Geografia Geral e do Brasil – 6.ª edição

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GERAL E DO BRASIL 6a edição

PAULO ROBERTO MORAES

Doutor e Mestre em Geografia Física pela Universidade de São Paulo Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e da Royal Geographical Society (Inglaterra).

Professor de cursos pré-vestibulares

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GEOGRAFIA

Editoração Eletrônica: Assistente Editorial: Fotografia da Capa: Impressão e Acabamento:

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

F937t

Freitas Neto, José Alves de Teias da História Geral e do Brasil / José Alves de Freitas Neto, Marcus Vinícius de Morais. - - 1. ed. - - São Paulo : HARBRA, 2023.

736 p. : il. ; 28 cm.

Inclui bibliografia.

ISBN 978-85-294-0566-7

1. História (Ensino médio) – Estudo e ensino. I. Morais, Marcus Vinícius de. II. Título.

22-80710

CDD: 909.0712 CDU: 94 (100)075.3)

Meri Gleice Rodrigues de Souza – Bibliotecária – CRB-7/6439

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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL – volume único – 6a edição Copyright © 2026 por editora HARBRA S.A. Rua Mauro, 400 – Vila da Saúde 04055-041 – São Paulo – SP Tel.: (011) 5084-2482 Site: www.harbra.com.br

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ISBN 978-85-294-0692-3

Impresso no Brasil

Printed in Brazil

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Julio E. Emöd Maria Pia Castiglia Mônica Roberta Suguiyama Mário Yoshida Stella Bellicanta Ribas Mônica Roberta Suguiyama Neusa Sayuri Shinya Julia Jussani da Silva

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Direção Geral: Supervisão Editorial: Edição de Arte e Capa: Cartografia e Iconografia:

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GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL acompanha, desde a sua primeira edição, as mudanças mais marcantes do mundo em que vivemos: sociais, econômicas, ambientais e culturais. Agora, nesta 6a edição, novos conteúdos foram introduzidos, dados atualizados, conceitos revistos, tudo visando o aprimoramento e a modernização da obra.

Os capítulos foram desenvolvidos com o apoio de quadros especiais e objetos digitais que tornam o aprendizado ainda mais agradável e permitem que o leitor interprete fenômenos naturais, socioeconômicos e culturais. Questões ao longo do texto principal estimulam o aluno à reflexão, relacionando informações representadas em diferentes formas.

Cada capítulo foi planejado de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e traz ferramentas para estimular reflexão, pesquisa e trabalho em equipe:  Seu ponto de vista! – perguntas à margem do texto para o aluno se posicionar sobre a vida, ética, relações sociais. (Competências gerais 4, 6 e 8.)  QR Code – links para conteúdos extras, dados atualizados e atividades práticas. (Competências gerais 2 e 5.)  Você na net! – perguntas ou atividades que devem ser desenvolvidas a partir de pesquisa na internet. (Competência geral 5.)  Agora, reúna sua equipe! – atividades ou discussões em grupo.

(Competências gerais 9 e 10.)  Anote! – dicas e observações importantes à margem do texto;  Glossário – explicação dos termos menos comuns.  Disseram a respeito... – excertos de periódicos, jornais e de obras de autores consagrados destacam a importância e a atualidade dos temas em estudo. Seguidos de uma ou mais questões, os textos deste quadro são mais uma oportunidade para estimular o aluno a refletir sobre temas abordados no capítulo.  É sempre bom saber mais! – destacados do corpo principal, os textos dessa seção aprofundam os temas estudados, podendo ser abordados ou não em sala de aula pelo professor.

AP

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APRESENTAÇÃO

Nossos objetivos continuam sendo integrar os conteúdos à vida real e a outras áreas do conhecimento, analisar criticamente questões ambientais, sociais e econômicas contemporâneas, desenvolver responsabilidade e consciência ambiental, além de ensinar Geografia de forma clara, moderna e conectada com o mundo.

A essência do nosso livro continua a mesma: ajudar você a entender o mundo e agir com responsabilidade para transformá-lo.

Um grande abraço,

AP

Prof. Dr. Paulo Roberto Moraes (in memoriam)

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 Questão socioambiental – textos relacionados com meio ambiente, sustentabilidade e ética e sociedade, sempre com perguntas ao final. (Competência geral 7.)  Estabelecendo conexões – textos relacionando o conteúdo do capítulo a outras ciências ou ao cotidiano. (Competência geral 1.)  Infográficos e diferentes tipos de imagens – mapas, gráficos, tabelas e fotografias permitem que o leitor interprete fenômenos naturais, socioeconômicos e culturais. (Competências gerais 3 e 4.)  A caminho do Enem – análise de imagens (alinhamento com a competência geral 3 da BNCC), questões de vestibulares e de processos seletivos.

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CAPÍTULO 1 – Cartografia: conhecimento e poder A produção cartográfica Cartografia e poder Representações cartográficas A leitura de um mapa Orientação Coordenadas geográficas Projeções cartográficas Escalas Escala numérica Como trabalhar com a escala numérica Escala gráfica Grafismos, linhas e cores Curvas de nível Tecnologia: geoprocessamento Sensoriamento remoto Satélites artificiais Aerofotogrametria Sistema de Posicionamento Global – GPS SIG ou GIS Fusos horários A caminho do Enem

A construção do espaço GEOGRÁFICO

CAPÍTULO 3 – Transformações nas sociedades contemporâneas: socialismo versus capitalismo O mundo dividido O sistema capitalista O capitalismo comercial A Revolução Industrial e o capitalismo industrial O capitalismo monopolista Trustes, cartéis e holdings A divisão do trabalho O agronegócio A crise do capitalismo O sistema socialista A bipolarização da Europa A caminho do Enem

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 2 – A formação de territórios e fronteiras A organização do espaço geográfico A cidade-estado Roma: o maior império da Antiguidade A Idade Média e a organização em feudos As grandes navegações Nação, Estado e território Divisão regional do espaço brasileiro A Revolução Industrial O turbulento século XX A caminho do Enem

FOTOS:O MAPOGRAF GUIA 2005 / DADOS CARTOGRÁFICOS © 2021 GOOGLE, MAPLINK./ GUTEKSK7/ SHUTTERSTOCK

AP

CAPÍTULO 5 – Povos e sociedades Uma só população e vários povos?

Dinâmica das populações Distribuição da população no planeta Conceitos demográficos População absoluta e população relativa Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de fecundidade e crescimento populacional Transição demográfica As diferenças no crescimento populacional Teorias demográficas Teoria de Malthus Teoria neomalthusiana Teoria reformista ou antimalthusiana Movimentos populacionais A caminho do Enem

População e ética SOCIOAMBIENTAL

A era dos serviços IDH mundial A caminho do Enem

CAPÍTULO 7 – Dinâmicas da população brasileira Crescimento da população Crescimento natural Esperança de vida Mortalidade infantil Diminuição da taxa de fecundidade Deslocamentos populacionais no Brasil Movimentos imigratórios A imigração para a Região Sul A imigração para a Região Sudeste A imigração italiana A imigração japonesa A imigração portuguesa

CAPÍTULO 6 – População: dinâmicas, igualdades e desigualdades Estrutura etária Seguridade social A parcela jovem da população Estrutura econômica da população População Economicamente Ativa O impacto da covid-19 na modalidade de trabalho home office

WORAWIT_J/SHUTTERSTOCK

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unidade

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O intricado Sudeste Asiático A Guerra da Coreia (1950-1953) A Guerra do Vietnã (1960-1975) A crise dos mísseis A descolonização da África e da Ásia durante a Guerra Fria O colapso do socialismo e o fim da Guerra Fria A nova organização mundial A caminho do Enem

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CAPÍTULO 4 – A Guerra Fria e as relações de poder O cenário mundial pós-1945 O Plano Marshall O auge da competição As alianças militares: Otan e o Pacto de Varsóvia A separação física e ideológica: o muro de Berlim

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CAPÍTULO 8 – Geografia da Saúde O avanço das doenças no mundo A devastação das florestas tropicais e as doenças Brasil – quadro atual do saneamento ambiental

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unidade

CAPÍTULO 9 – Urbanização e problemas ambientais A urbanização moderna A urbanização nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos Rede urbana e a hierarquia das cidades As cidades na era da globalização Metropolização e conurbação As megalópoles As metrópoles nacionais e regionais A rurbanização ou a urbanização do campo

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A herança africana 1930 – uma nova realidade Imigração atual em função de questões políticas e de guerras Movimentos inter-regionais As principais migrações do século XX Nordeste-Sudeste A ocupação e a expansão das fronteiras agrícolas do Centro-Oeste e Norte Como somos? A estrutura da população População Economicamente Ativa (PEA) Desigualdade de gênero, de etnias e de minorias A participação feminina no mercado de trabalho A inserção desigual dos afrodescendentes Indígenas O trabalho infantojuvenil A caminho do Enem

CORONA BOREALIS STUDIO/SHUTTERSTOCK

O atendimento à saúde Saúde digital Assistência médica-odontológica supletiva Emergência e reemergência de doenças no Brasil Covid-19 Malária Aids Dengue, zika e chikungunya Febre amarela A caminho do Enem

Espaç URBANO e RURAL

As cidades globais e as megacidades As cidades tecnopolos As cidades-dormitórios A vida nas grandes cidades brasileiras Os problemas sociais A violência A questão das moradias Transporte público e congestionamento Os problemas ambientais Consumo, desperdício e meio ambiente A questão do lixo Poluição das águas

Capítulo 12 – O mundo rural em transformação Campo e cidade: relações e contrastes A terra como recurso econômico A agropecuária intensiva Estruturas de propriedade: patronal × familiar As agroindústrias, a concentração de terras e o mercado internacional Agropecuária para exportação Protecionismo O Brasil e a OMC Transgênicos: polêmica e inovação A agropecuária extensiva A realidade do mundo agrário pobre O uso de agrotóxicos e seus impactos A Ásia agrícola e seus “jardins” Plantations A realidade rural brasileira Transformações do espaço agrário brasileiro A pecuária brasileira Muitas terras, poucos donos O Estatuto da Terra Reforma agrária: debates e desafios Quem são os produtores rurais?

O campo do século XXI A caminho do Enem

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CAPÍTULO 10 – Indústria Um processo construído ao longo do tempo A indústria modificando o espaço Da Primeira à Terceira Revolução Industrial Modelos industriais Taylorismo Fordismo Toyotismo A Revolução Técnico-Científica-Informacional Indústria 4.0 (século XXI) Indústrias transnacionais As áreas industriais do mundo Estados Unidos da América Manufacturing Belt Sun Belt Japão União Europeia China Tigres Asiáticos e Novos Tigres Rússia Índia Brasil – um país industrializado Quase um século de atividade industrial O modelo manufatureiro exportador O Plano Real A distribuição espacial da indústria brasileira Novos desafios A caminho do Enem

Biocombustíveis Proálcool – um programa brasileiro A caminho do Enem

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Capítulo 11 – Fontes de energia As fontes de energia ao longo da história da humanidade O consumo de energia no planeta Energia: um recurso estratégico Fontes não renováveis de energia O império dos combustíveis fósseis Energia nuclear: solução ou problema?

Fontes renováveis de energia A força das hidrelétricas Fontes alternativas: novos caminhos sustentáveis

BYDRONEVIDEOS/SHUTTERSTOCK

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Enchentes Poluição do ar Inversão térmica Ilhas de calor A caminho do Enem

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Capítulo 14 – A globalização O mundo globalizado A lógica espacial da globalização Inclusão e exclusão no processo global Os blocos econômicos União Europeia

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unidade

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Capítulo 13 – O século XXI e a era da tecnologia O mundo em movimento constante As redes materiais e imateriais O comercio internacional O protecionismo e suas barreiras O comércio nos países pobres Redes de transportes e telecomunicações Transporte ferroviário Transporte rodoviário Transporte marítimo Transporte aéreo Transporte fluvial Transporte por dutos e tubulações As telecomunicações e a sociedade da informação O sistema financeiro global Crises financeiras no mundo A explosão do setor de serviços Turismo Turismo no Brasil A caminho do Enem

Capítulo 15 – Terra e Universo A origem do Universo Nosso lugar no Universo Terra – de centro do Universo a um ponto perdido na galáxia A Terra e a Lua As fases da Lua Eclipses O planeta desvendado

AUN PHOTOGRAPHER/SHUTTERSTOCK

Nafta Apec Asean Mercosul BRICS Regulando a economia mundial O acordo de Bretton Woods FMI – Fundo Monetário Internacional Banco Mundial OMC – Organização Mundial do Comércio O Grupo dos Oito (G-8) O Grupo dos Vinte (G-20) Geopolítica ambiental e a nova ordem mundial O despertar da consciência ambiental Tratado de Kyoto O impasse na sustentabilidade A caminho do Enem

A Terra,, n so PLANETA VIVO

Os movimentos da Terra Rotação Translação A caminho do Enem Capítulo 16 – A evolução geológica da Terra O tempo geológico O início

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Capítulo 18 – Solos O que é solo?

Origem e formação dos solos Tipos de solo Quanto à origem Quanto à formação Solos férteis A degradação dos solos Arenização (desertificação ecológica) que afeta o Rio Grande do Sul Técnicas de conservação dos solos A caminho do Enem

GAL_ROTEM/SHUTTERSTOCK

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Estrutura interna do planeta As camadas da Terra Litosfera e dinâmicas internas A teoria da deriva continental Novas descobertas levam a uma nova teoria A teoria da tectônica de placas Consequências do tectonismo Vulcanismo Terremotos Rochas e minerais da litosfera Ciclo das rochas Arcabouço geológico e recursos minerais Recursos minerais O subsolo brasileiro e suas riquezas Principais áreas produtoras de minérios no Brasil A caminho do Enem Capítulo 17 – O relevo da Terra O relevo e a ocupação humana A formação do relevo terrestre Forças endógenas Forças exógenas A influência do arcabouço geológico nas formas de relevo As características e formas da superfície brasileira Principais formas do relevo brasileiro Classificações do relevo brasileiro

Capítulo 19 – O planeta água Água: elemento essencial à vida Distribuição da água no planeta Terra Origem da água O ciclo hidrológico As águas oceânicas As águas se movimentam O litoral brasileiro A importância dos oceanos Poluição e degradação marinhas Águas continentais Águas subterrâneas Rios e lagos Recursos hídricos no Brasil As grandes bacias hidrográficas brasileiras A poluição nos rios brasileiros Gestão da água e conflitos futuros Inovações tecnológicas A caminho do Enem Capítulo 20 – Clima A diferença entre clima e tempo Mudanças climáticas A atmosfera terrestre As camadas da atmosfera O aquecimento terrestre

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Relevo submarino Primeiro patamar – margem continental Segundo patamar – bacias oceânicas, fossas e cordilheiras marinhas As formas do litoral A caminho do Enem

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Brasil – um país megadiverso Fitogeografia brasileira Floresta equatorial (Floresta Amazônica) Floresta tropical (Mata Atlântica) Floresta subtropical (Mata de Araucárias ou dos Pinhais) Cerrado Mata dos Cocais – floresta de transição Pantanal Caatinga Campos Vegetação litorânea O desmatamento brasileiro Unidades de Conservação O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) Domínios morfoclimáticos do Brasil Domínio Amazônico Domínio do Cerrado Domínio da Caatinga Domínio de Mares de Morros Domínio das Araucárias Domínio das Pradarias A caminho do Enem

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Capítulo 21 – Biogeografia Estudos biogeográficos e biomas Principais biomas do planeta Tundra Taiga (floresta boreal) Floresta temperada decídua Pradaria e estepe Floresta tropical Savana Deserto Vegetação mediterrânea Vegetação de alta montanha Biodiversidade e biopirataria Biomas saqueados A devastação vegetal Consequências do desmatamento

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Fatores climáticos Fatores astronômicos Fatores geográficos Fatores meteorológicos (sistemas atmosféricos) As chuvas e suas classificações Fenômenos extremos: tufões e furacões Mudanças atmosféricas naturais El Niño e La Niña Efeito estufa Aquecimento global Clima no mundo Brasil – um país tropical Posição geográfica e latitude Configuração do território Sistemas atmosféricos Tipos de clima do Brasil A caminho do Enem

Capítulo 22 – Conflitos e tensões Principais focos de tensão mundial O crime organizado como um problema planetário A caminho do Enem GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS

HENK BOGAARD/SHUTTERSTOCK

Conflit e desafi do MUNDO ATUAL

MAPA-MÚNDI – POLÍTICO

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MAPA-MÚNDI POLÍTICO

Groenlândia (Dinamarca)

Círculo Polar Ártico

Alasca (EUA)

ISLÂNDIA

CANADÁ

ESTADOS UNIDOS

OCEANO ATLÂNTICO

TUN MARROCOS ARGÉLIA

Trópico de Câncer

MÉXICO

OCEANO PACÍFICO

Equador

VENEZUELA

COLÔMBIA

EQUADOR

MAURITÂNIA MALI NÍGER SENEGAL BURKINA GÂMBIA FASO NIGÉRIA GUINÉ BISSAU GUIANA GUINÉ SURINAME SERRA LEOA A Guiana Francesa CAMARÕES LIBÉRIA (FRA) COSTA DO GABÃ MARFIM GUINÉ CONG EQUATORIAL BRASIL

PERU

GANA TOGO BENIN

BELIZE GUATEMALA HONDURAS EL SALVADOR NICARÁGUA COSTA RICA PANAMÁ

OCEANO ATLÂNTICO

ANG

BOLÍVIA

ESTADOS UNIDOS

CHILE

BAHAMAS

Havana

Ilhas Turks e Caicos (RU)

CUBA

Ilhas Cayman (RU)

G

A

D

Porto Príncipe

Kingston

E

SÃO CRISTÓVÃO E NEVIS

ARGENTINA

P

E

Q

HONDURAS

AP

ANTÍGUA E BARBUDA St. Johns Basseterre Guadalupe Montserrat (RU) S A S (FR) ILH T DOMINICA S A N T Martinica AN Roseau I L H A (FR) AS SANTA LÚCIA N E Castries BARBADOS U MAR DAS ANTILHAS Bridgetown Antilhas (MAR DO CARIBE) SÃO VICENTE E Holandesas GRANADINAS Kingstown Aruba (PB) (PB) St. George’s GRANADA

JAMAICA

N

Ilhas Virgens Britânicas Anguilla (RU)

REPÚBLICA Porto Rico DOMINICANA (EUA) San Juan Santo Domingo

HAITI

URUGUAI

Ilhas Virgens Americanas

Meridiano de Greenwich

Nassau

PARAGUAI

Trópico de Câncer

R

NAMÍB

Trópico de Capricórnio

OCEANO ATLÂNTICO

NICARÁGUA

Círculo Polar Antártico

Port of Spain

COSTA RICA

PANAMÁ

AMÉRICA DO SUL

0

ESCALA 365 km

TRINIDAD E TOBAGO

730

A N T Á R T I D A

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R Ú S S I A

CAZAQUISTÃO

MONGÓLIA USBEQUISTÃO GEÓRGIA COREIA QUIRGUISTÃO ARMÊNIA AZERBAIJÃO DO NORTE TURQUIA TURCOMENISTÃO TAJIQUISTÃO JAPÃO C H I N A COREIA NÍSIA LÍBANO SÍRIA DO SUL IRÃ AFEGANISTÃO ISRAEL IRAQUE NEPAL BUTÃO KUWAIT JORDÂNIA PAQUISTÃO LÍBIA E. A. TAIWAN EGITO BANGLADESH ARÁBIA SAUDITA UNIDOS MYANMAR ÍNDIA ERITREIA LAOS OMÃ R SUDÃO TAILÂNDIA VIETNÃ CHADE IÊMEN FILIPINAS CAMBOJA A REP. DJIBUTI BRUNEI CENTRO SUDÃO ETIÓPIA AFRICANA DO SUL SRI LANKA SOMÁLIA S MALÁSIA UGANDA REP. QUÊNIA ÃO DEM. SINGAPURA RUANDA GO CONGO I N D O N É S I A BURUNDI TANZÂNIA OCEANO MALAWI GOLA ÍNDICO ZÂMBIA MOÇAMBIQUE

BIA

ZIMBÁBUE

MADAGASCAR

BOTSUANA

LESOTO

ESCALA 615

0

PAPUA NOVA GUINÉ

AUSTRÁLIA

SUAZILÂNDIA

km

NOVA ZELÂNDIA

1 230

FINLÂNDIA

NORUEGA

SUÉCIA

ESTÔNIA

AP

ÁFRICA DO SUL

OCEANO PACÍFICO

LETÔNIA

DINAMARCA

IRLANDA

REINO UNIDO

PAÍSES BAIXOS

LUXEMBURGO SUÍÇA FRANÇA

AL G TU

UCRÂNIA

MOLDOVA HUNGRIA ESLOVÊNIA ROMÊNIA SÉRVIA CROÁCIA BÓSNIA E HERZEGOVINA ITÁLIA MONTENEGRO KOSOVOBULGÁRIA ÁUSTRIA

MACEDÔNIA GRÉCIA

PO

R

REPÚBLICA TCHECA ESLOVÁQUIA

ESCALA 1 225 km

POLÔNIA

ALBÂNIA ESPANHA

0

BELARUS

ALEMANHA

BÉLGICA

A

LITUÂNIA

CHIPRE

2 450

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Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

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andreY arMYagoV/sHUtterstocK

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AP

unidade

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A construção do espaço

GEOGRÁFICO

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capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder 15

Cartografia: conhecimento e poder

AP

Em um passado não muito distante, uma das formas de traçar uma rota pelas cidades era por meio de mapas impressos, ainda à venda no mercado.

