Palavra de Jerusalém Maio/Junho 2025

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PALAVRA

DE JERUSALÉM

UM REMANESCENTE JUSTO DE TODAS AS NAÇÕES!

Zacarias 8:23

Queridos amigos,

A Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém foi criada em 1980 em reconhecimento ao significado bíblico de Jerusalém e sua conexão única com o povo judeu. Hoje, a ICEJ representa milhões de cristãos, igrejas e denominações para a nação e o povo de Israel. Reconhecemos na restauração de Israel a fidelidade de Deus em manter Sua aliança histórica com o povo judeu. Nossos principais objetivos são:

* Oferecer a Israel nosso apoio e amizade;

* Equipar e ensinar a Igreja global com relação aos propósitos de Deus para com Israel e as nações do Oriente Médio;

* Ser uma voz ativa de reconciliação entre judeus, cristãos e árabes e apoiar as igrejas e congregações na Terra Santa. De sua sede em Jerusalém, a ICEJ alcança mais de 170 países, com filiais em mais de 90 nações.

Nossa visão é:

* Alcançar todos os segmentos da sociedade israelense com um testemunho cristão de conforto e amor, e

* Alcançar e representar ativamente para Israel o apoio de denominações, igrejas e crentes de todas as nações do mundo.

A ICEJ é um ministério não denominacional baseado na fé, sustentado pelas contribuições voluntárias de nossos membros e amigos em todo o mundo. Convidamos você a se juntar a nós na ministração a Israel e ao povo judeu em todo o mundo, fazendo uma doação para o trabalho e o testemunho contínuos da ICEJ.

WORD

FROM JERUSALEM

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Presidente da ICEJ Dr. Jürgen Bühler

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VP Assuntos internacionais Mojmir Kallus

VP Finanças David Van der Walt

VP Operações Richard van der Beek

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VERSÃO EM PORTUGUÊS

Editoração Fernando Marques Tradução Claudia Ruggiero Revisão Elisabete Fonseca

Word From Jerusalem é publicado pela International Christian Embassy Jerusalem (Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém).

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A Word From Jerusalem não tem preço de assinatura e é mantida por contribuições em todo o mundo. Todas as doações para este ministério podem ser deduzidas do imposto de renda (nos países onde isso se aplica).

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ESCANEIE PARA ABENÇOAR ISRAEL HOJE!

Aqui em Israel, os últimos dias de abril deste ano nos levaram mais uma vez a uma montanha-russa de memórias e emoções. No Yom HaShoá, nos lembramos dos seis milhões de judeus brutalmente assassinados no Holocausto. Toda a nação parou para honrar a memória das incontáveis vítimas dessa atrocidade que ainda não conseguimos compreender. Apenas uma semana depois, as sirenes soaram novamente e todo Israel se levantou em Yom HaZikaron para comemorar os quase 25 mil soldados que, desde 1948, deram suas vidas para defender a nação.

Este ano, sentimos um peso especial, pois mais de 1.700 soldados e civis israelenses morreram durante e após a ação terrorista em massa de 7 de outubro de 2023, vinda de Gaza. Hoje, é raro encontrar um israelense que não tenha um parente ou amigo próximo que foi morto nos últimos 18 meses. Segundo estimativas oficiais, um terço de todos os israelenses lida com esse trauma.

Em Yom Ha’atzmaut, contudo, o Dia da Independência de Israel, assistimos a nação passar do luto à dança para celebrar o 77º aniversário de Israel. É claro que havia certo peso no coração, mas no monte Herzl, os heróis de Israel foram homenageados por sua iniciativa pessoal que fez a diferença para a nação.

Ouvimos o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, persistir em seus esforços para mobilizar o povo, pois ainda enfrentam inimigos em muitas frentes como Gaza, Judeia e Samaria, Líbano, Síria, Iêmen, Iraque e Irã.

Em meio a tantos momentos difíceis, a ICEJ, mais do que nunca, permanece ao lado de Israel, cumprindo sua missão. Seja em nosso Lar para sobreviventes do Holocausto em Haifa, onde dezenas de preciosos sobreviventes judeus do Shoá recebem conforto e cuidados diários até seus últimos dias; seja no Aeroporto Ben Gurion, onde continuamos acolhendo imigrantes judeus que retornam à sua pátria; ou nos esforços de reconstrução das comunidades israelenses destruídas ao longo da fronteira com Gaza.

Nossa mensagem para Israel é simples: “Aqui está o seu Deus!” (Is 40.9). Os últimos dois anos foram marcados por tragédias, mas também por milagres. Milagres relatados por muitos soldados. Milagres vividos por pessoas comuns nas ruas. E até milagres relatados pelos reféns libertos dos túneis sombrios do Hamas. Deus pode ser visto agindo em Israel.

Nestes tempos únicos, quero convidá-los novamente para a nossa Festa dos Tabernáculos 2025, que acontecerá de 6 a 13 de outubro. Vamos demonstrar a Israel o nosso amor e apoio, quando pelo menos dez cristãos justos de cada nação, de cada língua e de cada cidade subirem a Jerusalém para buscar o Senhor no Sucot. Esperamos recebê-lo nessa festa profética junto com seu grupo de dez pessoas de seu país.

Somos gratos pelo seu apoio fiel. Deus o abençoe!

Dr. Jürgen Bühler

ICEJ President

FOTO DA CAPA: Obra de arte do tema da festa deste ano: “Ten From Every Nation” (Dez de todas as nações). Uma ilustração de Jesus caminhando, enquanto uma mão se estende para tocar a bainha de Sua roupa.

PARA ARQUIVOS DE REVISTAS visite www.icej.org/media/word-jerusalem

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DEUS BUSCA UM “REMANESCENTE JUSTO” DE TODAS AS NAÇÕES

EMBAIXADA CRISTÃ BEM REPRESENTADA NA NRB ICEJ INTENSIFICA ESFORÇOS DE ALIÁ NA FRANÇA E NA ALEMANHA A ICEJ LEVA ALEGRIA AOS RESIDENTES DO LAR HAIFA

O Concílio de Nicéia, em 325 d.C., reuniu-se para discutir a cristandade. (Ilustração gerada por IA)

havia sobrevivido a uma das piores ondas de perseguição poucos anos antes, sob o imperador Diocleciano. Constantino não apenas aliviou os temores da Igreja como decidiu tornar sua recém-descoberta fé a religião oficial do Império Romano.

Constantino, contudo, logo descobriu que o cristianismo não era um grupo unificado e harmonioso. Havia muitas facções e visões teológicas espalhadas pelo império. Um dos maiores desafios era a ampla diversidade de opiniões sobre a pessoa de Jesus Cristo. Ele era totalmente divino ou apenas um homem?

Um dos principais opositores à natureza divina de Cristo foi Ário, um sacerdote de Alexandria. Ele ensinava que Cristo era um

Jesus com seus discípulos. “Ele era totalmente divino ou um mero homem?”

1700 Anos Após Niceia

Uma convocação especial para 100 dias de oração e jejum para curar a ruptura entre a Igreja e o povo judeu

POR DR. JÜRGEN BÜHLER, PRESIDENTE DA ICEJ

ser criado, não era totalmente divino e não compartilhava da mesma substância de Deus. Embora Ário tenha sido excomungado da Igreja, seu ensino se espalhou por muitas igrejas, principalmente no Oriente, causando uma significativa desunião posteriormente conhecida como a controvérsia ariana. Outras questões importantes também surgiram, como, por exemplo, se aqueles que haviam renegado sua fé durante a perseguição poderiam ser aceitos novamente na Igreja.

Até então, a maioria das igrejas ainda celebrava a Páscoa cristã junto com a Páscoa judaica

Páscoa judaica (ou Pessach). Muitas igrejas a comemoravam no primeiro domingo após o 14º dia do mês hebraico de Nisã, alinhandose com a festa bíblica das Primícias (Lv 23.11). Outras a celebravam exatamente no dia 14 de Nisã, sendo conhecidas como Quartodecimanos (do latim “14”). Havia ainda aquelas que defendiam qualquer domingo em Nisã. E as que separavam completamente a Páscoa do calendário bíblico, fixando-a no primeiro domingo após o equinócio da primavera. Visando uma nova religião oficial nacional, tudo isso era confuso demais para Constantino.

Com o intuito de resolver essas questões, Constantino convocou um concílio global. Em Niceia (hoje conhecida como Iznik, ao sul de Istambul), seu desejo era resolver essas questões de uma vez por todas.

Após meses de deliberações, a natureza divina de Jesus foi afirmada no que se tornou conhecido como o Credo Niceno. Essa declaração doutrinária sobre a Trindade ainda serve como a confissão central de fé para a maioria das igrejas ao redor do mundo e, portanto, tornou-se uma fonte fundamental de unificação da fé cristã nos últimos 1700 anos. Esse resultado importante de Niceia não pode ser subestimado! Além disso, os crentes que se esconderam da perseguição foram recebidos de volta à Igreja. Por fim, o Concílio de Niceia também lidou com a ausência de um calendário unificado da Igreja.

encerramento foram enviadas pelo próprio imperador às igrejas ao redor do mundo. Seu resumo, contudo, revelou que possivelmente a maior preocupação de Constantino não era apenas definir uma data fixa para a Páscoa, mas o fato de que os cristãos se baseavam no calendário judaico para calcular a data da mais importante festa cristã.

Constantino escreveu às igrejas: “Foi declarado particularmente indigno que esta, a mais sagrada de todas as festas, seguisse o costume [o cálculo] dos judeus, que mancharam suas mãos com o mais terrível dos crimes e cujas mentes estavam cegas”. Na mesma carta, ele declarou ser dever da Igreja “nos

Constantino escrevendo cartas para a igreja expressando suas preocupações.

Este ano, muitas igrejas em todo o mundo comemoram os 1700 anos desde o marco histórico do Concílio de Niceia em 325 d.C. Segundo Philip Schaff, historiador da Igreja, o Concílio de Niceia foi – depois do Concílio Apostólico em Jerusalém, em Atos capítulo 15 – “o mais importante e o mais conhecido de todos os concílios da cristandade”.(1)

Niceia foi o segundo concílio global desde os dias dos primeiros apóstolos. Em Atos 15, lemos sobre o primeiro concílio da Igreja, que discutiu como lidar com o ingresso dos gentios a uma Igreja predominantemente judaica.

Naquele encontro em Jerusalém, os primeiros apóstolos escancararam as portas para que os crentes gentios ingressassem na Igreja.

Niceia impactou a Igreja de forma igualmente poderosa. Mas, ao contrário do concílio de Jerusalém, em Niceia as portas da Igreja começaram a se fechar sistematicamente para o povo judeu. O cordão umbilical entre a Igreja e Israel foi cortado, embora a Igreja tivesse se originado neste povo e nação. Isso

também abriu espaço para uma crescente tendência antijudaica entre os crentes gentios nos séculos seguintes.

