Gestão em Saúde

Maio/2019

G E S TÃ O E M S A Ú D E

REDE MATER DEI DE SAÚDE Como a gestão da Rede Mater Dei de Saúde tem contribuído para o desenvolvimento da ciência médica e hospitalar.

Hospital Mater Dei Santo Agostinho

Hospital Mater Dei Contorno

Hospital Mater Dei Betim-Contagem

Missão Compromisso com a Qualidade pela Vida!

Valores Atendimento diferenciado, personalizado e humanizado.

Respeito ao ser humano.

Compromisso com o fazer seguro e bem feito.

Cuidado com a imagem institucional.

Valor para a sociedade.

Estímulo para o desenvolvimento e o crescimento pessoal e profissional.

Visão de longo prazo–Inovação, pioneirismo, perenidade e sustentabilidade.

Responsabilidade com resultados nas diversas dimensões.

Conselho de Administração José Salvador Silva Presidente

Diretoria Henrique Moraes Salvador Silva Presidente Maria Norma Salvador Ligório Vice-presidente Administrativa, Financeira e Comercial Márcia Salvador Géo Vice-presidente Assistencial e Operacional José Henrique Dias Salvador Diretor de Operações Mater Dei Contorno Felipe Salvador Ligório Diretor Médico Renata Salvador Grande Diretora Comercial Daniela Pagliari Oliveira Diretora Geral Mater Dei Betim-Contagem Fábio Mascarenhas Silva Diretor Financeiro Luiz Alberto do Nascimento Diretor de Controladoria

Apresentação

U

m Hospital, ou uma Rede de Hospitais, deve ter como princípio proporcionar aos seus clientes a melhor prestação de serviços a fim de poder contribuir para a promoção da saúde, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento mais adequado às pessoas que confiam sua vida à Instituição. Para que isso ocorra, é importante que se invista em capacitação dos colaboradores, em processos cada vez mais assertivos e em estrutura física e tecnologia, seja para garantir excelência na abordagem das condições clínico-cirúrgicas, seja para conectar pessoas e integrar as equipes.

Esse tem sido o nosso principal objetivo.

Aliar a técnica com a humanização na assistência. Investimos em segurança, qualidade e no acolhimento das pessoas. Possuímos outra característica: a maneira como nós nos posicionamos e de como entendemos o nosso compromisso com a melhoria contínua. Trata-se da nossa capacidade de nos estruturar para criticar a nossa atuação registrando formalmente os nossos resultados e, de maneira transparente, comunicá-los à comunidade especializada, acadêmica e ao público em geral.

Para que isso seja possível, investimos em estruturas de formação profissional que permitem captar e cuidar de estagiários, especializandos, residentes e trainees, ou seja, dos jovens talentos que certamente sustentam o atual crescimento orgânico da nossa Instituição. Na nossa visão, essa é uma forma de garantirmos a sucessão das pessoas nos diversos níveis, de gerar oportunidades para esses jovens, por meio da criação de novos empregos e de ampliar a nossa comunidade, mantendo a nossa cultura e respeitando os nossos valores.

Desde a fundação do Hospital Mater Dei, em 1980, e ainda hoje, como Rede Mater Dei, investimos no ensino e na pesquisa, o que permite uma expansão desses valores profissionais. Todas as nossas Unidades possuem Centros de Convenções com múltiplas salas e auditórios que recebem as reuniões semanais das equipes médicas, assistenciais, administrativas e de apoio, além de sediarem Congressos, Simpósios e Seminários, com uma extensa programação anual.

Ao longo dessas quase quatro décadas tem havido um grande incentivo e reconhecimen-

to por parte da diretoria de todo esse esforço.

A produção científica de médicos, enfermeiros e demais profissionais da assistência tem gerado inúmeras publicações tendo, algumas delas, se tornado referência para as especialidades as quais se dedicam. Essas manifestações se materializam em livros, artigos, temas livres em eventos e nas diversas palestras ministradas pelas equipes.

Há outro investimento igualmente importante e que tem marcado a atuação das pessoas que trabalham na Rede: a melhoria das técnicas de gestão e governança que dão suporte ao crescimento e à manutenção da nossa cultura.

Descobrimos que é possível fazer ciência e investir no contínuo aprimoramento dos nossos gestores, estimulando-os a uma constante atualização e análise dos processos que norteiam a sua atuação profissional.

A capacidade de gerar conhecimento e conteúdo por parte do nosso time nos impressiona, demonstra que não nos acomodamos em uma zona de conforto e buscamos nos questionar e encontrar novas e melhores maneiras de exercer a nossa atividade para aprimorarmos a excelência na atuação do Mater Dei. Essa é uma característica fundamental para se posicionar de forma relevante em um mundo empresarial em contínua mutação, especialmente no campo do provimento de serviços médicos e hospitalares. É por isso que estamos entregando em suas mãos um produto que é fruto do trabalho da comunidade Mater Dei. Esta publicação pretende tornar tangível para o nosso público, nas diversas dimensões, todo o esforço que vem sendo realizado por nossa equipe. A produção aqui apresentada refere-se principalmente aos nossos trabalhos apresentados nos Congressos Nacionais da Associação Nacional de Hospitais Privados (CONAHPs). Alguns deles tendo sido premiados com destaque.

Esperamos contribuir para a difusão de práticas que, em última instância, podem proporcionar uma melhoria na maneira como gerenciamos e lideramos as organizações de Saúde que cada um de nós representa.

Henrique Moraes Salvador Silva Presidente da Rede Mater Dei de Saúde

GESTÃO EM SAÚDE

Sumário

11 19 27 31 87 93

Governança na Rede Mater Dei: modelo para melhores práticas A origem da Anahp e o Mater Dei como sócio-fundador A realização dos Conahps Pôsters apresentados nos Conahps Gestão eficiente, qualidade certificada Reconhecimento à gestão da Rede Mater Dei

GESTÃO EM SAÚDE

Governanรงa na Rede Mater Dei: modelo para melhores prรกticas

REDE MATER DEI DE SAร DE

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U

m sistema hospitalar eficaz deve possuir duas inteligências: a gestão empresarial e a gestão assistencial. É a chamada governança interativa em que os saberes se complementam visando a integração das governanças clínica e corporativa.

Se no passado a relação entre médico e paciente era direta, próxima e ampla na figura do médico de família, atualmente ela vem sendo permeada pelas operadoras de plano de saúde e prestadores de serviços. Dessa forma, os diversos atores da cadeia de saúde devem se integrar e se complementar na busca pela melhoria da qualidade da assistência. Esse novo modelo perpassa pelo envolvimento de todos na gestão e, do ponto de vista dos hospitais, o monitoramento de indicadores de desempenho, protocolos, processos de trabalho e aprendizado contínuo. Obviamente respeitando os vínculos e a relação médico-paciente, tão importantes para o processo de tratamento e cura. É dessa forma que a Rede Mater Dei atua.

Na nossa atividade diária a nossa filosofia vem se refletindo no comportamento das equipes multidisciplinares. E faz parte da nossa história.

Os objetivos estratégicos estabelecidos para cada perspectiva por meio de um planejamento anual, com revisões semestrais, são transformados em metas setoriais, em níveis gerencial e operacional, para todo o Hospital, incluindo o corpo clínico.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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Gestão ao longo do tempo A partir da década de 90 e, marcadamente de 2000, com o crescimento do setor privado e dos planos de saúde no Brasil, a relação entre médicos e hospitais também precisou se modificar para atender aos novos tempos. O Hospital Mater Dei iniciou um processo pioneiro no Brasil que possibilitou, entre outras coisas, ser atualmente uma Rede composta pelo Mater Dei Santo Agostinho, Mater Dei Contorno e Mater Dei Betim-Contagem, este inaugurado em 19 de janeiro de 2019. Foi um modelo que propiciou e ainda gera o engajamento dos membros do corpo clínico e assistencial. Em breve, a Rede Mater Dei vai expandir para fora do estado de Minas Gerais, com a inauguração do Mater Dei Salvador, na capital baiana.

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Em 1996, após quatro anos de investimento em capacitação da direção e gerências, o Hospital implementou um Modelo de Gestão baseado nos princípios da Fundação Dom Cabral por meio do PAEX (Parceiros para a Excelência), envolvendo todos os setores administrativos e assistenciais e trabalhando com análises de cenários e perspectivas futuras. O Planejamento Estratégico contempla as perspectivas gerais, econômicas e financeiras, de cliente, processos e tecnologia e de pessoas. Os objetivos estratégicos estabelecidos para cada perspectiva, por meio de um planejamento anual, que tem revisões semestrais, são transformados em metas setoriais, em níveis gerencial e operacional, para todo o Hospital, incluindo o corpo clínico.

No início dos anos 2000, os médicos foram inseridos na gestão. Com a modalidade de corpo clínico aberto, o Mater Dei estabeleceu os critérios para cadastro do profissional para atuação no Hospital além de, desde a inauguração, possuir um regimento voltado à prática médica que é atualizado, constantemente, de acordo com as resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM). Um Conselho Técnico coordenou a elaboração de uma série de cadernos de protocolos clínicos, voltados ao atendimento de urgência e emergência no Pronto-socorro, com a participação das equipes de cirurgia plástica, cirurgia geral, otorrinolaringologia, clínica médica, pediatria, ginecologia/obstetrícia, cardiologia, ortopedia e neurologia. Três anos depois, a experiência foi difundida por todo o corpo clínico. Inicialmente, a ferramenta utilizada foi o Qualitas. Mais tarde, migramos para um sistema informatizado de gestão da qualidade – Estrategic Adviser.

Esse trabalho mostrou-se, ao longo das últimas décadas, capaz de preservar a autonomia soberana do médico ao mesmo tempo que promoveu um alinhamento único e importante entre o corpo clínico e a gestão da Rede Mater Dei de Saúde.

A atuação do Mater Dei com foco em gestão integrada teve como reflexo, em 2004, a primeira acreditação hospitalar, ONA nível 3, do Hospital tendo sido o segundo hospital do Brasil a alcançar esse selo de excelência. Posteriormente, novas certificações foram conquistadas (veja mais na página 90).

Essa nova forma de governança, aliada à cooperação inter-hospitalar para garantir a excelência dos serviços, foi fundamental para a consolidação do Hospital Mater Dei como líder de mercado com credibilidade e resolubilidade. Por isso, quando 23 hospitais do país se reuniram em Brasília, em 2001, durante o 1º Fórum Top Hospital, para discutir o setor de saúde e que culminou na fundação da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), o Mater Dei foi um dos protagonistas (veja mais na página 19).

Nesses 15 anos de governança interativa diversos protocolos foram implantados, medição de indicadores assistenciais e administrativos aprimorados, novos serviços foram incorporados, além de outras conquistas, resultando em mais segurança assistencial para os nossos pacientes. Hoje 100% dos setores da Rede Mater Dei de Saúde possuem um planejamento, com metas e indicadores que são analisados mensalmente pelos gestores e alta direção. No caso do corpo clínico, as análises com a diretoria são trimestrais, no entanto, por meio do investimento constante em tecnologia é possível o acompanhamento da performance das equipes em tempo real.

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A origem da Anahp e o Mater Dei como sรณcio-fundador

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Diretoria durante a entrega do título de Associado Titular da Anahp - 2001

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U

Um compromisso de cooperação inter-hospitalar, com a finalidade de garantir excelência dos serviços, a liderança no mercado e a melhoria dos resultados foi o alicerce inicial que fez surgir a Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), há 18 anos. Isso ocorreu em 11 de maio de 2001, durante o 1º Fórum Top Hospital, realizado em Brasília-DF com a participação de 23 hospitais brasileiros, entre eles o Mater Dei. Todos vivenciavam problemas e desafios em comum e se caracterizavam, basicamente, por atender a uma clientela proveniente do sistema suplementar de saúde, eram hospitais líderes nesse segmento e percebidos como prestadores de serviços médicos hospitalares de alta qualidade e excelência pela comunidade em que estavam inseridos. A proposta de formarem juntos uma associação poderia buscar soluções expandindo-se, inclusive, para além das fronteiras das instituições privadas, favorecendo a todos os brasileiros.

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Posse do Dr. Henrique Salvador como presidente da Anahp - 2008

Como resultado das discussões foi redigida a Carta de Brasília, documento oficial do Fórum, que registrou a assinatura dos hospitais presentes. A Carta fixava os objetivos gerais a serem alcançados por essas instituições.

No documento ficou determinado que os desafios dos hospitais integrantes da ANAHP seriam: fazer com que os ganhos com a qualidade dos seus serviços chegassem a um maior número de cidadãos, assumir, mediante o empenho de seus dirigentes, o compromisso de melhorar, contínua e sistematicamente, a saúde dos brasileiros; inserir a saúde como um valor maior na cultura brasileira; e atuar, por todos os meios, para racionalizar e otimizar os recursos disponíveis para a operacionalização do sistema de prestação de serviços médico-hospitalares.

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A Rede Mater Dei de Saúde faz parte da história da ANAHP. Henrique Salvador, Presidente da Rede, entre os anos de 2008 e 2011 foi Presidente do Conselho de Administração da Associação. Foi o período em que o Congresso Nacional de Hospitais Privados (CONAHP) foi idealizado.

Durante a implementação do Modelo de Gestão o qual proporcionou à ANAHP a profissionalização de seus processos, Henrique Salvador, à época Diretor Técnico e Clínico do Mater Dei, teve a oportunidade de liderar um grupo de diretores médicos dos hospitais-membros e de colaborar para a construção de um modelo de organização do corpo clínico, que tem contribuído para a maneira como médicos e hospitais se relacionam na sua prática.

Nessa trajetória da ANAHP, a Rede Mater Dei é bastante atuante, contribuindo para estudos para melhoria do setor. Maria Norma Salvador Ligório, vice-presidente Administrativa, Financeira e Comercial fez parte do Conselho de Administração da Associação ao lado de demais gestores de hospitais filiados por dois mandatos consecutivos. Hoje, Henrique Salvador representa a Rede no atual mandato do Conselho de Administração.

Conselheiros da Anahp - 2008

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“A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) é uma entidade representativa dos principais hospitais privados de excelência do país. A entidade surgiu para defender os interesses e necessidades do setor, bem como expandir as melhorias alcançadas pelas instituições privadas para além das fronteiras da Saúde Suplementar, favorecendo assim todos os brasileiros. Atualmente a Anahp ocupa uma função estratégica no cenário político

e institucional, principalmente no desdobramento de temas essenciais à sustentabilidade do sistema. Representamos hospitais reconhecidos pela certificação de qualidade e segurança no atendimento hospitalar, além de promover ações que transcendam os interesses das instituições associadas. Estamos preparados para fortalecer o relacionamento setorial e contribuir para a reflexão, ampla e irrestrita, sobre o papel da saúde privada no país”.

Eduardo Amaro - Atual Presidente do Conselho de Administração da Anahp

“A ANAHP nasceu de um sonho comum a um pequeno grupo de dirigentes hospitalares que se reuniram no Primeiro Fórum Top Hospital, em Brasília, em maio de 2001.

Dos debates naquele fórum surgiu a ideia de criar uma associação de hospitais privados. Dentre suas finalidades estavam a de criar uma força conjunta nas negociações com operadoras de planos de saúde, impedir conflitos de interesses, compartilhar experiências voltadas à segurança dos pacientes, à racionalização de custos hospitalares, promover a qualidade dos serviços prestados e proteger os interesses dos pacientes. Para tanto, seriam criadas condições mínimas de entrada aos associados, a fim de garantir a observação daqueles princípios. Entre estas, haveria a obrigatoriedade de obter certificação de qualidade hospitalar dentro de um prazo pré-definido.

Esta exigência era, na época, algo inovador e revolucionário. Passados menos de 20 anos, é uma condição quase que obrigatória para uma instituição hospitalar ser considerada pela sociedade. De um pequeno número de associados, no início, atualmente a ANAHP é uma entidade forte, representativa, com mais de uma centena de associados, a grande maioria devidamente certificada e as demais preparando-se para a certificação por organismos nacionais e internacionais.

tínua dos processos médico-hospitalares. Estes se traduzem, na prática, pelo desenvolvimento e adoção de protocolos, guias de condutas e a adoção das melhores práticas em conjunto por seus associados. Criou-se um círculo virtuoso em benefício dos pacientes, da racionalização de custos e de benefício a sociedade como um todo. Por meio de encontros de líderes e de congressos periódicos, a ANAHP criou um vínculo com a indústria voltada à saúde, como laboratórios farmacêuticos, fabricantes e distribuidores de bens e serviços, desenvolvendo um diálogo transparente e produtivo voltado para a troca de informações e, consequentemente, aperfeiçoamento de produtos e serviços.

De uma estrutura muito simples no início, a ANAHP conta atualmente com estruturas maduras de governança e gestão profissional. Em pouco tempo, atingiu um grau de maturidade e importância que lhe permite desempenhar importantes papeis no cenário da saúde brasileira.

O atual período é de transformações importantes no setor saúde. A introdução do conceito de valor como resultado das atividades médicas e hospitalares obriga à avaliação dos desfechos destas, bem como da experiência do paciente e do beneficio a toda sociedade. As relações entre médicos e hospitais estão sendo colocadas em cheque; o sistema de remuneração médica é foco de debates, desencontros e profundas modificações estão à vista. O próprio sistema de remuneração dos hospitais pelas operadoras de planos de saúde começa a se transformar de modo significativo; os prestadores de serviços hospitalares passam a ser considerados fator de elevação dos custos às custas de desperdícios e fraudes, passando a ser responsabilizados pelos resultados clínicos, instados a assumirem e compartilharem riscos inerentes à atividade.

A partir da coleta sistemática de dados do chamado mercado de saúde e dos dados padronizados de seus associados, a ANAHP tornou-se capaz de transformá-los em informações fundamentais para a melhoria da qualidade da assistência e da segurança dos pacientes. Como consequência, tornou-se a fonte de conhecimento para cursos de formação e aperfeiçoamento dos profissionais de saúde que, por sua vez, levam à transformação con-

Por estas razões, entre outras, há inúmeras oportunidades de crescimento da associação. Novas atividades associativas e o desenvolvimento das existentes poderão levar a ANAHP a desempenhar um papel ainda maior na defesa dos interesses dos hospitais e de seus pacientes, promovendo maior transparência das relações entre os diversos atores do setor saúde e na garantia de sua integridade e sobrevivência”.

Reynaldo Brandt – Primeiro Presidente do Conselho de Administração da ANAHP REDE MATER DEI DE SAÚDE

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A realização dos Conahps

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Sessão Pôster Conahp

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Trabalhos premiados em 2018

O

Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp) é realizado pela Anahp desde 2011 e, atualmente, é o principal evento do setor hospitalar no Brasil. A programação une conhecimento, inovação e relacionamento e é direcionado às lideranças, pensadores e gestores do setor da saúde do Brasil e do mundo.

A primeira edição ocorreu em comemoração aos dez anos da organização. A idealização e realização desse primeiro evento aconteceu ainda na gestão de Henrique Salvador, atual presidente da Rede Mater Dei, então presidente da Anahp, tendo sido presidido pelo então vice-presidente da Associação, Francisco Balestrin.

Foram realizadas sete edições do evento, que reúne especialistas de todo o Brasil, e convidados internacionais, para discutir assuntos relacionados ao setor. Em todos os anos, o Mater Dei participou ativamente com o envio de trabalhos e com representantes que ministraram palestras.

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Confira a seguir os 54 pôsteres, conforme apresentados à época em cada edição do Conahp, com estudos científicos desenvolvidos na Rede a partir da experiência com a gestão.

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ER DEI DE MAT SA ÚD DE RE

TRABALHO PREMIADO CO N A H P

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Análise da implantação de serviço de patologias da coluna em um hospital geral privado

2013

COSTA, RSM1, BONELLI, TS2; CHAVES, SR3; SOUZA, PMG4; LIGORIO, MNS5; GEO, MS6; SILVA, HSM7 Coordenadora da Economia da Saúde¹, Diretora Comercial²; Diretor Técnico³; Gerente do Comercial4; Vice Presidente Administrativa Financeira e Comercial5; Vice Presidente Operacional e Assistencial 6; Presidente do Hospital Mater Dei7

INTRODUÇÃO De acordo com o IBGE, 13,5% dos brasileiros possuem doença crônica de coluna. O tratamento dessa patologia exige uma indicação criteriosa que pode ser tanto cirúrgica, como conservadora.

OBJETIVO Estruturar um centro de referência para patologias da coluna para beneficiários de uma operadora de saúde em um hospital geral que já possui serviço de cirurgia de coluna.

MATERIAL E MÉTODOS O Hospital Mater Dei, que já possuía serviço de cirurgia de coluna, foi indicado por uma operadora de saúde para ser um centro de referência na cidade. Assim, os pacientes que recebem indicação cirúrgica passam por uma consulta de segunda opinião com especialistas nesse centro, que tem como objetivo reavaliar as indicações cirúrgicas e oferecer ao paciente uma nova visão de tratamento. A consulta é realizada concomitantemente por dois médicos: neuro-cirurgião ou ortopedista e fisiatra. Após a consulta o parecer é enviado à operadora de saúde, que faz contato com o beneficiário para dar seguimento ao tratamento proposto. É necessária a adesão do paciente e seu médico assistente ao tratamento proposto.

RESULTADO Em um ano de funcionamento de projeto, 206 pacientes com média de idade de 47 anos e igualmente distribuídos entre sexo masculino e feminino foram encaminhados pela operadora de saúde, totalizando 220 consultas. 71% dos pacientes receberam parecer cirúrgico e 29% parecer conservador. Por se tratar de uma

patologia crônica, os pacientes são acompanhados a longo prazo pelo hospital. A tabela abaixo ilustra os desfechos do projeto após um ano de funcionamento.

TABELA 01– Segmentação dos pacientes atendidos no Projeto de Coluna no Hospital Mater Dei, conforme tipo e local de tratamento.

TRATAMENTO EFETUADO Tratamento cirúrgico no HMD

n 85

% 41%

Tratamento cirúrgico realizado em outro serviço

54

26%

Tratamento conservador realizado no Instituto de Fisiatria

16

8%

Tratamento conservador realizado em outro serviço

35

17%

Pacientes que saíram do projeto (opção do paciente ou pedido da Operadora)

16

8%

TOTAL

206

100%

HMD: Hospital Mater Dei

GRÁFICO 01– Percentual de indicações cirúrgicas que foram confirmadas após consulta para segunda opinião no primeiro ano de funcionamento do Projeto de Coluna. Hospital Mater Dei, 2013 29% 71%

Tratamento conservador Tratamento cirúrgico

Fonte: Hospital Mater Dei, 2013

CONCLUSÃO A reavaliação criteriosa da indicação cirúrgica de patologias da coluna por especialistas gera bons resultados para todos os envolvidos. A oferta outros de tratamentos beneficia, sobretudo, os pacientes portadores de patologia de coluna, ao receberem uma abordagem global e a opção de um tratamento adequado que resulte na melhoria da qualidade de vida com o tratamento da dor.

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- IBGE, PNAD- Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios. Notas metodológicas. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/traba lhoerendimento/pnad98/saude/metodologia.shtm. Acesso em: 20 jul 2013.

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Auditoria in loco: Redução do Ciclo Operacional através da análise diária da conta hospitalar nas unidades de internação Sclearuc EA1, Soares MBV2, Ligório MNS3, Fontes JB4, Nicácio FA5

Ciclo - 1º Semestre 2013

Demonstrar redução do Ciclo Operacional através da implantação da auditoria diária dos prontuários nas unidades de internação.

GRÁFICO 1 – Ciclo Operacional antes da implantação da auditoria in loco nas unidades de internação – 2º semestre 2012.

4,94

5

4,98 3,96

3,21

3

2

1,24

1 Julho

Junho

1 ,2 1 A pó s da im pla nt aç ã o do proc es s o

Agosto

Setembro

Outubro

TABELA 1 – Redução do Ciclo Operacional Geral do Hospital Mater Dei após a implantação da Auditoria in loco nas unidades de internação.

Período comparativo entre o 2º semestre de 2012 e 1º semestre 2013.

CICLO OPERACIONAL GERAL HOSPITAL MATER DEI MÉDIA 2º SEM/2012

MÉDIA 1º SEM/2013

GIRO DE ESTOQUE

14

15

PRÉ FATURAMENTO

9

8

AUDITORIA

9

9

FATURAMENTO

2

3

REMESSA

1

1

ENVIO CONVÊNIO

6

6

RECEBIMENTO

40

39

PAGAMENTO

66

67

TOTAL

81

80

Fonte: Setor de Custos do Hospital Mater Dei

CONCLUSÃO A auditoria diária nas unidades de pacientes de alta complexidade possibilitou redução significativa do Ciclo Operacional, o que reduziu o tempo entre a compra da matéria-prima até o recebimento por parte das fontes pagadoras (Ciclo Operacional Geral do Hospital).

^ BIBLIOGRÁFICAS REFERENCIAS

C iclo - 2º Semestre 2012 6

Meta

1 ºS e m /2 0 13

3, 96

Fo n te : In te r act - vis to e m 14/08/13

A auditoria diária nos prontuários é realizada nos setores de maior criticidade do hospital, que são unidades de pacientes de alta complexidade, Unidade de Terapia Intensiva e Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. No segundo semestre de 2012, o resultado do indicador de Ciclo Operacional acumulado foi de 3,96 dias (gráfico 1) e a meta era de 3 dias. A partir do não alcance da meta, detectou-se que o prontuário auditado no momento da alta apresentava maior complexidade para correções. Embasados nesta premissa passou-se a auditar diariamente o prontuário, conferindo materiais, medica-mentos, gases e hemoterapia, na própria unidade de internação. Com isso, apurouse que na alta do paciente o prontuário estava totalmente auditado, completo e correto. Minimizando assim, o tempo de liberação da conta para cobrança nas fontes pagadoras. A efetividade desse processo é visualizada na redução do ciclo do primeiro semestre de 2013, que ficou em 1,29 dias (gráfico 2), apresentando redução de 67,42% em relação ao período anterior (gráfico 3). A redução do tempo de análise dos prontuários influenciou positivamente na redução do tempo de recebimento por parte das fontes pagadoras. Isso porque o Ciclo Operacional Geral do Hospital Mater Dei que no semestre de 2012 apresentava resultado de 81 dias, reduziu no primeiro semestre de 2013 para 80 dias (tabela 01).

0

2 º S em /20 1 2

A n te s da im pla nt aç ã o do pro c es s o

RESULTADOS

3

R e su ltad o d a a u d ito ria in loc o C ic lo Op e ra cio n a l

M E T A : 3 D I AS

Trata-se de pesquisa quantitativa com análise de dados do Ciclo Operacional. Os dados foram disponibilizados pelos setores de Pré Auditoria de Contas e Custos Estratégicos do Hospital Mater Dei no período de Janeiro a Junho de 2013.

