“As terras do Guadiana, banhadas em partilhado repasto pelo rio que lhes empresta o nome e sem preocupação com ventos ou casamentos, encerram quer de forma ostensiva nas planícies, quer de forma discreta nos vales encaixados, um património natural ímpar no continente europeu.
Na visão integrada dos valores que compõem este património, residem espécies e habitats prioritários, paisagens em jeito pristino e um vasto legado milenar deixado pela passagem sucessiva e permanente das diferentes civilizações que o atravessaram.
A sua diversa singularidade goza da resiliência dos seus habitantes, que o engenho e arte motivou a forma de manterem vivas tradições ancestrais e práticas culturais em equilíbrio.
A responsabilidade do Estado na preservação destes valores tem-se socorrido da ação concreta das forças vivas dos territórios para fazer chegar aos nossos dias os serviços que os ecossistemas fornecem, muito para além das suas próprias fronteiras.
É o reconhecimento deste papel central – de territórios e suas pop