Agora, em pontos de maior movimentação de pessoas, principalmente nas grandes metrópoles, existem painéis com o mapa dos arredores a fim de facilitar a localização e a movimentação daqueles que por ali passam.

Com o desenvolvimento da Seu ponto de vista! tecnologia, os mapas digitais, que fazem uso de sistemas de posicioNem sempre as redes de internet funcionamento por satélites, estão disnam adequadamente. Em sua opinião, há loponíveis por aplicativos em nossos cais em sua cidade ou em seu bairro em que celulares. Uma mudança e tanto na seria útil ter painéis com mapas dos arredores? forma como nos localizamos!

Onde você os disporia? fotos:o Mapograf gUia 2005 /dados cartográficos © 2021 google, MaplinK./ gUteKsK7/sHUtterstocK

A produção cartográfica

As técnicas de confecção e leitura de mapas e correlatos são o objeto de estudo da cartografia (do grego, chartis = gráfico + grapheín = escrita), área de conhecimento que exerce um papel importante na Geografia, pois oferece ferramentas fundamentais para o estudo do espaço, das regiões, dos territórios e das paisagens.

O processo de produção cartográfica envolve coleta de dados, estudo, análise, composição e representação de fatos, de fenômenos e de elementos pertinentes a diversas áreas de estudo associadas à superfície terrestre.

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Capítulo

capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

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O avanço das tecnologias – sensoriamento remoto, radares, fotos aéreas etc. – permite que os mapas fiquem cada vez mais precisos, trazendo uma nova dimensão à cartografia.

Mapas e outras representações cartográficas são recursos de grande valia para o estudo do espaço geográfico.

Fonte: Harvard Museum of the ancient near east, cambridge, eUa.

os primeiros mapas conhecidos eram bastante rudimentares. com o passar do tempo, eles sofreram grandes e impressionantes mudanças. o mais antigo mapa conhecido é o de ga-sur. ele foi confeccionado em uma pequena placa de argila (acima) há mais de 4.500 anos no atual iraque, antiga Mesopotâmia. ao lado da foto, interpretação do que representaria o mapa.

PARA CASA

PARA CASA

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Leia os QR Code abaixo e conheça o objeto de estudo da Geografia e as principais escolas geográficas.

É sempre bom saber mais!

Conceitos fundamentais

Para o adequado estudo referente ao espaço geográfico, é importante destacar o significado dos seguintes conceitos:

• PAISAGEM – segundo o geógrafo francês G. Bertrand, paisagem não é a simples adição de elementos geográficos desiguais. É, em determinada porção do espaço, o resultado da combinação dinâmica, de elementos físicos, biológicos e antrópicos que antrópico: relativo ou pertencente ao interagem fazenser humano ou à sua d o

AP

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Geografia

permanência na Terra e suas ações

da paisagem um conjunto único em constante evolução.

• LUGAR – uma parte do espaço vivenciado por seres humanos, que estabelecem para com ele relações de identidade. Pode ser um bairro, uma comunidade, um povoado ou uma aldeia, por exemplo.

• TERRITÓRIO – conceito relacionado à política. Corresponde a uma porção do espaço definida pelas relações de poder, ou seja, trata-se de uma área delimitada por fronteiras e que está sujeita a um poder político.

• REGIÃO – porção do espaço que constitui um conjunto relativamente homogêneo quanto a determinados aspectos selecionados da realidade.

triff/sHUtterstocK

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Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

Disseram a respeito...

Ganhador em 1994 do Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud, a maior distinção nesse campo científico, Milton Santos traduz de maneira bem didática a diferença entre os grupos quando utiliza como exemplo uma tragédia que a possível utilização da bomba de nêutrons poderia provocar. Essa bomba seria capaz de aniquilar toda a vida humana em uma dada área, mas mantendo as construções. Se essa bomba fosse utilizada, teríamos antes o espaço e após a explosão somente a paisagem.

iMageM cedida do acerVo da faMÍla santos

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O Prof. Dr. Milton Santos (1926-2001), nascido em Brotas de Macaúbas, na Bahia, é considerado um dos maiores geógrafos do seu tempo. Professor Honoris Causa por diversas universidades, foi autor de mais de 40 livros. Lecionou em várias universidades no exterior e no Brasil como, por exemplo, nas Universidades de São Paulo, Estadual de Campinas (Unicamp), Sorbonne, na França, Toronto, no Canadá, e Dar es Salaam, na Tanzânia.

Fonte: santos, M. Natureza do Espaço. são paulo: Hucitec, 2002. adaptado.

ã Além do exemplo da bomba de nêutrons, a distinção feita por Milton Santos entre espaço geográfico e paisagem também pode ser pensada em termos de uma analogia (semelhança) com a diferença entre uma foto e um filme.

Nesse caso, o espaço geográfico se aproximaria mais da foto ou do vídeo? E a paisagem? Pesquise a respeito e apresente suas conclusões.

Cartografia e poder

AP

As informações sobre o espaço geográfico, aliadas a outros conhecimentos, são fortes ferramentas de poder, muitas vezes restritas a um grupo ou a pequenos grupos de pessoas, que as utilizam segundo seus interesses e necessidades.

Ao longo da História verificamos inúmeras vezes a íntima relação entre cartografia e poder: das conquistas do Império Romano às Grandes Navegações, das grandes Guerras Mundiais às guerras do século XXI, conhecimentos cartográficos sempre estiveram presentes. A precisão nas informações de determinadas áreas permite o desenvolvimento de estratégias militares e políticas.

Apesar de todas as inovações tecnológicas aplicadas à cartografia, vale destacar que não existe uma representação perfeita, que traduza fielmente o real. Toda representação em duas dimensões apresenta problemas técnicos como, por exemplo, distorção da área cartografada.

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A visão de Milton Santos

triff/sHUtterstocK

capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

BRASIL POLÍTICO GGB 2ED. P.10

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CE PI

PE

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AL SE

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BA DF

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allMaps/acerVo da editora

BiBlioteca digital de Mapas da UniVersidade de são paUlo

AP

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OCEANO PACÍFICO

SP

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PR

SC

RS

0

Mapa elaborado por cornelis claesz, Jodocus Hondius, gerardus Mercator e petrrus Montanus, em 1606. gravação em metal, aquarelada, 37,5 × 50,5 cm.

Disponível em: <http://www.mapashistoricos.usp.br/index.php?option=com_jumi& fileid=14&itemid=99&idMapa=568&lang=br>. Acesso em: 3 fev. 2025.

ESCALA 700

OCEANO ATLÂNTICO

1 400

km

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 92. adaptado.

 compare os mapas, prestando atenção ao traçado da costa brasileira. o que você pode concluir?

Representações cartográficas Podemos dizer que, nos dias atuais, existem dois tipos de representações cartográficas: por imagem e por desenho (traço).

As mais modernas imagens cartográficas são as obtidas por sensores colocados em aeronaves, espaçonaves e satélites artificiais.

Os sensores captam e registram a radiação eletromagnética refletida ou emitida pela superfície terrestre.

As representações desenhadas (por traços) podem ser de vários tipos, como globos, mapas, cartas e plantas.

as imagens obtidas a partir de satélites artificiais deram uma nova dimensão às representações cartográficas. na imagem abaixo, à direita, região de angra dos reis fotografada pelo satélite cBers-2B e, à esquerda, representação cartográfica dessa região por traço, na forma de mapa.

NA AI

Cunha

Angra dos Reis

AP

SP 171

PQ. NACIONA L SE RR A

DA

BO C

SP

BR 101

Ilha Grande

Parati

BR 101

Parque Nacional Serra da Bacaina principais rodovias

Ubatuba

limite interestadual

Fonte: Mapa rodoviário estadual. adaptação.

Disponível em: <http://www.der.rj.gov.br/documentos/mapas/ Mapa%20do%20rio%20de%20Janeiro.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2025.

Fonte: instituto nacional de pesquisas espaciais (inpe).

 compare a imagem de satélite com o mapa e verifique a localização de cada um dos locais representados.

cBers/inpe

IMAGEM DE SATÉLITE DO LITORAL DO RIO DE JANEIRO

LITORAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RJ stella riBas/allMaps/acerVo da editora

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BRASIL – POLÍTICO

20

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

Estabelecendo conexões Estudando os mapas antigos

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

AP

BiBlioteca digital de Mapas da UniVersidade de são paUlo

Além de serem importantes ferramentas para a análise geográfica, os mapas também oferecem possibilidades para os historiadores que buscam entender a visão de mundo das sociedades do passado. Isso acontece porque qualquer mapa só pode ser interpretado dentro do contexto em que foi criado: uma representação cartográfica sempre carregará traços das técnicas, dos valores e das formas de pensar o espaço da sociedade que a produziu.

O campo que combina conhecimentos de História e de Geografia para interpretar os mapas antigos como documentos históricos é chamado de Cartografia Histórica. Os especialistas nesse assunto procuram compreender o contexto dos cartógrafos que produziram determinada representação.

Quem foram os autores do mapa? Quais outros mapas eles fizeram? Quem financiou a confecção desse mapa em particular? A que uso ele seria destinado? Quais foram as técnicas de representação e de impressão utilizadas? O mapa pertence a uma tradição cartográfica? Quais são suas inovações? Quais áreas recebem destaque no mapa? Quais foram mapeadas em mais detalhes e com mais precisão? Essas são apenas algumas das perguntas que interessam para o estudo de um mapa enquanto documento histórico.

Há várias técnicas que podem ser utilizadas pelo cartógrafo histórico para realizar o estudo de um mapa antigo. É comum a comparação com outros mapas que representem o mesmo espaço, mas feitos em épocas diferentes, por cartógrafos diferentes, em escalas di-

Mapa do século Vii a.c., elaborado pelo filósofo grego anaximandro. o Mar Mediterrâneo, onde os gregos mantinham intensas atividades comerciais e implantavam colônias, é representado no centro do mundo e tem seus contornos precisamente definidos. nota-se que um grande oceano cerca as terras conhecidas dos dois continentes representados: “ásia” (norte da áfrica e oriente Médio) e “europa” (europa Mediterrânea).

ferentes ou com objetivos diferentes. É possível utilizar modernos programas de computador para diferenciar esses mapas no que se refere ao traçado de rios e estradas e das localidades e dos acidentes geográficos que são representados. Outros elementos também costumam ser de grande importância na análise dos mapas do passado, como os desenhos e ícones que aparecem ao redor ou dentro do mapa.

Até a caligrafia, as técnicas do desenho ou a escolha da área enquadrada podem ajudar a revelar um processo de construção do conhecimento do espaço geográfico.

Mapa Brasil. Xilogravura de g. gastaldi, color.

29,8 x 39,2 cm, 1556, aquarelada à mão. (in: raMUsio, g. B. Delle navigationi et viaggi. república de Veneza: nella stamperia de giunti, 1565. p. 427-428.)

o destaque do mapa são as representações de indígenas retirando madeiras e as embarcações navegando em direção ao litoral brasileiro. trata-se de uma referência à exploração de pau-brasil, primeira atividade econômica implantada após a chegada dos europeus.

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BiBlioteca nacional da frança

História e Geografia

capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

21

É sempre bom saber mais!

MAPA-MUNDI POLÍTICO

Segundo o IBGE, stella riBas/allMaps/acerVo da editora

GGB P.187 MAPA-MÚNDI – 2ED. POLÍTICO

OCEANO GLACIAL ÁRTICO Círculo Polar Ártico

Trópico de Câncer

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO PACÍFICO

Equador

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ÍNDICO

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

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• mapa é a representação no plano de grandes espaços geográficos, como uma cidade, um país ou continente. Os mapas podem apresentar diversas informações geográficas, como aspectos naturais e culturais da área representada;

Trópico de Capricórnio

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

Círculo Polar Antártico

0

ESCALA 2 700

5 400

km

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 38. adaptado.

gl

fc

• globo é a representação cartográfica, sobre uma superfície esférica, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa. Ele é considerado a representação mais fidedigna da Terra, pois sua forma é próxima à do planeta;

globo terrestre.

• carta é a representação no plano de uma área geográfica em escala média ou grande. A carta geográfica, pelo fato de abranger um espaço geográfico menor que o do mapa, consegue passar informações mais detalhadas desse espaço;

• planta – as plantas cartográficas abrangem uma área menor que as cartas geográficas, como algumas ruas de uma cidade ou mesmo um quarteirão, por exemplo.

Nas plantas é possível representar as particularidades de um sítio, uma praça ou um loteamento residencial;

Ret. da Faz. São João

Cpa. de S. José dos Operários Esc. Nilson Batista Ribas

R. Ns. do Rócio

CORNÉLIO PROCÓPIO Subest (COPEL)

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 30. adaptado.

Armazéns do IBC x N. S. Aparecida

359

Sít.

São José

Jardim Progresso

Parque Industrial

Torre (TV) 600

Escala 1: 50.000 Bosque Manuel

Júlio de Almeida

x 597 Esc. Osvaldo

Escala 1: 5.000

Av. Pa ra

R.

R. Rocha Pombo

Faz. São João

RN 1587 N 657

ná

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Frig. Esperança Esperanç (FRIESP)

R. Minas Gerais

Av. P ara

R. Em ília G

369

o Av. São Paul

Est. de trat.

Disp. Ind.

R. Alagoas

Igr. de N. S. do Perpétuo Socorro Pref.

Câmera Municipal

mbo

Faz. São João

Jardim Pérola Pérola

R. Co lo

Cpa. de São Miguel

Estação Ferroviária

RN 1587 P 679 Igr. Matriz do Cristo Rei Posto de Saúde Esc. André Sengling Estádio TELEPAR Colégio Barão do Rio Branco Corpo de Bombeiros RN 1587 R 587 Coop. do Distrito Samtário cafeicultores

Panorama Jardim Panoram

x 639

R. Piauí

Cem.

Fac. de Filosófia

Estação Ferroviária

R. Paraíba

x 665 Estádio Esc. Dr. Gentil da Rocha Loures

Torre (rádio)

Jardim Panorama

Estâ. Nóbrega Tiro de Guerra

e No vemb ro

Vila Moreira

Congr. Cristã no Brasil Colégio Cristo Rei

Assostação dos Servidores Epo. Esc. Vandet de Almeida Almeid

Igr. de S. Francisco de Assis

nze d

Monumento do Cristo Rei

Faz. Cristo Rei

Av. Q ui

AP

Seminário Rainha da Paz

Rancho Lica

Rio Mac uquin ho

allMaps/acerVo da editora

S. Antônio

Chac. Santo An†ônio Torre (rádio)

allMaps/acerVo da editora

PLANTA – CORNÉLIO PROCÓPIO (MG)

CARTA – CORNÉLIO PROCÓPIO (MG)

22

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO MUNDIAL EM 2050

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

em uma anamorfose, os países são representados com tamanhos proporcionais aos dados que estão sendo analisados. no mapa ao lado, por exemplo, os países mais populosos são aqueles que aparecem com tamanho maior.

Fonte: dorling, d.; neWMan, M.; Barford, a. The Atlas of the Real World – Mapping the way we live. london: thames & Hudson, 2008. adaptado.

A leitura de um mapa

Decodificar e interpretar um mapa, ou simplesmente lê-lo, como se diz popularmente, requer noções básicas de alguns conceitos cartográficos. Esses são muitas vezes deixados de lado pelo usuário, comprometendo a interpretação do mapa. Vejamos agora os conceitos fundamentais para realizarmos de forma correta a leitura de um mapa.

rosa dos ventos

Orientação

NNO NO

O

AP

stella riBas/acerVo da editora

ONO

N

O ser humano, ao longo de sua história, foi descobrindo e ocupando áreas cada vez mais extensas da superfície terrestre. Inicialmente, os acidentes geográficos eram os principais eleNNE mentos utilizados como referência para a localização e orientação espacial. Porém, com o aumento da área NE conhecida do planeta, a utilização desses pontos tornou-se insuficiente. Isso levou à criação de LNE uma série de noções espaciais para orientar e localizar qualquer ponto na superfície do globo. Esses pontos de orientação, ao todo 32, são L conhecidos como pontos cardeais, colaterais, subcolaterais e intermediários.

OSO

LSE

SO

SE SSO S

SSE

na metade do arco entre dois pontos cardeais subsequentes são estabelecidos os pontos colaterais.

Pontos cardeais norte (n) sul (s) leste (l) oeste (o)

Pontos subcolaterais norte-nordeste (nne) norte-noroeste (nno) leste-nordeste (lne)

Pontos intermediários

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• anamorfose – palavra de origem grega (an + morphé) que significa sem forma ou deformada. Corresponde a uma representação cartográfica que apresenta territórios com áreas e formas modificadas para destacar determinados dados quantitativos.

Pontos colaterais noroeste (no) nordeste (ne) sudoeste (so) sudeste (se) leste-sudeste (lse) sul-sudeste (sse) sul-sudoeste (sso)

oeste-sudoeste (oso) oeste-noroeste (ono)

sem notação específica, em um total de dezesseis pontos, são representados da seguinte maneira: ponto intermediário entre s e sso, por exemplo.

capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

23

Coordenadas geográficas

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

plano equatorial

• Equador – é uma linha imaginária (círculo máximo) que surge da intersecção entre a superfície da Terra e o plano equatorial, dividindo o globo terrestre em dois hemisférios: norte (também chamado boreal ou setentrional) e sul (também chamado austral ou meridional).

• Latitude – é a distância, medida em graus, entre um ponto qualquer da superfície terrestre e a linha imaginária do Equador. Varia de 0° a 90°, nas direções norte ou sul sul.

66°32’33” N

45°

Círculo Polar Ártico

23°27’30” N 0°

60° 75° 90°

Polo Norte

30°

15°

0°

15°

23°27’30” S

Trópico de Câncer

30°

Equador

66°32’33” S

Trópico de Capricórnio

45°

60°

75°

Equador

grasiele faVatto/acerVo da editora

• Paralelos – são circunferências imaginárias, paralelas à linha do equador (círculo máximo), que surgem da intersecção de seus planos com a superfície da Terra.

Equador

90°

Círculo Polar Antártico

Polo Sul

zonas glaciais zonas temperadas zona intertropical

AP

• Meridianos – são semicircunferências imaginárias na superfície da Terra, cujos extremos coincidem com os polos Norte e Sul. O meridiano inicial corresponde ao meridiano de Greenwich.

Polo Norte

• Longitude – é a distância, também medida em graus, entre um ponto qualquer da superfície terrestre e o meridiano inicial, ou seja, o de Greenwich. A longitude varia de 0° a 180°, tanto na direção leste como na direção oeste.

180° 160° 120° 80°

40°

0°

40°

80° 120° 160° 180°

180° 160° 120° 80°

40°

0°

40°

80° 120° 160° 180°

grasiele faVatto/acerVo da editora

grasiele faVatto/acerVo da editora

plano meridiano

Polo Sul

meridiano

grasiele faVatto/acerVo da editora

eixo imaginário

• Plano equatorial – é um plano perpendicular ao eixo imaginário da Terra, equidistante dos polos Norte e Sul, cujo traçado passa pelo centro da esfera. Seu nome vem do latim equales, que significa iguais, pois corta a Terra em duas partes iguais.

grasiele faVatto/acerVo da editora

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Para melhor localizar um ponto qualquer na superfície da Terra, foi criado um sistema de coordenadas, estruturado por meio da combinação de linhas imaginárias traçadas sobre a superfície terrestre.

