Relatório 2 - Gênero/mulheres jovens

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2. Foi feito contato via Facebook. A princípio, ele havia concordado com a entrevista, mas, depois, não tivemos mais retorno. 3. Blogueiras Feministas é uma articulação nacional iniciada em 2010, formada por mulheres e homens que não necessariamente têm blogs, que funciona fundamentalmente por meio de uma lista virtual de discussão e tem um blog coletivo, com postagens diárias de textos autorais.

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a popularização das novas tecnologias para produção de vídeodocumentários e, especialmente a Internet, para sua divulgação. As entrevistas com as jovens foram motivadas pela inserção em um grupo específico, no entanto, todas elas interagiam com pelos menos dois dos grupos pesquisados. Por exemplo, quatro delas estiveram presentes na Marcha das Vadias e/ou nas reuniões de organização, duas estavam vinculadas de alguma forma tanto ao Donas da Arte como à Estimativa, três participaram ativamente da Marcha contra a Mídia Machista. Gostaríamos de ter entrevistado também um jovem integrante do Coletivo Let’s Pense, uma vez que essa era a única experiência com relevante participação masculina e que ele, além de ser um dos mais jovens, era a pessoa que fazia a parte de comunicação, principalmente visual, do grupo na Internet2. Inicialmente, entrevistamos uma jovem das Blogueiras Feministas3, que havia sido uma das experiências mapeadas no levantamento preliminar. No entanto, por meio da entrevista, de conversas informais e da participação em um encontro local com algumas(ns) delas(es), foi possível verificar a ausência da participação de jovens pobres. De acordo com a blogueira entrevistada, a maior parte das participantes é branca, heterossexual e de classe média, o que, segundo ela, vem sendo problematizado internamente, mesmo em âmbito nacional. Outra questão foi a permanência ou não da Marcha das Vadias nesse estudo de caso também por seu perfil predominantemente de classe média, mas dada a grande participação juvenil, a sua organização ser feita praticamente toda online e a repercussão desse evento no movimento feminista, nas redes sociais e na grande mídia, optou-se pela sua inclusão nessa investigação. Essa Marcha destaca-se também por estar articulada nacional e internacionalmente via Internet e por ter inspirado ações online de outros grupos, como a organização da Marcha contra a Mídia Machista e a campanha “Sou jovem e tenho direitos”, do Fórum de Juventudes do Rio de Janeiro. Ainda no caso da Marcha das Vadias, foi realizada também uma pesquisa quantitativa respondida por 102 participantes, com questões relativas ao perfil dos(as) entrevistados(as), o uso das NTICs, participação, percepção de direitos e políticas e agressões, essa última seção respondida só por mulheres e transexuais.

_GÊNERO / MULHERES JOVENS


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