HERMES ARTES 13 ANOS VISUAIS
ACOMPANHAMENTO DE PROCESSOS ARTÍSTICOS
ORIENTAÇÃO
CARLA CHAIM _ MARCELO AMORIM _ NINO CAIS
SUMÁRIO
CAMA DE GATO _ POR CAROLINA SOARES
Cama de gato consiste em um jogo. Nele, faz-se necessário um fio de barbante cujas pontas são entrelaçadas por um nó. A partir daí, é proposto um emaranhado de linhas que resulte em formas presas aos dedos e sustentadas entre as duas mãos. Em seguida, essa tecitura é passada para as mãos de outra pessoa, mudando a forma inicial para, então, propor outras.
Lembro que, quando criança, nos reuníamos na calçada de casa em roda, e o emaranhado de linhas era passado de mãos em mãos. A brincadeira só acabava quando algum adulto alertava para o passar das horas. Na minha memória, já muito editada, persistiu o resíduo de uma experiência que não se valia apenas de não desfazer as elaborações formais, mas de um momento de muitas conversas, trocas, risos e até mesmo algumas briguinhas. Diferente dos adultos, que se sentam e conversam, crianças brincam e conversam.
A partir de seu caráter lúdico, acrescento que cama de gato faz-se também pelas transmissões, revezamentos, elaboração e passagem de padrões adiante em idas e vindas, doação e recebimento, modelagem de formas sustentadas entre as próprias mãos, compartilhamento de experiências, criação de narrativas. Enfim, estar junto. Arrisco pensar que, seja no plano da brincadeira, fora dos ditames da teologia, das categorias estabelecidas e da funcionalidade, podemos vislumbrar outros mundos.
Resgatando Donna Haraway, cama de gato assemelha-se a um sistema biológico que conceitua como simpoiese, que designa como algo produzido coletivamente, sem limites espaciais ou temporais autodefinidos. Todas as informações e controles são distribuídos entre os envolvidos. Nisso, é aceito o risco da contingência.1
E assim se faz, há 13 anos, o Hermes Artes Visuais. Como na cama de gato, um fio vai se emaranhando em encontros, trocas de experiências, formas feitas, desfeitas, refeitas, diálogos, movimentos, entrelaçamento de narrativas, possibilidades de encontros e desencontros, de estar e fazer junto. Ali, como no jogo, há a abertura para dar e receber padrões mas, também, soltá-los. Os grupos de Acompanhamento de Processos Artísticos do Hermes Artes Visuais, ao longo de suas atividades conduzidas pelos artistas Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais, vem propondo a retransmissão de conexões que importam. Cada pessoa, ali presente, tem a chance de receber os fios e passar adiante formas que se fazem uma a uma.
Aliás, a forma está longe de se encerrar em uma unidade coerente, uma estrutura ou entidade autônoma restrita a leis internas. Ao contrário, ela é apenas uma parte na totalidade de outras formas existentes. Como define Nicolas Bourriaud, “a forma só assume sua consistência (e adquire uma existência real) quando coloca em jogo interações humanas; a forma de uma obra de arte nasce de uma negociação com o inteligível que nos coube”.2 Por meio dela, o artista inicia um diálogo. O Hermes torna-se, então, esse território aberto ao imponderável, àquilo que não se inscreve de antemão. Nenhum artista chega com uma obra que não possa se desdobrar, virar outra coisa, ganhar novas camadas, diferentes narrativas. Ali, cria-se uma teia em que todas as pessoas, como num acordo tácito, optam por se apoiarem, caminharem juntas.
Num mundo regido por um sistema neoliberal que proclama (grita!) a todo instante o individualismo, a autossuficiência, a rigidez de modelos pré-estabelecidos, o controle dos corpos, colocar-se presente no contingencial é fazer-se a partir da escuta atenta e relacional com o outro, é permitir-se desfazer o já feito, é compreender aquilo que Mario Pedrosa chamava de “a missão
regeneradora da arte”, que seria a de “dar estilo a uma época e transformar os homens, educando-os a exercer os sentidos com plenitude e a modelar as próprias emoções”.3
Esse exercício pleno dos sentidos é proposto nos grupos de Acompanhamentos de Processos Artísticos do Hermes quando pessoas sentam ao redor de uma mesa e, na transversalidade desse gesto, compactuam compartilhar suas dúvidas, inquietações, ideias, conceitos, compreensões de mundos, angústias, afetos, processos. Ali é tecida, coletivamente, uma simpoiese que se abre para múltiplas possibilidades, fazendo transbordar, pela arte e seus diálogos, a nossa capacidade de nos transformar e esperançar outros mundos.
1 Haraway, Donna J. Ficar com o problema: fazer parentesco no Chthuluceno. Tradução Ana Luiza Braga. São Paulo: N-1 edições, 2023.
2 Bourriaud. Nicolas. Estética relacional. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
3 Arantes, Otília (org.). Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III/ Mário Pedrosa. São Paulo: Edusp, 2004.
ENTREVISTA _ CARLA CHAIM, MARCELO
AMORIM, NINO CAIS _ POR CAROLINA SOARES
Entrevista sobre os treze anos dos grupos de Acompanhamento de Processos Artísticos do Hermes Artes Visuais com os artistas Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais e conduzida pela pesquisadora Carolina Soares, no dia 14 de março de 2024, logo após o almoço no Fonte, em São Paulo.
_Carolina Soares
Vocês podem contar um pouco sobre como foi o encontro de vocês para o início do Hermes?
_Carla Chaim: Eu sempre tive vontade de ter um ateliê coletivo. O trabalho do artista é muito solitário e eu morava sozinha na época e trabalhava sozinha. Isso me deixava um pouco angustiada pela falta de contato social. Quando eu vim para essa casa, onde hoje funciona o Hermes, eu participava de um ateliê coletivo, mas era um lugar onde as pessoas iam pouco. Então, a minha proposta era ter um ateliê mais perto de casa, que eu não precisasse
ter hora para chegar ou ir embora, e também que tivesse mais gente e alguma dinâmica, que fosse um espaço mais ativo, em que diferentes pessoas, de diferentes mundos, pudessem frequentar. E, aí, abri a casa com uma exposição coletiva, ocupando todos os cômodos. Durante a abertura, comentei com os artistas presentes que eu tinha essa ideia de formar um grupo, e entre eles, na minha frente, estava a Renata De Bonis e o Nino Cais. E foi assim que começamos. Nós logo formamos uma primeira turma de acompanhamento de projeto. Além disso, já tínhamos outras vontades, como alugar ateliês, ter um quarto para residência, ter outros tipos de cursos, como teve o de História da Arte, de Fotografia, de Crítica, de Portfólio. Era muito bacana perceber a dinâmica que ia se criando, a evolução dos trabalhos dos artistas, as conversas, os carinhos, as trocas, o afeto.
_Nino Cais: Eu lembro que, no início, acabei tomando um pouco mais o braço, assumindo [a orientação] mais rápido do que a Renata [De
Bonis], porque eu já orientava, já dava orientação particular. Então, nesse começo, a Carla ficava muito presente, mas um pouco mais na parte de coordenar, administrar. E ela também assistia e foi, inclusive, tendo mais segurança e assumindo posicionamentos dentro do grupo. Inicialmente, não tinha o Marcelo, então éramos eu, a Carla e a Renata. Eu e a Renata assumimos as orientações, como eu comentei. Depois de um tempo, a Carla foi pegando o manejo da coisa e, também, tomando gosto. Acho que isso incentivou muito a Carla a olhar para esse lugar, embora ela já tivesse experiência, porque ela vinha do Fidalga, espaço independente de arte em São Paulo. E aí, posteriormente, eu queria um grupo sozinho e falei para a Carla para oferecermos à Renata um outro grupo, mas ela não quis, então eu continuei. E, de repente, começou a funcionar.
_Carla Chaim: Eu tinha essa vontade de ter os grupos, mas não tinha segurança, porque eu nunca havia feito isso, mesmo tendo tido a experiência com a Sandra Cinto e com o Albano Afonso, artistas plásticos e professores no Fidalga. Então esse modelo, para mim, funcionou muito bem. E como funcionou para mim, eu queria que outras pessoas crescessem também. Acho que nós temos uma vontade do coletivo, de uma expansão de pensamento, de educação mesmo. E quando a Renata saiu, eu assumi de vez as orientações. No começo, era sempre aquele aperto, entravam cinco artistas, depois mais três, entrava mais um outro e aí foi dando certo, e acabamos criando mais uma turma e convidamos o Marcelo Amorim para se juntar conosco nela. Então, às terças-feiras, continuamos eu e o Nino e, nas quartas-feiras à noite, o Marcelo. Como acabou lotando a turma – temos limite de artistas por turma, para todos poderem falar, trocar ideias - o Marcelo criou uma turma sozinho, às segundas-feiras, sendo que essa tem um caráter mais teórico, com uma outra dinâmica.
_Marcelo Amorim: Eu lembro que ainda estava no Ateliê 397, espaço independente de
arte em São Paulo, e o Nino me falou que precisava de ajuda. Acho que eu lembro de entrar como um contraponto. Na minha opinião, ele queria alguém que, por causa da nossa amizade, não fosse criar nenhum atrito.
_Nino Cais: Essa entrada do Marcelo também era importante, porque estávamos num momento com muitas demandas. Havia muita circulação de trabalho e muitas viagens nesse período. Daí, eu falei: “Se formos em três, nós também vamos revezando”. Então, o Marcelo entra muito para somar conosco nesse sentido. E ele conquistou o seu espaço.
_Marcelo Amorim: Quando eu entrei no grupo das quartas-feiras, a Carla ainda não orientava nesse dia, na verdade. Eu lembro porque, inclusive, encontrei alguns convites, flyers da época, e nas quartas éramos eu e o Nino. Acho que isso foi em 2013.
_Nino Cais: A Carla começou a articular mais nas turmas da tarde, então começou a ter segurança e foi para a noite também.
_Marcelo Amorim: Acho que foi mesmo em 2013 que eu fui para lá [para o Hermes], e aí, em 2016, acho que quando eu saí do 397, abri a turma de segunda.
_Carla Chaim: E só nos juntamos porque o Nino, já era meu conhecido do Fidalga, e o Marcelo, expus com ele no Centro Cultural São Paulo em 2008. Então, eram amizades que já existiam.
_Nino Cais: Nós já tínhamos certa aproximação e afinidade. As afinidades tomaram parte também nesse processo. Acho que é legal reforçar que muito dessas afinidades e desejos permeiam o lado mais profissional e formal de nosso trabalho. E eu acho que sempre, para mim, foram e são fundamentais essas afinidades e afetos. Tem o profissionalismo, tem o ganho, têm essas parcerias, mas se não tivesse afeto, acho que não estaria durando até hoje.
_Marcelo Amorim: Eu acho que é importante comentar que eu e o Nino participamos do grupo da Juliana Monachesi, jornalista, curadora e crítica de arte do Éden, espaço de experimentação artística em São Paulo. E esses modelos tanto o Fidalga quanto o Éden nos serviram mesmo de base.
_Carolina Soares
Olhando para o contexto atual das artes visuais em São Paulo, onde estamos localizados, como vocês avaliam a importância do Hermes estar completando treze anos? Pensando nesse contexto em que [na cena dos espaços independentes] tudo às vezes é muito efêmero, muito passageiro, treze anos constituem, numa perspectiva histórica, digamos, um tempo de maturidade, de algo que, eu não gosto muito dessa palavra, mas que se consolida ou cria um certo solo. Vocês concordam?
_Marcelo Amorim: Eu penso muito nesse ponto de vista de outros mundos da arte, ou seja, de uma visão alternativa, que tem a ver com espaços independentes, porque o que é muito dito, e percebemos isso através dos participantes, é que existe uma lacuna, ou seja, na faculdade eles não ensinam assim; o mercado tem uma outra demanda; a instituição tem uma outra; as instituições formais de ensino não dão conta, e nós fazemos isso de um jeito mais transversal, mais horizontal, mais amigável, próximo. Então, eu acho que o fato de não sermos uma coisa extremamente oficial e conseguirmos nos manter por tantos e tantos anos, significa que esse outro viés, em que as coisas acontecem de um jeito mais orgânico, funciona. Funciona em vários níveis, eu acho. Desde a nossa organização até o participante, como ele se beneficia dessas trocas, dessas redes que vamos criando. Treze anos, realmente, não são treze dias.
_Nino Cais: Acho que esses treze anos também têm uma fluidez de espírito de cada um
de nós. Como eu, a Carla e o Marcelo interagimos com esse público, acho que isso também acabou, de fato, cultivando esse espírito coletivo, porque a gente também, de alguma maneira, projeta essa ideia de coletivo. E eu percebo que as pessoas acham isso interessante. E daí são três visões diferentes. Eu acho que isso também colaborou muito. E, para além disso, vejo que existem muitos grupos de orientação e acho que tem um diferencial ali nosso, pelo menos eu tenho essa sensação, que nós, para além desse compromisso profissional, tentamos humanizar. A palavra humanizar, para mim, é muito importante, porque às vezes eu acho um saco fazer isso, acho berrante, acho fora de moda. Eu acho tudo isso, mas aí tem uma força maior, que é quando eu olho ali, troco com aquelas pessoas e daí eu vejo que se abre um campo iluminado, tanto para quem está assistindo, como para quem, de fato, está orientando. Para nós, também é um ganho.
_Carla Chaim: Do meu lado, eu acho que esses treze anos só aconteceram porque a gente foi ganhando sabedoria também. O Nino já tinha uma experiência, o Marcelo já trabalhava no 397 e eu acho que tem uma experiência e um gosto pela educação também. Assim, a gente vem focando muito nessa parte de formação. Não é uma formação prática ou acadêmica, mas nós falamos sobre a profissão, sobre o ser artista. Então, acho que esses treze anos tendem a ser quase eternos, se partirmos do ponto de vista de que as coisas vão melhorando, o vinho vai ficando mais refinado.
_Carolina Soares
Sobre esse contato regular, semanal com artistas cujos trabalhos apresentam aspectos ainda tão, digamos, seminais, essa experiência afeta, de algum modo, a produção individual de vocês? Vocês conseguem ser afetados pelo trabalho desenvolvido no Hermes?
_Carla Chaim: Eu acho que sim, com certeza, tanto no nosso trabalho, quanto na vida. Eu acho
que é um aprendizado que assumimos também na vida. Acho que não são só três vezes por semana que estamos presentes, pois ali, nos encontros, tudo é bem intenso. Somos parte disso também, acho que é intrínseco. Há o processo de orientação, de você criar relações tão próximas com os artistas. E acho que, no nosso trabalho, as coisas vão reverberando, porque a gente também precisa rever, pegar novas referências. Precisamos estar atualizados, a gente olha no sentido de ensinar e recebe no sentido de aprender. Então, acho que é uma troca nesse sentido de estar sempre atualizado, estar sempre se atualizando. Isso amplia mais o olhar de cada um, ou o meu, pelo menos.
_Nino Cais: Para mim, a gente aprende e não tem uma linha reta. Têm pessoas, por exemplo, que tiveram um passado produtivo, pararam e retomaram com a gente. Têm pessoas que acabaram de sair da faculdade ou, às vezes, que nem entraram na faculdade e estão produzindo. Então, a gente tem que lidar com uma demanda, vamos dizer assim, com narrativas que não são propriamente configuradas dentro só desse nicho das artes visuais que estudou, que veio da academia, ou que veio da escola. Então, acho que sempre tivemos que lidar com questões e fomos nos adaptando a esse lugar, fomos meio como um camaleão, fomos tentando compreender até mesmo como se comunicar, porque tem um jeito de se comunicar, quando você orienta, e eu acho que aprendi muito disso. Os meninos falam: “Ah, o Nino fala qualquer coisa e as pessoas aceitam”. Não, eu acho que aprendi a me comunicar, eu percebo que quando eu estou falando é tudo com muito afeto, é com muita sinceridade, e aí eu acho que isso tem um retorno muito positivo. Então, da minha parte, por exemplo, eu aprendo muita coisa, mas eu acho que eu aprendo mais do que olhando para o trabalho, se é isso ou aquilo, se é um artista jovem e traz um conteúdo novo, ou se tem mais experiência. Mais do que isso. Da minha parte, eu acho que aprendo o quão importante é esse coletivo e essa
comunicação revelam uma carência nas artes que acontecem ali, e que eu preciso, de alguma maneira, me reeducar e lembrar disso tudo quando eu estou produzindo individualmente. Se eu faço coisas coletivas, é porque meu trabalho é muito individual. Então, ele [o Hermes] me força a pensar sobre todas essas questões, acho que é disso que meu trabalho se aproxima.
_Marcelo Amorim: Eu acho que é um clichê falar que nós, professores, aprendemos com os alunos, mas é a pura verdade, e acredito que, do meu lado, também tem essa coisa. No grupo de segunda, eu procuro trazer alguns conteúdos que me permitam dividir a minha pesquisa com aquelas pessoas. Então, me obrigo a estar afiado, ou seja, eu tenho que, realmente, me preparar para falar, e aí, nesses anos, eu acho que por receber muita gente que gosta de pintura ou que gosta do meu trabalho de pintura e quer pintar, fui obrigado, por exemplo, a ler mais sobre pintura, que eu entendo como um assunto super difícil. É uma coisa que tem suas peculiaridades. Então, percebo que me fez crescer também como artista.
_Carolina Soares
Falando, agora, um pouco sobre a ideia de circuito de arte - que entendemos aqui como constituído por museus, galerias, universidade, artista e tantos outros agentes - e sobre o quanto esse circuito é, constantemente, alvo de críticas pela falta de diálogos em rede. Eu acho que vocês, um pouco, já responderam, só queria reforçar. Vocês percebem as ações do Hermes como operando uma alteração nessa lógica?
_Marcelo Amorim: Para mim, sim. Acho que, inclusive, eu até brinco, porque o Nino, pelo passado dele na igreja, tem uma visão do grupo de jovens e de colocar a fraternidade em primeiro lugar. Então [o Hermes] é um lugar, por exemplo, onde a gente não incita competição entre os artistas. Isso já é uma mudança de paradigma. E aí, eles, por si só, vão se unindo em redes, em núcleos, eles também
viram agentes multiplicadores; muitos que saíram de lá criaram espaços que têm funções parecidas com as do Hermes, ou seja, que também fazem orientações, que também são espaços expositivos. O Massapê, do Mano Penalva...
_Nino Cais: A Lavanderia, da Brisa Noronha. Todos saíram de lá. A Cynthia Loeb, com o Edifício Vera.
_Carolina Soares
Quando eu estava pensando nessa questão, lembrei que, no Hermes, vocês começam como um grupo de acompanhamento, mas, como a Carla comentou, acabam gerindo, fazem exposições, têm um texto e é tudo muito correto. Vocês criam uma espécie de circuito, também, muito próprio.
_Carla Chaim: É um circuito que acontece em paralelo.
_Nino Cais: Eu ia falar isso. Acho que acontece pela necessidade e desejo, mesmo, pela cólera de todos os artistas que estão ali. É quase colérico, no sentido de que qualquer artista deseja transitar, qualquer artista deseja mostrar o trabalho, comunicar, trocar, expandir. E eu acho que essa cólera mantém o coletivo tão potente. Eu falo para eles: “Vocês não estão fora do circuito”. Não tem como estar fora, porque é tão efervescente, tão potente e tão verdadeiro, que as coisas vão acontecendo. Quando você vê, um está ali, outro está aqui, as coisas vão ecoando. Nesse sentido, é como se fosse uma necessidade que cria, de fato, um micro universo, só que ele é tão potente que ecoa no espaço. Então, ele já não está mais sozinho, ele está ecoando, esbarra no outro, bate no outro, questiona o outro também. Esse micro espaço vai se debatendo entre os outros espaços, e vai criando condições também espaciais pertencentes àquele espaço.
_Marcelo Amorim: Eu acho que, apesar de termos nossas críticas ao circuito, não somos
“anticircuito”, somos “altercircuito”, sabe? Até porque eu não acho que é contra, mas alternativo. A gente não quer não participar. Não estamos no fundo falando: “Ah, somos contra”. Na verdade, a gente está super participando. E somos, mesmo, parte disso.
_Nino Cais: Ninguém é contra, mas, ao mesmo tempo, a gente cria um certo olhar crítico para que [a pessoa] vá madura para esse lugar, que não vá com esse desejo falso de somente expor. O trabalho não é expor. O trabalho da gente pode ser, às vezes, cruel e solitário. Talvez, um dia, possa vir a ser conhecido, porque você persiste tanto nessa produção, que ela se esvai.
_Carla Chaim: Eu acho, também, que tem uma coisa, que promovemos: incentivamos muito a exposição por dois lados. Por um lado, porque a gente se conheceu também fazendo intervenção na rua, estar sempre ativo, ocupando prédios e fazendo exposições. Como artistas, somos inquietos. A gente não ficou esperando baterem na nossa porta para fazer alguma coisa. Sempre criamos espaços onde pudéssemos produzir, pudéssemos fazer nosso trabalho. Então, eu acho que tem uma inquietação de nós três como artistas, de fora do ateliê, diante de uma prática do fazer, mesmo, de estarmos impulsionados para fazer, independente do lugar que aconteça. E um outro lado, é porque a gente acredita também que, quando o trabalho está exposto, você teve que formatar, você teve que finalizar a montagem, você teve que, minimamente, pensar em como ele se entrega diante de um conceito, diante de uma poética. Então, eu acho que, no encontro com o público, um trabalho de arte possui o artista, o trabalho e o público, uma tríade que se fecha, tornando as coisas um tanto quanto reais, vamos dizer assim. Quando o trabalho está no mundo, ele cria novas relações, novos diálogos e novas representações. Então, acho que tem esses dois aspectos da nossa inquietação e do fechamento, não enclausurando o trabalho, mas de uma relação de finalização, agora, desse
trabalho para o mundo mesmo. A gente acredita nessa parte do processo da exposição. Por isso que gostamos de ter um texto, chamar algum curador, algum crítico para conhecer os artistas, de ter uma montagem, porque daí eles aprendem, treinam a montar, a emoldurar, a convidar o público, a trabalhar a exposição. Então, tem um monte de outras coisas que também envolvem o fazer do artista. Não é só expor o trabalho, mas, se ele está exposto, é porque já teve muito trabalho antes e vai ter mais depois.
_Carolina Soares
Fala-se muito no campo das artes visuais sobre a noção de uma obra em processo, obra aberta. Como vocês conduzem as atividades do Hermes pensando que, em algum momento, esse acompanhamento vai ter um fim? O trabalho está em processo, mas o acompanhamento com vocês - ou por vontade do artista ou por alguma situação - terá um término. Como é, para vocês, esse término? E vocês acompanham o trabalho dos artistas que já saíram do Hermes?
_Marcelo Amorim: Acho que muitos saem do Hermes e entram nas nossas vidas pessoais, viram amigos, a gente acompanha, vai nos vernissages, acompanha o trabalho, continua vendo as exposições, vendo onde o trabalho vai. Eu acho importante eles irem embora, acho que tem um ciclo de amadurecimento, tem um limite do que conseguimos ensinar. Eu percebo que, de muitos, viramos colegas, comparsas, companheiros, fazemos coisas juntos.
_Nino Cais: Eu acho que existem três modelos. Tem os que a gente brinca que quase precisa expulsar; tem os que saem maduros e os que saem imaturos, com pouca bagagem, o que é mais complexo. Acredito que a gente tenha esses três casos simultâneos. O desejo sempre parte muito do artista; a gente, às vezes, brinca: “Ah, esse aqui já está no doutorado, esse aqui já pode ir embora...”
Mas cria-se, também, esse lugar que o Marcelo falou, que é mais do que sobre se nós orientamos ou não orientamos. É um sentimento coletivo que começa a acontecer, uma sensação que parece que sair de lá é também sair desse processo coletivo, que é quase natural e que já não é mais sobre o trabalho individual, e passa a ser sobre o quanto isso é transformador e o quanto isso me acrescenta como pessoa. Então, acho que cai nesses lugares, que é difícil você romper. E eu entendo.
_Carla Chaim: A palavra término me incomoda muito, porque eu não acho que seja um fim. Acho que é, por exemplo, parte de um processo. Você, quando entra no grupo, se sair, não é porque terminou alguma coisa, é que você entendeu que precisa de outras coisas. Há portas que se abrem para outros lugares. Eu nem acho que tenha um início e um fim. Na verdade, você entra e começa a frequentar, e o fim não será determinado por uma data ou algo como, por exemplo, em um curso de seis meses, de quatro encontros ou com uma data específica. Se a gente recebeu, sei lá, cinquenta artistas, cada um será um caso individual. Assim, não tem um tempo regular que os artistas frequentam. Então, acho que isso é deixar o ciclo muito aberto, o que é bom. É o tempo de cada um, tem uma fluidez. Eu acho que, nesses treze anos, a gente não começou e nem terminou uma coisa. A gente respirou e está fazendo, sabe? Percebo que toca numa parte mais sensória do corpo, como uma vitalidade. Assim, não acho que exista um rompimento. Eu acredito que vai migrando para outros lugares, assim, a gente é um lugar de recebimento e de entendimento para outras coisas.
_Nino Cais: Em relação a isso, eu acho que, às vezes, nem termina. Mesmo quando sai, não terminou, porque a gente tem essa natureza de tornar-se próximo, ter amizade. Eu acredito que continuamos.
_Carla Chaim: Falando de arte, trabalhando...
_Nino Cais: Não é que rompeu e acabou. De vez em quando, mesmo estando distante, o artista chega até a perguntar: “Ah, o que você acha disso?” Porque também se criou uma confiança, então não tem muito um fim.
_Carla Chaim: Teve uma professora minha que, uma vez, falou: “Ah, que bom que você se formou, que bom que você está trabalhando, agora você é, de fato, minha colega.” Eu acho que é isso. Eu, como aprendiz dela na universidade e, depois, virei tão profissional quanto ela, inclusive, eu e a Geórgia Kyriakakis [artista plástica e professora] estamos na Raquel Arnaud [galeria de arte em São Paulo]. Sororidade. Eu acho que você troca com outro para ele crescer também. Então viramos colegas, amigos.
_Marcelo Amorim: Eu acho que também, às vezes, a pessoa chega lá [no Hermes] com questões, com algum bloqueio ou com alguma coisa, e aí, eventualmente, aquilo se resolve e ela pode seguir. Também tem isso.
_Carolina Soares
Falando sobre educação, comumente utilizamos a expressão “acompanhamento de artista” para descrever as atividades de um espaço independente como as do Hermes. Diante das muitas lacunas no contexto artístico em nosso país, essa noção de “acompanhamento” pode ser compreendida como a de uma “formação”? Ou vocês percebem limites claros entre esses dois modos de conduta?
_Carla Chaim: Na universidade hoje, no bacharelado, eu não sei se eles têm alguma visão também do artista atuante nesse circuito de arte que a gente já comentou. Eu lembro que eu estava na universidade e meu professor de pintura falou assim: “Ah, eu pinto todo dia.” E eu olhava e falava: “Nossa, mas você pinta todo dia?” Hoje, para mim, parece óbvio que ele pinte todos os dias, é a profissão dele. Eu senti muita falta desse apoio.
A profissão de um artista é ir para o ateliê ou não, dependendo do seu processo, mas pensar no seu trabalho, na sua poética, não como um hobby. Nos anos 1980, começou toda essa efervescência, mas eu acho que é complementar. Eu lembro que a Regina Silveira [artista plástica] falava dos encontros no ateliê dela entre os artistas. Eu acho que sempre teve essa vontade de comunicação e de troca entre os artistas. A gente vem fazendo isso porque tem um complemento. Você precisa produzir e, de repente, esse produzir, essa troca vem mais nesses espaços independentes, ou que se troca mais do jeito que a gente faz, do que numa universidade. Acho que o foco é, de repente, um pouco diferente.
_Marcelo Amorim: Acho que na faculdade, num curso mais formal, tem uma coisa também muito clássica de comunicação, que tem um emissor e tem um receptor. Então, tem uma pessoa lá na frente, falando, e tem um monte de gente ouvindo. E, como isso que a Carla falou, parece-me que a história da arte aconteceu nos restaurantes, os artistas tomando cerveja juntos, jantando. Enfim, essa troca que acontece de um jeito muito mais orgânico, mais informal; e que acabamos criando ali, no Hermes, uma espécie de ponto de encontro. Então, semanalmente, a gente vai se encontrar e vai falar sobre arte e o que vai acontecer a partir daí, não tem muita regra, na realidade. Ele traz um trabalho, a gente divide os insights; então, são vários vetores de comunicação, é uma mesa redonda, digamos assim. Não é um palco, um palanque. E essa mesa, às vezes, prolonga-se para a mesa do bar, depois para a mesa do almoço...
_Nino Cais: As palavras “educação” e“formação”, acho que elas também carregam consigo um aspecto que a gente compreende o ser como uma pessoa individual, com gostos e com desejos, com erros e com problemas. Eu acho que nem sempre significa que a formação numa universidade vá formar um indivíduo tão adequadamente. Ele pode se adequar melhor, às vezes, a um lugar
que não tenha formalidade, porque, talvez, o viés ou o domínio dele se dê naquele aspecto. Eu diria mais, que ali [no Hermes] é um lugar de formação, porque é um lugar de espelhamento. Eu, a Carla e o Marcelo produzimos, reagimos. Somos profissionais, a gente expõe, a gente conduz nossa produção. Existe um espelhamento. Quando tem um espelhamento e uma persistência, repetimos, semanalmente, coisas ali. E nessa repetição, a gente observa, e observando essa repetição, temos o quê? Uma reflexão, porque se você repete sempre, se eu corto todo dia um papel, eu começo a ter uma reflexão sobre o recortar papel, e eu acho que é assim que se dá o aprendizado também na prática. Eu diria que, ali, é um lugar de prática, porque se repete muito, e, se repete, há uma reflexão. Então, eu acho que existe uma formação, não de uma maneira mais formatada, mas há uma formação, sim.
_Carla Chaim: E, só para complementar, sobre a formação que se dá conosco, acho importante falar também que somos três artistas. Esse espelhamento, eu acho que ele se dá muito, pois, de repente, a gente dissolve ou ajuda a “desenosar”, desatar nós e problemas, que o artista tenha de fato na produção, na convivência, na relação com o trabalho. A gente tem uma experiência por ser artista e queremos contribuir mesmo como formadores, como educadores. Sabemos onde tem nó, obviamente não todos, mas a gente já tem uma certa experiência que pode ir balizando e, de repente, mostrando outros caminhos para os outros artistas. Somos três artistas, e somos uns diferentes dos outros.
_Nino Cais: E outra coisa que eu diria, não ensinamos ninguém a ser artista. Isso não existe. Isso é uma utopia. Você ensina alguém a se passar por artista. Mas ser artista, de fato, eu acho que implica numa natureza pessoal. Eu não posso forçar um indivíduo e falar: “você vai ser artista”. Não dá. Então, tem uma natureza ali, que implica no humano, na indagação intrínseca mesmo. Então, eu
acho que isso a gente não ensina, acho que está ali por osmose, porque nós somos artistas e vivemos isso, está por osmose, mas não dá para falar: “Você vai ser artista e vai ser reconhecido”. Isso, não conseguimos ensinar. Mas conseguimos mostrar a capacidade para se estreitar em algo que, talvez, esteja em você e que precise ser mais exposto, precise ser mais declarado. A gente precisa declarar que é artista, mas não dá para fazer ninguém virar artista. É preciso autorizar-se.
_Carla Chaim: Por isso que existe essa troca, porque a gente lá [no Hermes], toda semana, falando tudo que falamos, surge uma responsabilidade sobre o trabalho do próprio artista. Eu acho que estamos lá para estimular e para contribuir com a vontade que o outro também traz. Porque eu acho que tem uma responsabilidade e um trabalho árduo, muitas vezes, de focar, de apresentar, de fazer, que tem que partir da pessoa. A gente não consegue implementar um chip que transforma a pessoa em ter uma vontade artística.
_Carolina Soares
Para Michel Foucault, sobre a noção de experiência, ele vai dizer que é algo da qual nós saímos transformados. Então, tendo em vista que vocês estão há treze anos nesse processo, perguntando a vocês, a partir dessa noção de experiência, em que o Hermes transforma vocês?
_Marcelo Amorim: Eu acho que tem essa coisa de estar mais aberto para olhar, para ver o que é mais positivo, para ser mais generoso, digamos assim, e menos ranheta, sabe? É se apegar a uma ideia quase esperançosa de que as coisas podem se transformar, melhorar. Porque conseguimos ver evoluções da água para o vinho.
_Nino Cais: Eu acho que ele [o Hermes] transformou a minha inquietude diante do circuito, da cena da arte, do próprio fazer, da própria ideia de ser artista. É muito mais generoso entender que
a arte não é linear, ela não está fechada, é ambígua e a gente está sempre conduzindo a partir de uma crença que, muitas vezes, é equivocada. Então, acredito que, ali, eu aprendi que a arte está numa trama que é muito mais invisível e eu, vivendo aquilo, percebi que essa trama começou a ficar mais visível para mim. Eu acredito nisso.
_Carla Chaim: Tem também um olhar para o outro que eu não achei que eu fosse ter. Eu não fiz licenciatura para não ter que pensar em dar aula. Era super assim: “Imagina que eu vou dar aula?!”. Eu acho que o que a gente faz não é aula, propriamente dita, é um encontro, uma discussão, um tipo de, entre aspas, formação. Acredito que esse olhar para perceber a evolução do trabalho do outro, de você estimular o outro a crescer, eu acho que também eles, os artistas do grupo, acabam crescendo como pessoas e acreditando um pouco no outro. Porque acho que nós, diferente de outros circuitos, acreditamos no outro e eles acreditam na gente. Por isso que eles continuam indo. Acho que tem essa via de duas mãos e, do meu lado, essa crença na troca, essa crença no outro, essa crença na educação, falar que dou aula há treze anos e que eu volto para a academia até com um olhar de pensar em dar aula mesmo, gente, alguma coisa aconteceu. Eu acho que o acompanhamento de processos se constrói durante a vida, faz parte da vida, ele não é um curso com um fim. Acredito que isso é o que mais me chama a atenção nesse processo.
ARTISTAS

