Instituto das Cidades da UNIFESP Campus Zona Leste - Proposta de requalificação dos Galpões Gazarra

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INSTITUTO DAS CIDADES DA UNIFESP CAMPUS ZONA LESTE PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO DOS GALPÕES GAZARRA


PROJETO FINAL DE CULTURA E EXTENSÃO - GEP FAUUSP /2016

HELOISA BENTO RIBEIRO COLABORADORES: CAROLINA PINTO TEIXEIRA EDUARDO RADOMYSLER SUSAN RITSCHEL ORIENTADOR: ALEXANDRE DELIJAICOV

FOTO DA CAPA: SUSAN RITSCHEL


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 1.1 A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O GEP 1.2 O GEP E O CONVÊNIO COM A UNIFESP 1.3 O CONTEXTO DA EXPANSÃO DAS FEDERAIS E A UNIFESP 1.4 ESCRITÓRIO PÚBLICO DE PROJETOS E A UNIFESP 1.5 UNIFESP CAMPUS ZONA LESTE 1.6 O INSTITUTO DAS CIDADES (IC) 1.7 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) DO INSTITUTO DAS CIDADES

4 4 4 5 6 6 7 7

2. LUGAR 2.1 BASE 1 - EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E TRANSPORTE 2.2 BASE 2 - LOCALIZAÇÃO REGIONAL 2.3 BASE 3 - LOCALIZAÇÃO IMEDIATA 2.4 TERRENO DO CAMPUS 2.5 GALPÕES - ESTRUTURA EXISTENTE PLANTA 2.6 GALPÕES - ESTRUTURA EXISTENTE CORTES 2.7 IMAGENS

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

3. PROGRAMA 3.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES

3.2 TABELA COMPARATIVA - PROGRAMAS DE NECESSIDADES

18 18 19 20 21 22

4. PROJETO 4.1 PLANTA COTAS 802,8 E 804 4.2 PLANTA COTA 807 4.3 PLANTA COTA 900 4.4 PLANTA COTA 903,2 4.5 SETOR 1 - PLANTA - COTAS 802,8 E 804 4.6 SETOR 1 - PLANTA - COTA 807 4.7 SETOR 1 - PLANTA - COTA 900 4.8 SETOR 2 - PLANTA - COTA 802,8 E 804 4.9 SETOR 2 - PLANTA - COTA 807 4.10 CORTES

23 23 24 25 26 27 28 29 30 30 31

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO

[1] http://prceu.usp.br/institucional/ [2] SEVERINO, 2010, p. 31 [3] DELIJAICOV, projeto extensão (Cex) [4] Em 1920, no contexto pós revolução russa, os bairros se multiplicavam no contexto de coletivização da vida cotidiana, “a fim de transformar os hábitos cotidianos, os edifícios deveriam ser o que os construtivistas russos denominavam de ‘condensadores sociais’”, nesse contexto, foram projetados os clubes dos trabalhadores, descendentes das “casas do povo”, com auditórios, cantinas, às vezes centros esportivos, mas majoritariamente bibliotecas, e a “casa comunal”, residência com serviços integrados inspiradas nos falanstérios. (COHEN, 2012, p. 166-171) [5] convênio USP-UNIFESP. 24 de setembro de 2014 . Publicado em 23 de outubro de 2014 no diário oficial.

A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O GEP

O GEP E O CONVÊNIO COM A UNIFESP

O presente trabalho é o relatório final das atividades desenvolvidas ao longo de doze meses (de agosto de 2015 a agosto de 2016) como trabalho de extensão universitária na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), projeto aprovado pela pró-reitoria de cultura e extensão da instituição.

O convênio com a UNIFESP, assinado em 2014, tem por finalidade a “cooperação técnica para pesquisa, desenvolvimento e treinamento técnico na área de projetos e obras de edificações universitárias”[5]. Justifica-se pela expansão da UNIFESP, pela necessidade de cooperação técnica para o desenvolvimento da Pró-reitoria de planejamento (Proplan- UNIFESP) e pela inexistência até então de cursos de Arquitetura e Urbanismo ou Engenharia Civil nessa instituição, ao passo que a FAU-USP, instituição pública, pode realizar convênios com demais instituições do mesmo caráter e mantém o grupo de equipamentos públicos (GEP) que visa desenvolvimento de ensino, pesquisa e extensão nessa área.

A cultura e extensão universitária é um dos pilares do tripé ensino-pesquisa-extensão, norteador da Universidade de São Paulo. Objetiva a “disseminação, em seu âmbito, dos valores essenciais à vida acadêmica, entre os quais ressalta o zelo constante pela excelência das relações com a sociedade” [1], princípio este referendado pela Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (PRCEU). Tem por diretriz, dessa forma, adquirir abrangência na comunidade universitária, seja na complementação das ações de ensino-pesquisa, seja como elemento aglutinador do conjunto universitário e deste com a sociedade. “ ...a extensão se torna exigência intrínseca do ensino superior em decorrência dos compromissos do conhecimento e da educação com a sociedade, uma vez que tais processos só se legitimam, inclusive adquirindo sua chancela ética, se expressarem envolvimento com os interesses objetivos da população como um todo.” [2] O compromisso do conhecimento com a sociedade, dado como compromisso ético, apresenta-se no projeto presente na busca pela discussão, crítica e produção de equipamentos públicos destinados a mesma. A ação do arquiteto insere-se de forma crítica, norteada por “conceitos humanistas, sociais, públicos e coletivos, na base ética, técnica e poética”[3].

