REVISTA IDAF 2ª EDIÇÃO

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DefesaAgropecuária doAcre

Fiscalização de Agrotóxicos no Estado do Acre

Ascensão do Plantio de Soja do Acre

Suinocultura e Avicultura mudam economia e geram empregos no Alto Acre

Ações de Vigilância para Febre Aftosa Aftosa 2º semestre de 2021

José Francisco Thum Presidente do IDAF

Prefácio

Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias

José Rafael Melo Jessé Monteiro

Sumário

Principais investimentos idaf - 2022

Defesa Sanitária Vegetal

Fiscalização de Agrotóxicos no Estado do Acre

do plantio de soja no Acre

Seminário realizado em Brasiléia e Epitaciolândia aborda doenças em Suínos

Suinocultura e Avicultura mudam a economia e geram empregos no Alto Acre

Dados da Suinocultura no Acre

Vigilância em propriedades com animais susceptíveis a Febre Aftosa

Nayara Lessa

Everton Arruda

Nayara Lessa Governo

Anderson F Silva

Impressão

Gráfica Amorim Junior

Everton Arruda

Drª. Maria Júlia Rodrigues

Msc. Marcelo Luan da Costa

Msc. Samuel Luz

Drª. Sandra Teixeira

Drº. Ueliton Oliveira

Elenilson Oliveira

Raimari Cardoso

Cleiton Lopes

Everton Arruda

Adriane Pires

Alexandre Fernandes

Danilo Mazzo

Msc. Mariana Benevides

Drª. Sandra Teixeira

Prefácio

IDAF

Sejam bem-vindos a segunda edição da Revista IDAF-AC, um dos meios de comunicação da Defesa Agropecuária Acreana junto à cadeia produtiva do Acre Nesta edição, você vai encontrar um resumo das ações da defesa sanitária animal e vegetal, com maior enfoque nas ações do IDAF-AC na regional do Alto Acre, com dados da suinocultura e avicultura naquela região, atividades essas já consolidadas, que se fortalecem cada vez mais e vem gerando empregos e renda. Dentro desse elo, dessa cadeia produtiva, já se destaca com grande sucesso os plantios de soja e milho no Acre, que vem mudando a realidade do nosso Estado, desenvolvendo e aquecendo ainda mais a economiaAcreana.

Além disso, apresentamos a estatística dos componentes de vigilância para a febre aftosa, fiscalizações de trânsito na área animal, bem como as medidas sanitárias tomadas para enfrentamento e controle dos novos focos de raiva dos herbívoros aqui no Estado Na área de Defesa Sanitária Vegetal, as fiscalizações sobre agrotóxicos no Acre, trânsito e as ações e trabalho para o controle, erradicação e supressão da monilíase do cacaueiro no Vale do Juruá. O IDAF-AC, vem trabalhando incansavelmente de forma ativa e estratégica, em todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio Acreano, procurando contribuir sempre, em parceria e irmanados com nossos bravos produtores rurais, e toda cadeia que engloba o setor, visando fortalecer cada vez mais a economia e também a saúde pública doAcre.

Boa leitura

José

PRINCIPAIS INVESTIMENTOS IDAF - 2022

QTD.

Descrição

MATERIAIS / SERVIÇOS ENTREGUES OU PRESTADOS

Contratação de empresa especializada em serviços de rastreamento veicular

Contratação de empresa especializada para implantação e eventuais manutenções de infraestrutura de rede óptica

Colete salva vida náutico G, GG

Engate para reboque de veíclos tipo Caminhonetes

Modelo L-200 TRITON

Mesa em MDP reta

Mesa em MDP, ergonômica em “L”

Cadeira fixa 04 pés com assento e encosto em polipropileno

Cadeira giratória Presidente telada

Armário alto semi aberto 800x510x1600mm

Gaveteiro volante com 03 gavetas 401x510x605mm.

Arquivo 04 Gavetões para pasta suspensa.

Armário Baixo com 02 portas tipo balcão medindo 800x500x740mm (LXPXA)

Fogão econômico, moderno e prático, 4 queimadores

Mesa para escritório tipo reta, MDF

Cadeira modelo Executiva, tela com back system

Longarina de plástico em polipropileno de 3 lugares

Geladeira, Frost Free, Duplex (duas portas), Capacidade mínima p/ 420 litros

Aparelho de Ar Condicionado 12.000 BTUS, 18000 BTUS, 24.000 BTUS

MOTOPODA: Cilindrada (cm³) 25.4; Potência (kW/cv) 0.95/1.3;

MOTOSSERRAS: Capacidade do tanque de combustível 0,250 mL; Cilindrada (cm³) 31,8

Bebedouros elétricos para água, cor branca.

Descrição

Microondas cor branco, capacidade 32 L.

Sanduicheira c/ chapas antiaderentes;

Câmera de ação: Resolução de captura e gravação de vídeo 4k, Marca GOPRO

Contratação de empresa para, sob demanda, executar os serviços comuns de manutenção preventiva, e/ou corretiva e/ou adequações necessárias nas edificações.

Contratação de empresa para prestação de serviços de apoio técnico administrativo e operacional

Contratação de pessoa jurídica para prestação de serviços de agenciamento de viagens,

Aquisição de Computadores tipo Workstation (Estação de Trabalho)

Equipamentos avançado com performance de servidor

Cintas para amarração de cargas, comprimento 9m

Aquisição de computadores, desktop tipo intermediário com monitor de 23 polegadas

Veículo tipo Van, Veículo Tipo Van Furgão adaptado para Fiscalização de Transito Agropecuário

Aquisição de 04 (quatro) veículos automotor tipo picape

Pulverizadores costais motorizados

Scanners fotográficos - scanners de mesa

Caixas de Som Portáteis Amplificadas

Projetores Multimídia/Data Show

Pulverizadores costais

Motores de Popa F90C

Barcos de alumínio

Contratação de empresa para o fornecimento de material permanente tipo veículos: Quadriciclos

Contratação de empresa de engenharia para Construção do Departamento de Transporte na Sede do IDAF/AC

Monilíase do cupuaçuzeiro e do cacaueiro

Como reconhecer a doença?

