Gestão de mosaicos artigo nahyda franca et al

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ainda, na criação do grupo de trabalho (GT), uma oportunidade de articulação de estratégias para beneficiar o território no que se refere ao fortalecimento da cadeia produtiva local para a restauração florestal. Percebeu-se que este empreendimento (COMPERJ) pode gerar uma forte oportunidade de desenvolvimento efetivo para a região, e que, portanto, deve ser aproveitada. O GT, após 7 meses de discussões identificou as oportunidades de melhoria do processo de restauração do COMPERJ tendo em vista a máxima utilização do potencial aportado por este licenciamento como indutor da atividade de restauração do bioma Mata Atlântica no estado. O GT produziu como resultado deste processo, um documento com as recomendações acordadas intitulado "Contribuições do MCF para a melhoria do processo de restauração do COMPERJ". Como encaminhamento formal o GT sugeriu a revisão pelas esferas técnicas da SEA/INEA do Termo de Compromisso assinado em 12 de outubro de 2011 tendo como objeto a formalização dos compromissos e as condições a serem observadas na execução das atividades de restauração florestal e outras relacionadas decorrentes das medidas mitigadoras e compensatórias do empreendimento Comperj. Entende-se desta forma que o MCF vem exercendo de fato um papel de controle social no que diz respeito à fiscalização de um empreendimento gerador de impactos ambientais enormes no seu território. Todo o processo foi no sentido de articular os atores envolvidos de forma a fortalecer o diálogo entre eles. Com isso, pretendeu-se fortalecer a própria gestão do MCF na articulação com o órgão licenciador e com a empresa geradora do dano ambiental, no acompanhamento e na busca de soluções conjuntas para diminuir os prejuízos causados ao território.

Aprendizados e desafios da gestão integrada de territórios mosaicos A experiência junto ao MCF gerou muitas reflexões e proporcionou a realização de debates ao longo do processo. O intuito neste momento é gerar contribuições efetivas para a atuação de gestores públicos e representantes da sociedade civil envolvidos em mosaicos de áreas protegidas nos diferentes biomas existentes no país e, como consequência, para as tomadas de decisão no âmbito dos seus respectivos conselhos. Com isso, espera-se colaborar com o aprimoramento da gestão integrada e participativa de territórios mosaicos, sob o enfoque da democracia social e da justiça ambiental.

“O Ibase, para ter sentido, precisa manter a dimensão do sonho”.


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