Diante das demandas das duas instituições, a cooperação objetiva o desenvolvimento de pesquisa de metodologia de projeto (metaprojeto) e o estabelecimento de acervo de referências de equipamentos públicos (cultura de projeto); a realização de pesquisa aplicada à arquitetura do programa, com criação de cadernos de materiais construtivos e desenvolvimento de procedimentos para definições de termos de referência; o treinamento técnico e institucional. Ao longo dos três anos do convênio, foram ministradas disciplinas obrigatórias e optativas de projeto que tiveram como objeto o Campus Zona Leste e o Campus Embu das Artes, além de acompanhamento das discussões junto à Proplan-UNIFESP, quanto aos projetos dos campi e o diálogo com os escritórios licitados para o desenvolvimento dos projetos executivos, além do acompanhamento das discussões do PPP (projeto político pedagógico) e visitas aos terrenos.

O objetivo estabelecido como produção crítica de projetos de equipamentos públicos é horizonte cujo caminho se dá pelo “metaprojeto”, uma síntese da pesquisa como experimento em projeto, por meio de desenhos juntamente com textos e modelos. Busca-se, dessa forma, a finalidade do processo: uma cultura de projeto de equipamentos públicos. O Grupo de pesquisa de Equipamentos Públicos da FAUUSP (GEP) constitui-se de modo a atingir tal finalidade. A produção do grupo insere os equipamentos públicos urbanos como objeto do metaprojeto, relacionando-os com a cidade na qual se inserem e por ela também se definem. Sofrem, dessa forma, influência direta das políticas públicas urbanas assim como se constituem como pólos articuladores de tais políticas, centralidades essas que tem potencial de condensadores sociais [4]. O grupo estabelece convênios com outras instituições de mesmo caráter, como a Prefeitura de São Paulo (colaboração não formalizada), a Proplan-UNIFESP e a Universidade de Siegen- Alemanha, com o programa “Räume bilden- construir espaços, espaços que formam”. 4


O CONTEXTO DE EXPANSÃO DAS FEDERAIS E A UNIFESP [6] RITSCHEL, citação verbal. [7] relatório Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN)

Nos governos de Luís Inácio Lula da Silva (2002-2005, 2006-2009) foi ampliado o número de vagas nas instituições federais de ensino superior, com a implantação de 49 unidades acadêmicas e 10 novas universidades. Apesar da expansão do número de vagas e cursos propostos, a ampliação não se deu com efetiva preocupação na infraestrutura dos campi. A política de ampliação foi conseqüência das reivindicações de membros da sociedade civil, como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (ANDIFES), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) e União Nacional dos Estudantes (UNE), que resultou no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão Universidades Federais (REUNI), parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que objetivou a oferta de educação superior para no mínimo 30% dos jovens entre 18 e 24 anos [6]. A meta estabelecida buscou interiorizar o ensino público federal, elevando de 45 (2007) a 59 (2010) Universidades, de 148 (2007) a 274 (2010) campi instalados, em 230 municípios (116 novos). O REUNI previa, dentro de seu plano de ações, o oferecimento de recursos adicionais as instituições que a ele aderissem. Porém, diversas Universidades aumentaram o número de vagas para estudantes sem receber recursos extras para contratação de docentes e funcionário técnico-administrativos e melhoria da infraestrutura. O REUNI não prevê o aumento dos investimentos correspondentes ao número de vagas que pretende criar. Com metas numéricas definidas, mas sem os recursos necessários, a proposta do governo não será capaz nem mesmo de melhorar as já precárias ondições em que se encontram praticamente todas as universidades públicas brasileiras e, menos ainda, acolher satisfatoriamente os novos estudantes. [7]

No contexto do REUNI, em 2007, a UNIFESP implantou três novos campi (Diadema, Guarulhos e São José dos Campos) além de outros três (Osasco, Embu e Zona Leste) em fase de implantação. O Campus Diadema abriga os cursos do Instituto De Ciências Ambientais, Químicas E Farmacêuticas (Ciências Biológicas, Química, Química Industrial, Engenharia Química, Farmácia e Bioquímica, Ciências Ambientais e Licenciatura Plena em Ciências); o Campus Guarulhos, a Escola De Filosofia, Letras E Ciências Humanas, com os primeiros cursos na área de humanidades ministrados pela UNIFESP (Filosofia, Ciências Sociais, História, História da Arte, Letras e Pedagogia); o Campus São José dos Campos, parte do Parque Tecnológico da cidade, o Instituto De Ciência E Tecnologia (bacharelado em Ciências da Computação, Matemática Computacional, bacharelado em Ciência e Tecnologia). O Campus de Osasco, hoje estabelecido em um prédio provisório até a construção do novo edifício, abriga a Escola Paulista De Política, Economia E Negócios (com os cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas e Relações Internacionais e Ciências Atuariais); o Campus Embu das Artes, em planejamento, receberá os cursos da área de artes; e o Campus Zona Leste, objeto desse estudo, abrigará o Instituto das Cidades. A expansão em seis novos campi resultou na necessidade de organização do processo para a qualificação da infraestrutura física dos campi que abrigariam os novos institutos. Em 2012, é eleita a Pra. Dra. Soraya Soubhi Smailio e juntamente com ela, assume o Pr.Dr. Pedro Arantes a pró-Reitoria de Planejamento. A gestão é marcada pela organização da Pró-reitoria de Planejamento, assim como o Conselho de Planejamento, e a criação de um Escritório Público de Projetos.

A UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) é uma das Universidades que passou por um processo de expansão nesse contexto. Fundada em 1933, inicialmente como Escola Paulista de Medicina, tornou-se uma Universidade federal apenas em 1994, com ênfase ainda na área médica, com os cursos de Medicina, Enfermagem, Biomedicina, Fonoaudiologia, Tecnologia Oftálmica, Tecnologia Radiológica e Tecnologia em Informática e Saúde. A primeira expansão deu-se em 2006, para a Baixada santista, com os cursos de Educação Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Psicologia e Serviço Social, campus esse que recebeu, recentemente, devido a sua posição estratégica, o Instituto do Mar, com cursos voltados à temática marítima. 5


[8] ARANTES, citação verbal. [9] INSTITUTO DAS CIDADES- Projeto Político-Pedagógico, 2015, p.12

O ESCRITÓRIO PÚBLICO DE PROJETOS DA UNIFESP

UNIFESP CAMPUS ZONA LESTE

O escritório Público de projetos da UNIFESP (Proplan-UNIFESP) insere-se na contramão do que estava ocorrendo com a expansão dos campi pelo REUNI, buscando o planejamento e a constituição de uma cultura de projetos públicos.

A zona leste da cidade de São Paulo é historicamente região de ampla e forte mobilização popular, marcadamente no campo na educação, com um histórico de lutas que data desde 1980, com reivindicações pela ampliação do ensino fundamental e médio, pela instituição de escolas com cursos noturnos, pela gestão participativa das escolas (com membros dos estudantes e da comunidade) e pela criação de uma Universidade do Trabalhador, com bases na pedagogia libertária de Paulo Freire [9].

Em 1990, são implementadas no Brasil políticas neoliberais decorrentes da moratória de não pagamento da dívida externa e da ingerência do FMI (Fundo Monetário Internacional), que levaram a “Reforma do Estado”, com a transferência de bens públicos- empresas, políticas, gestões- para o setor privado [8]. Essa transferência levou a redução do setor público, com o consequente sucateamento dos serviços oferecidos a população (educação, saúde, transporte) e das áreas de estratégia que determinavam planejamentos. A dependência do setor privado tornava-se cada vez maior. O contexto não era, dessa forma, favorável, ao estabelecimento de escritórios públicos de projetos, área estratégica do setor, que busca a constituição de uma inteligência projetual para uma cultura de projetos públicos. Ao contrário, a política privatizante colocada buscava as diretrizes do mercado, das grandes empresas e incorporadoras. A Proplan-UNIFESP é estabelecida em resistência a esse processo, e hoje, conta com 63 técnicos e 15 estagiários. É composto por quatro departamentos: departamento de imóveis, responsável pela gestão de terras e imóveis; departamento de Planos Diretores, responsável pelo planejamento dos campi de forma participativa com as comunidades (fóruns, audiências e comissões) e pela licitação dos projetos executivos; departamento de edificações, responsável pelas obras, com licitação, acompanhamentos do orçamento, fiscalização, execução, garantia de segurança nos canteiros, aspectos ambientais, manutenção; departamento de laboratórios, responsável pelo planejamento desses núcleos que possuem certa especificidade.

Na década de 1990, representantes dos movimentos reivindicam aos reitores das Universidades públicas paulistas, USP e UNIFESP, a criação de um campus na região. A UNIFESP inicia uma comissão que avaliaria a implantação do novo campus, comissão essa que acaba não dando prosseguimento ao projeto. Em 2005, A USP, atendendo a demanda, implanta a USP lesteEACH, com nove cursos na área de artes, ciências e humanidades. O movimento organizado da zona leste continua, entretanto, reivindicando a instalação de uma Universidade Federal na região, de modo que entrega, em 2008, ao Ministro da Educação, Fernando Haddad, uma carta com a reivindicação e o apontamento do local onde poderia ser estabelecido o novo campus, terreno da antiga fábrica Gazarra na Av. Jacu-Pêssego. A UNIFESP inicia as negociações para a instalação do campus no terreno indicado, que é decretado de interesse público e desapropriado em 2013 pela Prefeitura de São Paulo. É autorizada a cessão de uso por 90 anos para a UNIFESP, que inicia o processo de implantação com as restrições estabelecidas pela Cetesb, que indica regiões de contaminação do solo por atividade industrial. O campus da UNIFESP Zona Leste foi conseqüência da luta histórica dos movimentos da região. Instituiu-se após uma série de debates em audiências públicas e por uma Comissão Mista do Conselho Universitário, com 12 membros do corpo universitário e 12 membros da sociedade civil, que discutiu os cursos de graduação, as atividades de extensão já em andamento e o projeto físico do campus, assim como seu cronograma de implantação.

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[10] INSTITUTO DAS CIDADES- Projeto Político-Pedagógico, 2015, p.12

O INSTITUTO DAS CIDADES (IC)

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) DO INSTITUTO DAS CIDADES

As reuniões participativas com a sociedade civil determinaram que os cursos, assim como seus projetos político-pedagógicos, seriam definidos com base na “situação-problema” da região, sendo a partir dela delimitados temas-geradores, segundo a pedagogia de Paulo freire.

O tema gerador Cidades apresenta grande potencialidade na articulação de diversos cursos devido a sua complexidade e abrangência. Diante desse tema, são propostos para o Instituto das Cidades, os cursos: Engenharia Civil, Engenharia Ambiental/Sanitária, Engenharia de Transportes, Arquitetura e Urbanismo, Design, Geografia (bacharelado e licenciatura), Turismo e Administração Pública.

O extremo leste da Zona Leste, periferia urbana da cidade de São Paulo, com mais de 4 milhões de habitantes, é conseqüência do crescimento urbano desenfreado, sem planejamento e com carência de infraestruturas. O espaço emerge, dessa forma, questões quanto às condições da vida urbana e apresenta-se como síntese de situações recorrentes nas grandes metrópoles. O tema gerador “Cidades” foi assim determinado, constituindo o novo Instituto das Cidades. O tema mostrou-se estratégico para a UNIFESP, pois a Universidade ainda não possuía cursos com essa temática e passava por um processo de ampliação, demandando cursos que pensem a dimensão espacial, como Arquitetura, Engenharia e Design. Além disso, mostra-se como uma importante área estratégica do conhecimento, buscando o pensar sobre a melhoria da qualidade de vida nas cidades brasileiras. O Instituto das Cidades (IC) foi criado com o intuito de formar profissionais que busquem na cidade o “nexo fundamental dos direitos da cidadania, da defesa do interesse público e do bem comum, do atendimento às maiorias e do desenvolvimento de um país mais equitativo e democrático”[10]. As oito graduações propostas serão integradas com linhas de pesquisa e extensão convergentes e transdisciplinares. Aliando teoria à prática, busca-se a fundamentação dos problemas, a reflexão quanto as possíveis soluções e a ação.