Os frutos são a únic e da planta a part afetada pela praga. Os principais sintomas são a formação de lesão escura na casca com formação d ande e gr quantidade de pó esbranquiçado (esporulação do fungo) e esprende , qu se d f ilmente.ac

Estado do Acre passa por um momento de Emergência Fitossanitária e sob Quarentena Oficial. Portanto, o trânsito de frutos hospedeiros da Monilíase está PROIBIDO!

Medidas para evitar a introdução da monília no brasil

Seja um parceiro do IDAF/AC e não transporte frutos de cacau, cupuaçu, cacauí ou cupuí.

Apesar de parecerem sadios, o fruto pode estar infectado com monilíase e ter sua disseminação facilitada. Caso observe sintomas sugestivos da monolíase no seu plantio, comunique ao IDAF/AC por meio dos números:

(68) 3221-7773 3221-3394 3 573221-4

SFA/AC: ( 212-1300 68) 3

Produtor, Produ Fique atento ao vazio sanitário da soja no Acre! no

DE 22 DE JUNHO A 24 DE SETEMBRO PELA PREVENÇÃO E CONTROLE DA PELA PREVENÇÃO E CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA! FERRUGEM

Nesse período, é proibida a presença de plantas vivas de soja em sua propriedade.

Nesse período, é proibida a presença de plantas vivas de soja em sua propriedade.

Defesa Sanitária Vegetal Defesa Sanitária Vegetal

A defesa sanitária vegetal (DSV) é formada por um conjunto de práticas destinadas a prevenir, controlare/ou erradicarpragas capazes de provocar danos econômicos às lavouras e seus produtos, especialmente nas culturas que detêm importância econômica e social para o estado.Também compete planejar, coordenar e auditar as atividades de rastreabilidade e certificação vegetal de interesse estratégico. A defesa sanitária vegetal é de suma importância para que se assegure a produção agrícola em quantidade e qualidade para a população, para o país. O processo é bem amplo se inicia na compra dos insumos para a produção vegetal, envolve o monitoramento das cadeias produtivas para garantir a produção com menor risco econômico, livre de pragas e doenças e finaliza com a inspeção de produtos seguros a população (BRASIL, 2018).

O processo de defesa sanitária vegetal se insere em pelo menos quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS O ODS 3 Assegurar uma vida saudável em todas as idades, o ODS 8 Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos, ODS 12 Assegurar padrões de produção e consumo e ODS 17- Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

No Idaf, a DSV engloba as coordenações de Ed. Sanitária; Programas Fitossanitários Vegetal, Agrotóxicos, Produção de sementes e mudas e a Inspeção de produtos de origem vegetal.

As atividades da defesa sanitária em educação devem seguir a IN 28 de 25 de maio de 2008 (Brasil, 2008) que define a educação sanitária e dá as diretrizes de ação a nível nacional. Desta forma, a coordenação de educação sanitária vegetal tem por objetivo estimular o desenvolvimento do sentido de responsabilidade individual e coletiva, nos segmentos produtivos e sociais envolvidos, quanto à necessidade e benefícios decorrentes da manutenção de padrões elevados de sanidade, inocuidade e qualidade dos produtos e serviços ligados à agropecuária; promover a compreensão e a aplicação da legislação de defesa agropecuária.

À coordenação de Agrotóxico compete defender a produção agrícola do Estado do Acre com vistas ao mercado interno e exportação, a saúde humana e o meio ambiente por meio do controle do comércio e uso dos agrotóxicos e da prestação dos serviços fitossanitários. Dentre as ações desenvolvidas merecem destaque a fiscalização das empresas comerciantes de agrotóxicos e afins e prestadoras de serviços fitossanitários quanto ao registro e à documentação (receita agronômica e nota fiscal), a qualidade extrínseca e intrínseca dos agrotóxicos e as condições do depósito e do armazenamento. E a fiscalização da utilização dos agrotóxicos e afins nas propriedades agrícolas e coletar amostras de produtos vegetais para análise de resíduos de agrotóxicos e afins.

Dentro da Coordenação de Programas

Fitossanitários são realizadas ações para: (1) O Programa de Contingenciamento da Monilíase do cacau e cupuaçu. A Monilíase é uma doença severa que acomete os frutos de cacau e cupuaçu. Em 2021 foi identificado um foco noAcre O Mapa e Idaf vem adotando uma série de estratégias para conter o avanço da doença no país; (2) O Programa de Monitoramento da Mosca da carambola, a mosca da carambola é uma das mais importantes pragas na fruticultura mundial, devido aos grandes danos que ela causa aos frutos, ao elevado custo de seu controle e por se constituir no maior obstáculo ao livre trânsito de frutos in natura no comércio mundial.

Capacitação sobre os programas sanitários para estudantes e servidores do Instituto Federal do Acre - Ifac

O Idaf tem monitorado a incidência da praga com uso de armadilhas em pontos estratégicos; (3) O Programa de Monitoramento das pragas da bananeira. A banana ocupa o primeiro lugar no consumo per capita de frutas pelos acreanos, seguindo a tendência do consumidor brasileiro Dentre, as pragas monitoradas merecem destaque: A Sigatoka Negra considerada a doença mais destrutiva da cultura da bananeira, tendo como agente causal o fungo Mycosphaerella fijiensís Var. difformis, cuja forma imperfeita é Paracercospora fijiensis. Como forma de permitir a comercialização da banana produzida no Acre O Idaf tem implantado o Sistema de Mitigação de Risco da Sigatoka Negra; (4) o Programa de Monitoramento das pragas dos Citrus: na produção de citrus acreana apresenta diversas pragas podem causar danos econômicos. Dentre elas merecem destaque o cancro cítrico e Greening. O cancro cítrico causado pela bactéria Xanthomonas citri subsp citri é uma das doenças mais graves que a citricultura enfrenta no momento A única medida de controle, até hoje, reconhecida mundialmente como eficiente é a realizada através do método de inspeção constante e eliminação de plantas contaminadas e daquelas consideradas suspeitas dentro de um determinado raio; (5) Programa de monitoramento das pragas das grandes culturas com destaque aqui para ações de cadastramento de produtores e inspeções relativas ao vazio sanitário da ferrugem asiática na cultura da soja. (6) Programa de monitoramento das pragas em culturas de importância econômica como mandioca e café.