Adriana Amaral utiliza a fotografia como linguagem principal da sua pesquisa, que se debruça sobre os conceitos de memória, corpo, intimidade, lugar, ancestralidade e temporalidade. Seu processo criativo parte do pessoal e discute, através dele, um modo metafórico de sublimar e transformar memória, sentimento, emoção e energia em fluxo de vida. Nessa investigação, busca estabelecer um vínculo com o lugar onde as fotografias são realizadas. Figura como interesse recente de investigação o universo da fitotipia, colagem, bastão oleoso, pastel e aquarela.
ADRIANA AMARAL
Arlette, 2021. Pigmento mineral sobre papel algodão, 100 x 150 cm

ALAN NIELSEN
O Navio, 2022. Fotografia impressa em Back Filme e caixa de Luz, 50 x 75 cm
Alan Nielsen caminha pelo encantamento do universo das imagens, buscando como propósito o autoconhecimento. Sua fotografia desdobrase em linguagens pessoais e memórias pictóricas, que possibilitam um sentimento de pertencimento do indivíduo. Um método contínuo de pesquisa e aprofundamento dos elementos que permeiam os limites da percepção e as nuances da consciência humana.

ALEXANDRE FRANGIONI
Cofre #606 - Pião colorido, 2018.
Cofre de acrílico com fechadura de metal, barbantes, pião de madeira, 20 x 30 x 20 cm. Fotografia: Nicolas Ceva Babikian
Alexandre Frangioni discute como as ações individuais e coletivas dos humanos impactam na construção dos valores cidadãos na sociedade contemporânea. Pelo uso de diferentes técnicas e materiais e a representação de símbolos, produz obras a partir de narrativas sobre as questões envolvidas nos valores, tempo e memória das sociedades históricas, e como eles se refletem na mentalidade contemporânea. Como a questão dos valores apresenta uma extensa variedade de assuntos, o artista utiliza diferentes séries que abrangem temas mais específicos, como sustentabilidade, consumo, economia e segregação, dentre outros. Através da ressignificação do símbolo/material, produz objetos e instalações que sugerem relações alternativas e servem para a reflexão sobre os valores presentes na atualidade.
ANA VAL
Autorretrato, 2024, Aquarela e gouache sobre papel de algodão, 32 x 24 cm
A produção de Ana Val concentra-se em retratos de pessoas e animais, algumas vezes imersos em paisagens oníricas. Seu interesse é criar uma narrativa que desperte a curiosidade e encantamento. Seu processo envolve desenho e fotografia como etapas preparatórias para a aquarela.


ANDRÉ IANNI
Regio Furico, 2023. Cerâmica com esmalte de alta temperatura, 36 x 23 x 25 cm
A pesquisa artística de André Lanni reflete sobre intersecções, recorrências e semelhanças entre crônicas políticas contemporâneas e arquétipos ancestrais, mitos e simbologias de poder como pretexto para a ativação de canais de subjetividades.
CAIO BORGES
Dilúculo, 2023. Acrílica sobre tela, 170 x 160 cm
Caio Borges debruça-se sobre temas como memória, sexualidade e identidade queer, através, majoritariamente, das práticas do desenho e da pintura. Sua obra retrata uma pintura urgente, gestual, que se apresenta a serviço do desenho e da narrativa. Há em seu processo criativo um compromisso com a diversão, no intuito de percorrer a fronteira entre seu consciente e subconsciente, frutos de sua relação e interesse por psicoterapias desde a infância. Recentemente, incorporou em seu escopo outras formas de expressão artística, como fotografia, vídeo, site specific e apropriação de objetos como suporte. Propõe, em seu discurso, uma abordagem irônica e lúdica, com uso da Pop Art e referências midiáticas como dispositivos para criticar o patriarcado e a discriminação à população LGBTQIAPN+.


Cali Cohen pesquisa questões do Antropoceno e a relação entre humanos, não humanos e natureza, que se entrelaçam em seu trabalho. Através da pintura, percorre temas como extinção, caça e tráfico de animais silvestres, solidão e surgimento de novos mundos possíveis.
CALI COHEN
Plástico, 2022. Pastel seco e acrílica sobre papel vermelho, 28 x 50 cm
CAMILA BORANGA
Arvorecer, 2023. Série: Entroncamentos. Acrílica sobre tela, 40 x 50 cm
Sua produção artística tem base no desenho e nas linhas geométricas, bagagem vinda do desenho industrial, que cursou antes de passar pela gravura e se graduar como arte-educadora. Constrói camadas com cores e linhas e tem experimentado os efeitos luminosos das tintas metálicas e fluorescentes. Gosta dos resultados visuais com a profundidade obtida na interação entre as figuras e o fundo. Considera seu trabalho como algo entre o figurativo e o abstrato, ussando imagens de árvores, figuras humanas, balaústres e placas de transito como ponto de partida para elaborações maiores entre figura e fundo.

CARLOS MONARETA
Meu Primeiro Objeto Trouvé, 2021.
Tênis All Star sujo de terra vermelha goiana e condensador de geladeira, 80 x 60 x 9 cm
Carlos Monaretta é o habitante do dito “terceiro mundo”, que observa montoeiras de lixo, trecos, troços, coisas velhas repugnantes e insignificantes. Ele passeia pela cidade, observando monturos, fotografando-os e reinscrevendo-os com luz. Questiona se o lixo pode ser considerado arte, transformando formas para outros olhares, leituras e construções. Surge a dúvida: será isso arte? Monaretta é um artista do sensível, do inútil, do humor e da crítica. Brinca com a reclusão, com a exclusão, e inclui. Equipara (dês)hierarquias. Cria objetos que não se encaixam na ordem do dia, objetos que existem apenas para existir.


CHIARA SENGBERG
Baby blues, 2023 . Impressão em papel de algodão e óleo sobre peças de brinquedo em madeira, 25 x 55 cm cada - díptico
Em seu trabalho, Chiara explora o processo da construção de memórias pessoais e coletivas. Através de diversos suportes, como a fotografia, a colagem, o vídeo e, mais recentemente, a escultura, a artista busca entender como paisagens, construções e objetos contribuem com esse processo, considerando também os vestígios da ação do tempo e da natureza neles impregnados. Para isso, dedica-se à infância e ao papel da imaginação nessa fase da vida, reaproveitando brinquedos e resgatando elementos lúdicos. Também fazem parte de sua prática a apropriação de um acervo fotográfico familiar e a pesquisa sobre seus antepassados. Através desse material vernacular, a artista investiga o que escolhemos recordar ou esconder, e quais as consequências desse processo na construção de uma identidade.

CYNTHIA
LOEB
A produção de Cynthia Loeb é constituída de experimentações no campo da cerâmica, da pintura, do têxtil e da colagem. É permeada por temas como os contos de fadas e o corpo, costurando sua memória a referências de um imaginário coletivo, objetivando a composição de peças que criem para o público uma constante relação de correspondência e estranhamento. Arca de Noé do Putin, 2024. Cerâmica, 20 x 150 x 7 cm
DANIELA SCHILLER
A Batalha de Hércules Contra o Homem Velho, 2023. Acrílica, bordado e miçanga sobre algodão, 72 x 70 cm
Daniela Schiller trabalha as percepções do universo em várias dimensões: das ciências, da fantasia, das profecias, da cartografia, do passado e futuro da humanidade. Faz parte da sua poética o maravilhamento pelo cosmos em suas várias camadas, sendo ele pano de fundo e cenário para nossas construções de cultura e fantasias através dos tempos. Através da pintura e bordado, a artista compartilha suas descobertas sobre o céu que protege a todos.


DANIELA TORRENTE
Sem título, 2020. Série: Sombra de Vitória. Impressão sobre papel de algodão, 150 x 100 cm
Daniela Torrente tem como eixo do seu trabalho o deslocamento forçado, partindo da experiência pessoal enquanto descendente de sobreviventes do genocídio armênio. Questões como a interrupção da vida cotidiana, o impacto na vida das mulheres em situação de refúgio e suas descendentes, expandindo para temas como a construção da identidade, a guarda da memória, o apagamento e o preconceito constituem vertentes importantes da pesquisa. Utiliza a fotografia como base, mas também navega pela intervenção com pintura, gravura, costuras e raspagens.
DEBORA AMARAL
Aracne, 2022. Papel artesanal, canson, jornal, crochê, linha de algodão e agulha, 42 x 29 cm
Atualmente, o trabalho de Débora Amaral discute a ontologia, a resistência e a fragilidade, o empoderamento e a vulnerabilidade e as relações entre indivíduo e ecossistema. Sua expressão artística desafia convenções e estereótipos de gênero, convidando o espectador a refletir sobre a complexidade e diversidade da experiência feminina por meio de diferentes linguagens artísticas, como o desenho, a colagem, a escultura, a gravura e a performance. Em seus processos, utiliza o barro, o papel e a linha de algodão, tecendo alegorias que exploram o simbolismo pessoal e arquetípico, intrigada por paralelos com o ambiente cultural.

Sampafilia #2, 2023. Gesso, ferro, algema e flor artificial, 30 x 7 x 23 cm

Com humor e ironia, Dip retrata o cotidiano, as suas belezas e incoerências. Em alguns trabalhos, com influência na xilogravura, cordel e surrealismo, representa os marginalizados e o ostracismo. Guarda com a cidade de São Paulo, onde reside e trabalha, relação pessoal de paixão e ódio, naquilo que batizou de “sampafilia”. Sob diferentes óticas e formas de expressão – visuais, comportamentais e de jogos linguísticos, reflete a aceitação do erro como o melhor caminho para o progresso, autoconhecimento e autolibertação, no “Vulnerável Mundo Novo” onde atualmente vivemos. Seus trabalhos, concretos e abstratos, convidam o espectador a mergulhar em narrativas visuais multifacetadas, repletas de camadas de significado, interpretação e questionamento, fornecendo elementos para que o espectador possa construir a sua própria narrativa.
DITA JUN
Sem titulo, 2023. Série: O Nada Entre Tudo. Negativo queimado digitalizado e impresso em papel algodão, 50 x 58 cm
Dita Jun mergulha na criação de um mundo além do tangível, criando um lugar onde as emoções assumem forma física e permanecem visíveis. Através de negativos queimados e fotografias, ela busca esses espaços entre o ser e o nada, e nesse lugar imenso e perdido, a essência dos sentimentos gravou-se nesses meios danificados. No processo de digitalização e ampliação desses negativos e fotografias, Jun encontra o que a maioria descartaria: imperfeições que revelam um mundo oculto de emoções, oferecendo um diálogo poético sobre a natureza intangível dos sentimentos. Com cada peça, ela coloca uma questão profunda: como pode o intangível manter uma presença tão palpável, ressoando através de camadas de tempo e espaço?

DUDA BREDA
Kit Gay, 2022. Jato de tinta mineral sobre papel de algodão, 90 x 135 cm
O trabalho de Duda Breda debruça-se sobre a poética da construção e performance da masculinidade, questionando formas de transgressão de normatividades. Através da fotografia, colagens e uso de materiais diversos, o artista reflete, em suas obras, as angústias e aflições sobre como a crise de identidade do homem gay atual o atinge, tanto no anseio de performar uma masculinidade heteronormativa, quanto na busca por um ideal de beleza viril clássica, onde a baixa adiposidade e a alta musculatura implicam no encaixe ideal de homem forte e bem sucedido em uma sociedade capitalista-neoliberal.

Ellion Cardoso desenvolve, atualmente, uma produção em torno de questões ambientais e ecológicas, desenvolvendo pesquisas acerca das políticas de desmantelamento da proteção ao meio ambiente no Brasil, o que gera graves consequências aos espécimes nativos dos diversos biomas do país e às populações indígenas. Com isso, tem trabalhado com a figura de animais brasileiros, ora apagando-os, ora exaltando-os, além de utilizar materiais naturais como madeira e papel. Como forma de denunciar os abusos cometidos contra a natureza e contra populações, tem se utilizado de ferramentas como machado, serra elétrica, maçarico e até armas de fogo na produção de seus trabalhos. Ellion revela uma verdadeira distopia de Brasil ao denunciar ações que trarão danos irreparáveis ao planeta e aos seres humanos, caso essas políticas destruidoras se perpetuem.
ELLION CARDOSO
Espécies Brasileiras, 2023. Série: Marca de Fogo. Cédulas queimadas de diversos valores, 14,2 x 6,5 cm cada


Fernanda Carvalho trabalha com processos experimentais visuais, utiliza os elementais para fazer imagem - como por exemplo, o sol e a água - componentes da cianotipia, impressão fotográfica. Os experimentos revelam-se em meio de exaustivas demandas do cotidiano urbano. São tentativas de restauração do olhar, ou possibilidades para manifestações poéticas, entre relações vitais distorcidas pelos excessos, da produção, de imagens e do desenfreado techno-capitalismo. São formas de reflexões sobre “O que é essencial hoje? O que é natural aqui? O que nasce, sobrevive?”.
FERNANDA CARVALHO
Pedra Suane, 2022. Cianotipia sobre papel de aquarela, 22 x 18 cm

Fernanda Luz trabalha com pintura e desenho, explorando a paisagem construída. Busca refletir sobre a desconstrução da utopia modernista geométrica e racionalista, explorando sua interseção com fenômenos políticos, sociais e culturais. A viagem e o movimento pela paisagem são representados em sua obra a partir da série e o módulo, interessando-se pelas ruínas, os monumentos, as heterotopias e os espaços cotidianos, sempre representados como espaços vazios suspendidos no tempo. Suas obras são fruto de uma pesquisa sobre essas temáticas, trançando a história universal, os relatos de comunidades e sua vivência pessoal. Formalmente, interessa-se por paletas de cor reduzidas, composições racionais a partir de fotografias e arquivos e a integração de planos geométricos.
FERNANDA LUZ AVENDAÑO
Museo, 2023. Série: Destellos Lejanos Óleo sobre tela, 120 x 130 cm

FLAVIA RENAULT
Teatro do Imaginário, 2023. Madeira, gavetas antigas, pintura tipo barroca antiga, bonecas de pano, 83,5 x 105 x 51 cm. Fotografia: Filipe Berndt
A pesquisa de Flavia Renault parte das questões entre vida e morte como ocorrências metafóricas do conceito de renascimento, o que a faz transitar também pelas múltiplas possibilidades desse conceito, como a característica cíclica, a revisitação de memórias pessoais, familiares, amigos e de outras pessoas que sequer conhece, mas que imagina, recria e reconhece , e com a sobreposição de fatos e acontecimentos, as transformações desejadas ou casuais e até mesmo a própria casualidade ou incontingência. Flavia desenvolve ampla pesquisa plástica: trabalha colagem, desenho, pintura, bordado, costura, construção de objetos e instalações, transvertendo entre resíduos encontrados, objetos colecionados ao longo da vida e variados suportes (papel, tecido, madeira etc.), além das criações de performance
GIOVANNA MARIA
Musa Paradisíaca, 2024 Série: O caderno que eu gostaria de ter tido na infância. Monotipia, folha de caderno de 1970, 126 x 59,4 cm
Em sua prática, Giovanna Maria sustenta fragmentos de um corpo que transita pela cidade. A artista transdisciplinar agrega diversas linguagens e recursos em suas obras, como papéis de diferentes épocas, gravuras, imagens midiáticas, textos literários e alguns achados na natureza ao seu redor. Defende o acaso e reorganiza os elementos em um lugar comum e possível para a criação de novos mundos. Dedica-se a pensar em um corpo urbano cotidiano em constante deslocamento, onde o inusitado e, muitas vezes, o descartável, vira algo encantador em sua obra. Assim, para sustentar o mundo permeável, apoia-se no pensamento de colagem e vive criando correlações e hibridismos entre diferentes seres, tempos e espaços.

A nova artista Helena Malnic é visceralmente atraída e tocada por cores, texturas e composição, tendo esses elementos como os primeiros impulsos de suas colagens de papéis e Mixed Media, deixando esses sentimentos direcionarem-na antes de qualquer outra coisa. Helena também é movida pela materialidade e conexão entre materiais e significados, especialmente materiais artístico-históricos, seus sentidos atribuídos e as medições sobre a produção humana por trás deles. À medida que seu trabalho se desenvolve, Helena vê, cada vez mais, esses temas figurarem por entre sua produção, particularmente nas suas decisões sobre as fontes de seus materiais (livros usados e revistas antigas) e na incorporação de imagens de perfil acadêmico e de história da arte nos seus trabalhos. Helena ainda está descobrindo seu toque e sua estética e poética visual, e continuará a explorar novos temas e elementos visuais.
HELENA MALNIC
Pacaembu 3, 2023. Série: Pacaembu. Colagem de papel, 33 x 30.5 cm

ILKA LEMOS
Sem Título, 2022. Série: Viejas. Giz pastel e carvão sobre papel, 77 x 57 cm
lka Lemos investiga a mitologia da figura de Lilith como a primeira mulher na história ocidental que não se sujeitou, aquela a dizer o primeiro não. Com a proximidade de narrativas místicas, está sempre em busca de uma metafísica e espiritualidade, questionando as histórias escritas, e à procura da força de liberdade presente desde os tempos originários. Sua produção não se restringe a uma única linguagem; ao desenvolver trabalhos têxteis, desenhos, instalações, esculturas, cerâmicas, pinturas e intervenções em fotografias, a artista pesquisa as potencialidades do corpo feminino. Os assuntos retratados exprimem gestos que lidam, essencialmente, com ciclos: desde o princípio, de um corpo materno que aguarda, sofre, sangra e dá início à vida, até os momentos finais da velhice e da observação de um tempo que se estende e finda. Ilka busca, no mundo, aquilo que há de mais íntimo. O eu; mulher; Ilka.

JADE GOMES
Caminho, Revolução, 2018. Papel, fita crepe e imagens da revolução Russa, 86 x 62 cm
Jade Gomes trabalha a pesquisa em colagem. Iniciou sua jornada explorando esse meio em 2014. Seu trabalho concentra-se na investigação dos pequenos comentários que permeiam o mundo. Ao unir imagens, ela constrói lugares artificiais, buscando capturar o dinamismo da cor como reflexo de estados que mascaram as situações presentes na colagem. Explora a interseção entre arte e vida, multiplicidade, apropriação, colagem e a busca pela totalidade através do olhar pela fresta. Mediante seu trabalho, busca trocar ensinamentos sobre os estados de impermanência da vida.