Esse sistema de coordenadas geográficas é um importante instrumento para a elaboração e interpretação de globos e mapas.

Entre linhas e planos imaginários mais relevantes, destacam-se:

24

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

É sempre bom saber mais!

Meridiano de Greenwich

Projeções cartográficas

fície de projeção, são a cilíndrica, a cônica e a plana.

• Projeção cilíndrica – é produzida a partir da projeção dos paralelos e meridianos geográficos em um cilindro que tangencia a Terra, como você pode observar na figura abaixo. Trata-se da projeção mais utilizada para produção de mapas-múndi e cartas de navegação. stella riBas/acerVo da editora

Com o objetivo de tornar possível a representação da superfície terrestre (que é esférica) em um mapa ou outra representação cartográfica plana, foram criadas diversas projeções cartográficas.

Não existe só uma projeção. Na realidade, existem vários tipos de projeção, cada um atendendo a uma necessidade cartográfica. As três projeções mais utilizadas, quanto à super-

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 26. adaptado.

paralelos geográficos são projetados em um cone tangente à superfície da Terra. É mais utilizada para a representação de áreas pertencentes à zona temperada.

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 26. adaptado.

stella riBas/acerVo da editora

AP

• Projeção cônica – assemelha-se à cilíndrica, porém no lugar de um cilindro envolvendo a Terra temos um cone, conforme podemos observar na ilustração a seguir. Meridianos e

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distrito urbano a leste de Londres. Construído em 1794, por ordem de Carlos II, o Observatório Astronômico Real precisou ser transferido, em 1946, para outra localidade, devido à grande quantidade de poluição existente na área, o que muito dificultava a realização dos trabalhos.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

O meridiano de Greenwich tornou-se aceito como meridiano principal, ou meridiano de referência, a partir de um acordo internacional firmado em Washington, em 1884, sobre a hora a ser adotada em todo o mundo. Esse meridiano foi escolhido por passar pelo Observatório Astronômico Real, em Greenwich, um

capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

stella riBas/acerVo da editora

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É muito utilizada em análises geopolíticas e para a navegação aérea.

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 26. adaptado.

Independentemente da projeção que utilizarmos, sempre haverá alguma distorção, pois, como vimos, estamos representando em duas dimensões corpos que são tridimensionais. Podemos classificar as projeções segundo as deformações que minimizam: a projeção conforme (cilíndrica) mantém os mesmos ângulos,

a projeção equivalente (cônica) minimiza a deformação das áreas, e a projeção equidistante (plana) conserva as distâncias. As projeções que não minimizam nenhuma das três deformações em particular são chamadas de afiláticas. Nenhuma, no entanto, consegue eliminar totalmente o problema da deformação.

É sempre bom saber mais!

As projeções cilíndricas de Mercator e Peters

Vamos observar os dois mapas a seguir.

Por que são diferentes?

PROJEÇÃO DE PETERS

PROJEÇÃO DE MERCATOR

60° 45° 30° 15° 0° 15° 30° 45°

150°

120°

90°

60°

stella riBas/allMaps/acerVo da editora

75°

stella riBas/allMaps/acerVo da editora

GGB 2ED. P.8 MAPA-MÚNDI – PROJEÇÃO DE GALL-PETERS

GGB 2ED. P.8 MAPA-MÚNDI – PROJEÇÃO DE MERCATOR

AP

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• Projeção plana – conhecida também como azimutal ou polar, essa projeção é feita a partir do contato de um plano com a superfície.

25

90°

75°

60°

45°

30° 15° 0°

15° 30° 45° 60° 75°

30°

0°

30°

60°

90°

120°

150°

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 28. adaptado.

A representação de uma esfera ou de parte dela em um plano nunca é exata: ela sofre distorções. Os dois planisférios acima estão corretos e foram construídos com o mesmo tipo de projeção, a cilíndrica, porém os dois cartógrafos levaram em conta parâmetros diferentes.

Na projeção de Mercator, as formas são preservadas, e as áreas estão distorcidas. Nesse planisfério, há um aumento da área relati-

150°

120°

90°

60°

30°

0°

30°

60°

90°

120°

150°

Fonte: dUarte, p. a. Cartografia Temática. florianópolis: Ufsc, 1991. p. 32-33. adaptado.

va, conforme nos afastamos do Equador. Assim, as regiões de altas latitudes apresentam dimensões maiores que as reais. Observe a Groenlândia e a Europa no mapa e compare-as com a América do Sul: parece que possuem quase a mesma dimensão. Na realidade, a Groenlândia é oito vezes menor que a América do Sul, e a Europa tem aproximadamente 60% de sua área. Já na projeção de

colonial europeia, e durante alguns séculos serviu à visão da Europa como centro do mundo, ou ao eurocentrismo.

A projeção de Peters, elaborada pelo professor alemão Arno Peters no século XX (1973), por manter a proporcionalidade das áreas, passa, segundo alguns analistas, uma ideia de igualdade, valorizando as nações pobres e “quebrando” a visão de superioridade das nações ricas situadas no hemisfério norte. Essa interpretação do planisfério ficou conhecida como terceiro-mundista.

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Peters as áreas são preservadas, porém as formas são distorcidas; veja como os continentes se apresentam bastante alongados.

A utilização de uma projeção ou outra pode priorizar e valorizar certas áreas do globo, demonstrando um caráter político e ideológico. Essa valorização está presente na projeção de Mercator.

Elaborada no século XVI pelo holandês Gerhard Kramer (1512-1594), a projeção de Mercator valorizou as terras do continente europeu no momento da expansão mercantil e

fície real. A unidade de medida, tanto no numerador quanto no denominador, é a mesma.

Segundo o Dicionário Cartográfico, de Por exemplo, 1 : 500.000 ou 1/500.000 (lê-se Cêurio de Oliveira, publicado pelo IBGE, esca- “1 por 500.000”), significa que cada centímetro la é “a relação entre as dimensões dos elementos no mapa corresponde a 500.000 cm da área real representados em um mapa e as corresponden- mapeada. tes dimensões na natureza”. Na confecção de Agora, suponha as escalas 1 : 50.000 e um mapa, podemos utilizar dois tipos de escala: 1 : 5.000. Qual delas apresentará informações mais detalhadas sobre uma mesma área? Certaa numérica ou a gráfica. mente, a escala de 1 : 5.000, pois cada centímetro do mapa corresponderá a 5.000 cm da reaEscala numérica lidade representada, ou seja, um número maior É expressa por uma fração (1/1.000.000) ou de detalhes será representado.

Importante: em uma escala numérica, por uma razão (1 : 1.000.000). Assim, o numerador corresponde à quanto menor o denominador, mais detalhes numerador: em uma unidade de distância serão destacados da área (escala grande). Quanfração, o número ou GGB1_cap02_planta.ai do mapa, e o deno- to maior o denominador, maior será a área maa expressão algébrica minador, à unidade peada, porém menos detalhes serão destacados que se encontra na de distância da super- (escala pequena). parte superior do

AP

traço. O número localizado na parte inferior desse traço na fração é chamado denominador

EXEMPLO DE PLANTA E ESCALA NUMÉRICA s

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Cornélio Procópio

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Nova América da Colina

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Praça Arquimedes da Silva

Santa América

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BR-3

PR

1: 500.000

Congonhas

Bandeirantes

6

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Uraí Cruzeiro do Norte

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Frei Timóteo

Jataizinho

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Rancho Alegre

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Leópolis

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allMaps/acerVo da editora

EXEMPLO DE MAPEAMENTO E ESCALA NUMÉRICA Sertaneja

Praça Damásio Paulo

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stella riBas/allMaps/acerVo da editora

Escalas

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Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

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R. J

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Atlas Geográfico Escolar 2007 pag 25 4ª edição

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Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 30. adaptado.

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1 : 5.000

Fonte: dados cartográficos © 2016 google, Maplink. Vila Mariana, são paulo. adaptado.

R.

glia no

26

capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

de 15 cm. Agora, calcule a distância entre as duas cidades (com o auxílio da regra de três): se para cada 1 cm de distância no mapa temos 200.000 cm na realidade, então, para 15 cm de distância no mapa temos x cm na realidade.

200.000 x

1 15

15 × 200.000

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Como trabalhar com a escala numérica Suponha que você queira calcular qual é a distância real entre dois pontos indicados em um mapa. Por exemplo, qual é a distância entre a capital de seu estado e Brasília? (Caso você more em Brasília, escolha outro ponto para fazer esse cálculo.) Para determinar essa distância, siga os seguintes passos: 1o Verifique qual é a escala assinalada no mapa.

Vamos supor que a escala do mapa seja de 1 : 200.000.

2o A seguir, meça a distância entre a capital de seu estado e Brasília (ou, então, o outro ponto escolhido se você morar em Brasília). Suponha que a distância no mapa seja

27

x=

x = 3.000.000 cm

1

Como para grandes distâncias usamos outras unidades (metros ou quilômetros) que não o centímetro, podemos converter esse número para 30.000 m ou 30 km, que seria a distância entre os dois pontos procurados.

Escala gráfica escala gráfica

OCE

NO EA PACÍ

FIC O

É a representação ACIAL ÁRTICO OCEANO GL gráfica da escala numérica. Expressa, por meio de uma linha graduada, a relação entre o mapa e a área cartografada.

O AT 350 700 EA Observe: 0 .

Neskm se exemplo, cada unidade da escala (1 cm) corresponde, na realidade, a 350 km da área mapeada.

Agora, observe as diferentes escalas e o grau de detalhamento nas várias representações cartográficas desta página.

AN

OC

OC

ICO NT LÂ

NO

O CÍFIC PA

Boa Vista

AMAPÁ Macapá

RORAIMA

Belém

 Transforme em escala numérica a escala

AP

stella riBas/allMaps/acerVo da editora

AMAZONAS

ACRE

ESCALA 162,5 km

Posse

Niquelândia

325

Ceres

0

RONDÔNIA MATO GROSSO Cuiabá

DF

Goias

Mineiros

Formosa

São Luís Fortaleza CEARÁ RIO GRANDE DO NORTE Teresina Natal PARAÍBA João Pessoa PIAUÍ Recife PERNAMBUCO ALAGOAS Maceió SERGIPE Aracaju

MARANHÃO

Palmas TOCANTINS

BAHIA

Salvador

DF

GOIÁS Brasília Goiânia MINAS MATO GROSSO GERAIS ESPÍRITO SANTO DO SUL Belo Vitória Campo Horizonte SÃO Grande PAULO RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro São Paulo PARANÁ Curitiba SANTA CATARINA Florianópolis RIO GRANDE DO SUL Porto Alegre

Brasília

Anápolis GOIÁS

ESCALA 490 km

Goianésia

PARÁ

Porto Velho

Rio Branco

Porangatu

0

6 750

km

EANO ÍNDICO OC

Manaus

gráfica de cada uma das representações cartográficas desta página. Depois indique qual dos mapas tem maior e qual tem menor escala.

ESCALA 3 375

0

Luziânia Goiânia Aparecida de Goiânia Rio Verde

Jataí Itumbiara

Morrinhos Catalão

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 38, 92, 184. adaptado.

28

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

Grafismos, linhas e cores A quantidade de informações nas representações cartográficas é muito grande e elas são indicadas por grafismos, figuras, linhas e cores.

Como entender essa simbologia? Por meio da legenda, que tem a função de traduzir os símbolos.

Linhas, cores e grafismos são os elementos mais comuns no simbolismo dos mapas. Eles podem representar fenômenos de várias ordens.

Cabo Cabo de Cabo de de Cabo de Santo Agostinho Santo Agostinho Santo Agostinho Santo Agostinho

ESCALA ESCALA ESCALA ESCALA

Garanhuns Garanhuns Garanhuns Garanhuns

Petrolina Petrolina Petrolina Petrolina

0 00

0 68,4 68,4 136,8 68,4 68,4 136,8 136,8 136,8 2.do Ilha 2.Ilha Ilha do do 2.2.

Ilha do kmkmkm

Altitude: Altitude: Altitude: Altitude:

km

5.de Ilha de Fernando Fernando 5.Ilha Ilha de Fernando 5.5.

Ilha de Fernando Cemitério Cemitério Cemitério Cemitério de Noronha Noronha de Noronha dede Noronha

Principais vias de transporte: Principais vias transporte: Principais vias de transporte: Principais vias dede transporte:

800 800 m m 800 mm800 500 500 m m 500 mm500 200 200 m m 200 mm200

Rodovia pavimentada Rodovia pavimentada Rodovia pavimentada Rodovia pavimentada

Limite de estado Limite de estado Limite de estado Limite de estado

Ferrovia Ferrovia Ferrovia Ferrovia

Cidade Cidade Cidade Cidade

Porto Porto Porto Porto

Capital Capital Capital Capital

Aeroporto internacional ESCALA Aeroporto internacional Aeroporto internacional ESCALA Aeroporto internacional ESCALA ESCALA 490 980 490 490 980 980 980 0 00 0 490 Aeroporto nacional Aeroporto nacional Aeroporto nacional Aeroporto nacional km km kmkm

100 100 m m 100 mm100 0 00

4.da Ilha da Rata Rata 4.Ilha Ilha da Rata 4.4.

Ilha da Rata 1.das Atol das Rocas Rocas 1.Atol Atol das Rocas 1.1.

Atol das Rocas 3. Ilha 3.Ilha Ilha 3.3.

Ilha do Meio Meio do Meio dodo Meio

0

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 149, 171. adaptado.

AP

60

40

equidistância vertical

20 m

80

Quando falamos em curvas de nível estamos nos referindo às linhas altimétricas ou isoípsas. São linhas imaginárias que unem pontos de mesma altitude em determinada superfície.

Esse método é um dos mais indicados para representar o relevo terrestre. As linhas indicam se o terreno é ondulado, plano, montanhoso, muito ou pouco íngreme etc. Assim, as formas das curvas de nível serão determinadas pelas características da topografia do terreno.

20 m

MÔnica sUgUYiaMa/acerVo da editora

Curvas de nível

20

0

0

20

40

60

80

Fonte: cooneY, t. M.; pasacHoff, J. M.; pasacHoff, n.

Earth Science. glenview: scott, foresman, 1990. p. 39.

representação de curvas de nível. observe que as curvas de nível nunca se cruzam, são fechadas em si mesmas e apresentam equidistância vertical.

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Jaboatão Jaboatão dos Jaboatão dos dosOlinda Jaboatão dos Olinda Olinda Olinda Guararapes Guararapes Guararapes Guararapes Caruaru RECIFE Caruaru RECIFE Caruaru RECIFE Caruaru RECIFE

PERNAMBUCO PERNAMBUCO PERNAMBUCO PERNAMBUCO

4 44 3 4 1 11 3 313 2 5 5 55

2 22

stella riBas/acerVo da editora

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

MAPA FÍSICO DE PERNAMBUCO E REDE VIÁRIA PRINCIPAL

Capítulo 1 – Cartografia: conhecimento e poder

29

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Geoprocessamento é o conjunto de técnicas matemáticas e computacionais, além de diferentes metodologias, para tratamento da informação geográfica. As novas tecnologias trouxeram grandes e positivas mudanças no que diz respeito à coleta e interpretação de informações espaciais e no desenvolvimento de sistemas de localização e orientação.

A evolução da informática, o desenvolvimento de técnicas de sensoriamento remoto com o uso de fotos aéreas e imagens de satélites artificiais, e a evolução do sistema de posicionamento global (GPS) foram alguns dos fatores que fizeram com que a cartografia tivesse um importante aprimoramento.

Sensoriamento remoto

De acordo com as definições mais atuais, sensoriamento remoto corresponde a um conjunto de técnicas pelas quais são utilizados equipamentos modernos e variados (satélites, aeronaves, espaçonaves, radares, entre outros), visando pesquisar e monitorar os ambientes planetários, por meio de imagens e dados. Essas informações são obtidas sem o contato físico com o que está sendo analisado. Os equipamentos captam e interpretam a radiação eletromagnética refletida ou emitida pela superfície da Terra.

Satélites artificiais

AP

Especialmente construídos para orbitar em torno da Terra ou de outro corpo celeste, os satélites artificiais são módulos que carregam equipamentos que enviam para nosso planeta dados dos mais diversos tipos: meteorológicos, fotográficos, de distância, de velocidade, de comunicação etc.

Por estarem no espaço, onde não há força de resistência ao deslocamento, eles não precisam de um “motor” para mantê-los em órbita.

No entanto, para levá-los ao espaço é necessário um grande dispêndio de energia, sendo carregados por foguetes ou ônibus espaciais.

INPE/AMAZONIA_1

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Tecnologia: geoprocessamento

Imagem obtida a partir do satélite brasileiro Amazonia-1, em 25 de novembro de 2021.

A cidade de São Paulo, SP, aparece na parte central da imagem. As áreas em verde são remanescentes de Mata Atlântica ou áreas em regeneração.

Disponível em: <http://www.dgi.inpe.br/ galeria/AMAZONIA_1_WFI_20211125_034_019_ SaoPaulo.jpg 1/>.

Acesso em: 14 ago. 2025.

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

aleKsandr MarKin/sHUtterstocK

Aerofotogrametria

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Os termos fotointerpretação e aerofotogrametria referem-se a determinadas técnicas que se utilizam de fotos aéreas para a produção de mapas.

As fotos aéreas são obtidas acoplando-se câmeras fotográficas de alta resolução a uma aeronave, uma na parte inferior de cada asa. A aeronave percorre, então, um trajeto de acordo com a área que se quer fotografar, e com as câmeras registrando imagens a uma frequência tal que seja possível sobrepor as bordas de uma fotografia com as bordas das fotografias de áreas vizinhas. Essa sobreposição é importante para corrigir as deformações das imagens, maiores nas bordas.

foto aérea, cidade de são paulo, sp.

AP

Sistema de Posicionamento Global – GPS

A partir das novas tecnologias disponíveis, criou-se um sistema de navegação baseado em satélites que tornou a navegação em terra, água, mar, e no próprio espaço, muito mais precisa. Tal sistema, conhecido como GPS (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global), foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa estadunidense e seu uso civil intensificou-se na década de 1990; porém, atualmente vários países possuem seus próprios sistemas.

GPS é um sistema que mantém pelo menos 24 satélites em operação, a uma altitude aproximada de 20.200 km da superfície da Terra.

Com ele é possível saber o posicionamento geográfico de um ponto em qualquer local do globo terrestre.

Esses satélites enviam continuamente sinais de rádio contendo cálculos de posições e dados do relógio de cada satélite, que são captados por aparelhos conhecidos como receptores GPS. Um receptor GPS procura os sinais de rádio, localiza os satélites “visíveis” naquele momento e, medindo os tempos que as ondas eletromagnéticas necessitam até atingirem a antena, calcula por triangulação a posição no globo terrestre. Os dados obtidos, além de indicarem o posicionamento do objeto por meio das coordenadas geográficas, também revelam altitude, velocidade, tempo de deslocamento, entre outras informações.

andreY_popoV/sHUtterstocK

o sistema gps, embora tenha sido criado com fins militares, é bastante usado na atualidade não só na navegação marítima e aérea, mas também na navegação terrestre e no rastreamento de veículos.

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30

capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Os avanços da informática facilitaram o tratamento dos dados obtidos no terreno e sua representação em mapas e cartas. A sigla SIG (Sistema de Informações Geográficas) ou GIS (Geographic Information System) é utilizada para sistemas computacionais desenvolvidos para o tratamento de dados geográficos.

Com o SIG, torna-se possível correlacionar rapidamente valores (por exemplo, de altitude, população, renda) medidos em determinado local ao respectivo ponto captado por uma imagem de satélite ou fotografia aérea. Basta informar ao sisteLegenda Favorabilidade ma as coordenadas geográficas de alguns pontos da alta superfície terrestre (obtidas com um GPS) para que baixa ele integre as informações levantadas sobre eles (no caso, os pontos da superfície terrestre) às da imagem digital, processo denominado georreferencia- Fonte: JacQUes, p. d. et al. Mapa previsional para ouro em sistema de informação geográfica (sig). in: coUtinHo, M. g. da n. mento ou registro da imagem. Os dados, então, são (ed). Província Mineral do Tapajós: geologia, metalogenia e mapa previsional para ouro em sig. rio de Janeiro: cprM, 2008. p. 345. apresentados em uma representação cartográfica.

Disponível em: <http://www.cprm.gov.br>. acesso em: 25 maio 2024.

