos que concluíram apenas as disciplinas, módulos ou créditos, mas que não concluíram fases obrigatórias, como estágio e TCC, têm seu status no SisTec alterado para “Integralizou a Fase Escolar”, que ainda não é “concluinte”. Portanto, o número de “concluintes” não inclui o número de integralizados.

Número de docentes: refere-se ao docente (seja efetivo ou contrato temporário, excluem-se os professores substitutos) que desempenha atividades exclusivamente acadêmicas em tempo integral, considerando-se o regime de trabalho de 40 horas semanais. A quantidade de professores em regime de trabalho de 20 horas será multiplicada por 0,5 e a quantidade de professores em regime de 40 horas ou de dedicação exclusiva será multiplicada por 1. Este dado, atualmente, é extraído do sistema SIAPE, sendo utilizado para o cálculo do indicador “relação aluno por professor”, também conhecido como RAP. Número de Ingressos (Ingressos): refere-se ao total de alunos ingressantes (novas matrículas) por meio de SISU, Enem, vestibular, processos seletivos ou outras formas de ingresso que tenham sido incluídas no SisTec, por curso e campus.

Relação Aluno por Professor: razão entre o total de Alunos-Equivalentes corrigido pelo Fator de Equiparação de Nível de Curso e o número de professores corrigidos para o Regime de Tempo Integral.

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Reprovado: é o aluno que foi reprovado definitivamente, sem possibilidade de continuação. Não representa a situação acadêmica transitória do aluno que não foi promovido em disciplina, módulo, crédito, ano letivo, etc. Isso ocorre, normalmente, em cursos de formação inicial e continuada, cujo resultado final do curso pode ser reprovado sem possibilidade de recebimento de certificado.

Total de gastos com pessoal: gastos com servidores (ativos, inativos, pensionistas, sentenças judiciais e precatórios).

Total de gastos: consideram-se todos os gastos, exceto investimento, capital, precatórios, inativos, pensionistas e ação 20RW - Apoio à formação profissional e tecnológica. Os dados financeiros são extraídos do sistema SIAFI e utilizados para cálculo dos indicadores de gastos.

Transferido Externo: o aluno é transferido de uma unidade para outra unidade de ensino.

Vagas Ofertadas: número de vagas ofertadas, por curso e campus, dentro do período em análise, em editais de oferta de vagas por meio do SISU, Enem, vestibular, processos seletivos, sorteios e/ou outras formas de ingresso.

Aluno-Equivalente: é o aluno matriculado em um determinado curso, ponderado pelo Fator de Equiparação de Carga Horária e pelo Fator de Esforço de Curso, conforme a seguir: Aluno-Equivalente = Aluno Matriculado X Fator de Equiparação de Carga Horária X Fator de Esforço de Curso Além da funcionalidade prevista pela lei, esse conceito contribui com a Rede Federal em diversos aspectos, como, por exem-

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plo, parâmetro para a determinação do desempenho e para a definição de critérios para a composição do quadro docente das instituições, entre outros.

O Aluno-Equivalente reflete a aplicação de horas de trabalho de pessoal no processo de ensino. Assim, o registro do aluno deve ser normalizado pela carga horária anual do curso, ponderando-o pela carga horária máxima anual de 800 horas (200 dias letivos), e aplicado o fator de esforço de curso que remete à necessidade de divisão em turmas para as aulas práticas. Portanto, define-se o aluno equivalente como valor proporcional para o registro de aluno em relação ao aluno padrão.

O conceito de Aluno-Equivalente foi normatizado pelas Portarias MEC n.º 818 e SETEC n.º 25, de 13 de agosto de 2015.

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