O Programa de Produção de mudas e sementes tem por finalidade fiscalizar o Comércio de Sementes e Mudas, assegurando a Identidade e monitorando a qualidade das sementes e mudas e de todo material de multiplicação e reprodução vegetal, no Estado doAcre.

O programa de trânsito de materialde origem vegetal é realizado por meio de barreiras fixas e volantes. Nelas, os fiscais fazem fiscalização para evitar que vegetais, produtos e sub-produtos sem origem entrem no Estado e coloquem em risco a sanidade agropecuária acreana.

E por fim, o serviço de inspeção de origem vegetal que tem como principal objetivo garantir a identidade e qualidade dos produtos e subprodutos destinados ao consumidor acreano, através da inspeção e fiscalização das unidades produtoras ou processadoras desses alimentos.

Ação do programa de monitoramento da mosca da carambola
Ação em barreira volante de trânsito de material de origem vegetal

Fiscalização de Agrotóxicos no Estado do Acre

Com a crescente expansão da atividade agrícola no Acre, principalmente por conta das culturas da soja e do milho, houve um aumento significativo na aquisição de insumos agrícolas visando subsidiar a produção. Tratando-se de agrotóxicos, produtos utilizados no combate a pragas que podem causar dano econômico às lavouras quando não controladas, é necessário que haja rigorosa fiscalização em todas as etapas que envolvem o uso dessas substâncias. O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf/AC), por meio de sua Coordenação de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins (COFIA) tem a missão de fazer cumprir a legislação federal e estadual acerca da produção, importação, exportação, distribuição, armazenamento, transporte interno, prestação de serviços, consumo, uso e devolução, recebimento, recolhimento e destinação final das embalagens e das sobras de agrotóxicos, seus componentes e afins no Estado doAcre

No Acre, vigora a Lei Estadual Nº 2.843 de 09 de janeiro de 2014, regulamentada pelo Decreto Estadual Nº 8.170 de 05 de agosto de 2014. Tais legislações dispõem sobre a fiscalização do uso e comércio de agrotóxicos no Estado, entre outras atribuições conferidas ao Idaf/AC, sem prejuízo das demais atribuídas pela Legislação Federal. Nesse contexto, esta Instituição, por meio dos servidores da área de defesa vegetal, tem o dever legal de fiscalizar, orientar, educar, e quando necessário, penalizar caso haja violação dos dispositivos legais

existentes na legislação vigente

Com o objetivo de fazer cumprir a legislação, são realizadas periodicamente fiscalizações de rotina em revendas agropecuárias, locais de armazenamento de agrotóxicos, propriedade rurais, bem como na supervisão de profissionais responsáveis técnicos de revendas, os quais possuem ampla responsabilidade não se limitando apenas à comercialização de produtos agrotóxicos. Todos os envolvidos no uso desses produtos tem seus direitos e deveres e não devem negligenciar suas respectivas funções, pois apesar de extremamente úteis na agricultura, o uso irresponsável e imprudente dos agrotóxicos pode acarretar em danos irreversíveis ao meio ambiente e a saúde humana e animal.

A efetiva participação dos profissionais legalmente habilitados para atuar nesse ramo (Engenheiros Agrônomos e Florestais e Técnicos Agrícolas) é de vital importância para o uso racional

dos agrotóxicos e afins. A ferramenta utilizada por e s s e s p r o fi s s i o n a i s , o R e c e i t u á r i o Agronômico/Agrícola, constitui documento essencial que descreve formalmente como o produto deverá ser utilizado pelo usuário final. Uma receita bem prescrita, de forma clara e objetiva, sem displicência, além de valorizar o trabalho do profissional, cria amplo suporte para o produtor rural seguir rigorosamente o que foi prescrito. Importante salientar que o Receituário é um documento gerado a partir de observações a campo, vendo a real necessidade do uso de agrotóxicos, caso não

Apreensão de Produtos fora do prazo de validade.

existam alternativas viáveis que possam controlar a praga para que não alcance nível de dano econômico. Nesse sentido, o Idaf/AC atua na fiscalização de receituários prescritos displicentemente, com informações errôneas ou falsas, para que dessa forma as responsabilidades sejam apuradas conforme ditam as Legislações Federal e Estadual.

Há ainda a participação do usuário final, que na maioria das vezes são produtores rurais familiares sem muito acesso à informação, e que dependem diretamente da orientação plena do profissional habilitado para que possam utilizar corretamente os produtos agrotóxicos e afins. É preciso ainda a conscientização dos consumidores especialmente quando da aplicação do produto, que deve ser feita obrigatoriamente com uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), visando evitar intoxicações agudas e crônicas decorrentes do uso de agrotóxicos.