Há várias opções de SIG disponíveis, adequa- adaptado. das a diferentes usos. A grande importância dessa Mapeamento pelo sistema de informações tecnologia foi conferir aos profissionais de empre- geográficas (sig). sas e órgãos públicos um meio rápido e prático de organizar as informações de grandes bancos de dados em mapas mais fáceis de manejar.

As aplicações são inúmeras e vão desde a demarcação de fazendas e unidades de conservação, até o planejamento urbano ou a realização de grandes obras de engenharia.

cprM

MAPA PREVISIONAL PARA OURO PROVÍNCIA MINERAL DO TAPAJÓS

Fusos horários

Para entendermos os fusos horários, precisamos antes rever alguns dados sobre o movimento de rotação da Terra. O nosso planeta leva aproximadamente 24 horas para completar uma volta em torno de si mesmo, ou seja, girar 360° em torno do eixo polar. Com base nessa informação, podemos concluir:

Os fusos têm sua hora definida pelo meridiano de Greenwich (0°) ou GMT (Greenwich Mean Time). Esse meridiano indica o “meio” do fuso inicial. Observe no desenho à direita.

O sentido do movimento de rotação da Terra se dá de oeste para leste. Dessa forma, por convenção, ficou acertado que as áreas a leste do fuso de Greenwich terão sempre horas adiantadas em relação a ele, enquanto as que estiverem a oeste apresentarão horas atrasadas em relação a esse mesmo fuso.

grafico_meridiano

meridiano de Greenwich 22°30' 15° 7°30' 7°30' 15° 22°30'

fuso inicial

delimita-se o primeiro fuso a partir do meridiano de greenwich (0°), contando 7°30’ a leste e a oeste.

stella riBas/acerVo da editora

• em qualquer momento, teremos sempre 24 horas distintas no planeta; • dividindo os 360° da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de rotação, teremos 1 hora para cada 15° da esfera. A esse espaço denominamos fuso horário. Assim, cada fuso horário equivale a 1 hora e corresponde a 15° da esfera terrestre.

AP

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SIG ou GIS

31

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

165°L

180°

OCEANO GLACIAL ÁRTICO 70° 66½°

60° MAR DE BERING , 52°30 N

MAPA-MÚNDI – FUSOS HORÁRIOS -12 -11 -10

-9

-8

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

+1 +2 +3 +4 +5

Is. Aleutianas 48°N

11 horas (segunda-feira)

Is. Marshall

Londres

Ottawa

Paris

Nova Iorque Washington

Los Angeles

Açores

Cabo Verde

45°

Is. Antipodas

51°30’ S

150°L

165°L

180°

165°O

150°O

90°

60°

Seul

Tóquio

Nova Délhi

Riad

30°

Hong Kong

Manila

Niamei

Georgetown

Adis Abeba

Bogotá

Is.Galápagos

Lima Brasília Is.Tonga

Dacar

30°

Is. Chathan

Teerã

Cairo

Meridiano de Greenwich (GMT)

AP

Cidade do México

15°

Is. Cook

NOVA ZELÂNDIA

Beijing

Is. Canárias

Is. Samoa , 15°30 S

Astana

Trípoli

Is. Madeira

0°

Is. Tonga

Bucareste

Madrid Argel

15°

Is. Fiji

+6 +7 +8 +9 +10 +11 +12

Berlim

Is. Havaí

5°S

Is. Ellice

Moscou

Vancouver

30°

Is. Gilbert

Reykjavik

Is.Aleutas

45° 11 horas (domingo)

Is.Pitcairn

Buenos Aires

Is.Falkland (Malvinas)

Nairóbi

Luanda

Is.Maldivas

0°

Jacarta Is.Fiji

Maputo

30°

Cidade do Cabo

Sydney Melbourne

60° ESCALA 1:200 000 000

obs.: os arquipélagos de fernando de noronha, são pedro e são paulo, as ilhas de Martim Vaz e trindade, assim como o atol das rocas, têm o fuso horário gMt-2.

1 000

90° 180°

120°

60°

0°

60°

Horário fracionado em meia hora

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 39, 97. adaptado.

120°

180°

Linha internacional de data

Fonte: Atlas geográfico. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1986. Adaptado.

0

2 000 km

PROJEÇÃO DE ROBINSON

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Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. p. 39. adaptado.

150°O

grasiele faVatto/acerVo da editora

Leia o QR Code abaixo e conheça a leitura de gráficos.

Is.Havaí

165°O

MÔnica sUgUYiaMa/acerVo da editora

150°L

por motivos econômicos e políticos, a conferência de Washington, em 1884, convencionou que a linha internacional de data, também chamada de linha internacional de Mudança de data, não coincidiria exatamente com o meridiano de 180°. isso facilitou a mudança de data pelos países por onde essa linha imaginária passa.

Viajando de oeste para leste, teremos a mudança de data para o dia seguinte e se o deslocamento for no sentido leste para oeste ocorrerá mudança de data para o dia anterior.

Leitura de gráficos

PARA CASA

LID

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

O meridiano oposto a Greenwich (180°) também corresponde ao meio de um fuso horário. Esse meridiano é conhecido como Linha Internacional de Data (LID); nesse fuso, a hora é a mesma, porém em dias subsequentes.

O Brasil apresenta, no sentido leste-oeste, extensão territorial muito grande (4.319,4 km) e, em decorrência disso, durante muitos anos adotou-se em nosso país quatro fusos horários diferentes. Em 2008, no entanto, foi aprovada uma lei que reduziu um fuso horário na Região Norte, passando o Brasil a apresentar três fusos horários.

No entanto, em setembro de 2013, uma nova alteração fez com que o Brasil voltasse a ter 4 fusos horários, conforme mostra o mapa abaixo.

A determinação das horas brasileiras, por motivos políticos, não segue estritamente os meridianos que determinam tais fusos. O segundo fuso brasileiro, localizado a menos três horas do fuso de Greenwich, é o oficial do país, pois corresponde à hora do Distrito Federal.

Linha internacional de data

32

Das palavras dos autores, é correto deduzir que a) Território é imprescindível à existência de um Estado. b) Nação, Estado e Território são categorias mutuamente excludentes. c) não existe Nação sem Estado. d) as fronteiras delimitam os Territórios, mas não os Estados.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

1. (Ufop – MG) Leia o texto a seguir: (…) Fechado ao sul pelo morro, descendo escancelado de gargantas até o rio, fechavam-no, a oeste, uma muralha e um vale. De fato, infletindo naquele rumo, o Vaza-Barris, comprimido entre as últimas casas e as escarpas a pique dos morros sobranceiros, torcia para o norte feito um cañon fundo. A sua curva forte rodeava, circunvalando-a, depressão em que se erigia o povoado, que se trancava a leste pelas colinas, a oeste e norte pelas ladeiras das terras mais altas, que dali se intumescem até aos contrafortes extremos do Cambaio e do Caipá; e ao sul pela montanha. (…)

CUNHA, E. da. Os Sertões. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/ texto/bv000091.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2007.

O texto acima descreve um(a): a) paisagem. b) território. c) região. d) lugar.

2. (Enem) Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir os sentimentos de pertencimento; ela cria uma atmosfera que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às comemorações.

CLAVAL, P. Terra dos Homens: a geografia.

São Paulo: Contexto, 2010. Adaptado.

No texto, é apresentada uma forma de integração da paisagem geográfica com a vida social. Nesse sentido, a paisagem, além de existir como forma concreta, apresenta uma dimensão: a) política de apropriação efetiva do espaço. b) econômica de uso de recursos do espaço. c) privada de limitação sobre a utilização do espaço. d) natural de composição por elementos físicos do espaço. e) simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o espaço.

AP

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A caminho do Enem

3. (Uece) Leia atentamente o seguinte excerto: (...) a existência de país supõe um território. Mas a existência de uma nação nem sempre é acompanhada da posse de um território e nem sempre supõe a existência de um Estado. Pode-se falar, portanto, de territorialidade sem Estado, mas é praticamente impossível nos referirmos a um Estado sem território.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 19.

4. (Enem) A imagem ou modelo, ou seja, toda construção da realidade, é um instrumento de poder e isso desde as origens do homem. Uma imagem, um guia de ação, que tomou as mais diversas formas. Até fizemos da imagem um objeto em si e adquirimos, com o tempo, o hábito de agir mais sobre as imagens, simulacros dos objetos, do que sobre os próprios objetos. Poderíamos imaginar o estudo dos sistemas de representação em ligação com as classes que detinham o poder ao longo da história.

RAFFESTIN, C. Por uma Geografia do Poder.

São Paulo: Ática, 1994 (adaptado).

A cartografia moderna, na perspectiva descrita no texto, passou a representar a Terra dando ênfase aos(às) a) escalas de tamanho grande. b) áreas de domínio hegemônico. c) aspectos da teoria geocêntrica. d) projeções cilíndricas equivalentes. e) diferenciações de legendas coloridas.

5. (Enem) A finalidade mais marcante em toda a história dos mapas, desde o seu início, teria sido a de estarem sempre voltados à prática, principalmente a serviço da dominação, do poder. Sempre registraram o que mais interessava a uma minoria, fato este que acabou estimulando o incessante aperfeiçoamento deles.

MARTINELLI, M. Mapas da Geografia e Cartografia Temática. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).

No texto, a cartografia é apresentada como um instrumento usado essencialmente para a a) preservação de espaços naturais. b) emancipação de sujeitos marginais. c) revalorização de culturas reprimidas. d) inversão de hierarquias estabelecidas. e) sustentação de hegemonias territoriais.

6. (Vunesp) Trata-se de uma linguagem de comunicação visual, porém, de caráter monossêmico.

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

75°

60° 45° 30° 15° 0° 15° 30° 45°

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

A linguagem destacada no excerto corresponde à a) projeção cartográfica. b) compreensão espacial. c) flexibilização geográfica. d) representação gráfica. e) aerofotogrametria.

PROJEÇÃO DE MERCATOR

GGB 2ED. P.8 PROJEÇÃO DE MERCATOR

7. (Enem) É claramente impossível criar um mapa perfeito, no qual a escala principal seja preservada em todos os pontos. É fácil, porém, manter a escala principal ao longo de certas linhas ou pontos no mapa em que a escala seja constante e igual à escala principal, ocasionando uma distorção nula. Linhas de distorção nula são linhas em uma projeção em que a escala principal é preservada. São caracterizadas pela tangência ou secância da superfície terrestre com a superfície de projeção.

150°

90°

60°

30°

0°

30°

60°

90°

120°

150°

Apresentada pela primeira vez no século XVI.

PROJEÇÃO DE PETERS

GGB 2ED. P.8 PROJEÇÃO DE GALL-PETERS 90°

75°

60°

45°

30° 15° 0°

15° 30° 45° 60° 75°

150°

120°

90°

60°

30°

0°

30°

60°

90°

120°

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. adaptado.

MENEZES, P.; FERNANDES, M. Roteiros de Cartografia.

São Paulo: Oficina de Textos, 2013 (adaptado).

Conforme o texto, a projeção que representará uma região próxima à Linha do Equador com a menor distorção da escala principal é:

120°

Fonte: atlas geográfico escolar. 9. ed. rio de Janeiro: iBge, 2023. adaptado.

150°

Apresentada pela primeira vez no século XIX.

PROJEÇÃO DE ROBINSON 18° 160° 140° 120° 100° 80° 60° 40° 20° 0°

20° 40° 60° 80° 100° 120° 140° 160° 180°

80°

80°

60°

60°

40°

40°

20°

20°

a)

d)

0°

0°

20°

20°

40°

40°

60°

60°

80°

160° 140° 120° 100° 80° 60° 40° 20° 0°

80°

20° 40° 60° 80° 100° 120° 140° 160° 180°

b)

c)

AP

Adaptado de: <www.nationalgeographic.com>.

Elaborada em 1963.

e)

Sobre as projeções cartográficas apresentadas, suas formas e dimensões, é correto afirmar: a) Interesses geopolíticos e comerciais forçaram distorções na projeção de Mercator, para fazer parecer mais curto o caminho ao novo continente, elemento corrigido a partir do século XIX, na projeção de Gall-Peters. b) As três projeções apresentam distorções, uma vez que a Terra tem forma aproximada de um geoide e sua projeção num plano ficará distorcida. c) As projeções de Mercator e Gall-Peters apresentam distorções pela falta de recursos téc-

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MARTINELLI, M. Cartografia Temática, 2016 (adaptado).

8. (Fuvest – SP) stella riBas/allMaps/acerVo da editora

Sua especificidade reside essencialmente no fato de estar fundamentalmente vinculada ao âmago das relações que podem se dar entre os significados dos signos. Sua tarefa essencial é a de transcrever as três relações fundamentais – de diversidade, de ordem, de proporcionalidade – entre objetos, fatos ou fenômenos que compõem a realidade considerada.

stella riBas/allMaps/acerVo da editora

34

erBan Bogdan/sHUtterstocK

CHINA

Relação entre escala, área do mapeamento, detalhamento da informação e generalização.

COREIA DO NORTE Pyongyang

OCEANO PACêFICO

m

5k

Panmunjom

Seul

maior

menor

mais

menos

Pyeongchang

COREIA DO SUL

JAPÃO

Fonte: Moraes, p. r. geografia geral e do Brasil. 5. ed. são paulo: HarBra, 2017, p. 41. adaptado.

Fonte: MORAES, P. R. Geografia Geral e do Brasil. 5. ed.

Considerando que a distância entre Seul, na CoSão Paulo: HARBRA, 2017, p. 584.

Adaptado. reia do Sul, e Pyongyang, na Coreia do Norte, em linha reta, é de aproximadamente 195 km, em um mapa, na escala de 1 : 2.000.000, essa distância seria de a) 3,9 cm. b) 97,5 cm. c) 39 cm. d) 9,75 cm. e) 19,5 cm.

AP

SERBAN BOGDAN/SHUTTERSTOCK

9. (Mackenzie – SP) Observe o mapa a seguir.

10. (Unicamp – SP) Em termos cartográficos, o conceito de escala é fundamental para qualquer tipo de representação espacial, dado que toda visu-

35

alização gráfica é elaborada com base em uma redução do mundo real. Dessa forma, dependendo da escala adotada, tem-se, no mapa, uma generalização da informação, generalização esta que leva em conta o objetivo pretendido. A figura a seguir ilustra essa relação entre a escala adotada e o nível de generalização da informação no mapa.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

nicos no período em que foram feitas, mas o avanço computacional do século XX permitiu o fim das distorções na projeção de Robinson. d) A projeção de Gall-Peters não apresentava distorções no momento de sua elaboração, mas a descoberta da Antártida e da Oceania, logo após sua proposição, forçou a adaptação e induziu distorções. e) Todas as projeções apresentam distorções, uma vez que o formato da Terra não era conhecido até o século XX, o que gerou dúvidas sobre como essa projeção deveria ser executada.

19

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capítulo 1 – cartografia: conhecimento e poder

escala do mapa área mapeada informação

generalização

menor maior menos mais

MENEZES, P. M. L. de; FERNANDES, M. C. Roteiros de Cartografia. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. p.49-53.

Tendo em vista seu conhecimento sobre cartografia, informações do texto e a análise da figura, assinale a alternativa correta. a) Atlas escolares apresentam mapas com escala menor e pouca generalização. O objetivo dos mapas que figuram nesses atlas é a representação espacial de diferentes variáveis físico-naturais, demográficas e socioeconômicas, acessíveis a um público bastante diversificado. b) Os mapas elaborados para estudos de impactos ambientais, estudos estes aplicados a projetos de infraestrutura, precisam ter escala maior e, consequentemente, menos generalização dos dados, pois a intervenção no território deve minimizar impactos ambientais. c) Atlas escolares apresentam mapas com escala maior e menos informação. O objetivo dos mapas que figuram nesses atlas é a representação espacial de diferentes variáveis (físiconaturais, demográficas e socioeconômicas) que sejam acessíveis a um público bastante especializado. d) Os mapas elaborados para estudos de impactos ambientais, estudos estes aplicados a projetos de infraestrutura, precisam ter escala menor e, consequentemente, mais informação, pois a intervenção no território deve minimizar impactos ambientais.

11. (IFPE) Se, no passado, os cartógrafos, ao confeccionarem mapas, usavam o recurso da linguagem gráfica universal para representar lugares como aeroportos, hospitais, portos e até cemitérios, hoje, esses profissionais foram obrigados a promover novas adaptações. Sobretudo devido à necessidade de indicar informações

Unidade 1 – a constrUção do espaço geográfico

sobre tecnologia, alguns mapas passaram a incluir sinais como os representados na figura.

c) 19 horas. d) 11 horas.

e) 24 horas.

14. (UFPR) No dia 20 de outubro de 2019, o primeiro teste com o Projeto Sunrise, da companhia aérea australiana Qantas, foi concluído com uma aeronave Boeing 787-9, que partiu do Aeroporto JFK de Nova York, no dia 18 de outubro, às 21 horas e 27 minutos, para Sydney, pousando no início da manhã de domingo, horário local, às 7 horas e 42 minutos. Considerando que o fuso horário de Nova York é o de −5 horas de Greenwich e o de Sydney é o de +10 horas em relação ao meridiano central, qual a duração do voo entre as duas cidades? Construa um passo a passo para demonstrar seu raciocínio.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Disponível em: <https://pt.vecteezy.com/artevetorial/96515>. Acesso em: 22 out. 2019.

a) 13 horas. b) 08 horas.

Os elementos gráficos representados pela figura acima, na cartografia, são conhecidos como a) símbolos cartográficos. b) projeções cartográficas. c) elementos conceituais dos mapas. d) alegorias excessivas dos mapas. e) adornos cartográficos.

12. (Vunesp) O MapBiomas é uma rede colaborativa de mapeamento, com dados de uso de terra, aberta ao público, e baseada nas tecnologias da Google Cloud e Google Earth Engine. Essa rede adota uma metodologia de trabalho diferenciada por bioma, baseada em técnicas de machine learning, o que permite sua automatização. O projeto produz e disponibiliza mapas de cobertura e uso de terra, incorporando camadas de informação relacionadas a cortes territoriais, tais como Unidades de Conservação (UCs), terras indígenas, assentamentos, bacias hidrográficas, entre outros. Também são disponibilizados alertas de desmatamento a partir de dados fornecidos pelos órgãos competentes. www.to.gov.br (adaptado).

AP

A rede colaborativa citada reflete o emprego a) do sistema de informações geográficas, que permite equilibrar as ações motivadoras da relação sociedade-natureza. b) da realidade aumentada, que explora uma rede de satélites para monitorar hotspots de interesse estratégico. c) do sistema de posicionamento global, que oferece dados dinâmicos sobre as transformações da cobertura vegetal. d) da cartografia digital, que amplia as possibilidades de produção e de uso das informações geográficas. e) do sensoriamento remoto, que propõe planos de manejo adaptados às realidades de cada porção territorial.

13. (UEG – GO) Considerando que em Brasília, localizada no fuso horário UTC – 3, sejam exatamente 16 horas, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos da América, localizada no fuso horário UTC – 8, serão, nesse mesmo dia, exatamente:

15. (Unicamp – SP) A Linha Internacional de Data é uma linha imaginária posicionada próximo ao meridiano de 180° ou diametralmente oposta ao meridiano de Greenwich, cortando o oceano Pacífico. Uma característica dessa linha está na sua forma irregular, o que evita que um país tenha a mesma hora e dias diferentes, conforme ilustra a figura a seguir:

Adaptado de: MENEZES, M. L. de; FERNANDES, M. do C. Roteiros de Cartografia. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. p. 113.

A partir da leitura do enunciado e da análise da ilustração, podemos concluir que: a) um navio que parte do Japão em direção à costa oeste dos Estados Unidos, ao cruzar a Linha Internacional de Data, terá que notificar em seus registros que pulou um dia no calendário civil oficial. b) cruzeiros turísticos podem antecipar a comemoração do réveillon, ao cruzarem a Linha Internacional de Data na noite do dia 30 de dezembro, desde que este deslocamento se dê no sentido oeste. c) um navio que parte da costa oeste dos Estados Unidos em direção ao Japão, ao cruzar a Linha Internacional de Data, terá que notificar em seus registros que atrasou um dia no calendário civil oficial. d) cruzeiros turísticos podem antecipar a comemoração do réveillon, ao cruzarem a Linha Internacional de Data na noite do dia 30 de dezembro, desde que esse deslocamento se dê no sentido leste.

