Hoje Macau 10 JUN 2014 #3106

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MUNDIAL

O guarda-redes Ricardo assumiu a inexistência de qualquer relação com o antigo companheiro na selecção portuguesa de futebol Vítor Baía, que ficou de fora do Euro2004 por opção de Scolari. “É uma relação zero, porque nunca fomos colegas, além da selecção nacional. E hoje em dia, eu continuo a minha carreira, ainda estou no ativo. A relação é de ex-companheiros de selecção”, afirmou Ricardo, em entrevista à agência Lusa. Em 2004, Vítor Baía tinha acabado de se sagrar campeão europeu pelo FC Porto mas não foi sequer convocado para o Campeonato da Europa, uma vez que o seleccionador sempre teve em Ricardo a sua principal opção. Uma década depois, Ricardo considera não ter sentido nenhuma confiança especial do brasileiro Luiz Felipe Scolari em si e que foi apenas mais um membro do grupo.

Euro2004 Ausência de Miguel foi “transcendente”

A derrota na final do Euro2004 foi uma “grande desilusão”, um dos “maiores desgostos” de Gilberto Madail, que considera que a selecção portuguesa de futebol teria vencido a Grécia se Miguel não se tivesse lesionado. “Acho que, com o Miguel, nós teríamos ganhado esse jogo”, disse o então presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) considerando esse com um facto “determinante e transcendente”. Madail lembra que Portugal dominou o encontro e os gregos “tiveram aquele ataque, aquele canto, que foi fatal”. “O Miguel era o único elemento da equipa portuguesa – e estava, na altura, em grande forma – que conseguia vir detrás e abrir um bocado a defesa grega. Ele teve de sair por lesão e isso foi determinante. Acho que, com o Miguel, nós teríamos ganhado esse jogo”, frisou.

Holanda As dores de Van Persie

Robin van Persie, internacional holandês, desvalorizou o facto de ter sofrido várias lesões ao longo da última época, as quais o impediram de estar ao mais alto nível pelo Manchester United. «Fisicamente, estou em condições. Vou dando passos em frente, alguns maiores do que outros. Mas estou bem, em boas condições. De qualquer das formas, há seis anos que jogo com algumas dores, pelo que estou habituado», disse Van Persie, o maior goleador da história da selecção laranja (43 golos).

Tostão “O Brasil de 70 tinha três ou quatro Neymares!”

Tostão foi um dos melhores jogadores brasileiros de todos os tempos. Para muitos, a seguir a Pelé, rei incontestável, o eterno ídolo do Cruzeiro no final dos anos 60 e inícios de 70 estará na linha imediatamente a seguir, a par de nomes como Garrincha, Rivelino, Jairzinho, Zico ou, mais recentemente, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Tostão aposta no Brasil como favorito ao «hexa», mas coloca Espanha, Alemanha e Argentina com iguais condições de poder chegar ao título. A final mais provável? «Brasil-Argentina!», atira a velha glória do escrete. Neymar é, obviamente, o brasileiro em quem Tostão mais confia para levar o escrete ao hexa. Mas o antigo ídolo do Cruzeiro nem hesita em sentenciar: «O Brasil de 70 tinha três ou quatro Neymares!». E desenvolve: «Falamos muito do Neymar, mas o Brasil de 70 tinha três ou quatro «Neymares»: Pelé, Rivelino, Jairzinho, Gerson, Carlos Alberto... Era uma equipa extraordinária».

JOGO COM IRLANDA FECHA PREPARAÇÃO

Um estágio chama Almeida cada vez mais tapado A ascensão de Éder tem representado a queda de Hugo Almeida. Ou seja, o jogador do Besiktas, que dos três avançados presentes até é aquele que mais golos marcou durante a temporada, passou a ser claramente a terceira opção para Paulo Bento. Frente à Grécia, o seleccionador apostou em Postiga e Éder, e o antigo jogador do FC Porto só entrou na segunda parte. Perante o México, Hugo Almeida nem sequer saiu do banco, já que Éder foi a aposta inicial. Ainda assim, e na última vez que falou aos jornalistas, o jogador que terminou contrato com o Besiktas afirmou que não se sente a última opção para o ataque. “Independentemente das opções, vim para fazer o meu trabalho. Só espero ajudar”, afirmou.