3

Acumulado 1º sem 2013

GRÁFICO 3 – Redução do Ciclo Operacional após a implantação da auditoria in loco nas unidades de internação – Comparativo entre o 2º semestre de 2012 e 1º semestre 2013.

MATERIAL E MÉTODOS

3

1,21

0,77

0,7

Fonte : Inte ract - vis to em 14/08/13

OBJETIVO

4

1,96

Maio

1,36

Abril

1,39

Março

1,08

Fevereiro

3

3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0

Janeiro

A necessidade de redução do Ciclo Operacional, que é o tempo entre a realização do evento até sua liberação para faturamento, representa um grande desafio para as instituições hospitalares. Para atingir tal meta, há necessidade constante de melhoria no fluxo de liberação de documentos para que ocorra redução do tempo de fechamento da conta hospitalar. O intuito desse estudo é mostrar como a implantação da análise diária da conta hospitalar nas unidades de internação influencia na redução do Ciclo Operacional do hospital, o que reduz o tempo entre a compra da matériaprima até o recebimento por parte das fontes pagadoras.

GRÁFICO 2 – Ciclo Operacional após a implantação da auditoria in loco nas unidades de internação – 1º semestre 2013.

Meta

INTRODUÇÃO

Novembro Dezembro Acumulado 2º sem 2012 Fonte: Inte ract - visto e m 14/08/13

DI AUGUSTINI, Carlos Alberto. Capital de Giro: análise das alternativas fontes de financiamento. São Paulo: Atlas, 1999.

MELLO, SILVA, TURRIONI, SOUZA; ISO 9001:2008 Sistema de Gestão da Qualidade para Operações de Produção e Serviços. São Paulo: Editora Atlas, 2009. 152p.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem básica e gerencial. São Paulo: Atlas, 2003.

MARION, JOSÉ CARLOS. Contabilidade Empresarial. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2003.

1 Superintendente de Contas Hospitalares - Hospital Mater Dei | 2 Gestora da Pré Auditoria de Contas - Hospital Mater Dei | 3 Vice-Presidente Administrativa Financeira e ComercialHospital Mater Dei | 4 Coordenadora Geral de Enfermagem - Hospital Mater Dei | 5 Coordenadora de Enfermagem do bloco 1 - Hospital Mater Dei

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GESTÃO EM SAÚDE

Avaliação da qualidade do processo de classificação de risco em serviço de urgência e emergência

2013

¹ Berni PR; ² Monteiro NLC; 3 Fernandes DS; 4 Freitas APB; 5Chaves SR; 6Geo MS; 7Oliveira SML; 8Lima PFC

INTRODUÇÃO

TOTAL DE ERROS IDENTIFICADOS NA AMOSTRAGEM DE ACORDO COM O PROTOCOLO AVALIADO

O acolhimento com Classificação de risco é ferramenta indispensável para organização dos serviços de urgência e a validação e avaliação de eficácia do processo é uma prerrogativa da legislação, entidades acreditadoras e literatura em geral.

OBJETIVO Avaliar concordância pela medida de Kappa entre o protocolo TISS 28 e validação da eficácia da Classificação de risco do protocolo institucional.

MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo e analítico. Para descrever a intensidade de concordância entre os métodos de classificação avaliados (TISS 28 e Protocolo institucional) foi realizado teste de Kappa aplicado aos valores e resultados obtidos pela análise de eficácia da amostragem aleatória de 5% dos pacientes Classificados no mês de abril, totalizando 333 avaliações.

RESULTADOS O processo de validação permitiu a identificação de um taxa de concordância total pelo Teste de Kappa de 89%. Para os pacientes classificados como verde e amarelo o resultado obtido foi de concordância substancial, na categoria vermelha houve concordância perfeita. Este valor é condizente com as descrições da literatura a cerca de validação e preditividade de risco dos protocolos de classificação. Além disso, os resultados apontaram importantes pontos de melhoria do protocolo de classificação e a necessidade de implementação de processos operacionais.

TISS 28

SACR - HMD

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33

34

35

36

37

38

CONCLUSÃO Conclui-se que a validação do processo de classificação de risco através da comparação com uma escala de gravidade de pacientes é uma ferramenta que aumenta a confiabilidade do processo possibilitando a manutenção da qualidade e a minimização dos riscos assistenciais. ^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 ABREMGE – MG – Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional Minas Gerais. Médicos Cogitam Abandonar Planos. Disponível em: http://www.abramgemg.com.br/noticia.php?id=244 Acessado em: 30 de outubro de 2012.

2 ELIAS, A.G.P.; MATSUO, T.; CARDOSO, L.T.Q.; GRIORI, M.C. Aplicação do Sistema de Pontuação de Intervenções Terapêuticas (TISS 28) em Unidade de Terapia Intensiva para Avaliação da Gravidade do Paciente. Revista Latino Americana de Enfermagem, maio-jun., 2006. 14(3): 324-9. Disponível em: <<http: www.eerp.usp.br/rlac>> . Acesso em: 20 de outubro de 2012.

1

Patricia Ricieri Berni – Coordenadora de Enfermagem do PS/Enfer-

meira do Código Azul e Amarelo 2 Natalia Las Cazas Monteiro – Enfermeira Supervisora do PS/Enfermeira do Código Azul e Amarelo Daniel dos Santos Fernandes – Enfermeiro Supervisor do PS 4 Alana Patricia Bessa de Freitas – Especializanda de Enfermagem do OS 5 Sandro Rodrigues Chaves – Diretor Técnico 6 Márcia Salvador Géo – Vice Presidente Assistencial Operacional 7 Solange Maria Lobo de Oliveira – Superintendente 8 Patrícia Faria Carvalho Lima – Gerente do Pronto-socorro 3

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2013

Avaliação e Acompanhamento do Estado Nutricional de Pacientes Internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Mater Dei Renault LPL¹, Bicalho FS², Salvador JHD³ ¹Lêda Pinto Lúcio Renault – Coordenadora do Serviço de Nutrição - Hospital Mater Dei | ²Flávia Soares Bicalho – Nutricionista - Hospital Materdei S/A | ³José Henrique Dias Salvador – Gerente Administrativo - Hospital Materdei S/A

INTRODUÇÃO Estudos revelam que a prevalência da desnutrição em crianças hospitalizadas está em torno de 50%, acarretando em consequências graves como retardo do crescimento e aumento da predisposição à infeccções. Diante deste cenário conclui-se a importância da atuação precoce da nutrição na avaliação e acompanhamento do estado nutricional destes pacientes, tendo como base a via de acesso da dieta e os níveis de assistência já que este propicia otimização de tempo e maior qualidade assistencial.

GRÁFICO 3: Classificação do estado nutricional do total de pacientes avaliados em uso da TNE.

Classificação do Estado Nutricional - TNE Eutrófico Desnutridos

44%

56%

OBJETIVO Elaborar protocolos de avaliação e acompanhamento do estado nutricional destes pacientes possibilitando o diagnóstico precoce de desnutrição.

MATERIAL E MÉTODOS Primeiro, elaborou-se quatro protocolos de avaliação e acompanhamento para os pacientes de acordo com as faixas etárias (ano) em uso de Terapia Nutricional Oral (TNO) sendo de 0-4, 5-10 e 11-17 e um para Terapia nutricional Enteral (TNE), tendo como base: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Xavier e cols J Pediatria, 1995; Segundo, definiu-se que estes pacientes deveriam ser avaliados em até 24 horas de sua internação; Depois, de acordo com os níveis de assistência em TNO, pacientes amarelos e vermelhos (risco e/ou desnutrição) e pacientes em TNE são acompanhados efetivamente até a alta.

Em relação à TNO, 29 (100%) foram avaliados e classificados como eutróficos não necessitando de acompanhamento efetivo até o momento da alta.

GRÁFICO 4: Classificação do estado nutricional do total de pacientes avaliados em uso da TNO.

Classificação do Estado Nutricional - TNO 0%

Eutrófico Desnutridos 100%

RESULTADOS Após rotina implantada em Ago/13, observou-se que 100% dos pacientes foram avaliados em até 24hs; 61 pacientes foram avaliados pela nutrição, sendo 32 em TNE e 29 em TNO. GRÁFICO 1: Total de pacientes avaliados na UTIP, estando este subdivido pela Terapia Nutricional Oral e Enteral.

Tipo de Terapia Nutricional Terapia Nutricional Oral 48%

Terapia Nutricional Enteral 52%

Dos 32 em TNE, 15 (78%) alcançaram suas necessidades durante a internação, apresentando boa aceitação da dieta e evolução gradativa da mesma; e em relação ao seu estado nutricional, 14 (44%) estavam desnutridos e 18 (56%) com o mesmo adequado/eutróficos.

46

GESTÃO EM SAÚDE

CONCLUSÃO A atuação da equipe multidisciplinar somada à implantação dos protocolos de avaliação e acompanhamento nutricional pediátrico proporcionaram uma atuação precoce e efetiva para os clientes internados na UTIP, minimizando as intolerâncias nutricionais e auxiliando na evolução do desenvolvimento dos pacientes através de uma avaliação nutricional personalizada e individualizada

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) DORNELAS, C.T.L.; SILVEIRA, C.; CRUZ, L.B; REFOSCO, L. et al.Protocolo de atendimento e acompanhamento nutricional pediátrico por níveis assistenciais.

Serviço de Nutrição e Dietética – Pediatria, Hospital de Clínicas de Porto Alegre 2) Coppini LZ, Sampaio H, Marco D; Projeto Diretrizes - Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Recomendações Nutricionais para Crianças em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral; Agosto, 2011.

3) FREITAS, Brunnela Alcantara Chagas; LEÃO, Renata Teixeira et al.Terapia nutricional e sepse neonatal. Rev Bras Ter Intensiva. 2011; 23(4):492-498.

4) World Health Organizatiob. WHO Child Growth Standards: Length/height-forage, weight-forage, weight-for-length, weight-for-height and body mass índex-forage. Methods and development WHO (nonserial publication). Geneva.Switzerland: WHO,2006.

Centro de Formação de Enfermagem no Hospital Mater Dei: um processo para alavancar resultados

2013

Ricaldoni CAC1, Fontes JB2, Santos T3, Silva HMS4, Geo MS5 1

2

Carlos Alberto Caciquinho Ricaldoni – Coordenador do Centro de Formação Institucional do Hospital Mater Dei. | Junia Braga Fontes – Gerente de Enfermagem 3

4

Hospital Mater Dei. | Telma Santos – Gerente de Recursos Humanos Hospital Mater Dei. | Henrique Moraes Salvador Silva – Presidente do Hospital Mater Dei. | 5

Marcia Salvador Géo – Vice Presidente Assistencial Operacional e Diretoria Clínica do Hospital Mater Dei.

INTRODUÇÃO A escassez e a má qualidade da formação do profissional técnico de enfermagem para o mercado de trabalho é cada vez mais expressivo nos grandes centros, em especial Belo Horizonte. Este déficit do mercado refletia no aumento do tempo de contratação, impactando no indicador de satisfação do cliente externo (ISCE), indicador de Turn over (ITO) e indicador de absenteísmo (IABS). Foi elaborada uma nova estratégia de captação, formação e retenção destes profissionais, com a criação do Centro de Formação Institucional (CFI) para Enfermagem. Este Centro busca a formação dos técnicos deste a fase inicial, até sua formação e inserção no quadro de funcionários da instituição.

Quanto ao indicador de média de tempo de contratação após o término do projeto o resultado foi de 17,5 para 1,3 dias úteis (Ago/13), apresentando uma redução de 92,57%. (Gráficos 3) GRÁFICO 3 – Média de tempo de contratação após o término do projeto (Dias úteis) – Jan a Ago/13

OBJETIVO Avaliar a efetividade da implantação do CFI buscando como referencia as metas dos ITO, ISCE, IABS e redução do tempo de contratação.

MÉTODOS O processo se inicia na seleção para estágio obrigatório com duração de 3 meses. O aluno participa previamente de uma capacitação para alinhamento da missão, filosofia e procedimentos. Após este período são avaliados e os aprovados passam a ser estagiários, na classificação de estagio não obrigatório, por mais 3 meses, quando são novamente avaliados e encaminhados para o CFI . Neste local é realizado um curso preparatório intensivo durante 30 dias, sendo neste período definido as contratações baseado nas vagas e nas avaliações do perfil de cada um.

O indicador de Turn over registra redução de 30,7% comparando Ago e Jun/13. Tivemos 73 funcionários contratados vindo deste projeto o que corresponde atualmente a 100% das vagas preenchidas. (Gráfico 4) GRÁFICO 4 – Turn over – Média Enfermagem – Jan a Ago/13

RESULTADOS Após 8 meses do inicio do projeto foi avaliado e o resultado do índice de Satisfação do cliente externo - Excelente teve variação de 5,19% com média da Enfermagem 81% (Ago/13). (Gráfico 1) GRÁFICO 1 – Satisfação do Externo quesito excelente – Média Enfermagem – Jan a Ago/2013

CONCLUSÃO Observa-se uma maior aderência destes profissionais ao perfil da instituição, bem como a rápida disponibilidade do profissional com formação adequada para as vagas disponíveis para contratação.

Refletindo na melhoria dos indicadores.

O indicador de absenteísmo teve variação de -14,49% atingindo a meta de 1,77 (Ago/13), sendo que dos 14 setores que tiveram funcionários vindos do projeto, 12 apresentaram melhora. (Gráfico 2)

GRÁFICO 2 – Absenteísmo Geral – Jan a Ago/2013

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégia de ensino-aprendizagem.

Petrópolis: Editora Vozes, 2004. 312 p.

BRIONES, S. M. Formación de recursos humanos em salud: una mirada pedagógica. Desafios (Rosário); 1(4): 20-25, dic. 1999.

COSTA, V.G.; Ricaldoni, C.A.C. Gestão de Pessoas e Capacitação. In: Couto, R.C.; Pedrosa, T.M.G. Hospital: Acreditação e Gestão em Saúde. 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007, p. 161-77.

DAVINI, M. C. Educación permanente en salud. Washington: Organização Panmericana de La Salud , 1995. 120 p.

GADOTTI, M. Perspectiva Atuais da Educação. São Paulo: São Paulo em Perspectiva, v. 14, n. 2, p.12, abr./jun. 2000.

HADDAD Q. J.; ROSCHKE, M. A. C.; DAVINI, M. C. Educacion Permanente de Personal de Salud. Washington: OPS, 1994. 274 p.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2013

Conciliação Medicamentosa e risco no uso de medicamentos à admissão hospitalar Tavares PC1, Miranda NC2, Amaral EM3, Martins SR4, Chaves SR5, Lígório MNS6, Geo MS7

INTRODUÇÃO Conciliação medicamentosa - CM é o processo que verifica o uso de medicamentos, identifica divergências e corrige os erros de medicação nos momentos de transição da assistência prestada. As divergências entre os medicamentos em uso em domicílio antes da internação hospitalar e aqueles relatados no momento da admissão 1 são de 30 a 70% . As principais intercorrências são informações incorretas ou incompletas sobre os medicamentos utilizados, como omissão de dose, posologias e doses diferentes, duplicidades terapêuticas2,3. Estas comprometem a segurança do paciente.

Destes, 48,8% dos pacientes necessitaram de intervenção. Foram realizadas 358 intervenções com a equipe médica (média de 59,6 intervenções/mês, ou 1 intervenção para cada 2,05 pacientes acompanhados). 22,9% das intervenções foram consideradas graves, com notificação através de NEA. Foram registradas 82 NEAs no período (média de 13,7 NEAs/mês, ou 1 NEA para cada 11,2 pacientes acompanhados).

GRÁFICO 2 – N° total de Intervenções realizadas pela Farmácia Clínica, escalonadas conforme sua gravidade, no 1º semestre 2013.

Perfil das Intervenções realizadas pela CM - 1° Sem 2013.

OBJETIVO

120 100 80

Realizar levantamento farmacoepidemiológico dos acompanhamentos realizados pelo processo de CM em Hospital.

RESULTADOS Em novembro e dezembro/2012 foi realizado um projeto piloto para validar a metodologia utilizada. Neste período foi realizada uma divulgação da CM. No 1° semestre/2013 foram acompanhados 734 pacientes (média de 122,3 pacientes/mês).

GRÁFICO 1 – N° de pacientes acompanhados presencialmente pela Farmácia Clínica através da atividade de CM no 1º semestre 2013.

AI O

IL

JU N H O

M

R ÇO

BR A

M A

VE FE

JA N

R EI R O

Intervenções

EI R O

MATERIAL E MÉTODOS Grupo de risco: pacientes na internação acima de 60 anos em uso de medicamentos, e abaixo de 60 anos em uso de mais de 3 medicamentos e/ou uso de medicamentos controlados, com estimativa de internação hospitalar superior a 3 dias úteis. Estes recebem acompanhamento presencial, avaliando os medicamentos presentes no quarto quanto sua rastreabilidade, condições de armazenamento, validade e adequação da prescrição médica. Em casos de risco medicamentoso faz-se uma intervenção junto à equipe multidisciplinar. Em casos graves, além da intervenção é realizada uma Notificação de Evento Assistencial - NEA. Trata-se de um estudo quantitativo, analítico, descritivo, observacional e retrospectivo, para avaliar a CM no 1° semestre/2013.

Intervenções Graves, com abertura de NEA

60 40 20 0

CONCLUSÃO O hospital deve contar com uma equipe multidisciplinar para realização da CM, juntamente com os pacientes. A CM é eficiente na redução das divergências encontradas entre as prescrições hospitalares e os medicamentos utilizados em casa, sendo essencial ao uso racional de medicamentos, com impacto na prevenção de eventos adversos.

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Cornish, PL; et al. Unintended medication discrepancies at the time of hospital admission. Arch Intern Med, 2005.

2) Van Walraven, C J; et al. Continuity of care and patient outcomes after hospital discharge. Gen Intern 2004.

3) Foster AJ et al. Adverse Drug Events Occurring Following Hospital Discharge.

Ann Intern Med, 2003.

N° Pacientes acompanhados pela FAR CLIN na Conciliação Medicamentosa - 1° SEM 2013 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0

1

JU N H O

IO M A

IL BR A

RÇ O A M

R O

GESTÃO EM SAÚDE

FE VE R EI R O

3

JA N EI

48

Paula Costa Tavares – Farmacêutica Responsável Técnica – Hospital Mater Dei Natália Miranda Corrêa – Farmacêutica Trainee – Hospital Mater Dei Erika Maria do Amaral – Farmacêutica Responsável Técnica Substituta – Hospital Mater Dei 4 Stella Rezende Martins – Farmacêutica Assistencial – Hospital Mater Dei 5 Dr. Sandro Rodrigues Chaves – Diretor Técnico – Hospital Mater Dei 6 Maria Norma Salvador Ligório – Vice Presidente Administrativo, Financeiro e Comercial– Hospital Mater Dei. 7 Márcia Salvador Géo – Vice Presidente Operacional e Assistencial – Hospital Mater Dei 2

Impacto da auditoria clínica sobre a taxa de adequação da tromboprofilaxia em pacientes clínicos hospitalizados

2013

Penna JT¹, Soares TH², Pena CFBV³, Nicácio FA4, Pinto RZA5, Cruz PF6, 8 9 10 11 12 Marques L , Santos FA , Martins SR , Chaves SR , Silva HMS .

INTRODUÇÃO

RESULTADOS

O tromboembolismo venoso (TEV) é a principal causa prevenível de morte hospitalar. A tromboprofilaxia é indicada por evidências científicas e princípios sólidos.

Diversos métodos para alcançar melhores resultados têm sido propostos, porém com baixa adesão.

Foram analisados 602 prontuários e incluídos 399 pacientes (66%). A taxa de adequação trimestral foi de 90/100 (90%), 96/103 (93%), 99/107 (92%) e 81/89 (91%). A taxa total de adequação foi de 366/399 (91%).

Os resultados representam adesão superior às referências da literatura.

OBJETIVO Avaliar o papel da auditoria clínica na adequação da profilaxia de TEV intra-hospitalar.

MATERIAL E MÉTODOS Estudo de coorte concorrente unicêntrico de janeiro a dezembro de 2012. Foi constituída uma comissão multiprofissional de tromboprofilaxia e em reuniões com as clínicas médicas e com a enfermagem foram desenvolvidos protocolos. Foi definida meta de 80% de adequação de profilaxia com as clínicas médicas. Todos os pacientes clínicos hospitalizados foram avaliados no momento da internação e classificados em baixo ou alto risco de TEV conforme modelo adaptado do Projeto Diretrizes da AMB/CFM/ACCP. Foram elegíveis para o estudo, pacientes internados para a clínica médica, cardiologia e geriatria e excluídos pacientes do CTI, Hospital Dia, com diagnóstico de TEV à internação, em uso de anticoagulantes ou com permanência inferior a 48 horas. Os prontuários foram analisados trimestralmente, de forma transversal, e foi avaliada a taxa de adequação da droga e dosagem utilizadas de acordo com a classificação de risco e com os protocolos elaborados. O percentual de pacientes elegíveis recebendo profilaxia adequada foi utilizado como indicador de qualidade. Os resultados foram revisados, trimestralmente, conjuntamente pelas equipes clínicas e Alta Direção, na Gestão de Corpo Clínico.

CONCLUSÃO O apoio institucional, a constituição de comissão interdisciplinar de tromboprofilaxia, o desenvolvimento pactuado de protocolos, o estabelecimento de metas e a auditoria contínua com apresentação e discussão dos resultados são métodos eficazes na adequação de prevenção do TEV. ^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Kahn SR, Lim W, Dunn AS, et al. Prevention of VTE in nonsurgical patients: antithrombotic therapy and prevention of thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians evidence-based clinical practice guidelines. Chest.

2012;141(2)(suppl)e195S-e226S. Dobromirkim, Cohen at.How I manage venous Thromboembolism risk in hospitalized medical patients. Blood 2012;120:156

Cordenador Clínica Médica 1¹, Médico Clínica Médica 12, Enfermeira Diretoria Técnica³, Coordenadora de Enfermagem4, Médico Ortopedista5, Médico Hematologista6, Médica 8 9 10 11 12 Cardiologista ,Médico Cirurgião Geral , Farmacêutica , Diretor Técnico , Presidente .

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2013

Impacto da higienização das mãos por profissionais de saúde na avaliação positiva do programa de controle de infecção hospitalar pelos clientes Ricardo SB¹, Rocha RF², Belo LCC³, Alves CGR4,Chaves SR5, Geo Ms6 3,4

5

Gerente do SECIH¹, Médico infectologista², Enfermeiras SECIH , Diretor Técnico , Vice Presidente Operacional e Assistencial

OBJETIVO O objetivo principal deste trabalho foi aumentar a adesão da enfermagem e equipes médicas à HM utilizando como ferramenta de estímulo o resultado da avaliação dos pacientes/ clientes.

Secundariamente, o objetivo foi melhorar a percepção dos pacientes/clientes sobre a importância dada à HM na Instituição como forma de tornar tangível a política de prevenção de infecção.

MÉTODOS No formulário de pesquisa de satisfação do pacientes/clientes à alta hospitalar foram discriminadas perguntas relativas a adesão à HM pelas equipes médicas e enfermagem. As , respostas foram categorizadas como excelente’, ‘bom’, ‘regular’ ou ‘ruim’. Foram criados indicadores para mensurar o % de ‘excelente’/número de avaliações preenchidas e incluídos no Planejamento Estratégico do Corpo Clínico e Enfermagem, com meta 73%. Os resultados foram divulgados mensalmente no sistema de gestão da qualidade, discriminados por unidade e por clínica, e analisados pelos responsáveis. As capacitações e campanhas educativas foram mantidas na mesma frequência dos semestres anteriores.

30% 23%

25%

20% 21%

26% 18%

15% 16%

11%

9%

12%

A percepção geral e setorial dos clientes/ pacientes sobre as práticas de prevenção de infecção da Instituição correlacionou-se positivamente com o aumento da adesão à HM pelos profissionais de saúde. A taxa inicial de 70% de excelente, persistentemente abaixo da meta, alcançou 77% no décimo segundo mês de acompanhamento. O aumento foi gradual, com média de 72% no primeiro e 75% no segundo semestre do estudo.

GRÁFICO 3 – Percentual de avaliação “excelente” na percepção geral dos pacientes/ clientes com as práticas de prevenção de infecção – julho/2012 a junho/2013

77% 74% 71% 70%

73% 72%

77%

75% 73%

73%

74%

75%

ju

Em 2014, a Rede Mater Dei foi vencedora do 1º Prêmio Latino-americano de Excelência e Inovação em Higienização das mãos, promovido pela OMS (Sabia mais na pág. 91)

GRÁFICO 2 – Diferença percentual entre a maior e a menor taxa de adesão à HM percebida pelo paciente/cliente nas UIN – julho/2012 a junho/2013

l/1 2 ag o/ 12 se t/ 12 ou t/ 12 no v/ 12 de z/ 12 ja n/ 13 fe v/ 13 m ar /1 ab 3 r/ 13 m ai /1 3 ju n/ 13

INTRODUÇÃO A higienização das mãos (HM) pelos profissionais de saúde é considerada a medida isolada mais efetiva para prevenir infecção relacionada a assistência1-3. Apesar das diversas recomendações e evidências do impacto positivo, a taxa geral de adesão em diversas publicações é cerca de 40%4. Monitorar a adesão e dar feedback aos profissionais de saúde é uma em estratégia fundamental, tendo sido empregados diversos métodos para sua mensuração. A observação direta por um observador treinado é considera padrão-ouro3, mas é trabalhosa e possui limitações práticas.

Por sua vez, as práticas de prevenção de infecção baseadas em evidências, adotadas pelas Instituições, nem sempre são perceptíveis ou favoravelmente avaliadas pelos clientes/ pacientes, apesar da sua efetividade documentada.

6

RESULTADOS Entre julho/2012 e junho/2013 foram realizadas 11.103 avaliações de clientes/pacientes, com uma média de 84 avaliações por Unidade de Internação (UIN) por mês. A média e a mediana da taxa de adesão à HM pela equipe de enfermagem teve um aumento geral de 6% no período (75% x 81%), com melhoria em todas as onze UIN do hospital e uniformização dos resultados. (Gráfico 1). Quatro UIN contribuíram mais intensamente para o resultado final, reduzindo a diferença inicial de 23% para 12% entre a melhora e a pior unidade avaliada (Gráfico 2). A taxa de adesão dos médicos acompanhou o desempenho da enfermagem, com aumento médio de 4% (77% x 81%) para todas as clínicas (Gráfico 1). Entretanto, o consumo de álcool gel em L/1000 paciente-dia manteve-se estável no período, com média e mediana global de 18 e 17 litros, respectivamente.

A adesão à higienização pelos profissionais de saúde, avaliada pelo paciente/ cliente, aumentou significativamente na Instituição após a inclusão de indicadores específicos para as UIN e equipes médicas, inseridos no campo da segurança assistencial. A divulgação dos resultados estimulou o compartilhamento interno das melhores práticas e teve impacto positivo na percepção geral dos pacientes/ clientes com as práticas de prevenção de infecção. Como não houve aumento da densidade de consumo de álcool, é possível que o destaque dado pelos profissionais à HM durante a assistência tenha contribuído com o resultado.