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EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

2

O ser humano sempre modificou o espaço político, impondo, implantando e derrubando fronteiras, ou seja, provocando mudanças nos limites territoriais que se materializaram por meio de guerras, acordos e tratados, invasões e proclamações de independência. Porém, nunca o homem tinha assistido a tantas transformações no espaço político mundial, em um período tão curto de tempo, como as que ocorreram nos três últimos séculos, tendo como fator determinante e primordial a Revolução Industrial, que transformou as relações econômicas, sociais e políticas do mundo.

Para você compreender melhor as divisões do espaSeu ponto de vista! ço político atual, é necessário entender que houve uma Em virtude de circunstâncias históricas, regiões trajetória de mudanças habitadas por diferentes povos terminaram por ser desde que o homem invadidas e redistribuídas ou divididas entre outros deixou de ser nômade. povos. Na atualidade, há situações que poderiam levar a uma nova redistribuição de terras entre os povos? Justifique seu ponto de vista.

Estudos mostram que o ser humano surgiu na África. Do continente africano, nossos ancestrais foram para a Ásia. Com o tempo, eles aprenderam a cultivar a terra e a domesticar animais. Tinha início a revolução agrícola e a sedentarização do homem.

As antigas hordas foram, gradativamente, estabelecendo relações sociais mais estáveis e ocupando o espaço de forma permanente, transformando as paisagens naturais com seu trabalho. As novas descobertas e o uso de ferramentas permitiam uma interferência cada vez maior no espaço ocupado.

Com a sedentarização, aos poucos foram surgindo núcleos populacionais que deram origem às cidades, acompanhados pelo progressivo aumento das relações sociais, políticas e econômicas. Nessas cidades havia uma divisão maior do trabalho e a estrutura de poder passou a se configurar de maneira mais centralizada, além de mais estável e definida.

Nessas comunidades apareceram os clãs, que podem ser definidos como grupos de pessoas unidas por parentesco e linhagem com um ancestral comum.

Os clãs eram formados por famílias nas quais havia um chefe, ou patriarca, que governava e era o líder supremo da comunidade. Os chefes possuíam as melhores terras e subordinavam a população aos seus interesses.

AP

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A formação de territórios e fronteiras

Capítulo

locomotiva a vapor, Cottbus, Alemanha.

UGis riBA/sHUttertoCK

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UNidAde 1 – A CoNstrUção do espAço GeoGráfiCo

A organização do espaço geográfico

Crescente Fértil

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Séculos antes de Cristo, diversas sociedades, como as dos sumérios, fenícios e babilônios, que habitavam a Ásia Menor em uma área conhecida como Crescente Fértil, formaram as cidades-estado, uma forma de organização da área que englobava a própria cidade e áreas rurais a elas contíguas. Essas cidades eram politicamente independentes, com o poder centralizado nas mãos de uma pessoa.

A configuração social e política das cidades-estado foi se estratificando, sendo dominada pelas elites formadas por monarcas, nobres, sacerdotes e militares. Havia grandes rivalidades entre as cidades e os conflitos militares eram frequentes. Não raro, uma conseguia sobrepujar a outras.

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Trópico de Câncer

ARÁBIA

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OCEANO ÍNDICO

Adaptado de: Atlas da fAe.

Roma: o maior império da Antiguidade

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AllmAps/ACervo dA editorA

A expansão do poder das cidades-estado, Os romanos fundaram cidades em seus quer pela ocupação de novos espaços, quer pela domínios. Quando começou a decadência do anexação de áreas de influência de outras cida- Império Romano, as zonas urbanas, princides, deu origem a outra forma de organização palmente as europeias, também entraram em do espaço ligada a um poder central: os impé- decadência e perderam gradativamente suas rios da Antiguidade. características e importância. O ano de 476 da Grandes impérios se desenvolveram, entre nossa era marca a queda desse imenso império. eles o romano, o mais importante para a civilização ocidental, em virtude Império Romano - (durante os séculos II e III a. C.) impÉrio romaNo de seus legados, muitos dos quais perduram até hoje. O Império Romano iniciou sua ÁSIA expansão a partir da cidade 45 °N de Roma, localizada na Península Itálica. Roma foi a capital desse gigantesco ImpéEUROPA OCEANO rio, que estendeu seus limites ATLÂNTICO pela maior parte do mundo Mar Negro conhecido na época: Europa, Roma norte da África e Ásia Menor.

O Império Romano reMar M edi ter rân presentou a primeira tentativa eo de união econômica, política e social entre o Ocidente e parte do Oriente conhecido. Durante alguns séculos, o domínio político e econômico e a ÁFRICA ESCALA estrutura social de boa parcela 0 385 770 20° L da população da época foram km Fonte: BlACK, J. (ed.). World History Atlas. 2. ed. london: dorling Kindersley, 2008. p. 180. Adaptado. ditados por Roma.

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cresceNTe fÉrTil

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A cidade-estado

Capítulo 2 – A formação de territórios e fronteiras

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Nos séculos XIII e XIV, houve uma retomada do comércio na Europa, principalmente por meio terrestre. O movimento de caravanas e comerciantes ia se intensificando e, assim, feiras e rotas comerciais terrestres foram se multiplicando. Muitos desses locais de comércio deram origem a importantes cidades da atualidade, como Paris, capital da França. O incremento nas relações mercantis propiciou a própria reurbanização europeia, pois levou também ao aparecimento de novas cidades, muitas delas localizadas fora dos castelos medievais, ou burgos.

Diferentemente dos feudos, nos burgos, que também podiam ser protegidos por muros ou não, os habitantes (conhecidos por burgueses) comerciavam. À medida que a Europa se transformava, o renascimento comercial trazia consequências em todos os níveis da organização econômica, política, cultural e social. Mais uma vez, o espaço político seria alterado, como já o fora diversas vezes no passado. A dinâmica das relações políticas, econômicas, sociais e culturais modificaria a organização territorial. O contato entre a Europa e a Ásia se intensificaria por causa das rotas comerciais.

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Durante a Idade Média, o comércio esteve praticamente estagnado no continente europeu. Algumas cidades italianas, entretanto, como Veneza, Gênova e Florença, permaneceram efervescentes em suas atividades mercantis, sobretudo com os árabes, que dominavam, na época, o mar Mediterrâneo e as rotas terrestres que levavam ao Oriente, rico em mercadorias desejadas pelos europeus.

Uma nova forma de ocupação do espaço tomou conta da Europa nos séculos IX a XIV – os feudos: descentralizados politicamente, tendo como base a terra, eram controlados pelos chamados senhores feudais. Neles, os vínculos políticos, culturais e sociais eram definidos em função da propriedade.

AP

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A Idade Média e a organização em feudos

As grandes navegações

Nos séculos XV e XVI, a Europa vivia um momento de reorganização territorial e de expansão de fronteiras. Por mais difícil que seja imaginar, as Américas eram totalmente desconhecidas pelos europeus até o final do século XV. Os europeus – recém-saídos do período medieval – redescobriam o comércio, principalmente o das especiarias vindas do Oriente, que alcançavam um altíssimo valor de troca na Europa, pois eram conservantes naturais de alimentos, sobretudo de carnes, que se deteriora-

Castelo dos Condes, em Ghent, na Bélgica, é um castelo feudal do século Xii. os castelos feudais serviam de residência ao senhor feudal, sua família e seus empregados.

Quando ocorriam batalhas, serviam também de quartel para suas tropas.

vam rapidamente. Porém, a rota terrestre até as Índias era controlada pelos turcos e estes não permitiam que os cristãos chegassem por terra às Índias, onde se encontravam as especiarias. Além disso, o comércio com os árabes era controlado pelos genoveses e venezianos, que dominavam as rotas comerciais do Mediterrâneo e impediam outros mercadores europeus de comerciar.

Em busca de um caminho que os levasse às Índias, portugueses e espanhóis lançaram-se ao mar e acabaram por descobrir o Novo Mundo, batizado de América. Nessa emprei-

UNidAde 1 – A CoNstrUção do espAço GeoGráfiCo

queiros formaram a burguesia, que se apoderou do poder político, e seus ideais se propagaram pelo mundo. A questão das fronteiras estáveis e rigidamente estabelecidas, como forma de controle político e econômico, ampliou o conceito de Estado, até então identificado com questões culturais, agregando a noção de sua acepção política. A questão do Estado passou a ser um dos valores burgueses e foi incorporada por diversas sociedades europeias da época.

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tada, visando à conquista das terras recém-descobertas, seguiram-se ingleses, franceses e holandeses.

A expansão ultramarina trouxe aos reinos europeus a possibilidade de consolidar colônias, aumentando seus domínios territoriais de além-mar.

Em termos políticos, paralelamente à expansão marítima, os reinos europeus evoluíram para Estados Nacionais, com uma definição precisa de seus limites e cujas fronteiras delimitam o território que abriga a população desses Estados. A ideia de Nação tomou corpo, atrelada aos traços culturais e étnicos comuns. Reis com poder absoluto passaram a ter o poder político sobre áreas até então sob o domínio dos senhores feudais.

Mas, sem sombra de dúvida, foi com a Revolução Francesa, em 1789, que o conceito que temos hoje de Nação, com base na unidade política, se desenvolveu. Os comerciantes e ban-

Formação da nação

PARA CASA

Leia o QR Code abaixo e conheça o romantismo na formação da nação brasileira.

AllmAps/ACervo dA editorA

as graNDes NaVegaÇões

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OCEANO ATLÂNTICO

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Fernando de Noronha Cabo de S. Roque Recife Ascensão Salvador Sta. Helena Porto Seguro

Luanda CONGO Moçambique Sofala

OCEANO ÍNDICO

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OCEANO ATLÂNTICO

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Fonte: BlACK, J. (ed.). World History Atlas. 2. ed. london: dorling Kindersley, 2008. p. 80. Adaptado.

Nação, Estado e território Na atualidade, o conceito de Nação – um grupo de pessoas unidas por determinadas características em comum, como território, reli-

gião, língua etc. – tornou-se fundamental para as identidades dos povos e um fator essencial para o condicionamento do comportamento dos

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sões muito distintas – desde um agrupamento de bairros até grandes conjuntos de países. Ainda assim, a compartimentação de um espaço em regiões pode ser útil para separar partes do espaço relativamente homogêneas e distintas do entorno segundo os critérios adotados.

O Brasil, em seus mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, é composto de diferentes aspectos naturais, sociais e econômicos. Por isso, e para facilitar a compreensão e a administração desse enorme território, costuma-se dividi-lo em regiões. A mais conhecida dessas divisões regionais (“regionalizações”) é a elaborada pelo IBGE para fins administrativos. A regionalização atual do IBGE identifica cinco macrorregiões, considerados critérios naturais (clima e vegetação), socioeconômicos (demografia, ocupação do solo, hierarquia urbana e etapa de desenvolvimento humano) e histórico-culturais (povoamento, hábitos e tradições de produção, consumo e heranças culturais). São as seguintes:

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indivíduos nas sociedades e destas como agentes políticos e sociais. Por estar essa noção profundamente arraigada no ser humano moderno, guerras foram travadas, conspirações foram tramadas, governos foram trocados, pessoas foram presas e assassinadas, enquanto outras foram aclamadas como mártires, líderes e governantes.

Na atualidade, o termo Nação é aplicado a diferentes situações. Podemos ter uma nação que tenha mais de uma língua, como é o caso da Suíça, além de outros componentes culturais que a identifiquem separadamente, sem deixar de formar uma unidade nacional.

Os curdos, com tradições e cultura ancestral comum, vivem hoje em diferentes países do Oriente Médio, como veremos mais adiante nesta unidade, mas almejam se sentir pertencentes à nação curda e formar seu próprio Estado politicamente independente.

Nesse sentido, a noção de Estado corresponde a uma forma de organização das sociedades, para cuja existência concorrem três fatores:

Equador

REGIÃO NORTE

Uma das formas mais úteis e comuns de se dividir o espaço geográfico é em regiões. É certo que não há consenso entre os geógrafos sobre como definir o conceito de região, e que se utiliza o termo para designar áreas de dimen-

REGIÃO NORDESTE

REGIÃO CENTRO-OESTE

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REGIÃO SUL 0

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REGIÃO SUDESTE

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Divisão regional do espaço brasileiro

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Entende-se por fronteiras os limites terrestres, marítimos e aéreos (físicos, como rios, ou abstratos, como linhas imaginárias), que separam um território de outro, delimitando o espaço que configura o território nacional (ou uma unidade política), e território como a porção física sobre a qual o Estado exerce sua soberania ou que contém uma Nação.

brasil – regiões geográficas

410

O

• um território delimitado por fronteiras fixas, englobando também o espaço aéreo e o limite de águas territoriais, se houver, representado por uma porção de águas oceânicas e a costa; • uma população que habite esse território e que aceite a inviolabilidade das fronteiras fixadas; • um poder político organizado, isto é, um governo que exerça sua autoridade sobre a população que vive no território delimitado pelas fronteiras estabelecidas.

• Norte (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins), • Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), • Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), • Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo) e • Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

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Capítulo 2 – A formação de territórios e fronteiras

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Fonte: AtlAs Nacional do Brasil milton santos. rio de Janeiro: iBGe, 2010.

Adaptado.

UNidAde 1 – A CoNstrUção do espAço GeoGráfiCo

de Noronha a Pernambuco, a criação dos estados do Mato Grosso de Sul e de Tocantins, e a elevação dos Territórios Federais do Acre, Roraima e Amapá à condição de estados.

Outra divisão regional

A Revolução Industrial

A partir do século XVIII e durante o século XIX teve início o processo de urbanização acelerada, quando a taxa de crescimento da população urbana ultrapassou a taxa de crescimento da população rural. Esse processo originou-se na Inglaterra devido à Revolução Industrial, que teve início em meados do século XVIII e alastrou-se rapidamente pela Europa. A Revolução Industrial caracterizou-se por um conjunto de alterações em que houve, entre outras, a introdução de máquinas a vapor para acelerar os processos de produção.

Com o aparecimento de unidades fabris, o es-

paço passou a ser organizado de forma diferente, o que resultou nas cidades industriais.

Em pouco tempo, a Inglaterra tornou-se a nação mais poderosa do mundo, conquistando novos territórios. Formou muitas colônias, destituindo poderes locais e consagrando a sua hegemonia política. O Império Britânico singrava os sete mares e, por onde passava, comunicava ao mundo que aqueles territórios agora lhe pertenciam. A bandeira inglesa tremulava em todos os continentes, exceção feita à inexplorada Antártida.

impÉrio briTÂNico (1850-1900) imperio_britanico

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

Círculo Polar Ártico

REINO UNIDO

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OCEANO ATLÂNTICO

Trópico de Câncer

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OCEANO PACÍFICO Trópico de Capricórnio

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BANGLADESH HONG KONG ÍNDIA ÁDEN OCEANO SOMALILÂNDIA PACÍFICO MALÁSIA

COSTA DO MARFIM

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OCEANO ÍNDICO

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AUSTRÁLIA

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Círculo Polar Antártico

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

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ESCALA 2 740 km

Fonte: BlACK, J. (ed.). World History Atlas. 2. ed. london: dorling Kindersley, 2008. p. 94-95. Adaptado.

5 480

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Leia o QR Code abaixo e conheça outra divisão regional do Brasil.

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Porém, a divisão do IBGE nem sempre foi essa. A primeira divisão do órgão que se tornaria o IBGE, em 1941, dividia o país nas macrorregiões Norte, Nordeste, Este, Sul e Centro, com base principalmente na localização dos estados dentro do território nacional e com significativas diferenças em relação à regionalização mais recente. Em 1945, outra divisão regional do órgão manteve as regiões Norte e Sul e criou as regiões Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste Setentrional, Leste Meridional e Centro-Oeste. As cinco macrorregiões atualmente consideradas surgiram na regionalização realizada entre 1969 e 1970, e ganharam os contornos atuais após 1988, com a extinção do estado da Guanabara, a anexação de Fernando

PARA CASA

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industrializadas (ou em processo de industrialização) europeias saíram pela África e Ásia fundando colônias. Essas áreas anexadas eram essenciais para os países que se industrializavam, pois garantiam o fornecimento de matérias-primas e um mercado consumidor cativo. O resultado dessa corrida pela busca de novos espaços foi trágico para o sudeste da Ásia e principalmente para a África, dividida segundo os interesses europeus. As consequências para esse continente não poderiam ter sido mais nefastas, moldando a África do século XX. A esse processo damos o nome de Imperialismo ou Partilha Colonial.

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A estratégia imperialista inglesa tinha como instrumento de dominação manter os povos subjugados dentro de seus próprios territórios, obedecendo a um estado de direito imposto pela vontade inglesa.

A vastidão do seu império onde o Sol nunca se punha – expressão que retratava o tamanho dos domínios, pois em todos os continentes havia uma colônia ou possessão inglesa – era motivo de orgulho para os ingleses, única e exclusivamente para eles.

Na França e na Alemanha, como também em outros países europeus, a Revolução Industrial ocorreu durante o século XIX. As nações

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URSS URSS

MONGÓLIA MONGÓLIA

MANCHÚRIA MANCHÚRIA

Açores Açores Madeira Madeira

MARROCOS MARROCOS Canárias Canárias RIO RIODE DEOURO OURO Cabo CaboVerde Verde

ARGÉLIA ARGÉLIA

LÍBIA LÍBIA

ÁFRICA ÁFRICA OCIDENTAL OCIDENTAL FRANCESA FRANCESA

GÂMBIA GÂMBIA GUINÉ GUINÉ PORTUGUESA PORTUGUESA SERRA SERRALEOA LEOA COSTA COSTADO DOOURO OURO OCEANO OCEANO ATLÂNTICO ATLÂNTICO

EGITO EGITO

Chandernagor Chandernagor

SUDÃO SUDÃO

ÁFRICA ÁFRICA EQUATORIAL EQUATORIAL FRANCESA FRANCESA

ERITREIA ERITREIA

CONGO CONGO BELGA BELGA

KÊNIA KÊNIA

SOMÁLIA SOMÁLIA ITALIANA ITALIANA

TANGANICA TANGANICA

RODÉSIA RODÉSIA

Santa SantaHelena Helena

NAMÍBIA NAMÍBIA

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Maldivas Maldivas

OCEANO OCEANO PACÍFICO PACÍFICO

INDOCHINA INDOCHINA

Filipinas Filipinas

Carolinas Carolinas

Ceilão Ceilão

Seychelles Seychelles

Comores Comores

JAPÃO JAPÃO

Formosa Formosa Hong HongKong Kong

Yanaon Yanaon Pondichery Pondichery Karikal Karikal

ETIÓPIA ETIÓPIA

ANGOLA ANGOLA

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Goa Goa

Mahé Mahé

NIGÉRIA NIGÉRIA

COREIA COREIA

CHINA CHINA

SÍRIA SÍRIA LÍBANO LÍBANO IRAQUE IRAQUE PALESTINA PALESTINA

TUNÍSIA TUNÍSIA

OCEANO OCEANO ÍNDICO ÍNDICO

NN ÉÉ SS I IA A

MADAGÁSCAR MADAGÁSCAR Maurício Maurício

Reunião Reunião MOÇAMBIQUE MOÇAMBIQUE

AUSTRÁLIA AUSTRÁLIA

Nova Nova Caledônia Caledônia

ÁFRICA ÁFRICA DO DOSUL SUL

Potências Potênciascoloniais coloniaiseesuas suascolônias colônias

Portugal Portugal Espanha Espanha

França França Japão Japãoeeocupação ocupaçãojaponesa japonesana naChina China

Itália Itália Bélgica Bélgica

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África Áfricado doSul Sul

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Reino ReinoUnido UnidoeeCommonwealth Commonwealth Estados Estadosindependentes independentesvinculados vinculadosao aoReino ReinoUnido Unido

Países PaísesBaixos Baixos

Principais Principaismandatos mandatosna naÁfrica África (colônias (colôniasalemãs alemãsantes antesde de1918) 1918)

Fonte: AtlAs da História do mundo. são paulo: folha de s.paulo, 1995. p. 240-241. Adaptado.

O turbulento século XX O século XX teve início sob forte tensão ocasionada pela corrida colonial e a disputa por mercados, fontes de energia e matérias-primas, fatores essenciais para dar continuidade e im-

pulsionar as atividades industriais. O acirramento dessas tensões, além de um arraigado sentimento nacionalista de alemães e russos, resultou em um conflito funestamente inédi-

AS PÁGINAS 44 A 79 FORAM SUPRIMIDAS NESTA VISUALIZAÇÃO. Para maiores informações entre em contato conosco: promocao@harbra.com.br

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Capítulo 2 – A formação de territórios e fronteiras

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UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

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ALF RIBeIRO/SHUTTeRSTOCK

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População e ética

SOCIOAMBIENTAL

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Capítulo 5 – Povos e sociedades 81

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Povos e sociedades

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração Seu ponto de vista! do ser humano comum (...).