Além disso, se faz necessário a tríplice lavagem e inutilização de embalagens rígidas, para que não possam ser reutilizadas, bem como o correto armazenamento de embalagens vazias, que deve ser em local reservado para este fim, longe de

mananciais, criações de animais, moradias, etc. Assim como acesso permitido apenas aos operadores dos produtos também fazem parte das responsabilidades do usuário final dessas substâncias. A devolução das embalagens, que devido a questões logísticas é realizada de forma itinerante nos municípios do interior do Estado, é primordial para que não haja o acúmulo de embalagens em locais inapropriados e que possam trazerriscos à saúde humana e ao meio ambiente Portanto, o uso, comércio, transporte e armazenamento de agrotóxicos e afins no Estado do Acre, indica que há uma responsabilidade compartilhada entre os agentes envolvidos, de forma que todos devem fazer sua parte visando minimizar os riscos inerentes a esses produtos. O Idaf/AC, dentro de sua finalidade conferida por Lei, atuará energicamente monitorando cada elo desta cadeia, a fim de cumprir sua função social e permitir que o uso de agrotóxicos e afins seja uma ferramenta extra para alavancar e proteger a produção agrícola do Estado e não um entrave, sem que prejudique a economia, o meio ambiente e a saúde

Defesa Vegetal nas Fronteiras Acreanas

As pragas quarentenárias ausentes (PQA) são organismos capazes de causar grande impacto na agricultura brasileira, se introduzidas. Isso porque a simples presença dessas pragas, seja de insetos, ácaros, nematoides, fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus, viroídes, plantas infestantes ou parasitas, reduz a produtividade das lavouras e a qualidade dos produtos, além disso, a comercialização fica comprometida devido à barreira fitossanitária imposta por países importadores que a regulamentam.

Por possuir grande extensão territorial e um perímetro com mais de 23 mil quilômetros de comprimento, o Brasil tem grande ameaça fitossanitária, pois há uma lista imensa com mais de 600 espécies ou gêneros de pragas quarentenárias ausentes oficialmente regulamentadas que podem ser facilmente introduzidas em locais que não possuem fiscalização agropecuária.

frutos de maçã e pera, do fungo Boeremia foveata que causa a doença conhecida como gangrena da batata, do nematoide Globodera rostochiensis que prejudica significativamente as espécies de solanáceas como tomate e batata, da bactéria Xanthomonas oryzae pv oryzae que é responsável por uma das mais importantes doenças da cultura do arroz, dentre outras.

O Estado do Acre faz fronteiras internacionais com Bolívia e Peru, e nestes países possuem algumas pragas quarentenárias regulamentadas pelo Brasil, a exemplo do inseto Cydia pomonella que destrói

Barreira volante na BR 317 Km 13 de Assis Brasil / AC

Devido a isso, o governo do Estado por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf/AC) juntamente com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) trabalha na defesa fitossanitária realizando fiscalizações e inspeções mensais com objetivo de evitar a entrada no país de plantas, mudas, sementes ou qualquer outro produto vegetal com capacidade de disseminar pragas quarentenárias ausentes. Estas fiscalizações são realizadas por meio de abordagem de caminhões de carga e carros particulares que trafegam pela rodovia com apoio de Técnicos Agropecuários e EngenheirosAgrônomos do Idaf/AC. Em 2022 já foram realizadas 56 abordagens de veículos nos municípios de Brasiléia e Assis Brasil (Fotos).

Somente as ações de fiscalização do Idaf/AC não são suficientes para a introdução de pragas quarentenárias pelo Estado Acre É necessário que a sociedade também faça sua parte, evitando trazer de outros países, como Bolívia e Peru, plantas, parte delas, mudas ou sementes hospedeiras pragas

quarentenárias ausentes, tendo em vista que o homem é o principal responsável pela disseminação dessas pragas.

Dessa forma, o Idaf/AC possui uma missão importantíssima com a agricultura acreana, pois com os trabalhos de fiscalização nas fronteiras pode evitar a entrada de pragas ausentes que podem causar grandes impactos financeiros ao agronegócio estadual e nacional.

Ascensão do plantio de soja no Acre

A expansão da área plantada de soja no Estado do Acre começou a ser impulsionada no ano de 2017 e desde então, o crescimento tem sido exponencial com o passar dos anos, saindo de 127 hectares em 2017 para 6245 hectares em 2022, um salto de mais de 4000% (Figura 1)

Também se observou aumento significativo do rendimento médio dos plantios (kg/ha) com o

Na safra de 2020-2021, foi identificado pelo Idaf/AC, a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), praga mais destrutiva da sojicultora, que causa desfolhamento da planta e se não for controlada as perdas podem chegar a 100% do plantio Desde então, o Instituto vem desenvolvendo ações por meio de visitas aos produtores, com o intuito de informar quanto aos possíveis prejuízos causados por essa praga e os meios de evitar a incidência em sua lavoura.

Também se observou aumento significativo do rendimento médio dos plantios (kg/ha) com o decorrer dos anos, o que indica maior interesse do produtor pela cultura com o incremento da tecnologia associado ao uso de implementos no plantio e colheita, alto investimento em insumos e mão de obra qualificada no manejo da soja.

Figura 1 - Área plantada com soja no Acre, em hectares, de 2017 a 2022. Fonte: IBGE

decorrer dos anos, o que indica maior interesse do produtor pela cultura com o incremento da tecnologia associado ao uso de implementos no plantio e colheita, alto investimento em insumos e mão de obra qualificada no manejo da soja (Figura 2)

Na safra de 2020-2021, foi identificado pelo IDAF, a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), praga mais destrutiva da sojicultora, que causa desfolhamento da planta e se não for controlada as perdas podem chegar a 100% do plantio. Desde então, o Instituto vem desenvolvendo ações por meio de visitas aos produtores, com o

Fiscalização em barreira volante realizada no Km 13 de Assis Brasil / AC.

Figura 2 - Rendimento médio de soja no Acre em Kg/ha, comparado ao Brasil, de 2017 a 2022. Fonte IBGE

intuito de informar quanto aos possíveis prejuízos causados por essa praga e os meios de evitar a incidência em sua lavoura.

