Hoje Macau 17 JAN 2014 #3013

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Polícia deteve académico uigur

A polícia chinesa deteve um proeminente académico uigur crítico das acções governamentais contra a minoria muçulmana, revelou ontem a sua mulher. Iiham Tohti foi levado para local desconhecido por dezenas de polícias na quarta-feira com a sua mãe, explicou Guzaili Nu’er à agência AFP, ao acrescentar que os agentes confiscaram telemóveis e computadores. Tohti, de 45 anos, é um economista de uma universidade em Pequim e tem criticado as políticas da China para com os uigures que habitam na região de Xinjiang, palco de vários distúrbios. Para a mulher, a polícia não cumpriu as formalidades legais enquanto deteve, à força, o académico na presença dos seus dois filhos menores. “Perguntei (à polícia) para onde o levavam, mas não me disseram uma palavra”, acrescentou.

Embaixador diz que o país é mais aberto do que os ocidentais imaginam Na entrevista concedida na terça-feira à noite ao canal do Reino Unido Sky TV, o embaixador chinês, Liu Xiaoming, disse que a China é realmente mais aberta do que aquilo os ocidentais imaginam e que o Ocidente ainda tem muito que aprender sobre o país asiático. Liu Xiaoming assinalou que algumas pessoas no Ocidente ainda estão confusas pelo pensamento vindo da guerra fria e olham para a China com um antigo preconceito. Sobre a imprensa e os correspondentes ocidentais, Liu sugeriu que estes devem observar bem a perspectiva global da China com os olhos abertos e uma visão ampla. O embaixador acrescentou que há um grande desequilíbrio entre o conhecimento dos chineses sobre o mundo e do mundo sobre a China.

Rússia, Índia e China abordam segurança no Afeganistão

China, Índia e Rússia reuniramse esta semana em Pequim para debater questões de segurança relacionadas com o Afeganistão. A reunião trilateral retomou a discussão do problema, iniciada em 2013, no âmbito do diálogo entre a Índia e a China e das consultas tripartidas da China, Rússia e Paquistão. As partes estão preocupadas com o problema de garantia da segurança na região depois da retirada do Afeganistão das tropas dos EUA e de outros países da coligação internacional. Rússia, Índia e China receiam que, após a retirada, o movimento Taliban e a organização terrorista internacional Al-Qaeda novamente reforcem as suas posições no Afeganistão.

hoje macau sexta-feira 17.1.2014

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ERMINOU na quarta-feira em Pequim a terceira sessão plenária da 18ª edição da Comissão Central de Inspecção Disciplinar (CCID) do Partido Comunista da China (PCCh). Como o órgão supremo de inspecção disciplinar do PCCh, a CCID fez uma retrospectiva sobre o trabalho do ano passado e fez propostas anti-corrupção para 2014. Para os especialistas, a luta contra a corrupção neste ano sublinha a construção de um sistema, para ajudar a prevenir este tipo de acção. Na reunião, o presidente chinês, Xi Jinping, fez um discurso no qual prometeu uma campanha mais severa contra corrupção.

CORRUPÇÃO INSPECÇÃO DISCIPLINAR PROMETE MAIS TRANSPARÊNCIA EM 2014

Em busca da transparência perdida

“Para prevenir o uso privado do poder, o exercício deve ser aberto e transparente.” CHENG WENHAO Director do centro de pesquisa sobre administração íntegra da Universidade Tsinghua

“Cada funcionário do Partido deve reconhecer que o combate contra a corrupção será um processo longo, complexo e difícil. Mas nós vamos promover a luta até o fim com uma forte determinação e coragem”, disse o presidente. No ano passado, alguns altos funcionários de nível provincial da China foram presos por corrupção. O trabalho anti-corrupção do partido desperta muita atenção na sociedade. O director do centro de pesquisa sobre administração íntegra da Universidade Tsinghua, Cheng Wenhao, disse que o comunicado da conferência indica que o foco anti-corrupção em

O presidente Xi não tem dúvidas. O trabalho contra a corrupção tem de avançar. E garante que conta com o auxílio da sociedade

2014 será a prevenção na “raiz do problema”. “O trabalho contra corrupção em 2013 registou um grande êxito ao investigar e processar casos, além de melhorar a disciplina do partido. No ano novo, o foco do trabalho deve ser a prevenção, tendo as zonas cinzentas do sistema de poder como alvo de supervisão”. Segundo os dirigentes chineses, “o reforço da construção de um sistema é a base da vitória nesse combate”. Na sessão plenária, a CCID propôs que o sistema anti-corrupção seja aperfeiçoado de forma inovadora. Os órgãos de inspecção disciplinar em diversos níveis devem assumir a responsabilidade e pôr em prática as medidas anti-corrupção. O presidente chinês, Xi Jinping, apontou também na reunião que “para garantir o exercício correcto do poder, o seu processo de operação deve ser divulgado e os cidadãos devem ser convidados a supervisioná-lo”. Por seu lado, Cheng Wenhao garantiu que o trabalho anti-corrupção será ainda mais transparente e aberto em 2014. “Para prevenir o uso privado do poder, o exercício deve ser aberto e transparente. O conceito de lista de poder, proposto na terceira sessão plenária do 18º Congresso do Comitê Central do PCCh, poderá ser realizado nesse ano. Tal exige que os governos de diversos níveis esclareçam o âmbito do seu poder, o que facilitará a supervisão pela sociedade.” Ainda segundo a reunião, a “internacionalização” será uma nova característica do trabalho anti-corrupção para 2014. A China vai promover a luta contra corrupção no país, e ao mesmo tempo, ampliar a rede ao exterior através de cooperação internacional.

JAPÃO DEVERÁ CONTESTAR NOVA LEI CHINESA PARA PESCA NO MAR DO SUL DA CHINA

Nipónicos querem molhar o bico O Governo do Japão deverá apresentar um protesto contra uma lei recentemente aprovada pela China que obriga os barcos estrangeiros a pedir autorização para pescarem

na maior parte do Mar do Sul da China, foi anunciado. Para Tóquio, a medida, que entrou em vigor a 1 de Janeiro e foi aprovada na província de Hainão, procura modificar o equilíbrio regional.

As Filipinas, Taiwan e o Vietname consideram que a lei reforça as reivindicações de soberania da China sobre arquipélagos disputados com outros países. A contestação por parte do Japão foi revelada pela agência Kyodo, que cita fontes governamentais e está baseada na convicção de que a norma modifica de maneira unilateral o ‘status quo’ naquela zona da Ásia. As autoridades chinesas reclamam a soberania da maior parte dos ilhotes em disputa no Mar do Sul da China, mantendo diferendos territoriais com o Brunei, Filipinas, Taiwan e Vietname que defendem estarem esses territórios nas suas águas.

Entre Tóquio e Pequim, o grande diferendo está centrado nas ilhas Diaoyu, um pequeno arquipélago controlado pelos japoneses e que é alvo de disputa entre os dois países com os especialistas a considerarem que possui importantes reservas de petróleo e gás natural, essencial ao desenvolvimento de ambos os países. A 23 de Novembro, Pequim criou a nova zona de Defesa e Identificação Aérea numa zona de mar que inclui as ilhas disputadas com o Japão, o que fez subir, novamente, as tensões regionais, depois deste país ter adquirido as ilhas a privados.


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