O cordão umbilical entre a Igreja e Israel foi cortado, embora a Igreja tivesse se originado neste povo e nação.

É preciso deixar claro que esse desdobramento não era planejado nem intencional quando o concílio foi convocado. No entanto, o que fez com que o resultado do Concílio de Niceia fosse muito diferente de sua intenção inicial não foi a inspiração de líderes espirituais, como em Atos 15, mas sim a do próprio imperador romano.

O imperador Constantino, que reinou de 306 a 337 d.C., era um novo convertido ao cristianismo. Isso trouxe um grande alívio à Igreja primitiva, que, poucos anos antes

Entretanto, uma das questões que incomodavam Constantino era a falta de um calendário unificado de festas para a Igreja. (2) Havia muitas tradições distintas sobre quando celebrar a morte e ressurreição de Cristo, e para garantir que o cristianismo alcançasse todo o Império, ele estabeleceu um calendário único.

Até então, a maioria das igrejas ainda celebrava a Páscoa cristã junto com a

Obviamente, esse não foi um processo rápido ou fácil. Foram necessários cerca de 300 bispos, reunidos de 20 de maio até 24 de agosto, para decidir essas questões, com as últimas semanas reservadas para determinar uma data em comum acordo para a Páscoa. Essa data foi finalmente definida com base nos princípios de que a Páscoa deveria sempre ser em um domingo, não deveria ser celebrada duas vezes no mesmo ano, deveria seguir o equinócio da primavera e nunca deveria ser celebrada ao mesmo tempo que a Páscoa judaica (Pessach). (3)

Quando o concílio terminou, as cartas de

separarmos da detestável companhia dos judeus” e “não termos nada em comum com os assassinos de nosso Senhor”. (4)

Embora o credo e os vinte cânones que surgiram de Niceia estivessem livres de retórica antijudaica, as cartas oficiais do imperador Constantino continham uma atitude crítica e superior em relação aos judeus. Niceia tornou-se então o padrão de excelência para futuros concílios, definindo o tom para os séculos seguintes. Apenas algumas décadas após o Concílio de Niceia, um dos mais reverenciados pais da Igreja, Crisóstomo de Alexandria, atacou os judeus comparando-os a bestas “próprias para o abate”, acrescentando que, ao matarem Jesus, eles “não têm chance de expiação, justificação ou defesa”. (5)

A DOUTRINA DE

PAULO SOBRE ISRAEL

Isso é ainda mais surpreendente quando consideramos que o apóstolo Paulo não poderia ter sido mais claro em seus ensinamentos sobre a vocação única e inabalável de Israel, quando afirmou: “Deles é a adoção de filhos; deles é a glória divina, as alianças, a concessão da lei, a adoração no templo e as promessas. Deles são os patriarcas, e a partir deles se traça a linhagem humana de Cristo, que é

O Concílio de Nicéia, em 325 d.C., reuniu-se para discutir a cristandade. (Ilustração gerada por IA)
(Ilustração gerada por IA)
(Ilustração gerada por IA)

Deus acima de tudo, bendito para sempre!” (Rm 9.4-5)

Paulo reconheceu que, embora a maioria dos judeus não tenha aceitado Yeshua como seu Messias, eles ainda assim continuam sendo “amados por causa dos patriarcas” (Rm 11.28). Paulo entendia a rejeição deles a Jesus como um estado temporário, previsto pelos profetas hebreus (por exemplo, Isaías 6). Contudo, ele também acreditava que chegaria o tempo em que “todo o Israel será salvo” (Rm. 11.26)

Paulo, portanto, advertiu os crentes gentios a não serem arrogantes em relação aos judeus (Rm 11.18) e a considerarem suas próprias origens, quando estavam “sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12). Agora, contudo, pela graça, eles foram aproximados e partilham das promessas de Deus a Israel.

Até o Concílio de Niceia em 325 d.C., as igrejas se dividiam a respeito da celebração da Páscoa (Pessach), e o domingo nunca foi considerado um dia santo. Embora a maioria das igrejas ainda seguisse o livro do Êxodo para determinar a data da Páscoa, após Niceia foi proibido qualquer vínculo com o relato bíblico da Páscoa. Para seu império, Constantino exigiu um calendário cristão unificado sem qualquer relação com a tradição judaica, enquanto ignorava completamente os múltiplos paralelos entre os últimos dias de Jesus Cristo e a festa bíblica da Páscoa, e o fato de que Paulo se referia a Jesus como o nosso Cordeiro pascal (1Co 5.7). Tudo isso foi ignorado.

Não se tratava apenas de teologia; tinha consequências muito práticas para a Igreja. À igreja em Corinto, Paulo escreveu que, a cada semana, algo deveria ser separado como oferta para os santos em Jerusalém (veja 1Co 16.1-4; também 2Co 9.5). Por onde quer que fosse, Paulo se certificava de que as novas congregações fossem instruídas a apoiar os crentes judeus em Jerusalém. A razão para isso era simples: “Pois se os gentios participaram das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir aos judeus com seus bens materiais” (Rm 15.27).

Paulo também advertiu os crentes gentios na igreja de Roma para não se tornarem arrogantes em relação aos judeus (Rm 11.20), enquanto a Terceira Epístola de João indica que os crentes judeus já não estavam sendo bem recebidos em certas igrejas.

Igreja. Enquanto em Atos 15 a igreja liderada pelos judeus abriu mão de suas tradições para acolher e abraçar os crentes gentios, a igreja gentia após Niceia rejeitou descaradamente os judeus de toda a vida da igreja e começou a alimentar o antissemitismo cristão ao longo das gerações futuras.

Hoje, 1700 anos depois de Niceia, sentimos a necessidade de convidar crentes de todo o mundo a se unirem a nós em oração e jejum por essa história trágica. Primeiro, agradecemos a Deus por todos as bênçãos e posicionamentos positivos que resultaram de Niceia, que protegeram a Igreja de muitos erros graves. Niceia deu origem a um credo inspirado e unificador que ainda hoje é uma grande bênção.

por essas questões.

Também planejamos reservar um dia por semana no Encontro Global de Oração diário da ICEJ (online) para orar sobre os diversos resultados do Concílio de Niceia –tanto os positivos quanto os negativos. Que esse esforço de oração traga avivamento em nossas igrejas, assim como arrependimento, lembrança, reconciliação e restauração.

ARREPENDIMENTO

Como Daniel, queremos nos arrepender pelos pecados de nossos antepassados. Queremos pedir perdão pela Igreja ter falhado e pecado contra o próprio povo que nos deu o Messias e a Palavra de Deus.

LEMBRANÇA

reconciliação entre cristãos e judeus, como tem acontecido nos últimos 100 anos, e mais apoio cristão ao retorno de Israel.

RESTAURAÇÃO

Oramos para que, conforme Malaquias 4.6, nosso Deus volte o coração dos pais (o povo judeu) para os filhos (a Igreja gentia), e o coração dos filhos (a Igreja gentia) para os pais (o povo judeu).

NOTES:

1. Schaff, P., & Schaff, D. S. (1910). History of the Christian church (Vol. 3, p. 630). Charles Scribner’s Sons.

2. Encyclopedia of Ancient Christianity, Intervarsity Press

3. Hefele, C. J. (1871). A History of the Councils of the Church (W. R. Clark, Trans.; Vol. 1, p. 325). T&T Clark.

Da mesma forma, foi estabelecido um novo feriado semanal – o domingo. Até então, o domingo não era observado como um dia santo, exceto por alguns cristãos que reservavam um tempo para orações e leituras das Escrituras nas manhãs de domingo, antes de ir trabalhar, lembrando que o Senhor ressuscitou no primeiro dia da semana. Mas o objetivo de Constantino era separar completamente a Igreja de quaisquer costumes judaicos. Assim, para impedir que os cristãos observassem o Shabat, ele instituiu o novo dia santo, o domingo. Muitos cristãos tiveram dificuldade em concordar com essa mudança. No entanto, o sínodo seguinte, o de Laodiceia, resolveu a questão. Cristãos que ainda guardavam o sábado judaico foram considerados “judaizantes”.

UMA MUDANÇA DE ATITUDE Além disso, a pergunta de Paulo, “Que vantagem há então em ser judeu”, que antes recebia a resposta “Muita, em todos os sentidos”, passou a ser respondida com um espírito oposto de rejeição. Em vez de os judeus serem “amados por causa dos patriarcas” (Rm 11.28), agora eram vistos como “assassinos de Cristo”. Em vários registros de concílios, a lista dos condenados incluía “hereges, pagãos e judeus”. (6) Após Niceia, bispos passaram a exigir que os judeus convertidos abandonassem seus nomes judaicos (7) e adotassem nomes cristãos. No mundo de Paulo, eram os gentios que estavam sem Deus e sem esperança (Ef 2.12), mas agora essa condição passou a ser atribuída aos judeus – uma doutrina contrária ao pensamento do Novo Testamento.

Celebrar festas judaicas e guardar o Shabat, segundo os bispos, era como “zombar de Cristo”.

REGRAS DE ENGAJAMENTO

Tudo isso resultou em leis rigorosas que proibiam qualquer contato positivo com os judeus. Niceia e os concílios da Igreja subsequentes ensinaram que os cristãos não deveriam ter nenhuma relação com os judeus. Líderes que visitassem e orassem em sinagogas deveriam ser destituídos do cargo, e cristãos comuns que o fizessem deveriam ser “excluídos”. (8) O sínodo de Trulo proibiu qualquer participação nas festas judaicas, e os cristãos não deveriam tomar o pão ázimo durante a Páscoa. Certo sínodo chegou a determinar que nem mesmo um médico judeu poderia tratar suas doenças. Celebrar festas judaicas e guardar o Shabat, segundo os bispos, era como “zombar de Cristo”. (9)

O IMPACTO DE NICEIA

NA HISTÓRIA DA IGREJA

Essa nova abordagem de desprezo pelos judeus não apenas criou uma divisão entre a Igreja e o povo judeu, mas também colocou a Igreja em um caminho que eventualmente levou às atrocidades das Cruzadas, quando a morte de judeus era considerada agradável a Deus. Posteriormente, isso abriu caminho para as várias inquisições, expulsões, os pogroms e, por fim, o Holocausto, quando Hitler chegou a citar o reformador alemão Lutero para justificar seu ódio aos judeus.

UM CHAMADO ESPECIAL À ORAÇÃO

O aspecto mais trágico de Niceia é que esse foi apenas o segundo concílio universal da

No entanto, também queremos convidar você a se unir a nós durante os 100 dias, de 18 de maio a 24 de agosto (datas próximas do aniversário do Concílio de Niceia), para orar e jejuar pelos danos infelizes causados às relações entre judeus e cristãos em consequência do Concílio de Niceia. É claro que não será necessário jejuar o tempo todo, mas apenas escolher alguns dias e momentos para jejuar e orar

Todas as semanas dedicaremos um tempo para aprender mais sobre Niceia, para compreender e lembrar aquele momento de muitos efeitos positivos, mas também negativos, especialmente em relação ao povo judeu.

