Divulgação Icesp
COTIDIANO
Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV é celebrado no dia 4 de março O HPV (papilomavírus humano) é um vírus que infecta pele e mucosas de homens e mulheres em qualquer idade. Alguns tipos de HPV infectam a região genital, anal, boca e garganta e geralmente são transmitidos por meio da relação sexual. Mais de 80% das pessoas serão infectadas pelo HPV, em algum momento de sua vida, por isso é considerado a IST (Infecção sexualmente transmissível) mais frequente no mundo. O Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV é celebrado pelo terceiro ano consecutivo no dia 4 de março a fim de reforçar o alerta sobre o vírus e sua ligação direta com o desenvolvimento de verrugas genitais e diversos tipos de cânceres, como de colo de útero, vagina, vulva, ânus, boca, garganta e pênis. Como uma forma de prevenção, a vacina que foi desenvolvida há mais de duas décadas, já conseguiu reduzir mais de 90% a incidência de verrugas genitais nos países que implantaram um sistema de vacinação eficaz. Portanto, a vacina tem papel importante na prevenção de doenças causadas por HPV em mulheres e homens de diferentes países do mundo. “Em países que já administram a vacina em crianças e adolescentes há mais de oito anos, hoje apresentam taxas de redução de doenças imediatamente precursoras de câncer em mais de 85%”, destaca a Profa. Luisa Lina Villa, chefe do Laboratório de Inovação em Câncer do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), fornece a vacina contra o vírus gratuitamente para meninas de 9 a 14 anos de idade e meninos de 11 a 14 anos, sendo necessárias duas doses. A vacinação para meninos começou a ser aplicada recentemente, em 2017. Homens e mulheres vivendo com HIV/Aids, pacientes oncológicos e transplantados têm a vacinação estendida até os 26 anos de idade. Em novembro de 2019, o Ministério da Saúde divulgou que a imunização entre as meninas é muito maior do que entre os meninos. De acordo com o Ministério, só 22% dos meninos na faixa etária indicada tomaram a segunda dose. Entre as meninas, 51%. “A vacina já foi administrada em mais 270 milhões de doses no mundo todo, o que demonstra que ela é segura para a população e não provocam efeitos adversos graves”, ressalta Profa. Luisa. Quando falamos em câncer do colo do útero, o vírus está relacionado ao desenvolvimento de tumores na região em 100% dos casos. Esse tipo de câncer está entre os dez mais incidentes no Brasil. No Instituto do Câncer, representa mais de 8% do total de atendimentos. “É importante lembrar, também, que todas as mulheres precisam realizar o exame de Papanicolau rotineiramente, a fim de fazer o rastreamento de lesões no colo do útero”, ressalta a especialista.
SEMANAL ICESP
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