GRÁFICO 1 – Evolução temporal e comparação entre as taxas de adesão geral e dos profissionais de saúde à HM, avaliada pelo paciente/cliente – julho/2012 a junho/2013

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Médicos 86% 84% 82% 80% 78% 76% 74% 72% 70%

50

GESTÃO EM SAÚDE

Enfermagem

Geral

Linear (Geral)

CONCLUSÃO

1) CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION – Guideline for Hand Hygiene in Healthcare Settings, 2002 2) Boyce JM. Measuring healthcare worker hand hygiene activity: current practices and emerging technologies. Infect. Control Hosp. Epidemiol. 2011 Oct; 32(10):1016-28.

3) Yves Longtin, M.D., Hugo Sax, M.D., Benedetta Allegranzi, et. al. Hand Hygiene. New England Journal of Medicine. 2011;364:e24.

Impacto da utilização do sistema de mensagens instantâneas na melhoria da assistência multidisciplinar no paciente crítico cirúrgico.

2013

¹Macedo AVS,²Ornelas CE, ³Pena HPM, 4Lacerda RC, 5Junior MAMA, 6 7 8 9 Martins M, Botinha R, Reis FR, Menezes G

INTRODUÇÃO

CONCLUSÃO

Nas últimas décadas, observamos grandes avanços nos cuidados ao paciente critico, principalmente, naqueles submetidos à cirurgia cardíaca. Em paralelo aos avanços nas técnicas cirúrgicas e anestésicas, grande parte das medidas de maior impacto nestes resultados favoráveis, se deve a melhoria nas práticas de assistências, como a elaboração de check list, ampliação e valorização do trabalho da equipe multidisciplinar, envolvida no cuidado direto ao paciente crítico cardiovascular.

A adoção da tecnologia de mensagens instantâneas em grupo, melhora a eficácia da comunicação entre equipes multidisciplinares no cenário do doente critico, em que, a agilidade e rapidez na solução dos problemas, é essencial para o alinhamento das estratégias de tratamento e assistência entre as equipes que assistem o paciente.

Neste cenário, a agilidade com que as informações relacionadas ao paciente são passadas a toda a equipe envolvida na assistência e, principalmente, a resolutividade imediata da orientação à distância, em tempo real, na condução dos problemas, se tornam potencial ferramenta nova, indispensável para o cumprimento das metas do trabalho em equipe.

Com os avanços da tecnologia da telefonia móvel e universalidade de sua aquisição, a comunicação, via mensagens de texto, através de rede social dedicada, pode se mostrar como um meio eficaz de transmissão de informações, com agilidade, rapidez e eficiência.

OBJETIVO Demonstrar como a troca de informações de maneira rápida e efetiva, em tempo real, entre os membros de uma equipe multidisciplinar, envolvida no cuidado ao paciente critica cirúrgico cardiovascular, pode impactar, de maneira positiva, com melhora, significativa, na qualidade da assistência ao paciente.

MATERIAL E MÉTODOS Todos os membros da equipe de terapia intensiva cardiovascular (CTICV) do Hospital Mater Dei envolvida no cuidado ao paciente cirúrgico, foram incluídos em um grupo de troca de mensagens pelo aplicativo “Whatsapp”. A partir da marcação da cirurgia cardíaca, toda a equipe é avisada, pelo celular, e assim, é desencadeado um check list de cuidados pré-operatórios, com a visita de fisioterapia e anestesia pré cirúrgica, visita médica com conferência de exames, atualização dados clínicos e laboratoriais, reserva de leito no cti, confirmação da vaga no centro cirúrgico, sendo todas as informações atualizadas de maneira instantânea para todo o grupo. O inicio e término da cirurgia e a evolução pós operatória imediata é compartilhada a todos da equipe em tempo real.

RESULTADOS Em dois meses de utilização do grupo, houve redução das taxas de eventos adversos, redução no tempo de IOT e do tempo de internação no CTI.

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Cardiac Surgical ICU Care: Eliminating''Preventable'' ComplicationsJay G. Shake, M.D.,* Peter J. Pronovost, M.D., Ph.D.,y and Glenn J. R. Whitman, M.DJ Card Surg 2013-1-8

¹Ariane Vieira Scarlatelli Macedo - Coordenadora Médica Unidade Cardiovascular CTI - Coordenadora Médica Ambulatório - Cardio-oncologia | 2Carlos Eduardo Ornelas - Coordenador Médico Unidade Cardiovascular - CTI|3Henrique Patrus Mundim Pena - Coordenador Médico da Cardiologia - PS | 4Rita de Cássia Lacerda Coordenadora Médica dos Especializandos - Cardiologia - Coordenadora Médica Ambulatório - Cardio-oncologia | 5Marcos Magalhaes Andrade Junior - Coordenador Médico do Deptº. de Cardiologia - Coordenador Médico do CTI | 6Michele Martins Enfermeira Unidade Cardiovascular - CTI | 7Regina Botinha - Fisioterapeuta | 8 Fernando Roquete Reis - Coordenador da Cirurgia Cardiovascular | 9Giovanni Menezes - Anestesiologista

REDE MATER DEI DE SAÚDE

51

2013

O envelhecimento e a reinternação hospitalar

E

ER DEI DE MAT SA ÚD DE RE

CORREA, MFC1; COSTA, RSM2, BONELLI, TS3; CHAVES, SR4

TRABALHO PREMIADO CO N A H P

Gerente do Setor de Padronização e Garantia da Qualidade1 | Coordenadora Economia da Saúde2 Diretora Comercial3 | DiretorTécnico4

INTRODUÇÃO

CONCLUSÃO (1)

A população brasileira vivencia hoje o envelhecimento populacional . É sabido que o envelhecimento populacional e sua consequente mudança do perfil epidemiológico aumentam a demanda e os custos do sistema de saúde (7,10,11). Entre os indivíduos que são reinternados, os idosos representam a maior proporção em relação aos outros grupos etários (9).

OBJETIVO Conhecer os fatores que impactam na reinternação hospitalar dos idosos no Hospital Mater Dei.

MATERIAL E MÉTODOS Foram levantadas 5.341 internações hospitalares de idosos no período de um ano (maio/2012 a maio/2013). As análises dos dados foram realizadas no pacote estatístico STATA – Data Analysis and Statistical Software. Para verificar a chance de reinternação hospitalar foram utilizados modelos de regressão logística multivariada.

RESULTADOS Os resultados encontrados sugerem que vários fatores influenciam na ocorrência de uma ou mais reinternação entre os idosos. Dentre eles, 1.306 (24,45%) reinternaram pelo menos uma vez e 1.048 (19,62%) tiveram mais de uma reinternação, seja ela programada ou não programada. Em todas as situações, quanto maior a idade, maior é a chance de reinternação hospitalar. O sexo interfere apenas para a chance de uma única reinternação, na qual, homens apresentam maior chance do que as mulheres. Já em relação ao estado civil, idosos viúvos ou desquitados apresentam maior chance de reinternar uma ou mais vezes do que os casados, ao passo que, os solteiros apresentam menor chance. Quanto maior a permanência hospitalar, maior a chance de reinternação. O valor da conta hospitalar, que foi utilizada como uma proxy de complexidade do paciente idoso também mostrou-se significativo. A passagem pelo CTI só aumenta a chance de reinternar para a primeira reinternação e não para as demais. Por fim, também foi observado que o CID-10 influencia fortemente nos resultados, isto é, idosos que internam por neoplasias, doenças respiratórias, circulatórias e causas externas possuem chance aumentada de reinternarem.

TABELA 01– Resultados do modelo de regressão logística (OR) para análise do efeito das características apresentadas sobre a ocorrência de uma ou mais reinternação hospitalar entre os idosos no Hospital Mater Dei. VARIÁVEIS

Mulher Homem Idade Passagem pelo CTI Permanência hospitalar Valor da conta Casado Divorciado / Desquitado Viúvo Solteiro Constant Observations

REINTERNAÇÃO ÚNICA

MAIS DE UMA REINTERNAÇÃO

1.186*** 1.012*** 1.246*** 1.024*** 1.000*** 1.388*** 1.595*** 0.666*** 0.332*** 5.341

1.155 1.009* 1.077 1.021*** 1.000*** 1.809*** 1.337** 0.665* 0.367** 2.354

Fonte: HMD, 2013 Nota: *p-valor<0,01 **p-valor<0,05 ***p-valor<0,10

52

GESTÃO EM SAÚDE

Conhecer os fatores que impactam na reinternação hospitalar dos idosos é fundamental, a partir do momento que ela pode ser frequente, dispendiosa e, em alguns casos, um marcador de qualidade para a instituição hospitalar (1, 3,4,5,6,7,8,9,12). Saber os fatores que aumentam a chance de uma ou mais reinternação entre idosos possibilita identificar esses pacientes logo na admissão para uma melhor assistência e planejamento de alta, com consequente diminuição das reinternações hospitalares e maior disponibilidade de leitos hospitalares. Esse estudo permitiu a criação de um instrumento que sinaliza reinternações hospitalares logo na admissão do paciente, para que medidas efetivas sejam tomadas durante toda assistência ao paciente, assim como em sua alta hospitalar para que novas reinternações sejam evitadas.

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-ASHTON, C.,M., et al. The Association between the Quality of Inpatient Care and Early Readmission. Ann Intern Med. 122(6), p.415-421. 1995 2- CARVALHO, J. A. M.; GARCIA, R. A. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.19, n.3, p.725-733, jun., 2003.

3 -CLARKE, A. Are readmissions avoidable? BMJ. v.301, p.1136-1138. 1990.

4-FRANÇOIS, P., at al. Early readmission as an indicator of hospital quality of care. Rev Epidemiol Sante Publique. 49(2), p. 183-92. 2001.

5-HASAN, M. Readmission of patients to hospital: still ill defined and poorly understood. International Journal for Quality in Health Care. v.13,n.3,p.177179.2001.

6-HEGGESTAD, T. Do Hospital Length of Stay and Staffing Ratio Affect Elderly Patients’ Risk of Readmission? A Nation-wide Study of Norwegian Hospitals.

Health Services Research. 37:3. 2002.

7-LIMA-COSTA, M, F; FILHO, A, I, L; MATOS, D, L. Tendências nas condições de saúde e uso de serviços de saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (1998, 2003). Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro. v.23, n.10, p. 2467-2478, out, 2007.

8-MAURER, P., P.; BALLMER, P., E. Hospital readmissions – are they predictable and avoidable? SWISS MED WKLY. 134, p. 606–611. 2004.

9- MOREIRA, M., L. Readmissões nos Serviços Hospitalares no Brasil. 2010.

174f. Tese ( Doutorado em Medicina Preventiva)- Faculdade de Medicina de São Paulo, 2010.

10-VERAS, R. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso: revisão da literatura e aplicação de um instrumento de detecção precoce e de previsibilidade de agravos. Caderno de Saúde Pública. v.19, n.3, pag.705-715, mai./ jun, 2003.

11-VERAS, R; PARAHYBA, M, I. O anacronismo dos modelos assistenciais para os idosos na área da saúde: desafios para o setor privado. Caderno de Saúde Pública. v.23, n.10, p.2479-2489, out, 2007.

12- WEINBERGER, M., et al. Does increased access to primary care reduce hospital readmissions? The New England Journal of Medicine. v. 334, n.22, p.

1441-1447.1996. das.

O Impacto da gestão de eventos adversos na segurança do paciente

2013

Muniz FA¹, Chaves SR², Correa MFC³, Silva EM1, Geo MS4

INTRODUÇÃO Atualmente tem se discutido muito quanto à qualidade dos serviços de saúde voltados para a segurança do paciente.¹ Um estudo realizado com cinco países da America latina mostrou que 10,5% dos pacientes hospitalizados sofreram algum tipo de evento adverso, onde 58,9% destes eventos eram evitáveis. O estudo permitiu conhecer os problemas apresentados nestes países, dando apoio a cultura de melhoria continua que envolve a qualidade e a segurança do paciente.² Regulamentações recentes, publicadas pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, reforçam o quanto é importante trabalharmos com a melhoria contínua nos serviços de saúde ao que se refere a segurança do paciente.³ O Hospital Mater Dei conta hoje com um sistema automatizado de Notificação de Eventos Assistenciais – NEA, cuja finalidade é disseminar a cultura da segurança dentro da instituição. Através deste sistema são notificados Eventos Adversos e Quase Eventos, as notificações podem ser realizadas por qualquer profissional e estas são monitoradas diariamente pelo setor da qualidade. A partir desses registros é realizada a classificação dos eventos quanto à gravidade e definido junto as áreas envolvidas as ações de melhoria. Estas ações passam por um fluxo de aprovação, execução e verificação que permite a avaliação da efetividade no final do processo.

A partir das analises e discussões destas NEA's foram estabelecidos e revisados processos para melhoria da segurança dos pacientes, dentre eles os protocolos de Atendimento aos pacientes com AVC, Pneumonia Adquirida na Comunidade, Transição de cuidados entre as unidades assistenciais, Avaliação de riscos do pacientemultidisciplinar (queda, úlceras por pressão, alergias, TEV e uso de cateter) e Dupla checagem na administração de medicamentos.

Podemos citar ainda a padronização de materiais que servem como barreira na prevenção de eventos adversos (equipos, seringas e agulhas).

CONCLUSÃO A efetiva gestão das NEA's pautada na vigilância constante, na segurança da informação e com foco na melhoria contínua trouxe impacto positivo para a instituição com o envolvimento maior dos profissionais na prevenção de erros e complicações e a implantação de protocolos focados na melhoria continua e segurança do paciente.

Paciente seguro

OBJETIVO Mostrar a importância das notificações e os benefícios da gestão de eventos adversos na implementação de barreiras preventivas para a segurança do paciente.

MATERIAL E MÉTODOS Estudo descritivo das NEA's realizadas de jan/2012 à jun/2013 levantamento das principais barreiras implementadas a partir das análises e discussões das notificações.

RESULTADOS No período analisado foi realizada uma média de 320 notificações /mês, sendo que no 1° sem 2013 os principais tipos de eventos foram: falhas de comunicação no ambiente hospitalar (38%) uso de dispositivos para a saúde (21%), Exames (17%), Procedimentos Cirúrgicos (4%), Hemotransfusão (2%), Queda (2%), Úlcera por pressão (2%), Dieta (2%).

Notificações de EVENTOS ASSISTENCIAIS por tipo de evento-1º semestre de 2013 2%

4%

2%

2% 2%

Comunicação no ambiente hospitalar Uso de dispositivos para a saúde Exames Medicamentos

12%

38%

Úlcera de pressão

21%

1. MENDES, Walter; TRAVASSOS, Claudia; MARTINS, Mônica and MARQUES, Priscilla Mouta. Adaptação dos instrumentos de avaliação de eventos adversos para uso em hospitais brasileiros. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2008, vol.11, n.1, pp. 55-66. ISSN 1415-790X. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415790X200800010 0005. Acesso em: 05. ago. 2013.

2. Brasil. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Série Segurança do Paci-ente e Qualidade em Serviços de Saúde. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. 1° Ed. 2013 3. Brasil. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO - RE Nº 2.586, DE 25 DE JULHO DE 2013.

4. WACHTER, Robert M. Compreendendo a segurança do paciente. Ed. Artmed. 1° Ed. 2010

Procedimentos cirúrgicos Queda

17%

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dieta

Enfermeiras do Setor de Padronização e Garantia da Qualidade1, Diretor Técnico², Gerente do Setor de Padronização e Garantia da Qualidade³, Vice Presidente Assistencial e Operacional4

Hemotransfusão

REDE MATER DEI DE SAÚDE

53

2013

Pacientes em longa permanência Um Desafio às Instituições Hospitalares DIAS BF 1, OLIVEIRA KPSA 2, SCLEARUC EA 3, CHAVES SR 4, LIGÓRIO MNS 5

O crescente número de pacientes crônicos internados em longa permanência (> 15 dias) em instituições hospitalares, com a projeção de envelhecimento da população no Brasil representa um grande desafio para as redes de saúde suplementares. De acordo com Jacobzone (1999), os indivíduos vivem em média entre dois e quatro anos dependentes de cuidados mais intensivos no final de suas vidas. Porém, por falta de opções adequadas, alguns permanecem internados em hospitais por meses e até anos, por vezes abandonados pela família, ocupando leitos de alta complexidade que deveriam estar sendo utilizados para tratamento de casos graves e agudos.

Com isso, tem-se um aumento dos custos hospitalares, com conseqüentes prejuízos financeiros, além da ocupação de leitos operacionais.

anos o predomínio feminino justifica-se pela sua maior expectativa de vida. ( Anderson,1997) . (GRÁFICO 02)

GRÁFICO 02 – Internações em longa permanência de pacientes acima de 60 anos por gênero IN T E R N A Ç Õ E S E M L O N G A P E R M AN Ê N C IA P A C IE N T E S A C IM A D E 6 0 AN O S P O R G Ê N E R O 5 6 ,4 9

60

4 3 ,5 1

50 40 30 20 10 0

MA SCULINO

FEMININO F o n te : M V v is t o e m 16 .08.13

Palavras-chave: Desospitalização, Desinstitucionalização, Conta Hospitalar.

ABSTRACT The growing number of chronic patients hospitalized during long duration in Hospital Institutions, within the ascending of life expectation and the elderly age population in Brazil, results in a great challenge for all supplementary healthcare network. According Jacobzone (1999), in the last two to four years of their living lives over intensive care needs. However, due the lack of reasonable options, some patients stay hospitalized from months or even years, sometimes abandoned by his relatives, cared on high complexity hospital beds whose should be used to treat more cautious care cases. The propose of this research is to show the impacts of long durations patients hospitalization on the hospital beds management and hospital accounts at Mater Dei Hospital from January to April 2013.

Os resultados apontaram um crescimento das glosas em decorrência do aumento da permanência da internação. As internações até 30 dias representam glosas técnica com menor percentual comparado aos pacientes com maior permanência, mas devido ao maior número de pacientes apresentou valor representativo. (GRÁFICO 03)

GRÁFICO 03 – Glosas administrativas considerando número de pacientes e seu período de permanência em regime de internação.

G L O S AS AD M IN IS T R A T I V A S X P E R M AN Ê N C I A X N Ú M E R O D E P A C IE N T E S

V A L O R D A G LO S A

Keywords: De-hospitalization, De-institutionalization, Hospital Account.

OBJETIVO

1 8 .00 0 ,0 0

18

1 6 .00 0 ,0 0

16

1 4 .00 0 ,0 0

14

1 2 .00 0 ,0 0

12

1 0 .00 0 ,0 0

10

8 .00 0 ,0 0

8

6 .00 0 ,0 0

6

4 .00 0 ,0 0

4

2 .00 0 ,0 0

O objetivo geral deste estudo foi demonstrar o impacto das inter-nações de longa permanência de pacientes crônicos na instituição Hospital Mater Dei no gerenciamento de leitos e conta hospitalar.

0 ,0 0

N Ú M E R O D E P A C IE N T E S

INTRODUÇÃO

S ér ie 2 S ér ie 1

2 1 7 à 30 D ia s

31 à 4 5 D i as

46 à 70 D i as

1 0 0 a 20 0 A c i m a de D ia s 2 00 D ia s

0

PER ÍO DO D E IN T ERN A Ç Ã O

MÉTODOS

CONCLUSÃO

Foi utilizada para o universo desta pesquisa a abordagem quantitativa, explicativa com análise dos dados de glosas técnicas de 37 pacientes com internações de 15 à 487 dias com solicitações de desospitalização. Os dados foram disponibilizados nos setores de Diretoria técnica e Auditoria de Contas do Mater Dei em Belo Horizonte-MG no período de Janeiro a Abril de 2013.

A taxa de internação deste seguimento da população no Hospital Mater Dei é significativa, e esperada pelo envelhecimento populacional no país. A mudança dos paradigmas na internação de idosos no Hospital Mater Dei, é fundamental, e requer um trabalho de conscientização de todas as unidades assistenciais, e de educação, para não só a identificação dos idosos em maior risco, como também da necessidade de se sensibilizar os profissionais para as peculiaridades do paciente idoso e de suas especificidades. A atenção a conta hospitalar, os registros adequadamente realizados é fator determinante para a redução das glosas técnica relacionadas a estas internações.

RESULTADOS O número total de internações em longa permanência no Hospital Mater Dei durante o período do estudo foi de 328 pacientes. As clinicas de maior prevalência nas internações destes pacientes foram Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Cardiologia, Geriatria, Pediatria, Outros. (GRÁFICO 01) GRÁFICO 1 – Pacientes de longa permanência por especialidade clínica PACIEN T ES E M L ONGA PE RMANÊNCIA POR E SPECIA LIDADE C LINICA 30 25

2 4,71

20

21,0 3

19 ,51

15

1 6,16

4,2 6

5 0

OUTROS

GERIATRIA

CLINICA MÉDICA

PEDIATRIA

CARDIOLOGIA

CAMARANO, A. A; KANSO, S. Perspectivas de crescimento para a população brasileira: velhos e novos resultados. Rio de Janeiro: IPEA, 2009 (Texto para Discussão, n. 1.426).

ANDERSON, M. I. P. et al. Saúde e qualidade de vida na terceira idade. Textos sobre envelhecimento, v.1, n. 1, p. 23-43, nov. 1998.

14,3 3

10

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CIRURGIA GERAL

JACOBZONE, S. Ageing and care for frail elderly persons: an overview of international perspectives. Occasional Papers, Paris: OECD, Labour Market and Social Policy, n. 38, p. 18, Apr. 1999 RODRIGUES, V.A; PERROCA, M.G; JERICÓ, M.C. Glosas Hospitalares: importância das anotações de Enfermagem. Arq. Ciênc Saúde 2004 out-dez; 11(4):210-4

Fonte : MV visto e m 16.08 .13

De acordo com a faixa etária verificamos o número total de 213 pacientes maiores de 60 anos em internações que perfazem um percentual de 64,93% e 22 pacientes nas demais especialidades sendo então 181% acima de 60 anos. No período, houve 60 solicitações de desospitalização, destas 03 pacientes evoluíram a óbito antes da alta hospitalar.

Do total de internações em unidades de pacientes em longa permanência eram 148 mulheres (56,49%) e 114 homens (43,51%). Na faixa acima dos 80

54

GESTÃO EM SAÚDE

1 Bárbara Ferraz Dias – Enfermeira Coordenadora do Setor Auditoria de Contas Hospitalares – Hospital Mater Dei 2 Kenia Patrícia Sanches Alves de Oliveira – Enfermeira da Auditoria de Contas Hospitalares– Hospital Mater Dei 3 Dra. Elaine Aparecida Sclearuc – Superintendente de Contas Hospitalares – Hospital Mater Dei 4

Dr. Sandro Rodrigues Chaves – Diretor Técnico – Hospital Mater Dei

5

Dra. Maria Norma Salvador Ligório – Hospital Mater Dei

Percepção da qualidade do serviço do Hospital Mater Dei pela Escala SERVQUAL QUESTIONÁRIO PARA PACIENTES INTERNADOS

INTRODUÇÃO

PERCEPÇÃO DO CLIENTE INTERNADO

Avaliamos a percepção da qualidade dos serviços do Hospital Mater Dei pela escala SERVQUAL, desenvolvida por PARASURAMAN. A escala usa 5 dimensões percebidas pelo cliente: confiabilidade (cumprimento de horários), aspectos tangíveis, presteza, segurança e empatia. Utilizamos mais duas dimensões, comunicação e competência técnica, dos estudos iniciais dos autores. A escala é um comparativo da expectativa dos clientes com suas percepções.

ER DEI DE MAT SA ÚD DE RE

E

Pena CFBV¹, Chaves SR², Geo MS³ Enfermeira da Diretoria Técnica¹,Diretor Técnico², Vice Presidente Operacional e Assistencial³

2013 TRABALHO PREMIADO

Os médicos prestam atenção aos pacientes e seus acompanhantes, respondem suas dúvidas e ouvem suas sugestões e reclamações, dispensando tempo adequado para essas atividades.

Empatia

A enfermagem presta atenção aos pacientes e seus acompanhantes, respondem suas dúvidas e ouvem suas sugestões e reclamações, dispensando tempo adequado para essas atividades.

CO N A H P

Os colaboradores do Hospital têm boa vontade em ajudar seus pacientes.

Presteza Confiabilidade Comunicação

Os colaboradores do Hospital respondem prontamente às solicitações dos seus pacientes, mesmo quando estão muito ocupados.

O Hospital informa e executa os serviços no tempo prometido (ex: exames a realizar, administração das medicações, procedimentos e roupa de cama).

Os médicos comparecem para avaliação diária nos horários combinados sem atraso.

A equipe de saúde transmite informações suficientes (ex.: riscos inerentes ao tratamento, consentimentos informados, etc) aos pacientes e responsáveis de forma confiável e precisa.

O Hospital fornece os meios de diagnóstico e tratamento adequados para curar ou melhorar o problema de saúde dos seus pacientes.

Segurança

O Hospital aplica medidas adequadas para prevenção de infecção (infecção alvo zero).

O Hospital atende às necessidades de conforto físico dos seus pacientes (controle da dor/enjôo, higienização pessoal –troca de fraldas, curativos, banho).

Os colaboradores do Hospital têm treinamento e capacitação técnica para desempenhar o seu trabalho e transmitem segurança e confiança aos pacientes.

Competência

Tangível

O ambiente físico e as instalações do Hospital são limpos e agradáveis .

Os profissionais da equipe de saúde do Hospital médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia apresentam-se limpos e bem vestidos.

O Hospital possui boas condições para repouso, com barulho dentro dos limites adequados.

O Hospital tem equipamentos e mobiliários modernos.

QUESTIONÁRIOS PARA PACIENTES TRANSFERIDOS DO CTI E PRONTO SOCORRO PERCEPÇÃO DO CLIENTE TRANSFERIDO

1 2

FONTE: Parasuraman, A. ; Zeithaml, V.A. ; Berry, L.L. A conceptual modelo r service quality and its implications for future research. Journal of Marketing. V.49, (fall 1985), p.44.

3 4

Empatia Presteza Confiabilidade

5

OBJETIVO

6

Utilizar a escala SERVQUAL para orientar ações de melhoria na satisfação do cliente, identificando situações em que a expectativa não era atendida.

MATERIAL E MÉTODOS

QUESTIONÁRIO PARA PACIENTES CIRÚRGICOS PERCEPÇÃO DO CLIENTE CIRÚRGICO No centro cirúrgico, os médicos e os anestesistas prestam atenção aos pacientes e seus acompanhantes, respondem suas dúvidas e ouvem suas sugestões e reclamações, dispensando tempo adequado para essas atividades.

Empatia

No centro cirúrgico, a enfermagem presta atenção aos pacientes e seus acompanhantes, responde suas dúvidas e ouve suas sugestões e reclamações, dispensando tempo adequado para essas atividades.