Dentre as medidas de controle da Ferrugem Asiática, o vazio sanitário é bastante utilizado e efetivo em várias regiões do país. Consiste em um período determinado em que é proibido que o produtor tenha em sua propriedade plantas vivas de soja. Esse tempo ocorre entre os plantios regulares e serve para que o fungo causadorda doença diminua

sua quantidade, para que no próximo plantio tenha menor incidência do patógeno. A eficácia dessa prática se deve ao fato do fungo ser um parasita obrigatório, ou seja, necessita da planta viva para sobreviver. Fora do hospedeiro o período de vida é de aproximadamente 60 dias. Concomitante ao uso do vazio sanitário, também é medida fitossanitária a proibição do plantio consecutivo de soja, mais conhecido como soja safrinha.

Nesse sentido no ano de 2021 foram expedidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a Portaria 306, de 13 de maio de 2021, que institui o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, Portaria 394, de 10 de setembro do mesmo ano, que estabelecem os períodos de semeadura da soja para os Estados na safra 2021/2022, além da Portaria 516, de 01 de fevereiro de 2022, que determina os períodos de vazio sanitário para essa safra. Dessa forma, noAcre

a semeadura compreendeu o período que foi de 21 de setembro de 2021 a 08 de fevereiro de 2022, com vazio sanitário entre os dias 22 de junho a 20 de setembro desse mesmo ano

É de fundamental importância que o produtor de soja tenha em mente que o sucesso da sojicultura no Estado está diretamente ligado à sanidade da sua lavoura, o que só será alcançada com o emprego das determinações dos Órgãos competentes, uma vez que o fungo causador da ferrugem asiática é muito adaptável a fungicidas, necessitando assim de medidas que auxiliem no seu controle

Em caso de observação de desfolhamento das plantas de soja, comunique ao Idaf/AC do seu município.

Incidência de ferrugem asiática da soja, em 2021, no município de Capixaba, Acre.
Sintomas iniciais de ferrugem da soja na folha.
Análise dos sintomas de ferrugem asiática.
Plantio de soja na regional do Alto Acre

Clássica

Emcasodesuspeitadadoença,notifique imediatamenteoIdaf.

Ligue: (68) 3221-0655

Defesa Sanitária Animal

Seminário realizado em Brasiléia e Epitaciolândia aborda doenças em Suínos

A suinocultura é uma atividade de grande importância econômica, assim como para a subsistência de produtores rurais. Casos recentes de Peste Suína Africana na República Dominicana e Haiti ligaram o alerta das autoridades brasileiras, fazendo com que Ministério da Agricultura publicasse um Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos para a prevenção da entrada desta enfermidade no Brasil.

O governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), também

atento a essa necessidade, realizou a segunda edição do Seminário de Doenças em Suínos. O seminário aconteceu entre os dias 20 e 24 de setembro de 2021, nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia e teve a finalidade de instruir, treinar e atualizar os médicos veterinários responsáveis pelas Unidades Veterinárias Locais – UVL de municípios onde a suinocultura é expressiva e/ou necessitem de uma atenção maior em relação a Peste Suína Clássica e Peste SuínaAfricana.

técnicos do Senasag – Órgão de Defesa Agropecuária da Bolívia.

O Idaf vem realizando medidas de vigilância para prevenir que não haja a incidência da Peste Suína Africana no estado A comunicação em saúde é uma forma de propagar informação sobre as formas de prevenção dessa infecção, informando viajantes que ingressam no Acre pelos aeroportos e postos de fronteiras.

O Estado do Acre é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, como Área Livre de Peste Suína Clássica (PSC) e também não apresenta casos de Peste Suína Africana (PSA), o que reforça ainda mais a necessidade do preparo do quadro técnico do Instituto para o constante monitoramento e prevenção

A realização do evento contou também com a colaboração do Ministério da Agricultura –Mapa/SFA-AC, Ministério Público Estadual – MPAC, Universidade Federal doAcre, do frigorífico de Suínos

Don Porquito e teve também a participação de

Seminário realizado em Brasileia e Epitaciolândia aborda doenças em suínos Foto: Assessoria/Idaf
A realização do evento contou também com a colaboração do Ministério da Agricultura – Mapa Foto: Assessoria Idaf
Materiais de divulgação das medidas de prevenção para Peste suína africana estão expostas nos Aeroportos e aduanas nas fronteiras do Acre

PESTE SUINA AFRICANA.

VAMOS CUIDAR PARA NÃO CHEGAR AO BRASIL.

EVITE A ENTRADA DE VISITANTES EM SUA CRIAÇÃO.

MANTENHA OS ANIMAIS EM INSTALAÇÕES CERCADAS E HIGIENIZADAS.

NÃO ALIMENTE OS SUÍNOS COM RESTOS DE COMIDA DE ORIGEM ANIMAL.

MAPA
Ministério da Agricultura e do Abastecimento

Suinocultura mudam a e

e Avicultura economia empregos

Dados da Suinocultura no Acre

A regional do Alto Acre está localizada ao sul do estado do Acre e é composta por 4 municípios: Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri. Esta regional, segundo os últimos dados oficiais publicados pelo IBGE (2010), é responsável por cerca de 7,6% do PIB do estado, o equivalente a R$ 669,9 milhões. A região é cortada pela BR-317, que dá acesso ao pacífico, facilitando a logística de produtos para exportação

Brasiléia, o sétimo município mais populoso do Acre, possui um abatedouro frigorífico de referência para o estado, uma Unidade de Produção de leitões e uma Unidade de Beneficiamento de Carne e Produtos Cárneos, e trabalha com o sistema de rede de integração centralizado, principalmente na própria regional, que facilita a logística de transporte dos animais prontos para o abate até a indústria de processamento

No ano de 2021, o estado do Acre possuía um rebanho efetivo de 149920 cabeças de suínos,

33,77 % maior do que o ano de 2016, que somava 99283 suínos, distribuídos entre os municípios (gráfico 1).

O gráfico 2 mostra o ranking dos dez municípios acreanos, no ano 2021, com a maior quantidade de cabeças, independente da sua tecnificação, tendo em vista que Feijó possui 24.161 sendo o maior rebanho, porém são criatórios de subsistência. Já Epitaciolândia possui 21.049, e em sua grande maioria são tecnificadas.