JULIANA CUNHA
Sem título, 2023. Série: Bicho. Óleo sobre tela, 163 x 120 cm. Fotografia de Filipe Berndt
Juliana Cunha aborda questões do colonialismo e do patriarcado através de um mergulho no universo feminino. Por meio da figuração, Juliana escancara toda a complexidade da mulher contemporânea — que duela entre tradição e transgressão. Explora em seus retratos intimistas sentimentos como: repreensão, tristeza, vergonha, indiferença, sensualidade, medo e tédio, que estão presentes provocando o espectador. A artista mistura diversas técnicas artísticas em seu trabalho, ora parecendo um desenho, ora uma pintura.

A busca pela significação é o eixo que permeia o trabalho de Juliana Monteiro. Em meio às tessituras do dizer, o que rompe a fronteira entre palavra e imagem desperta seu interesse. Sua poética se desdobra em diferentes materiais e linguagens, que se somam para delimitar contornos expressivos. Faz parte de sua dinâmica a discussão sobre a memória e a impermanência, bem como os limites da existência. Sob esse recorte, o tempo da infância, cheio de descobertas e de fissuras, surge como fonte essencial para a formação do ser. O caráter universal do que é íntimo, bem como percepções e vivências do cotidiano também são abordagens constantes em seu trabalho.
JULIANA MONTEIRO
Queira Receber Como Recordação, 2022. Livro-objeto, 20 x 13,5 cm

KIKA SIMONSEN
Alquimistica, 2024. Acrílica sobre tela, 150 x 150 cm
A pesquisa visual de Kika Simonsen está ligada à pintura gestual e à experimentação de cores e formas utilizando tinta acrílica feita com pigmentos puros. Os trabalhos são construídos em diversas camadas, onde a tinta acumulada constrói composições inspirados na natureza e memorias vividas, mas que criam um universo novo, de jardins, céus e espaços imaginários. Cada pintura representa a busca ao equilíbrio entre o planejado e o intuitivo, a pincelada forte contrastada com a delicada, o figurativo com o abstrato, a energia com a pausa e o imaginário com o real. Figuras mitológicas e símbolos culturais ou da imaginação se misturam com vivências retratadas em camadas que, juntas, abrem espaço para diversas interpretações em trabalhos visualmente intensos.


LANA MORAES
Intrépide, 2022. Papel canson, tinta acrílica e tachinhas, 20 x 16 x 8 cm
Lana Moraes (Andrógina) busca explorar a interseção entre conceitos geográficos de cartografia e mapeamento com uma abordagem da leitura do corpo humano. Desde os primeiros desenhos de andróginas, passando pelos estudos das amorfas e chegando à série intitulada ‘Cartografx dx Corpx’ (Cartografias de Corpos), o objetivo é aprofundar-se nas complexidades do corpo a partir da abstração, especialmente no contexto queer, onde o corpo é percebido como um território em constante transformação. O princípio fundamental de seu trabalho reside na ideia de que o corpo queer representa um sujeito de “autoterritorialização”, um espaço em evolução contínua que se redesenha e se reapropria do mundo ao seu redor.

LEONARDO DAMONTE
Sem titulo 4, 2023. Série: Anomalías. 120 x 60 x 30 cm
Leonardo Damonte tem como proposta a realização de obras concebidas a partir dos vínculos ou relações entre os materiais e elementos que as compõem. Sua obra caracteriza-se pela perda de referencialidade e a aquisição de uma função diferente ou invertida dos elementos. A proposta reside em despojar os objetos de sua referencialidade objetiva e disposição no espaço por meio de diversos procedimentos, formando, assim, um relato em que os elementos dialogam entre si e com a totalidade. Prestando especial atenção à relação entre esses materiais e sua organização compositiva, incluindo tamanho, escala e proporção, assim como sua intencionalidade comunicativa, o trabalho de Damonte transcende a estetização do ordinário, provocando reflexões, muitas vezes irônicas, que exploram a tensão inerente a qualquer exercício taxonômico.

LIANE RODITI
Cercamento, 2023. Impressão em papel algodão, 63,75 x 85 cm
Partindo da observação do corpo, do movimento e da transformação, a pesquisa de Liane Roditi levanta questionamentos sobre a visão da sociedade patriarcal, a objetificação, o silenciamento e o apagamento da mulher, além de explorar o papel do corpo nesse contexto. Utilizando-se de uma variedade de linguagens, incluindo videoperformance, fotoperformance, fotografia, pintura, escultura e instalações, a estética barroca exerce uma influência marcante em suas obras, manifestando-se através da dramatização e do jogo entre luz e sombra. Sua experiência de vida e sua busca pela cura permeiam seus processos artísticos. Explorando dualidades e procurando abordar temas delicados de maneira não agressiva, seu trabalho prefere intrigar, provocar um certo desconforto e despertar curiosidade no espectador.

LUANA LINS
Sem título, 2021. Série: Casa comigo. Maquete e página de livro. 40 x 25 x 12 cm
Luana Lins utiliza linguagens diversas, como vídeo, fotografia, pintura, colagem e instalação, para discutir de estereótipos a violências de gênero e suas reverberações no contexto sociocultural atual. Ao transpor objetos, frases e capas extraídas de livros e trechos de vídeos e filmes para o campo da arte, levanta questões sobre valores culturais históricos e sua evolução ao longo do tempo. Nos últimos trabalhos, direciona-se para a sobrecarga feminina e para o doméstico em si, explorando suas texturas, ruínas e memórias.

LUIZA BORGES
Toranja 2, 2019. Série: Toranja. Impressão em papel algodão, 20 x 30 cm
A produção de Luiza Borges é dedicada ao uso da fotografia como linguagem artística e experimental, onde se especializou principalmente em retratos, que costumam remeter à memória, ao seu imaginário e a sonhos. Traça também uma relação entre o passado e a vida cotidiana contemporânea. Além de ter como inspiração o surrealismo, explorando as formas e movimentos dos corpos, o feminino e a natureza. Iniciou sua trajetória fazendo ilustrações, pinturas e desenhos, no entanto é possível reconhecer em seu trabalho algumas características mais plásticas, como colagens, pinturas manuais e outras intervenções.
Luiza Lavorato direciona seu olhar para as curvas e movimentos, as imagens que produz tematizam a continuidade, seja de uma ação das linhas formadas pelos corpos ou das abstrações que a natureza é capaz de produzir. Os rastros de elementos efêmeros são registrados através da fotografia digital ou pela criação de imagens sem câmera, que tentam reter o volátil e o fugaz. A artista também explora a formação das imagens usando as técnicas de lúmen e quimigrama, que lidam com a imprevisibilidade dos materiais e ambientes. Mais recente, Luiza explora o bordado em papel e canvas. A multiplicidade de técnicas aprofunda a pesquisa da artista sobre a materialidade do corpo expandido, seja ele humano, arquitetônico, químico ou natural.
LUIZA LAVORATO
Entre os Dedos, 2023. Bordado e acrílica sobre tela, 53 x 76 cm

Magali, ao olhar de uma forma curiosa para uma cadeira qualquer, sente um desejo não de descansar, mas de fotografar, desenhar, pintar e imaginar, num devaneio, as memórias que essa cadeira traz. Assim, passa a olhar a cadeira de uma forma contemplativa. Ao refletir sobre o trabalho, tenta romper a fronteira entre o objeto e a sua imagem.
MAGALI CAMACHO
Objetos e suas Impressões, 2021. Objetos de madeira pintados e impressão sobre papel, 150 x 150 cm

MALU TIGRE
Sem título, 2023. Série: Taquicardia, 76 X 56 cm
Malu Tigre conduz sua pesquisa a partir da cuidadosa seleção de revistas e livros de arte destinados ao descarte, conferindo uma nova vida a materiais obsoletos, com a intenção de resgatar sua fragilidade. A artista emprega a colagem como linguagem, desenvolvendo composições seriadas que exploram gesto, cor, textura e profundidade. Sua abordagem busca ocultar o tema principal das imagens impressas, especialmente dos modelos fotográficos, enquanto destaca elementos que previamente passavam despercebidos. Tigre faz uso de superfícies de cores como paletas de tinta, transformando cada fragmento de papel em uma pincelada. Atualmente, a artista imerge na exploração do binômio corpo-paisagem, concebendo-os como territórios sujeitos à passagem do tempo, vulneráveis e em constante transformação.

O corpo sempre esteve presente nas obras de Maria Barbosa. Desde o início de sua carreira, tem se dedicado a retratar indivíduos que fogem dos padrões impostos pela sociedade. Transita entre o desenho de observação e a abstração, corpos que se transformam em paisagens e vice-versa. Seus trabalhos têm como ponto de partida objetos como tecido, raízes e paisagens. A gestualidade e as pinceladas criam formas fluidas que se dissolvem e caminham para o abstrato. Maria navega pela tensão entre a expressão pessoal e as expectativas sociais. Recentemente, tem aproveitado telas antigas, cobrindo corpos já pintados, criando uma narrativa mais profunda e provocativa. Através do ato de velar suas telas, acaba revelando corpos com mais liberdade.
MARIA BARBOSA

Maria Lucia coleciona imagens e trabalha com revistas, álbuns de família, plantas e folhagens, paisagens orientais e de natureza em sua produção. Sua pesquisa plástica, com frequência, sobrepõe linguagens como a aquarela, o desenho, o bordado, a monotipia e a fotografia, e explora tipos variados de papel e de tecido, buscando novas interações entre eles.
MARIA LUCIA SIMONSEN
Jardim Imaginário, 2019. Papel washi, aquarela e bordado, 37 x 30 cm


MARIA RENATA PINHEIRO
Sem título, 2023. Série: O Que Resta, nr. 9. Carvão e fuligem vegetal sobre papel kraft reciclado, 62 x 48 cm cada - Díptico
Maria Renata Pinheiro desenvolve seu trabalho a partir da memória das muitas temporadas de sua infância e adolescência em Belém e no interior do Pará, terra de origem de sua mãe. A artista busca expressar a saudade da convivência íntima com a mata, ao mesmo tempo que a confronta com a atual realidade de depredação. Utiliza várias técnicas, como monotipia com talco, retirando delicadamente o talco com distintos utensílios que desenham linhas e formas que remetem a áreas de degradação; desenhos com carvão e fuligem vegetal e, em algumas vezes, o fogo, fazendo surgir riscos, restos e tons escuros e pinturas em tela, que são resultados de um exercício de composição de linhas, formas, texturas e cores que se equilibram numa abstração.

MICHELLE ROSSET
CM IV, 2023. a. Aço e tinta automotiva, 156 x 110 x 78 cm. Fotografia: Diana
Michelle Rosset explora as noções de distância, espaço e comunicação através de diferentes mídias, como a colagem, a pintura, a escultura e o vídeo. Busca, no ato de escrever sobre a pintura, modos de questionar a linguagem e as formas de comunicação. Mais recentemente, passou a observar o espaço da casa e a distância que se estabelece entre as pessoas, propondo novos trabalhos que unam pensamento, linguagem e espaço. Para tanto, Michelle utiliza diferentes materiais e entende que um trabalho pode começar na colagem e se transportar para o espaço, ou vice-versa. A presença da cor acentua a geometria e a forma.

Partindo do colecionismo de objetos descartados, como fotografias encontradas em mercados de pulgas ou doadas por amigos, Miriam Bratfisch Santiago começou sua pesquisa sobre memória produzindo trabalhos que traduziam essas imagens órfãs em aquarelas, desenhos e bordados. Atualmente, essas fotos abandonadas são usadas como material em si e recontextualizadas através da construção de instalações ou montagens utilizando diversos suportes como madeira, arame, hastes de metal, álbuns antigos, tecidos, vidros de perfume em linguagens como desenho, pintura, colagem, transfer. A artista produz interferências mínimas nas fotografias, deslocando-as do plano privado para o da esfera pública, apontando aspectos relativos à memória: o esquecimento, a ficção, o pertencimento e a ausência.
MIRIAM BRATFISCH SANTIAGO
Santos, 29/04/1952, 2019. Impressão fine art de fotografia apropriada e grafite sobre papel algodão. 40 x 140 cm. Fotografia: Filipe Berndt

NADIRA YANEZ
Gargantilha, 2024. Cerâmica e ovos, 24 x 32 x 8 cm
Nadira Yanez tem como eixo principal em sua pesquisa a investigação da noção de corpo (não necessariamente humano, mas matérico também) como estrutura porosa e maleável, que existe “em relação” e não “como” organismo fechado. Através de objetos escultóricos e pinturas, busca criar campos de desfragmentação entre humano e não humano, interior e exterior. Investiga também os desvios corpóreos que se manifestam na dor e adoecimento como propulsores de construção de novas pontes orientadas pela ideia de “corpos crip” e materializa esses desvios em esculturas vestíveis, utilizando o próprio corpo como suporte.
Usando objetos coletados do seu entorno, Ósi propõe esculturas que se articulam a partir das propriedades magnéticas dos metais. Conectados por super ímãs, esses objetos tornam-se muitas vezes estruturas frágeis, instáveis e efêmeras, convites para o perigoso jogo colaborativo de imaginar e desenhar outros mundos. Ao assumir a posição de viabilizador, o artista reclama a participação de outras subjetividades, ampliando a própria ideia de autoria da obra de arte. Ósi também pesquisa sobre as propriedades plásticas das argilas e os processos do fazer cerâmico, produzindo trabalhos que compõem uma espécie de arqueologia das práticas, das experimentações e do dia a dia no ateliê.
ÓSI

RENATO PALMUTI
Trabalhando, 2024. Série: Mecanicidade. Carvão líquido sobre papel, 75 x 110 cm
Renato Palmuti utiliza a pintura como ferramenta de expressão para desenvolver temas ligados à consciência do ser humano, assim como seu ambiente, comportamento e forma. Desenvolve seu método de trabalho com materiais que utilizam a água como veículo de fluidez. Dessa forma, permite que a ordem intrínseca da técnica seja equilibrada por uma dose de caos, que é trazida por esse elemento líquido e emocional. Muitas vezes, cria ou adapta seus próprios pincéis, tintas e suportes, e busca suas temáticas na observação das pessoas em seus ambientes e em seus diversos papéis, sejam eles conscientes ou não. Essas observações são registradas através de ensaios fotográficos ou vídeos experimentais, os quais tornam-se as referências para suas pinturas.


ROBERTO UNTERLADSTATTER
Faço Suas Minhas Palavras, 2024.
Série: 5. Placa de alumínio fundido, parafusos. 25 x 40 cm
Utiliza a linguagem do design gráfico, as ferramentas e técnicas da publicidade a sinalização e a comunicação comercial popular, para criar obras poderosas, contraditórias e críticas, através de uma visualidade e materialidade que são familiares ao público. Seus trabalhos exploram a política, os meios de comunicação de massa, o consumismo e outros interesses inerentes à autopercepção; tanto como indivíduo quanto como parte de uma identidade coletiva cultural.

Rosana Pagura tem, em sua produção pictórica, a figuração ora realista, ora no limite da desconstrução. Explora cenas do cotidiano como o lugar, o objeto, onde capta momentos, olhares, memória, registros acumulados que, através de pesquisas e práticas na pintura e do desenho, vão aprimorar seu universo plástico, assim como desenvolver sua poética pessoal. Tem como prioridade o processo de sua pintura, que vem da forma e da cor, seja na forma pictórica, no desenho ou no próprio “pensar” a pintura. Nesse processo, procura deixar no mundo sua experiência estética.
ROSANA PAGURA
Sem Titulo, 2024. Série: Perfumes Óleo sobre tela, 60 x 80 cm. Fotografia: Christian Castanho
SAULO SZABÓ
Me Toca!!!, 2023. Série: Sombras. Bloco de concreto celular com pigmento mineral, 40 x 60 x 60 cm. Fotografia: Ivan Padovani
Saulo Szabó constrói sua pesquisa artística buscando criar outros entendimentos sobre o entorno, especialmente a natureza. Suas séries transitam entre o desenho, a escultura e a pintura, e nascem a partir da coleta de materiais e da produção da própria matéria-prima. É o caso dos pigmentos naturais. Utilizando técnicas ancestrais de culturas originárias e que também remetam aos primórdios da arte, a feitura dos pigmentos é o ponto de partida de seus trabalhos e parte de um interesse pela diminuição do consumo de materiais industriais e os danos causados ao meio ambiente. Todo esse processo é parte fundamental de sua prática artística, que busca elaborar novas conexões entre o ser humano e o que está ao seu redor

SHEILA KRACOCHANSKY
A Outra De Mim, Floresta Urbana, 2022, Site specific composto de desenhos e suspenções feitas em linhas de bordado, parafusos, tacos, fragmentos de paredes e pisos pertencentes a edifícios em demolição
A partir de seu acervo de tecidos e bordados, criado há mais de uma década, Sheila Kracochansky borda, sobrepõe e entrelaça materiais como pedras, pérolas, miçangas, ferros, madeiras e fios de cobre. Estabelece conexões entre materiais ordinários e preciosos, focada em conceber novas relações e estéticas. Seu interesse é conduzido pelas narrativas e histórias que traduz em sites specifics ou em cada um de seus trabalhos.