No centro cirúrgico, os colaboradores do Hospital têm boa vontade em ajudar seus pacientes.

Presteza Confiabilidade Comunicação

No centro cirúrgico, os colaboradores do Hospital respondem prontamente às solicitações dos seus pacientes, mesmo quando estão muito ocupados.

O centro cirúrgico informa e executa os serviços no tempo prometido (início da cirurgia, tempo de espera, tempo de liberação para o apartamento ou alta).

A equipe de saúde transmite informações suficientes (ex.: riscos inerentes ao tratamento, consentimentos informados etc), durante a permanência no centro cirúrgico, de forma confiável e precisa.

A equipe de saúde realiza a conferência dos dados do paciente antes da cirurgia.

No centro cirúrgico, são aplicadas medidas adequadas para prevenção da infecção (infecção alvo zero).

Segurança

Durante a permanência na sala de recuperação pós-anestésica, o paciente recebe atenção e cuidado adequados da equipe de saúde.

Na sala de recuperação pós-anestésica, o paciente se sente confortável (controle dor/enjôo, temperatura adequada, resguardo, pudor).

No centro cirúrgico, as necessidades de retorno físico e psicológico dos pacientes são atendidas (controle de dor/enjôo, pudor, aquecimento, companhia).

Competência

No centro cirúrgico, os colaboradores têm treinamento e capacitação técnica para desempenhar o seu trabalho e transmitem segurança aos pacientes.

O ambiente físico e as instalações do centro cirúrgico são limpos e agradáveis.

Tangível

O centro cirúrgico apresentava-se com barulho (incluindo conversar entre a equipe de saúde) dentro dos limites adequados.

O centro cirúrgico tem equipamentos e mobiliários modernos.

Os médicos comparecem para avaliação do paciente no andar, sem atraso (apenas para paciente transferidos para UIN).

A equipe de saúde presta atenção ao paciente durante o percurso, atende as suas necessidades de conforto físico e psicológico (evitou conversas paralelas, resguardou o pudor, colocou o soro em suportes adequados).

O ambiente físico e as instalações do hospital são limpos e agradáveis.

Tangível

9

Utilizamos a escala SERVQUAL adaptada em 3 questionários com 9 a 15 perguntas: pacientes internados, transferidos (Pronto Socorro PSO e CTI) e cirúrgicos. As respostas usaram escala de 1 a 5 (“discordo totalmente” a “concordo totalmente”). As entrevistas foram realizadas no primeiro semestre de 2012, com 504 pacientes. Os dados foram analisados comparando as médias das diferenças entre expectativas e percepções (score de qualidade) ao experimentar o serviço.

Os colaboradores do Hospital respondem prontamente às solicitações dos seus pacientes, mesmo quando estão muito ocupados.

O Hospital informa e executa a transferência no tempo prometido (ex: liberação do leito, horário de transferência).

A equipe de saúde executou a transferência de forma confiável e precisa.

Segurança

7 8

A enfermagem presta atenção aos pacientes e seus acompanhantes, responde suas dúvidas e ouve suas sugestões e reclamações.

Os profissionais da equipe de saúde do Hospital (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia) apresentam-se limpos e bem vestidos.

Condições dos equipamentos utilizados (maca/cama/cadeira de rodas/aparelhos/monitores).

RESULTADO A escala detectou quais dimensões mais se afastaram da média geral de satisfação das expectativas dos clientes. Observaram-se os seguintes resultados: Unidades de Internação: Confiabilidade (-0,353 de afastamento da média geral de expectativas); Segurança (-0,339); Presteza (-0,286); Empatia (-0,276), nos quesitos Informação, atendimento às solicitações e atenção dos médicos e enfermagem.

Pacientes transferidos do PSO: Confiabilidade (-0,6 e -0,398) e Empatia (-0,334) nos quesitos liberação de leito no andar, primeira visita médica no andar e à atenção da enfermagem.

Pacientes transferidos do CTI: Confiabilidade (-0,896) e Empatia (-0,268) nos quesitos liberação de leito e atenção da enfermagem.

Pacientes cirúrgicos: Confiabilidade (-0,532); Segurança (-0,438) e Empatia (-0,334) nos quesitos liberação de leito, atenção da enfermagem e informação durante a cirurgia. 92,87% dos pacientes têm a máxima expectativa em relação aos serviços prestados.

CONCLUSÃO Observou-se que o nível de expectativa dos clientes do HMD é alto, como ocorre em geral no setor saúde. Embora a satisfação excelente + bom do hospital seja 96%, ainda assim, utilizando esse método, conseguimos identificar pontos de refinamento na percepção do cliente, definindo várias mudanças processuais e estruturais.

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARASURAMAN, A., et al. A conceptual model of service quality and its implications for future research. Journal of Marketing, v. 49, p.41-50, Fall,1985.

BERRY, Leonard L. Serviços de satisfação máxima: guia prático de ação. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

55

2013

Reflexos da Gestão da Qualidade da Assistência Multidisciplinar ao paciente portador de SCA com supra do seguimento ST 4

5

6

7

¹Berni PR; ²Monteiro NLC; ³Fernandes DS; Rangel AL; Rodrigues KS; Parreiras MM; JR. MAMA; 8 9 10 11 Pena HPM; Ornelas CE; Chaves SR; Carvalho P

INTRODUÇÃO

2011: 101 minutos; 2012: 96 minutos; 2013: 80 minutos.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morbidade e mortalidade no mundo, e as síndromes coronarianas agudas (SCA) tem grande impacto. O tempo é um fator determinante no sucesso do tratamento destas síndromes. O Tempo Porta-Balão (TPB) mede o intervalo de tempo da entrada do paciente no Hospital à abertura da artéria e reflete a qualidade do serviço no tratamento desta emergência. A interação da equipe multidisciplinar é fator preponderante no alcance da meta e melhoria dos resultados.

OBJETIVO

CONCLUSÃO

Avaliar impacto da criação de uma linha de cuidado hospitalar assistencial e gerencial, baseada na interação da equipe multidisciplinar e feedback de resultados, na melhoria do TPB.

A implantação de protocolos compartilhados entre equipe multiprofissional com apoio gerencial, com melhoria contínua fundamentada na análise sistemática de indicadores levou a um ótimo desempenho assistencial para o paciente. Além disso, o modelo de implantação do protocolo integrado TPB foi replicado em outras situações clínicas na instituição.

MATERIAL E MÉTODOS Estudo descritivo de abordagem qualitativa e nuances epidemiológicas, realizado por meio de coorte retrospectiva fundamentada na análise histórica dos atendimentos de pacientes com quadro de SCA admitidos em um serviço de Pronto Socorro com Unidade Cardiovascular em BH – MG. O atendimento de pacientes com SCA foi realinhado, com etapas divididas e descritas em porta-ECG-Médico-DecisãoDeslocamento do hemodinamicista-abertura da artéria, com tempos controlados. A melhoria sucessiva do TPB foi colocada como meta conjunta para médicos do PS, hemodinâmica, e meta de participação de resultados para toda a enfermagem envolvida. Os resultados foram acompanhados mensalmente com retorno aos envolvidos, PDCA com melhoria de cada etapa, reestruturação de processos, novos equipamentos e metas mais ousadas.

RESULTADOS Houve melhorias sucessivas no TPB médio mensal anualizado, ao longo de quatro anos: 2010: 167 minutos;

56

GESTÃO EM SAÚDE

^ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 PESARO, Antonio Eduardo Pereira; SERRANO JR., Carlos Vicente e NICOLAU, José Carlos. Infarto agudo do miocárdio: síndrome coronariana aguda com supradesnível do segmento ST. Rev. Assoc.

Med. Bras. [online]. 2004, vol.50, n.2, pp. 214-220. ISSN 0104-4230.

2 CORREIA, Luis Claúdio Lemos, et al. Efetividade de um Protocolo Assistencial para Redução do Tempo Porta-Balão da Angioplastia Primária. Arq Bras Cardiol. ]2013; [online]. Disponível em: <<http://www.scielo.br/pdf/abc/2013nahead/aop_5283.pdf>> Acessado em julho de 2013.

1 Patricia Ricieri Berni – Coordenadora de Enfermagem do PS / Enfermeira do Código Azul e Amarelo - Hospital Mater Dei 2 Natalia Las Cazas Monteiro – Enfermeira Supervisora do PS / Enfermeira do Código Azul e Amarelo - Hospital Mater Dei 3 Daniel dos Santos Fernandes– Enfermeiro Supervisor do PS - Hospital Mater Dei 4 Adila Lopes Rangel - Enfermeira Especializanda do PS _ Hospital Mater Dei 5 Karina Santos Rodrigues – Acadêmica de Enfermagem do PS – Hospital Mater Dei 6 Mayara Morais Parreiras - Acadêmica de Enfermagem do PS – Hospital Mater Dei 7 Marcos A.M Andrade Junior - Coordenador Departamento de Cardiologia– Hospital Mater Dei 8 Henrique Patrus M. Pena - Coordenador Cardiologia PS – Hospital Mater Dei 9 Carlos E. Ornelas - Coordenador da Unidade Coronariana – Hospital Mater Dei 10 Sandro R. Chaves - Diretor Técnico – Hospital Mater Dei 11 Patrícia Carvalho - Gerente do PS – Hospital Mater Dei

2015

A INFLUENCIA DA CESARIANA NO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM UMA MATERNIDADE PRIVADA Paulo Tadeu de Mattos P. Poggiali¹, Isabel Poggiali Antezana², Letícia Castro R. de Moura³ 1.Pediatra,Neonatologista, Coordenador da equipe de Neonatologia do Hospital Mater Dei; 2. Pediatra, mestre em Saúde da Criança; 3. Pediatra

INTRODUÇÃO São inquestionáveis os inúmeros benefícios associados ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, sendo o foco das campanhas que estimulam a prática. Entretanto, apesar do amplo reconhecimento de suas vantagens, tanto para a mãe quanto para o bebê, observam-se várias barreiras para o seu sucesso.

Nesse sentido, a identificação de fatores que influenciam negativamente o aleitamento materno é essencial. Estudos evidenciam que a cesariana, sobretudo quando indicada de forma eletiva, se associa a menores taxas de aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. E a incidência de cesariana tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas. Dados do Ministério da Saúde no ano 2012 indicam que 55,6% de todos os nascimentos no

TABELA 01 – : Tipo de parto X perfil de amamentação à consulta de egresso em 5 anos de acompanhamento AMAMENTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Brasil foram por parto cesáreo. No entanto, em nossa Maternidade de

LME

referência, uma instituição privada de corpo clínico aberto, observamos uma

1759

392

16

80,6%

18,0%

7%

6463

2350

92

72,1

26,2%

1,0%

taxa de 80% no último ano.

OBJETIVO

Parto Normal Cesárea

MISTO

LA

O presente estudo foi realizado com dados obtidos em uma maternidade privada, referência da cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, Brasil. Teve como objetivo demonstrar as taxas de aleitamento materno exclusivo em torno do quinto dia de vida e verificar se o tipo de parto interferiu nessa incidência.

MÉTODOS Realizou-se um corte transversal, durante o período de julho de 2009 a dezembro de 2014, através da consulta de retorno dos recém-nascidos ao hospital, em torno do quinto dia de vida. No citado atendimento foram registrados, entre outras variáveis, o tipo de parto realizado e o tipo de amamentação nas 24 horas anteriores. Para a análise dos dados, o programa empregado foi o SPSS for Windows 18.0, obedecendo ao modelo hierárquico criado: cálculo das frequências das variáveis e análise bivariada entre os fatores de exposição e o desfecho.

RESULTADOS Um total de 11.166 crianças foi avaliado, correspondendo a 77,94% dos bebês nascidos na maternidade no período. A média de idade à consulta foi de 4,8 dias de vida, mediana correspondendo a 5 dias. Constatou-se nesta avaliação que 74% dos recém-nascidos estavam em aleitamento materno exclusivo, 25 % em aleitamento misto e apenas 1% em aleitamento artificial. A incidência de parto normal na amostra foi de 19,6% e de parto cesariana de 80,4%.

Dos bebês que retornaram para a consulta de egresso, 80,6% daqueles nascidos via vaginal estavam em aleitamento materno exclusivo, enquanto 72,1% dos bebês nascidos de parto operatório se encontravam exclusivamente ao seio. Da associação de tais variáveis pode-se afirmar que crianças nascidas por parto normal

DISCUSSÃO Em concordância com a literatura, nossa amostragem evidenciou a interferência negativa da cesariana no aleitamento materno exclusivo no quinto dia de vida. Em Porto Rico, um grande estudo populacional encontrou risco relativo semelhante, OR= 1.64, apesar de uma menor taxa de partos operatórios, apenas 36%. No sul do Brasil um estudo longitudinal em Pelotas, constatou que os nascidos por cesariana eletiva apresentaram um risco três vezes maior de interromper a lactação no primeiro mês de vida. Entretanto, em se tratando de cesariana emergencial, observaram que a duração da amamentação foi similar à dos bebês nascidos por parto vaginal. De maneira semelhante uma coorte retrospectiva publicada por Regan no ano de 2013 mostrou que mulheres que entravam em trabalho de parto tinham maior chance amamentar comparadas àquelas que foram submetidas a partos operatórios agendados. No ano de 2012 foi publicada por Prior e cols. uma revisão sistemática de 53 trabalhos que concluiu haver uma associação negativa entre a cesariana eletiva e o início da amamentação. Porém, uma vez iniciada a amamentação, o tipo de parto não teve aparente influência sobre as mães que ainda amamentavam aos seis meses pós parto.

CONCLUSÃO Diante da alta incidência de parto operatório em nosso serviço e a confirmação de sua influência negativa sobre a amamentação exclusiva, é indispensável atenção especial a estas lactantes, incentivando a amamentação em sala de parto e Alojamento Conjunto para garantir o sucesso do aleitamento. Além disso, medidas que levem à redução da indicação de partos cirúrgicos irão beneficiar a prática do aleitamento materno exclusivo. A complementação desse estudo é necessária, aprofundando-se em variáveis possíveis de confusão como a diferenciação entre cesariana eletiva e emergencial e levantando a informação do tipo de aleitamento não só aos 5 e 30 dias de vida, mas também aos 6 meses após o parto.

têm em torno de 63% mais chances de serem alimentadas exclusivamente ao seio materno ao quinto dia de vida do que bebês que nasceram através de cesariana (OR= 1,6315, com intervalo de confiança de 95 e valor p inferior a 0,0001).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS WEIDERPASS E. BARROS F. VICTORIA C. Incidência e duração da amamentação conforme o tipo de parto: estudo longitudinal no Sul do Brasil* Rev. Saúde Pública, 32 (3): 225-31, 1998 PÉREZ-RÍOS N. RAMOS G. ORTIZ A P. Cesarean Delivery as a Barrier for Breastfeeding Initiation: The Puerto Rican Experience. J Hum Lact 24(3), 2008 ZANARDO V. SVEGLIADO G. CAVALLIN F. GIUSTARDI A. COSMI E. LITTA P. TREVISANUTO D. Elective Cesarian Delivery: does it have a negative effect on Breast feeding? Birth.

2010 Dec;37(4):275-9 REGAN J. THOMPSON A. DEFRANCO E. The Influence of Mode of Delivery on Breastfeeding Initiation on Women with a Prior Cesarean Delivery: A population-Based Study. Breastfeeding Medicine, 2013; 8(2)181-186 PRIOR E. SANTHAKUMARAN S. GALE C. PHILIPPS L.H. MODI N. HYDE J. Breastfeeding after cesarean delivery: a systematic review na meta-analysis of world literature.Am J Clin Nutr, 95, 1113-35, mar. 2012

REDE MATER DEI DE SAÚDE

57

2015

Avaliação da Eficácia Clínica e Economicidade do Emprego do Escore Pesi no Atendimento Hospitalar de Pacientes com Embolia Pulmonar ROCHA,RL ; COSTA,RSM ; MAMEDE,MM ; REIS,AP ; PENNA,JTM .

1

2

3

4

5

A média de permanência no grupo de baixo risco foi de 6,3 dias,

INTRODUÇÃO

18% menor do que no grupo de alto risco, que foi de 7,5 dias.

A embolia pulmonar (EP) é uma condição grave e potencialmente

Ocorreram dois óbitos; um na classe 3, no qual foram classificados

fatal, cujo diagnóstico e tratamento são realizados, na maioria das

15 pacientes (7%) e outro na classe 5, no qual foram classificados

vezes, em ambiente hospitalar e a custo elevado. Com a

7 pacientes (14,3%). Nenhum óbito ocorreu entre os pacientes

disponibilidade de modelos de predição de risco , torna-se

considerados de baixo risco. Importante ressaltar que a

importante a avaliação de um método preditivo para tratamento

permanência difere pouco entra os grupos de baixo risco e alto

ambulatorial ou alta precoce.

risco.

OBJETIVO

CONCLUSÃO

Testar e avaliar o impacto do Escore de Pesi em pacientes com embolia pulmonar para tratamento ambulatorial ou alta precoce.

Conclui-se que grande porcentagem de pacientes possuem potencial de serem tratados ambulatorialmente ou receberem alta precoce, quando o Escore de Pesi é utilizado sistematicamente.

MÉTODOS

Otimizando a utilização de leitos hospitalares e diminuição de

Trata-se de estudo retrospectivo de coorte. Os pacientes foram

custos.

atendidos em hospital geral de Minas Gerais, entre junho de 2013 e junho de 2015. Foram considerados critério de inclusão pacientes com idade maior que 18 anos e com diagnóstico confirmado de EP por angiotomografia do tórax (angioTC) à internação. Os prontuários eletrônicos foram revisados pelos pesquisadores para determinação do escore de Pesi e pelos responsáveis pelo Setor de Economia da Saúde para avaliar o impacto dos diversos componentes do custo. Foram submetidos à angioTC 807 pacientes, sendo que 161 (20%) obtiveram confirmação diagnóstica de EP. Desses 161, 20 foram excluídos por diferentes motivos, tais como opção pelo tratamento ambulatorial ou diagnóstico de EP realizado durante internação por outra doença.

RESULTADOS GRÁFICO 01 – Classificação de Risco Classificação de Risco Baixo Risco

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alto Risco

1- FANIKOS, J.; RAO, A.; SEGER, A.C.; CARTER, D.; PIAZZA, G.; GOLDHABER, S.Z. Hospital Costs of Acute Pulmonary Embolism. The American Journal of 20%

Medicine. Boston, 126, 127-132, 2013.

2- AUJESKY, D.; ROY, P.M.; VERSCHUREN, F.; RIGHINI, M.; OSTERWALDER, J.; EGLOFF, M.; RENAUD, B.; VERHAMME, P.; STONE, R.A.; LEGALL, C.; SANCHEZ, O.; PUGH, N.A.; N´GAKO, A.; CORNUZ, J.; HUGLI, O.; BEER, H.J.; PERRIER, A.; 80%

FINE, M.J.; YEALY. Outpatient versus inpatient treatment for patients with acute pulmonary embolism: an international, open label, randomised, non-inferiority trial. Lancet. Bern, 378: 41–48, 2011.

1 - Médica especializanda em Clínica Médica no Hospital Mater Dei | 2- Enfermeira no Hospital Mater Dei, mestre em demografia.

3- Analista economia da saúde no Hospital Mater Dei | 4 - Acadêmica de Medicina, estagiária em Clínica Médica no Hospital Mater Dei 5- Médico, clínico, coordenador da residência de Clínica Médica no Hospital Mater Dei

58

GESTÃO EM SAÚDE

Avaliação de Cultura de Segurança: Estratégia adotada pelo Hospital Mater Dei Santo Agostinho para diagnóstico e melhoria contínua

2015

CORRÊA, MFC ; SOBRINHO, FM ; SILVA, APF ; GEO, MS 1

2

3

4

1-GERENTE DE QUALIDADE, 2-ANALISTA DE QUALIDADE, 3-ESTAGIÁRIA DE QUALIDADE, 4-VICE-PRESIDENTE ASSISTENCIAL OPERACIONAL E DIRETORA CLÍNICA

INTRODUÇÃO

comunicação sobre o erro; abertura da comunicação e percepção

A segurança e qualidade prosperam em um ambiente onde existe uma cultura de segurança fortalecida. Cultura esta em que é possível perceber o reconhecimento de alto risco das atividades; realização de esforços para alcançar operações mais seguras; um ambiente em que podem relatar erros sem medo de punição; todos, sem exceção, em busca de soluções para os problemas de segurança dos pacientes; entre outras características. O Hospital Mater Dei Santo Agostinho (HMDSA) instituiu o Programa de Cultura de Segurança com o objetivo de avaliar, monitorar e implantar melhorias que gerem resultados positivos na cultura de

geral da segurança do paciente. Dimensões identificadas como áreas frágeis que necessitam de melhoria foram: Passagem de plantão ou de turno/transferências; adequação de profissionais; e respostas não punitivas aos erros. Os participantes também atribuíram nota para a cultura de segurança, 70,0% avaliou a segurança do paciente como muito boa ou excelente, 18,8% regular e 3,9% como ruim ou muito ruim.

QUADRO 01 – Respostas positivas às dimensões da cultura de segurança. Hospital Mater Dei Santo Agostinho. Belo Horizonte, 2015.

DIMENSÕES

segurança, fortalecendo-a.

RESPOSTAS POSITIVAS (%)

CLASSIFICAÇÃO

Expectativa sobre o seu supervisor/chefe e ações promotoras da segurança do pacientes

78,3

Área Forte

Aprendizado Organizacional - melhoria contínua

75,6

Área Forte

Apoio da Gestão para a Segurança do Paciente

77,2

Área Forte

Trabalho em equipe dentro das unidades

68,7

Área de Atenção

MÉTODO

Percepção Geral da Segurança do Paciente

55,8

Área de Atenção

Retorno da informação e comunicação sobre o erro

68,4

Área de Atenção

A partir do quantitativo de colaboradores/gestores e médicos que

Abertura da comunicação

62,5

Área de Atenção

trabalham no hospital, utilizando o OpenEpi, foi definida uma

Frequência de relatos de eventos

74,7

Área de Atenção

amostra de 327 participantes, no entanto o estudo constituiu-se

Adequação de profissionais

33,0

Área Frágil

Passagem de plantão ou de turno/transferências

43,7

Área Frágil

Respostas não punitivas aos erros

27,4

Área Frágil

OBJETIVO Avaliar a Cultura de Segurança do Paciente no Hospital Mater Dei Santo Agostinho.

de 383 participantes. A distribuição da pesquisa ocorreu in loco nos setores, por meio de um questionário físico. Sobre Segurança do Paciente em Hospitais, criado pela Agency for Healthcare Research and Quality, disponível no site do Proqualis, adaptado

GRÁFICO 01 – Avaliação da Cultura de Segurança. Hospital Mater Dei Santo Agostinho, Belo Horizonte 2015

para o hospital. A coleta dos dados ocorreu durante o mês de maio de 2015 e foi realizada pelo Setor de Padronização e Garantia da Qualidade do HMDSA. Após a coleta, os dados foram digitados no programa estatístico Epidata versão 3.1 e analisados por meio do PSPP versão 3.29. Os resultados foram analisados conforme os parâmetros do estudo realizado pela Escola de Saúde Pública Sergio Arouca, no qual validou o questionário para o português e aplicou a pesquisa em hospitais. De acordo com os parâmetros, os resultados obtidos nas dimensões são classificados como áreas fortes de segurança do paciente (aquelas cujos itens escritos positivamente obtiveram 75% ou mais de respostas positivas), áreas que necessitam de atenção (obtiveram resultados entre 51% a 74% de respostas positivas) e áreas frágeis que necessitam de melhoria (aquelas cujos itens obtiveram 50% ou menos de respostas positivas).

CONCLUSÃO Conhecer as dimensões que impactam na cultura de segurança do

RESULTADOS

hospital é fundamental para o desenvolvimento e fortalecimento

As dimensões identificadas como áreas fortes de segurança do

percebe-se que a organização tem a segurança como valor, o que

paciente foram: Expectativa sobre o seu supervisor/chefe; apoio

vem alinhar com a filosofia, princípios e valores da Rede Mater Dei

da alta direção e aprendizado organizacional. Dimensões que

de Saúde. As dimensões avaliadas como áreas de atenção e frágeis

necessitam de atenção foram: Frequência de relatos de eventos;

dão a direção para que medidas efetivas sejam tomadas para a

trabalho em equipe inter e intrasetorial; retorno da informação e

gestão de riscos e melhoria da cultura de segurança.

desta. Pelo resultado das dimensões avaliadas como áreas fortes,

MAIS DE UMA REINTERNAÇÃO

REDE MATER DEI DE SAÚDE

59

2015

Centro de Formação de Enfermagem na Rede Mater Dei de Saúde: da formação à consultoria em gestão de pessoas.

Ricaldoni CAC¹, Silva HMS², Geo, MS³, Fontes JB4, 1. Coordenador da Educação Permanente 2. Presidente da Rede Mater Dei de Saúde 3. Vice Presidente Operacional Assitencial e Diretora Clínica 4. Gerente de Enfermagem

INTRODUÇÃO A formação dos profissionais de Técnicos de Enfermagem (TE) dentro da instituição faz a diferença quando a evolução de cada um é acompanhada. Este programa existe há 32 meses e corresponde a 50,26% do quadro dos Técnicos de Enfermagem. O Centro de Formação Institucional (CFI) busca a formação dos técnicos desde a fase inicial, fazendo um acompanhamento e uma consultoria para o desenvolvimento e adequação dos profissionais ao longo da vida profissional. Haddad et al. (1994), ao analisar os conceitos e métodos dos processos de Educação Permanente em Saúde, tem o mesmo, como um processo de reflexão e crescimento da instituição em um constante ciclo de mudanças e transformações.

TABELA 01 – Comparativo de dias de perdido por doença – Julho/15 DESCRIÇÃO

Contração vinda do CFI Contratação Externa PERCENTUAL

DIAS PERDIDOS

ABSENTEÍSMO

162 336

0,58 1,20

498

1,78

Fonte: Instituição do referido estudo – gerado em Julho/15.

GRÁFICO 01 – Absenteísmo - 2º sem 2013 a 1º sem 2015

Fonte: Instituição do referido estudo – gerado em Julho/15

OBJETIVO Analisar os resultados durante os 32 meses do programa, comparando os profissionais que já trabalhavam na instituição e os que vieram do CFI.

