Semanal ICESP (14 de setembro)

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SEMANAL 14 de setembro | ano 7 , edição 296

ICESP www.icesp.org.br | semanal@icesp.org.br

DIA A DIA

Divulgação ICESP

Carreta itinerante alerta para prevenção da infecção na UTI

A equipe da UTI do ICESP e da UTI Cirúrgica do InCor, em conjunto com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), promoveu, entre os dias 9 e 11 de setembro, uma série de atividades para reforçar a importância do reconhecimento da sepse e das estratégias terapêuticas adequadas para atender os pacientes diagnosticados com esse quadro. Dentre as iniciativas, realizadas em prol do Dia Mundial da Sepse (13/9), uma carreta, posicionada na Praça da Esperança, em frente ao Hospital das Clínicas, serviu como base itinerante da ação, sendo palco de palestras para médicos, profissionais de UTI, acadêmicos e familiares. A sepse é representada por uma infecção grave que resulta de um “encontro” de agentes infecciosos – bactérias, vírus ou fungos com o hospedeiro. Essa “tempestade” de substâncias tóxicas e inflamatórias atinge os órgãos sucessivamente e o organismo não consegue responder e se proteger de maneira rápida e adequada. A infecção começa localizada em um sítio, como vias aéreas ou sistema urinário e, se não tratada adequadamente, se espalha pela corrente sanguínea podendo resultar em disfunção de vários órgãos e óbito. Um levantamento realizado pelo ICESP mostra que a infecção generalizada, nome popular da sepse, é responsável pela internação de aproximadamente 100 pacientes por ano nas unidades de terapia intensiva (UTIs) do hospi-

tal, com quadros graves e de alto risco de morte. O número equivale a 30% do total de internações e, segundo os especialistas, chama atenção para uma doença que está entre as cinco maiores causas de mortalidade em todo o mundo, atingindo mais de 17 milhões de pessoas por ano. Os sintomas mais frequentes que os pacientes acometidos pela síndrome apresentam – e que devem servir de sinais para buscar ajuda médica imediatamente – são palidez, febre, queda do estado geral, falta de ar, confusão mental e diminuição da urina. “São indícios alarmantes quando estão associados a uma infecção recente, por isso, se perceber que o familiar está desanimado, sem vontade de fazer as coisas, com uma mudança brusca de hábitos em pouco tempo, tem que procurar o serviço de pronto-atendimento mais próximo”, destaca a médica Ludhmila Hajjar, coordenadora da UTI do Instituto. Quanto mais rápido o atendimento de emergência e o início da medicação, maiores são as chances de recuperação do paciente. “Infelizmente, nós lutamos contra o tempo: cada hora sem atendimento representa 10% de risco de óbito”, ressalta a especialista. Por conta disso, a síndrome responde hoje por 30% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil e 55% dos óbitos. Uma pesquisa recente do Instituto Latino Americano de Sepsis, com mais de 2.700 pacientes, mostrou que não há diferença significativa entre os índices nos hospitais públicos e privados, no Brasil. Semanal ICESP | 1 |


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