Simone tem, como base de sua pesquisa, a exploração das memórias, o silêncio e as formas simples. Esses três elementos podem aparecer em conjunto nos seus trabalhos, ou de maneira isolada, sendo cada um a peça chave. Sua pesquisa é aprofundada através da construção ou dissolução desses elementos, criando, a partir daí, diversas possibilidades compositivas. Tendo a fotografia como pano de fundo de sua produção, a artista não se limita unicamente ao uso dessa mídia, podendo também ser encontradas colagens ou pinturas que tratam dos mesmos temas.
SIMONE DUTRA
Faltas, 2024. Série: Formas De Memórias. Pastel seco e carvão branco sobre papel algodão artesanal azul recortado, 68 x 84 cm

Através de sua prática nos campos da pintura, escultura, vídeo e instalação, Simone Fontana Reis investiga a floresta, com foco nos sistemas de colaboração entre as diferentes espécies que a constituem. As culturas dos povos originários do Brasil são ricas em noções que a ajudam a compreender as dinâmicas entre humanos e não humanos de forma não antropocêntrica. Em um contexto no qual a lógica extrativista prepondera na relação dos humanos com os mais diversos ecossistemas, observar os modos de vida e as cosmologias ameríndias é uma aposta ética, estética e política. Atualmente, Simone desenvolve pesquisa e diversos projetos junto aos povos Huni Kuin, no Acre; Kadiwéus, no Pantanal; e Guarani, no litoral de São Paulo.
SIMONE FONTANA REIS
Mundo das Minhocas, 2024. Acrílica e óleo sobre tela, 80 x 80 cm
Suelen Lima elabora sua pesquisa a partir de sua atuação como trancista no “Salões de Beleza Afro Preta Brasileira”, um espaço que lhe permite refletir sobre percepções e vivências relacionadas ao universo da beleza, do cotidiano das pessoas que trabalham na função de trancistas e dos fazeres ancestrais. Dedica-se também a pensar em como corpo e cabelo são suportes simbólicos para expressar identidades e provocar sensações. Fazem parte do seu interesse as discussões sobre memórias, afeto, estética e diálogos pessoais que acontecem nesses espaços. A artista busca expressar, através de diversas linguagens, sua percepção de como o cabelo se manifesta na composição do cotidiano das pessoas, utilizando como base em sua pesquisa o cabelo crespo e as tranças afro-diaspóricas.
SUELEN LIMA
Entrelaçamentos II, 2022. Série: Entrelaçamentos. Tranças em material sintético, dimensões variadas
Entrelaçamentos, 2022. Série: Entrelaçamentos. Vídeo MP4, cor, legendado, 04’04”


SUELY BOGOCHVOL
Ao léu, 2023. Letraset sobre camadas de tecido de organza, 73 x 70 cm
Tem na colagem manual a técnica central de seu desenvolvimento artístico. Seu trabalho é a procura por materiais, imagens, palavras e objetos que carregam em si elementos de seu cotidiano, de sua história e de seu entorno. Sua pesquisa inicia-se na busca destes elementos em livros, arquivos pessoais e nos objetos familiares encontrados em sua residência. Em geral, são objetos triviais, quase esquecidos, mas que dialogam com o tempo, trazendo consigo as marcas do passado. Faz parte de seu interesse a busca por materiais que sejam diversos entre si, tais como pedras, letras, fotos, pérolas, tecidos, porcelana, entre outros. Ao combinar diferentes elementos, a artista explora texturas, contrastes e novas conexões visuais. O papel é a base de seu diálogo com o tempo e com os recortes e objetos coletados como fragmentos significativos e simbólicos do cotidiano.

SUSY MIRANDA AZIZ
Sem Titulo, 2023. Porcelana quebrada e cerâmica moldada, 145 x 52 x 32 cm
Através da colagem, pintura, escultura e fotografia, Susy Miranda Aziz propõe narrativas relacionadas à passagem de tempo e à transitoriedade da rotina e da realidade humana. Combinando inusitados materiais, sua obra suscita os resquícios e sedimentos que evocam o sonho, a memória e o devaneio. Sua pesquisa volta-se ao estudo do autobiográfico e miscigena múltiplas linguagens, resultando em trabalhos que atam o belo e o grotesco. Susy pesquisa, coleta e apropria-se de imagens e objetos que são incorporados a seus desenhos e esculturas, propondo uma relação entre passado e presente, sobrepondo tempos e experiências coletivas, pessoais ou interpessoais. Respeitando a forma como a matéria se coloca, ressalta uma das principais condições existenciais: a vulnerabilidade humana frente à imprevisibilidade do acaso.

Vitor Martins Dias constrói sua obra por meio de múltiplas linguagens, como pintura, escultura e performance. Seu objetivo é investigar questões como tempo, corpo e afeto, explorando a relação entre o autoconhecimento e a maleabilidade das vivências através de sua prática artística. Tanto o gesto quanto as ferramentas escolhidas para figurar seu imaginário poético examinam os processos do passado, revelando transformações do presente e incitando futuros singulares. Em seu trabalho, utiliza sobreposições de camadas, simbólicas e literais, para construir imagens que transitam entre uma figuração e uma abstração expressivas, explorando um processo dialógico entre técnica e gestualidade que está intrinsecamente ligado à sua formação, contexto social em que está inserido e suas próprias experiências.
VITOR MARTINS DIAS
Sem Título, 2024. Série: Aspectos Marcados. Óleo, lubrificante íntimo, carvão e grafite sobre papel, 74 x 104 cm
Yohana Oizumi prioriza, em seus estudos, a vivência e a observação da transformação de materialidades e de si mesma. Através da instalação, performance, desenho, pintura e escultura, ela propõe provocações de possíveis leituras críticas a respeito de projeções sensoriais da desconstrução e ritualização de aspectos do sagrado. A busca do diálogo sobre a essência, o que está dentro e fora, a relação do corpo com os conceitos de bem e mal são as principais diretrizes que movem sua prática artística.
YOHANA OIZUMI
Não Tem Boca, Mas Fala, 2023 . Série: Picados. Tachinhas de metal e pigmento sobre cera de abelha, cerâmica fria e castiçal de metal. aprox. 34 x 22 x 5 cm cada

YUMI SHIMADA
Lembrança Fragmentada, 2023. Série: Falha. Colagem sobre papel, 22 x 15 cm
Yumi deu início ao seu trabalho na colagem. Suas composições são enriquecidas por uma narrativa que abraça a nostalgia e a ação do tempo, por meio de uma coleção de livros adquiridos em sebos, antiquários e o acervo pessoal de arquivos de família. Mais tarde, a artista passou a se apropriar também de uma variedade de suportes, como objetos, poesia concreta e vídeos. É através da sutileza de sua percepção sobre cada um desses elementos e da estranheza de como eles interagem entre si que ela resgata sua identidade como mulher amarela, ao mesmo tempo que questiona suas próprias crenças, o feminino e as relações humanas.