Quanto ao MTC, o resultado foi de 5,41 dias. O ITO registra redução de 42,96% comparando o cenário antes do inicio do projeto (Gráfico GRÁFICO 02 – Indicador de Turnover período entre 1º sem/2013 e 1º sem/2015

MÉTODO O processo se inicia na seleção para estágio obrigatório com duração de 3 meses. O aluno participa previamente de uma capacitação para alinhamento da missão, filosofia e procedimentos. Após este período são avaliados e os aprovados passam a fazer o estágio não obrigatório, por mais 4 meses, quando são novamente avaliados e encaminhados para o CFI. Neste local é realizado um curso preparatório intensivo durante 30 dias, sendo neste período definido as contratações baseado nas vagas e nas avaliações do perfil de cada um. Desde então, monitoramos o desempenho de cada uma fazendo as devidas intervenções, para a manutenção do mesmo na instituição. Para acompanhamento, foram escolhidos alguns indicadores como: média de tempo de contratação (MTC), Turn over (ITO) e Absenteísmo (IABS).

Fonte: Instituição do referido estudo – gerado em Julho/15.

Junto ao trabalho de consultoria, evitamos a demissão de 31 TE, devido à intervenção dentro do próprio setor ou realização de transferências (Gráfico 3).

GRÁFICO 03 – Resultado dos Colaboradores que participaram do processo de recolocação e intervenção – Julho/15

Fonte: Instituição do referido estudo – gerado em Julho/15

CONCLUSÃO

RESULTADOS Após 32 meses do inicio do projeto foi avaliado e o resultado do IABS teve variação de -53,76% (Gráfico 1), onde os colaboradores vindos deste CFI tem -51,78% de dias perdidos em relação aos que já trabalhavam (Tabela 1).

60

GESTÃO EM SAÚDE

Observa-se uma maior aderência destes profissionais ao perfil da instituição, levando a um resultado diferenciado por estes profissionais admitidos pelo CFI.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-HADDAD Q.J.; ROSCHKE, M.A.C.; DAVINI, M.C. Educacion Permanente de Personal de Salud. Washington: OPS, 1994. 274 p.

MELO,IC ¹; PENNA,JTM¹; SAVOI,CGP¹ 1.Médicos, clínicos, coordenadores da Clínica Médica I da Rede Mater Dei de Saúde4

INTRODUÇÃO E OBJETIVO

2011

Na busca de um indicador de desempenho inovador em excelência clínica, a Equipe de Clínica Médica I do Hospital Mater Dei mensurou o percentual de correspondência (ou eficácia) diagnóstica entre as hipóteses diagnósticas dos pacientes internados via Pronto Socorro (PS) e o diagnóstico definitivo, à alta.

MÉTODOS

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

ER DEI DE MAT SA ÚD DE RE

E

Correspondência Diagnóstica: Um Novo Indicador de Qualidade da Clínica Médica I da Rede Mater Dei de Saúde

2015 TRABALHO PREMIADO CO N A H P

RESULTADO % MES

96,6 89,1 92,8 96,3 96,6 95,4 98 92 98 94,5 92,5 94,3

TRIMESTRE

ANO

93 (176 internações) 96,1 (180 internações)

94,6 (718 internações)

96 (201 internações) 93,7 (161 internações)

No Caderno de Internações, foram anotados os dados de todos os pacientes internados durante os plantões no PS. Nele, foram registradas as hipóteses diagnósticas. Quando da alta hospitalar, os diagnósticos definitivos foram assinalados. Mensalmente, de janeiro de 2010 a junho de 2013, os percentuais de correspondência diagnóstica entre os diagnósticos de internação e alta

foram

apurados

mensalmente

e

apresentados,

trimestralmente, nas Análises Críticas dos Indicadores da Qualidade. As divergências diagnósticas foram discutidas mensalmente com a equipe.

RESULTADOS

2012 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

A média anual de % de Correspondência Diagnóstica foi em 2010:

2013

91,8; 2011: 94,6; 2012; 95,4; 2013: 95,3. Uma análise detalhada

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

dos casos não correspondentes mostrou predominância das seguintes

situações

divergentes

(hipótese

diagnóstica

x

diagnóstico definitivo): tromboembolismo pulmonar X dor osteomuscular e transtorno de ansiedade; abdome agudo cirúrgico X abdome agudo clínico; abdome agudo cirúrgico inflamatório X abdome agudo cirúrgico vascular; trombose venosa profunda de membros inferiores X cisto de Baker roto. Além de doenças raras que, inclusive, motivaram apresentações em congressos de especialidades.

RESULTADO % MES

94,9 91,8 93,7 93,9 93,2 98,1 96,9 98,2 98,5 96,8 95 97,4

TRIMESTRE

ANO

93,5 (202 internações) 94,8 (195 internações)

95,4 (764 internações)

97,8 (190 internações) 96,4 (177 internações)

RESULTADO % MES

98,1 93,5 97,5 93,2 97,4 91,2

TRIMESTRE

ANO

96,7 (186 internações) 93,9 (208 internações)

95,3 (394 internações)

96 (201 internações) 93,7 (161 internações)

CONCLUSÃO 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RESULTADO % MES

94 94,9 97,2 93,5 93,4 94,3 85,2 94,2 84,5 88,2 92 90,3

TRIMESTRE

ANO

95,3 (200 internações) 93,7 (207 internações) 88 (184 internações) 90,1 (190 internações)

91,8 (781 internações)

Consideramos este novo indicador de qualidade importante ferramenta de gestão, refletindo o grau de excelência clínica de uma equipe ao permitir avaliar a atuação dos seus plantonistas do Pronto socorro.

Sugerimos a divulgação deste novo indicador que, se aplicado em outras instituições hospitalares, possibilitaria uma avaliação comparativa do nosso próprio desempenho ao permitir estabelecimento de metas, conferindo as características de confiabilidade necessárias aos indicadores de desempenho.

Finalmente, lembramos os vários desdobramentos decorrentes de uma alta taxa de Eficácia Diagnóstica, pois o consequente aumento da resolutividade gerado vai se transformar em benefício para pacientes, planos de saúde e instituições hospitalares.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

61

2015

Gestão de Ambiente e Segurança: Estratégia adotada pelo Hospital Mater Dei para manter o ambiente seguro para a assistência CORRÊA, MFC1; SOBRINHO, FM2; SILVA, APF3; GEO, MS4 1-GERENTE DE QUALIDADE, 2-ANALISTA DE QUALIDADE, 3-ENFERMEIRA DE QUALIDADE, 4- VICE-PRESIDENTE ASSISTENCIAL OPERACIONAL E DIRETORA CLÍNICA GRÁFICO 01 – Constatações da Vistoria. Hospital Mater Dei Santo Agostinho. Belo Horizonte, 2015.

INTRODUÇÃO As condições físicas e de infraestrutura no ambiente hospitalar exercem efeito significativo no nível da assistência. Desta forma, o Hospital Mater Dei Santo Agostinho (HMDSA) entende que, assim como qualquer sistema de gestão, o gerenciamento do ambiente requer planejamento, monitoramento e melhoria contínua.

OBJETIVO Apresentar os resultados do Programa de Gestão do Ambiente Hospitalar do Hospital Mater Dei Santo Agostinho em 2015.

MÉTODOS O HMDSA instituiu o Programa de Gestão do Ambiente e nomeou o Comitê de Segurança para a Vida e Ambiente-CSVA. Esse Comitê

GRÁFICO 02 – Não conformidades por área responsável pela correção. Hospital Mater Dei Santo Agostinho. Belo Horizonte, 2015.

foi composto por uma equipe interdisciplinar, formada por profissionais das áreas de qualidade, engenharia, segurança do trabalho e controle de infecção. Todas as áreas que compõem o ambiente físico do hospital foram mapeadas e, considerando as especificidades de cada uma para atuação do Comitê, foram estruturadas listas de verificação com base em leis, requisitos de normas regulamentadoras e acreditadoras e disponibilizados por meio do módulo Audit-Stratégic Adviser-Interact. As listas de verificação englobam itens que compõem todo o ambiente físico, incluindo estrutura física, mobiliário, sistemas de segurança contra incêndio, sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado, abastecimento de água, gases e energia, sinalização de acesso, segurança e proteção, iluminação de emergência, sistemas de automação e gestão de materiais perigosos incluindo resíduos.

GRÁFICO 03 – Correção evidenciada Follow up após dois meses de trabalho das áreas. Hospital Mater Dei Santo Agostinho, Belo Horizonte, 2015

Vistorias semestrais são realizadas e as ocorrências ou incapacidades são relatadas no módulo de gestão de ocorrências do hospital e assim os relatos de não conformidades (NC) são gerados no próprio sistema para as áreas responsáveis pela correção. Os relatos são analisados, tratados pelas áreas responsáveis pela correção, melhorias são implementadas e um follow up é realizado pela Comissão para verificação das correções.

RESULTADOS Verificado nas vistorias semestrais uma média de 3.937 itens. Na vistoria do primeiro semestre de 2015, realizada por um grupo de seis avaliadores nos meses de março e abril foi constatado um percentual de 51% de itens não conformes. É importante ressaltar que não há agrupamentos de itens comuns por área. Cada item

Conclui-se com este trabalho que o Sistema de Gestão de

constatado como não conforme foi notificado à área responsável

Ambiente implantado permite à organização a manutenção de um

pela correção e/ou estabelecimento de ações corretivas,

ambiente seguro. O envolvimento de uma equipe multiprofissional

dependendo do tipo da ocorrência e/ou incapacidade, sendo

nas vistorias assegura a qualidade e completude da avaliação,

49,5% infraestrutura (manutenção); 17,3% higienização; 12,1%

possibilitando o planejamento e realização de correções de forma

infraestrutura (reforma); 7,6% sinalização; 2,5% segurança no

assertiva.

trabalho; 2,1% segurança contra incêndio e 8,9% ambientais

vistorias são utilizados como entradas para a realização de

(unidades de internação). Após dois meses de trabalho dessas

campanhas educativas e capacitações em temas relacionados à

áreas, foi constatada a correção de 87,1% dos itens não conformes.

segurança do ambiente.

MAIS DE UMA REINTERNAÇÃO

62

GESTÃO EM SAÚDE

CONCLUSÃO

Além das correções realizadas, os resultados das

Gestão do risco:estratégia preventiva adotada no Hospital Mater Dei Santo Agostinho

2015

CORRÊA, MFC1; SOBRINHO, FM2; MUNIZ, FA3; CHAVES, SR4; GEO, MS5 1-GERENTE DE QUALIDADE, 2-ANALISTA DE QUALIDADE, 3-ENFERMEIRA DE QUALIDADE, 4-DIRETOR TÉCNICO, 5- VICE-PRESIDENTE ASSISTENCIAL OPERACIONAL E DIRETORA CLÍNICA

INTRODUÇÃO

se encontra com a probabilidade média de ocorrência (84,9%) e

A gestão de risco tem como objetivo a prevenção e/ou mitigação de

positivamente que não houve risco com probabilidade muito alta

um evento indesejável e configura-se de forma pró-ativa e reativa.

e os riscos com probabilidade alta representam 5,5% do total.

A gestão de risco pró-ativa busca garantir que os riscos em

Para as práticas de controles consideradas inexistentes, não

potencial sejam identificados, avaliados, monitorados e tratados,

efetivas e parcialmente efetivas, foram estabelecidas 567 ações

minimizando ou eliminando riscos às pessoas, ao ambiente e ao

que devem ser concluídas no prazo acordado. Os resultados das

patrimônio da organização.

auditorias realizadas são também entradas para o planejamento

em seguida com probabilidade baixa (9,6%). Importante ressaltar

da capacitação dos colaboradores pela Educação Permanente.

OBJETIVO Descrever o processo de auditoria de riscos, uma estratégia de gestão pró-ativa de riscos realizada no Hospital Mater Dei

TABELA 01 – Número de risco por categoria. Hospital Mater Dei Santo Agostinho. Belo Horizonte, 2015

Santo Agostinho

CATEGORIA

2014

%

MÉTODOS

Assistencial

460

49,5

A auditoria de riscos é um processo sistemático e documentado,

Econômico-Financeira

274

29,5

Mercado-Imagem

95

10,2

Jurídica

50

5,4

Ocupacional

42

4,5

Ambiental

9

1,0

930

100,0

que acontece anualmente no Hospital Mater Dei Santo Agostinho (HMDSA) e é realizado em quatro etapas. A primeira delas consiste na identificação dos riscos e respectivas práticas de controles relacionados a cada processo crítico. Trabalho realizado individualmente com cada gestor de cada processo. Os riscos são classificados nas categorias econômico-financeira, assistencial, mercado imagem, ambiental, ocupacional e jurídica e no grau de severidade/gravidade (1 a 4), conforme definido pela organização.

Total

GRÁFICO 01 – Risco por Categoria e Gravidade. Hospital Mater Dei Santo Agostinho. Belo Horizonte, 2015.

A segunda etapa é a realização da auditoria propriamente dita.

Para esta, são estabelecidos testes, questões de auditoria e definidas as amostras a serem auditadas. São auditadas todas as práticas de controle existentes. A terceira etapa corresponde à comunicação que ocorre por meio da estruturação da Matriz de Riscos (probabilidade x gravidade), para as etapas citadas o hospital utiliza o sistema Strategic Adviser - módulo Risk (Interact versão 6.4.16). A quarta etapa corresponde à realização de feedback do auditor de risco ao gestor de cada processo, com intuito de estabelecer ações para melhoria das práticas de controle e, consequentemente dos processos de mitigação e gestão dos

GRÁFICO 02 – Risco por Categoria e Probabilidade. Hospital Mater Dei Santo Agostinho. Belo Horizonte, 2015.

riscos. A matriz de riscos é divulgada no Quadro de Gestão à Vista de todas as unidades, para que os colaboradores possam ter conhecimento sobre a chance de ocorrência de um determinado evento, bem como a gravidade caso aconteça. Na matriz, é possível identificar dentro do conjunto de riscos quais requerem vigilância contínua e prioridade no tratamento. O uso da auditoria de riscos como uma prática pró-ativa de gestão de riscos vem sendo adotada pelo Hospital Mater Dei Santo Agostinho desde 2013.

RESULTADOS Foram auditadas no segundo semestre de 2014, 1622 práticas de controle, correspondentes a 940 riscos identificados. Desse total de riscos, 63,7% não se repetem. Percebeu-se que o maior número de riscos é de natureza assistencial (49,5%), em seguida MAIS DE UMA REINTERNAÇÃO

econômico-financeira (29,5%) e a natureza ambiental apresentou o menor quantitativo de riscos identificados (1,0%). A maior parte dos riscos se encontra com gravidade moderada (45,5%) e em seguida com a gravidade maior (35,3%). A maior parte dos riscos

CONCLUSÃO A auditoria com foco nas práticas de controle é uma metodologia de gestão de risco pró-ativa fundamental para avaliar a segurança dos processos na organização. Com base nos resultados obtidos, foi possível decidir sobre a manutenção ou adequação de processos, fluxos, ferramentas e ainda sobre as necessidades de capacitação dos colaboradores com objetivo de tornar o ambiente mais seguro.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

63

2015

Impacto da implantação do Protocolo de PAC da Rede Mater Dei de Saúde CHAVES, SR1; PENA, CFBV1; FLORES, NAL2; COSTA. RSM3; MAMEDE; MM3; RICARDO, SB4; FARNETANO, RR4 1-DIRETORIA TÉCNICA, 2-SETOR DE PADRONIZAÇÃO E GARANTIA DA QUALIDADE, 3-ECONOMIA DA SAUDE E 4- SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

CONCLUSÃO

INTRODUÇÃO

A implantação protocolo de Pneumonia Comunitária na Rede A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é uma das principais causas de infecções e internações(1,2,3,6), sendo umas das principais causas de morte entre os pacientes hospitalizados no Brasil(1,2). A gestão de PAC representa uma sobrecarga considerável sobre recursos hospitalares(4,5,7) e a qualidade assistencial pode ser avaliada através da classificação da gravidade, avaliação da SpO2, tempo médio de início da antibioticoterapia, grau de conformidade da antibioticoterapia, mortalidade e pela experiência hospitalar(1,2,8,9). Visando a melhoria assistencial e gestão adequada de recursos, a Rede Mater de Saúde implantou um protocolo de PAC, que determina a abordagem adequada da antibioticoterapia e conduta no Pronto-socorro. Importante ressaltar que a modificação do tratamento antibiótico inicial em pacientes com PAC é comum e está associada a utilização de recursos adicionais consideráveis, inclusive ocasionando aumento da permanência hospitalar. (4)

Mater Dei de Saúde proporcionou maior segurança ao paciente,

OBJETIVO

2-SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes

Avaliar o impacto de implantação de protocolo de PAC na permanência hospitalar.

redução de permanência e conta hospitalar, além de garantir início precoce e adequação da antibioticoterapia. Dessa forma, os pacientes internados por PAC recebem tratamento adequado em menor tempo com menor custo para as fontes pagadoras.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-CONTERNO L. O; MORAES, F. Y; FILHO, C. R. S. Implementação de uma diretriz para pneumonia adquirida na comunidade em um hospital público no Brasil. J Bras Pneumol. V.37(2): 152-159. 2011.

brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes. J Bras Pneumol. V.35(6):574-601, 2009.

3- CHANG, G-M; TUNG, Y-C. Factors Associated with Pneumonia Outcomes: A

MATERIAIS E MÉTODOS

Nationwide Population-Based Study over the 1997–2008 Period. J Gen Intern Med. V. 27(5):527–33.2011

Foram comparados 82 pacientes antes do protocolo (período: 2011 e 2012) e 120 pacientes após implantação do protocolo (período: 2014). As análises de dados foram realizadas no Excel. Para verificar o impacto na permanência hospitalar, foram utilizados modelos de regressão múltipla.

4- OSTERMANN, H. et al. Resource use by patients hospitalized with community-acquired pneumonia in Europe: analysis of the REACH study.

BMC Pulmonary Medicine, v.14:36,2014.

5- SONG, J., Y. et al. Clinical and economic burden of invasive pneumococcal disease in adults: a multicenter hospital-based study. BMC Infectious

RESULTADOS

Diseases, v.13:202, 2013.

Após implantação do protocolo de PAC, os pacientes apresentaram menor permanência hospitalar e também esse tempo de permanência variou proporcionalmente menos, com significância estatística a 5% (p valor: 0,0012) . Importante ressaltar que também houve redução da conta média hospitalar após o protocolo em 76%, além da adequação de antibioticoterapia durante a internação hospitalar.

6- PANCHMATIA, H. R; FERRACINI, M. Estudo de custo-efetividade do tratamento da pneumonia adquirida na comunidade (PAC) em hospitais: modelando o impacto de resistência antimicrobiana. J Bras Econ Saúde, v.5(1):75-84,2013.

7- YOO, K., H. Economic Burden and Epidemiology of Pneumonia in Korean Adults Aged over 50 Years. J Korean Med Sci. 28: 888-895, 2013.

TABELA 01 – Tempo de permanência antes e após implantação do protocolo de Pneumonia Comunitária (PAC). Rede Mater Dei de Saúde, 2015 PERMANENCIA

Antes do protocolo Depois do protocolo DADOS AGREGADOS

64

GESTÃO EM SAÚDE

8- KUMAMARU, H. Et al Association between hospital case volume and mortality in non-elderly pneumonia patients stratified by severity: a retrospective cohort study. BMC Health Services Research. V.14:302, 2014.

MÉDIA

DESVIO PADRÃO

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO

23,1 9,3

29,7 8,7

1,3 0,9

9- MEEHAN, T.,P. el al. Quality of care, process, and outcomes in elderly

14,9

21,1

1,4

patients with pneumonia.JAMA. V.17;278(23):2080-4. Dec, 1997

Impacto de um programa de desospitalização sistemática na longa permanência do Hospital Mater Dei

2015

CHAVES, SR1; PENA, CFBV1; MAIA, JPS2; FONTES, JB3 1-Diretoria Técnica, 2-Coordenação de Enfermagem, 3-Gerência de Enfermagem

GRÁFICO 01 – Média de Permanência da Geriatria Hospital Mater Dei (Maio/14 à Maio/15)

INTRODUÇÃO A desospitalização é uma tendência mundial e um tema muito

Média de Permanência- Geriatria

discutido atualmente. Devido ao envelhecimento da população e a 18

demanda por leitos nos hospitais, porém a escassez de leitos

16

disponíveis e uma longa internação impedem o giro de leitos,

14

gerando riscos financeiros e assistenciais. No Hospital Mater Dei,

12

49% das solicitações de desospitalização são oriundas da geriatria,

Dias

crescente incidência das doenças crônicas, há um aumento da

objeto deste trabalho.

15,6

16,3

15,4 14,1

13,8

11,8 11,4

10

13

12

11,8

12 10,9

10,6

8 6 4 2

OBJETIVO

0 mai/14

jul/14

set/14

nov/14

jan/15

mar/15

mai/15

Reestruturar o planejamento de alta hospitalar com foco na desospitalização, evitando internações prolongadas sem necessidade assistencial e reduzindo readmissões em curto prazo.

GRÁFICO 02 – Taxa reinternação hospitalar Grupo Desospitalização X Geral Geriatria (Outubro/14 à Maio/15)

MATERIAIS E MÉTODOS Taxa de reinternação hospitalar Grupo Desospitalização x Geral Geriatria * Reinternação: 30 dias após a última alta hospitalar

Semanalmente a equipe multidisciplinar realiza corrida de leito para discutir os casos dos pacientes elegíveis para o projeto.

São definidas metas do plano terapêutico alinhadas às necessidades identificadas para o desfecho de alta. A meta global

da

equipe

é

a

desospitalização

precoce

após

estabilização do quadro clínico, visando à redução dos riscos assistenciais, que crescem proporcionalmente ao tempo de internação prolongado. É realizado o acompanhamento educacional multidisciplinar, fornecendo subsídios consistentes

11% 12% 8% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Grupo Desospitalização

Geriatria

ao paciente/acompanhante para a segurança na transição e continuidade de cuidados para o domicilio.

CONCLUSÃO

RESULTADOS Este programa trouxe maior segurança no processo de Foram acompanhados 86 pacientes de outubro/14 à maio/15.

Observou-se a diminuição da média de permanência da geriatria de 15,6 dia em maio/14 para 10,6 dias em maio/15 (Gráfico 1).

Desses 86 pacientes, 8% reinternaram em período menor que 30

desospitalização através da reformulação do planejamento de alta e envolvimento da equipe multidisciplinar, culminando com a redução da média de permanência, reinternação em 30 dias e ausência de pacientes residentes no período.

dias. Considerando o grupo total de pacientes desta especialidade (565 pacientes), no mesmo período, este percentual sobe para 11% (Gráfico 2). Estudos com populações similares mostram taxa

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

de reinternação maior, 19%¹. Após a implantação do programa, nenhum paciente da geriatria completou 90 dias de internação (paciente residente).

1- WIER, L., M., et al All-Cause Readmissions by Payer and Age,2008. Agency for Healthcare Research and Quality.pag.1-9, 2011.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

65

2015

ORGANIZAÇÃO DE EQUIPE ASSISTENCIAL PARA A MUDANÇA DE RESULTADOS EXPERIENCIA DO HOSPITAL MATER DEI Carlos Henrique Mascarenhas Silva, Cláudia Soares Laranjeira, Anna Dias Salvador, Marcia Salvador Géo, Henrique Moares Salvador Silva Serviço de Ginecologia e Obstetricia – Rede Mater Dei de Saúde, Belo Horizonte, Brasil.

introdução das medidas citadas acima, a taxa passou a ser de 64% em

INTRODUÇÃO

2008, 52,5% em 2009, 56% em 2010. Em 2011, passamos a incluir

A assistência obstétrica médico-hospitalar prestada no país vem passando

nos

últimos

anos

por

mudanças

agudas

e

questionamentos cada vez maiores, já que se percebe uma importante mudança ao valor que a sociedade passou a dar à via de parto, além dos resultados materno e fetais. Inicialmente desenvolvida

como

procedimento

cirúrgico

para

resolver

complicações do ciclo grávido-puerperal, o parto cesárea virou, nas últimas duas décadas, a via preferencial de nascimento no Brasil entre os usuários da Saúde Suplementar. Ao longo do tempo, passou-se inclusive a ser aceito como indicação para sua realização

nesta mensuração as pacientes oriundas dos consultórios particulares dos médicos da equipe e tivemos uma taxa de 68% em 2011, 69% em 2012 e 2013, 59% em 2014 e de 52% no 1º semestre de 2015, resultando em aumento de 55,6% na taxa de partos normais realizados pelo serviço. Como consequência direta da melhoria assistencial percebida pelos clientes, houve aumento importante no número de atendimentos clínicos e de partos realizados por esta equipe médica, ocasionando também um acréscimo de 100% no número de médicos componentes sem qualquer piora nos resultados perinatais ou de óbito materno.

o pedido da paciente, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e outras sociedades científicas, cesariana por escolha da mulher. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o impacto de ações de melhoria na gestão da equipe de médicos plantonistas sobre as taxas de parto vaginal em mulheres primíparas em serviço privado de assistência médico-hospitalar.

MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizado avaliação trimestral das taxas de parto vaginal em primigestas admitidas por médicos da equipe de plantonistas no período de Janeiro/2007 a Junho/2015, de acordo com o planejamento estratégico do corpo clínico da Equipe de Ginecologia e Obstetrícia. Os dados foram discutidos com todos os membros da equipe e medidas de incentivo ao parto vaginal foram implantadas, além de reuniões clinico-cientifica para capacitação e atualização em monitorização intraparto da vitalidade fetal, discussão dos casos de cesarianas desnecessárias, realização de cursos de capacitação em emergências obstétricas, reformulação do prontuário eletrônico com preenchimento de indicações de parto cesariana de acordo com protocolo clínico definido pela equipe, definição de idade mínima de 40 semanas para realização de cesariana por escolha da gestante.

Após o primeiro ano de observação dos resultados foi estabelecido a meta de mais de 43% de partos vaginais em primigestas. Foram monitorados também os resultados perinatais maternos e fetais.

RESULTADOS

CONCLUSÃO Considerando-se que a gestação e o nascimento são um evento psico-social na vida da mulher e de toda a sua família, é recomendável que os profissionias de saúde façam intervensões no parto apenas quando necessário. Além disso, observamos claramente uma mudança na expectativa da sociedade sobre a forma de nascimento, aumentando-se o número de casais que desejam a via vaginal como forma de parto. A organização do modelo assistencial, o treinamento continuo e permanente da equipe assistencial, o estabelecimento de protocolos simples e bem fundamentados, que permitam o seu acompanhamento e metas claras; além do suporte da estrutura hospitalar são medidas eficazes para redução das altas taxas de parto cesárea no país.

Ressaltamos entretanto a indispensável defesa para que o parto

66

GESTÃO EM SAÚDE

A taxa de parto cesariana em primigestas, de pacientes internadas

seja Seguro, independentemente de sua via, e o respeito absoluto

através do Pronto-socorro, medido em 2007 foi de 81%, e após a

às pacientes que desejam o parto cesárea como opção e escolha.