MAR CO CARVALHO info@hojemacau.com.mo

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França aterra no Brasil com ambições legítimas de chegar longe no Campeonato do Mundo de Futebol, mas para brilhar nos relvados brasileiros terá primeiro que apagar a África do Sul da memória. Há quatro anos, a tricolor gaulesa ficou-se pela fase de grupos, com duas derrotas e um empate. Com Didier Deschamps ao comando, a selecção francesa recuperou a serenidade perdida e os adeptos franceses que têm Macau como casa esperam, por isso, que a formação que os representa chegue longe na competição. Gaspard Laplaine, jovem avançado do Sporting Clube de Macau, diz mesmo que “les bleus” têm a consistência e a qualidade necessárias para levantar o troféu no novo Maracanã a 13 de Julho: “Acredito que a França pode ser campeã do mundo. A selecção tem um bom grupo, tem bons jogadores, atletas que jogam nas melhores equipas europeias. Não me parece de todo impossível que

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selecção portuguesa de futebol vai encerrar na terça-feira o estágio de preparação para o Mundial 2014, monopolizado pela incerteza sobre a recuperação de Cristiano Ronaldo, ao defrontar a República da Irlanda, num jogo particular marcado para New Jersey. O avançado, melhor marcador da história da equipa lusa, com 49 golos, passou ao lado dos relvados durante a preparação realizada em Portugal, devido a dores musculares na coxa esquerda e uma tendinose rotuliana, começando por treinar de forma condicionada nos Estados Unidos antes de passar ao trabalho sem limitações aparentes. Ronaldo poderá fazer frente à Irlanda os seus primeiros minutos na preparação para o Mundial, mas se Paulo Bento não quiser arriscar, a selecção nacional pode partir para o Brasil, o que acontecerá imediatamente após o encontro do estádio MetLife, em New Jersey, sem que e melhor fu-

tebolista do Mundo em 2013 tenha jogado nos três desafios de ensaio para a fase final do Campeonato do Mundo. A “equipa das quinas” procura manter-se na senda das vitórias, depois do “nulo” frente à Grécia, treinada por Fernando Santos, em Lisboa, e do triunfo por 1-0 sobre o México, na sexta-feira, já nos Estados Unidos, em Boston.

Se no confronto com os gregos, Paulo Bento apresentou um “onze” sem seis jogadores que foram titulares durante a fase europeia de apuramento e um sistema táctico pouco habitual (4-4-2), na partida com os mexicanos, o seleccionador nacional regressou ao 4-3-3, já com Fábio Coentrão e Moutinho, embora testando o lateral como médio interior

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Uma relação ZERO

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FRANCESES DA RAEM ESPERAM QUE A TRICOLOR BRILHE NO MU

Para começar, apagar da me França esteja na final ou ganhe a competição, apesar de não ser vista como favorita”, defende. Confiança é também a palavra de ordem para Guy Lesquoy. Radicado em Macau desde 1979, o antigo bailarino já perdeu as contas às fase finais do Campeonato do Mundo que acompanhou a partir do território

JOGOS FRANÇA – HONDURAS Estádio Beira-Rio, Porto Alegre 15 de Junho, 03:00 FRANÇA – SUIÇA Arena Fonte Nova, Salvador 20 de Junho, 03:00 FRANÇA – EQUADOR Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro 25 de Junho, 04:00 HORÁRIO DE MACAU

e foi em Macau que aplaudiu alguns dos principais triunfos e amargurou alguns dos maiores desaires da tricolor gaulesa. No Brasil, França irá chegar longe, acredita Guy Lesquoy, mas primeiro os comandados de Didier Deschamps terão de depurar a imagem e exorcizar de uma vez todas o fantasma da catastrófica participação no Mundial da África do Sul: “As minhas expectativas são de que a França passe a primeira fase. Se a França passar a primeira fase, tu sabes como é: o grupo fica moralizado e os bons desempenhos vêm por arrasto”, sustenta. Bernard Peres mostra-se ligeiramente mais confiante. O director executivo da Premium and Collectibles Trading Company acredita que a selecção gaulesa não terá dificuldades para marcar presença nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo e a partir de então, diz, tudo é

possível: “No mínimo, creio que a França poderá avançar até aos quartos-de-final, porque o grupo é simpático, não é de todo dos mais difíceis. Para o entusiasmo dos adeptos gauleses contribui o facto da tricolor francesa integrar um grupo à partida acessível. A formação orientada por Didier Deschamps divide as honras do grupo E com a Suíça, o Equador e as Honduras. A França, defendem os franceses que residem em Macau, à favorita à vitória no grupo, mas suíços, equatorianas e hondurenhos não serão adversários fáceis: “O Equador, é preciso ter cuidado com o Equador. Fez uma boa campanha de qualificação e é uma equipa forte. Ainda assim acho que a França não tem razão de queixa e este é um bom grupo”, salienta Bernard Peres. Gaspard Laplaine complementa. O jovem dianteiro


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