BIOGRAFIAS
_Carla Chaim (1983, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil). Chaim define seu ateliê como um laboratório de pesquisas variadas. Nele, as experiências transcendem os limites daquilo que tradicionalmente circunscreve a linguagem do desenho. Compreendido como um vestígio da presença da artista e de sua ação, o desenho se manifesta não apenas no papel, mas também em fotografias, vídeos e instalações. O corpo de Chaim, que, tão presente em sua produção, se torna o próprio instrumento de trabalho e a matéria primordial de criação. A artista é representada pela Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil. Mestranda em Poéticas Visuais pela ECA-USP, graduada em Artes Plásticas pela FAAP (2004), onde fez pós-graduação em História da Arte (2007). Exposições individuais selecionadas: Dobrar Cartas, Riscar Jornais, Quase Galeria, Porto, Portugal (2023); Febre, Galeria Raquel Arnaud, SP, Brasil (2021); Ella, Fernando Pradilla Galería, Madri, Espanha (2020). Em 2020, criou a instalação da arena/palco para as performances de Histórias da Dança, no MASP,
SP, Brasil, quando sua obra foi adquirida pelo acervo do museu. Em 2016, foi nomeada para o Future Generation Art Prize, e em 2017, expôs no Pinchuk Art Centre, Kiev, Ucrânia, e no Palazzo Contarini Polignac, Veneza, Itália. Exposições coletivas selecionadas: This is big big big, This is small small small, Osnova Gallery, Moscou, Rússia (2021); 1981-2021 Arte Contemporânea Brasileira, CCBB, Rio de Janeiro, Brasil (2021); Descategorized –Artists from Brazil, Fundación ArtNexus, Bogotá, Colômbia (2020). Prêmios: EFG Latin America Art Award (2022); CCBB Contemporâneo e Prêmio FOCO Bradesco, Rio de Janeiro; Prêmio Funarte de Arte Contemporânea, SP. Suas obras integram os acervos de instituições como: Ella FontanalsCisneros, Miami, EUA; Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil; e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), Brasília, Brasil.
_Marcelo Amorim (1977, Goiânia, Goiás, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil). Sua pesquisa abrange informações históricas perdidas ou suprimidas e visa torná-las fisicamente presentes novamente, a fim de revelar valores culturais e sua evolução ao longo do tempo. O trabalho do artista questiona a retórica da neutralidade e a validação do poder nas sociedades ocidentais, explorando a repetição de certas imagens discursivas. Ele utiliza a internet como ferramenta para reunir ilustrações, fotografias e filmes anônimos, especialmente de períodos compreendidos entre as décadas de 1940 e 1970, assumindo o papel de editor ao resgatar imagens esquecidas. O artista se dedica a organizar e reconfigurar essas imagens em diversas formas de expressão, como serigrafia, desenho e pintura a óleo, com o objetivo de evocar um sentido afetivo. Entre 2009 e 2016, foi diretor do Ateliê397 e, desde 2013, é diretor do Fonte, onde cria e organiza residências artísticas, exposições, debates e cursos relacionados à arte contemporânea. Exposições individuais selecionadas: MARP, Ribeirão Preto (2019); Sem Título, Fortaleza (2018); Zipper Galeria, SP (2016); Paço das Artes, SP (2014); Galeria Jaqueline Martins, SP (2012). Exposições coletivas selecionadas: A Vingança do Arquivo, Casa de Cultura do Parque, SP (2024); Dizer Não, Ateliê397, SP (2021); Against, Again: Art Under Attack in Brazil, Anya and Andrew Shiva Gallery, John Jay College, Nova York (2020); Memória Seletiva, Galeria Aymoré, RJ (2019); Ação e Reação – Arte Contemporáneo Brasileño, Casa do Brasil, Madri, Espanha (2018). Curadorias selecionadas: Entrever Paisagens: Brisa Noronha, Elcio Miazaki e Simone Moraes (Galeria da FAV, 2018); Vá em frente e volte pra casa – Júnior Pimenta (Sem Título, 2018); 29ª Mostra de Arte da Juventude (Sesc Ribeirão Preto, 2019); Mar, Rio, Fonte (Galeria Karlla Osório, 2023); Hospital de Bonecas: Caio Borges (Fonte, 2023); Cama de Gato (Edifício Vera, 2024); Ambidestria: Sergio Romagnolo e Luah Souza (2024).
_Nino Cais (1969, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil).O artista se apropria de objetos comuns e lhes atribui um novo sentido ao inseri-los em outro contexto, como um alquimista que reapresenta elementos em uma nova configuração. Nino Cais corta, cola, costura, desenha; está dentro e fora da obra, é personagem e autor ao mesmo tempo. Seus trabalhos se manifestam em um tempo e espaço suspensos, reconhecíveis, mas pouco explorados pelo espectador — tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo, que sua estranheza se torna acolhedora. O artista é representado pela Galeria Triângulo, São Paulo, Brasil. Exposições individuais selecionadas: A Fábrica do Corpo Humano, Casa Triângulo, SP, Brasil (2020); Don’t Turn Off the Light, Fridman Gallery, Nova York, EUA (2018); Ópera do Vento, Casa Triângulo, SP, Brasil (2017). Exposições coletivas selecionadas: Poema a Dois / Cartas Queimadas, Fonte, SP, Brasil (2021); Coleção Sartori, MARGS, Porto Alegre, Brasil (2022); Táticas do Desaparecimento, Paço das Artes, SP, Brasil (2021); Transbordar: Transgressões do Bordado na Arte, SESC Pinheiros, SP, Brasil (2020); Against, Again: Art Under Attack in Brazil, Anya and Andrew Shiva Gallery, John Jay College, Nova York, EUA (2020); O que meu corpo sabe: Fotografias em Fricção, EAV Parque Lage, RJ, Brasil (2019); Waving and Wavering, Maryland Art Place, Baltimore, EUA (2018); Ação e Reação, Casa do Brasil, Madri, Espanha (2018); Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, Santander Cultural, Porto Alegre, Brasil (2017). Prêmios: Rumos Artes Visuais, SP, Brasil; Acervo MARP, Ribeirão Preto, Brasil; Bolsa Iberê Camargo, Porto Alegre, Brasil; Prêmio Marcantônio Vilaça, FUNARTE, SP, Brasil. Suas obras integram os acervos de instituições como: Museu de Arte do Rio, RJ, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP, Brasil; Museu de Arte de São Paulo (MASP), SP, Brasil.
_Carolina Soares (1977, Manaus, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil). É graduada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela UFC, onde foi bolsista de iniciação científica (CNPq). Fez especialização (2000-2001) no Falmouth College of Arts, Inglaterra, com ênfase em Photographic Metaphor and Culture, sendo bolsista CAPES. É Mestre (2003-2006) pelo programa História, Teoria e Crítica da Arte da ECA-USP, com a dissertação “Coleção Pirelli MASP de Fotografia - Fragmentos de uma memória” (Bolsista FAPESP). Doutorou-se (2007-2011) pela mesma instituição, com a tese “Uma bricolagem virtual infinita: A representação do indígena no trabalho de Claudia Andujar (1960/70)”. Foi integrante do Grupo de Estudos Arte & Fotografia da ECA-USP (2004-2014), coordenado pelo Prof. Dr. Domingos Tadeu Chiarelli. Também foi pesquisadora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2006-2008) e coordenou pesquisa para a 28ª Bienal de São Paulo, sob curadoria de Ivo Mesquita. Entre 2014 e 2016, foi coordenadora de conteúdos da Base7 Projetos Culturais e, de 2010 a 2011, sócia do espaço independente Ateliê397, em São Paulo. Em 2018, ministrou cursos livres de arte contemporânea no Porto Iracema e no MAC Ceará, em Fortaleza.
_Adriana Amaral (1963, Ribeirão Preto, Brasil. Vive e trabalha em Ribeirão Preto, Brasil) Formou-se em zootecnia, Faculdade de Zootecnia de Uberaba (1986). Exposições individuais: O que você guarda tão bem guardado que até se esquece de que tem? Memorial Municipal Getúlio Vargas, Rio de Janeiro (2019), Exposições coletivas: Coração na Mão, Galerie Salonh2, Paris, França (2023); Salão de Artes Visuais de Vinhedo, Vinhedo (2022); 49º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Santo André (2021); Mulheres Luz -www.mulheresluz.com. br (2021); 10 º Festival de Fotografia de Tiradentes (2020); V Mostra de Projeções Fotoativa, Belém (2019). Prêmios: 17º Salão Nacional de Arte de Jataí (2018); PROAC Artes Visuais (2014) e 37º SARP, MARP, Ribeirão Preto (2012). Residências: Imersão da Primavera, Itatiaia (2022); Edifício Vera, São Paulo (2021); Somsocosmos, Fazenda São João, Rio de Janeiro (2017). Suas obras integram acervos de instituições como: MARP, Ribeirão Preto, MARCO, Campo Grande e Museu de Arte Contemporânea de Jataí.
_Alan Nielsen (1969, Chittagong, Bangladesh. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Graduado em Comunicação Social. Exposições individuais: CAIXA Cultural Exposição Terra à Vista, São Paulo, 2003; Galeria Vermelho, Lançamento do livro Caminhando com Portinari, São Paulo, 2012; MARP Exposição Caminhando com Portinari, Ribeirão Preto , 2012; Galeria Aecio Sarti Exposição Caminhando com Portinari, São Paulo, 2015; Espaço Caboco Exposição Universos Integrados, São Paulo, 2023. Exposições coletivas: Galeria Vila Fotosite, Carandiru, São Paulo, 2003; Coletivo Ajayô Projeto Comunidade Samba do Monte Exposição fotográfica Comunidade Vila Isabel, São Paulo, 2010; Galeria de Arte do anexo IV da Câmara dos Deputados, Brasília, 2013; Exposição Caminhando com Portinari, Espaço UM55 Arte Encontro IV, São Paulo, 2023; Edifício Vera, Cama De Gato, São Paulo, 2024.
_Alexandre Frangioni (1977, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Inicia seus estudos nas artes visuais em 2005, com orientação do artista João Carlos de Souza. Exposições individuais: Exodus in NY, ChaShaMa, NY, USA, 2023; Cópia Fiel, Galeria Babel, SP, Brasil, 2023; Brasil Império, Pinacoteca de São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo, Brasil, 2023; Dois tempos, um mesmo olhar, Museu Casa Alfredo Andersen, Curitiba, Brasil, 2021; Exodus, Tribeca, New York, USA, 2019; Códigos, Casa do Olhar Luiz Sacilotto, Santo André, Brasil, 2017; Moedas, Museu Arte Contemporânea de Campo Grande, Campo Grande, Brasil, 2016; Moedas, Museu de Arte Contemporânea de Blumenau, Blumenau, Brasil, 2016. Exposições coletivas: Temporada de Exposições, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil, 2022 e 2017; iMaterial, Museu de Arte de Goiânia, Goiania, Brasil, 2018; 60o Salão de Abril, Fortaleza, Brasil, 2009; Prêmios: RespirArte, FUNARTE, SP, Brasil, 2020.
_Ana Val (1950, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo) Formada em Publicidade e Propaganda pela FAAP e em Jornalismo pela FIAM. Trabalhou no Delta Propaganda e na Editora Globo (Revista Globo Rural) em São Paulo. Estudou aquarela com os artistas Rubens Matuck e Danielle Noronha, além de ter feito um curso de desenho com Teresa Berlinck, que também é artista. Sua pesquisa artística investiga técnicas de aquarela com enfoque na arte contemporânea.
_André Ianni (1964 – 2024, Sorocaba, Brasil) Mestre em Arte e Tecnologia pelo Instituto de Artes (UNICAMP), possui graduação em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes (USP) e especialização em mídias digitais pelo Centro de Pesquisa em Novas Tecnologias Aplicadas à Educação (USP), com bolsa integral. Sua pesquisa artística reflete sobre intersecções, recorrências e semelhanças entre crônicas políticas contemporâneas e arquétipos ancestrais, mitos e simbologias de poder como pretexto para ativação de canais
de subjetividades. Participa do grupo de acompanhamento de projetos artísticos do Hermes, com curadoria de Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais. Participou do Ateliê Fidalga, com curadoria de Sandra Cinto e Albano Afonso, do grupo de Rodrigo Parigi e Regina Parra, do grupo de Manoel da Veiga e do programa de orientação artística dos curadores Márcio Harum e Nancy Betts.
_Caio Borges (1974, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Bacharelado e licenciatura em educação artística (1995/1998) na Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, São Paulo, Brasil. Exposição individual: Hospital de bonecas, Fonte, São Paulo, 2023, Brasil | Marcelo Amorim. Exposições coletivas selecionadas: Alvorada, Anita Schwartz Galeria de Arte, Rio de Janeiro, 2024, Brasil; Na Planta!, General Jardim, 508, São Paulo, 2023, Brasil | Mariana Tassinari; Modelos de Mundos, Galeria Gare, São Paulo, 2022, Brasil | Renato de Cara; Arte para Todos, Espacio Uruguay Banco República, São Paulo, 2018, Brasil | Ceres Macedo; SSEXBBOX, Casa da Luz, São Paulo, 2016, Brasil | Pri Bertucci. Prêmios: Mensão Honrosa, Quinto salão internacional de Artes Visuais SINAP-AIAP, Centro Cultural Mestre de Assis, Embu das Artes, Brasil, 2016; Medalha de ouro, Vigésimo nono Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, Instituto histórico de Arceburgo, Arceburgo, Brasil, 2015.
_Cali Cohen (São Paulo, Brasil. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil) Cursou Cenografia na Academia de Bellas Artes de Roma, possui Bacharelado em Turismo e Pós Graduação em História da Arte e Arquitetura do Brasil (PUC- Rio). Após carreira entre MTV Brasil, Direção Criativa, Showbusiness, Hotelaria de Luxo e Jogos Olímpicos redirecionou sua carreira para as artes visuais. Frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Orlando Mollica, Chico Cunha, Gianguido Bonfantti Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale) e acompanhamentos entre eles “Procedência e Propriedade” Charles
Watson; “Acompanhamento de Pintura” Regina Parra e Rodolfo Parigi; “Pintura, prática e reflexão” Paulo Pasta; “Arte e Pensamento Contemporâneo” Fred Carvalho e em 2023, ‘Acompanhamento de Processos Artísticos Hermes Artes Visuais” com Carla Chaim e Nino Cais. Exposições coletivas: O que ancora, samba arte contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Toda Volta, Galeria de Babel, São Paulo, Brasil (2023); Experimentando um olhar de Criança entre nós, move arte, São Paulo, Brasil (2024).
_Camila Boranga (1977, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) é artista visual formada pela ECA USP e designer de produto pela FAAP. Estudou desenho com Dalton Dame Luca, Cenografia no teatro Paulo Eiró e criou o Studio N ́ovo onde reuniu artistas de diversas áreas promovendo saraus e debates. Trabalhou como arte educadora em projetos sociais como Escola da Familia na Escola da Lapa, Investindo na Juventude e De olho no futuro na Vila Missionária. Formada em 2007, se especializou em visita a Museus no MAC USP levando as crianças da creche Naia, onde lecionava como voluntaria. Também fez parte do educativo do Museu da Cidade de São Paulo. Trabalhou com pintura em diversas superfícies no atelier coletivo Collegio das artes onde conheceu Dudi Maia Rosa com quem teve aula de desenho no Mam SP.
_Carlos Monaretta (1995, Guarulhos, Brasil. Vive e trabalha em Goiânia, Brasil) É artista visual, licenciado em artes visuais pela FAV-UFG, pós-graduado em ensino de artes visuais, abordagens metodológicas e processos de criação. Desde 2016 participa de exposições em instituições públicas e privadas, destacam-se: Salão Nacional de artes de Goiás, MAC-GO (2023); Abre Alas, Galeria a Gentil Carioca (2022); Salão Nacional de Jataí (2022); ‘’Novas Aquisições na Galeria Antônio Sibasolly’’ em Anápolis-GO (2021). Participou da residência artística Kaaysá artresidence em Boiçucanga, São Paulo (2022). Em (2018) integrou
o projeto Trampolim no Museu de arte contemporânea de Goiás. No ano de 2018 recebeu o prêmio de fotografia no prêmio do Sesi arte e criatividade, Goiânia – GO. Suas obras integram acervos como: Museu Nacional da República, Brasília – DF, Brasil; Secretaria de cultura do estado de Goiás, SECULT, Goiânia, Brasil; Associação amigos do MAPA, Anápolis – GO, Brasil.
_Chiara Sengberg (1997, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Bacharelado: Comunicação com Habilitação em Cinema, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil (2019). Exposições coletivas selecionadas: 15◦ Salão dos Artistas sem Galeria, Orlando Lemos Galeria, Belo Horizonte, Brasil (2024); Cama de Gato, Edifício Vera, São Paulo, Brasil (2024); 15◦ Salão dos Artistas sem Galeria, Zipper Galeria, São Paulo, Brasil (2024); Sinergia, Espaço República, São Paulo, Brasil (2023); Cartografias do Cuidado, Espaço Taz, São Paulo, Brasil (2023). Prêmios: Finalista Prêmio Lovely, Festival Imaginária, São Paulo, Brasil (2023). Residências: Berlin Art Institute, Berlim, Alemanha (2022).
_Cynthia Loeb (1967, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Atua como Artista Visual e é Fundadora do Edifício Vera, espaço independente de arte em São Paulo. Formou-se em artes visuais na FAAP em 1988, dando continuidade aos seus estudos em cursos e grupos de estudo sobre arte contemporânea. Participou de exposições em espaços como a Galeria “A gentil Carioca” (2024), MARP (2023), Paço das Artes (2023), entre outros. Em 2021, recebeu o prêmio de aquisição e reconhecimento do Salão da Praia Grande.
_Daniela Schiller (1968, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: FAU USP, 1992, Brasil. Exposições individuais selecionadas: Cartas Celestes, Atelier 284, São Paulo, Brasil (2021). Exposições coletivas selecionadas: Cama de Gato, Edifício Vera; Três Marias, Centro Cultural Correios, Ruy Luduvice, Rio de Janeiro,
Brasil (2023); Quando eu estou ela não está, Paula Braga, São Paulo, Brasil (2023).
_Daniela Torrente (1976, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Pós Graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas, FAAP, São Paulo (2022/2023); Pós Graduação em Imagem, CEI Madalena, São Paulo (2016/2017); Bacharelado em Artes Visuais, Faculdade Santa Marcelina – FASM, São Paulo (2013/2015). Exposições individuais selecionadas: Nos buscábamos a nosotras mismas, la una en la otra, Fundación ‘ace, Buenos Aires, Argentina (2023); Da irrelevância ao vazio, Salão Angelim, Blumenau (2022); Sombra de Vitória, Nova Fotografia - MIS Museu da Imagem e do Som, São Paulo (2021). Exposições coletivas selecionadas: Biennal de Artes Visuales mulier, mulieris, MUA, Alicant, Espanha (2024); Carvanal, Residência Fonte, São Paulo (2024); Nova Fotografia 10 anos, Paço das Artes, São Paulo (2023); Em construção já é ruína, Canteiro Arte Contemporânea, São Paulo (2023); 53ª. Anual de Arte FAAP, MAB, São Paulo (2023). Prêmios: Bienal de Artes Visuales mulier, mulieris, MUA, Alicante, Espanha (2024). Suas obras integram acervos de instituições como: Museu da Imagem e do Som, MIS, São Paulo, Brasil.
_Débora Amaral (1980, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Licenciada em Artes Visuais, pelo Centro Universitário UniÍtalo, em São Paulo, 2008. Pós-graduada em Arteterapia pela Universidade São Judas Tadeu em 2005 e em Linguagens da Arte pela Universidade de São Paulo, 2010. Exposições individuais selecionadas: Tramas da vida, Parque CienTec – USP, São Paulo (2022 - 2023). Exposições coletivas selecionadas: Desvendando oceanos, Pinacoteca Fórum das Artes, Botucatu, Brasil (2024); Salão de Arte, Museu dos Couros, Formosa, GO (2023). Cartografias do cuidado, Espaço Taz, São Paulo (2023). Desobedeça, Centro Cultural Professor Lauro Monteiro. Mogi Mirim, SP (2022). Mulher de ninguém. Centro cultural Casa Hercílio Esteves, Petrópolis, RJ (2022). Suas obras integram
acervos de três instituições brasileiras: Museu da Amazônia, MUSA, na cidade de Manaus; no Museu Municipal da Estância de Socorro, em Socorro e na Pinacoteca de Botucatu.
_Dip (1977, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo) Tem formação nas áreas jurídica, de compliance, de gestão de riscos, de neurociências e comportamento e de psicologia positiva. Exposições coletivas selecionadas: Radar 24, sob orientação artística de César Meneghetti e Cama de Gato: Curadores Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais.