Análise Near Miss Materno em Hospital Quaternário da Região Metropolitana de Belo Horizonte

2016

Laranjeira, C.L.S.; Silva, C.H.M.; Chaves, S.R.; Geo, M.S. Serviço de Ginecologia e Obstetrícia de Alto Risco da Rede Mater Dei de Saúde – Belo Horizonte/MG

Introdução O índice de mortalidade materna no mundo ainda é alto, principalmente nos países subdesenvolvidos, refletindo as condições econômicas e a qualidade dos cuidados

Neste período houve apenas um óbito materno, por causa obstétrica direta, que segundo E.G. O’Malley et al. é toda morte materna que ocorre por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas

obstétricos. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem hoje 62 casos de morte materna a cada 100 mil nascidos vivos. Em 2007, a Organização Mundial da Saúde

causas. A taxa de cesariana nas pacientes classificadas como NM foi de 80,6% e parto normal de 14,9%.

(OMS) desenvolveu um protocolo com uma definição padronizada e critérios de identificação para os casos com risco aumentado de óbito materno, que sobreviveram às complicações relacionadas à gravidez, os chamados casos “Near Miss” (NM).

Inclui-se como NM gestantes e puérperas em situação de risco a vida como sepse, instabilidade hemodinâmica, re-operação por complicações obstétricas, hemotransfusão, admissão em CTI, entre outras. Essa classificação é cada vez mais utilizada a fim de avaliar o funcionamento do sistema de saúde e contribuir para redução da mortalidade materna.

A razão Near Miss (número de NM/nascidos vivos) foi de 0,02% neste ano, a taxa de Mortalidade Materna foi de 27,6/100000 nascidos vivos.

Objetivo O objetivo deste estudo foi identificar casos de NM e traçar um perfil das pacientes admitidas no serviço para otimizar à assistência obstétrica.

Métodos Estudo retrospectivo, que analisou todos os casos NM entre as pacientes internadas em hospital privado, no período de dezembro de 2014 a dezembro de 2015. Foram definidas como casos NM todas as gestantes, puérperas ou pacientes que abortaram dentro de um período de até 42 dias após a gestação que preencheram pelo menos um dos critérios de gravidade (Tabela 1) do formulário para coleta de dados disponível no protocolo da OMS.

Tabela 3: Características maternas e fetais nas mulheres NM Hospital Mater dei Idade gestacional no parto < 24 semanas 24 a 37 semanas > 37 semanas

Nº casos 2 35 24

Via de parto Cesariana Parto Vaginal

Nº casos 54 (80,59%) 10 (14,92%)

Principais critérios encontrados no hospital privado Hemorragia puerperal sem hemotransfusão Admissão em CTI Hemotransfusão Sepse Intervenções de suporte a vida Reoperação Óbito materno Óbito fetal

Nº casos 11 (16,41%) 39 (58,20%) 25 (37,31%) 6 (8,95%) 15 (22,38%) 12 (17,91%) 1 (1,85%) 6 (8,95%)

Discussão

Resultado Foram admitidas 3616 pacientes para assistência obstétrica, dos quais 67 casos foram NM. Entre as mulheres NM a idade média foi 32,5 anos, 54% eram primíparas e 57,4% das gestantes tiveram os partos entre 24 e 37 semanas. 16,4% foram admitidas após o parto e 80,6% anteparto. O tempo médio de internação nas mulheres NM foi de 9,6 dias. Dentre as causas de NM as mulheres foram distribuídas como 43,3% pré-eclâmpsia grave, 26,9% hemorragia puerperal e 8,9% por sepse. Quanto às intervenções, 37,3% receberam hemoderivados, 58,2% foram admitidas em CTI e 17,9% foram submetidas a re-operação (Tabela 2).

O serviço é uma referência na assistência quaternária da região, com grande fluxo de pacientes obstétricas de risco aumentado. Um dos critérios de medida da qualidade na assistência obstétrica é a taxa de mortalidade materna. O Brasil é um dos países que apresentou considerável queda da mortalidade materna entre 1990 e 2010, porém houve uma desaceleração nesta queda a partir de 2011. No mundo é estimado que para cada morte materna, cerca de 20 a 70 mulheres preenchem critérios para NM ou morbidade materna grave. De acordo com a OMS mais da metade das mortes maternas está associada à hemorragia ou as condições médicas preexistentes agravadas durante a gestação. Em estudo realizado por Lotufo, em 2012, das pacientes classificadas como NM, 67,7% foram por síndromes hipertensivas. Segundo Cecatti, 2011 referiu que 21% dos casos NM não apresentavam nenhum fator de risco no momento da admissão, o que significa que a vigilância para complicações deve ser feita durante toda a internação. O nosso trabalho em questão aponta resultados semelhantes, sendo pré-eclâmpsia grave e hemorragia responsáveis por 70% dos casos NM internadas no serviço e 20% das mulheres foram admitidas para assistência ao trabalho de parto sem risco aumentado. No Brasil não existem estudos sobre a incidência do NM materno, por isso é importante identificar as gestantes com risco aumentado para tais complicações, por meio de dados obtidos no pré-natal ou no primeiro atendimento no serviço e realizar monitorização rigorosa durante a assistência, para redução da taxa de mortalidade materna por causas evitáveis.

Conclusão

É importante estudar os casos Near Miss e manter a monitorização do indicador para que ações de melhoria na assistência aos casos “quase morte” possam impedir as mortes. Não há benchmarking para Razão Near Miss, no entanto as primeiras medidas realizadas em um hospital devem ser usadas como base para medidas subsequentes, para melhoria do próprio serviço e caracterização da sua população.

Bibliografia Applicability of the WHO Maternal Near Miss Criteria in a Low-Resource Setting, 2013.

The WHO Maternal Near-Miss Approach and the Maternal Severity Index Model (MSI): Tools for Assessing the Management of Severe Maternal Morbidity, 2012.

Maternal intensive care and near-miss mortality in obstetrics, 1998.

Applying the new concept of maternal near-miss in an intensive care unit, 2012.

Pre-validation of the WHO organ dysfunction based criteria for identification of maternal near miss, 2011.

E.G. O’Malley et al. Maternal near miss: what lies beneath? European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology 199, 116–120 118, 2016.

International classification of diseases, 10th Revision. Geneva: World Health Organisation; 2004.

Murphy CM, Murad K, Deane R, Byrne B, Geary MP, McAuliffe F. Severe maternal morbidity for 2004–2005 in the three Dublin maternity hospitals. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2009;143:34 –7.

Dias MAB et al. Incidência do near miss materno no parto e pós-parto hospitalar. Cad. Saúde Púb, Rio de Janeiro, 30 Sup:S169-S181, 2014. z Secretaria de Vigilância em Saúde, MS. Boletim Epidemiológico 43(1). http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/bo (acessado em 04/05/16).

REDE MATER DEI DE SAÚDE

67

2016 Aprendendo a trabalhar como Rede Mater Dei: relação ideal recursos humanos x demanda Salvador,H.M.¹; Sacchetto,M.S.C.²; Oliveira, S.M.L.³; Santos,T.V.S.4 ¹Presidente da Rede Mater Dei de Saúde, ²Superintendente de Gestão de Pessoas, ³Superintendente Administrativa, 4Gerente de Gestão de Pessoas

Introdução e Objetivo

aumento de 41%. Gasto com horas extras teve redução

Considerando a sazonalidade na área hospitalar e

Produtividade

abertura de nova unidade do Hospital Mater Dei em 2014,

previstas, economizando neste ano R$ 1.032.447,00.

de 33% no mesmo período. A atuação do Comitê de racionalizou

25%

das

solicitações

foi necessário trabalharmos como REDE. Para mantermos a sustentabilidade e evitar a duplicação de uma estrutura frente a uma demanda, atuamos com eficiência no manejo de recursos na Rede Mater Dei.

Conclusão

Utilizamos o

No 1º semestre de 2016, quando comparado ao mesmo

Compartilhamento Sistemático e Centralizado de recursos

período de 2015, a implantação da prática sistematizada e

humanos. Diminuindo a capacidade ociosa e desperdício,

centralizada de remanejamentos de recursos humanos na

otimizando o atendimento da demanda e produção,

Rede Mater Dei de Saúde permitiu racionalizar tanto a

sempre tendo como premissa a missão do Compromisso

contratação, quanto a alocação de recursos humanos

com a Qualidade pela Vida.

adequada à demanda sazonal, contribuindo para a sustentabilidade na expansão.

Métodos

Gasto com Horas Extras (R$) Percentual em relação ao semestre anterior

Criou-se o Comitê de Produtividade e o PCP (Planejamento e Controle da Produção), que centralizam a análise

-46%

“demanda x recursos humanos alocados”, constroem as

+45%

-52%

melhores práticas e melhoria contínua. O uso do Portal de

-27%

-8%

-33% -69%

Gestão Dinâmica de Recursos x Ocupação indica os 1º Sem. 2013

remanejamentos necessários, que são avaliados em

2º Sem. 2013

1º Sem. 2014

2º Sem. 2014

1º Sem. 2015

2º Sem. 2015

1º Sem.2016

2º Sem. 2016

tempo real utilizando também a alocação de horas de enfermagem pelas demandas dos pacientes, baseadas na classificação de Fugulin. Os remanejamentos são feitos embasados numa multifuncionalidade construída desde a

Outros

Enfermagem

5000 1256

descrição do cargo, contratação e treinamento, para áreas

4000

afins. O Comitê de Produtividade analisa as contratações

3000

x processos setoriais e demanda. O impacto foi medido

2000

através do banco de horas, horas extras, horas de

1000

remanejamento, tendo como controle a variação de

Horas de Compartilhamento Total x Enfermagem

6000

12

880

1044

108 06/15

36

07/15

428

1049

1260

2292

1728

1572

11/15

12/15

48

436

643

3816

428

1063 0

563

780 1760

2568 1824

1993

02/16

03/16

608 2748

2040

228

08/15

09/15

10/15

01/16

04/16

05/16

06/16

07/16

08/16

demanda, comparando o 1º semestre/2016 com o mesmo período de 2015.

Reduções do Comitê de Produtividade Total solicitado

Resultados As

horas

de

remanejamento

235

foram

de

(2°sem/2015) para 18705 (1º sem/2016) representando

68

GESTÃO EM SAÚDE

Colaboradores, estagiários e acadêmicos Não Aprovado pelo Comitê

11104 58

2484

1752

672

Colaboradores, estagiários e acadêmicos (25%)

Aprovado

Diferença

177 colaboradores, estagiários e acadêmicos

58 colaboradores, estagiários e acadêmicos

Deixamos de gastar: Deixamos de gastar: Mensal Anual

R$ 144.868

R$ 1.032.447

09/16

2016

Apuração em tempo real de satisfação do cliente na Rede Mater Dei de Saúde: ações mais rápidas, clientes mais satisfeitos Geo, M.S.¹; Rosa, D.C.G.²; Ferreira, J.B.³ Vice-presidente Assistencial Operacional e Diretora Clínica¹, Coordenadora de SAC², Coordenadora de Auditoria Interna e Compliance³

Introdução

Resultado

No atendimento ao cliente, além da apuração e tratamen-

O sistema automatizado permitiu à Rede Mater Dei de

to dos relatos, a apuração e geração de resultados é um

Saúde antecipar a identificação, apuração e tratamento

entrave na maioria das organizações. Diante disto, este

dos registros feitos pelos clientes, podendo concluir, com

trabalho tem como objetivo mostrar os benefícios e resul-

isto, a melhora progressiva dos resultados do NPS (Net Pro-

tados gerados pela implantação de um sistema automati-

moter Score), que alterou de 62% de satisfação em jun/16

zado para apuração da satisfação do cliente na Rede

para 71% em Ago/16. Houve queda de 33% no número de

Mater Dei de Saúde (Tracksale®) e, a partir dos resultados

detratores. No serviço de Pronto-socorro, que historica-

obtidos, a implantação do grupo de melhoria. No formato

mente é o setor de menor amostragem, o percentual de

de coleta anterior, o cliente preenchia um formulário, de-

pesquisas respondidas pré-automação era de 4%; após im-

positava nas urnas e esses eram coletados e lidos, em

plantação, o resultado está se mantendo em torno de 11%.

média, uma semana após o preenchimento.

Conclusão

Metodologia

A automação da geração de resultados e alertas para os

O sistema automatizado apura os registros através do envio

gestores permitiu a ação imediata, com ações e planos

de SMS ou e-mail imediatamente após a alta ou finalização

corretivos que melhoraram tanto a satisfação do cliente

do atendimento. Com a implantação da ferramenta, o

quanto a coleta de dados em áreas críticas.

gestor visualiza a resposta do cliente on-line e recebe um alerta por email sempre que seu setor for avaliado com nota inferior a 6 (detrator). Caso isso ocorra, tem o prazo de até 48 horas para fazer contato com este cliente. A partir da resposta do cliente é, também, imediata a visualização do retorno no Serviço de Apoio ao Cliente. A partir da leitura dos comentários que o cliente registra por meio da ferramenta é possível também estabelecer ações de melhoria em curto período de tempo. Paralelamente, foi criado um grupo de melhoria que se reúne semanalmente para discutir as ações tomadas, definir novas e garantir o cumprimento. É liderado pela vice-presidência da organização.

Score

Detratores

Neutros

Promotores

REDE MATER DEI DE SAÚDE

69

2016 Automatização do controle do protocolo de TEV na Rede Mater Dei de Saúde: o caminho para a possibilidade Pena, C.F.B.V.¹; Assad, E.C.P.²; Oliveira, D.P.²; Sclearuc, E.A.³ ¹Enfermeira da Diretoria Técnica, ²Gerente Médica, ³Diretora Técnica

Introdução O tromboembolismo venoso (TEV) é uma importante causa prevenível de morte intra-hospitalar.

O gerenciamento do protocolo de TEV é meio para adequada qualidade assistencial. Após tentativas frustradas de manter a monitorização manual do protocolo, desenvolvemos um relatório automatizado para acompanhamento de 100% da população hospitalizada, com retorno de resultados aos médicos.

Objetivo Avaliar o impacto da automatização do controle do protocolo de TEV na Rede Mater Dei de Saúde na adequação da profilaxia utilizada.

Métodos De 2011-13 a avaliação do protocolo de TEV era trimestral, amostral e transversal. O trabalho de auditoria era manual e árduo, e a auditoria ficou precária, embora a enfermagem continuasse a classificar o paciente. Em 2015 os instrumentos de classificação de risco Pádua e Caprini foram inseridos no documento eletrônico de admissão do paciente, e o processo de avaliação de risco transferido para o próprio médico, com capacitação do corpo clínico para preenchimento dos escores e construção dos indicadores. A partir dos campos obrigatórios do documento, criamos um relatório do sistema, que informa a taxa de preenchimento do documento de classificação de risco e a taxa de adequação de profilaxia entre os pacientes que tiveram o risco avaliado. Os resultados mensais são retornados sistematicamente ao corpo clínico, no acompanhamento trimestral das metas, com resultados apurados por equipe e por

70

GESTÃO EM SAÚDE

médico. Anualmente, há a inclusão destes resultados no feedback médico individual, para melhoria contínua.

Resultados Foram incluídos, no período de outubro/2015 a maio /2016, 2135 pacientes clínicos e 1483 pacientes cirúrgicos. Houve melhora significativa da adequação à profilaxia para TEV nos pacientes clínicos (de 52% para 87%) e cirúrgicos (54 para 71%). A meta institucional é de 80% de adequação, superior às taxas de profilaxia relatadas na literatura (ver gráficos 1 e 2).

Gráfico 1 Adequação da profilaxia de TEV (cirúrgico) 90% 80% 70% 60% 54% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 4º tri /15

66%

jan/16

75%

76%

71%

abr/16

mai/16

61%

fev/16

mar/16

% adequação da profilaxia de TEV META=80%

Tendência

Gráfico 2 Adequação da profilaxia de TEV (clínico) 100% 70%

80% 60%

80%

76%

fev/16

mar/16

82%

87%

52%

40% 20% 0% 4º tri /15

jan/16

% adequação da profilaxia de TEV META=80%

abr/16

mai/16

Tendência

Conclusão A obtenção dos dados automatizados facilita e motiva a coleta dos indicadores. A análise mensal melhora continuamente o cuidado. As reflexões realizadas em conjunto com a equipe multidisciplinar melhoraram os documentos de prontuário e fomentaram a adesão progressiva das equipes no preenchimento dos mesmos e adequação da profilaxia.

2016 Comunicação segura: melhoria da segurança assistencial por instrumento informatizado de passagem de plantão de enfermagem na Rede Mater Dei de Saúde Fontes, JB¹; Nicácio,FA²; Versiane, DH³; Maia,JS4 ¹Gerente de enfermagem do Mater Dei Santo Agostinho, ²Gerente de enfermagem do Mater Dei Contorno, ³Coordenadora de enfermagem, 4 Coordenadora de enfermagem

Introdução Falhas de comunicação são comuns nas análises de erros assistenciais graves. A imensa quantidade de informações geradas no ambiente hospitalar prejudica a comunicação entre os membros da equipe assistencial. A Tecnologia da Informação (TI) pode contribuir para a redução de erros na passagem de plantão de enfermagem e melhorar a eficácia da comunicação ao evitar lacunas de memória e tratar sistematicamente informações essenciais ao cuidado, no prontuário eletrônico do paciente (PEP).

Objetivo Avaliar os impactos, sobre a segurança assistencial, da utilização de instrumento informatizado de passagem de plantão, fundamentado no PEP.

Método No PEP elencamos pontos de controle necessários ao acompanhamento assistencial e essenciais na garantia da continuidade da assistência na passagem de plantão entre turnos. A partir destes pontos, a TI estruturou um relatório, em tempo real, que busca no PEP o último registro de: nível de consciência, classificação dos riscos de vulnerabilidade, queda, lesão por pressão e alergia, contenção física, precauções de isolamento, acesso venoso periférico/central, drenos, curativos, eliminações, dieta, pendências de exames, medicamentos de alta vigilância (MAV) e/ou de tempo crítico, evitando comunicação informal e registros em rascunhos.

Resultado Após a implantação do instrumento, comparando o 2º sem/2015 ao 1º sem/2016, observamos que houve redução da taxa de quedas/pacientes/dia de 0,65% para 0,48%, lesões por pressão/saídas hospitalares de 1,26% para 1,04% e maior adesão à dupla checagem de MAV (92% x 100%). Comparando o 1º trim/2016 ao 2º trim/ 2016, houve diminuição no atraso de exames laboratoriais (17% para 12%).

Conclusão A implantação do instrumento informatizado, eliminando falhas de memória e vícios de comunicação na passagem de plantão de enfermagem, permitiu alcançar padrões mais elevados de confiabilidade e segurança no processo de passagem de plantão, aumentando a segurança assistencial com a redução de eventos assistenciais.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2016 Formação de pessoas: utilização de metodologias diferenciadas na capacitação de equipes do Hospital Mater Dei Contorno - HMDC Sacchetto, M.S.C.C.¹; Santos, T.V.S.³; Costa, L.S.² Superintendente de Gestão de Pessoas¹, Gerente de Recursos Humanos², Supervisora de Educação Permanente³

Introdução

colaboradores, 720 médicos, 250 terceiros possibilitando o alcance do resultado estratégico, a Acreditação JCI. As temáticas trabalhadas contemplaram conteúdos como Princípios e Diretrizes Acreditação JCI,

As técnicas e metodologias utilizadas em capacitações exercem

O papel da Liderança Padrões Centrados no Paciente, Metas

impacto direto na qualidade do processo de educação. Dessa forma,

Internacionais de Segurança do Paciente, Gestão da Qualidade, Gestão

o HMDC investiu na utilização de recursos diferenciados que

de Segurança do Ambiente e Pessoas, Propósitos Organizacionais,

proporcionaram a vivência teórica e prática na preparação e formação

Direitos e Deveres do Paciente, Programa de Combate a Incêndio e

das equipes com foco na Acreditação Joint Commission Internacional.

Fumaça, Acidente de Trabalho e Uso de EPIs, Higienização das Mãos,

Objetivo

Transição de Cuidados, Gerenciamento da Dor, Ressuscitação - Níveis

Solidificar o conhecimento necessário aos padrões de atendimento à norma de qualidade Joint Commission Internacional por meio de um novo modelo de capacitações, no que se refere à Educação e Qualificação de profissionais.

Métodos O HMDC criou a campanha motivacional “Rumo à Acreditação JCI”.

Uma das ações foi a gincana #Desafio JCI, que contou com uma Comissão Organizadora. A equipe foi dividida em seis times, cada um com desafios a cumprir (construção de um mascote, capacitações técnicas e comportamentais por meio da utilização de jogos, provas práticas e simulações realísticas in loco, implantação de Melhores Práticas, quiz, cursos e-learning) possibilitando o acúmulo de pontos.

Utilizou-se metodologia lúdica no processo de ensino aprendizagem, pautando na teoria de como aprendemos de William Glasser, sendo todas as ações acompanhadas e monitoradas por profissionais de Recursos Humanos.

Resultado O índice de Homem/Hora/Treinamento atingiu 8,7 em jan/16 (acima da referência ANAHP 4,05h/h) e a Eficácia de Capacitação obteve 100%, o que evidenciou o engajamento nas ações de capacitação. A adesão dos colaboradores aos cursos e-learning aumentou 11,35% e, do corpo clínico, a adesão foi de 94%, sendo estímulo e incentivo para o desenvolvimento da cultura de auto aprendizagem.

Conclusão A utilização de técnicas e metodologias diferenciadas de capacitação proporcionou retenção do conhecimento consolidando o aprendizado, bem como maior interação entre colaboradores, corpo clínico e terceiros, reforçando o espírito de equipe. Foram envolvidos cerca 700

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GESTÃO EM SAÚDE

- Acionamento, Suporte Básico e Avançado.

2016 Gestão da equipe de Clínica Médica no Pronto-socorro: Remuneração e Engajamento Gomes, B.F.; Goulart, M.M.; Santana, T.J.A. Clínicos Gerais da Equipe de Clínica Médica 5 da Rede Mater Dei de Saúde

Introdução A gestão de equipes médicas no pronto-socorro é um dos desafios da administração hospitalar. Alcançar o equilíbrio entre carga de trabalho, satisfação profissional e remuneração exige seriedade e trabalho em equipe. No pronto-socorro, o médico que trabalha no horário nobre (durante a semana de dia) se paga com sobras, mas aquele que trabalha à noite e nos finais de semana é deficitário. Somos uma equipe de Clínica Médica que atende na Rede Mater Dei de Saúde – Unidade Contorno, desde a sua fundação em junho de 2014. O atendimento é 100% privado. O faturamento é por produção junto aos convênios e pacientes particulares, sem necessidade de adicional pago pela instituição. Nossa gestão é baseada no “Sexteto da Excelência” da prestação de serviços em saúde que visa criar um ambiente ótimo de trabalho. A confluência destes fatores gera as condições ideais para a formação de uma equipe de excelência.

Sexteto da Excelência

Índice =

Atendimentos Horas Trabalhadas

Resultados 54,36% à mais no valor da hora trabalhada. Comparação entre 9 instituições da nossa região onde a média de pagamento bruto foi de R$ 89,35 por hora trabalhada em relação aos R$ 137,92 pagos pela nossa equipe.

95,5% de satisfação atual dos médicos da equipe em relação à remuneração e esquema de trabalho.

9% foi a taxa de rotatividade da equipe no segundo ano de funcionamento. No primeiro ano havia sido de 39%. Após 2 anos de equipe, 61% dos médicos seguem trabalhando.

Comentários Nossa equipe vem crescendo junto com o Hospital e em total sincronia. Recebemos apoio completo da instituição que nos oferece as melhores condições de trabalho possíveis. Exercemos a medicina como aprendemos nos livros. Apesar de sermos 100% privados, nossa prática pode ser facilmente replicada em serviços públicos.

Conclusão

Objetivos Comprovar que o trabalho em equipe é a pedra fundamental da sustentabilidade financeira no pronto-socorro; Exposição do médico a um indicador simples e eficaz de sustentabilidade, estimulando-o a participar da gestão da equipe; Apresentar um modelo de gestão simples, objetivo e eficaz que agrega recursos humanos, horas trabalhadas e a demanda do pronto-socorro; Reduzir a rotatividade dos médicos e elevar o nível de satisfação.

Metodologia Composição da equipe com um pensamento comum: trabalhar efetivamente como equipe. A ferramenta que utilizamos para monitorar a sustentabilidade financeira é bem simples e baseia-se no Índice Atendimentos/Horas Trabalhadas que baliza o número de médicos que disponibilizamos por plantão. O índice é exposto mensalmente para toda a equipe. A produção é acumulada em caixa-único e todos participam ativamente do controle das horas trabalhadas. Em caso de queda da demanda, automaticamente, alguém da equipe é liberado para “valorizar” a hora trabalhada.

O trabalho em equipe com caixa único e divisão por horas trabalhadas é uma excelente alternativa na gestão da equipe de clínica médica no pronto-socorro de instituições privadas e dispensa o aporte de capital adicional pela instituição. A “distribuição da renda” é vital. Além da remuneração atingida, ficou claro que toda a equipe entende o propósito e se sente satisfeita. A clareza e o exemplo do líder são fundamentais. A condução da equipe precisa ser transparente e compartilhada, principalmente em se tratando de remuneração. A colaboração tornou-se nossa marca, vide figura que utilizamos no nosso grupo de Whatsapp ao lado:

Bibliografia Gestão de Pronto-socorro: Ajudando a Evitar a Falência do Sistema de Saúde Brasileiro – Breno Figueiredo Gomes – Atheneu Editora - 2014.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2016

Impactos econômicos e assistenciais na implantação de uma ferramenta automatizada de avaliação das prescrições médicas na Rede Mater Dei de Saúde SCLEARUC, E.A.¹; MARTINS S.R.²; SILVA, Hágabo M.³; GONÇALVES, T.S.4 ¹Diretora Técnica, ²Farmacêutica Responsável Técnica ,³Acadêmico de Farmácia, 4 Acadêmico de Farmácia.

Introdução A utilização de ferramentas que atuam como barreiras na segurança medicamentosa são fundamentais para a segurança assistencial e aumento da eficiência dos processos internos.

No âmbito hospitalar, falhas relacionadas a medicamentos são responsáveis por um aumento significativo do tempo de internação, morbidade, mortalidade e custos hospitalares, mas podem ser efetivamente prevenidas ao submeter a prescrição médica a uma revisão farmacêutica antes da dispensação dos medicamentos1,2,3,4,5,6.

Com a implantação do AVAFAR, sem aumento da equipe, foram avaliadas 55.543 (31,60%) itens/total de 175.748 itens prescritos. Foram necessárias 1.705 (3%) intervenções farmacêuticas.

Período de análise: 18/01/16 a 30/05/16 3%

Itens de prescrições ana lisadas sem intervenção Itens de prescrições ana lisadas com intervenção farmacêutica

Objetivo

97%

Avaliar melhorias na implantação de um sistema eletrônico que possibilite a avaliação das prescrições médicas pelo farmacêutico antes da dispensação, além da inserção direta do mesmo nas unidades, com participação de corridas de leito com mais embasamento e proximidade ao paciente.