RECONCILIAÇÃO

Oramos para que Deus continue concedendo

4. Schaff, P., & Wace, H., eds. (1900). On the Keeping of Easter. In H. R. Percival (Trans.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 54). Charles Scribner’s Sons.

5. Chrysostom, John. Eight Homilies Against the Jews (p. 93). (Function). Kindle Edition.

6. Schaff, P., & Wace, H., eds. (1900). The XXX Canons of the Holy and Fourth Synods, of Chalcedon. In H. R. Percival (Trans.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 278). Charles Scribner’s Sons.

7. Percival, H. R. (1900). The Canons of the 318 Holy Fathers Assembled in the City of Nice, in Bithynia. In P. Schaff & H. Wace (Eds.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 32+504). Charles Scribner’s Sons.

Queremos convidá-lo a se juntar a nós para os 100 dias de oração e jejum, de 18 de maio a 24 de agosto

8. Schaff, P., & Wace, H., eds. (1900). The Apostolical Canons. In H. R. Percival (Trans.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 598). Charles Scribner’s Sons.

9. Schaff, P., & Wace, H., eds. (1900). The Canons of the Council in Trullo. In H. R. Percival (Trans.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 370). Charles Scribner’s Sons.

Assista a nossos ensinos especiais sobre

DEUS BUSCA UM “REMANESCENTE JUSTO” DE TODAS AS NAÇÕES

Otema deste ano para a Festa, “Dez de Cada Nação”, surgiu das visões proféticas de Zacarias. Ele recebeu uma tarefa difícil. O imperador persa Ciro havia morrido e, com sua morte, expirou o decreto real que permitia aos judeus reconstruir o Templo em Jerusalém, bem como o seu financiamento. Os samaritanos locais também se opunham à obra. Por fim, muitos antigos tinham visto ou ouvido falar da glória do Templo de Salomão e insistiam que esta casa ficava muito aquém daquele esplendor.

No entanto, os profetas hebreus tinham uma visão diferente. Ageu declarou: “A glória deste novo templo será maior do que a do antigo” (Ag 2.9). Zacarias também proclamou: “As mãos de Zorobabel colocaram os fundamentos deste templo; suas mãos também o terminarão. [...] aqueles que desprezaram o dia das pequenas coisas”. (Zc 4.9-10)

Zacarias viu esse Templo restaurado atraindo não apenas peregrinos judeus, mas também muitos gentios tementes a Deus. Na verdade, ele previu um dia em que todas as nações subiriam a Jerusalém todos os anos “para adorar o rei, o Senhor dos Exércitos, para celebrar a festa das Cabanas” (Zc 14.16) Essa visão profética inspirou aqueles pioneiros que, em 1980, lançaram a primeira celebração pública cristã da Festa dos Tabernáculos para crentes gentios, que rapidamente cresceu e se tornou o maior evento turístico anual em Israel.l.

habitar em segurança na cidade (vs. 7-8). O Senhor também promete prosperar e abençoar seu povo, porque “agora decidi fazer de novo o bem a Jerusalém e a Judá” (vs. 11-15).

Igualmente notável é o fato de Zacarias ter previsto multidões de gentios subindo a Jerusalém para adorar o Senhor. Pessoas de uma cidade incentivariam as de outras cidades “a suplicar o favor do Senhor e buscar o Senhor dos Exércitos [...] Sim, muitos povos e nações poderosas virão buscar o Senhor dos Exércitos em Jerusalém e suplicar o seu favor. [...] Naqueles dias, dez homens de todas as línguas e nações agarrarão firmemente a barra das vestes de um judeu e dirão: ‘Nós vamos com você porque ouvimos dizer que Deus está com vocês’” (Zc 8.20-23)

Os peregrinos agitam bandeiras representando suas nações.

O capítulo 8 de Zacarias expande essa visão profética de forma poderosa. O texto deixa claro que Deus tem muito ciúme de Sião e se consome de ciúmes por ela - referindo-se à cidade de Jerusalém e ao Templo (Zc 8.2) Ele promete trazer o povo judeu de volta para

Essa é uma visão extraordinária, que contraria as circunstâncias predominantes na época. Apenas um pequeno remanescente judeu havia retornado a uma cidade e um Templo em ruínas, e a tarefa de reconstruí-los já parecia monumental, que dirá transformálos em algo mais glorioso do que antes?

Mas a palavra do Senhor assegurava que o Templo seria realmente reconstruído, e seria ainda mais glorioso do que o Templo de Salomão. O povo judeu disperso também seria reunido e reconstruiria completamente sua nação, tornando-a um reino próspero e pacífico. Além disso, os gentios seriam atraídos a Jerusalém como nunca antes, para peregrinar ao lado dos judeus e adorar o Senhor nas festas de Israel.

Isso já havia acontecido em pequena escala na época do Templo de Salomão, mas Zacarias previu que isso se

estenderia a todos os povos, com um remanescente justo de pelo menos “dez homens de todas as línguas e nações” firmemente unidos aos judeus e subindo a Jerusalém para adorar e servir a seu Deus.

Essa é uma visão profética incrível, não apenas do ponto de vista dos dias de Zacarias, mas também da perspectiva mais ampla da história da redenção. A verdade é que Deus havia abandonado os gentios para que adorassem outros deuses e preservado Israel sozinho como sua herança.

A TORRE DE BABEL

do Antigo Testamento – afirma que Deus dividiu as nações segundo os bnei Elohim, ou “filhos de Deus” – referindo-se a certos seres angelicais que fazem parte do conselho celestial (veja, por exemplo, Jó 1.6 e 2.1; Sl 82.1).

O capítulo 4 de Deuteronômio lança mais luz sobre o juízo divino em Babel. Aqui, Moisés adverte seu povo contra a adoração de falsos deuses como fazem as nações gentias, dizendo: “E para que, ao erguerem os olhos ao céu e virem o sol, a lua e as estrelas, todos os corpos celestes, vocês não se desviem e se prostrem diante deles, e prestem culto àquilo que o Senhor, o seu Deus, distribuiu a todos os povos debaixo do céu. A vocês, o Senhor tomou e os tirou da fornalha de fundir ferro, do Egito, para serem o povo de sua herança, como hoje se pode ver” (Dt 4.19-20).

Segundo estudiosos da Bíblia como Michael Heiser e Gerald McDermott, essas passagens falam da Torre de Babel, quando Deus na verdade deserdou as nações. Cada nação que surgiu dos setenta filhos de Noé recebeu um deus ou ser angelical que se tornaria um principado ou poder espiritual sobre ela – um aspecto único da cosmologia bíblica confirmado no Novo Testamento (veja, por exemplo, Romanos 8.38; Efésios 6.12; Colossenses 1.16).

Enquanto isso, Deus reteve Israel como sua herança especial, pois “o povo preferido do Senhor é este povo, Jacó é a herança que lhe coube” (Dt 32.9) Eles deveriam ser “o meu tesouro pessoal dentre todas as nações” (Êx 19.5; Dt 7.6; Sl 135.4). E o arcanjo Miguel foi designado como seu guardião (Dn 12.1; Jd 1.9).

O conceito judaico de um minian, pelo menos dez homens justos necessários para orar em comunidade, vem de Gênesis 18, quando Abraão suplicou ao Senhor que poupasse Sodoma, mesmo que encontrasse apenas dez homens justos lá. Mas devemos voltar a Gênesis 11 e a Torre de Babel para começar a entender a jornada espiritual e o destino das nações gentias como um todo.

Fica evidente na história que os construtores de Babel se tornaram extremamente orgulhosos e unidos na determinação de construir uma cidade e adquirir reconhecimento. Mas outros povos e gerações também foram arrogantes perante Deus. O que havia naquela decisão que irritou o Senhor a ponto de Ele descer para confundir suas línguas e dispersá-los? Eles se recusaram a seguir o comando que Deus deu a Noé e sua família: “Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra” (Gn 9.1). Na verdade, os construtores de Babel começaram a construir uma cidade e “não seremos espalhados pela face da terra” (Gn 11.4)

Mais adiante, aprendemos com Moisés algo ainda mais importante que ocorreu naquele momento. “Quando o Altíssimo deu às nações a sua herança, quando dividiu toda a humanidade, estabeleceu fronteiras para os povos de acordo com o número dos filhos de Israel. Pois o povo preferido do Senhor é este povo, Jacó é a herança que lhe coube” (Dt 32.8-9).

Aqui, o hebraico original preservado na Septuaginta – uma antiga tradução grega

As bandeiras das nações são hasteadas na noite de chamada das nações na Festa dos Tabernáculos de 2018.

Pouco tempo depois de Babel, Deus chamou Israel à existência através do chamado a Abraão e deu ao povo a tarefa especial de levar a salvação a todo o mundo. Essa vocação estava contida na promessa divina: “[...] por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (Gn 12.3) O apóstolo Paulo descreve isso como a primeira pregação do Evangelho (Gl 3.8).

Que notável é, portanto, o plano de salvação de Deus! Ele rejeitou as nações em Babel, mas já havia determinado, antes da criação do mundo, que Ele – por meio de Israel – redimiria para si um remanescente justo dentre todas as nações, línguas e tribos da terra (Apocalipse 5.9).

Zacarias também anunciou esse plano, mesmo em um tempo de muitos obstáculos e frustrações para Israel, quando afirmou que um dia Deus atrairia pelo menos dez homens – ou seja, um remanescente justo – de cada língua dentre as nações. Esse remanescente se uniria a um judeu e faria peregrinação a Jerusalém, pois sabe que foi ali que Deus colocou Seu nome, onde Ele pode ser encontrado em oração e adoração, e onde a redenção prometida aconteceu na Cruz!

Quão maravilhosa é a graça de Deus! Como gentios, éramos “separados da comunidade de Israel [...] sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo” (Ef 2.12-13).

Peço que você encare a passagem de Zacarias 8.23 como um convite profético para vir a Jerusalém na Festa dos Tabernáculos deste ano. Convide outros a se juntar a você na subida a Sião para buscar o Senhor e orar nesta cidade. Certifique-se de que haja um remanescente justo de pelo menos dez peregrinos cristãos representando sua nação na Festa deste ano.