A formação proposta se baseia na construção de situações, mapeamentos e resoluções de problemas baseados em contextos reais. Tais ações são conseqüência da convergência de conhecimentos, onde os sujeitos de diferentes cursos pensam as questões de diferentes e complementares formas, criando entendimentos comuns. A convergência é uma potencialidade, são encontros do conhecimento na busca da construção coletiva do lugar, da cidade. Os estudantes são tidos, desde início, como sujeitos. Entende-se que os diferentes sujeitos podem, coletivamente, pensar as cidades, de forma que o IC valoriza os trabalhos em grupo e a multidisciplinaridade. Dessa forma, estabelece ainda a defesa da autonomia no aprendizado. O aprendizado é tido de forma narrativa: parte da experiência vivida e busca a ação projetual, por meio de “sínteses progressivas” (cadernos de vivências de campo, trânsito por escalas, trânsito por temporalidades, diálogos entre saberes, trabalhos e atividades individuais e coletivas, exercício de resposta rápida em sala de aula, estudos e projetos lentos com profundidade reflexiva). O percurso formativo é narrado em um memorial, objeto que busca a reflexão do estudante acerca da sua própria formação. A articulação permanente entre teoria e prática é outro ponto norteador do PPP. Busca-se a não instrumentalização, mas sim a ação crítica. Por fim, o IC busca a formação integral do “pensador-construtor de cidades”, independente dos diplomas próprios de cada curso. O ensino é espacialmente estabelecido em três espaços principais: os escritórios (enfrentamento de contextos e problemas reais), os laboratórios (ensino de fundamentos, ciência aplicada e teoria) e as oficinas (prática experimental). Constituem o núcleo ELO, que juntamente com as salas de aula e os demais espaços de vivência são parte da formação do estudante. A interação entre os cursos é estabelecida pelos núcleos temáticos, que inserem temas a serem abordados, o semestre temático, com “problema aglutinador” eleito pelos cursos e abordado por eles como unidade e tem seus produtos apresentados anualmente a comunidade acadêmica e local.

7


LUGAR

Historicamente, a região onde se localiza o futuro campus da UNIFESP zona leste passou por diversas mudanças: de região de chácaras, com agricultores imigrantes japoneses, a região industrial, período no qual foram exercidas as atividades da antiga metalúrgica Gazarra.

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Localiza-se no extremo leste, subprefeitura de Itaquera, próximo a quatro centralidades: Itaquera, São Mateus, Guaianases e Cidade Tiradentes. Os eixos de transporte público presentes são trem (linha 11), metrô (linha 3) e ônibus, com faixa exclusiva de ônibus na Av. Jacu-Pêssego. A “rodovia urbana” Jacu-Pêssego, um dos limites do terreno possuí ainda novo projeto de ampliação com um corredor de ônibus intermunicipal, contido na Operação Urbana (OU Rio Verde-Jacu). (BASE 1) A região possui equipamentos municipais de educação próximos. Além das escolas municipais e estaduais, é próxima ao CEU São Mateus (4,3 km), CEU Inácio Monteiro (5,1 km), CEU São Rafael (6,4 km), CEU Jambeiro (6,6 km) e Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes (3,5 km). (BASE 1) Enquanto equipamentos de lazer, o Parque do Carmo e O SESC Itaquera são importantes para região, estando localizados em uma área de proteção ambiental (APA do Carmo). Os mais importantes rios da região são o Itaquera, Jacu e Aricanduva, sendo que duas das nascentes do rio Jacu encontram-se nos terreno do futuro campus. (BASE2) O terreno possui dois platôs, estando no platô inferior a antiga fábrica Gazarra. Tem por limites, a oeste, a rua Sho Yoshioka e, a leste, a Av. Jacu Pêssego. Para ambas as ruas há propostas de ampliação, sendo que para a Av.Jacu Pêssego a ampliação é proposta como parte da OU Rio-Verde Jacu, e para a Rua Sho Yoshioka, é parte das propostas encaminhadas pela Proplan-UNIFESP de modo a tornar a via apta a receber uma ciclovia além de criação de uma praça comunitária para o bairro. O terreno possui ainda uma área de proteção permanente (APP) por conter nascentes do Rio Jacu. (BASE3)

SEM ESCALA

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5

1

2

4

BASE 1 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E TRANSPORTE

3

15 14

LEGENDA

1

estação Artur Alvin

1

3

5

estação CorinthiasItaquera

2

estação Corinthias-Itaquera

4

estação Dom Bosco

UBS Jd. Helian

estação José-Bonifácio

6

EE José de oliveira Orlandi

7

UBS Jd. Helian

8

EE Profa Lina da Costa Couto

9

Hospital Sto. Expedito

10

EMEI Gleba do pêssego

11

EE Francisco Mignone

12

EE Jd. Iguatemi

13

EMEF Joaquim Osório Duque Estrada

14

Arena Corinthias

15

Fatec Itaquera

campus UNIFESP zona leste

8 6 7 9

10

13

12

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11

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ESCALA 1:50000

9


BASE 2 LOCALIZAÇÃO REGIONAL LEGENDA sistema viário meio fio

separador físico passarela viaduto, ponte, túnel buero e galeria rua de escadaria

lleito e via ferrovia metrovia

edificações edificações

piscina

edificações notáveis

muro, muro de arrimo e cerca limite de favela

construção, fundação e ruína

hidrografia curso d’agua perene e intermitente

canais, rios canalizados e tanque

barragem, lago, lagoa, açude e represa

alagado e brejo

rede elétrica linha de alta tensão subestação de alta tensão

1

torre de alta tensão poste (alta tensão)

altimetria e acidentes geográficos curvas de nível mestras ou intermediárias pedreira e talude

