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9 de dezembro | ano 5, edição 205
Cotidiano
Aconteceu ICESP lança protocolo institucional de manejo da dor Divulgação ICESP
O lançamento do protocolo institucional para o manejo da dor, realizado no último dia 29, fechou o mês de novembro no ICESP. O evento contou com a presença da bioquímica Maria Carmona, professora titular associada da disciplina de anestesiologia da USP, que fez o discurso inicial, além das médicas Marisa Madi, diretora Executiva, Maria Del Pilar, diretora da oncologia clínica e a enfermeira Maria Rita, diretora técnica assistencial. O protocolo, elaborado por uma equipe multidisciplinar, padroniza a avaliação e o manejo farmacológico e não farmacológico da dor nos pacientes em tratamento contra o câncer. Segundo levantamento recente, mais de 40% dos pacientes que passam pelo CAIO referem a dor como principal motivo para a vinda ao serviço de pronto-atendimento. A médica coordenadora do grupo de dor, Ângela Souza, apresentou aula sobre o assunto e explicou a importância da implantação do protocolo e, princi-
palmente, da adesão de toda a equipe assistencial às condutas propostas. “Estudos mostram que mais de 90% dos pacientes com câncer tem dor em algum momento da evolução da doença e 1/3 sofre com dor intensa, por isso não podemos negligenciar esse sintoma, que, com o protocolo, passa a ser considerado um sinal vital”, destaca a especialista. Avaliação A dor deve ser mensurada pela equipe assistencial todas as vezes em que forem medidos os parâmetros vitais dos pacientes - pressão arterial, frequências cardíacas e respiratória e temperatura -, como um 5º sinal vital a ser medido. O protocolo determina quatro modelos de escalas de avaliação: visual númerica (0 a 10) e descritiva verbal (variando de sem dor a dor insuportável), ambas para pacientes acima de 3 anos, conscientes e orientados, além da escala PAINAD, que será aplicada por enfermeiros em pa-
cientes com algum déficit de cognição e, por fim, a comportamental, aplicada a pacientes sedados. “Considerando a necessidade de evitar o desconforto prolongado do paciente, quando houver medicamentos prescritos para alívio da dor, as equipes de logística, farmácia e enfermagem atuarão em 30 minutos para administrar o medicamento adequado. A equipe de enfermagem reavaliará a dor do paciente após 1 hora do término da administração do medicamento”, explica a gerente de enfermagem Daniela Vivas. Entendendo que em alguns casos o tratamento farmacológico não é suficiente para resolver o quadro do paciente, o protocolo contempla também ações não farmacológicas como a psicoterapia de apoio e acupuntura. As ações envolvem, ainda, tratamentos minimamente invasivos realizados por por especialistas em dor com formação básica em anestesiologia e neurocirurgia. Semanal ICESP | 1 |