9 PALAVRA DE JERUSALÉM

I. Pieter Bruegel, o Velho, A Torre de Babel (Wikipedia)
ENSINO

NDR. BÜHLER FALA AO GRUPO PARLAMENTAR DA ÁFRICA DO SUL

o início de abril, o presidente da ICEJ, dr. Jürgen Bühler, falou a uma delegação de alto escalão da África do Sul, composta por 14 membros do parlamento, o Grande Rabino da África do Sul Warren Goldstein, vários pastores influentes e a diretora nacional da ICEJ-SA, Vivienne Myburgh. Ele recebeu a delegação VIP em um banquete realizado no Museu Amigos de Sião, em Jerusalém, onde o dr. Bühler agradeceu a coragem deles por apoiarem Israel diante do aumento do antissemitismo em seu país. O extenso tour da delegação por Israel foi organizado pelos Amigos de Israel da África do Sul e incluiu visitas a comunidades israelenses atingidas na região da Faixa de Gaza e das fronteiras do norte, à região central referenciada biblicamente como Judeia e Samaria, outros importantes locais bíblicos, ao Knesset e ao Ministério das Relações Exteriores, além de uma audiência com o presidente Isaac Herzog. Pesquisas recentes indicam que um governo pró-Israel pode assumir o poder após as próximas eleições

EMBAIXADA CRISTÃ BEM REPRESENTADA NA NRB

Ovice-presidente sênior da ICEJ, David Parsons, viajou para Dallas, Texas, em fevereiro, para se juntar à equipe da ICEJ-USA, liderada pela diretora nacional Susan Michael, na convenção anual da National Religious Broadcasters (NRB). Além do nosso estande no enorme salão de exposições, a ICEJ co-patrocinou o popular Israel Breakfast, realizou uma recepção especial para marcar o 10º aniversário da iniciativa American Christian Leaders for Israel (ACLI) e liderou uma coletiva de imprensa da ACLI em apoio aos direitos e reivindicações de Israel sobre a Judeia e Samaria. Mais de 100 membros da ACLI estiveram presentes na recepção, incluindo o presidente da NRB, Troy Miller, sua assistente-chefe Linda Smith, assim como Michele Bachmann, Earl Cox e Robert Stearns, entre muitos outros.

David Parsons fala na coletiva de imprensa da ACLI para apoiar a reivindicação de Israel à Judéia e Samaria.

Aequipe da ICEJ em Jerusalém celebrou recentemente o Purim com um criativo concurso de fantasias. Enquanto cada membro desfilava pelo tapete vermelho para mostrar seu traje festivo, o prêmio de melhor fantasia foi facilmente conquistado pela nossa Vice-Presidente de AID & Aliá, Nicole Yoder, que apareceu astutamente disfarçada de senhora idosa fazendo compras no mercado Mahane Yehuda.

JUNTE-SE À ICEJ NA RECONSTRUÇÃO DAS COMUNIDADES ISRAELENSES PRÓXIMAS A GAZA.

Com as forças do Hamas encurraladas em Gaza pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), as comunidades israelenses devastadas do oeste do Neguev lentamente começam a retornar para casa e a planejar o futuro. Muitas dessas famílias vivenciaram eventos traumáticos em suas próprias casas, e essas terríveis lembranças não serão fáceis de superar. Um dos pontos-chave nesse processo de reconstrução será oferecer uma ampla variedade de atividades e serviços comunitários que tornem mais atrativo o retorno à vida em suas vilas. Cada comunidade precisará encontrar os recursos necessários para restaurar seus edifícios públicos, que são tão centrais para a vida em comunidade.

A Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém está apoiando esses esforços financiando uma série de grandes projetos de reconstrução, que ajudarão essas comunidades a se recuperar do trauma dos massacres de 7 de outubro e a reconstruir suas vidas. Nos últimos 15 anos, a Embaixada Cristã já ajudou muitas dessas vilas agrícolas com abrigos móveis contra bombas, equipamentos de combate a incêndios e outros tipos de ajuda emergencial. Por isso, eles nos conhecem bem e agora estão solicitando novamente a nossa ajuda para atender às suas necessidades mais urgentes.

A ICEJ respondeu patrocinando seis importantes projetos de reconstrução e renovação na região da fronteira com Gaza,

que ajudarão a atrair de volta para suas casas e comunidades as famílias evacuadas. Isso inclui:

● Transformar um jardim de infância danificado em um centro de tratamento de traumas infantis em Kfar Aza;

● Transformar um prédio abandonado em um centro inovador de musicoterapia em Kfar Aza;

● Reconstruir completamente um centro de atividades juvenis destruído no Kibutz Be’eri;

● Reformar uma casa de repouso em um centro de atividades e cuidados para idosos no Kibutz Be’eri;

● Restaurar e expandir um espaço de terapia com animais no Kibutz Urim;

● Construir uma nova sala de aula em estufa numa escola agro tecnológica em Sde Nitzan.

Vice-presidente sênior da ICEJ David Parsons e o vicepresidente de operações Richard Van Der Beek em uma cerimônia de inauguração das obras em Be’eri.

Os significativos recursos necessários para esses projetos têm vindo de cristãos de todo o mundo, mas ainda temos um caminho a percorrer. Quanto antes cobrirmos esses custos, mais rapidamente poderemos avançar para outros grandes projetos de reconstrução em vilas agrícolas próximas, duramente atingidas pela invasão terrorista de 7 de outubro.Esta é uma oportunidade verdadeiramente única para a Embaixada Cristã e nossos apoiadores ao redor do mundo. Nunca tivemos tantos grandes projetos de construção acontecendo simultaneamente. Mas precisamos da sua ajuda! Junte-se a nós para apoiar essas comunidades israelenses enquanto retornam e reconstroem com um olhar esperançoso para o futuro.

De fato, o profeta Isaías previu um tempo em que gentios tementes a Deus estariam envolvidos nesses esforços, ao dizer: “Estrangeiros reconstruirão os seus muros” (Is 60.10)

Doe hoje para o nosso fundo “Israel em Crise” em: help.icej.org/pt/crisis

Dr Bühler addresses the South African delegation at the FOZ Museum banquet.
Analisando os planos para a escola agrotécnica

ICEJ

PACOTES DE PRESENTE PARA COMUNIDADE ISRAELENSE

EVACUADA SAMUELSEN

Uma equipe da ICEJ visitou recentemente a comunidade judaica deslocada do Kibutz Ein HaShlosha para entregar pacotes de presentes especiais, enquanto eles lentamente retomam o caminho de volta para casa após o 7 de outubro. Há dois anos, um acontecimento milagroso ocorreu em Ein HaShlosha durante a invasão de 7 de outubro. Localizado bem ao lado de Gaza, o kibutz estava especialmente vulnerável, pois 75 terroristas do Hamas haviam cruzado os campos ao redor para infiltrar-se na comunidade.

“No entanto, eles ficaram expostos porque o grão havia sido colhido apenas alguns dias antes”, explicou nossa anfitriã, Shiri Aviv, membro do conselho do kibutz. “Um helicóptero das FDI os avistou e os neutralizou, evitando emboscadas adicionais. Se aqueles terroristas tivessem entrado no kibutz, a maior parte da comunidade não estaria aqui hoje”.

Ainda assim, quatro pessoas do kibutz foram assassinadas e 16 casas foram incendiadas.

Algumas residências ficaram crivadas de balas, enquanto outras foram saqueadas ou sofreram danos devido a disparos de foguetes nos dias seguintes.

Após passarem vários meses vivendo como evacuados em hotéis em Eilat, a comunidade foi realocada para Netivot no outono de 2024, até que possam retornar juntos para Ein HaShlosha. Durante uma visita recente a Netivot, uma delegação da Embaixada Cristã entregou 130 caixas de presentes às famílias evacuadas em comemoração ao feriado de Tu B’Shvat.

“Esses presentes são uma expressão de amor para mostrar às pessoas que elas são lembradas nestes tempos difíceis”, compartilhou Nicole Yoder, Vice-presidente de Assistência e Aliá da ICEJ. “Cada presente vem acompanhado de uma bênção, para que eles saibam que não estão sozinhos.”

Nachal Oz, Nativ HaAsara e Ein HaShlosha – tudo isso graças à generosidade de cristãos em Singapura.

Enquanto estava em Netivot, Shiri observou que 92% da comunidade se encontrava nesse bairro temporário.

“A comunidade do kibutz é forte, e viver juntos restaura um pequeno senso de normalidade, apesar da transição de um ambiente rural para uma cidade maior”, relatou Shiri.

Com a comunidade reunida, eles restabeleceram suas rotinas e criaram atividades terapêuticas individuais e em grupo para possibilitar a cura dos traumas que vivenciaram. Uma das terapias favoritas tem sido por meio da arte, e se tornou tão popular que o kibutz talvez abra uma casa de arte terapêutica assim que retornarem para casa.

À medida que se aproxima o momento de retornar ao kibutz, surgem novos desafios.

Muitas famílias se acostumaram com a sensação de segurança e as facilidades da vida urbana em Netivot. O conselho do kibutz, juntamente com o governo, está trabalhando ativamente para apoiar essa transição de volta para casa nos próximos meses.

“Há muitos preparativos a serem feitos, como a instalação de mais postes de iluminação nas ruas”, disse Shiri. “A princípio, pode parecer que não é urgente, mas desde 7 de outubro muitas crianças têm medo do escuro e, por isso, não saem à noite. Portanto, atender a essas necessidades é uma prioridade importante.”

Ao longo do último ano, a ICEJ entregou pacotes de presentes a mais de 1.463 famílias de comunidades evacuadas próximas a Gaza, incluindo Nir Oz, Re’im, Be’eri, Kfar Aza,

FILIAL HOLANDESA DOA PLAYGROUND TERAPÊUTICO PARA AS CRIANÇAS DO KIBUTZ ALUMIM

Em um gesto comovente de apoio, a filial da ICEJ na Holanda doou recentemente um playground terapêutico, ou “gymboree” para as crianças do Kibutz Alumim, uma das comunidades israelenses próximas a Gaza atacadas durante os massacres de 7 de outubro. O playground faz parte de nossa iniciativa mais ampla para apoiar a recuperação das crianças israelenses traumatizadas pelo conflito contínuo na região.

compartilhou com os membros do kibutz o quanto foi especial para ela estar presente e expressar as esperanças dos doadores de que esse playground seja um lugar de cura e alegria para as crianças e suas famílias.

Chani, professora e gestora do centro, expressou gratidão pelo apoio da ICEJ, dizendo que sabia “que foi dado de coração... Sabemos o valor do cuidado de vocês por Israel.”

Jannie Tolhoek, da ICEJ Aid, entrega pacotes de presentes para famílias de evacuados que estão em Netivot.

O Kibutz Alumim é uma pequena vila agrícola cercada por uma vegetação exuberante e beleza natural, mas fica a menos de quatro quilômetros da fronteira com Gaza. Seus membros são principalmente judeus ortodoxos, uma exceção em relação às vilas agrícolas da região, que são em sua maioria seculares. No entanto, eles também têm enfrentado repetidos bombardeios de foguetes e outras ameaças do Hamas em Gaza ao longo das últimas duas décadas.

Além do playground, a ICEJ forneceu abrigos antiaéreos de proteção, equipamentos de combate a incêndios, dispositivos de comunicação, kits de paramédicos e terapia de trauma em grupo para os socorristas do Alumim e de toda a região de Sadot Neguev. Esses esforços fazem parte de uma missão maior e contínua para ajudar os mais afetados pela violência extrema de 7 de outubro a curar suas feridas e reconstruir suas vidas.

