6 minute read

FIM DO PEDÁGIO

sem pedágio, polícia e bombeiros ainda mais presentes!

Advertisement

Da meia-noite de sábado (27/11) até as 8h desta segunda-feira (29/11), o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atenderam 27 ocorrências nas rodovias no fim de semana que marcou o encerramento dos contratos de pedágio do Anel de Integração.

As equipes e a estrutura da Rede de Urgência do Paraná foram reforçadas para atendimento prioritário da malha viária até o início das novas concessões, o que ajudou a manter

Com reforço no efetivo e na estrutura da Rede de Atenção à Urgência, tempo médio para atendimento foi de 15 minutos. O número de ocorrências também se manteve na média para o período. Segundo o balanço do Bombeiros, 36 pessoas ficaram feridas e três morreram nos acidentes, mas não houve vítimas na maior parte das ocorrências. - Foto: Ari Dias/AEN

Da meia-noite de sábado (27/11) até as 8h desta segunda-feira (29/11), o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atenderam 27 ocorrências nas rodovias no fim de semana que marcou o encerramento dos contratos de pedágio do Anel de Integração.

As equipes e a estrutura da Rede de Urgência do Paraná foram reforçadas para atendimento prioritário da malha viária até o início das novas concessões, o que ajudou a manter baixa a média do tempo de resposta a esses acidentes, que foi de 15 minutos.

Segundo o balanço do Corpo de Bombeiros, 36 pessoas ficaram feridas e três morreram nos acidentes. Porém, na maior parte das ocorrências não houve vítimas. Foram três casos da meia-noite até as 8h de sábado, com três pessoas feridas; 11 entre a manhã de sábado e a manhã de domingo, com 15 feridos e um óbito; e 13 entre a manhã de domingo e às 8h desta segunda, com 18 vítimas feridas e duas mortes.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Júnior, destaca que o número de ocorrências está na média para este período do ano, mas a corporação está monitorando as situações para, caso seja necessário, amplie o efetivo para reforçar o atendimento às rodovias. “Tanto o tempo de resposta, como o número de ocorrências, estão próximos ao registrado nesta mesma época do ano passado”, explica o coronel Vasco.

“Por enquanto, está tudo dentro da normalidade, mas estamos monitorando a situ-

PORÉM... será que o Paraná tem policiais e bombeiros militares suficientes?!

ação para aumentar o efetivo se necessário for”, afirma.

OCORRÊNCIAS – As equipes da Rede de Urgência fizeram o atendimento pré-hospitalar em todas as pessoas que se feriram nos acidentes da madrugada de sábado, com encaminhamento ao pronto-socorro conforme a necessidade. Uma das ocorrências no primeiro dia foi um capotamento na BR-277, no trevo de acesso a Guarapuava, que deixou dois homens feridos, sendo que um deles foi transportado até o hospital.

REFORÇO – Houve o reforço de 54 ambulâncias, 38 do Samu e 16 do Integrado de Atendimento ao Trauma de Emergência (Siate), que é operado pelo Corpo de Bombeiros. O efetivo dos bombeiros também foi ampliado, com a participação de profissionais que atuam no regime de diária extrajornada voluntária. Somente neste fim de semana, foram destacados 235 profissionais a mais para a força-tarefa nas rodovias.

Assessoria de Imprensa SESP

mas e a estrutura para os policiais e bombeiros trabalharem?

Na sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná desta segunda-feira (29), o deputado estadual Soldado Fruet (PROS) informou que ajuizará uma ação com pedido de liminar para proibir o Governo do Paraná de se utilizar da Polícia Militar (PM) para atender as rodovias no período pós-pedágio. O parlamentar argumentou que a retirada de efetivo das cidades deixa a população desassistida, “à mercê de bandidos e da violência”, e que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já alertou que o uso da Polícia Militar nas rodovias caracteriza desvio de função. Além disso, citará na petição à Justiça as condições insalubres de trabalho dos policiais militares.

“Os policiais estão sendo forçados a cumprirem até 24 horas seguidas em escalas malucas, tendo que cumprir plantão em postos de pedágio sem água, sem comida e sem energia elétrica”, apontou o deputado. Ele ressaltou que os militares estaduais não estão sendo deslocados para as rodovias apenas para atender acidentes. “Os policiais estão sendo destacados para cuidar da estrutura do pedágio. O Governo está cuidando das praças para devolvê-las bonitinhas quando os contratos novos forem firmados, assim as concessionárias não gastarão nada em construções”, observou.

O Líder do PROS na Assembleia Legislativa cobrou do Governo a contratação de equipes especializadas para garantir segurança e assistência aos usuários de rodovias que estão operando com cancelas abertas desde o último fim de semana. “Foz do Iguaçu está sem ambulâncias do SIATE para atender os 250 mil habitantes mais as rodovias, porque as quatro viaturas da frota estão paradas para manutenção”, exemplificou.

DEMAGOGIA - Em seu discurso, Soldado Fruet criticou a postura

do governador em relação ao tema: “Ratinho Junior, não seja demagogo para festejar o final dos pedágios, porque não foi por ação sua; pela sua ação, o paranaense corre o risco de ter, nos próximos 30 anos, muitos outros pedágios para pagar”. Enquanto o modelo lançado pelo ex-governador Jaime Lerner totalizava 27 praças em 2.500 km de extensão, com reajuste de 25% após realização de obras, na nova concessão estão previstas 42 praças: “quinze novas praças de pedágio, serão 3.300 km de estradas pedagiadas pelos próximos 30 anos e o reajuste será de 40% após as obras”.

INÉRCIA - O deputado do PROS também criticou a “inércia” do Governo em se programar para a estrutura de apoio no pós-pedágio, como guinchos, ambulâncias e equipes de resgate médico e mecânico, mesmo todos sabendo desde 1997 que o contrato de pedágio encerraria em novembro de 2021. “Apesar dos alertas que eu e outros deputados fizemos nesta Casa, apesar dos requerimentos que enviei, ninguém tomou providências e sabem por quê? Porque queriam, sim, renovar os contratos, só não o fizeram porque conseguimos declarar inidôneas as concessionárias. Mesmo assim, ainda tentam fazer acordos vantajosos apenas para as pedageiras”, analisou.

“Mesmo com uma receita de IPVA próxima dos R$ 4 bilhões por ano, dinheiro mais do que suficiente para o Estado gerir muito bem suas rodovias, o governador não se programou, preferiu gastar o dinheiro em propaganda e jogar a conta para o cidadão”, disse o deputado.

Assessoria de Imprensa ALEP