MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BODOQUENA Rua Olívio Jacques, 795 – V. Donária – Bonito, MS 79290-000 Telefone/fax (67)3255-3979
RELATÓRIO DE ATIVIDADES Plantio de mudas nativas no Parque Nacional da Serra da Bodoquena O Parque Nacional da Serra da Bodoquena é uma Unidade de Conservação (UC) Federal criada em 21 de setembro de 2000 em quatro municípios do Sudoeste de Mato Grosso do Sul, sendo Bonito, Porto Murtinho, Bodoquena e Jardim. A Unidade de Conservação possui uma área de 76.481 ha divididos em dois fragmentos, sendo um ao norte, com área de 27.793 ha, e outro ao sul, com 48.688 ha. Um dos principais motivos da criação do Parque é a ocorrência da fisionomia vegetal Floresta Estacional Decidual Submontana, a qual é típica do Bioma Mata Atlântica, mas que ocorre em meio à região do Cerrado. Ao lado da Unidade também podemos observar a existência de áreas de Chaco (próximas à região de Porto Mutinho) e do Pantanal Sulmatogrossense. Toda essa variação de ambientes confere à região da Serra da Bodoquena uma grande Diversidade de espécies animais e vegetais, além de uma ampla variação geológica. A geologia da área do Parque também é outro espetáculo, visto que verifica-se mudanças dependendo do lado em que se olha: A leste, elas são suaves; a oeste, íngremes e escarpadas. As rochas calcárias permitem que as águas se infiltrem e formem rios subterrâneos, além de grutas, cavernas e sumidouros (como é o caso do rio Perdido, situado no fragmento sul do Parque, cujo canal some no pé de um morro e ressurge 1,5 km depois). O fato da ocorrência de rochas calcárias também possibilita que as águas sejam extremamente transparentes, se configurando em mais um atrativo para a região. O Parque é o local das nascentes dos principais rios da região, como o Prata, o Salobra, o Formoso e o Sucuri, famosos em todo o Brasil por conta da beleza de suas águas e da fauna aquática. Desse modo, a conservação do Parque é de fundamental importância até mesmo para a sustentabilidade econômica da região, que é considerado o principal roteiro de ecoturismo do Brasil. Apesar da Unidade possuir um grande quantitativo de áreas ainda bem conservadas, em pelo menos 20% da UC se verifica a ocorrência de áreas com predominância de culturas antrópicas (pastagem) ou até mesmos degradadas (erosão). Desse modo, toda ação que vise a recuperação destas áreas são de extrema importância ecológica, além de ter um grande apelo educativo.