Após a distribuição dos presentes, os membros do kibutz nos enviaram cartas emocionantes.

“Lemos no livro de Eclesiastes que um bom nome é melhor do que um perfume finíssimo... mas graças aos nossos amigos, agora temos ambos”, escreveu Adi.

“Em nome dos membros do Kibutz Ein HaShlosha, quero expressar nossa mais profunda gratidão pelas maravilhosas caixas de presente que vocês entregaram pessoalmente aos nossos membros”, escreveu posteriormente a assistente comunitária Yael Sherby-Hurwitz para a Embaixada Cristã. “Eles passaram por tantos traumas. No entanto, a sua bondade e generosidade trouxeram calor e conforto, e estamos verdadeiramente tocados pelo seu apoio. Gestos como o de vocês nos lembram que estamos cercados de compaixão e solidariedade. A sua generosidade fez uma diferença real.”

A ICEJ está comprometida em ajudar mais israelenses necessitados durante estes tempos desafiadores. Contribua hoje mesmo com o nosso fundo Israel em Crise.

Doe hoje para o nosso fundo “Israel em Crise”: help.icej.org/pt/crisis

A própria história de sobrevivência de Shiri no dia 7 de outubro é extraordinária. Por 36 horas agonizantes, ela se escondeu com seus filhos enquanto terroristas rondavam sua casa. Então, por um milagre, os terroristas repentinamente partiram. Quando o resgate finalmente chegou, ela não parou para lamentar ou desmoronar. Simplesmente lavou o rosto e começou a liderar os esforços de apoio à comunidade desde então, usando sua força para trazer esperança e cura para a comunidade.

No dia 5 de outubro, há dois anos, o Alumim recebeu uma grande delegação da ICEJ como parte da Festa dos Tabernáculos de 2023. Dois dias depois, foi invadida por terroristas que chegaram em três ondas distintas. O esforço de defesa foi liderado por 15 membros do kibutz que bravamente enfrentaram até 80 terroristas, mesmo enquanto algumas famílias precisaram passar até 30 horas em seus abrigos antibombas. Tragicamente, 12 trabalhadores rurais tailandeses e 10 estudantes agrícolas nepaleses foram mortos durante o ataque, e um trabalhador nepalês continua como refém em Gaza. Apesar desse ataque horrível, cerca de 85% da população do kibutz já retornou às suas casas.

Em resposta ao trauma causado pelos eventos de 7 de outubro, Tamir Idan, prefeito da região de Sadot Neguev, lançou uma iniciativa para fornecer playgrounds terapêuticos para atender às crianças do conselho regional.

O novo playground no Kibutz Alumim, fornecido pela ICEJ-Holanda, é mais do que apenas um espaço para brincar. Ele foi projetado para oferecer apoio enquanto terapeutas profissionais auxiliam as crianças a processar suas emoções e traumas. O playground também está conectado a uma grande biblioteca e estará acessível sete dias por semana para toda a comunidade.

Representando os cristãos holandeses na cerimônia de inauguração, Jannie Tolhoek, da ICEJ AID,

ICEJ staff with members of Kibbutz

at the gymboree dedication.

Nitai, fisioterapeuta e experiente socorrista de Alumim, compartilhou suas experiências pessoais do dia 7 de outubro.

“O mais difícil é que você sai de casa e já está em combate”, explicou ele, relembrando o caos e o medo daquele dia.

Nitai começou a correr como forma de lidar com o trauma e compartilhou com orgulho que completou a Maratona da Cidade de Nova York em novembro de 2024, como símbolo de sua resiliência diante da adversidade. Mas foi sua reflexão tocante sobre a natureza desta guerra com seus vizinhos de Gaza que ressoou profundamente em todos os presentes

“Se nós cessarmos a guerra, todos nós seremos mortos. Se eles cessarem a guerra, haverá paz,” disse ele.

Os esforços da ICEJ para apoiar o Kibutz Alumim e outras comunidades sitiadas no Neguev Ocidental fazem parte de um chamado mais amplo para que cristãos em todo o mundo se unam a Israel e apoiem seu povo em seu momento de necessidade. Por meio de nossas doações e orações, todos nós podemos desempenhar um papel na ajuda a essas comunidades em seu processo de cura e reconstrução.and rebuild. The road to recovery for Kibbutz Alumim and other affected communities may be long, but with the support of Christians like you, healing and hope are within reach. Together, we can make a difference.

Se você quiser contribuir para esses esforços de reconstrução, faça uma doação para o nosso fundo Israel in Crise. help.icej.org/pt/crisis

Alumim
Nicole Yoder apresenta os presentes no Netivot.
POR NATIVIA

Hands-on Tour

ENCONTRA “MISSÃO” AO AJUDAR ISRAEL DURANTE A GUERRA

AEmbaixada Cristã Internacional em Jerusalém organizou recentemente mais um Hands-on Serving Tour em Israel durante o período de guerra, reunindo voluntários cristãos de várias partes do mundo que participaram de projetos de ajuda para demonstrar seu amor pelo estado judeu.

À medida que cresce o antissemitismo e Israel permanece envolvido em um conflito tenso com o Hamas em Gaza, muitos cristãos sentem um chamado urgente para vir servir aqui. Para aqueles que fizeram parte deste grupo, a experiência foi transformadora.

No primeiro dia, os voluntários visitaram uma nova escola agrícola em Sde Nitzan, perto de Gaza, onde a ICEJ está construindo uma sala de aula em estufa para estudantes israelenses. Asaf, a força motriz por trás da escola avançada de agricultura, compartilhou como esse projeto se tornou sua forma de cura após os massacres de 7 de outubro, trazendo vida e esperança de volta ao Sul enquanto os jovens israelenses se conectam com a terra.

Arregaçamos as mangas e nos juntamos aos adolescentes na preparação das mangueiras para a colheita. Enquanto trabalhávamos juntos, as palavras de Asaf ecoavam em nossas mentes: “A melhor resposta ao que aconteceu é trabalhar e encontrar sua missão. Da crise à missão”. De fato, conforme o tour avançava, a frase “da crise à missão” se tornou nossa referência.

Em seguida, visitamos um centro de cuidados para idosos na região de Eshkol, na fronteira com Gaza. Seus relatos de resiliência e sobrevivência em 7 de outubro foram poderosos e inspiradores. Eles compartilharam suas lembranças daquele dia e suas obras de arte expressam essa experiência. Foi um privilégio abraçá-los, sentir sua dor e admirar sua determinação em seguir em frente. Ali houve o encontro com Bella, uma sobrevivente do Holocausto que perdeu seu neto Yotam – um refém que escapou dos captores, mas foi tragicamente morto. “Nossa mensagem é para que, onde quer que forem, vocês contem nossa história especialmente para a

geração mais jovem do seu país”, ela compartilhou. “Muito obrigada por terem vindo.”

Também passamos um tempo no centro logístico de Leket, onde ajudamos a separar 3 toneladas e meia de tangerinas clementinas para famílias necessitadas.

Em outro dia, organizamos alimentos, roupas e presentes de Purim para famílias afetadas pela crise. “Vocês não imaginam quantas famílias que não podem pagar por esses itens vocês ajudaram hoje”, disse nosso anfitrião

No Kibutz Be’eri, uma comunidade fortemente atingida perto de Gaza, também colhemos 16 toneladas de laranjas junto com voluntários israelenses do Bank Leumi.

Pudemos ver os benefícios concretos do nosso trabalho em todos os lugares por onde passamos, e a cada dia se aprofundava nossa conexão com Israel.

Um dos destaques foi o encontro com Jürgen Bühler, presidente da ICEJ, que disse: “Sua presença deixa uma marca em Israel. Levem para seus países de origem um bom relato do que vocês vivenciaram aqui”.

Viajando para o norte, também conhecemos alguns jovens árabes incríveis que participam de um programa de alta tecnologia patrocinado pela ICEJ. Maram, CEO do programa, explicou: “Conectamos estudantes árabes ao mercado de trabalho por meio de mentorias, busca de empregos e visitas a empresas. Após os eventos de 7 de outubro, o foco do programa se ampliou para reconstruir a confiança entre estudantes árabes e judeus durante esses tempos difíceis”. Também ouvimos diretamente dos estudantes árabes sobre o impacto do programa em suas vidas. “Obtive as ferramentas para entrar no mercado de trabalho”, disse Ibrahim, um recém-formado. “Agora sou coproprietário de uma startup em Tel Aviv... Queremos paz e humanidade, encontrar as pessoas, conversar com elas e juntos buscar a verdadeira paz”.

Ao final da viagem, Stephan, da Alemanha, recordou as conversas calorosas com os moradores de Be’eri, enquanto Shawn, um voluntário que retornava dos EUA, resumiu tudo em uma palavra: “Gratificante!”

Ele destacou especialmente a alegria de ser uma luz para o povo de Israel. Por fim, Grace, de Singapura, incentivou a todos a buscar a verdade além da mídia tendenciosa e a continuar orando por Israel. Todos concordaram que a parte mais impactante da viagem foram as pessoas que conheceram – cada uma delas deixando uma marca duradoura.

Para aqueles interessados em vir como voluntários para Israel, o novo Hands-on Serving Tour da ICEJ será em novembro. Saiba mais em: https://www.icej.org/hands-on-tour

Enquanto isso, pedimos que apoie nossos projetos de ajuda contínua para a recuperação e a reconstrução de Israel por meio do nosso fundo “Israel em Crise”.

LLÁGRIMAS, PALHAÇOS E UMA NOITE NO BUNKER

POR KARIN LORENZ

ágrimas e risadas, festas de Purim e alarmes de foguetes. Em março, um grupo de cerca de 30 cristãos de língua alemã vindos da Áustria, Alemanha, Holanda e Suíça visitou Israel em uma excursão de solidariedade de nove dias. Vivenciamos muitos encontros que tocaram e curaram corações. Aqui está um recorte do nosso diário de viagem.

LÁGRIMAS NO AVIÃO

Logo no voo que partiu de Frankfurt, conhecemos Martine, uma idosa judia francesa que mal podia acreditar que cristãos estavam visitando Israel para demonstrar apoio durante a guerra. “Nós nos sentimos tão sozinhos”, disse ela com lágrimas nos olhos. “Eu não sabia que havia cristãos que saem às ruas por nós, judeus!... Meu pai foi assassinado no Holocausto. Obrigada por tudo o que vocês fazem por nós”.

LAR HAIFA E PURIM

O primeiro dia de passeio começou no Lar para sobreviventes do Holocausto da ICEJ em Haifa, seguido de uma visita a uma sinagoga ortodoxa. Um rabino nos convidou para ler o Livro de Ester em comemoração ao Purim. Havia bolos e bebidas sobre as mesas. Os filhos do rabino nos receberam com fantasias coloridas, e ele também estava vestido com uma peruca roxa de palhaço.