3

aterro, corte e movimento de terra ponto cotado nível d’água ponto cotado ponto intervias

limites linha municipal linha de setor

linha de distrito

1- Rio jacu

2

2- Nascentes Rio Jacu 3- Córrego Tenry

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ESCALA 1:10000

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BASE 3 LOCALIZAÇÃO IMEDIATA LEGENDA sistema viário meio fio

separador físico passarela viaduto, ponte, túnel buero e galeria rua de escadaria

lleito e via ferrovia metrovia

edificações edificações

piscina

edificações notáveis

muro, muro de arrimo e cerca limite de favela

construção, fundação e ruína

hidrografia curso d’agua perene e intermitente

canais, rios canalizados e tanque

barragem, lago, lagoa, açude e represa

alagado e brejo

rede elétrica linha de alta tensão subestação de alta tensão

torre de alta tensão poste (alta tensão)

altimetria e acidentes geográficos curvas de nível mestras ou intermediárias pedreira e talude

2

aterro, corte e movimento de terra ponto cotado nível d’água ponto cotado ponto intervias

limites linha municipal linha de setor

linha de distrito

1 1- Rua Sho Yoshioka 2- Av. Jacu Pêssego

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ESCALA 1:5000

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TERRENO DO CAMPUS LEGENDA sistema viário meio fio

2

separador físico passarela viaduto, ponte, túnel buero e galeria rua de escadaria

lleito e via ferrovia metrovia

6

3

7

edificações edificações

piscina

edificações notáveis

muro, muro de arrimo e cerca limite de favela

construção, fundação e ruína

canais, rios canalizados e tanque

curso d’agua perene e intermitente

alagado e brejo

barragem, lago, lagoa, açude e represa

1

5

rede elétrica

4

torre de alta tensão poste (alta tensão)

linha de alta tensão subestação de alta tensão

altimetria e acidentes geográficos

9

aterro, corte e movimento de terra ponto cotado nível d’água ponto cotado ponto intervias

curvas de nível mestras ou intermediárias pedreira e talude

11 10

limites linha municipal linha de setor

linha de distrito

especificações terreno

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hidrografia

mata

talude

ampliação de via

árvores

1- galpão A (15.532,8 m²)- a manter 2- galpão B (3534 m²) - a manter 3- galpão C (840m²) - demolir

4- prédio de extensão (660m²)- a manter e já refomado 5- antigo vestiário (868m²)- não especificado

6- portaria (120,5m²)-PRODUCED a manter BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRO 7- caixa de luz (120,5m²)- a manter 8- caixa d’água principal- a manter 9- muro (23,7m²)- demolir

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10- muro (2,7m²)- demolir 11- caixa d’água inferior (área não mensurada)- a manter

ESCALA 1:2000

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GALPÕES - ESTRUTURA EXISTENTE PLANTA

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DUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUC

ESCALA 1:750

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GALPÕES - ESTRUTURA EXISTENTE CORTES PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

limite NO

CORTE LONGITUDINAL ESCALA 1:750

limite SE

limite NE

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CORTE TRANSVERSAL ESCALA 1:2500

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT limite NE

CORTE TRANSVERSAL -- DETALHE ESCALA 1:750

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PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

limite SE

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galpão maior - foto interna

galpão médio - foto interna

FOTOS: SUSAN RITSCHEL

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terreno - imagem de satĂŠlite

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PROGRAMA

PROGRAMA DE NECESSIDADES [11] Processo de licitação (N° 23089.000888/2014-67), setembro de 2015.

SETOR1 GALPÃO MAIOR 1.

AMBIENTES/ SALAS Acesso 1

1.1

1.2

2.

Dois acessos laterais

3m x 15m x 40m

Transposição do nível por meio de escadas. O espaço, constituído em semelhança a um teatro de arena permite a convivência e a realização de debates, discussões e reuniões menores.

16 escritórios temáticos

São os espaços pedagógicos da prática de resolução de problemas, projetos e políticas públicas, coletivos e individuais, temáticos e/ou intercursos. São propostos 14 temas relevantes para o Instituto, geradores de problemas complexos e multidimensionais. Possuem Núcleo associado de pesquisa e extensão e área técnica (acervo). [11] Coordenação dos escritórios 3m x 5m x 7,5 m Cidade e Saúde 3m x15.5 x14m Cidade e Educação Cidade e Cultura Cidade e Trabalho Redes, Fluxos e Mobilidade urbana Habitação, vizinhança e vida nos bairros Espaços Públicos Cidade e as Águas Cidade Verde e Paisagem Cidade e Patrimônio Histórico Cidade, Metrópole e Região Áreas de risco e Catástrofes Urbanas Rural Do Futuro: Outras Cidades são possíveis Futuro escritório* Corredor de guarda-volumes 2760m², pé direito Passadiço disposto ao longo do perímetro superior dos escritórios, acessado para estudantes (passadiço) mínimo 1.2m por escadas deslizantes (3mx 0.40m x 0.40m). Altura variável devido à presença das tesouras e shafts. Deverão ser 3mil armários disponíveis para todos os estudantes. Sala de apoio T.I 3m x 5m x 7,5 m

Laboratórios de ensino

Cada Laboratório trabalha com aspecto das ciências aplicadas, teoria, história e linguagens que apoiam a resolução de problemas

2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 2.11 2.12 2.13 2.14 2.15 2.16 2.17

2.18 3.