Métodos Estudo observacional e comparativo do piloto de implantação de um sistema eletrônico de avaliação farmacêutica das prescrições médicas antes da dispensação do medicamento no Hospital Mater Dei Contorno, de Belo Horizonte. Foram quantificadas as intervenções farmacêuticas realizadas durante o período de 18/01/2016 a 30/05/2016. Tais dados foram comparados ao período de setembro a dezembro de 2015, quando as prescrições eram analisadas após a dispensação, sem recurso eletrônico.

No período de setembro a dezembro/2015 foram analisados 1026 prescrições após a dispensação dos medicamentos.

Destas foram necessárias 194 intervenções farmacêuticas.

Período de análise: setembro a dezembro/2015 18,9%

Prescrições analisadas sem intervenção Prescrições analisadas com intervenção farmacêutica

81,1%

GESTÃO EM SAÚDE

55.543 itens de prescrições analisadas

A economia gerada para o hospital em relação às intervenções realizadas foi de R$ 49.299,04. Esse valor é referente a glosas que o hospital evitou com as intervenções antes da dispensação e administração do medicamento. Foi verificada maior agilidade para o profissional realizar as análises e melhor interação com as equipes multidisciplinares, com o farmacêutico inserido nas unidades.

Conclusão A ferramenta utilizada foi efetiva para identificar e prevenir erros de prescrição antes da dispensação, redução de custos, maior interação do farmacêutico com os médicos e maior agilidade para realizar as análises de prescrição, evolução das intervenções e identificação de erros.

Referências

Resultado

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1.705 intervenções realizadas

1.026 prescrições analisadas

1. Lucca JM, Ramesh M, Narahari GM, Minaz N. Impact of clinical pharmacist interventions on the cost of drug therapy in intensive care units of a tertiary care teaching hospital. J Pharmacol Pharmacother, 2012;3(3):242-7.

2. Khalili H, Farsaei S, Rezaee H, Dashti-Khavidaki S. Role of clinical pharmacists’ interventions in detection and prevention of medication errors in a medical Ward. Int J Clin Pharm, 2011;33(2):281–284.

3. Novaes MRCG, Souza NNR, Néri EDR, et al. Guia de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. São Paulo, Ateliê Vide o Verso, 2009:11-36.

4. Ferracini FT, Filho-Borges WM. Farmácia Clínica. Segurança na Prática Hospitalar. São Paulo: Editora Atheneu, 2011. Implantação da Farmácia Clínica, Cap-1, p.19-46.

5.Coimbra JAH, Cassiani SHB. Segurança na utilização de medicamentos: dificuldades de detecção dos erros de medicação e algumas propostas de prevenção. Ciência, Cuidado e Saúde, 2004,3(2):153-160.

6. Miasso AI, Grou CR, Cassiani SHB et al. Erros de medicação: tipos, fatores causais e providências tomadas em quatro hospitais brasileiros. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2006, 40(4):524-532.

2016 Mídias sociais e Governança: como o monitoramento e a interação digital com clientes contribuem para a estratégia corporativa Prado, N.¹; Géo, M.S.²; Favaro, P.³ Gerente de Comunicação e Marketing¹ , Vice-presidente Assistencial, Operacional e Diretora Clínica², Analista de Comunicação³,

Introdução Com presença no Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin e Youtube, e com mais de 100 mil pessoas conectadas, a Rede Mater Dei de Saúde utiliza a interação via mídias sociais como parte do seu negócio.

Pacientes e familiares, corpo clínico e colaboradores estão conectados. E por isso atuamos, de forma sistemática e organizada, no relacionamento digital. Fluxos foram desenhados para que, no momento em que uma crítica for postada em uma mídia social, os responsáveis sejam acionados, apurem, tratem o problema e dêem retorno ao cliente.

Aumento no número de interações positivas a partir da intensificação da presença nas mídias sociais. De janeiro a julho de 2016, houve 1.586 interações (90,86%) positivas.

Gráfico 2 Aumento no número de interações positivas a partir da intensificação da presença nas mídias sociais.

Objetivos A atuação tem como objetivo captar e tratar todas as reclamações a partir da experiência do cliente, bem como as sugestões e elogios. As interações são acompanhadas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração, que utilizam os relatórios para planejar ações e atuar nas melhorias dos serviços. Também é feito um trabalho ativo de divulgação para os clientes. As mídias sociais, aliadas à governança, contribuem para o fortalecimento da atuação da Rede.

Métodos Clientes podem fazer postagens diretas nas páginas da Rede nas mídias sociais; Monitoramento das mídias sociais 24 horas por dia; Utilização de canais digitais para divulgação de serviços e projetos; Fluxos definidos e compartilhados com Diretoria e gestores das áreas para atendimento às demandas do cliente; Monitoramento de indicador de % de respostas a críticas publicadas em redes sociais em até 2 horas (meta 100%).

Resultado SAC 2.0 – Clientes buscam informações e dúvidas sobre procedimentos e serviços.

Aumento do número de pessoas conectadas: Jan. 2015: 41.423.

Jul.2016: 101.151 pessoas.

Gráfico 1 Número de pessoas conectadas às mídias sociais da Rede Mater Dei de Saúde

Conclusão Não é mais possível para as organizações ficarem de fora das mídias sociais. Desde 2011, quando foram criados os primeiros perfis oficiais (Facebook e Twitter), a Rede atua de forma estratégica no ambiente digital. O número de clientes que se relacionam com a Instituição e, consequentemente, podem ter acesso às informações sobre os serviços, têm aumentado. Mais do que responder rapidamente às queixas, é necessário que as organizações aprendam a ouvir o que o cliente tem a dizer e utilizar dessas ferramentas para melhoria da atuação no mercado.

Referências KOTLER, Philip. Administração de Marketing / Phiplip Kotler, Kevin Lane Keller; tradução Sônia Midori Yamamoto; revisão técnica Edson Crescitelli – 14 ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

KOTLER, Philip. Marketing estratégico para a área da saúde: a construção de um sistema de saúde voltado ao cliente/ Philip Kotler, Joel Shalowitz, Robert J. Stevens; tradução Sonia Augusto. – Porto Alegre: Bookman, 2010.

RAMOS,

Fernando

(Org).

e-Infocomunicação:

estratégias

e

aplicações. / Fernando Ramos, Brasilina Passarelli e Armando Malheiro da Silva - São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014.

TEBOUL, James. Serviços em cena: o diferencial que agrega valor ao seu negócio. Brasília: IEL/NC, 2008 – 2ª reimpressão.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2016 O impacto do “fast track” na eficácia dos resultados e satisfação do cliente: uma perspectiva do Pronto-socorro do Hospital Mater Dei Contorno Souza, T.S.¹;Assad, E.C.P.²; Nicodemos, D.M.³;Sclearuc,E.A.4 ¹Enfermeira do Pronto-socorro, ²Gerente Médica, ³Analista de PCP, 4Diretora Técnica

Introdução A superlotação e a insatisfação dos pacientes nos atendimentos de Pronto-socorro (PS) é um ponto crucial. O “fast track” é projetado para agilizar o fluxo do atendimento dos pacientes não urgentes. O princípio fundamental desse sistema consiste no atendimento dos pacientes não urgentes em uma área específica e por profissionais dedicados, que têm a competência para tomar decisões, evitando longas esperas e não competindo por recursos com os demais pacientes.

Objetivo Avaliar o impacto da operação do “fast track” no tempo de espera do atendimento no PS e na satisfação do paciente.

Materiais e Métodos O PS do Mater Dei Contorno foi concebido estruturalmente com fluxos diferenciados pela gravidade do paciente. A estrutura física da área de "fast track" tem equipe dedicada médica e de enfermagem, consultórios de rápido fluxo, coleta e área de medicação específica para os pacientes de baixa gravidade.

Em 25/07/2016, implantamos a “puxada” sistemática dos pacientes pela enfermagem, de 9-18 horas, dias úteis, período com maior movimento do hospital. Após a triagem, os pacientes classificados como verde são chamados para atendimento médico de acordo com sua senha. O técnico de enfermagem di-

76

GESTÃO EM SAÚDE

reciona este paciente ao consultório médico, verifica os dados vitais até a chegada do médico, coordena e controla a execução e finalização dos exames e a reavaliação do paciente.

A enfermagem foi capacitada e empoderada de agilizar o atendimento médico. O corpo clínico foi mobilizado pela Diretoria Técnica, que acompanhou a implantação in loco.

O período de análise foi 20/06/2016 a 22/07/2016 (antes da implantação do “fast track”) e 25/07/2016 a 26/08/206 (período de implantação), sendo avaliado o tempo médio de espera e a satisfação do cliente.

Resultado Analisando os dados dos períodos antes e após a implantação do “fast track”, observa-se redução de 23% no tempo médio de espera do cadastro até o atendimento médico (passou de 30 para 23 minutos). A qualidade dos serviços, na visão dos clientes, avaliada pela metodologia do Net Promoter Score aumentou em 20% (passou de 43% para 63%).

Conclusão Demonstramos que o ajuste de processos e a colocação do paciente como centro do atendimento no PS, desde a concepção até a operação, impactaram no tempo de cadastro até o final de atendimento médico, que foi reduzido, melhorando a satisfação do paciente.

2017 AGREGANDO VALOR AO SISTEMA DE SAÚDE: IMPACTO POSITIVO DA IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE HIPERGLICEMIA HOSPITALAR NA REDUÇÃO DA PERMANÊNCIA HOSPITALAR COSTA, R,S,M; LAMOUNIER, R,N; GEO, M,S; SCLEARUC, E.

Objetivo: Verificar o impacto da implantação do Protocolo de Hiperglicemia na permanência hospitalar.

Métodos: Foram levantadas 1.143 internações clínicas (67,6%) e cirúrgicas (32,4%) de pacientes adultos, do 1º semestre de 2017, que usaram insulina durante a internação. Foi realizado pareamento por escore de propensão, utilizando permanência hospitalar como variável dependente. As variáveis explicativas para o cálculo do escore de propensão foram: sexo, idade, tipo de internação e quantidade de insulina dispensada, que foi usada como proxy de intensidade de necessidade de cuidado. Dessas internações, 208 (18%) participaram do protocolo, porém, após o pareamento, dois indivíduos foram excluídos da amostra, por não estarem na região de suporte comum. Todas as análises dos dados foram realizadas no pacote estatístico STATA -Data Analysis and

Statistical Software, versão 13. Para o pareamento foi utilizado o comando psmatch2, com opção de suporte comum e ties, que pareia cada indivíduo tratado com não apenas um, mas com todos os controles com valores idênticos de escore de propensão.

Resultados: Quando comparado o grupo de pacientes que participou do protocolo de hiperglicemia com o grupo controle, encontrou-se uma redução média de 8,77 dias de permanência hospitalar, com significância estatística. (p= 0,001) GRAFICO 01- Tempo de permanência sem e com acompanhamento pelo protocolo de Hiperglicemia hospitalar, em pacientes internados que fizeram uso de insulina. Rede Mater Dei de Saúde, 2017 25

20

Permanência (dias)

Introdução: A Hiperglicemia é um problema de saúde comum, sério e dispendioso no contexto hospitalar. Estima-se que 30% dos pacientes internados têm hiperglicemia, sendo que uma parcela importante desconhece o diagnóstico. A Rede Mater Dei de Saúde implementou um protocolo de hiperglicemia intra-hospitalar, em que uma equipe de endocrinologia realiza o manejo glicêmico, supervisiona as interações de uso de insulina com alimentação e jejuns para exames e faz o processo de educação dos pacientes, com o objetivo de garantir segurança, qualidade em saúde e sustentabilidade ao sistema.

15

10

5

0 Sem protocolo de hiperglicemia

Com protocolo de hiperglicemia

Conclusão: Implantar um protocolo de hiperglicemia intra-hospitalar manejado por especialistas tem impacto positivo na permanência e, consequentemente, na redução do custo da conta hospitalar, garantindo sustentabilidade, segurança, qualidade e valor ao sistema de saúde.

Referências Bibliográficas:

Control in Critically Ill Patients. New England Journal of Medicine. 360: 1283-1297,2009.

AHMANN, AI. Inpatient management of hospitalized patients with type 2 diabetes.

Cur Diabetes Reports. 4: 346-5, 2004.

UMPIERREZ, G.E; et al. Management of hyperglycemia in hospitalized patients in non-critical care setting: an endocrine society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. n. 97(1):16-38, 2012.

CLEMENT, S, et al. Management of diabetes and hyperglycemia in hospitals.

Diabetes Care. 27(2): 553-91, 2004.

INZUCCHI, S.Management of Hyperglycemia in the Hospital Setting. New England Journal of Medicine. 355:1903-1911, 2006.

The Endocrine Society Statement to Providers on the Report Published in the New England Journal of Medicine on NICE-SUGAR, 2009.

The NICE-SUGAR Study Investigators. Intensive versus Conventional Glucose

VAN DEN BERGHE, GP, et al. Intensive insulin therapy in critically ill patients. N Engl J Med. 345:1359-67,2001.

VAN DER HOSTS, ICC, et al. Glucose-insulinpotassium infusion in patients treated with primary angioplasty for acute myocardial infarction. J Am Coll Cardiology.

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WIENER, RS, et al. Benefits and Risks of Tight Glucose Control in Critically Ill Adults: A Meta-analysis. JAMA. 300(8):933-944,2008.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2017

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GESTÃO EM SAÚDE

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2017

VOLTAR

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2017 HOSPITAL ALÉM DA FUNÇÃO TRADICIONAL: IMPACTOS DA LINHA DE CUIDADO DE DIABETES DO MAIS SAÚDE MATER DEI COSTA, R,S,M; CHAVES, S,R; ZOGLIO, J,N; GEO, M,S. Introdução: O hospital Mater Dei iniciou uma Linha de Cuidado, estabelecendo o seguimento pós-alta de pacientes diabéticos, indo além da tradicional função hospitalar, de atender agudizações. Conforme a literatura, estabelecemos o manejo proativo de diabéticos (protocolo e plano de cuidados em função do quadro clínico), capacitação para autocuidado e telemonitoramento clínico. Serviço integrado, equipe multiprofissional (endocrinologistas, enfermeira, nutricionista, educadora em saúde, cuidados com os pés), e todo o percurso terapêutico dentro da Rede Mater Dei de Saúde.

Objetivo: Avaliar impacto da Linha de Cuidado de Diabetes na taxa de glicohemoglobina (HbA1c), no custo e na utilização de serviços de saúde.

Métodos: Comparou-se médias mensais de utilização 12 meses antes da entrada de todos os pacientes incluídos, com as médias mensais após o mínimo de 6 e 9 meses de inclusão.

Os parâmetros utilizados foram médias mensais antes x depois de custo total, frequência de idas ao PS (especialidades clínicas), internações clinicas, permanência e SADT. Como se trata de um estudo piloto, a maioria dos pacientes ainda não completou um ano de acompanhamento.

Comparou-se, também, a taxa média de HbA1c no tempo zero de entrada, e 6 meses depois da inclusão, para todos os pacientes (modelo UKPD-S), pois 1% de redução de HbA1c gera alto impacto em redução de eventos micro e macrovasculares.

Resultados: Resultado de saúde: redução média de 8% no valor de HbA1c, seis meses após a inclusão. Tivemos 132 e 90 pacientes, respectivamente com permanência mínima de 06 e 09 meses. Resultados de utilização com 6 (e 9) meses de programa: redução média mensal de custo total 54% (57% em 9 meses), versus a média mensal 12 meses antes da entrada no programa. Redução média mensal de 30% (40%) nas idas ao PS, redução de 35% (44%) do número de internações clínicas, com permanência hospitalar 18% (26%) menor. SADT maior 48% (23%).

Resultados estatisticamente significativos para a comparação antes x depois, e semelhantes entre grupos de 6 e 9 meses.

Figura 01- Linha de cuidado Diabetes Número de eventos médio mensal Utilização na Rede Mater Dei de Saúde

Pronto-socorro

-30%

-40%

Exames

48%

23%

Internação Clínica

-35%

-44%

Conclusão: A gestão sistematizada e integrada de pacientes diabéticos estabelecida pelo hospital como extensão do cuidado, apresentou impacto positivo no marcador clínico, na utilização de serviços de saúde e nos custos dos pacientes incluídos. Efetivamente, delineia-se uma nova função agregadora de valor, para o hospital, num sistema de saúde.

Referências Bibliográficas:

Diabetes in adults. NICE Quality Standard. Published: 30 March 2011. nice.org.uk/guidance/qs6.

Foundations of Care and Comprehensive Medical Evaluation. Diabetes Care. 39(Suppl. 1):S23–S35,2016.

Strategies for Improving Care. Diabetes Care. 39(Suppl. 1):S6–S12,2016.

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GESTÃO EM SAÚDE

Tempo de programa 06 meses 09 meses

2017 IMPACTO DA AUTOMAÇÃO DO EXAME DE URINA NO TEMPO DE LIBERAÇÃO PARA PRONTO SOCORRO MASSOTE, F,C; JUNIOR, H,B,M; ANDRADE, J,N; PINA, M,M; BARROS, A,M; GEO, MS Introdução: O exame de urina e o Gram de gota estão entre os quatro exames mais solicitados na rotina do Pronto Socorro (PS) da Rede Mater Dei de Saúde, sendo que o tempo de execução impacta na conduta médica e consequentemente no tempo de espera do paciente. O objetivo deste trabalho foi validar a utilização da automação em urinálise como método de exclusão para infecção do trato urinário (ITU), correlacionando a triagem físico-química e sedimentoscopia automatizada com a urocultura.

Métodos: Avaliou-se o “turn around time” (TAT) de liberação do exame de urina para as unidades de PS. Em agosto de 2016, 1197 amostras de urina foram submetidas ao exame físico-químico pela tira reagente Urofita 10DLU e lidas no equipamento Uryxxon 500. Em seguida, as amostras foram processadas no URISED MINi. Estas foram semeadas em meio seletivo CLED e a urocultura processada. Os resultados da cultura foram comparados com os do fluxograma de liberação automatizada, baseado nos seguintes critérios: microbiota escassa, contagem de leucócitos inferior a 5 por campo, pesquisa de esterase leucocitária e nitrito negativas, Gram de gota sem a presença de bactérias. Avaliou-se o TAT das amostras para o PS Santo Agostinho (PSOSA) e PS Contorno (PSO-C), comparando o período de maio a julho de 2016 e 2017.

Resultados: Sem restrições de idade e sexo, a sensibilidade do algoritmo para bacteriúria/ITU foi 99,1%, especificidade: 87,1%, valor preditivo positivo (VPP): 63,4 e valor preditivo negativo (VPN): 99,8%.

Para o sexo feminino, com idade ≥ a 12 anos, a sensibilidade foi 98,9%, especificidade: 84%, VPP: 66,4% e VPN: 99,6%. Para o sexo feminino com idade < 12 anos, a sensibilidade foi 100%, especificidade: 84,5%, VPP: 53,1 e VPN: 100%. Já para o sexo masculino sem restrição de idade, a sensibilidade foi 100%, especificidade: 92,8%, VPP: 56,4% e VPN: 100%. No HMDSA reduziu-se em 43% o TAT (5,28h para 3,03h) e 11% no tempo de execução (63 para 56 minutos) após a implantação da automação. No PSO-C a redução do TAT foi de 74% (9,58h para 2,48h) e de 26% no tempo de execução (65 para 48 minutos). A automação do exame também permitiu uma redução no quadro de colaboradores do laboratório.

GRAFICO 01 – Turn Around Time (TAT) de pacientes do Pronto Socorro antes e depois da automação da urina rotina. Rede Mater Dei de Saúde, 2017 12 10 8 Pré-automação

6

Pós-automação 4 2 0 Santo Agostinho

Contorno

Conclusão: A comparação dos resultados de urocultura com o fluxograma diagnóstico apresenta boa correlação para a exclusão de ITU e a automação do exame de urina é custoefetiva, melhorando a segurança assistencial com redução no tempo de liberação dos resultados.

Referências Bibliográficas: MARTINEZ, MHM. Proposta de algoritmo para triagem e investigação laboratorial da infecção do trato urinário. http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/308691 SCHOR, N; HEIBERG, IP. Abordagem diagnóstica e terapêutica na infecção do trato urinário - Itu. Rev. Assoc. Med. Bras. vol.49 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2003 JARVIS, PB,. MBA† Can the Introduction of Point-of-Care Testing for Renal Function in the Emergency Department Reduce Overcrowding? The Journal of Near-Patient Testing & Technology: March 2015 – Volume 14- Issue 1- p.42-44

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2018

Diminuição de glosas através de intervenções educativas: redução de prejuízo financeiro ocasionado por glosas não recursáveis Rede Mater Dei de Saúde Autores:

Túlio Fonseca de Lima, Flávia Nicácio, Renata Borges, Nathália Aparecida de Paula Neves Objetivo do projeto

Resultado obtidos

Investigar os principais motivos de glosas no Centro de Terapia Intensiva da unidade Contorno da Rede Mater Dei de Saúde, implementar ações educativas para tratar a causa raiz do problema, reduzindo as glosas não passíveis de recuperação.

Observou-se após da primeira capacitação uma redução de 38% nas glosas analisadas no mês de setembro quando comparado a agosto. Esse bom desempenho manteve-se por um período de seis meses consecutivos, sendo que no mês de outubro atingimos a melhor performance com redução para 0,81%. Entre os meses de fevereiro e março (2018) foi identificado um aumento significativo de 0,94 para 2,05%, no qual foi necessária nova capacitação com a equipe. No primeiro mês após a segunda ação educativa voltou-se a ter redução no percentual de glosas analisado de 2,05 para 1,37%, porém não foi o suficiente para atingir a nova meta estipulada no planejamento estratégico para o 1º semestre de 2018 (1,22%). O gráfico1 demonstra tendência desfavorável para os resultados dos próximos meses conforme regressão linear, alertando para a necessidade de uma nova intervenção junto às equipes.

Situação-problema O CTI vinha há vários meses sem alcançar a meta do indicador de glosas analisadas, impactando no indicador econômico-financeiro do setor definido no planejamento estratégico. Sabe-se que o CTI é um dos principais setores do hospital responsáveis pelo prejuízo financeiro ocasionado pelas glosas, pois são utilizados materiais e medicamentos de alto custo durante o tratamento dos pacientes. Observou-se durante as reuniões mensais de análise de glosa apresentada pela gerência de enfermagem e pelo setor de faturamento que a maioria das glosas não passíveis de recuperação poderiam ser evitadas e que alguns materiais e medicamentos glosados se repetiam em meses consecutivos.

Prática Implantada Mensalmente são realizadas reuniões pela gerência de enfermagem juntamente com a equipe de faturamento com intuito de apresentar aos gestores e supervisores o cenário de glosas de cada setor do hospital. Nesses encontros são apresentados os valores das glosas recursáveis e não recursáveis, além dos materiais e medicamentos mais glosados por setor. Esses dados são enviados aos gestores para que sejam analisados e implementadas ações com o objetivo de reduzir as glosas identificadas. Para realização desse projeto foi criado um banco de dados referente a onze meses de reuniões referentes a agosto de 2017 a junho de 2018.

O banco de dados foi alimentado mensalmente assim como as ações também foram implementadas em cada mês com o objetivo de reduzir as glosas no mês subseqüente. Para a análise dos dados foi utilizada a ferramenta tabela dinâmica disponível pelo programa Microsoft Office Excel na versão 2003. Os dados foram classificados com o intuito de identificar os itens mais glosados no setor. Essa metodologia se repetiu durante todos os meses do projeto. Os resultados encontrados em cada mês foram repassados para equipe. No início do projeto foi realizada uma capacitação utilizando a metodologia áudio visual através de apresentações de slides envolvendo todos os colaboradores das equipes assistenciais (técnicos de enfermagem e enfermeiros) e equipes administrativas (recepcionistas e préfaturamento) abordando temas como: conceito de glosas, melhoria na qualidade da conta, montagem de prontuário e registro adequado pela enfermagem. Seis meses após o início do projeto repetiu-se novamente essa capacitação envolvendo os mesmos colaboradores e foram incluídos os novatos contratados no setor. Além disso, diariamente a equipe de pré-faturamento realiza correções nas contas antes de serem enviadas ao setor de faturamento. Nesse processo de correção são identificados os erros de registros e checagem de enfermagem e repassados ao enfermeiro administrativo. Diante desses erros foram realizadas orientações por escrito para os colaboradores responsáveis como medida educativa para evitar que esses erros se repetissem. Nos setores administrativos foi realizada reformulação no processo de montagem e conferência das contas, além da participação dos colaboradores nas capacitações.

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GESTÃO EM SAÚDE

Conclusão Para manterem-se no mercado competitivo, as instituições de saúde estão cada vez mais preocupadas em associar finanças com excelência de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes. Sabe-se que as principais causas de glosas estão relacionadas à falta de registro ou registro inadequado da enfermagem e poderiam ser evitadas. Nesse trabalho, observou-se redução significativa nas glosas dentro do setor, principalmente após os meses que foram realizadas as capacitações. Entretanto, com o passar do tempo notase uma queda no desempenho do indicador de glosas, sendo necessária nova abordagem com a equipe. Tendo isso em vista, é de suma importância a capacitação dos profissionais através da educação continuada, conscientizando e instruindo a equipe quanto à necessidade dos registros corretos e as conseqüências no faturamento final da instituição, além do controle e fiscalização de registros, para que haja uma redução do número de glosas.

Sobre a instituição O Mater Dei foi inaugurado em 1º de junho de 1980.

Em 2014, nasce a Rede Mater Dei de Saúde com a inauguração da unidade Contorno. Sua missão é o compromisso com a qualidade pela vida. A rede possui acreditações: Organização Nacional de Acreditação (ONA), ISO 9001:2008 RVA, National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations – Niaho Dias e Joint Commission International – JCI.

Gestão da Alocação dos Recursos de Enfermagem através do Monitoramento da Demanda/Ocupação em tempo real Rede Mater Dei de Saúde Henrique Moraes Salvador Silva, Solange Lobo de Oliveira Fonte Boa, Telma Vanusa Silva Santos.

Objetivo Estabelecer um processo de Gestão que melhore a Eficiência Operacional, otimize os recursos mediante as oscilações de ocupação, possibilitando o compartilhamento de profissionais de enfermagem, atendendo as demandas em tempo real com foco na segurança assistencial.

Situação-problema O gerenciamento do custo fixo vinculado à mão de obra é um desafio diário das organizações de saúde, diante das oscilações das taxas de ocupação. A ausência de metodologia para gerenciar os recursos humanos de forma assertiva, em decorrência da imprevisibilidade, gerava desperdício de mão de obra especializada, comprometia a produtividade e o resultado financeiro das áreas.

A ausência da metodologia impactava também em critérios técnicos para aprovação de aumentos de quadro na organização, trazendo o risco de aumentar o quadro sem efetivar os resultados propostos, que alavancariam o setor através dos recursos que seriam liberados.