PRAÇA DOS REFÉNS

Em seguida, fizemos uma visita de solidariedade à “Praça dos Reféns” em Tel Aviv. Vimos a réplica de um túnel terrorista que mostra como os reféns remanescentes vivem em condições difíceis há quase 18 meses. Também vimos um pequeno suéter do Batman em memória dos dois meninos Bibas, assassinados pelo Hamas em Gaza. Depois, encontramos Dana, irmã de Shiri,

cuja mãe foi assassinada, para entregar um livro de condolências dos apoiadores de Israel para o pai sobrevivente, Yarden Bibas.

FESTA COM BANDEIRA

Subindo para Jerusalém, visitamos o Yad Vashem e depois o mercado aberto Mahane Yehuda. Um desconhecido que estava festejando pegou uma bandeira germanoisraelense do nosso grupo e dançou pela rua.

A bandeira passou de mão em mão. Alegria de Purim em Jerusalém! Os israelenses ficaram entusiasmados com a visita dos estrangeiros durante a guerra. Muitos tiraram seus celulares para registrar o momento emocionante. A cidade pulsava com o espírito da festa, enquanto tambores ecoavam por toda parte e pessoas em fantasias coloridas lotavam as ruas. “Seja Hamã, Hitler ou Hamas – nossos inimigos estão desaparecendo. Nós permanecemos!”, comemoravam.

A PRESENÇA DE DEUS

Em seguida, visitamos o centro ALEH para crianças com deficiências severas em Bnei Brak. Cerca de 20% das 300 crianças com necessidades especiais eram totalmente saudáveis até que, um dia, um acidente na piscina, uma doença ou outra desventura lhes aconteceu. Ficamos maravilhados com a felicidade nos rostos das crianças e dos cuidadores. Um amor profundo pelas crianças emana de cada um deles. Recentemente, a ICEJ-Alemanha financiou uma ambulância urgentemente necessária para que o ALEH possa transportar suas crianças com segurança ao hospital e a outros lugares necessários.

AS FERIDAS DE BE’ERI

Percorremos então a comunidade fortemente atingida do Kibutz Be’eri, guiados pelos anfitriões locais Yarden e Niv. Eles cresceram nesta vila antes idílica, onde terroristas do

Hamas, vindos de Gaza, atacaram sem impedimentos no dia 7 de outubro – mesmo sendo Be’eri conhecida por seu ativismo pela paz. Os terroristas não pouparam ninguém, massacrando brutalmente até mesmo bebês. Vimos as casas destruídas. Nossos anfitriões asseguraram que Be’eri voltará a ser um lugar de vida. Um projeto-chave de reconstrução é a criação de um centro de reabilitação e trauma para idosos, que a ICEJ-Alemanha está financiando.

PIMENTÕES E ERVAS

Depois, passamos metade do dia colhendo pimentões maduros em uma estufa próxima com voluntários israelenses locais e, em seguida, fizemos uma visita ao kibutz religioso de Shuva, também perto de Gaza, que conseguiu sobreviver ao ataque de 7 de outubro. Dois abrigos antiaéreos móveis, doados pela ICEJ, hoje permitem que uma fábrica de cosméticos à base de ervas funcione mesmo durante ameaças de foguetes. ALARMES DE FOGUETES

A última noite terminou abruptamente devido a um alarme de foguete às 4 da manhã. Correndo para o abrigo do hotel de pijama, lemos os Salmos e cantamos cânticos de louvor, mesmo enquanto as Forças de Defesa de Israel (IDF) lidavam com um míssil disparado pelos Houthis no Iêmen. Outro alerta de míssil veio ao meio-dia, enquanto esperávamos para embarcar no voo de retorno no aeroporto. Desta vez, o Hamas lançou vários foguetes de Gaza, e pudemos ouvir as interceptações do Domo de Ferro ao longe.

Apesar do perigo, ninguém do grupo se arrependeu de nossa viagem a Israel. Estávamos certos de que muitos corações haviam sido tocados – incluindo o nosso.

Colhendo laranjas no Kibbutz Be’eri.

ICEJ INTENSIFICA ESFORÇOS DE ALIÁ NA FRANÇA E NA ALEMANHA

Hoje, a Aliá do Ocidente está crescendo, e a ICEJ está celebrando marcos importantes em nosso trabalho de Aliá e integração nos países ocidentais. A Embaixada Cristã tem atuado especialmente na promoção e facilitação da Aliá na Alemanha – há vinte anos – e na França há quinze anos. Em tempos de desafios e oportunidades, continuamos comprometidos em ajudar os judeus que atendem ao chamado bíblico para retornar. As comunidades judaicas da França e da Alemanha compartilham histórias marcadas tanto por ricas contribuições culturais quanto por dolorosas perseguições. Em ambos os países, a ICEJ combate o antissemitismo para garantir a segurança de famílias e indivíduos judeus, ao mesmo tempo em que está pronta para ajudar aqueles que decidem fazer a Aliá.

A Alemanha já abrigou uma comunidade judaica muito vibrante, com mais de 500 mil judeus que contribuíram de forma significativa para a sociedade, ciência e cultura antes do Holocausto. Após a Segunda Guerra Mundial, restaram apenas alguns milhares. No entanto, hoje, contra todas as expectativas históricas, a Alemanha abriga uma das maiores populações judaicas da Europa – uma mudança demográfica fortalecida pelo colapso da União Soviética.

Com a dissolução da URSS em 1991, a Alemanha decidiu acolher judeus das antigas repúblicas soviéticas como parte de sua responsabilidade histórica. O governo alemão estabeleceu o programa

Kontingentflüchtling (cota de refugiados), oferecendo aos judeus da ex-URSS a oportunidade de imigrar com um caminho para a cidadania e incentivos de integração Essa política desencadeou uma das migrações judaicas mais significativas da história recente. Entre 1991 e 2005, mais de 220 mil judeus de língua russa se estabeleceram na Alemanha, fortalecendo comunidades judaicas em cidades como Berlim, Frankfurt e Munique. Surpreendentemente, no início dos anos 2000, mais imigrantes judeus da antiga União Soviética escolheram a Alemanha em vez de Israel, motivados por considerações econômicas, barreiras linguísticas e preocupações com a segurança durante a Segunda Intifada Palestina. Foi nesse contexto que teve início o trabalho de Aliá Alemã da ICEJ. Em 2005, lançamos o programa Habaita (“Retorno ao Lar”) em parceria com a Agência Judaica e o Global Calling Center. Essa iniciativa forneceu bolsas de integração, divulgação e incentivo pré-Aliá para muitos judeus de língua russa na Alemanha.

Por meio do Habaita, a ICEJ abordou os desafios únicos da comunidade, engajando sua identidade judaica, oferecendo assistência prática à integração e criando caminhos para que os judeus alemães vivenciassem Israel em primeira mão. Nossa abordagem se baseou na reconexão das pessoas com sua herança. Como resultado, a Aliá da Alemanha quase dobrou de número desde o início dos nossos programas.

Aos 22 anos, Alon Kogan, nascido em Offenbach, mudou-se para Israel sentindo-se um estranho em seu país natal.

alvo de bombas incendiárias, escolas judaicas foram vandalizadas e indivíduos atacados por usarem símbolos judaicos.

A vulnerabilidade dos judeus franceses ficou ainda mais evidente por causa de vários ataques antissemitas, como o tiroteio na escola de Toulouse em 2012, o ataque ao supermercado Hyper Cacher em 2015 e o assassinato brutal de Sarah Halimi em 2017. Cada conflito em Gaza – 2009, 2015 e 2023 – foi seguido por um aumento perturbador de incidentes antissemitas em toda a França.

“Eu queria criar meus futuros filhos em um lugar onde eles pudessem se orgulhar de sua identidade judaica sem medo”, disse Alison, uma professora de 28 anos de Marselha que se mudou para Israel no ano passado.

Criada em uma família judia tradicional, Alison sempre sonhou em fazer aliá, mas hesitava devido aos laços familiares. Contudo, a crescente hostilidade contra os judeus em Marselha a convenceu de que havia chegado a hora.

Desde os massacres de 7 de outubro, o antissemitismo na França atingiu níveis alarmantes, com as autoridades documentando um aumento impressionante nos incidentes. Pesquisas indicam que aproximadamente 38% dos judeus franceses – cerca de 200 mil pessoas – estão considerando a Aliá. A ICEJ patrocinou voos de Aliá para 654 imigrantes judeus da França nos últimos dois anos, incluindo 154 até agora neste ano. A Aliá francesa cresceu 53% até agora em 2025, e estamos comprometidos em atender a essa necessidade crescente.

ALIÁ JOVEM DA ALEMANHA

Uma das iniciativas mais transformadoras da ICEJ tem sido o apoio ao programa Naale Elite Academy, na Alemanha. A Naale oferece a adolescentes judeus do mundo todo a oportunidade de concluir o ensino médio em Israel gratuitamente, com moradia e alimentação completas e um pacote de integração abrangente. O programa relembra o histórico movimento Aliá Jovem da década de 1930, que resgatou

Enquanto isso, na França, jovens judeus franceses como Yaron, um jovem de 18 anos de Paris, tomaram a corajosa decisão de fazer a Aliá, apesar – e até como consequência – dos conflitos atuais. Hoje, ele está estudando hebraico e em breve servirá em uma unidade de combate das Forças de Defesa de Israel (IDF).

“Quando vi a injustiça acontecendo em 7 de outubro, soube que tinha que estar em Israel”, insistiu Yaron. Em 2019, reconhecendo o perigoso aumento do antissemitismo em toda a Europa, a Agência Judaica contatou a ICEJ para estabelecer um novo programa focado especificamente nas gerações mais jovens de judeus na França e na Alemanha. Essa iniciativa inclui seminários virtuais e presenciais sobre a cultura e as oportunidades israelenses, mentoria individual com colegas israelenses e cursos especializados para jovens profissionais.

“O programa nos proporciona uma conexão com Israel que parece real e pessoal, não apenas histórica ou religiosa”, explicou Daniel, um participante de 26 anos de Berlim, cujos avós imigraram da Ucrânia na década de 1990. “Ele nos ajuda a ver Israel como nosso futuro, não apenas como nosso passado”.

Imigrantes judeus franceses fazendo Aliá em um voo patrocinado pela ICEJ em agosto de 2024. (Crédito da foto: JAFI)

“Sempre me senti quase como uma atração turística”, disse Alon.

“Aqui em Israel, não me sinto mais um estrangeiro”.

Apesar de ter crescido perto de Frankfurt, entre 6.500 judeus, ele presenciou incidentes antissemitas e se sentiu desconfortável ali. Desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, os incidentes antissemitas se intensificaram na Europa e na América do Norte.