Gráfico – 1: Evolução do rebanho de suínos no Acre - Fonte: CEPE/IDAF - PESS/AC

Machos da unidade de produção de leitões da Dom Porquito - Brasiléia / AC.

Gráfico – 2: Ranking da criação de Suínos nos municípios do Acre por efetivo de rebanho Fonte: CEPE/IDAF

Os abates de suínos no Acre acompanharam a demanda interna e a crescente participação do Brasil no mercado internacional, puxados pela produção sob Inspeção Federal (SIF), o status sanitário do Brasil e do estado doAcre.Aquantidade de abates totais que abrangem os sistemas de inspeção federal e estadual em 2021 somaram 54.100 mil cabeças, 4.599 toneladas de carne suína, alta de 13,58% em relação ao que foi produzido no ano anterior. Conforme os dados do relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Acre teve uma participação significativa no abate nacional de suínos, respondendo por 0,11 %, ficando entre os 10 estados que mais abateram no ano de 2021 (gráfico 3).

Gráfico – 3: Ranking das porcentagens dos abates nacional de suínos Fonte: ABPA 2021

De acordo com aAssociação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), de julho de 2020 a janeiro de 2021, as compras de carne suína nos supermercados brasileiros cresceram 80%. E segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo per capita da carne suína tem aumentado ano a ano. Atualmente, o brasileiro consome em média 16,86 quilos de carne suína por ano.

Segundo a ABCS, apesar de ser a proteína animal mais consumida no mundo, no Brasil a carne suína ainda não está entre as mais consumidas. Mas com o trabalho de divulgação e produção de eventos mostrando a qualidade e a inocuidade da carne suína produzida no País, hoje os tradicionais e mais conhecidos cortes da carne suína como a costelinha, lombo e pernil dividem espaço nas gôndolas com peças como patinho suíno, alcatra suína e filé mignon suíno

No Acre, o crescimento no consumo da carne suína é resultado também do trabalho do IDAF –Acre, que com trabalho atuante conseguiu tornar o Estado livre de Peste Suína Clássica em 2015 e no ano de 2020 foi também reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação, possibilitando alcançar países consumidores desse produto como o Japão, a Coréia do Sul, o México e o Chile, considerados mercados exigentes com relação as condições sanitárias dos produtos de origem animalque importam.

Para Danilo Mazzo, Auditor Fiscal Estadual

Agropecuário do Idaf, coordenador dos Programas Estaduais de SanidadeAvícola e Suídea, que atua na Defesa Sanitária Animal na regional do Alto Acre a dezessete anos, “o comprometimento com a Defesa Agropecuária, por parte do Governo do Estado, iniciativa privada e produtores rurais, são a chave do sucesso por termos alcançado os Status de livres de doenças como o Estado vem alcançando Lembrando que a manutenção desses Status depende ainda mais destes comprometimentos”.

No mês de março desse ano, após dois anos de ajustes do Governo do Estado, a carne suína produzida no Acre pelo Complexo Agroindustrial Dom Porquito começa a ser exportada para o Vietnã. Inicialmente foram dois contêineres com 28 toneladas que saíram de Brasiléia, via terrestre, pegando rota marítima rumo ao país localizado no sudeste asiático

São essas regiões que centralizam os frigoríficos, o que facilita a logística de transporte dos animais prontos para o abate até as indústrias de processamento.

Ainda de acordo com o diretor Luiz Fernando Benites Portolez 65,4% da produção de carne suína de Acre é destinada ao mercado interestadual; 20,8% para o consumo doméstico dentro do estado; e 13,8% destinado para exportação

Vista aérea da Unidade de Produção de Leitões da Dom Porquito
Foto: SECOM-AC

Ações de Vigilância para Febre Aftosa

Vigilância em propriedades com animais susceptíveis a Febre Aftosa

A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, as espécies de animais susceptíveis são: bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos.Adoença se espalharrapidamente

A observação rotineira dos animais e a notificação imediata de qualquer um desses sinais e sintomas, por parte dos produtores, é a melhor forma de prevenção dessa doença.

Portanto, é o responsável/cuidador ou proprietário dos animais, a pessoa mais indicada para observar anormalidades nos animais e comunicá-las à autoridade sanitária para sua verificação.

A vigilância em propriedades rurais é um importante componente do sistema de vigilância para FebreAftosa (SVFA) em zonas livres da doença. De uma forma objetiva, esse sistema de

vigilância para Febre Aftosa, é classificado como vigilância ativa sendo totalmente executado pelo serviço de defesa em saúde animal, IDAF A execução da ação de vigilância em propriedades é feita em todos os municípios do Estado, avaliando os critérios de risco de cada propriedade rural, tais como, propriedades com alta movimentação de animais estas são denominadas tecnicamente como - “Hubs” -, próximos de fronteiras, abatedouros frigoríficos, portos e aeroportos, dentre outros critérios estabelecidos pelo serviço veterinário oficial do Estado doAcre de acredita serem relevantes. Para realizar tal análise, a vistoria pode contemplar: 1- Contagem/conferência de rebanho; 2Conferência/vistoria de embarque e desembarque de suscetíveis; 3- Conferência/vistoria de embarque e desembarque de suscetíveis no entorno de portos e aeroportos, propriedades em atenção e recintos de

Tabela 1 – Índice de vigilância ativa para Febre Aftosa em 2021. - Fonte: PEEFA/AC

aglomerações; 4- Exame clínico de pata e boca; 5Visitas orientativas em nível de sensibilizar o produtor para o mesmo notificar, junto ao IDAF, enfermidades de notificação obrigatórias; 6- Visitas orientativas em nível de estabelecimento sobre a sintomatologia de doenças vesiculares e a importância da notificação, junto ao IDAF, de forma rápida em até 24 horas e 7Outra ação que o responsável pela visita a propriedade rural achar importante As analises são realizadas pela coordenação do Programa Estadual deVigilância para FebreAftosa – PEEFA/AC.