PÉ DIREITO, DESCRITIVO LARGURA, PROFUNDIDADE O Acesso 1 constitui-se como a entrada frontal do Instituto das Cidades, sendo o mais próximo do pólo de extensão e cultura. Deve apresentar-se como espaço convidativo a comunidade universitária, assim como aos demais visitantes Espaço de articulação entre as salas de aula, os laboratórios e as oficinas. Pé direito alto, integração visual dos vários níveis do edifício, permitindo Praça coberta 3m x 9,6m x 60m eventos, assembléias e exposições. (acesso central)

18


2.18

[12] Processo de licitação (N° 23089.000888/2014-67), setembro de 2015.

3.

Sala de apoio T.I Laboratórios de ensino

Cada Laboratório trabalha com aspecto das ciências aplicadas, teoria, história e linguagens que apoiam a resolução de problemas em projetos nos Ateliês. Os Laboratórios permitem exercícios práticos, visuais, para a compreensão dos fenômenos, evitando o aprendizado abstrato e descontextualizado. [12] Os Laboratórios de teoria, história, representações e linguagens permaneceram em um dos galpões da antiga fábrica, os demais (Laboratórios de ensino de fenômenos naturais e ciências aplicadas) indica-se que sejam estabelecidos em um anexo no terreno do campus. Coordenação dos 3m x 5m x 7m Laboratórios de Ensino

Laboratórios de teoria, história, representações e linguagens

Laboratório da PALAVRA. Textualidade, literatura, poesia, música e cidade; Laboratório da IMAGEM. Teoria da forma, cinema, fotografia, artes plásticas e cidade Laboratório de COMUNICAÇÃO. Design de informação, mídia e opinião pública; 3 Laboratórios de LINGUAGENS DIGITAIS. Projeto Digital, Simulações, Cyberspace, Games; Laboratório de HISTÓRIA. História das cidades, suas técnicas, culturas e transformações; Laboratório de HISTÓRIA. História das cidades, suas técnicas, culturas e transformações; Laboratório de POLÍTICA. Estado, democracia, direitos da cidadania e lutas sociais na produção e gestão das cidades; Laboratório de ECONOMIA URBANA. Economia política das cidades, circuito imobiliário, seus agentes, mercados, rendas e regulações; Laboratório de DIREITO URBANÍSTICO. Modalidades de posse e propriedade do solo e sua regulação, registro cartorial e democratização do acesso à terra; Laboratório de ORÇAMENTO PÚBLICO. Orçamento público e financiamento das cidades; Laboratório de REPRESENTAÇÃO DA PAISAGEM. Desenho de observação, cartografia, geoprocessamento, GIS, topografia e geodésia; Laboratório de ETNOGRAFIA. Antropologia urbana e pesquisa participante; Laboratório de DEMOGRAFIA. Dinâmicas populacionais, socioeconômicas e território. 2 Salas de apoio de T.I.

3m X 5m X 18m

12 salas para 75 alunos

3m x 7m x 8.5m

3.1 3.2 3.3

3.4

3.5

3.6

3.7

3.8

3.9

3.10

3.11

3.12

3.13

3.14 4. 4.1

3m x 5m x 7,5 m

Salas de aula e anfiteatros

Laboratórios flexíveis, com necessidade de computadores equipados e acervo.

3m x 5m x 7,5 m

19 Sala de forma quadrangular que permite a flexibilidade do leiaute, permitindo


[13] [14] PROGRAMA DE NECESSIDADES CAMPUS ZONA LESTE, março 2014.

3.14 4. 4.1

Salas de aula e anfiteatros

5.

Oficinas

5.1 5.2 5.3 5.4 5.5

populacionais, socioeconômicas e território. 2 Salas de apoio de T.I.

3m x 5m x 7,5 m

12 salas para 75 alunos

3m x 7m x 8.5m

OFICINAS: Têm ênfase didática no conhecimento dos materiais (suas características físicas, químicas, históricas, normativas, saberes do trabalho, comportamento estrutural, ciclo de vida etc) mais importantes para a produção dos espaços urbanos. Os estudantes aprendem a manuseá-los conhecendo todas as suas implicações práticas, sociais, econômicas e ambientais. As peças pré-fabricadas nessas oficinas podem depois ser montadas e retrabalhadas no Canteiro Experimental e no Setor de Protótipos e Maquetes. As Oficinas também poderão ser utilizadas em projetos de Extensão Universitária com a comunidade, Incubadora de Cooperativas e em parceria com Sindicatos e Escolas Técnicas da Construção Civil. [13] Necessidade de portas grandes, proximidade com o canteiro, espaço externo, carga-descarga, isolamento acústico, gestão de resíduos, pé-direito alto Oficina de madeiras 3m x 16m x 16m Oficina de metais Oficina de Polímeros Oficina de Terra Crua, Bambu e Fibras Naturais Oficina de Concreto Armado

5.5

Oficina de Argamassa Armada

5.6

Oficina de Cerâmica

5.7

Oficina de Pedras

5.8

Oficina de Moldes e Gesso

5.9

Coordenação das Oficinas por Material

5.10 6.

Sala de forma quadrangular que permite a flexibilidade do leiaute, permitindo que diversas didáticas sejam ministradas.