AP

Artigo 1 – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. (...) dISOBeY ART/SHUTTeRSTOCK

Assim começa a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e promulgada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, após os acontecimentos dramáticos da Segunda Guerra Mundial. Nesse documento fica clara a igualdade de todos os seres humanos, independentemente de seu credo, sexo, opinião política, etnia, condição social ou qualquer outra. Em sua opinião, que ações um pequeno grupo social (como a família, por exemplo) poderia tomar para auxiliar a atingir essa igualdade?

Uma ma só população e vários povos?

Faz parte dos noticiários e mesmo da conversa do dia a dia o uso de palavras como “povo”, “sociedade”, “população”, “etnia”.

Usadas de modo informal, muitas vezes podem

dar a entender de que se trata da mesma coisa.

Mas existe uma diferença fundamental quando falamos nesses conceitos no contexto das Ciências Humanas.

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5

Capítulo

83

Finalmente, etnia se refere a outra maneira de separar os humanos em grandes grupos, geralmente por semelhanças culturais, linguísticas e de aparência física, porém sem as implicações do conceito de povo em termos de autoidentificação e de vínculos de solidariedade entre os membros do grupo.

Uma etnia muitas vezes se distribui em diversos povos e nações, enquanto um mesmo povo pode ter origens étnicas variadas. Esse é o caso do chamado “povo brasileiro”, formado por indivíduos de muitas etnias (bantos, iorubás, ticunas, guaranis, tamoios, tupiniquins, ticunas, latinos, germânicos...), que se reconhecem como parte de uma mesma comunidade, isto é, a nação brasileira. Todos eles constituem ainda a população brasileira, formada por todas as pessoas que residem dentro das fronteiras do território da República Federativa do Brasil.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Povo designa os indivíduos que estão em um mesmo território e unidos pela nacionalidade. Quando mencionamos o “povo brasileiro” estamos nos referindo a todos os brasileiros que aqui estão, quer sejam eles nascidos aqui ou mesmo naturalizados. E em que difere “povo brasileiro” de “população brasileira”?

Consideramos população, por exemplo, a brasileira, como sendo todos os brasileiros (natos ou naturalizados) que aqui habitam mais os estrangeiros e os apátridas. apátrida: indivíduo Já sociedade que não tem nenhuma pode ser caracteriza- nacionalidade da como relações entre pessoas, que gozam de autonomia e liberdade, sem terem necessariamente vínculos de parentesco, cujas ações apresentam uma dependência recíproca, como na vida em uma cidade, por exemplo.

AP

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Capítulo 5 – Povos e sociedades

JOA SOUZA/SHUTTeRSTOCK

Os povos indígenas já habitavam o território brasileiro antes da chegada dos portugueses em 1500. esses povos apresentam cultura, identidade étnica, organização social e vínculos próprios. na foto, índios pataxós em Santa Cruz Cabrália (BA) durante jogos. (Atualmente, há um movimento no sentido de recuperar a língua original pataxó, que já não é mais falada.)

84

UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

POPULAÇÃO MUNDIAL Ano

PoPulAção mundiAl 1 bilhão

1930

2 bilhões

1974

4 bilhões

1999

6 bilhões

2024

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

1800

8,1 bilhões

2054

9,8 bilhões (estimado)

2100

Como surgiram os primeiros hominídeos do ponto de vista da Ciência é um assunto complexo, com lacunas em suas explicações e que envolve diferentes áreas do conhecimento. No entanto, as principais teorias indicam que os primeiros hominídeos surgiram nas savanas africanas há cerca de 5,3 milhões de anos.

Avançando alguns milhões de anos até os tempos atuais, temos que a população humana atingiu o primeiro bilhão de habitantes em 1800 e, a partir de então, cresceu de forma rápida até o ano 2000 e as estimativas indicam um ligeiro decréscimo na taxa de crescimento mundial.

10,2 bilhões (estimado)

NÚMERO MÉDIO ANUAL DE NASCIMENTOS E DE MORTES – MUNDO

Número de nascimentos e de mortes (em milhões)

Fonte: UnITed nATIOnS dePARTMenT OF eCOnOMIC And SOCIAL AFFAIRS/POPULATIOn dIVISOn. World Population Prospects 2024: summary of results. new York, 2024. p. 53. Disponível em: <https://population.un.org/wpp/assets/Files/WPP2024_ Summary-of-Results.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2025.

Adaptado.

nascidos vivos por mulher

TAXA DE FECUNDIDADE (1950-2100) – MUNDO 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 1950

95% intervalo de predição

fertilidade total

1975

2000

2025 anos

2050

2075

2100

AP

Fonte: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024. Disponível em: <https://population. un.org/wpp/graphs?loc=900&type=demographic%20 Profiles&category=Line%20Charts>. Acesso em: 16 abr. 2025.

Adaptado.

CRISTIAn MACIeL06/SHUTTeRSTOCK

170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 1950

nascimentos

mortes

95% intervalo de predição

1975

2000

2025

2050

2075

2100

Fonte: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024. Disponível em: <https://population.un.org/wpp/ graphs?loc=900&type=demographic%20Profiles&category=Line%20Charts>.

Acesso em: 16 abr. 2025. Adaptado.

A taxa de fecundidade, ou seja, o número de filhos por mulher em seu período reprodutivo (de 15 a 49 anos), vem caindo em âmbito global. Os fatores que levaram a esse fenômeno estão ligados à crescente urbanização e à ampliação do acesso à informação, além do uso cada vez maior de métodos anticoncepcionais como a pílula, surgida na década de 1960, que permitiu às mulheres manterem uma vida sexual ativa com um risco bem menor de terem uma gravidez indesejada.

Hoje, aumenta o número de casais que desejam procriar apenas depois dos 30 anos de idade, quando já atingiram certa estabilidade profissional, pois sabem dos custos da criação saudável de um filho. Por isso, optam também por terem poucos filhos, não raro apenas um.

Essa tendência é mundial, porém mais acentuada nos países ricos, onde o nível de informação das pessoas sobre procriação é muito elevado e grande parte dos casais tem plena consciência da responsabilidade de se criar um filho.

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Dinâmica das populações

Capítulo 5 – Povos e sociedades

85

Na Europa, durante a Idade Média, a esperança (ou expectativa) de vida, ou seja, o número de anos que uma pessoa pode esperar viver ao nascer, era menor do que 40 anos, bem mais baixa do que a atual que está em torno de 70 anos para os homens e 75 para as mulheres, dependendo das

CARLA GOnZAGA

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Algumas doenças marcaram períodos da história por terem se alastrado de tal forma que dizimaram, em um curto período de tempo, milhões de pessoas.

Na Idade Média, entre 1346 e 1352, a Europa teve sua população reduzida em um terço em consequência da peste negra (ou peste bubônica). Na época, não se sabia que a doença era causada pela bactéria Yersinia pestis e transmitida por pulgas e percevejos que mordiam ratos infectados, nos quais a doença não se manifestava, e a transmitiam aos humanos.

As péssimas condições de higiene, esgoto a céu aberto e lixo acumulado facilitaram a propagação da doença, que virou epidemia.

O famoso quadro O Triunfo da Morte (1562), do pintor belga Pieter Brueghel (1525-1569), retrata a tragédia que a peste negra causou na europa durante a Idade Média. Óleo sobre tela, 117 cm × 162 cm. Museu do Prado, Madri, espanha.

condições de vida dos indivíduos. Mas, apesar dos avanços das condições sanitárias e de saúde pública, não estamos livres de novas doenças que possam dizimar milhares – ou até mesmo milhões – de pessoas. A pandemia de covid-19 que se espalhou recentemente pelo planeta é um exemplo disso.

Distribuição da população no planeta

Existem grandes va- demográfico: que se zios demográficos no plane- refere à população de ta, que são áreas com baixa determinada região, densidade demográfica, tais país etc. ou que é próprio como áreas desérticas, muito dela; populacional frias ou de florestas. Há também áreas extremamente po- densidade demográfica: entre o total voadas, que geralmente cor- relação de habitantes de respondem a grandes cidades. determinada região Além disso, há desigualdades (cidade, estado, país na distribuição espacial da etc.) e a área abrangida população dentro dos países. por ela. Geralmente é expressa em habitantes As dinâmicas populacionais por quilômetro quadrado são afetadas por diferentes (hab./km2) fatores, incluindo condições de saúde, migrações, nível de urbanização, questões de gênero, entre outros.

PoPulAção mundiAl

Continente

População em 2024 (em milhões de habitantes)

Mundo

8.161.972

África

1.515.141

18,6

Ásia

4.806.898

58,9

Europa

745.084

9,1

América Latina

663.466

8,1

América do Norte

385.295

4,7

Oceania

46.088

0,6

% da população mundial

Fonte: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024. Disponível em: <https://population.un.org/dataportal/ data/indicators/49/locations/903,935,905,931,916,915,909,908/ start/2024/end/2024/table/pivotbylocation?df=010bea30-5f89-4456-a62c94ba99a006a9>. Acesso em: 16 abr. 2025.

A enorme população mundial não se distribui de maneira equivalente nos espaços continentais: a Ásia é o continente mais populoso, com 4,8 bilhões (cerca de 60% da população mundial) e a Oceania tem a menor população, com 46 milhões de habitantes (cerca de 0,6% do total), desconsiderando-se a Antártida, que é despovoada, apresentando apenas bases científicas.

AP

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Estabelecendo conexões

86

UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

Conceitos demográficos Para entendermos a questão demográfica, é necessário o conhecimento de alguns conceitos básicos sobre esse tema.

População absoluta e população relativa

D=

no total de habitantes área

Podemos analisar as populações considerando seus números absolutos, ou seja, o número total de habitantes. Porém, outra forma de analisá-las é do ponto de vista da densidade demográfica, ou seja, pela população relativa. Perceba, pela tabela abaixo, que os países com maior população absoluta não apresentam, necessariamente, a maior população relativa.

PoPulAção

denSidAde (hab./km²)

Índia

1.450.935.791

488

China

1.419.321.278

148

Estados Unidos da América

345.426.571

38

Indonésia

283.487.931

148

Paquistão

251.269.164

326

Nigéria

232.679.478

255

Brasil

212.583.750

25

Bangladesh

173.562.364

1.333

Rússia

144.820.423

9

México

130.861.007

67

PAÍS

1 2 3 4 5 6 7 8 9

AP

10

Fontes: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024. Disponível em: <https:// population.un.org/dataportal/data/indicators/54/ cations/156,356,840,360,586,76,566,50,643,484/start/2024/ end/2024/table/pivotbylocation?df=4aa4ef57-9fcc-441e-bddae3a36e217d38>. Acesso em: 16 abr. 2025.

IBGe. Disponível em: <https://ftp.ibge.gov.br/estimativas_de_ Populacao/estimativas_2024/POP2024_20241230.pdf>.

Acesso em: 22 abr. 2025.

PAÍSES MAIS POPULOSOS E SUA DENSIDADE POPULACIONAL (2024)

PAÍS*

denSidAde (hab./km²)

PoPulAção

RANKING em PoPulAção ABSoluTA

1

Mônaco

25.927

38.631

216

2

Macau

22.508

720.262

170

3

Singapura

8.539

5.832.287

114

4

Hong-Kong

6.747

7.414.910

106

5

Vaticano

2.004

882

235

*O Brasil ocupa a posição número 152 no ranking da população relativa dos países.

Fonte: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024; CIA World Factbook. Disponível em: <https://population.un.org/ dataportal/data/indicators/54,49/ locations/446,492,702,344/ start/2024/end/2024/table/ pivotbylocation?df=b64fd2a9-93bd4a35-966f-76e4ce2c286b> e <https:// www.cia.gov/the-world-factbook/field/ population/country-comparison/>.

PAÍSES COM MAIOR POPULAÇÃO RELATIVA (2024)

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EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Entende-se por população absoluta o número total de habitantes de determinada área, e por população relativa a densidade demográfica (D), ou seja, a relação entre o total de habitantes de determinada região e a área abrangida por ela. Veja a seguinte fórmula:

Capítulo 5 – Povos e sociedades

87

Taxa de natalidade Taxa de natalidade é a relação entre o número de nascidos vivos em um local em determinado período de tempo (geralmente um ano) e taxa de natalidade=

o número total de habitantes desse local. A taxa de natalidade representa a frequência com que ocorrem os nascimentos em uma população.

no de nascidos vivos no ano × 1.000 população absoluta

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Taxa de mortalidade é a relação entre o número de óbitos ocorridos em um local em deter-

FABIOCOSTAFOTOGRAFIA123/SHUTTeRSTOCK

no de mortos no ano população absoluta

× 1.000

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (TMI) 1970-2020 – MUNDO 200

por 1.000 nascidos vivos

A taxa de mortalidade representa a frequência com que ocorrem os óbitos em uma população.

Podemos selecionar um grupo que nos interesse para saber qual é a taxa de mortalidade dentro desse universo específico. Assim, podemos saber, por exemplo, qual é a taxa de mortalidade entre as crianças de 0 a 1 ano de vida, também conhecida como taxa de mortalidade infantil.

Essa taxa é um dos mais importantes indicadores sociais, revelando muito das condições socioeconômicas de determinada população em determinado espaço. Assim, quanto maior for esse índice, piores serão as condições em que vive o grupo de pessoas analisado. Nessa fase da vida humana, é essencial que a criança tenha uma alimentação saudável e um ambiente de vivência com boas condições de higiene. A carência alimentar, a falta de condições de higiene e de saneamento básico, aliadas à falta de informação e conhecimento, características de regiões muito pobres, são fatores que elevam as taxas de mortalidade infantil.

minado período de tempo (geralmente um ano) e o número total de habitantes desse local.

150 100 50 0

1970

1980

1990

2000

2010

2020

Fonte: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024. Disponível em: <https://population.un.org/dataportal/data/ indicators/22/locations/900/start/1950/end/2024/line/linetimeplot?df=010bea305f89-4456-a62c-94ba99a006a9>. Acesso em: 16 abr. 2025.

ESTIMATIVA DA MORTALIDADE ENTRE CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS – MUNDO Óbitos de menores de 5 anos por 1.000 nascidos vivos

taxa de mortalidade =

AP

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Taxa de mortalidade

220 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20

1975

2000

2025 anos

2050

2075

2100

Fonte: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024. Disponível em: https:// population.un.org/wpp/graphs?loc=900&type=demographic%20 Profiles&category=Line%20Charts>. Acesso em: 16 abr. 2025.

88

UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

No Brasil, conforme dados do IBGE, de 1940 a 2023 a taxa de mortalidade infantil passou de 146,6 crianças mortas por 1.000 nascidas vivas para 12,5.

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (POR MIL) – BRASIL (1940-2023)

Ano

TAxA de morTAlidAde inFAnTil (Por mil)

1940

146,6

120

1950

136,2

100

1960

117,7

80

1991 2000 2010 2019 2023

97,6

60 40

69,1

20

45,1

0

28,1 15,0 12,1

1940

1950 1960

1970

1980 1991

2000

2010 2019

2023

Fonte: TÁBUA COMPLeTA de MORTALIdAde PARA O BRASIL. Breve Análise da Evolução da Mortalidade no Brasil. Rio de Janeiro: IBGe, 2024. p. 10.

Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/3097/ tcmb_2023.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2025.

12,5

Taxa de fecundidade e crescimento populacional

PAÍSES COM AS MAIORES TAXAS DE FECUNDIDADE (2024)

PAÍS

Níger

TAxA de FecundidAde (nÚmero de FilHoS/mulHer) 6

Angola

6

Mali Benim

AP

República Democrática do Congo

6 5 5

Chade

5

Uganda

5

Somália

5

Sudão do Sul

5

Burundi

5

*O Brasil ocupa a posição número 151 no ranking da taxa de fecundidade, com dois filhos por mulher.

Fonte: CIA Factbook. Disponível em: <https://www.cia. gov/the-world-factbook/field/total-fertility-rate/countrycomparison/>. Acesso em: 16 abr. 2025.

A estimativa que se faz do número de filhos que cada mulher tem, em média, durante seu período reprodutivo, considerando-se o número de filhos nascidos vivos e o total de mulheres entre 15 e 49 anos, denomina-se taxa de fecundidade. Nos países ricos, a média é de 1,5 filho por mulher, enquanto nos países mais pobres chega a mais de 5 filhos por mulher.

O crescimento populacional ocorre devido à migração e ao crescimento natural, que é medido por uma taxa conhecida como crescimento vegetativo. Esta última corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade ocorrida durante um dado período (geralmente um ano).

A taxa de migração é representada pela diferença entre o número de pessoas que se dirigem para o país com o intuito de se estabelecer em seu território (imigrantes) e o número de pessoas imigrante: pessoa que entra em uma que deixam esse país (emigrantes).

A população está crescendo de região ou país forma mais acelerada em países onde a qualidade de vida é mais preocupante, emigrante: pessoa ocorrendo uma relação direta entre as que sai de uma baixas condições socioeconômicas e o região ou país crescimento populacional. A essa realidade soma-se o fato de que o crescimento populacional acelerado não encontra correspondência no ritmo, mais lento, do crescimento econômico nesses países. Com isso, para as próxi-

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1980

140

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

1970

160

Capítulo 5 – Povos e sociedades

mas décadas prevê-se a exclusão de milhões de pessoas do mercado de trabalho.

PAÍSES COM AS MAIORES TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL (2024) TAxA de creScimenTo dA PoPulAção (%)

Sudão do Sul

4,65

2

Níger

3,66

3

Angola

3,33

4

Benim

5

Guiné Equatorial

3,23

6

Uganda

3,18

7

República Democrática do Congo

3,11

8

Chade

3,01

9

Mali

10

Zâmbia

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

1

3,29

2,9

2,83

Fonte: CIA Factbook. Disponível em: <https://www.cia.gov/the-world-factbook/field/population-growth-rate/ country-comparison/>. Acesso em: 16 abr. 2025.

As perspectivas não são nada animadoras, pois esses enormes contingentes de pessoas à margem do mercado de trabalho e excluídos econômica e socialmente estão bastante sujeitos a serem os principais atores de conflitos internos, de explosões urbanas e de migrações ilegais para outros países, principalmente para os países ricos.

Transição demográfica

A transição demográfica se dá quando há mudança no perfil demográfico de determinada população. Isso acontece quando se passa de uma situação em que ocorrem altas taxas de natalidade e mortalidade para outra com crescimento moderado e baixas taxas de mortalidade e fecundidade. Durante esse processo, as taxas de mortalidade decrescem rapidamente antes de o mesmo acontecer em relação às taxas de fecundidade, havendo maior crescimento da população durante certo período. Os países desenvolvidos encontram-se em etapas mais avançadas do processo da transição demográfica; América Latina e Ásia, em situação intermediária e África, no início desse processo.

AP

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PAÍS

Disseram a respeito...

O conceito de transição demográfica foi introduzido por Frank Notestein, em 1929, e elaborado a partir da interpretação das transformações demográficas sofridas pelos

países que participaram da Revolução Industrial nos séculos 18 e 19 até os dias atuais.

A partir da análise destas mudanças demográficas foi estabelecido um padrão que, se-

89

UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

3 2 1

pré-transição

taxas (%)

natalidade mortalidade

1

0

a

2

a

a

3

tempo

1a fase – transição da mortalidade A Revolução Industrial, o processo de urbanização e de modernização da sociedade foram responsáveis, em um primeiro momento, por um crescimento populacional acelerado nos países europeus e posteriormente nos Estados Unidos, Japão, Austrália e outros.

Apesar das péssimas condições de moradia e saúde das cidades industriais, até pelo menos o final do século 19, a elevação da produtividade e da oferta de bens de subsistência propiciaram progressiva melhora no padrão de vida da população. Conquistas sanitárias e médicas, associadas a esta fase de desenvolvimento científico e tecnológico, tiveram impactos diretos na saúde pública e, consequentemente, na queda das taxas de mortalidade. Portanto, a primeira fase de transição demográfica é marcada pelo rá-

AP

STeLLA RIBAS/ACeRVO dA edITORA

FASESfases_da_transicao_demografica DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 4

pido crescimento da população, favorecido pela queda da mortalidade, já que as taxas de natalidade ainda permaneceram algum tempo elevadas.