O Idaf espera que esta análise, associada a outras ações de vigilância, sirva para direcionar

futuras discussões com a equipe gestora estadual do Plano Estratégico do PNEFA, olhando para pontos que representem maior atenção em nível de introdução e disseminação do vírus da febre aftosa gerando assim tomadas de decisões para potencializaresse componente de vigilância. Reforçamos que, a responsabilidade da manutenção do reconhecimento internacional de livre de Febre Aftosa sem vacinação fornecido ao Acre, deve ser compartilhada entre os produtores, médicos veterinários autônomos, empresas do agronegócio e o Idaf -Acre.

Vigilância em Estabelecimentos de Abate

Os estabelecimentos de abate de animais suscetíveis à febre aftosa constituem importante fonte de informações para o SVFA. As inspeções realizadas na rotina antes do abate (ante mortem) podem detectar a presença de sinais clínicos nos animais, e as informações da rotina durante e depois do abate (post mortem) podem d i r e c i o n a r a ç õ e s d e v i g i l â n c i a n o s estabelecimentos de origem dos animais. A vigilância em estabelecimentos de abate é comumente usada como uma forma de vigilância ativa, ou seja, quando o serviço do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre – IDAF- Acre, vai até a propriedade realizar ações de prevenção e até mesmo de controle

O Idaf avalia o quantitativo de animais enviados para abate por origem, taxa de abate, avaliar a participação por espécie de animais, observar a distribuição dos estabelecimentos de abate no estado e a distribuição de animais abatidos por destino. Essa análise traz elementos que podem produzir argumentos para avaliar na

gestão de ações de saúde animal e pública, principalmente avaliar as notificações de suspeitas de doença vesicular no momento antemortem e post-mortem.

Os dados foram coletados do Relatório Anual de Estrutura do Serviço Veterinário Oficial e análise do banco de dados do SISDAF (sistema de informação do Idaf) relacionado à emissão de GTA com a finalidade para abate referente ao ano de 2021.

FONTE: PEEFA/AC

Percentual de animais enviados para abate por espécie - 2021

Ovinos/Caprinos

No período analisado foram enviados ao abate 364.575 bovídeos, 1.094 ovinos e caprinos e 46.381 suínos distribuídos entre as três esferas de inspeção (municipal, estadual e federal) Houve uma redução de 11,75% no número de bovídeos e o aumento de 27% de suínos enviados ao abate em relação ao ano anterior. Do quantitativo de bovídeos enviados ao abate 1,71% é de animais abatidos fora do estado do Acre, com destino aos estados de Amazonas, Rondônia. Suínos

Bovídeos Ovínis/CAprinos Suínos

A distribuição geográfica das espécies enviadas ao abate é possível ser visualizada nos mapas apresentados a seguir. É possível observar no mapa que o estado fica bem dividido quanto a concentração de espécies enviadas ao abate, a maior concentração encontra-se na regional do baixo acre principalmente quando se trata da

espécie bovina, e na regional do alto acre a espécie suína tem a sua maior concentração por ter a indústria sob inspeção federal instalada no município de Brasiléia e as propriedades que fornecem os suínos serem terminados no munícipio de Epitaciolândia.

Distribuição de bovídeos enviados ao abate em 2021

Descrição por Regional

Regional do Juruá

Regional doTarauacá/Envira

Regional do Purus

Regional doAltoAcre

Regional do BaixoAcre

Santa Rosa do Purús
Manoel Urbano

Vigilância em Eventos Agropecuários

O componente de vigilância para febre aftosa em eventos pecuários, é classificado como o mais importante ponto de amplificação de uma ocorrência de febre aftosa, devido ao alto potencial para a disseminação da infecção Dessa forma, devemos ter o poder de garantir a rastreabilidade dos animais envolvidos, pois somente com ela, poderemos chegar ao estabelecimento de origem dos animais com sinais compatíveis de doença vesicular de forma eficiente e eficaz Com isso em mente, todos os eventos pecuários devem ser realizados mediante fiscalização do médico veterinário oficial ou médico veterinário habilitado observando documentação sanitária e inspeção dos animais.

Esta análise associada aos demais componentes de vigilância, serve para nortear futuras discussões com a equipe gestora estadual do Plano Estratégico do PNEFA/Acre, focando em possíveis pontos de vulnerabilidade em nível de introdução e disseminação do vírus da febre aftosa gerando assim tomadas de decisões para

potencializaresse componente de vigilância.

Para as análises descritas, foi utilizado o SISDAF e Microsoft® Excel, e para as análises espaciais foi utilizado o QGIS®.

Os dados que serviram de base para elaboração desta análise, vigilância em eventos pecuários, foram extraídos do Sistema de Informação do Idaf – SISDAF

No ano em questão analisado, ainda por conta das restrições ocasionadas pela pandemia da COVID – 19, houve uma drástica queda no número de eventos pecuários em comparação ao ano de 2020. No ano analisado em questão, foram realizados no estado do Acre um total de 09 (nove) eventos pecuários que tiveram participação de espécies suscetíveis à febre aftosa – FA. Todos os eventos tiveram fiscalização de médico veterinário habilitado. Em 2021, passaram por eventos pecuários, pouco menos de 750 bovinos, totalizado 0,017 % dos suscetíveis do estado, não havendo aglomerações das demais espécies suscetíveis à FA

Entrada e saída de animais

RIOBRANCO

FONTE: DIFTA - PEEFA/AC

Raiva dos Herbívoros

Raiva dos herbívoros é identificada em propriedade rural no interior do AC e 18 bovinos morreram com sintomas da doença

Um caso foi confirmado por exame de laboratório, segundo o Idaf/AC, mas 18 animais morreram no período e a suspeita é que tenha sido com essa doença que foi transmitida pormorcego.