3m x 5m x 7,5 m

6.1

Espaço para novas oficinas 3m x 16m x 16m CANTEIRO: É o espaço experimental de convergência de projetos e materiais na execução de edificações urbanas. Aqui são aprendidos os sistemas construtivos tradicionais e os mais atuais, sempre confrontados com novas ideias de projeto, que indicam processos construtivos e de organização do trabalho. Conta com ponte rolante a ser instalada nas vigas já existentes da antiga fábrica. Precisa ter fácil acesso de caminhões, para desembarque de materiais e embarque de obras pré-fabricadas que podem ser instaladas noutros lugares da cidade. [14] Necessidade de contato com a ponte rolante. Canteiro experimental 8mx 160m

6.2

Sala de projetos

6.3

Depósito de materiais a granel (baias)

6.4

Almoxarifado

7

7.1

Canteiro experimental da construção civil

Setor de protótipo de maquetes

Outro espaço fundamental de experimentação, em que projetos são testados e reavaliados em maquetes e modelos. Objetos menores, sobretudo componentes de construção ou objetos industriais pensados pelos designers podem aqui também ser realizados em escala natural (1:1). [15] Setor de montagem

3m x18m x 15m

Espaço principal para montagem de maquetes e protóptipos, com bancadas e depósitos para projetos em andamento [16]

20


6.4

[15] [16] [17] [18] [19] [20] Processo de licitação (N° 23089.000888/2014-67), setembro de 2015.

7

Almoxarifado Setor de protótipo de maquetes

Outro espaço fundamental de experimentação, em que projetos são testados e reavaliados em maquetes e modelos. Objetos menores, sobretudo componentes de construção ou objetos industriais pensados pelos designers podem aqui também ser realizados em escala natural (1:1). [15]

7.1

Setor de montagem

7.2

Almoxarifado

7.3

Modelos digitais

7.4

Coordenação do Lab Maquetes e Protótipos

8

Gráfica

8.1

Setor de impressão

8.3

Setor de encadernação

8.4

Oficina de serigrafia

8.5

Depósito de materiais

8.6

Coordenação da Gráfica

Sala de impressão digital 3D, corte a laser, scaneamento tridimensional de objetos e máquina de controle numérico [18]

3m x 18m x 7,5m

Núcleos de banheiros compostos por feminino, masculino, universal e DML

Escadas

5m x 7,5 m

Rampas AMBIENTES/ SALAS

2m x 45 m PÉ DIREITO, LARGURA, PROFUNDIDADE

As escadas devem estar distantes no máximo em 45m das saídas dos ambientes ( segundo orientação do corpo de bombeiros do Estado de São Paulo para saídas de incêndio nº11/2011 e decreto estadual nº 56.819, 2011)

Salão Central

6m x 40m x 50m

1.2

Cantina/ café

3m x 10m x 10m

1.3

Repografia (xerox) e plotter

3m x 7m x 10m

1.4

Centros acadêmicos

3m x 7m x 10m

1.5

Núcleos de extensão e escritório modelo

3m x6m x 6m

1.6

Livraria/ papelaria

SETOR2 GALPÃO MÉDIO 1 1.1

Banheiros Circulação vertical

Espaço principal para montagem de maquetes e protóptipos, com bancadas e depósitos para projetos em andamento [16] Para peças auxiliares nas montagens de pré-fabricações das Oficinas de Materiais [17]

A Gráfica oferecerá suporte não apenas para os trabalhos dos estudantes de design, mas para todos os exercícios que resultem em produção gráfica com impressões, como material para exposições, livros experimentais do curso de turismo e políticas públicas, por exemplo. Também poderá ser utilizada na extensão universitária e para impressão de revistas do Instituto e dos estudantes.[19] Proximidade ao centro de extensão; Proximidade às salas de aula; Necessidade de ventilação natural. Setor de preparação e 3m x18m x 15m fotolitos

8.2

9 10

3m x18m x 15m

Área de convivência e apoio

DESCRITIVO

Possibilitar diversas apropriações, como eventos de grande porte, debates, discussões. Preparo de lanches rápidos. Proximidade ao auditório. Cuidado com exaustão e isolamento acústico [20] Maquinário: máquinas de Xerox convencionais, plotters para impressões em tamanhos maiores Espaço para centros acadêmicos dos cursos do Instituto das Cidades. Espaço para a gestão estudantil, aberto e autônomo. Temporariamente instalados nesse edifício até a construção do Bloco de Cultura e Extensão

2

Biblioteca

3m x 10m x 35m

Acervo de 100 mil volumes

3

Praça digital

3m x 10m x 15m

Espaço com computadores bem equipados para uso dos estudantes.

4

Escritórios de professores

3m x 10m x 45m

5

Banheiros

3m x 18m x 7,5m

Possuir espaços de diferentes níveis: espaços para reuniões, para trabalho individual e descanso. Cada um dos 140 professores deve ter seu armário pessoal. Núcleos de banheiros compostos por feminino, masculino, universal e DML

6

Circulação vertical

Escadas

5m x 7,5 m

As escadas devem estar distantes no máximo em 45m das saídas dos ambientes (segundo orientação do corpo de bombeiros do Estado de São Paulo para saídas de incêndio nº11/2011 e decreto estadual nº 56.819, 2011)

21


TABELA COMPARATIVA - PROGRAMAS DE NECESSIDADES 1 (2014)

PROGRAMAS DE NECESSIDADES

2 (2015)

3 (PROPOSTA)

BLOCO B áreas experimentais de grande porte oficinas

9x250

coordenação das oficinas canteiro experimental da construção civil

2250

2304

256x9

25 1000+325

1325

1280

setor de protótipo de maquetes

825

270

gráfica

625

270

central de lixo e reciclagem

1025

acessos e apoios

740

circulações e áreas técnicas

750

total

7565

BLOCO D edifício do instituto das cidades praça coberta

700

1000

anfiteatro

400

2879

cantina

250

280

100

atlética e C.A.

