Hoje Macau 21 FEV 2018 #3996

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quarta-feira 21.2.2018

LÍNGUAS CRIADOS DICIONÁRIOS ‘ONLINE’ PORTUGUÊS/CHINÊS E CHINÊS/PORTUGUÊS

A falar é que nos entendemos Mais um trabalho pioneiro e feito a partir de Macau. Foram lançados, no dia de ano novo chinês, os dicionários ‘online’ Português/Chinês e Chinês/Português. A autoria é de Ana Cristina Alves que contou com a colaboração da também académica Ao Sio Heng. O objectivo foi disponibilizar um instrumento acessível a todos

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S primeiros dicionários ‘online’ Português/Chinês e Chinês/Português agora disponibilizados foram feitos a partir de Macau por Ana Cristina Alves. Demoraram cerca de um ano, e da equipa que o produziu consta uma professora chinesa de português e mandarim. Doutorada em Filosofia da História e da Cultura Chinesa,

DSAT Carreiras rápidas em horas de ponta

oportunas para cada uma delas”, explicou a docente, vincando que o trabalho feito foi no “sentido de criar um dicionário que seja básico e essencial, para os contemporâneos”.

PALAVRAS PARA TODOS

Ana Cristina Alves disse à agência Lusa que quando lhe foi feito o desafio pensou que “não iria ser capaz”, pois à data leccionava na Universidade de Macau e “não tinha tempo”. “Mas logo me foi dito que teria a equipa de informática da Porto Editora a trabalhar comigo e, ao fim de um ano o trabalho estava feito, em menos tempo do que aquele que me davam”, salientou

O Governo quer que as operadoras de autocarros aumentem o número de carreiras rápidas durante as horas de ponta, após a renovação dos actuais contratos, que expiram a 31 de Julho. A intenção foi admitida, ontem, por Lam Hin San, director da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, no programa Fórum Macau da rádio Ou Mun Tin Toi. De acordo com os dados apresentados por Lam, 35 por cento de todos os passageiros transportados diariamente apanham os autocarros entre as 6h00 e 10h00. Com o aumento das carreiras rápidas, que têm um número reduzido de paragens, o Executivo espera ajudar a resolver o problema da sobrelotação dos autocarros. Sobre a implementação de autocarros eléctricos, Lam Hin San diz que o Governo vai continuar a estudar o assunto, com base nos desenvolvimentos das regiões vizinhas.

a autora de vários livros e manuais sobre a língua e cultura chinesas. O facto de o desafio ter sido “bastante aplacado” pela colaboração que lhe chegava do Porto, foi no “trabalho de pesquisa” na tradução para chinês moderno das entradas que lhe chegavam de Portugal que encontrou as “maiores dificuldades”. “Foi uma pesquisa enorme pois cada entrada tem vários sentidos e havia que verificar quais eram as

E prosseguiu: “não se trata de um dicionário erudito, mas sim para comunicação, em que tanto os estudantes, turistas e empresários o possam utilizar”. Para a autora dos livros “A Sabedoria Chinesa” (2005), “A Mulher na China” (2007) e do manual Chinês/Português e Português/ Chinês (2010), a preparação do dicionário informático representou “um desafio muito diferente”, dada a sua “experiência ser no campo teórico, de ensino e na preparação de manuais”, recorrendo à metáfora para explicar de que modo teve de se readaptar para que a obra surgisse. “Para o efectuar tive de despir um pouco o meu lado teórico e académico para ir ao encontro das necessidades práticas da nossa sociedade”, descreveu Ana Cristina Alves cujo critério da escolha levou a que a obra publicada obrigasse a que “25 mil dessas entradas fossem retiradas, ficando só as expressões essenciais”.

AJUDA LOCAL

A parte do dicionário feita em Macau contou ainda com outra ajuda “preciosa” da universidade local, ficando a revisão a cargo da colega chinesa Ao Sio Heng, professora de português e chinês de iniciação. Agitada pelo “nervoso miudinho” que a acompanhou na coordenação do dicionário, a especialista confessou à Lusa que para conseguir

“Para o efectuar tive de despir um pouco o meu lado teórico e académico para ir ao encontro das necessidades práticas da nossa sociedade.”

“Não se trata de um dicionário erudito, mas sim para comunicação, em que tanto os estudantes, turistas e empresários o possam utilizar.” ANA CRISTINA ALVES AUTORA

dar resposta ao trabalho houve dias em que teve de “acordar às 02:00 para traduzir e depois ir dar aulas”. E com a obra a ser lançada em Portugal no dia em que se assinala o Ano Novo Chinês é de um maior investimento na cultura chinesa que a autora do livro de investigação “Culturas em Diálogo. A Tradução Chinês-Português” (2016) fala. “Os chineses gostam muito da língua deles e os carateres são uma das características da sua cultura e pode ainda muito ser feito em termos de dicionários etimológicos, de provérbios, adágios e aforismos”, desafiou. Nos dicionários hoje disponibilizados no ‘site’ Infopédia.pt constam mais 25.500 entradas e cerca de 36.500 traduções.

SJM OPERADORA VAI CONTINUAR A APOIAR O TERRITÓRIO

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director executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo magnata Stanley Ho, afirmou no jantar de ano novo lunar que a operadora vai continuar a apoiar o Governo e o território. “À medida que o Governo de Macau continua a liderar um caminho de êxito para a economia e a sociedade, a SJM está pronta a caminhar ao lado de Macau para se transformar num centro

mundial de turismo e lazer”, disse Ambrose So, perante dezenas de convidados, incluindo o Chefe do Executivo, Chui

Sai On, e o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. O director executivo lembrou que a região administrativa especial chinesa vai beneficiar da iniciativa ‘Uma faixa, Uma rota’e do desenvolvimento da região da “Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Sobre o primeiro empreendimento da SJM no Cotai, Ambrose So afirmou que a construção do Grand Lisboa

Palace continua. Em Outubro, o responsável tinha indicado esperar a conclusão do projecto até final deste ano, depois dos atrasos causados pelo tufão Hato, em Agosto, e por um incêndio, em Setembro. Iniciado em Fevereiro de 2014, o Grand Lisboa Palace tem um orçamento estimado em 36 mil milhões de dólares de Hong Kong. Também a administradora-delegada da SJM

e deputada à Assembleia Legislativa, Angela Leong, considerou que “Stanley Ho, a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau e a SJM são parte integrante do crescimento e da história de êxito de Macau”. O contrato de concessão de jogo da SJM, que opera 20 dos 40 casinos em Macau, termina em 31 de Março de 2020. LUSA


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