Um foco de raiva foi detectado em uma propriedade rural, em Sena Madureira, no interior do Acre. As informações foram confirmadas pela coordenação do programa estadual de raiva dos herbívoros – PECRH do Instituto de Defesa e Agropecuária Florestal (Idaf/AC)

Foi realizada a colheita de amostra de um dos animais, que teve o caso confirmado através de exame, no laboratório de análises e diagnóstico veterinário – LABVET, em Goiás, mas epidemiologicamente se considera como foco devido às outras mortes terem ocorrido no mesmo período e os animais terem apresentado os mesmos sintomas.

A raiva dos herbívoros é transmitida pela mordida do morcego, que além de levar a morte o animal infectado pela doença, também pode ser transmitida para humanos, ou seja, é uma zoonose

O Idaf registrou onze focos da doença em animais da área rural de oito municípios no interior do Acre nos meses de dezembro de 2020 e maio de 2021. Os casos deste ano foram notificados ao Idaf/AC no mês de junho

“Nessa área, nós temos um foco de raiva, com um caso positivo laboratorial e na investigação foi detectado que na propriedade morreram 18. Não podemos afirmar porque não foi possível fazer o exame, mas, pelo período da doença, é detectado como raiva. Se morrer algum animal, em um período de três meses com os mesmos sintomas, nós consideramos que ainda seja raiva, pelo período de incubação da doença”, disse a coordenadora do PECRH do Idaf/Ac, a Médica Veterinária Maria do Carmo Portela.

Os técnicos foram até a propriedade realizar o serviço de educação em saúde, abordando as formas de prevenção e controle dessa infecção aos produtores rurais, realizando também investigação nas pessoas que tiveram contato com os animais infectados.

para a pessoa tomar a vacina. Também é solicitado ao proprietário que faça a vacinação do rebanho”, acrescentou.

A propriedade está sob vigilância e deve receber mais uma visita técnica, com um levantamento se houve mais alguma propriedade com sinais de espoliações de morcego e ou morte com sintomas de raiva, para que seja feito um trabalho de educação sanitária na área.

Sintomas

Entre os sintomas estão o isolamento do animal, perda de apetite, salivação abundante, perda de equilíbrio, quedas e estiramento do pescoço.

Medidas

de prevenção

Se algum animal da propriedade apresentar os sintomas, o proprietário deve comunicar imediatamente o Idaf

A médica veterinária orienta a população que em caso de agressão com cães e gatos, procurar a unidade de saúde mais próxima.

“A saliva é o que contém o vírus, e quem trabalha na área rural, pode ter machucado nas mãos, então, é feita a investigação para ver se a pessoa teve contato com a saliva e, no caso, é enviado para a secretaria de saúde do município

Ação de educação em saúde sobre a raiva - Xapuri/AC

Municípios do Estado do Acre com casos confirmados de raiva dos herbívoros em 2020

Em 2020

Jordão / Bovino

Feijó / Bovino

Municípios do Estado do Acre com casos confirmados de raiva dos herbívoros em 2021, 2022 e 2023

Em 2021

Bujari / Bovinos

C. do Sul / Bovino

Feijó / Equino

Mâncio Lima / Bovino

Em 2022

Xapuri / Bovino

S. Madureira / Bovino

Em 2023

Feijó / Bovino

Mâncio Lima / Bovino

Feijó / Bovino

Tarauacá / Bovino

Xapuri / Equino

Rodrigues Alves / Bovino

FONTE: CEPE/ IDAF - PECRH/AC
FONTE: CEPE/ IDAF - PECRH/AC
Fiqueatentoeinformeao IDAFnosseguintescasos:

- Espoliações (feridas causadas por mordeduras de morcegos nos animais;

- Se encontrar abrigos de morcegos na sua propriedade.

Em caso de mordedura por morcegos em pessoas, procure imediatamente a Unidade de Saúde mais próxima.

Servidores do Idaf das Unidades do Alto Acre

Gerardo Bezerra - Médico Veterinário Unidade Assis Brasil

Raimunda Beserra - Médica Veterinária Unidade de Brasiléia

Aguiar - Resp. Inspeção do Alto Acre Unidade de Brasiléia

Wdson F da Silva - Médico Veterinário Unidade de Epitaciolândia

Arthur Alves Tomaz - Téc. Agropecuário Unidade de Epitaciolândia

Ferreira - Médico Veterinário

de Xapuri

Nonato Bessa - Téc. Agropecuário Unidade Assis Brasil

R. Pires - Téc. Agropecuário

Pinheiro - Médico Veterinário

de Brasiléia

Francisco da S. Batista - Téc. Agropecuário Unidade de Epitaciolândia

Ramos Silva - Téc. Agropecuária Unidade de Epitaciolândia

Mário Soares - Motorista

Danilo Mazzo - Coord. do PESA e PESS Unidade de Epitaciolândia

Rdo. Nonato Freitas - Téc. Agroflorestal Unidade de Epitaciolândia

Ademar de Almeida - Téc. Agropecuário Unidade de Xapuri

Jociléia Borges - Téc. Florestal Unidade de Brasiléia
Daniele
Unidade de Xapuri
César de Souza Campos Unidade de Xapuri
Soraia
Honório
Unidade
Jeovane
Unidade
Antônio
Unidade de Brasiléia
Zamir B. da Silva - Téc. Agropecuário Unidade de Brasiléia

DECLARAÇÃO DE REBANHOS

CAMPANHAS DE VACINAÇÃO

1ª - 01 /ABRILA30 DE JUNHO DECLAREATÉ 10 DE JULHO

2ª - 01 / OUTUBROA31 DE DEZEMBRO DECLAREATÉ 10 DE JANEIRO

24cm 3mm

Medidas de ferro de marcação para fêmeas vacinadas com B19. Marcar no lado esquerdo da cara do animal.

QUAIS OS SINTOMAS DA BRUCELOSE?

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