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COTIDIANO
Semana Brasileira do Aparelho Digestivo de 2019 premia cirurgiões do Instituto do Câncer A 18ª edição da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), que aconteceu em novembro de 2019, premiou com a medalha Prof. Dr. Carlos Eduardo Jacob estudo realizado pela equipe de cirurgiões do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. O trabalho científico “Abordagem Multidisciplinar Especializada em Metástases Hepáticas de Câncer Colorretal Resulta em Aumento de Sobrevida Condicional em Cinco Anos”, teve como autor principal o Dr. Jaime Krüger, em co-autoria com os demais cirurgiões do Instituto, Dr. Gilton Marques Fonseca, Dr. Vagner Birk Jeismann, Dr. Sérgio Silveira, Prof. Dr. Fabrício Ferreira Coelho, Prof. Dr. Paulo Herman e Prof. Dr. Ivan Cecconello. A tese foi escolhida como o melhor trabalho científico do evento, na seção dedicada ao Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, entre outros 602 estudos que também foram enviados ao congresso. A medalha Prof. Carlos Eduardo Jacob, foi oferecida pela primeira vez nesta categoria, em memória ao docente da cirurgia digestiva do HC/FMUSP e será entregue anualmente no congresso da SBAD. A pesquisa teve como objetivo avaliar os resultados das novas estratégias onco-cirúrgicas de pacientes com tumores de intestino e metástases para o fígado, identificando métodos e ferramentas que aumentam as chances dos pacientes de sobreviverem em longo prazo. Segundo Dr. Jaime, resumidamente, o trabalho analisa comparativamente os anos em que o Instituto ainda não atendia os pacientes com uma abordagem multidisciplinar especializada
como é desde 2009. Após a análise, foi possível observar que os pacientes atendidos com essa abordagem, tinham uma sobrevida maior. Cerca de 30 a 35% dos pacientes após o término do tratamento, tinham a sobrevida de cinco anos, agora quase 50% tem essa possibilidade. “Então mesmo uma pessoa metastática, que antes era comum pensar que seria um paciente terminal, hoje não é mais. Agora é um paciente que terá um tratamento que possibilita a sobrevida por um período longo, se olhar sob a perspectiva de uma doença grave como é o câncer”, explica. INCENTIVO À PESQUISA De acordo com os dados do INCA de 2018, o câncer de intestino atinge cerca de 36.360 novos casos por ano no Brasil. Conforme Dr. Jaime, cerca de metade das pessoas diagnosticadas com a doença apresentará metástase no fígado. Daí a importância da valorização de pesquisas como o Instituto tem feito. Com isso, é possível mensurar a quantidade de pessoas que podem ser afetadas de acordo com esses dados a partir de agora, e que podem ter uma nova expectativa de vida após o diagnóstico e seu tratamento. “O prêmio reforça a ideia de estudar, fazer pesquisas, levantamentos e também, a importância de uma equipe multidisciplinar, qualificada e integrada para o paciente oncológico. No fim das contas, a resposta que todo mundo quer saber é se a pessoa diagnosticada tem possibilidade de viver mais e com mais qualidade de vida e, com a pesquisa, nós mostramos que isso é possível”, completa.
SEMANAL ICESP
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