350

120

140

2x70

apoio (banheiros, apoio manutenção, bombeiro, segurança, DML, depósito de lixo, trab. limpeza

215

145 150

praça digital 4x36

direção e secretárias acadêmicas do I.C. 14 ateliês temáticos

14x200

11x100

300

núcleos de extensão e escritórios modelo

144

1626

biblioteca

350

3673

200

11 laboratórios de ensino

2 praças digitais e uma gráfica de plotagens

2800 300

banheiros

livraria

217

878

corredor de mapotecas coordenação e T.I.

100

660

ateliê intercursos

60

31

100

113

1100

2281

375

depósito, banheiros, coordenação e T.I.

210

326

salas de aula e minianfiteatros

3310

2894

núcleos e centros de pesquisa

2825

circulações e áreas técnicas total

875

3472

16x217

1080

12x90

1904

59.5x32

200

3 lab. Digitais

escritórios de professores

teatro italiano e teatro de arena

31 laboratórios

1241

82 escritórios para 2 prof. cada - 14m2

535

apoio, descanso e salas de reunião

2250

3800

16820

22495

450

11914

22


PROJETO PLANTA - COTAS 802,8 E 804

oficina 1

oficina 2

oficina 3

oficina 4

oficina 5

oficina 6

oficina 7

oficina 8

C.A biblioteca lab 1

lab 2

lab 3

lab 4

lab 5

lab 6

setor de protótipos de maquete

gáfica

lab 7

lab 8

lab 9

lab 10

lab 11

lab 12

salão central

extensão

praça coberta

acesso lateral 1

sala 1

sala 2

sala 3

sala 4

sala 5

sala 6

sala 7

sala 8

sala 17

sala 18

sala 19

sala 20

sala 21

sala 22

sala 23

sala 24

acesso central

C.A

sala 9

sala 10

sala 11

sala 12

sala 13

sala 14

sala 15

sala 16

sala 25

sala 26

sala 27

sala 28

sala 29

sala 30

sala 31

sala 32

acesso lateral 2

cantina

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canteiro experimental

UNIDADE(M²) TOTAL (M²)

UNIDADE(M²) TOTAL (M²)

canteiro experimental 1.280

3- 1280

salas de aula

59,5

1.904

oficinas

256 (9)

4- 1500

praça coberta

576

576

setor de protótipo

270

270

biblioteca

350

350

centros acadêmicos 70 (2)

140

gráfica

270

270

núcleos de extensão 36 (4)

144

laboratórios

90 (12)

1.080

cantina/café

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de maquete

100

100

DUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUC

ESCALA 1:750

23


PLANTA - COTA 807 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

escritório temático 1

escritório temático 2

escritório temático 3

escritório temático 4

807

escritório temático 5

VAZIO

coord coord

escritório temático 9

escritório temático 10

escritório temático 11

escritório temático 6

escritório temático 7

escritório temático 8

VAZIO

escritório temático 13

escritório temático 14

escritório temático 15

VAZIO

escritórios professores

807

VAZIO

escritório temático 12

praça digital

escritório temático 16

T.I T.I T.I

coord

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804

UNIDADE (M²) TOTAL (M²) 217 (16)

3472

coordenações

37.5 (6)

225

praça digital

150

160

escritórios dos professores 450

450

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escritórios temáticos

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ESCALA 1:750

24


PLANTA - COTA 900

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VAZIO

900

corredor de guarda-volumes

UNIDADE (M²) TOTAL (M²) corredor de

2760

2760

guarda-volumes para estudantes

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PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUC

ESCALA 1:750

25

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PLANTA - COTA 903,2 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

A

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B

B'

A'

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ESCALA 1:750

26

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SETOR 1 - PLANTA - COTAS 802,8 E 804 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

803

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

803

804

804

804

802,8

802,8

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUC

DUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

802,8

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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804

ESCALA 1:500

27


SETOR 1 - PLANTA - COTA 807

804

807 VAZIO

VAZIO

807

VAZIO

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ESCALA 1:500

28


SETOR 1 - PLANTA - COTA 900

VAZIO

900

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PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUC

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ESCALA 1:500

29


SETOR 2- PLANTA - COTA 802,8 E 804 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

SETOR 2- PLANTA - COTA 807 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

804

802,8

802,8

VAZIO

807

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

804

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

804

VAZIO

DUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUC

ESCALA 1:500

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT 30

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT


CORTE LONGITUDINAL PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

ESCALA 1:750

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CORTE TRANSVERSAL AA’ PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

ESCALA 1:500

CORTE TRANSVERSAL BB’ PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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RODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

CORTES

ESCALA 1:500

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo : Cortez, 2010 DELIJAICOV, Alexandre. Projeto extensão universitária- Bolsa Aprender com Cultura e Extensão.São Paulo: USP, 2015. Disponível em uspdigital.usp.br/jupiterweb COHEN, Jean-Louis. O futuro da Arquitetura desde 1889. São Paulo: Cosac-naify, 2012 INSTITUTO DAS CIDADES. Projeto Político-Pedagógico. São Paulo: UNIFESP, 2015 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. ____________. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. ____________. Comunicação ou Extensão?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. D’Andrea, Tiarajú Pablo. A formação dos sujeitos periféricos: cultura e política na periferia de São Paulo. São Paulo, 2013 DUARTE, Hélio de Queiroz. Escolas-classe, escola-parque : uma experiencia educacional / Hélio de Queiroz Duarte; organização de André Takiya. São Paulo : FAUUSP, 2009. LIMA, Mayumi Watanabe de Souza. Arquitetura e educação. São Paulo: STUDIO NOBEL, 1995. HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2010. FERRO, Sérgio. Arquitetura e Trabalho Livre. organização e apresentação Pedro Fiori Arantes. São Paulo: Cosac-naify, 2006.

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