_Dita Jun (1988, Itajaí, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Design Gráfico, Superior, 2005/2009 – Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, Itajaí, Brasil. Exposições coletivas selecionadas: No dia primeiro no nono andar, Lamb Arts, São Paulo, Brasil (2019); Re-Apresentação, Projeto Fidalga, São Paulo, Brasil (2019).
_Duda Breda (1988, Limeira, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Bacharelado em Relações Internacionais, Escola Superior de Propaganda e Marketing, São Paulo (2012), Brasil. Bacharelado em Digital Video and Photography, Miami Ad School, Miami (2017), EUA. Exposições individuais selecionadas: Kalos Kagathos, Bossa Gallery, curadoria por Ginny Dixon, Miami, EUA (2017); Kalos Kagathos, Galeria Marcelo Auge, São Paulo, Brasil (2018). Exposições coletivas selecionadas: 17 Augustas, Escola São Paulo, curadoria por Claudia Jaguaribe, São Paulo, Brasil (2009); Metrópoles: Rio - São Paulo, Galeria Marcelo Auge, São Paulo, Brasil (2020); 960p, Fonte,Curadoria por Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais, São Paulo, Brasil (2021); Sinergia, Espaço República, São Paulo, Brasil (2023); Cama de Gato, Edifício Vera, Curadoria por Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais, São Paulo, Brasil (2024). Prêmios: Honorable Mention, International Photographer of the Year – IPOTY, Miami, EUA (2017); Honorable Mention, International Photography Awarda – IPA, Miami, EUA (2021)
_Ellion Cardoso (1988, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Bacharel em Desenho Industrial, Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP), São Paulo – Brasil (2008 – 2012).
Exposições: Cartografias do Cuidado, Espaço TAZ, SP – Brasil (2023); Arte Plural, Fábrica Bhering, RJ – Brasil (2023); CompartiArte, Centro Britânico Brasileiro, SP – Brasil (2022); Planta, ChACO, Santiago – Chile (2020); Clerkenwell Week, FT2, Londres – UK (2019); Anatomia da Convivência, Galeria Rabieh, SP – Brasil (2019); Baralho, SP Foto, SP – Brasil (2019); HAV, Casa Parte, SP – Brasil (2019), Dia primeiro, nono andar, Lamb Arts, SP –Brasil (2019); BoomSPdesign, Pavilhão da Bienal, One Possibility, Parasol Projects, NY– EUA (2017); Tribe Festival, Ugly Duck, Londres – UK (2016); Love
Letter from Brazil to Iraq Escola Panamericana, SP – Brasil (2016); Eclettica, Casa Benin, Salvador, BA – Brasil (2016); Love Letter from Brazil to Iraq. Embaixada da França, Bagdá – Iraque (2015); Love
Letter from Brazil to Iraq, Darat Al Tasweer, Amã –Jordania (2015)
_Fernanda Carvalho (1982, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil)
Formação: MFA - Master of Fine Arts, Pratt Institute, Nova Iorque (2018-2019), Estados Unidos. Estudou no ICP - International Center of Photography, Nova Iorque (2017), Estados Unidos. É bacharel em Comunicação Social, Faap - Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo (20012005), Brasil. Exposição individual: Trying to Believe in Poetry, Steuben Gallery, Pratt Institute, Nova Iorque, Estados Unidos (2019). Exposições coletivas, Amostra, NowHere, Lisboa, Portugal (2023); Non-Domesticated, Jardin Botanique, Marnaysur-Seine, França (2022); Mythology Assembled Dispelled, Steuben Gallery, Pratt Institute, Nova York, Estados Unidos (2018); Resonances Brazil-Berlin, Bethanien Cultural Centre, Berlim, Alemanha (2013). Residências artísticas: Hangar, Lisboa, Portugal (2022); Association Tournefou, Aix-Villemaur-Pâlis, França (2021); Nars Foundation, Nova Iorque, Estados Unidos (2016).
_Fernanda Luz Avendaño (1993, Santiago, Chile. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Bacharelado: Artes Visuais, Universidade Católica, Santiago, Chile (2016); Mestrado: Design Avançado, Universidade Católica, Santiago, Chile (2020); Mestranda em Poéticas Visuais, Universidade de São Paulo, Brasil. Exposições individuais selecionadas: Onde voltarão a crescer as margaridas?, Museu Universitario de Arte, Uberlândia, Brasil (2024); “Destellos Lejanos”, Cerro Sombrero, Chile (2023); “Símbolos Difusos”, Museu Regional, Rancagua, Chile (2023); “Estruturas em Suspensão”, Museu Regional de Magalhães, Punta Arenas, Chile (2021). Exposições coletivas selecionadas: 19º Salão de Artes Visuais, Fundart, Ubatuba, Brasil (2024); “Em Deslocamento”, Edifício Lutetia, FAAP, São Paulo, Brasil (2023); 15º Prêmio Arte Laguna, Arsenale de Veneza, Itália (2021). Prêmios: Selecionada no Prêmio Arte Laguna 15 (Veneza, Itália), com Menção especial da Ki Smith Gallery (NY, USA); Menção Honrosa, 5º Concurso Universitário de Arte Jovem, BAJ e MAC, Santiago, Chile (2017). Residências: Residência de criação na FAAP, São Paulo, Brasil (2023).
_Flavia Renault (1971, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Artes Plásticas. FAAP Fundação Armando Álvares Penteado. São Paulo, Brasil (1998/2001).
Exposições individuais: Arquipélago. Centro Cultural Correios, São Paulo, Brasil (2023); Territórios, Atelier 234, São Paulo, Brasil (2022). Exposições coletivas: Três Marias, Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, Brasil (2024); Toda volta, Galeria de Babel, São Paulo, Brasil (2023); NENHUMLUGARAGORA, Edifício Vera, São Paulo, Brasil (2023); Quando eu estou, ela ainda não esta, Espaço independente, São Paulo, Brasil (2023); O Que Ancora, Samba Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Origem, La Salvage Galeria, São Paulo, Brasil (2023). Residências: Fenomenologia de Goethe, com Sérgio Spalter e Cecília Tilkien, País de Gales, Reino Unido (2023); Aquarela com Pink Wainer,
Futaleufu, Chile (2022); Fenomenologia de Goethe, com Sérgio Spalter e Cecília Tilkie, Futaleufu, Chile (2022); Fenomenologia de Goethe, com Sérgio Spalter e Cecília Tilkien, Futaleufu, Chile (2018).
_Giovanna Maria (1999, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Bacharel em Artes Visuais, Centro Universitário FMU, São Paulo (2021), Brasil. Exposições individuais selecionadas: A natureza sai da periferia e ocupa o centro, Galeria das Artes, Curadora Renata Cruz, São Paulo, Brasil (2022). Exposições coletivas selecionadas: Cama de gato, Edifício Vera, Curadores Carla Chaim, Nino Cais e Marcelo Amorim, São Paulo, Brasil (2024); Colagem: entre os fragmentos e a criação de novos mundos, Núcleo Educativo Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2023); Sindicato de Artistas, Massapê Projetos, Curadora Germinadora de Arte Argyridis, São Paulo, Brasil (2023); Pesquisas poéticas em aquarela e guache, Oficina de Criatividade Sesc Pompéia, São Paulo, Brasil (2023). Residências: Papel Ecos, São Paulo, Brasil (2022); Graphica Residual, São Paulo, Brasil (2022)
_Helena Malnic (1993, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha entre São Paulo, Brasil e os EUA). Bacharelado: Relações Internacionais, Universidade Estadual da Flórida, Tallahassee, EUA (2015). Mestrado: Estudos Latino-Americanos/ Antropologia, Universidade da Flórida, Gainesville, EUA (2022). Acompanhamento artístico Hermes Artes Visuais, São Paulo, Brasil (2024). Exposição coletiva: Cama de Gato, Hermes Artes Visuais, São Paulo, Brasil (2024). Suas obras foram publicadas na revista de poesia visual Revista Bufu #3, 2024.
_Ilka Lemos (1957, Araçatuba, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Frequenta cursos de acompanhamento desde 1990, dentre eles: Acompanhamento de Projetos, Hermes Artes Visuais, São Paulo, Brasil, ministrado por Carla Chaim e Nino Cais; Orientação e acompanhamento em arte contemporânea, online, ministrado por Hugo Houayek; Curso de pintura, São Paulo, Brasil,
ministrado por Sérgio Fingermann. Exposições individuais selecionadas: Ateliê Aberto, curadoria: Latife Hasbani, São Paulo, Brasil (2023); Panorama, curadoria: Juliana Monachesi, São Paulo, Brasil (2021). Exposições coletivas selecionadas: Radar - Mostra Itinerante de Arte Contemporânea, curadoria: César Meneghetti, São Paulo, Brasil (2024); Toda Volta, curadoria: Carla Chaim e Nino Cais, São Paulo, Brasil (2023); MÉNAGE, curadoria: Leonardo Maciel e Paulo Cibella, São Paulo, Brasil (2023); O que Ancora, curadoria: Ademar Britto, Carla Chaim e Nino Cais, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Painel Coletivo Ziv Gallery, São Paulo, Brasil (2021).
_Jade Gomes (1999, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em Caucaia do Alto, Brasil) Bacharel em Artes Visuais, 2018/prev 2024, Faculdade Metropolitanas Unidas, São Paulo, Brasil. Exposições coletivas selecionadas: “Arte Oportunidade” - Universidade do Papel; “Universo Colagem” - Universidade do papel (2020); “Exposição de alunos do espaço do Olhar”, Instituto Tomie Ohtake; “Resistências”, Sociedade Brasileira de Colagem; “Arte postal”, projeto Parque Longe na feira Tijuana, Parque Lage; “Art In Box”, Universidade do Papel; “Mulher é +”, Subsolo Laboratório de Arte; “Caos: da lama à alma, da alma à lama”, Casa Jangada; “Viver é um rasgar-se e remendar-se” Espaço do olhar, Instituto Tomie Ohtake (2019); Alunos do Espaço do Olhar, Instituto Tomie Ohtake (2019); “Mujeres que cortan y pegan” em MULAFEST.
_Juliana Cunha (1986, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Desenho Industrial, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, Brasil (2007). Exposições coletivas selecionadas: Cama de Gato, Edifício Vera, São Paulo, Brasil; Regar, Canteiro, São Paulo, Brasil; Art Party, São Paulo, Brasil. Curso: Procedência e Propriedade Pintura Eduardo Berliner, Rio de Janeiro, Brasil.
_Juliana Monteiro (1981, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Linguística, USP, SP, 2004. Mestrado em Estética
e História da Arte, USP, SP, 2024 (cursando). Exposições coletivas: Fábulas de arquivos entre feitiços e metamorfoses, ACHO, Fabiana Bruno, Campinas, 2022; Identicidade, Galeria Lume, SP, 2019; Delicadeza, Festival de Fotografia de Tiradentes, 2019; Uma mulher por m2, Museu da Cidade, Campinas, 2019; Mobile Photo Festival, MIS, SP, 2017. Publicações editoriais: Catálogo de perdas (SESI), 2017; Fronteiras visíveis (Maralto), 2024. Livros de artista: Pandora, 2020; Aprendiz, 2020; Do outro lado da porta, 2021; Queira receber como recordação, 2022. Prêmios: Rumos, Itaú Cultural, SP, 2016; finalista Jabuti, CBL, SP, 2017; Prêmio FNLIJ, Jovem e Melhor Projeto Editorial, FNLIJ; Rio de Janeiro, 2018; Mobile Photo Festival, MIS-SP, 2018; Prêmio Biblioteca Nacional, 2018, IMS, Fotolivros Festival ZUM, 2018. Residências: Fábula, feitiços e fabulações, ACHO, BrasilColômbia (2022); Our desert times, Leo Divendal, Holanda (2020).
_Kika Simonsen (1987, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formada em Design Gráfico pela Fundação Armando Alvares Penteado. Cursou Artes Visuais na Escola Panamericana de Arte e Moda no Instituto Europeo di Design. Exposições individuais selecionadas: Encantamento, Galeria Andrea Rehder, Curadoria Carollina Lauriano, São Paulo, Brasil (2022). Exposições coletivas selecionadas: 960p, Fonte, Curadoria Nino Cais, Carla Chaim, Marcelo Amorim, texto critico por Guilherme Teixeira, São Paulo, Brasil (2021); Toda Volta, Galeria Babel, Curadoria Nino Cais, Carla Chaim, texto critico por Theo Monteiro, São Paulo, Brasil (2023); Sinergia, Espaço República, São Paulo, Brasil (2023); Cama de Gato, Edificio Vera, Curadoria Nino Cais, Carla Chaim e Marcelo Amorim, texto critico por Carol Soares, São Paulo, Brasil (2024).
_Lana Moraes (1991, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) também conhecida como “a Andrógina”, é designer e artista visual de São Paulo. Graduada em Designer de Moda pelo
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, ela aprimorou sua expertise com uma pós-graduação em Estética e Gestão de Moda pela ECA (USP). Sua paixão pelas artes visuais a levou a conquistar uma graduação em Artes Visuais, novamente na Belas Artes de São Paulo. Sua jornada artística teve início em 2021 na Gira Primaveril, seguida por uma residência no Hermes Artes Visuais, com Carla Chaim, Nino Cais e Marcelo Amorim. Participou de editais como “Entre Lobo e Cão” e exposições como a Mostra “OCUPE: Filhos da Distopia” e “NZANZA” - Escola sem sítio, ampliando sua influência no cenário artístico. Sua pesquisa foi exibida no Museu da Diversidade Sexual em 2020 e em eventos como SP FOTO “Baralho” e SP ARTE “Rotas”. Seu trabalho integrou o “Acervo Rotativo” de Laerte Ramos e iniciou o ano de 2024 com a residência no coletivo FONTE.
_Leonardo Damonte (1978, Mercedes, Argentina. Vive e trabalha em San Isidro, Argentina) Seminário de pós-graduaçao em Escultura abstrata, UNA, Buenos Aires, Argentina (2004). Professor de Artes Visuais do Ensino Superior, Escuela de Arte, Lujan, Argentina (2002). Exposições individuais selecionadas: The mystery of shape, Los Angeles, EUA (2023); La obsesión de la forma, Buenos Aires, Argentina (2022); Workplace, Buenos Aires, Argentina (2016); Under Construction, Barcelona, Espanha (2007).Exposições coletivas selecionadas: Extra/orninario, Mar del Plata, Argentina (2023); Los Mareados, Buenos Aires, Argentina (2021); Primavera cero, Resistencia, Argentina (2019); 7 Vision Violentades, Barcelona, Espanha (2010); Currículum cero, Buenos Aires, Argentina (2005). Prémios: 1º Premio Braque a las Artes Visuales, Buenos Aires, Argentina (2013); 3º Premio 98° SNAV, Buenos Aires, Argentina (2009); 1º Premio Adquisición Bienal de Arte, Bahía Blanca, Argentina (2008). Residencias: Residência Artística FAAP, São Paulo, Brasil (2024); Sala taller EAC, Montevidéu, Uruguai (2017) Cité lnternationale des Arts, París, França (2013).
_Liane Roditi (1967, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil) Formação: Licenciatura Plena em Dança, Faculdade da Cidade, Rio de Janeiro (1989), Brasil. Exposições coletivas selecionadas: Cama de Gato, Hermes Artes Visuais, Ed. Vera, São Paulo, Brasil (2024). Corpo: Entre Suporte, Gesto e Dispositivo, Fonte, São Paulo, Brasil (2024). Entrelinhas do Cotidiano, Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, Brasil (2024). Afetos Insurgentes: Corpos em Conexão, Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Paralela Eixo, Eixo Reserva, Niterói, Brasil (2023). Festival Lux de Performances, Lux Espaço de Arte, São Paulo, Brasil (2022). Cara a Cara, Galeria Tato, São Paulo, Brasil (2022); Residências: Canteiro, SP, Brasil (2024); Terra Afefé, Ibicoara, Brasil (2023); Casero Residência, Parque Nacional do Itatiaia, Brasil (2023); Kaaysá Art Residency e Potência Ativa São Sebastião, Brasil (2022); Galeria Tato e Kaaysá Art Residency, São Sebastião, Brasil (2022).
_Luana Lins (1978, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Graduada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, São Paulo, Brasil (2005). Exposições coletivas selecionadas: 47o SARP, MARP, Ribeirão Preto, Brasil (2023); Toda Volta, galeria Babel, São Paulo, Brasil (2023); Estamos Aqui, Sesc Pinheiros, São Paulo, Brasil (2023); Breves Narrativas de Sonhos, Casa da Luz, São Paulo, Brasil (2020); Arte Londrina 7, Londrina, Brasil (2019); Salão de artes de Ubatuba, Ubatuba, Brasil (2019); Linhas de Confronto, Casa de Cultura de Paraty, Paraty, Brasil (2015); É Fluído mas é Legível, Oficina cultural Oswald de Andrade, São Paulo, Brasil (2014). Prêmios: prêmio aquisitivo no Salão de Artes de Vinhedo, Vinhedo, Brasil (2023 e 2016).
_Luiza Borges (1990, Brasília, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design de São Paulo, Brasil. Bacharelado em Artes Visuais na Faculdade Metropolitanas Unidas,
2022, São Paulo, Brasil. Exposições coletivas selecionadas: Selfie em Foco, Festival Internacional Paraty em Foco, Paraty, Brasil, 2021; Magical Realism - Latinas, VASA Project e Fotografas Latam, Online, Bélgica | Ximena Echague, 2020; Exposição Abertura do Congresso de Fotógrafas Latam, Congresso de Fotógrafas Latam, Popayán, Colômbia, 2019; Convocatória Nacional do Foto Sururu, Encontro de Fotografia Foto Sururu, Museu de Imagem e Som de Alagoas, Maceió, Brasil, 2019; Presença e Ausência, Escola Panamericana de Arte e Design, São Paulo, Brasil | Rosely Nakagawa, 2018. Publicações: Livro de Fotografia Entre Olhares Imagem e Palavra, Grupo Fragma, Jorge Vieria e Francisco Oiticica Filho, Maceió, AL, Brasil, 2022; publicação na Revista de fotografia internacional Dodho Magazine, Barcelona, Espanha, 2021.
_Luiza Lavorato (1986, Belém, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Possui bacharelado em economia pelo Ibmec Rio de Janeiro (2009), MBA pela Fordham University em NY (2015) e Mestrado em Fotografia Digital pela School of Visual Arts em NY (2019). Atualmente Luiza participa do grupo de Acompanhamento de Projetos do Hermes Artes Visuais, ministrado pelos artistas visuais Nino Cais e Carla Chaim e possui atelier n’ “O Predinho”, em Pinheiros, junto com diversas artistas mulheres.
_Magali Camacho (1960, Ribeirão Preto, Brasil. Vive e trabalha em Ribeirão Preto, Brasil) Formada em matemática. Estudou, desenho, pintura e xilogravura na Escola Municipal de Ribeirão Preto “Cândido Portinari“. Exposições individuais: Sala da praça Ribeirão preto (2021 e 2022); Livraria Paraler Ribeirão Preto (2018 e 2020); Fórum estadual de Ribeirão Preto (2017 e 2018). Exposições coletivas: Grupo NOS - Fonte (2023 e 2021) organização Carla Chaim – São Paulo; Grupo NOS – Espaço IEA – Ribeirão Preto (2023); Grupo NOS – Sala da Praça – Ribeirão Preto (2021); Exposição colagem – Espaço Adriana Amaral (2019) organização Nino Cais – Ribeirão Preto; Exposição
xilogravura – Campos do Jordao (2018); Exposição Grupo Seta – xilogravura MARP – Ribeirão Preto (2013). Fêz acompanhamento com Mário Gióia (2017); Paulo Pasta (2018, 2019); Carla Chaim (2020 a 2023); Marcelo Amorim (2024). Participa dos encontros com a artista Germana Montmor (2022 a 2024).
_Malu Tigre (1980, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Arquitetura e Urbanismo, Universidade Santa Úrsula, Rio de Janeiro, Brasil (2002). Exposições coletivas selecionadas: Linhas de Força, Superfícies de Contato, Galeria Gare, curadoria Mario Gioia, São Paulo, Brasil (2024); Toda Volta, Galeria de Babel, São Paulo, Brasil (2023); O Que Ancora, Galeria Samba Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Salão de Artes Visuais de Vinhedo, Centro de Exposições e Galeria Edilson Caldeira, Vinhedo, Brasil (2023); A Flor & A Pele, Galeria Gare, curadoria Renato de Cara, São Paulo, Brasil (2022); Cara a Cara, Galeria Tato, curadoria Paula Borghi, São Paulo, Brasil (2022); E o resto do mundo? Ou ouvir outras vozes, Ateliê Alê, curadoria Paulo Gallina, São Paulo, Brasil (2022).
_Maria Barbosa (1991, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil). Formada em Artes Plásticas na FAAP em São Paulo, Brasil em 2013. Pós-graduada em Arte de ensinar arte, Instituto Singularidades, São Paulo, Brasil. Exposições coletivas selecionadas: 42a Anual, FAAP, São Paulo, Brasi;. Sinergia, Espaço Republica, São Paulo, Brasil, 2023; Cama de Gato, Edifício Vera, São Paulo, Brasil, 2024. Residências: La Macina di San Cresci, Greve in Chianti Florença, Italia, 2019.