ALIÁ DA FRANÇA

A França abriga atualmente a maior comunidade judaica da Europa Ocidental, com raízes que remontam à época romana. Essa história foi marcada por séculos de antissemitismo, desde expulsões medievais até o Caso Dreyfus e o Holocausto. Nas últimas décadas, os judeus franceses têm enfrentado um ressurgimento de incidentes antissemitas, particularmente de comunidades de imigrantes muçulmanos do norte da África e de outras comunidades, durante períodos de tensões elevadas no Oriente Médio.

O trabalho da ICEJ na França começou em 2010 com nosso primeiro voo patrocinado de Aliá em grupo, partindo de Marselha, em resposta aos crescentes desafios enfrentados pelos judeus franceses. A Segunda Intifada Palestina (2000-2005) marcou um ponto de virada, com o conflito em Israel se espalhando para a França. Sinagogas foram

milhares de crianças judias da Alemanha nazista. Os alunos da Naale de hoje seguem esses passos.

“Meus avós esconderam sua identidade judaica na Ucrânia. Meus pais o redescobriram na Alemanha. Agora, posso vivê-lo plenamente em Israel”, compartilhou Talia, uma estudante de Naale de Frankfurt.

Sua jornada reflete o poder transformador do programa, que transforma o legado complexo da dispersão em empoderamento. O sucesso é mensurável: cerca de 90% dos formandos do Naale permanecem em Israel, enquanto cerca de 60% de suas famílias os seguem.

Além das estatísticas, cada aluno representa uma ponte viva entre as comunidades da diáspora e Israel.

Desde o início da guerra na Ucrânia em 2014, a Europa testemunhou outra migração judaica significativa. Muitos judeus ucranianos inicialmente buscaram refúgio na Alemanha, em vez de Israel, talvez na esperança de retornar mais facilmente com o fim da guerra.

Os esforços de Aliá da ICEJ abrangem gerações. Em 2010, criamos o Lar de Haifa para Sobreviventes do Holocausto, oferecendo moradia totalmente subsidiada, assistência médica e aconselhamento para traumas. Muitos de nossos residentes sobreviveram ao Holocausto e, posteriormente, imigraram para Israel vindos da antiga União Soviética ou da Europa Ocidental. Desde 2022, o Lar de Haifa oferece um refúgio seguro para judeus ucranianos idosos que fogem do conflito com a Rússia. Este trabalho é um testemunho vivo do nosso compromisso em apoiar imigrantes judeus onde quer que estejam. “Para judeus franceses e alemães, Israel não é apenas um porto seguro, mas um lugar onde podem viver plenamente sua judaicidade”, disse Natan Sharansky, ex-presidente da Agência Judaica, ao jornal alemão Die Welt. “Cada judeu deve decidir onde construir seu futuro, mas queremos que eles saibam que Israel está sempre aqui, pronto para recebê-los como família”.

A migração judaica da Europa Ocidental para Israel nos lembra que a história toma rumos inesperados. Das cinzas do Holocausto emergiram comunidades judaicas renovadas na França e na Alemanha, enquanto Israel se mantém como a próspera pátria judaica. E a ICEJ apoia fielmente a obra profética de Deus, que reúne Seu povo em casa. O profeta Amós disse: “‘Plantarei Israel em sua própria terra, para nunca mais ser desarraigado da terra que lhe dei’, diz o SENHOR, o seu Deus” (Am 9.15). Com o seu apoio, podemos ajudar judeus da França, Alemanha e outros lugares a serem replantados de volta à sua terra ancestral para sempre.

Por favor, apóie os esforços de Aliá da ICEJ. Faça sua doação hoje em: help. icej.org/pt/aliyah

Crianças Naale da Alemanha no aeroporto Ben Gurion em 2024. (Crédito da foto: JAFI)
Naale Elite Academy. (Crédito da foto: JAFI)

A ICEJ LEVA ALEGRIA AOS RESIDENTES DO LAR HAIFA

Écom alegria que trazemos a vocês uma atualização do Lar Especial da ICEJ para Sobreviventes do Holocausto em Haifa.

A primavera chegou e aqui estão as últimas notícias

INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO DA BELEZA

Graças ao generoso apoio da ICEJ-Áustria, os sobreviventes do Holocausto que vivem em nosso Lar em Haifa agora têm um Salão de Beleza lindamente reformado – um lugar especial onde homens e mulheres podem relaxar, se renovar e desfrutar de um pouco de cuidado extra. Nesse curto espaço de tempo, 15 residentes já se sentaram na cadeira, fizeram o cabelo ou as unhas e saíram sorrindo!

A transformação do espaço foi notável. O que antes era apenas um cômodo simples agora é aconchegante e acolhedor, com paredes recém-pintadas em cores suaves e relaxantes. O espaço tem nova iluminação, espelhos revestindo as paredes e confortáveis cadeiras de salão que convidam os residentes a relaxar e desfrutar da experiência. Cada detalhe foi selecionado com amor e carinho, desde os acessórios até as cores de esmalte cuidadosamente escolhidas.

A grande inauguração foi caracterizada por muita animação, conversas e muitas risadas.

Duas de nossas queridas residentes tiveram a honra de cortar a fita vermelha. Ao entrarem, elas e as outras mulheres do Lar de Haifa exploraram cada canto, admirando a transformação com olhos arregalados e sorrisos largos. O espaço não era apenas novo, parecia um presente, um lugar onde elas podiam se sentir bonitas e cuidadas.

Para muitos dos nossos residentes, a vida tem sido repleta de dificuldades e perdas, mas este salão oferece algo simples, porém poderoso: a chance de se sentir renovado, valorizado e revigorado. Um novo corte de cabelo e uma manicure ou pedicure bem-feitas podem parecer insignificantes, mas para eles significam ser vistos, cuidados e lembrados de seu valor. Uma das residentes, depois de olhar ao redor, expressou com entusiasmo: “Isso é incrível. Agradeço a todos pelo esforço.”

Para tornar esta experiência ainda mais especial, recebemos no Lar um talentoso cabeleireiro e uma manicure. Trabalhando com o mesmo carinho que temos pelos residentes, eles já causaram um belo impacto por meio de conversas e de encorajamento gentil a cada pessoa que se senta em suas cadeiras.

Este salão é um espaço onde nossos residentes podem se sentir no seu melhor, respirar fundo e desfrutar de um momento só para eles. A conveniência de ter um salão no local evita que os residentes precisem pegar um táxi até o cabeleireiro ou manicure. É uma forma singela, porém significativa, de lhes mostrar que eles são amados e queridos. Somos profundamente gratos à ICEJ-Áustria e a todos aqueles que tornaram isso possível. Graças a vocês, nossos residentes têm mais um motivo para sorrir, e a alegria deles emociona a todos.

HOMENAGEANDO

NOSSOS CUIDADORES

Alguns de nossos residentes precisam de cuidados 24 horas por dia, 7 dias por semana, por isso muitos têm um cuidador estrangeiro morando com eles. Nossa comunidade no Lar de Haifa inclui não apenas 50 sobreviventes

do Holocausto, mas também um grupo dedicado de 18 cuidadores. Esses cuidadores vêm de vários países como Ucrânia, Índia, Uzbequistão, Sri Lanka, Moldávia e Filipinas para que possam se adaptar aos diferentes idiomas falados por nossos residentes. Muitos cuidadores vêm de contextos econômicos desafiadores, muitas vezes deixando suas próprias famílias em busca de melhores oportunidades para seus filhos. Seu trabalho é difícil, pois cuidar de idosos sobreviventes exige paciência, força e profunda compaixão. Apesar desses desafios, eles desempenham suas funções com notável dedicação. Longe de casa e frequentemente se sentindo isolados, eles carregam não apenas o peso de suas responsabilidades diárias, mas também as preocupações com seus entes queridos em casa.

Eles frequentemente compartilham suas histórias sobre dificuldades com os residentes ou com suas famílias, mas continuam dando o melhor de si, dia e noite. Reah, das Filipinas,

disse uma cuidadora.

Cuidar daqueles que ajudam a atender às necessidades específicas desses sobreviventes só eleva o nosso nível de cuidado com os residentes do Lar de Haifa. Esses cuidadores se dedicam ao máximo todos os dias, e somos gratos pela oportunidade de lembrá-los de que são valorizados.

CELEBRANDO A VIDA

Miriam nasceu na Polônia e viveu em guetos e campos de concentração de setembro de 1939 até chegar ao campo de extermínio de Auschwitz, de onde foi libertada no final da guerra, em 1945. Recentemente, comemoramos seu 103º aniversário. Embora se torne cada vez mais difícil para Miriam se comunicar com palavras, a linguagem do amor sempre coloca um sorriso em seu rosto.

NUNCA É TARDE DEMAIS

PARA APRENDER

recentemente abriu seu coração, dizendo: “Quando podemos contar nossos problemas e você nos ajuda a encontrar soluções, isso alivia muito o estresse que carregamos”.

Queríamos homenageá-los com um evento especial organizado só para eles!

A história de Gênesis 16 parecia tão apropriada. Conta a história de Agar, que fugiu quando Sara a maltratou. A caminho do Egito, o Anjo do Senhor a encontrou em uma fonte e falou com ela. “Este foi o nome que ela deu ao Senhor que lhe havia falado: ‘Tu és o Deus que me vê’” (Gn 16.13). A mensagem que gostaríamos de transmitir é que nós os vemos e Deus também os vê.

Para demonstrar a esses cuidadores o quanto são valorizados, um dos membros da nossa equipe assou biscoitos em formato de anjo com corações dourados e os presenteou a cada cuidador. Foi um pequeno gesto, mas carregado de profundo significado.

Muitas lágrimas foram derramadas quando perceberam que seus sacrifícios, lutas e amor pelos residentes eram verdadeiramente reconhecidos e apreciados.

“Muito obrigada pela maravilhosa surpresa e pelo reconhecimento do nosso trabalho árduo e dedicação. Foi uma surpresa inesquecível”,

“Espero ansiosamente pelas aulas de hebraico que tenho duas vezes por semana”, disse Alla.

Ficar em uma cadeira de rodas em casa e ter que lidar com o trauma de deixar tudo na Ucrânia fez com que Alla enfrentasse o desânimo e a depressão. Receber aulas de arte e hebraico em seu próprio apartamento renovou sua vontade de viver e agora ela sorri com frequência.

É muito emocionante ver 15 residentes, todos com mais de 80 anos, estudando hebraico em nossas aulas de língua “ulpan”. Estudar em idade avançada traz mais benefícios além do aprendizado de um novo idioma. Mantém o cérebro ativo, assim como a mobilidade do corpo, prevenindo o Alzheimer e outras fragilidades mentais que acompanham o envelhecimento. Há diferentes turmas para diferentes níveis de hebraico, e algumas já estudam há mais de um ano.

“Consegui me fazer entender em hebraico hoje no hospital”, compartilhou um residente com orgulho. Outros conseguem fazer pedidos em hebraico ou responder a perguntas simples que lhes são feitas. Isso lhes dá uma sensação de conexão e de fazer parte da pátria judaica de uma forma mais profunda.