Além disso, implantamos os trabalhos setoriais com Analistas de Produção para revisão de processos, mapeando desperdícios, ociosidades, bem como sobrecarga de atividades. Estes trabalhos consistem numa visão técnica, interação entre todos os colaboradores, cargos e setores da cadeia cliente fornecedor, buscando oportunidade de melhorias incluindo compartilhamentos nas diversas áreas.

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Autores:

2018 TRABALHO PREMIADO CO N A H P

Resultado Este trabalho permitiu estabelecer, de forma sistêmica, o compartilhamento de colaboradores entre setores afins e desenvolver a multifuncionalidade. Após o início do acompanhamento da gestão de recursos, as horas de remanejamento aumentaram de 5.496 para 14.533 horas de remanejamento (164%) no 1º semestre de 2016. Em 2017 o número de horas compartilhadas foi de 15.696.

Além da gestão do custo com as oscilações das demandas, percebemos a necessidade de evoluirmos no monitoramento e garantia da eficiência operacional, ou seja, na produtividade.

Prática Implantada Usamos como referência o método Fugulin, que estabelece o dimensionamento do quadro de enfermagem baseado no número de leitos, patologia e grau de dependência dos pacientes nas unidades de internação hospitalar. A partir da escolha do método, as informações da assistência dos pacientes foram automatizadas, integrando-as com o movimento da ocupação em tempo real e os recursos disponíveis da enfermagem.

A prática dos compartilhamentos possibilitou também uma redução das horas extras de enfermagem.

A solução consistiu em associar o método às escalas de enfermagem. A partir disso foi desenvolvida a automatização dos dados, gerando informações diárias de férias, absenteísmos e possibilitando cruzar essas informações com a ocupação do hospital em tempo real.

A prática foi pensada a partir da Cientificidade aliada à tecnologia, tendo como base um formato racional que pudesse eliminar a informalidade, não depender de “empréstimos” ou favores, eliminando riscos e falhas na comunicação, além de acompanhar com rigor a produção presente e futura.

O desenvolvimento de competências múltiplas gerou a multifuncionalidade possibilitando atuação ampla entre as unidades: intensivas, internação e urgência/emergência.

Trouxemos um modelo científico sistematizado e automatizado, que compila dados de forma inteligente, entrega informações seguras, gerando conhecimento e expertise aos colaboradores da operação.

A gestão de mudanças realizada com a utilização desse trabalho trouxe resultados significativos para a Rede Mater Dei de Saúde, garantindo a qualidade e segurança assistencial, gerando conhecimento.

Desenvolveu-se um portal de demanda x recurso, que permite analisar as informações para a alocação ideal dos profissionais de enfermagem, além de:

A gestão inteligente de recursos aliada a implantação de ferramentas automatizadas norteia as decisões estratégicas e eficiência operacional.

Demonstrar em tempo real os recursos necessários e os recursos existentes conforme a produção;

Concluímos também que foi disseminada uma cultura de cooperação e parceria entre as lideranças e colaboradores, aproximando equipes e gerando profissionais mais capacitados e engajados.

Nortear a tomada de decisão na otimização de recursos (compartilhamento), conforme a produção presente e futura (do dia seguinte); Viabilizar o registro dos remanejamentos dos recursos de forma informatizada e padronizada; Evidenciar os compartilhamentos dos recursos quanto a quantidade, fornecedor, receptor e alocação de custos;

Conclusão

Sobre a instituição O Mater Dei foi inaugurado em 1º de junho de 1980 com a missão: Compromisso, acima de tudo, com a qualidade pela vida, para proporcionar um atendimento personalizado, diferenciado e humano.

Eliminar o risco de omissão de recursos disponíveis;

Acreditações: ISO, ONA (Nível Excelência), NIAHO, JCI e SRC (Linha de cuidados bariátricos).

Ter uma visão sistêmica da Rede quanto às interações e necessidades assistenciais

Principal indicador de Produtividade: Índice colaborador/leito.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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2018

REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA E ÁGUA Rede Mater Dei de Saúde Autores:

Gustavo Paiva, Anísio Filho e Glauco Silva Desde a sua fundação, a Rede Mater Dei mostrase engajada em práticas de sustentabilidade ambiental e econômica. Neste contexto, o alto consumo de energia elétrica e água, alinhado ao aumento das tarifas destes insumos, provocou a criação de um plano diretor para otimização do uso de recursos, eliminação de desperdícios e sensibilização das equipes visando o consumo consciente.

Os principais resultados obtidos implantação do plano diretor foram:

com

a

Considerando a sua criticidade e impacto no negócio, foi desenvolvida uma estrutura analítica com a determinação de frentes de atuação. Foram realizadas visitas de referência, estudos de projetos, determinação de oportunidades e priorização de demandas, gerando um plano de ação robusto com acompanhamento em análises críticas mensais.

As principais ações planejadas e realizadas foram: Realização de campanhas periódicas para conscientização de consumo consciente em meios de comunicação internos e reuniões de equipes.

Programação horária de funcionamento dos sistemas de ar condicionado central e periféricos.

Alterações de projeto e processo visando a redução do consumo de energia elétrica (setpoint de salas de equipamentos, horário de funcionamento de setores, condições operacionais de chillers, etc).

Parametrização dos sistemas de ar condicionado de acordo com a temperatura ambiente.

Substituição eficiência.

de

equipamentos

com

baixa

Desligamento de equipamentos com baixa utilização ou carga.

Substituição de lâmpadas convencionais por led.

Instalação de drives regenerativos de energia em elevadores.

Instalação de sensores de presença e de luminosidade em áreas comuns.

Utilização de sistema de reaproveitamento energético de calor gerado em chillers para aquecimento de água.

Criação de sistema para reaproveitamento de água em sanitários, irrigação de jardins e limpeza de áreas externas.

Substituição preventiva de tubulações por tempo de vida útil.

Monitoramento diário de consumo, visando o tratamento rápido de falhas ocultas (vazamentos internos, sobrecargas, etc).

Os resultados mostram-se satisfatórios e importantes, garantindo a sustentabilidade econômica e ambiental da organização.

Instalação de torneiras com sensores de proximidade ou com fechamento mecânico automático.

GESTÃO EM SAÚDE

O resultado do consumo de água foi ainda mais expressivo. No Mater Dei Unidade Santo Agostinho, a redução do consumo foi de 35,30%, representando uma economia de 30.412 m3 o que equivale a cerca de 5 meses de consumo do ano de 2016. Na Unidade Contorno, o gasto foi reduzido em 21,49% ou 0,24 m3 por paciente dia.

A Rede Mater Dei apresentou uma economia de 29,40%, otimizando o consumo de 37.182 m3 de água.

O projeto de redução do consumo de energia elétrica e água é considerado estratégico para a empresa, sendo desenvolvido de acordo com a filosofia de gerenciamento de projetos, desdobrado para o setor de Engenharia de Manutenção e acompanhado pela alta direção.

Essa relevância traz responsabilidade, mas ao mesmo tempo robustez e abrangência para as demais áreas do Hospital.

Criação de fluxo diferenciado para atendimento às demandas de vazamento de água.

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A redução total do consumo de energia elétrica do Mater Dei Unidade Santo Agostinho foi de 404.764 kWh, o que representa cerca de 80% do gasto médio mensal desta Unidade. Além disso, no Mater Dei Unidade Contorno, a redução por paciente dia foi de 10,74 kWh, gerando uma economia de 5,55%. Mesmo com o crescimento da Rede Mater Dei, a economia de energia elétrica em 2017 comparada a 2016 foi de 1,10%.

Uso de BIG DATA na validação de ponto de corte para deterioração clínica – MEWS

Rede Mater Dei de Saúde

2018

Autores:

André Soares¹, Daniela Pagliari¹, Luiza Romano¹, Marcia Salvador Géo¹, Guilherme Salgado² 1- Rede Mater Dei de Saúde, 2- 37.78 Care

E

ER DEI DE MAT SA ÚD DE RE

Objetivo do projeto

Metodologia

Encontrar o melhor ponto de corte para um sistema de deterioração clínica – Modified early warning signs (MEWS) no intuito de desencadear ações específicas como reavaliação precoce pelo internista, transferência para unidade de terapia intensiva e acionamento de códigos de emergência, em uma rede de saúde de forma a padronizar e uniformizar o cuidado.

No intuito de calibrar e encontrar os melhores valores de corte do escore. (MEWS) para a população da Rede Mater de Saúde, foi realizada uma análise de Big Data com os todos os dados de MEWS da população que frequentou a Rede nos últimos 4 anos.

Situação-problema O uso de um método sistematizado de avaliação de deterioração clínica é quase imperativo nos hospitais modernos. Várias revisões sistemáticas já mostraram a excelente capacidade de predizer desfechos desfavoráveis bem como o impacto em reduzir admissões inesperadas em terapia intensiva dentre outros eventos adversos graves. O ponto central para a melhoria do cuidado é a estratégia de implementação do escore monitoramento em tempo real do seu uso.

TRABALHO PREMIADO CO N A H P

O escore de MEWS foi testado como fator preditor de qualquer m dos seguintes desfechos negativos: (1) óbito, (2) transferência (não esperada) para terapia intensiva da unidade de internação, (3) permanência em terapia intensiva por mais de 24 horas.

13.461 medidas Mews alto % Desfecho negativo Melhor ponto de corte

Mews baixo % Desfecho positivo Discriminar Eventos

Resultado A partir da análise dos dados foi construída uma ferramenta de análise dinâmica com os resultados dos desfechos negativos para cada ponto de corte e a taxa de predição correspondente.

Análise Mews x 3778

Conclusão Os pacientes com MEWS >= 7 tiveram alta taxa de eventos adversos o que validou nossa prática de acionamento de código amarelo para todo paciente nestas situações. Os pacientes com MEWS 5 e 6 apesar tiveram cerca de 45% de risco de deterioração, o que coloca estes pacientes em situação de risco iminente e valida a prática de que eles tenham que receber em uma avaliação pelo médico internista em até 20 minutos. Em nosso fluxograma de atendimento de intercorrências os pacientes com MEWS 0 a 4 geralmente ficam sobre o cuidado da supervisora de enfermagem que devem reavaliar e só depois decidir pelo acionamento do médico internista. A taxa de eventos adversos encontrada nesta análise de Big Data da nossa população sugere que os pacientes com MEWS igual a 4 já devam ser avaliados pelo médico internista.

Implantar o MEWS e revisitar o fluxograma do atendimento das intercorrências da luz de uma conjunto robusto de dados permite o aprimoramento do processo de melhoria que garante que os pacientes sejam tratados no lugar correto, no tempo correto e pelo profissional correto e utilizando-se de recursos corretos no sentido de construir segurança e qualidade assistencial.

Sobre a instituição O Mater Dei foi inaugurado em 1º de junho de 1980 com a missão: Compromisso com a qualidade pela vida, para proporcionar um atendimento personalizado, diferenciado e humanizado.

Acreditações: ISO, ONA (Nível Excelência), NIAHO, JCI e SRC (Linha de cuidados bariátricos).

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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GESTÃO EM SAÚDE

Gestão eficiente, qualidade certificada

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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A

s características organizacionais de uma instituição de saúde requerem um olhar mais atencioso sobre a gestão administrativa e assistencial. São vários negócios dentro de um só, em uma estrutura formada por sistemas complexos, que tem como core business a assistência. Isso requer o investimento em diversas áreas, como as que se dedicam à segurança e qualidade assistencial do paciente bem como a logística que envolve a prestação do serviço: alimentação, higienização e hotelaria, que nesse caso devem ser especializadas. Além dessas, existem as outras áreas que são comuns a outras organizações, como financeira, controladoria, recursos humanos e setores de apoio. É um segmento que precisa de planejamento na sua operação e execução e boas práticas relacionadas à gestão precisam ser prioridades para garantir o bom funcionamento de um hospital.

Além disso, e respeitando os preceitos fundamentais que norteiam a atuação da Rede Mater Dei de Saúde, é importante o investimento constante em capacitação dos profissionais em competências comportamentais que são tão importantes para o acolhimento, a experiência do paciente e, consequentemente, para acelerar a sua recuperação.

Uma das formas de mensurar os fluxos e processos de uma instituição, bem como a eficácia da gestão, é por meio da Acreditação Hospitalar. Uma das características do Mater Dei é sempre estar à frente nesse aspecto, conquistando várias certificações que conferem credibilidade e asseguram que a assistência oferecida está de acordo com as melhores práticas de atenção à saúde e segurança do paciente.

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As certificações ao longo da história do Mater Dei Em 2004, o Mater Dei Santo Agostinho foi o primeiro hospital do Brasil, em uma capital, acreditado por meio da Organização Nacional de Acreditação (ONA), diretamente no nível máximo de excelência.

Em 2008, o Mater Dei obteve a primeira certificação internacional ISO 9001:2008 RVA e, em 2009, foi certificado pela National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations – Niaho Dias, com a mesma norma que certifica hospitais norte-americanos, sendo o primeiro hospital fora dos Estados Unidos a obter tal reconhecimento.

Em 2012, o Mater Dei Santo Agostinho passou a fazer parte dos Hospitais Sentinela da Anvisa, e o Mater Dei Contorno em 2017, compondo um sistema integrado de gestão, com uma cultura organizacional focada em segurança assistencial e satisfação do cliente, garantindo, dessa maneira, uma melhoria contínua da qualidade do serviço e da segurança de seus pacientes. Em maio de 2016, o Mater Dei Contorno foi o primeiro Hospital de Minas Gerais e conquistar a acreditação internacional Joint Commission International – JCI. Para manter a excelência em qualidade e segurança e ainda, melhorar o desempenho obtido nas avaliações de acreditação, são estabeleci-

Nossas certificações:

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GESTÃO EM SAÚDE

dos projetos e planos de ação com monitoramento contínuo pelo Setor de Qualidade. Mensalmente são realizadas análises críticas, além de auditorias internas periódicas com feedbacks imediatos aos gestores para implantação de melhorias e capacitações permanentes.

A Rede possui, também o calendário da Qualidade, uma ferramenta que permite planejar e monitorar o Sistema de Gestão da Qualidade e manter as Acreditações. Nos intervalos das avaliações de manutenção das Acreditações permanecemos subordinados às estruturas de controle das normas acreditadoras.

Em 2016, outro destaque. A Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS divulgou uma lista de hospitais que atendem aos critérios de qualidade importantes para conferir padrão de assistência prestada à população, seguindo três indicadores: Acreditação, índice de readmissão hospitalar e segurança do paciente.

A Rede Mater Dei de Saúde estava entre as instituições que atendem aos critérios de qualidade e que possuem Acreditação máxima.

Já em outubro de 2017, a Rede foi validada pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP) como Centro de Excelência no Controle e Prevenção do Tromboembolismo Venoso (TEV), sendo o primeiro hospital do Brasil a receber essa

validação de Excelência em Prevenção de Tromboembolismo Venoso do IBSP. Nesse mesmo ano, o Programa de Cuidados Metabólicos e Bariátricos da Rede foi certificado pela Surgical Review Corporation (SRC) como Centro de Excelência em Cuidados Metabólicos e Bariátricos™, sendo a primeira instituição de saúde de Minas Gerais acreditada nessa certificação. Além disso, dez cirurgiões participantes do Programa, também foram certificados como Cirurgiões de Excelência em Cuidados Metabólicos e Bariátricos™.

O programa reconhece cirurgiões e instalações que demonstram comprovadamente ter compromisso de oferecer alta qualidade no cuidado assistencial do paciente bariátrico.

Através dessa certificação, a Rede Mater Dei e os médicos do seu corpo clínico demonstram, na prática, um perfeito alinhamento e compromisso com a qualidade e com a segurança dos nossos pacientes.

Os requisitos do processo de avaliação do programa foram desenvolvidos em conjunto com os principais cirurgiões bariátricos do mundo e foram meticulosamente estruturados para auxiliar os profissionais e as instituições a melhorarem e a manterem um alto padrão de qualidade nos cuidados e a segurança.

Melhores práticas internacionais A missão da Rede Mater Dei de Saúde é assegurar o “Compromisso com a Qualidade pela Vida”, atendendo de forma personalizada e humanizada, com segurança na assistência de saúde. Isso significa aprimorar continuamente o desempenho dos seus processos, investir em estratégias para melhorar a qualidade dos serviços e estimular o aprendizado e a cultura de segurança, sempre com o objetivo de ter o paciente no centro do cuidado.

Práticas assistenciais são aplicadas seguindo metodologias internacionais de segurança do paciente preconizadas pela Organização Mundial de Saúde - OMS e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Conheça: Protocolos multidisciplinares.

Cumprimento das Metas Internacionais de Segurança do paciente.

Sistema de gestão da qualidade com ações de melhoria contínuas.

Controles de indicadores clínico-assistenciais.

Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) tendo sido reconhecido pela empresa de Auditoria DNV (ONA3-2004) “como exemplar e inovador utilizando um processo de busca ativa e acompanhamento pós-alta de até 30 dias, bem como de eventos adversos infecciosos e não infecciosos”.

Gestão de riscos assistenciais, com práticas de controle e barreiras para os potenciais riscos.

Identificação de pacientes que têm alergias e outros riscos assistenciais por meio do uso de pulseiras coloridas.

Adoção das práticas internacionais de cirurgia segura.

Processo ativo de gerenciamento e intervenções terapêuticas.

Assistência de enfermagem com diversas ferramentas que propiciam o cuidado contínuo e de qualidade ao paciente.

Trajetória de destaque Os investimentos constantes em tecnologia de ponta, gestão eficaz, equipes assistenciais e administrativas, colocando o paciente no centro do cuidado e tendo como foco a qualidade e a segurança, permitiram diversas conquistas ao Mater Dei. Atualmente a Rede vivencia um momento especial para sua história: foi inaugurada, no início de 2019, a terceira unidade, o Mater Dei Betim-Contagem, primeira fora de Belo Horizonte. Em uma área construída de mais de 42 mil m², reúne diversas especialidades médicas para prestar atendimento, levando serviços médico-hospitalares de alta qualidade à região oeste de Minas Gerais. O novo Hospital se integra às demais unidades que já existem na Rede, o Mater Dei Santo Agostinho, inaugurado em 1980, e o Mater Dei Contorno, inaugurado em 2014.

Reflexo desses diversos esforços que evidenciam a filosofia de atendimento do Mater Dei, que é oferecer atendimento diferenciado, personalizado e humanizado são as premiações e homenagens que a Rede recebeu ao longo de sua história. São destaques que reconhecem a Rede como referência em gestão e atendimento hospitalar de alta qualidade.

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Reconhecimento Ă gestĂŁo da Rede Mater Dei

Prêmio Latino-americano de Higienização das Mãos O Mater Dei foi vencedor do primeiro Prêmio Latino-americano de Excelência e Inovação em Higienização das Mãos da Organização Mundial de Saúde (OMS), promovido em 2014. Na primeira edição do Prêmio na América Latina, foram inscritos 86 hospitais, mas apenas cinco foram selecionados como finalistas. Destes, apenas dois brasileiros: entre eles, o Hospital Mater Dei.

Por quatro vezes, o Mater Dei recebeu o prêmio Excelência da saúde!

Promovido pelo Grupo Mídia, o Prêmio Excelência da Saúde foi entregue, por quatro vezes para o Mater Dei. O objetivo é homenagear as instituições de saúde que se destacaram no ano anterior, bem como fomentar o debate e incentivar o investimento em melhores práticas para a promoção da saúde.

Em 2014 e 2017, o Mater Dei foi premiado na categoria Atenção ao Paciente.

Em 2016, a premiação foi na categoria Segurança do Paciente. Já em 2018, a categoria na qual o Mater Dei recebeu o prêmio foi Enfermagem, confirmando o engajamento da Rede em oferecer aos clientes um serviço humanizado, reforçando o compromisso da instituição com a qualidade pela vida.

Gestores da Rede Mater Dei na lista dos 100 mais influentes na Saúde O Prêmio 100 Mais Influentes na Saúde, promovido pelo Grupo Mídia, foi concedido a gestores da Rede por cinco vezes. O objetivo é premiar pessoas de destaque na área. Henrique Salvador, presidente da Rede, recebeu o prêmio em 2013, na categoria Gestor Hospitalar, em 2018, em Qualidade e Segurança e, em 2019, os 100 mais influentes como Gestor de Saúde. A vice-presidente assistencial e operacional, Márcia Salvador Géo, foi eleita em 2017 na categoria Projetos de Humanização. Em 2013, a gerente de Qualidade, Marília Correa, foi destaque na categoria Qualidade e Segurança.

Prêmio Ser Humano O Centro de Formação Institucional - CFI da Rede foi vencedor na modalidade Gestão de Pessoas – Categoria Empresa, na 14º edição do Prêmio Ser Humano, promovido em 2015, pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seção Minas Gerais (ABRH-MG). Além disso, José Salvador Silva, fundador do Hospital e presidente do Conselho de Administração da Rede Mater Dei de Saúde, recebeu, na ocasião, o título de Personalidade Empresarial do ano.

Uma marca de sucesso Quando o assunto é Instituição Hospitalar em Minas, qual a marca que lhe vem à cabeça? Muitos mineiros responderam: Mater Dei. Por três vezes, nos anos 2005, 2010 e 2017 a Instituição recebeu o Prêmio Top of Mind como Instituição destaque, na categoria liderança. O reconhecimento é resultado de uma pesquisa realizada pelo lnstituto Olhar de Pesquisa e Informação Estratégica, contratada com exclusividade pela Revista Mercado Comum. O estudo é baseado na pergunta-chave “Qual é a primeira marca que lhe vem à cabeça, quando se fala em ....?”. Em 2003, a Associação Brasileira de Marketing premiou o Mater Dei como Hospital Best – Minas Gerais.

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GESTÃO EM SAÚDE

Referência na Saúde em Gestão de Pessoas Em 2011, o Mater Dei recebeu o prêmio de Referência da Saúde, na categoria Gestão de Pessoas, do estudo IT Mídia em parceria com a PwC. A premiação avalia o grau de maturidade de gestão e negócios dos prestadores de serviços assistenciais brasileiros. O Mater Dei foi premiado, na época, por seu trabalho no Centro de Formação Institucional, que elaborou uma estratégia de captação, formação e retenção de profissionais de enfermagem.

Prêmio Lide de Saúde Por três vezes, a gestão do Mater Dei foi destaque no Prêmio Lide de Saúde.

Em 2017, o fundador do Hospital Mater Dei e Presidente do Conselho de Administração da Rede, José Salvador Silva, foi agraciado com o prêmio. Já em 2014 e em 2015, o mesmo reconhecimento foi entregue ao presidente da Rede, Henrique Salvador. A iniciativa premia pessoas que tenham tido, dentro da história da medicina presente ou mais recente, uma contribuição que tenha significado representativo. Promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais e LIDE SAÚDE, o prêmio é uma forma de mostrar reconhecimento a médicos e outros profissionais da saúde que trouxeram valor dentro da medicina.

Líder do Setor Saúde José Salvador Silva, à época Presidente do Hospital Mater Dei e hoje Presidente do Conselho de Administração da Rede, recebeu, em 2001 e 2002, o prêmio de Líder Empresarial no Setor de Saúde durante o Fórum de Líderes, promovido pela Gazeta Mercantil, em São Paulo. Em 1999, a Associação Comercial de Minas Gerais o elegeu como Empresário do Ano e, em 2013, ele foi homenageado como Líder Destaque do ano, no 6º Prêmio Top Engenharias MG.

Homenagens na Assembleia Legislativa de Minas Gerais O Mater Dei recebeu em seus aniversários de 25 (2005), 30 (2010) e 35 anos (2015), homenagens da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) celebrando o tempo de serviços prestados à sociedade e aconteceram durante reuniões especiais promovidas pela ALMG.

Instituição do ano – Sustentabilidade, pelo Prêmio Health-IT 2016 Em 2016, o Grupo Mídia realizou, pela primeira vez, o 1º Prêmio Health-IT, em São Paulo, durante o Fórum Health-IT. A iniciativa, que homenageia as marcas mais lembradas, cases de sucesso, instituições e profissionais que mais se destacaram no último ano na tecnologia da Saúde, elegeu o Mater Dei Contorno como Instituição do ano, em Sustentabilidade.

Empresa de Excelência de Minas Gerais A Rede Mater Dei de Saúde foi agraciada como uma das “Empresas Excelência de Minas Gerais” na categoria Hospital, do Prêmio Minas – Desempenho Empresarial, por dois anos, 2017 e 2018. O prêmio é uma iniciativa da revista Mercado Comum, especializada em economia e tem o objetivo eleger as empresas que se destacaram em Minas Gerais.

REDE MATER DEI DE SAÚDE

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Experiência do consumidor A Rede Mater Dei foi contemplada, em 2016, com o Prêmio Experiência do Consumidor, na categoria Empresa Destaque. O prêmio foi promovido pela Tracksale, empresa que trabalha com foco na satisfação do cliente e homenageou instituições e gestores que se esforçam e se destacam para criar uma experiência realmente diferenciada aos seus consumidores.

Medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados A Rede Mater Dei de Saúde foi condecorada, em 2018, com a medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados como reconhecimento do Parlamento pelos serviços prestados no Brasil. Criada em 1983, a Medalha Mérito Legislativo destina-se a distinguir e condecorar autoridades, personalidades, instituições ou entidades, campanhas, programas ou movimentos de cunho social, civil ou militar, nacionais ou estrangeiros, que tenham prestado serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil.

Prêmio Excelência em Finanças Corporativas Promovido pelo IBEF - MG (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças Minas Gerais), a Rede Mater Dei foi uma das empresas premiadas, em 2018, pelo Prêmio Excelência em Finanças Corporativas, que homenageia empresas com sede em Minas Gerais que se destacaram e seus desempenhos foram medidos tecnicamente por parâmetros de lucro, EBTDA e liquidez, entre outros indicadores.

Prêmio Clóvis Salgado O Presidente da Rede, Henrique Salvador recebeu, em 1988 e em 2000 o Prêmio Clóvis Salgado, promovido pela Sociedade de Ginecologia de Minas Gerais (Sogimig) aos associados que possuem melhores trabalhos científicos publicados em revistas oficiais da Federação Brasileira de Ginecologia (Febrasgo) ou em periódicos nacionais ou estrangeiros.

Prêmio Administrador Hospitalar do Ano O Presidente da Rede, Henrique Salvador, recebeu prêmio como Administrador Hospitalar do Ano, concedido por duas instituições: em 2009, a homenagem foi concedida pela Federação Brasileira de Administradores Hospitalares e, em 2012, pelo Centro Universitário São Camilo.

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GESTÃO EM SAÚDE

Expediente Revista produzida pela Gerência de Comunicação e Marketing da Rede Mater Dei Redação e edição Priscila Favaro e Noélia Prado Diagramação Paulo Rodrigues Jornalista responsável Noélia Prado - 5867 MG Fotografia: Divulgação Mater Dei e Anahp Tiragem: 3 mil exemplares