_Maria Lucia Simonsen (1968, São Paulo, Brasil. vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Bacharelado em Letras, PUC Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, Brasil (1986/1989); Pós-graduação em Artes-Manuais para Educação, Nina Veiga Atelier de Educação, on-line (2019/2021). Exposições coletivas: Cama de gato, Edifício Vera, São Paulo, Brasil (2024);
Radar 24 Mostra de arte itinerante, São Paulo, Brasil (2024); Em tempos como estes, Galeria Marilia Razuk, São Paulo, Brasil (2023); Toda Volta, Babel Galeria, São Paulo, Brasil (2023); O que ancora, Samba Arte Contemporânea Galeria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Mesmo estando separados, Ateliê 397 (2023); Plantão, Ateliê 397, São Paulo (2021); 12o Encontro de Aquarelistas em Paraty (2021).
_Maria Renata Pinheiro (1966, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formada em Artes Plásticas pela Escola Panamericana de Artes, São Paulo, SP , Brasil (2020). Exposições coletivas: 29o e 28o Salão de Artes Plásticas de Praia Grande-SP (2023, 2022); Cartografias do Cuidado, Espaço Taz, São Paulo, SP, (2023); Sinergia, Espaço República, São Paulo, SP, (2023); O Futuro Passa Pelos Professores, Instituto Península, São Paulo, SP (2022); ExpoArte São Paulo, São Paulo, SP, (2021); SVAC Art Fair, Galeria Binária, on-line (2021). Recentemente foi premiada em 1o lugar no 29o Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, SP (2023); Menção Honrosa no 3o Salão de Artes de Guararema, SP (2023); 1o. lugar no concurso “Claro e Escuro” da Canson, São Paulo, SP (2019). Morou em Nova Iorque, Toronto e Cidade do México, o que lhe proporcionou o contato com diversas expressões artísticas. Suas obras integram o acervo da Pinacoteca de Praia Grande, SP, Brasil e Instituto Península, São Paulo, SP, Brasil. _Michelle Rosset (1973, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formada em Economia pela Faculdade Mackenzie e Artes Visuais na Escola Panamericana de Arte. Exposições individuais: 2023, Pequeno Ato, Galeria Anita Schwartz, RJ; 2022, A Extensão do Hiato, Belizário Galeria, SP; e 2017, Vestígios, Galeria Contempo, SP. Exposições coletivas: 2023, Toda Volta, Babel Galeria, SP; O Que Ancora, Galeria Samba, RJ; 2022, Romper a Superfície É Abrir um Rio para Dentro, Fonte, SP; Saravá, Galeria Anita Schwartz, RJ; Para Mudar o Estado das Coisas,
Fonte, SP; 2021, A6 murals worlwide, Holanda, MostraMuseu, SP; 16o Salão de Arte de Guarulhos; 2018, Salão de Arte Luiz Sacilotto, Santo André; Salão de Jataí, MAC -GO; Ser, Habitar e ImaginarConcrete Gallery, Miami. Foi premiada: 2019, 26o. Salão de Artes Plásticas de Praia Grande; 2018, Bienal das Artes - Sesc DF; e 15o Salão Ubatuba de Artes Visuais – FundArt.
_Miriam Bratfisch Santiago (1956, Sorocaba, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Pós Graduada em Práticas Artísticas Contemporâneas pela FAAP, São Paulo, SP, 2018. Individuais: Repensar O Fato Como Se Estivesse Nele, Espaço de Fotografia da UFF, Niteroi, RJ, 2017; Rew<<>>Fwd , Qualcasa, Hermes Artes Visuais, São Paulo, 2016. Exposições Coletivas: Nenhumlugaragora, Espaço Expositivo Vera, São Paulo, SP, 2023; Toda Volta, Galeria de Babel, São Paulo; O que Ancora, Galeria Samba, Rio de Janeiro, 2023; Dança de Encontros, Espaço Expositivo Vera, SP, 2022; 9º Programa de Exposições do MARP, Ribeirão Preto; Romper a Superfície é Abrir um Rio Pra Dentro, Espaço Fonte, São Paulo, 2022. Prêmios: Bolsa de Estudos, 48ª Anual de Artes da FAAP, São Paulo, SP, 2016; Aquisição, 23º Salão de Artes Plásticas da Praia Grande, SP. Residências: Residência Editorial Rama, online, 2024; Acho Imagens, online,2022/23; Residência Vera, São Paulo, 2021; Hermes no Kaysàa, Boiçucanga, SP, 2021.
_Nadira Yanez (1995, Santiago, Chile. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Bacharel em Design, Senac Santo Amaro (2018). Exposições coletivas selecionadas: Futuro do presente, presente do futuro, Plataforma online gerida pelo coletivo Jornalistas Livres, São Paulo, Brasil (2020); Técnicas para encarar abismos, Espaço Cratera, São Paulo, Brasil (2022); Toró, Condô Cultural, São Paulo, Brasil (2023); Cama de Gato, São Paulo, Brasil (2024).
_Ósi (1976, Taubaté, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Especialização: Historia da Arte, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil (2012); e Design Gráfico, Senac, São Paulo, Brasil (2009). Bacharelado: Publicidade, Propaganda e Marketing, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, Brasil (2004). Exposição individual: Penduricalhos e Balangandãs, Projeto Ponte F Studio, Rio de Janeiro, Brasil (2017). Exposições coletivas selecionadas: Cama de Gato, Hermes Artes Visuais, Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais, São Paulo, Brasil (2024); Carvanal, Residência Fonte, São Paulo, Brasil (2024); Cartografias do Cuidado, Espaço Taz, Laura Ammann, São Paulo, Brasil (2023); Abraço Coletivo, Atelié 397, Paula Borghi, São Paulo, Brasil (2019); Em torno da Fábrica, Associação Orestes 28, Rio de Janeiro, Brasil (2014). Residências: Escultura em Cerâmica, Cerdeira Home for Creativity, Cerdeira, Portugal (2022); Barroterra, Casero Residência, Itatiaia, Brasil (2019); Imersão de Inverno, Casero Residência, Itatiaia, Brasil (2019).
_Renato Palmuti (1972, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Cursou Artes Plásticas na Universidade Mackenzie em 1990 - São Paulo, Brasil. Exposições individuais selecionadas: Aquarelas originais do livro “Peixes do Brasil”, Galeria Priscila Mainieri, SP, Brasil (2022); Aquarelas de Renato Palmuti, Galeria Bauhaus, Piracicaba, SP, Brasil (2016). Exposições coletivas selecionadas: Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, SP, Brasil (2023); Exposição do Festival Iberoamericano de Aquarela IWS, México (2022); Exposição do Festival Internacional de Aquarela de Esmirna, Turquia (2022); Exposição Fabriano in Aquarelo, Fabriano, Itália (2018). Prêmios: Residência Artística no Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, Portugal (2018); Prêmio aquisitivo Prefeitura no 3º Salão de Aquarelas de Piracicaba, SP, Brasil (2017); Medalha de ouro no 30º Salão de Artes de Arceburgo, MG, Brasil (2016). Suas obras integram acervos de instituições como: Museu
Nacional da Aquarela Alfredo Guati Rojo, Ciudad de México, México; Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, Portugal; Pinacoteca Municipal de Piracicaba , SP, Brasil.
_Roberto Unterladstaetter (1980, Bolívia. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Desde 2004, realizou exposições individuais na Bolívia e participou de mostras coletivas em galerias e instituições na Bolívia, Chile, Brasil, Argentina, entre outros. Também participou de residências artísticas na Argentina, Chile e Bolívia, e recebeu os prêmios seleção Unión Latina na Bienal SIART, em La Paz (2005), e o prêmio Bienal Internacional de Santa Cruz de la Sierra (2008). Ele é co-criador da galeria e programa de residências artísticas KIOSKO (2006), em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, projeto no qual trabalhou até 2011 e com o qual continua colaborando. No ano de 2022, juntamente com outros artistas, criou o espaço independente de arte SODA, que gerencia até hoje.
_Rosana Pagura (1950, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Bacharelado em Artes, Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP, São Paulo (1974), Brasil ; Especialização Desenho e Pintura, Kunst Fachhochshuele , Hannover (1979), Alemanha. Exposição individual: Morada, Casa Contemporânea, São Paulo, Brasil (2018). Exposições coletivas: Toda Volta, Galeria de Babel, São Paulo, Brasil (2023); O que Ancora, samba arte contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil (2023); O corpo como casa, a casa como corpo, Museu de Arte de Blumenau MAB, Blumenau, Brasil (2022); Ser pássaro sem saber voar, Ateliê Alê, São Paulo, Brasil (2021); A Biblioteca que eu vi, Biblioteca Mario de Andrade, São Paulo, Brasil (2018); Pigmento em Campinas: buscando entender o caos, Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Campinas, Brasil (2016); 25o SARP Salão de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil (2000); 32º Salão de Arte Contemporânea, Museu de Arte Contemporânea, Piracicaba, Brasil (2000), (menção honrosa).
_Saulo Szabó (1983, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Arquitetura e Urbanismo, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo (2005), Brasil. Exposições individuais selecionadas: Variações do Corpo Selvagem, Galeria Lume, Carolina Ralston, São Paulo, Brasil (2023). Exposições coletivas selecionadas: Chão Comum, Canteiro Campo de Produção em Arte Contemporânea, Ana Roman, São Paulo, Brasil (2023); Sinergia, Espaço República, São Paulo, Brasil (2023); Cama de Gato, Edifício Vera, Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais, São Paulo, Brasil (2024).
_Sheila Kracochansky (Nasce, vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Fashion designer, Studio Berçot, Paris (1985), França; Comunicação da moda, IED, São Paulo (2017), Brasil. Exposições individuais: Claro da Noite, entre terras e céus, Casa Galeria, São Paulo, Brasil (2021); Almost White, Hangar, Lisboa (2018), Portugal. Exposições coletivas: Sinergias, Espaço República, São Paulo (2023), Brasil; Toda Volta, Galeria de Babel, São Paulo (2023), Brasil; Revisitando Leila, Fundação Nacional de Artes - Funarte, São Paulo (2023), Brasil; Imóvel a venda, Casa Dirceu, São Paulo (2022), Brasil; Interseções, Um Galeria de Arte, Rio de Janeiro (2022), Brasil; Tudo de novo vira começo, Edifício Vera, São Paulo (2021), Brasil; Anatomia de uma convivência, Galeria Rabieh, São Paulo (2019), Brasil; Abraço Coletivo, Ateliê 397, São Paulo, Brasil; No dia primeiro no nono andar, Lamb Art, São Paulo, Brasil; Mutações, Fundação Pró-Memória, São Caetano do Sul (2018), Brasil; Dissensos, Casa Contemporânea, São Paulo (2017), Brasil.
_Simone Fontana Reis (1965, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Iniciou suas atividades com tutoria de Leda Catunda e Sergio Romagnolo em 1995. Possui bacharelado e mestrado pela Central Saint Martins College of Art and Design (2002 e 2014). Participou de diversas exposições em São Paulo, Nova Iorque e também na
Suécia, onde morou por 8 anos. Dentre suas exposições, destacam-se: Foreign Bodies, 2001 – com colaboração de cientistas da London School of Tropical Medicine, onde recebeu o primeiro prêmio da exposição; The Seeds Dance, 2004 – British Cultural Festival no Centro Cultural Britânico, São Paulo, onde também recebeu o primeiro prêmio. Participou ainda da exposição coletiva Novos Viajantes, 2018, no MUBE, Museu da Brasileiro da Escultura e Ecologia, São Paulo. Também recebeu o primeiro prêmio no 25o Salão de Artes Plásticas de Praia Grande/SP. Fez uma exposição individual no Projeto Massapê/São Paulo e exposição individual na Galeria Karla Osorio, Brasilia, 2023.
_Simone Dutra (1971, Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Mestrado em Artes – Fotografia, Academy of Arts University, San Francisco, CA, Estados Unidos (2018) e Tecnologia de Dados, PUC-RJ, Rio de Janeiro, Brasil (1995). Exposições individuais selecionadas: Serene Mistrust, Gallery 625, San Francisco, CA, USA (2018). Exposições coletivas selecionadas: Cama de gato, Edifício Vera, São Paulo, Brasil (2024); Terceira Edição, Radar Arte, São Paulo (2024); Toda Volta, Galeria de Babel, São Paulo (2023); O que ancora, Galeria Samba Arte Contemporânea, Rio de Janeiro (2023); Segunda Edição, Radar Arte, São Paulo (2023); Elements, 7o. Salão de Artes, Nazaré, Portugal (2022); 15a. Semana de Fotografia de Caxias de Sul, Brasil (2022); Romper a Superfície é Abrir um Rio pra Dentro, Fonte, São Paulo (2022); Para Mudar o Estado das Coisas, Fonte, São Paulo (2021); Spring Show, Academy of Arts University, San Francisco, CA, USA (2018 e 2017).
_Suelen Lima (1987, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Graduada em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes. Exposições individuais selecionadas: Fio de ouro, Espaço Expositivo Shopping Ligth, São Paulo, Brasil (2021); Fotográfica Alusiva ao Funcionalismo Público Negro, Espaço Expositivo Sptrans, São
Paulo, Brasil, (2021). Exposições coletivas selecionadas: Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário, Centro Cultural Waldemar Belisário, Ilhabela, Brasil (2022); Todo Corpo é um Centro, Casa Preta Hub - São Paulo, (2022); Quemesse, Instituto Inclusarts, Pollyana Quintella, Rio de Janeiro, Brasil (2022); Feminino - Plural, Espaço cultural OAB Jabaquara, São Paulo, Brasil (2022); Bienal Black do BrasilMuseu Histórico de Santa Catarina, Patricia Brito, Santa Catarina (2019). Prêmios: Menção Honrosa, Centro Cultural Waldemar Belisário, São Paulo, Brasil (2018); Residência Imersões Poéticas, Escola sem sítio, Rio de Janeiro, Brasil (2022); Residência Artística Virtual Compartilhada RAVC, Bienal Black Brazil Art, São Paulo, Brasil (2021)
_Suely Bogochvol (1961, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Graduada em Psicologia, Universidade de São Paulo, USP (1984).Exposições individuais selecionadas: A ronda das estações, Galeria Recorte, São Paulo, Brasil (2023). Exposições coletivas selecionadas: Cama de Gato, Edifício Vera, São Paulo, Brasil (2024); Descolonizando o Olhar, Casa Odisséia, São Paulo, Brasil (2024); Toda Volta, Galeria de Babel, São Paulo, Brasil (2023); O que Ancora, Samba Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Antropia Nacional, Galeria Plexi, São Paulo, Brasil (2023); De 22 a 22, Pinacoteca Benedito Calixto, Santos, Brasil (2022); Catavento, Casa Expo, São Paulo, Brasil (2021); Arte in Box, Universidade do Papel, São Paulo, Brasil (2019); OcupaCasa, Ateliê OcupaCasa, São Paulo, Brasil (2018).
_Susy Miranda Aziz (1958, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Participou da exposição individual Eloquência no vazio - Palas Athena, São Paulo, Brasil (2019); e das coletivas Toda Volta, Galeria Babel, São Paulo, Brasil (2023); Mar, Rio, Fonte, Galeria Karla Osório, Brasília, Brasil (2023); O Que Ancora, Samba Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Romper a superfície é abrir um rio para dentro, Fonte, São Paulo, Brasil (2022); CONTRAPROVA ,
Hermes Artes Visuais, Paço das Artes, São Paulo, Brasil (2020); 11° Abre Alas - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, Brasil (2014); e dos salões: VIII Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, Brasil (2016); Salão de Artes Visuais de Guarulhos, Guarulhos, Brasil (2013); 21° Salão de Artes Plásticas da Praia Grande, Praia Grande, Brasil (2013); e 10° Salão de Arte Contemporânea de Marília, Marília, Brasil (2013).
_Vitor Martins Dias (1988, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Graduado em Design digital, Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, Brasil (2013). Exposições coletivas selecionadas: Cama de gato, Curadoria de Nino Cais, Carla Chaim e Marcelo Amorim, São Paulo, Brasil (2024); Abertura, Casa 1, São Paulo, Brasil (2017); Obsessões, Sesc Pinheiros, Curadoria de Ana Montenegro e Maurizio Mancioli, São Paulo, Brasil (2015).
_Yohana Oizumi (1989, Rubiataba, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Formação: Bacharelado Artes Visuais, Centro Universitário Belas Artes, São Paulo, Brasil, (2019). Exposição individual: Do Pó ao Pulso, Galeria Babel, Curadoria Rejane Cintrão, São Paulo, Brasil (2022). Exposições coletivas selecionadas: Essa Cidade Sempre Maravilhosa, Galeria Nara Roesler, Curadoria Theo Monteiro, Rio De Janeiro, Brasil (2024); Programa Exposições MARP 20º, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Curadoria Nilton Campos e Thaís Rivitti, Ribeirão Preto, Brasil (2023); Salão De Artes Visuais de Vinhedo SAV, Centro de Exposições e Galeria de Artes Edilson Caldeira, Vinhedo, Brasil (2023); Memória Do Futuro, Memorial Municipal Getúlio Vargas, Curadoria Shannon Botelho, Rio De Janeiro, Brasil (2023); Acervo Rotativo, Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, Sorocaba, Brasil (2023); 50 Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Curadoria Pontogor, Thaís Rivitti e Priscila Arantes, Santo André, Brasil (2022); We Must Take Action, XXII Bienal Internacional De Arte De Cerveira, Vila Nova De Cerveira, Portugal (2022).
_Yumi Shimada (1988, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil) Graduada em Design, Anhembi Morumbi, SP, Brasil (2009). Exposições coletivas selecionadas: Cama de gato, Edifício Vera, Curadoria: Nino Cais, Carla Chaim e Marcelo Amorim, SP, Brasil (2023); Cartografias do Cuidado, Espaço Taz, Curadoria: Laura Ammann, SP, Brasil (2023); Colagem Singular e Plural, Lateral Galeria, Curadoria: Sociedade Brasileira de Colagem, SP, Brasil (2022); Semana da Gernika Viva, Biblioteca Alceu Amoroso Lima, Curadoria: Sociedade Brasileira de Colagem, SP, Brasil (2022); Híbrida - Conexão Cultural SP, Museu da Imagem e do Som, Curadoria: Paola Caiuby Santiago, SP, Brasil (2018).
HERMES ARTES VISUAIS
O Hermes Artes Visuais é um espaço independente que, desde 2011, atua na lacuna entre a formação e o mercado das artes visuais. Por meio de cursos, debates, exposições, propostas coletivas, residências artísticas e grupos de Acompanhamento de Processos Artísticos, busca promover o amadurecimento crítico do artista, em um ambiente onde práticas e teorias estão vinculadas à produção artística. Dirigido pela artista Carla Chaim, o Hermes se consolidou como um ambiente de compartilhamento de conhecimentos e experiências, em diferentes níveis e configurações. O espaço oferece vivências, estímulos e formação complementar aos artistas, além de se apresentar como uma plataforma capaz de impulsionar e intensificar a arte na vida das pessoas, ampliando o olhar e tornando-o mais crítico e sensível. O Hermes se posiciona como um espaço de resistência, buscando fortalecer e enriquecer a cena artística de maneira integral.
CAMA DE GATO
Esta publicação destaca a produção dos artistas que integram os grupos de Acompanhamento de Processos Artísticos em 2024, evidenciando o desenvolvimento e as pesquisas individuais realizadas ao longo do ano. Esses mesmos artistas estiveram presentes na exposição coletiva “Cama de Gato”, realizada entre abril e maio de 2024, no Edifício Vera, no centro de São Paulo, onde apresentaram suas obras ao público. A exposição contou com organização e curadoria dos orientadores dos grupos, Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais, e texto crítico de Carolina Soares. Ao dar visibilidade a essas produções, o Hermes contribui para a valorização do trabalho desses artistas, oferecendo um ambiente estimulante para o amadurecimento de suas práticas. Acompanhados de perto por orientadores, os participantes têm a oportunidade de expandir suas ideias e experimentações. A publicação também reforça o impacto da exposição, ampliando o alcance dessas produções ao público e destacando as diversas linguagens e perspectivas em curso no cenário artístico contemporâneo.
Dados
Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Hermes artes visuais [livro eletrônico] : 13 anos. -- São Paulo : Ed. dos Autores, 2024.
Vários autores.
ISBN 978-65-01-26402-8
1. Artes visuais - Exposições - Catálogos.
24-243524
Índices para catálogo sistemático:
1. Artes visuais 700
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
CDD-700
Projeto Gráfico
Coordenação Editorial
Concepção