2a fase – transição da fecundidade A segunda fase caracteriza-se pela diminuição das taxas de fecundidade (ou seja, o número médio de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 e 49 anos), provocando queda da taxa de natalidade mais acentuada que a de mortalidade e desacelerando o ritmo de crescimento da população.

Aos poucos foram sendo rompidos os padrões culturais e históricos que se caracterizavam pela formação de famílias numerosas. Mas estas transformações culturais foram mais lentas. Levou certo tempo para que os hábitos e costumes comunitários da sociedade anterior, baseados na organização de um outro padrão familiar, fossem rompidos.

A mortalidade infantil elevada induzia as famílias a terem muitos filhos, contando com o fato de que nem todos eles sobreviveriam.

Os efeitos sociais das conquistas sanitárias na qualidade de vida permitiram que a mortalidade infantil também diminuísse e as famílias pudessem planejar o que consideravam o número ideal de filhos, em uma sociedade que se modernizava.

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gundo alguns demógrafos, pode ser aplicado aos demais países do mundo, embora em momentos históricos e contextos econômicos diferentes.

Ela explica que, durante uma longa fase da história, a natalidade e a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando um crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam comunidades inteiras.

A partir da Revolução Industrial teve início a primeira fase, das três que caracterizam o modelo de transição demográfica.

3a fase – a estabilização demográfica Na terceira fase da transição demográfica, as taxas de crescimento ficam próximas de 0%. Ela é o resultado da tendência iniciada na segunda fase: o declínio da fecundidade e a ampliação da expectativa média de vida que acentuou o envelhecimento da população. As taxas de natalidade e de mortalidade se aproximaram a tal ponto que uma praticamente anula o efeito da outra. Esta é a situação encontrada há pouco mais de uma década em diversos países europeus e é denominada de fase de estabilização demográfica.

Fonte: MendOnçA, C. Demografia: transição demográfica e crescimento populacional.

Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/demografia-transicao-demografica-ecrescimento-populacional.htm>. Acesso em: 22 abr. 2025.

Ò Praticamente todos os países do mundo já iniciaram ou completaram sua transição demográfica. Qual é a relação entre esse fato e o processo de rápido crescimento da população mundial, discutido anteriormente? O que deve acontecer com a tendência de crescimento demográfico mundial ao longo das próximas décadas?

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Capítulo 5 – Povos e sociedades

primórdios: início, começo

crescimento vegetativo: diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade da população de determinado local

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Desde os primórdios da civilização até o início do século XIX, o crescimento da população mundial ocorreu de forma lenta. A partir daí, diversos fatores levaram a um rápido crescimento demográfico, concentrado no século XX. Mas por que será que houve esse crescimento fantástico?

Porque houve um aumento significativo do crescimento vegetativo em âmbito mundial, decorrente, sobretudo, da redução drástica das taxas de mortalidade.

Um dos principais aspectos que levou à redução das taxas de mortalidade no mundo foi, sem dúvida, a sobrevida trazida pelos avanços da medicina no século XX. Com certeza você sabe que algumas doenças endêmicas e epidêmicas, como a tuberculose, as infecções bacterianas, a varíola, entre outras, foram responsáveis por muitos milhões de óbitos ao longo da história da humanidade, e só tiveram suas curas descobertas no século XX, com a utilização de vacinas ou antibióticos, por exemplo.

Mas o avanço da medicina não foi o único fator responsável pela diminuição das taxas de mortalidade. As populações em geral passaram a ter maior acesso à rede hospitalar e a programas de saúde. O crescimento urbano e a melhoria das condições de vida nas cidades também contribuíram. Cresceu significativamente o acesso a redes de água e esgoto, a grande volume de informação sobre questões de higiene e saúde e também a uma alimentação mais rica e nutritiva.

Consequentemente, ocorreu um aumento na expectativa de vida.

A explosão demográfica do século XX se concentrou principalmente nos países pobres, tendo alcançado o nível mais alto entre 1950 e 1970, ficando a média do crescimento demográfico em torno de 2,5% ao ano. As razões para esse fato são as altas taxas de natalidade e os baixos níveis socioeconômicos, de urbanização e de acesso à informação desses países.

Precisamos, entretanto, tomar cuidado ao analisar essas premissas, pois podemos desenvolver o raciocínio falso de que a diminuição das taxas de natalidade nos países pobres é a solução para seus problemas econômicos e sociais. Na realidade, o crescimento econômico associado à melhora da qualidade de vida é que traz reduções significativas no crescimento populacional.

Nos países ricos, a população tem mais informações, e geralmente conhece e desenvolve o planejamento familiar, utilizando-se de métodos contraceptivos.. Grande parte dos casais limitam o número de filhos ou resolvem tê-los mais tarde, pensando nos custos inerentes ao sustento deles dentro de certos parâmetros tidos como satisfatórios e capazes de garantir uma boa qualidade de vida. Além desses fatores, o trabalho feminino fora do lar também contribui para reduzir as taxas de natalidade.

Com o planejamento familiar, as nações desenvolvidas se defrontam com um grande problema: em determinados países da União Europeia (UE), as taxas de natalidade estão próximas de zero, causando uma verdadeira estagnação demográfica ou crescimento negativo.

AP

contraceptivo: anticoncepcional

neW AFRICA/SHUTTeRSTOCK

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As diferenças no crescimento populacional

91

92

UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

Os dados estimados da Ásia, Europa, América Latina e Caribe mostram que a partir da segunda metade deste século, a população desses continentes começará a diminuir. Isso se deve, em grande parte, à intensa urbanização dos países desses continentes (os dados confirmam que, em

geral, as taxas de natalidade nas cidades são menores que nas zonas rurais) e à difusão de métodos anticoncepcionais. O crescimento populacional negativo pode trazer graves consequências para os países, principalmente para a economia e a infraestrutura, já que pode faltar mão de obra.

1950-1955

1980-1985

2010-2015

2040-2045*

2070-2075*

2090-2095*

1,78

1,77

1,18

0,56

0,10

-0,1

2,08

2,82

2,58

1,71

0,91

0,48

1,95

1,95

1,04

0,25

-0,26

-0,41

0,97

0,40

0,18

-0,16

-0,38

-0,3

América Latina e Caribe

2,65

2,14

1,07

0,65

-0,43

-0,57

América do Norte

1,65

0,95

0,78

0,31

0,23

0,2

Oceania

2,07

1,60

1,56

0,80

0,48

0,36

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

conTinenTe mundo África Ásia Europa

*estimativa.

Fonte: UnITed nATIOnS, deSA, POPULATIOn dIVISIOn. World Population Prospects 2024. Disponível em: <https://population.un.org/dataportal/ data/indicators/51/locations/903,935,915,916,908,905,909,931,900/start/2090/end/2095/table/pivotbylocation?df=a7066468-c2f4-45b8-928bb5e5438ad8a3>. Acesso em: 17 abr. 2025.

Disseram a respeito...

uma breve análise da evolução da mortalidade no Brasil

AP

No processo de transição demográfica brasileira destaca-se que, desde o século XIX até meados da década de 1940, o Brasil caracterizou-se pela prevalência de altas taxas de natalidade e de mortalidade, principalmente a mortalidade nos primeiros anos de vida. A partir desse período, com a incorporação às políticas de saúde pública dos avanços da medicina, particularmente os antibióticos recém-descobertos no combate as enfermidades infecto-contagiosas e importados no pós-guerra, o país experimentou uma primeira fase de sua transição demográfica, caracterizada pelo início da queda das taxas de mortalidade. Primeiramente, o grupo etário mais beneficiado com a diminuição da mortalidade foi o das crianças menores de 5 anos de idade. Inicia-se assim o processo de transição epidemiológica. O conjunto de causas de morte formado pelas doenças infecciosas, respiratórias e parasitárias, começa, paulatinamente, a perder importância frente a outro conjunto formado por doenças que se relacionam com a degeneração do organismo através do envelhecimento, como o câncer, problemas cardíacos, entre outros. (...)

EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER – BRASIL (1940/2023)

Ano

exPecTATivA de vidA Ao nAScer (em AnoS)

Total

Homem

Mulher

1940

45,5

42,9

48,3

1950

48,0

45,3

50,8

1960

52,5

49,7

55,5

1970

57,6

54,6

60,8

1980

62,5

59,6

65,7

1991

66,9

63,2

70,9

2000

71,1

67,3

75,1

2010

74,4

70,7

78,1

2019

76,2

72,8

79,6

2023

76,4

73,1

79,7

Fonte: TÁBUA COMPLeTA de MORTALIdAde PARA O BRASIL. Breve Análise da Evolução da Mortalidade no Brasil.

Rio de Janeiro: IBGe, 2024. p. 8.

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CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO NOS CONTINENTES (EM %)

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EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Considerando o histórico do aumento de 30,9 anos para ambos os sexos, frente ao da expectativa de vida de brasileiras e brasi- indicador observado em 1940. Para os holeiros, no início do processo de transição de- mens esse aumento foi de 30,2 anos e para mográfica uma criança sujeita a lei de mor- as mulheres, 31,4 anos.

TÁBUA COMPLeTA de MORTALIdAde PARA O BRASIL. Breve Análise talidade da época, em 1940, esperaria viver da Evolução da Mortalidade no Brasil. Rio de Janeiro: IBGe, 2024. em média 45,5 anos. Se do sexo masculino, p. 9-10. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/ periodicos/3097/tcmb_2023.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2025.

42,9 anos e do sexo feminino, 48,3 anos. A partir de meados da década de 1940, o nível da mortalidade cai rapidamente. Em Ò Você é um agente transformador de sua história/realidade e da histó2023, a expectativa ria/realidade mundial, podendo contribuir para o desenvolvimento em de vida ao nascer foi qualquer escala (local, regional, nacional). Para isso, basta fazer a sua de 76,4 anos, o que parte, pois se cada um colaborar um pouquinho poderemos, juntos, significa um aumento modificar para melhor o mundo a nossa volta. Reflita e, com base em seus conhecimentos sobre o assunto, proponha atitudes que a sociedade poderia implementar para evitar que crianças morram de doenças simples que poderiam ser evitadas.

Teorias demográficas

No final do século XVIII, com a Revolução Industrial, houve uma forte migração do campo para a cidade em parte da Europa. Embora ainda precárias, as condições de higiene e saneamento das zonas urbanas eram melhores do que as encontradas no campo, provocando uma queda nas taxas de mortalidade.

Com essa redução houve um incremento no crescimento natural, fazendo com que algumas pessoas se dedicassem ao estudo do crescimento da população. Entre elas, destacou-se o trabalho de um pastor da igreja anglicana, Thomas Robert Malthus, que publicou em 1798 uma obra conhecida como Um Ensaio sobre o Princípio da População, no qual ele expôs sua teoria demográfica.

Baseando-se em estudos que realizou sobre a evolução do crescimento da população e a produção de alimentos, concluiu que o crescimento da população do globo se daria em ritmo mais acelerado que o da produção alimentar.

Malthus acreditava que se não houvesse fatos anômalos, tais como guerras, epidemias e catástrofes naturais, que fizessem subir as taxas de mortalidade, a população dobraria a cada 25 anos. Segundo ele, esse crescimento se daria em progressão geométrica (por exemplo: 2, 4, 8, 16, 32...). Em compensação, a produção de alimentos se daria em progressão aritmética (por exemplo: 2, 4, 6, 8, 10, 12...), pois os espaços agrários não poderiamse re xpandidos,l imitandoa c apacidaded ep rodução.

Dessa forma, as perspectivas eram sombrias para o futuro da humanidade, pois, em determinado momento, a quantidade de alimentos produzida seria insuficiente para alimentar a população crescente, gerando fome e miséria.

Thomas Robert Malthus (1766-1834), economista britânico. Gravura de J. Linnell, cerca de 1830.

CReATIVe COMMOnS

Teoria de Malthus

AP

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Capítulo 5 – Povos e sociedades

STeLLA RIBAS/ACeRVO dA edITORA

curva do crescimento populacional

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curva da produção de alimentos

Para contornar o caos futuro, Malthus, que era visceralmente contrário ao uso de métodos contraceptivos, propôs que os mais pobres limitassem o número de filhos pela abstenção sexual e que só fosse permitida a procriação àqueles que tivessem condições de alimentar seus filhos, o que também é conhecido como sujeição moral.

Segundo alguns demógrafos, o grande crescimento populacional de determinada região ocorre no período de transição demográfica. O século XIX, na Inglaterra, foi marcado por um forte crescimento demográfico, tendo sua população saltado de 9 para 40 milhões de habitantes. Contrariando as previsões catastróficas de Malthus, esse enorme contingente populacional não enfrentou o quadro de penúria e fome traçado por ele. Na verdade, o consumo de itens básicos de alimentação, como carne e açúcar, cresceu duas e quatro vezes, respectivamente.

O grande equívoco de Malthus foi não ter considerado que a tecnologia aumentaria a produtividade das glebas, gerando aumentos reais da produção agropecuária. Muitos dos críticos de Malthus acusam-no de ser simplista e de propor soluções da mesma ordem, que penalizariam os mais pobres em sua decisão de procriar.

tempo

Segundo Malthus, a diferença entre a velocidade do crescimento populacional e a de produção de alimentos levaria a crises sociais, doenças, fome e mortes.

É sempre bom saber mais!

Malthus teve grande influência na teoria desenvolvida por Charles Darwin sobre a evolução das espécies. De volta de sua viagem pelo mundo a bordo do navio Beagle, Charles Darwin buscava organizar suas descobertas quando teve conhecimento da obra de Malthus, Um Ensaio sobre o Princípio da População. Darwin

percebeu que a luta pela existência citada por Malthus deveria ocorrer com todos os seres vivos, incluindo a espécie humana.

Para Darwin, as populações sofreriam constantemente modificações e haveria um mecanismo natural que selecionaria os mais adaptados.

AP

STeLLA RIBAS/ACeRVO dA edITORA

Plymouth h

AMÉRICA DO NORTE

EUROPA P PA

Açores s

Canárias

Cabo Ve V rde

ÁFRICA

Galápagos

Lima

AMÉRICA Sa alvador Ascensão DO SUL

Cocos

AUSTRÁLIA

Maurício

Rio de Janeiro

V lpara Va aís so

Sydney

Montevidéu

Cidade do Cab bo 0

Malvinas

ESCALA 2700

5400

km

T rra do Fogo Te

Concepção artística do roteiro de viagem de darwin a bordo do navio Beagle.

Teoria neomalthusiana Depois da Segunda Guerra Mundial, os índices de crescimento populacional atingiram patamares muito elevados em escala global. A

diminuição das taxas de mortalidade provocada pela revolução médico-sanitária (vacinas, atendimento às populações mais carentes em postos de saúde, distribuição de remédios etc.) levou a esse intenso aumento da população mundial.

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UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

quantidade

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tecnológica dos países pobres em relação aos ricos não teriam importância, o que absolutamente não é verdade.

Teoria reformista ou antimalthusiana Contrapondo-se à visão neomalthusiana, surgiu a teoria reformista, que propõe exatamente o inverso: os países pobres, por serem pobres, contam com uma elevada população jovem. Assim, a dinâmica demográfica dos países pobres deveria ser entendida dentro da complexidade das estruturas e relações socioeconômicas que marcam essas sociedades. Os enormes contingentes de excluídos, alijados do mercado de trabalho qualificado e com melhor remuneração pela falta de acesso a programas mínimos de educação e saúde, só diminuirão o ritmo de crescimento populacional no momento em que tiverem melhor qualidade de vida, o que só se dará quando houver elevação do padrão de vida.

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Nesse período, resgataram-se teorias e propostas sobre o crescimento demográfico baseadas nas ideias de Malthus, dando origem à teorian eomalthusiana.

Segundo essa corrente, a pobreza, a fome e a miséria se explicam pela existência de uma população numerosa. Dessa forma, a solução para o fim da pobreza estaria no controle demográfico.P arao sn eomalthusianos,o sg astosf eitos com uma população crescente impediam o crescimento econômico e a possibilidade de uma melhora global da situação de vida e da renda per capita dos países pobres, condenando-os a uma eterna pobreza.

Por causa dessa premissa neomalthusiana, foram implantados rigorosos programas de controle de natalidade, apoiados ou instituídos por entidades internacionais e aplicados pelos governos dos países pobres. A grande crítica que se faz aos seguidores dessa linha é o superdimensionamento do crescimento demográfico, cabendo exclusivamente a esse fator toda a culpa pela pobreza e a fome. Se assim fosse, as relações de dependência econômica e

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Estabelecendo conexões

os ecomalthusianos

Recentemente, vem crescendo uma vertente neomalthusiana de caráter ecológico, conhecida como ecomalthusiana. Segundo os seguidores dessa teoria, o crescimento demográfico acelerado pressiona a retirada de recursos naturais da área que possui a maior biodiversidade no planeta, a zona intertropical – onde se situa a maioria dos países po-

bres –, causando danos sérios ao ambiente, alguns de forma irreversível. Assim, controlar o crescimento populacional seria uma forma de se preservar a natureza. É preciso ter muito cuidado com esse tipo de colocação porque, em última instância, acusa-se a pobreza como fato gerador da degradação ambiental, em um determinismo difícil de ser rompido.

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Capítulo 5 – Povos e sociedades

Movimentos populacionais

Nos últimos 500 anos, a história foi marcada por fortes movimigratório: ação ou mentos migratórios, resultado de migrar, que exerceram granisto é, passar de uma de influência na atual região para outra configuração da população de muitos países, bem como em suas economias, sociedades e culturas.

Mas o que será que desencadeia uma onda migratória? Os motivos estão ligados à pobreza, crises econômicas, instabilidade política, catástrofes naturais, conflitos, perseguições e guerras.

Os países americanos foram povoados por imigrantes, pessoas que deixaram a terra natal para ir viver em outra, advindos principalmente da Europa, como irlandeses, ingleses, portugue-

UnIdAde 2 – POPULAçÃO e ÉTICA SOCIOAMBIenTAL

plos de países que receberam grande número de imigrantes.

Nos séculos XX e XXI, essa situação de facilidade de transferência de população foi sendo modificada e diversos países colocaram barreiras à entrada de imigrantes.

A adoção de barreiras à imigração se deu por diferentes motivos, entre os quais estão as crises econômicas e a diminuição da oferta de trabalho e de terras, ou, ainda, o surgimento de economias com crescimento moderado ou em desaceleração. Fechar suas fronteiras aos imigrantes representa uma tentativa, por parte dos governos, de proteger sua população da concorrência da mão de obra estrangeira.

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ses, espanhóis, franceses, alemães e escandinavos, que se fixaram no Novo Mundo. Também os negros africanos, embora obrigados a deixar a África, tiveram contribuição importante na composição da população das Américas.

As correntes migratórias de um país para outro ocorriam, no século XIX, em larga escala e os entraves para alguém deixar o país e se fixar em outro normalmente não existiam. As pessoas escolhiam os países que estavam recebendo imigrantes e para lá se dirigiam, acreditando que teriam melhores oportunidades de emprego e uma vida melhor. Os Estados Unidos, a Nova Zelândia e o Brasil são exem-

É sempre bom saber mais!

Além dos deslocamentos populacionais que cruzam fronteiras, existem outros tão importantes quanto esses, que ocorrem envolvendo as cidades e o campo. Assim, podemos classificar quatro grandes movimentos migratórios de motivação principalmente econômica, como mostra o diagrama abaixo.

1

3

CAMPO

CIdAde

CAMPO

2

4

1

campo-cidade: a população rural deixa o campo e vai se estabelecer nas zonas urbanas, movimento conhecido como êxodo rural. Esse tipo de migração altera o perfil populacional de um país ou região, pois há uma transferência de grandes contingentes populacionais até então fixados no campo para o espaço urbano;

2

cidade-cidade: populações tipicamente urbanas passam a ocupar outros espaços urbanos. Na maioria das vezes, a opção pela transferência está ligada ao desenvolvimento de novos polos de atração de população ou à mudança e obsolescência das atividades econômicas. No noroeste dos Estados Unidos, as cidades de Seattle e Portland, novos centros industriais de alta tecnologia, são fortes polos de atração de populações advindas de regiões industriais mais antigas;

AP

CIdAde

3

campo-campo: as populações rurais deixam suas terras e vão se fixar em outras regiões campestres devido, por exemplo, à expansão da fronteira agrícola em direção a terras ainda inexploradas. No Brasil, esse tipo de expansão provocou, nas décadas de 1970 e 1980, uma forte corrente migratória da Região Sul para as Regiões Norte e Centro-Oeste;

4

cidade-campo: na maioria das vezes, trata-se de um movimento pendular, ou seja, diário. Habitantes urbanos deslocam-se diariamente para o campo, onde trabalham. No Brasil, muitos trabalhadores rurais moram nas periferias das cidades e se deslocam para o campo a fim de realizar tarefas ligadas a atividades agrícolas. É o caso dos boias-frias brasileiros que vivem nas áreas mais periféricas das cidades e trabalham em fazendas na época das colheitas.