Outra maneira de aprofundar a conexão desses imigrantes recentes com Israel é ensinandolhes as Festas Bíblicas. A maioria dos judeus da antiga União Soviética sabe muito pouco sobre sua herança judaica, e é por isso que aprender sobre sua própria história por meio das Festas que celebramos é de grande interesse para eles.

Ao ensinar sobre Pessach e o Êxodo do Egito, um residente disse: “Ah, agora entendo por que comemos matzá na Pessach”. As tradições judaicas de repente ganharam significado e compreensão mais profundos para eles.

Com as aulas, os residentes do nosso Lar de Haifa se conectaram muito mais uns com os outros e novas amizades se desenvolveram. Além disso, os aniversários são comemorados com comes e bebes no final das aulas.

A professora, Maria, também dá aulas particulares de hebraico em casa para dois residentes ucranianos que não podem sair de casa.

IN MEMORIAM: YAACOV GROSSMAN

Nosso querido residente Yaacov faleceu inesperadamente em março. Tínhamos dançado na festa de Purim poucos dias antes, e ele estava bem.

Yaacov era muito querido por todos. Todos os dias, ele caminhava até a sinagoga do bairro, onde passava a manhã inteira estudando. Ele voltava para o almoço e comia conosco antes de ir para casa descansar. Yaacov tinha 89 anos quando faleceu. A família do Lar de Haifa e sua própria família sentem muito a sua falta.

PARA APOIAR O LAR DE HAIFA, DOE HOJE EM: help.icej.org/pt/survivors

Distribuição de biscoitos aos cuidadores do Lar Haifa.
Dois moradores cortam a fita para inaugurar o novo salão de beleza.
Comemoração de aniversários após a aula de hebraico.
Alla recebe uma aula de hebraico com Maria em casa.
A primeira cliente do salão de beleza recebendo um novo corte de cabelo.

Há muitos anos, a ICEJ-Noruega copatrocina o Simpósio de Oslo, um encontro bianual de líderes governamentais, comunitários e personalidades da mídia para discutir e debater as políticas do país, inclusive em relação a Israel e ao Oriente Médio. Nossa equipe acaba de coorganizar o Simpósio de Oslo 2025 e apresentou uma sessão especial intitulada “Israel, Antissemitismo e Democracia”, e temos orgulho de declarar o evento deste ano o mais bem-sucedido e impactante de todos os encontros até hoje. Desde 2011, o Simpósio de Oslo é convocado antes dos anos eleitorais nacionais, realizado a cada dois anos, para reunir vozes que defendem a fé, os valores familiares e a liberdade. Em 2025, essa plataforma foi mais importante do que nunca, visto que a relação entre Noruega e Israel atingiu um ponto

O SIMPÓSIO DE OSLO

2025 É O ENCONTRO MAIS PODEROSO ATÉ AGORA

POR DAG ØYVIND JULIUSSEN, DIRETOR NACIONAL DA ICEJ-NORUEGA

crítico. Israel recentemente chamou de volta seu embaixador na Noruega, enfatizando que se tratava de uma reação às políticas oficiais da Noruega – e não ao povo norueguês.

O simpósio deste ano foi uma resposta ousada e necessária. Com corajosa clareza, os palestrantes abordaram a crescente onda de antissemitismo e a deturpação no discurso público das questões relacionadas à Israel. Os fatos foram expostos: o Hamas iniciou a guerra em 7 de outubro de 2023.O grupo busca a destruição de Israel. A guerra poderia terminar instantaneamente se o Hamas libertasse os reféns e se desarmasse.

Em vez disso, o Hamas prometeu repetir a guerra em 7 de outubro até que Israel seja aniquilado.

Nesse contexto sombrio, o Simpósio de Oslo 2025 tornou-se uma poderosa declaração de solidariedade ao Estado e ao povo judeus. Um acontecimento significativo foi o lançamento da Fundação dos Aliados de Israel – Stortinget, um grupo parlamentar de amizade que cooperará diretamente com a Convenção dos Aliados Cristãos do Knesset em Jerusalém. Liderado na Noruega pelo deputado Himanshu Gulati, esse grupo conecta a Noruega a uma rede global de mais de 50 alianças governamentais. De Israel, participaram a deputada do Knesset, Shelly Tal

Meron, e Josh Reinstein, diretor da Convenção dos Aliados Cristãos do Knesset e presidente da Fundação dos Aliados de Israel.

Ao longo do evento, centenas de pessoas se uniram em adoração, oração e convicção, expressando seu apoio a Israel e sua posição contra o antissemitismo. Pela primeira vez em anos, Oslo recebeu atenção positiva da mídia israelense.

As eleições parlamentares serão realizadas em setembro, e estamos orando por uma mudança de rumo. Por isso, em Purim, o escritório da ICEJ-Noruega lançou uma campanha de oração de 100 dias antes desta eleição.

FILIAL DE TAIWAN ABRE AS PORTAS PARA A ÁSIA

ODr. Mojmir Kallus, Vice-Presidente de Relações Internacionais da ICEJ, viajou recentemente a Taiwan para visitar uma das filiais mais fortes da ICEJ, que exerce verdadeira liderança na Ásia. Durante sua visita, Mojmir pregou na grande Igreja Bread of Life em Kaohsiung, encontrou-se com pastores de diversas denominações em Taipei, Taoyuan, Tainan e Kaohsiung, visitou o imponente arranha-céu 101 em Taipei e uma igreja próspera que se reúne neste edifício histórico.

Taiwan está há muito tempo entre as dez filiais que mais contribuem financeiramente para a ICEJ em todo o mundo. Doar para a Aliá é um ato particularmente popular entre os fiéis asiáticos. O diretor nacional da ICEJ-Taiwan, Joseph Chou, é membro do Conselho Internacional de Curadores da ICEJ, dirige o escritório da ICEJ em seu país e, juntamente com sua esposa, Debora, também pastoreia uma igreja em Pequim.

Durante a visita de Mojmir, foram realizadas discussões estratégicas sobre como promover melhor o trabalho do ICEJ em todo o Leste

Asiático, uma região com grande potencial para o nosso ministério. Estão em andamento planos para uma conferência especial, a Envision Asia, no final de março de 2026, que abrangerá toda a região do Leste

Asiático e da Bacia do Pacífico, e cujo local será anunciado em breve.

ICEJ-ALEMANHA PUBLICA LIVRETO PARA COMBATER O ANTISSEMITISMO

POR KARIN LORENZ

AICEJ-Alemanha publicou recentemente um livreto para combater o antissemitismo, com o provocativo título “Nada contra os judeus, mas”, que está sendo amplamente distribuído e se tornou um best-seller. A tiragem inicial de 250 mil exemplares se esgotará em breve, devido ao aumento da demanda pelo livreto, que fornece informações básicas e dicas para combater o ódio aos judeus. O livro está sendo distribuído para grupos comunitários, escolas, igrejas, comícios e outros encontros comunitários.

Oitenta anos após o Holocausto, o antissemitismo volta a desfilar nas ruas e universidades da Alemanha. O livreto, portanto, aborda não apenas o ódio histórico aos judeus, mas sobretudo o antissemitismo atual, frequentemente disfarçado de crítica a Israel. Também lança luz sobre a Teologia da Substituição e da Deserdação, ainda presente em muitos círculos cristãos hoje.

Para obter qualquer um dos livretos, entre em contato com a filial alemã em info@icej.de

No ano passado, a filial alemã também publicou um livreto sobre “Israel na Verificação de Fatos”, que explicava narrativas e slogans falsos contra Israel. Mais de meio milhão de cópias do livreto foram impressas e ele agora está disponível gratuitamente em inglês na ICEJ-Alemanha.

CONFERÊNCIA REGIONAL NOS BALCÃS

Em março, uma conferência regional para o Sudeste Europeu foi realizada em Sófia, Bulgária. Participantes do país anfitrião, da República Tcheca, Eslováquia, Macedônia do Norte e Bósnia-Herzegovina estiveram presentes e compartilharam suas experiências na implementação da visão da ICEJ em seus países. A maioria dos participantes são adições relativamente novas à nossa rede global, sendo a Bósnia-

Os diretores nacionais da ICEJFrança, Robert e Kathryn Baxter, visitaram recentemente a sede de Jerusalém com um grupo de turistas franceses.

Herzegovina a mais recente, onde Branko Erceg foi confirmado como representante nacional. A conferência dos Balcãs coincidiu com o aniversário do resgate dos judeus búlgaros em 1943, um motivo de orgulho para os búlgaros. A Bulgária havia sido aliada dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, mas quando foram vazados planos secretos para a deportação de judeus, o país se levantou contra eles em uma notável demonstração de unidade. O rei, o arcebispo ortodoxo, intelectuais de todas as esferas, bem como pessoas comuns, se opuseram às deportações e, assim, salvaram mais de 48 mil judeus búlgaros. Esse ato único de bravura influenciou positivamente as atitudes em relação aos judeus e a Israel até hoje.

AICEJ-Costa Rica,

por

uniu-se recentemente a outros ministérios cristãos pró-Israel para formar uma organização nacional dedicada a apoiar Israel de maneiras mais consistentes e organizadas, com orações, manifestações e educação. O grupo também se reuniu com o cônsul israelense Amir Rockman para agendar atividades conjuntas, combater o antissemitismo, defender a libertação dos reféns em Gaza e mobilizar mais pessoas para apoiar Israel na mídia, nas redes sociais e em outros canais

liderada
Mauricio Bolaños Barrantes,
Josh Reinstein no Simpósio de Oslo 2025, na Noruega.
Dr. Mojmir Kallus com Joseph e Debora Chou, e o pastor e a equipe de louvor da Bread of Life Church em Kaohsiung.
Sinagoga histórica em Sofia, Bulgária.

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A Festa dos Tabernáculos deste ano é especialmente significativa para Israel, que está saindo do prolongado conflito na região. Por isso, a ICEJ está reduzindo o preço de entrada para a nossa Festa de 2025 para o valor mais baixo de todos os tempos! A partir de US$ 120. Queremos reunir o maior número possível de cristãos para uma turnê de solidariedade e vitória neste Sucot, para apoiar a nação enquanto ela se recupera. Israel precisa de nossa amizade e presença agora mais do que nunca.

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● Certificado digital de participação

Pacotes Presenciais** a partir de $120 USD

● Inscrição para o encontro de 4 dias em Jerusalém ou para o encontro de 5 dias no Deserto-Jerusalém

● Vídeos sob demanda acessíveis até o final de janeiro de 2026

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Pacote Terrestre a partir de $1,629 USD Embarque em uma viagem inesquecível a Israel com nosso incrível itinerário a partir de 5 a 11 de outubro de 2025. O Jerusalem Land Package inclui todos os eventos da Feast 2025, VOD até o final de julho de 2026 e passeios conforme o itinerário.

(Sujeito a alterações).

11-14 Outubro. Excursão adicional à Galileia a partir de $990 USD

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