Assistência de Produção
Texto Crítico e Entrevista
Revisão
_Fernanda Luz
_Carla Chaim
_CarlaChaim
_Marcelo Amorim
_Nino Cais
_Camila Bardehle
_Daniel Castilho
_Carolina Soares
_Aline Totoli
_Mateus Azevedo
_ Mônica Regina
Hermes Artes Visuais
Rua Hermes Fontes, 167 - São Paulo - Brasil
@hermesartesvisuais jardimdohermes.com
Adriana Amaral _ Alan Nielsen _ Alexandre Frangioni _ Ana Val _
André Ianni _ Caio Borges _ Cali Cohen _ Camila Boranga _ Carlos Monaretta _ Chiara Sengberg _ Cynthia Loeb _ Daniela Schiller _ Daniela Torrente _ Débora Amaral _ DIP _ Dita Jun Duda Breda _ Ellion Cardoso _ Fernanda Carvalho _ Fernanda Luz Avendaño _ Flavia Renault _ Giovanna Maria _ Helena Malnic _ Ilka Lemos _ Jade Gomes _ Juliana Cunha _ Juliana Monteiro _ Kika Simonsen _ Lana Moraes _ Leo Damonte _ Liane Roditi _ Luana Lins _ Luiza
Borges _ Luiza Lavorato _ Magali Camacho _ Malu Tigre _ Maria Barbosa _ Maria Lucia Simonsen Maria Renata Pinheiro _ Michelle Rosset _ Miriam Bratfisch Santiago _ Nadira Yanez _ Ósi _ Renato Palmuti _ Roberto Unterladstaetter _ Rosana Pagura _ Saulo Szabó _ Sheila Kracochansky _ Simone Dutra _ Simone
Fontana Reis _ Suelen Lima _ Suely Bogochvol _ Susy Miranda Aziz _ Vitor Martins Dias _ Yohana Oizumi _ Yumi Shimada