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CReATIVe COMMOnS

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grande contingente de refugiados era composto por pessoas vindas principalmente da Síria, em guerra civil e sob ataque do Estado Islâmico: grupo Estado Islâmi- radical que busca estabelecer co, e de outros um califado no Oriente países em ins- Médio, regime político-religioso que siga a sharia tabilidade no (particular lei islâmica) Oriente Médio.

A maioria desses imigrantes que pediram refúgio buscaram chegar à Europa cruzando o Mediterrâneo em embarcações superlotadas e frágeis.

A ONU, por meio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), reconhece como refugiados todos aqueles que temem perseguição por causa de sua fé, raça, religião ou nacionalidade, por pertencerem a certo grupo social ou por causa de suas opiniões políticas, e que se encontrem fora de seu território natal.

Pelo relatório de 2025 da Acnur, por nove anos consecutivos (2016-2025), perseguições, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbam seriamente a ordem pública têm causado um aumento no número de pessoas deslocadas à força em todo o mundo, um número que era de 87,6 milhões no final de 2020. Essa tendência preocupante continuou em 2024 e a estimativa para o final daquele ano era de 136,9 milhões de pessoas que se viram forçadas a se deslocar.*

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Hoje, as migrações ainda são muito importantes ou são apenas restritas a pequenos movimentosm igratórios?

O período pós Segunda Guerra Mundial assistiu a um intenso fluxo de migração pelo mundo. O desenvolvimento das economias capitalistas dos Estados Unidos e da Europa Ocidental foi, sem dúvida, o grande polo de atração das populações na segunda metade do século XX e início do século XXI. Entre 1960 e 1989, cerca de 25 milhões de pessoas – a maioria vinda de países pobres – tinham deixado seus países para se estabelecer nessas duas regiões que figuram entre as mais industrializadas do planeta.

Durante o período 2000 a 2010, estima-se que 39% do total das migrações para países mais desenvolvidos tenham se destinado aos Estados Unidos, o que corresponde a cerca de 1,33 milhão de pessoas. As principais portas de entrada naquele país são a fronteira mexicana para os latinos e a costa oeste para os asiáticos. A imigração ilegal é hoje um problema sério para os estadunidenses, que tentam barrá-la, sem, no entanto, conseguir grande sucesso.

Esses imigrantes tendem a morar em cidades como Nova York, São Francisco e Boston, onde se encontram colônias já formadas, normalmente concentradas em determinados bairros.

A cidade de Miami é, com certeza, a mais latina das cidades norte-americanas, devido à concentração da colônia hispânica, em especial a cubana, formada por pessoas que fugiram do regime socialista de Cuba. Nos anos de 2015 e 2016, a Europa recebeu enorme fluxo migratório, jamais visto desde a Segunda Guerra Mundial. Esse

*Fonte: Global Appeal 2025. Switzerland: ACnUR, 2025. p. 3. Disponível em: <https://reporting.unhcr.org/global-appeal-2025-executive-summary>. Acesso em: 17 abr. 2025.

em 2024, Sudão, Síria e Afeganistão, nessa ordem, foram aos principais países de origem de deslocados à força.

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Capítulo 5 – Povos e sociedades

AS PÁGINAS 98 A 137 FORAM SUPRIMIDAS NESTA VISUALIZAÇÃO. Para maiores informações entre em contato conosco: promocao@harbra.com.br

138 uniDADe 2 – PoPulAçÃo e ÉTiCA soCioAMBienTAl

A condição de transitoriedade dos refugiados no Brasil, conforme abordada no texto, é provocada pela associação entre a) ascensão social e burocracia estatal. b) miscigenação étnica e limites fronteiriços. c) desqualificação profissional e ação policial. d) instabilidade financeira e crises econômicas. e) desenraizamento cultural e insegurança legal.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

9. (Enem) A categoria de refugiado carrega em si as noções de transitoriedade, provisoriedade e temporalidade. Os refugiados situam-se entre o país de origem e o país de destino. Ao transitarem entre os dois universos, ocupam posição marginal, tanto em termos identitários – assentada na falta de pertencimento pleno enquanto membros da comunidade receptora e nos vínculos introjetados por códigos partilhados com a comunidade de origem – quanto em termos jurídicos, ao deixarem de exercitar, ao menos em caráter temporário, o status de cidadãos no país de origem e portar o status de refugiados no país receptor.

MOREIRA. J. B. Refugiados no Brasil: reflexões acerca do processo de integração local. REMHU. n. 43, jul.-dez. 2014 (adaptado).

(AMArelA/reProDuçÃo)

10. (Vunesp) Curta brasileiro “Amarela” concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes

AP

O curta-metragem “Amarela”, escrito e dirigido pelo nipo-brasileiro André Hayato Saito, passa-se em São Paulo e é estabelecido durante a final da Copa do Mundo de 1998, entre Brasil e França. A protagonista é Erika Oguihara (Melissa Uehara), uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa. A luta contra o sentimento de não pertencimento se aflora quando é confrontada por uma violência despercebida pela maioria. “Eu costumo falar sobre a questão de ser japonês demais para ser brasileiro e brasileiro demais para ser japonês. Sofri muito bullying, sendo afirmado como ‘japinha’, ‘samurai’, ‘ninja’; e me sentia só, não me sentia visto”, diz Saito. “Receber essas tarjas é ignorar a história e a individualidade de cada um. O famoso ‘japonês é tudo igual’ é imensamente ofensivo e esses traumas reverberam até hoje. O filme vem para trazer essas questões identitárias que tanto fervilham dentro de mim e dentro de milhões de filhos de diásporas globais, para uma reflexão mais ampla”, comenta o diretor.

Disponível em: <https://bravo.abril.com.br>.

Acesso em: 14 maio 2024 (adaptado).

a) Apresente o interesse econômico do Brasil pela migração japonesa no século XX e cite uma contribuição cultural dos imigrantes japoneses à sociedade brasileira. b) Defina “diáspora” e explique como ela pode se relacionar com episódios de xenofobia, como os relatados no excerto.

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A partir dos dados apresentados, é correto afirmar que as regiões com maior e menor desigualdade são, respectivamente: a) África; Europa/Ásia Central. b) Américas; África. c) Américas; Ásia/Pacífico. d) Países Árabes; Américas. e) África; Ásia/Pacífico.

Capítulo

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

As doenças infecciosas sempre estiveram presentes ao longo da história: peste negra, gripe espanhola, cólera, varíola, malária, entre outras, dizimaram milhões de pessoas.

Com a chegada do século XXI e o avanço da medicina e da bioquímica, muitos passaram a acreditar que a humanidade caminhava para um controle ou mesmo para a erradicação dessas doenças. As vacinas e os antibióticos foram responsáveis por uma verdadeira revolução na taxa de mortalidade e na diminuição dessas enfermidades.

Mas em 2020, a inesperada pandemia de covid-19 se alastrou rapidamente fazendo milhões de vítimas e abalando a estrutura econômica de pratiSeu ponto de vista! camente todos os países.

Como a pandemia de covid-19 afetou sua saúde emocional e sua vida escolar?

O avanço das doenças no mundo

AP

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Geografia da saúde

8

As informações sobre o aparecimento de novas doenças (emergência) e o ressurgimento de outras (reemergência) ou mesmo a expansão da área de ocorrência no mundo, e consequentemente no Brasil, marcaram novas características do perfil de doenças, fazendo os meios científicos reverem suas previsões.

A tecnologia tem sido grande aliada no combate às doenças e, hoje, já se encontram ao alcance da humanidade terapias com células-tronco embrionárias, mapeamento genético, transplante de órgãos, produtos transgênicos,

ROZdeMiR/SHUTTeRSTOCK

tecnologias conceptivas (reprodução artificial humana e animal), diferentes imunoterapias, entre outras inovações.

O Brasil conta com tudo isso, mas os desafios ainda estão na base: acesso a água potável, ao saneamento básico, à saúde e à educação, moradia digna, emprego e segurança.

Nesse início de sséculo XXI, além da covid-19 e da varíola do macaco, outras doenças espalham-se pelo mundo, como a gripe aviária e o ebola. Os casos de dengue e de dengue hemorrágica aumentaram numérica e espacial-

menores, pois é um fenômeno global. O desmatamento sem o mínimo de planejamento e de estudos leva à redução drástica da biodiversidade local. Contendo a maior biodiversidade do globo, a floresta tropical está sujeita a desaparecer sem que a conheçamos por inteiro, assim como suas possíveis potencialidades e periculosidades.

A devastação ambiental causada pelo ser humano acaba desencadeando uma série de reações na natureza, em um verdadeiro “efeito dominó”. A redução das florestas acaba comprometendo as condições climáticas, assim como sua dinâmica. Estudos científicos afirmam que a devastação dessas áreas acaba provocando o aumento da temperatura média local, a diminuição da pluviosidade, alterações das pressões atmosféricas locais e, consequentemente, das circulações do ar.

O desmatamento leva a uma mudança na dinâmica da natureza. O equilíbrio entre os nichos é quebrado bruscamente, podendo o meio dar respostas imprevisíveis. O homem pode passar a entrar em contato com microrganismos desconhecidos, levando ao surgimento de novas doenças, em consequência da ocupação de áreas até então isoladas do interior da floresta.

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mente. O zika vírus e o chikungunya, antes restritos ao continente africano, nos últimos anos se espalharam pelo mundo. A malária e a febre amarela voltaram a reincidir de maneira significativa. Acredita-se que tais quadros estão diretamente relacionados às alterações que o ser humano produziu no planeta.

Alterações ambientais associadas ao quadro demográfico do mundo contemporâneo, às condições socioeconômicas e à revolução técnico-científico-informacional que interligou o mundo, acabaram criando um cenário nunca vivenciado pela humanidade. Não sendo pessimista, mas sim realista, criamos um cenário preocupante para a saúde ambiental da Terra e, consequentemente, para a saúde humana. Se de um lado essa situação, montada principalmente sobre os ombros do avanço tecnológico, trouxe uma verdadeira revolução nas taxas de mortalidade e na esperança de vida, de outro criou-se um ambiente que vem facilitando a emergência e a reemergência de doenças pelo mundo, podendo comprometer o próprio futuro.

A devastação das florestas tropicais e as doenças

AP

A devastação das florestas tropicais ocorre em todos os continentes em graus maiores ou

aCHiaOS/SHUTTeRSTOCK

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140 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

Capítulo 8 – Geografia da saúde 141

Estabelecendo conexões

Houve casos em que os europeus já encontraram povoações inteiras dizimadas por epidemias antes mesmo de sua penetração no interior do continente – o estabelecimento dos europeus no litoral já foi suficiente para que as doenças por eles trazidas contaminassem os índios do litoral e estes as levassem para as populações do interior.

Ao mesmo tempo, a imensa mortalidade dos indígenas americanos por doenças conhecidas dos europeus se explica pelo fato de que as populações indígenas não haviam tido contato e, portanto, possuíam pouca ou nenhuma resistência imunológica a elas. Além disso, as doenças infecciosas – aquelas que ocorrem em epidemias, e que causaram grande mortalidade de indígenas – costumam ser combatidas pelo sistema imunológico humano de forma rápida e que não permita novas infecções por um bom tempo, mas eles não tinham como.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Ficar doente é, no mínimo, um incômodo para qualquer pessoa. Em alguns casos, o incômodo pode dar lugar a uma ameaça séria à integridade, chegando até a causar a morte do portador da doença. No entanto, há ocasiões em que o potencial destruidor de um microrganismo causador de doenças em seres humanos é ainda maior, chegando a ameaçar a existência de toda uma população durante um surto rápido de contágio em massa – as chamadas epidemias. Esse foi, provavelmente, o caso que levou à redução drástica das populações indígenas da América a partir de finais do século XV e, consequentemente, à dita “conquista” do continente pelos europeus nos séculos seguintes.

A chegada dos europeus à América, em 1492, significou também a vinda de um grande número de organismos causadores de doenças procedentes do “Velho Mundo” e até então desconhecidos pelas populações nativas.

Enquanto a arte e as crônicas europeias da época retratavam o processo de dominação da América como resultado de feitos supostamente heroicos de um ou outro conquistador, o mais provável é que a dizimação das populações ameríndias tenha ocorrido mais pela contaminação (por gripe, tuberculose, sarampo, varíola, e outras doenças) do que pelo confronto direto com os conquistadores propriamente dito.

O Primeiro Desembarque de Cristóvão Colombo na América, de dióscoro Teófilo Puebla y Tolín. Óleo sobre tela, 330 x 545 cm, 1862.

Museu do Prado, espanha.

CReaTiVe COMMOnS

AP

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a população indígena e as doenças

Brasil – quadro atual do saneamento ambiental A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 196.

Segundo a Agência Senado, “quase 35 milhões de pessoas no Brasil vivem sem água tratada e cerca de 100 milhões não têm

142 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

acesso à coleta de esgoto, resultando em doenças que poderiam ser evitadas, e que podem levar à morte por contaminação”.

Do volume de esgoto do país, apenas 50% recebe tratamento. Isso significa que o equivalente a mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto in natura estão sendo despejadas diariamente na natureza.

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Doenças de transmissão feco-oral

Doenças transmitidas por inseto vetor

Doenças transmitidas através do contato com a água

Doenças relacionadas com a higiene

Geohelmintos e teníases

Total de DRSAI

27.242

7.543

192

305

115

35.397

72.244

19.713

507

1.034

282

93.780

31.945

78.153

623

5.910

206

116.837

17.937

35.341

793

732

77

54.880

14.470

27.942

29

1.041

59

43.541

163.838

168.692

2.144

9.022

739

344.435

Fonte: instituto Trata Brasil (iTB). Com 344 mil internações em 2024, falta de saneamento coloca a saúde do brasileiro em risco e sobrecarrega o SUS com doenças evitáveis. p. 4. São Paulo, 2025.

Disponível em: <https://tratabrasil.org.br/wp-content/uploads/2025/03/ReLeaSe-Saneamento-e-saude-Como-a-falta-de-acesso-a-infraestruturabasica-afeta-as-incidencias-de-doencas-relacionadas-ao-saneamento-ambiental-inadequado-no-Brasil-TRaTa-BRaSiL.pdf>. Acesso em: 2 jul. 2025.

Esgotamento sanitário

Presença nos domicílios particulares (%)

Total

62,5

Fossa rudimentar

19,4

Fossa séptica e rede geral de esgoto ou pluvial

75,7

Rio, lago ou mar

2,0

AP

tipo de esGotamento sanitÁrio nos domicÍlios particulares brasil (2022)

1,5

Vala

Sem informação

0,7

Fonte: iBGe. Censo 2022: rede de esgoto alcança 62,5% da população, mas desigualdades regionais e por cor e raça persistem.

Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencianoticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/39237-censo-2022rede-de-esgoto-alcanca-62-5-da-populacao-mas-desigualdadesregionais-e-por-cor-e-raca-persistem>. Acesso em: 9 jun. 2025.

edUaRdO FRedeRiKSen

No Brasil, apesar de o texto constitucional garantir o direito à saúde, ainda estamos muito distante de cumpri-lo, correspondendo a um dos grandes desafios a serem vencidos nos próximos anos pelo governo.

Nas últimas décadas, os indicadores de saúde nacional apresentaram grandes progressos. A taxa de mortalidade infantil, mesmo não estando nos patamares das nações ricas, apresentou queda significativa. Vale lembrar que, apesar da melhoria desses índices, o país ainda mostra diferenças nos indicadores de mortalidade conforme o tipo de esgotamento sanitário nos domícilios (veja tabela).

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Regiões

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

número de internaçÕes por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadeQuado (drsai) e seus Grupos – brasil (2024)

Capítulo 8 – Geografia da saúde 143 brasil – esperança de Vida ao nascer (1960-2023) H

M

Diferença M–H

1960

52,5

49,7

55,5

5,8

1980

62,5

59,7

65,8

6,1

1991

66,9

63,2

70,9

7,7

2000

71,1

67,3

75,1

7,8

2010

74,4

70,7

78,1

7,4

2020

74,8

71,2

78,5

7,1

2023

76,4

73,1

79,7

6,6

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AS*

*ambos os sexos.

Fonte: iBGe. Em 2023, expectativa de vida chega aos 76,4 anos e supera patamar pré-pandemia.

Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012agencia-de-noticias/noticias/41984-em-2023-expectativa-de-vida-chega-aos-764-anos-e-supera-patamar-pre-pandemia#:~:text=expectativa%20de%20vida%20 aumentou%20em,mulheres%20de%2079%2C7%20anos.>. Acesso em: 10 jun. 2025.

O atendimento à saúde

No Brasil, o atendimento à saúde é feito tanto pelo setor público como pelo privado. A Constituição de 1988 instituiu o SUS (Sistema Único de Saúde), que passou a ter como meta a cobertura universal de toda a população brasileira, nos moldes dos tradicionais sistemas de proteção social existentes nos países europeus. Mais de 70% dos brasileiros dependem exclusivamente do SUS, administrado pelo Ministério da Saúde. São 2,8 bilhões de atendimentos por ano (2024). O sistema criado tem se esforçado para apresentar resultados satisfatórios, sendo necessárias mudanças significativas em sua estrutura e operacionalização para melhor atendimento à população.

Alguns dos problemas existentes no sistema, e constantemente noticiados pela imprensa, são:

• filas frequentes de pacientes aguardando nos postos de serviço; • falta de leitos hospitalares para atender à demanda da população; • escassez de recursos financeiros, materiais e humanos para manter os serviços de saúde operando com eficácia e eficiência; • atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde para os serviços conveniados; • baixos valores pagos pelo SUS pelos diversos procedimentos médico-hospitalares.

AP

MOnGKOLCHOn aKeSin/SHURReRSTOCK

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Conforme vimos no Capítulo 7, ao mesmo tempo em que se observa decréscimo na taxa de mortalidade, indicadores apontam um aumento na esperança de vida ao nascer. Esse aumento é observado para ambos os sexos. Veja ao lado a evolução da taxa de esperança de vida ao nascer entre 1960 e 2023.

A descentralização e o aumento da autonomia dos estados e municípios na montagem de estruturas de prestação de serviços adequadas a cada realidade são medidas que vêm sendo adotadas, porém estas teriam de ser mais ágeis e eficazes.

A questão da saúde não se resume apenas à quantidade e qualidade dos médicos e hospitais do país. Evitar as doenças pode

cobertura universal: na área da saúde, significa dar completo atendimento médico, hospitalar e laboratorial ao paciente, visando o restabelecimento de sua saúde física (incluindo a bucal) e mental

eficácia: capacidade de produzir o efeito esperado eficiência: capacidade de realizar bem determinada tarefa

144 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

ser tão importante quanto tratá-las. As condições sanitárias, tais como água tratada e rede de coleta de esgotos, são fundamentais para o combate a doenças no Brasil.

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Mesmo após a pandemia de covid-19, a necessidade de atender mais rapidamente aos que necessitam de assistência médica tornou cada vez mais frequente a chamada telemedicina, isto é, o atendimento a pacientes por videochamadas: por meio de reuniões virtuais (à distância, mas vendo-se por meio dos computadores e/ou celulares) médico e paciente podem realizar uma consulta sem que haja necessidade de deslocamento de qualquer um deles. Com isso, reduzemse as filas de espera e, consequentemente, o tempo para atendimentos ou diagnósticos.

A fim de transpor barreiras socioeconômicas, culturais e, sobretudo, geográficas, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a toda população, o Ministério da Saúde do Brasil criou um sistema de telessaúde, com a finalidade de expansão e melhoria da rede de serviços de saúde. Com isso, espera beneficiar, aproximadamente, 10 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio desse sistema será possível aos profissionais da área teleconsultoria, telediagnóstico, conferências, aulas e cursos, entre outras atividades.

GROUnd PiCTURe/SHUTTeRSTOCK

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Assistência médico-odontológica supletiva

prestadores:aqueles que realizam um serviço; em nosso texto, seriam os trabalhadores na área da saúde, como, por exemplo, médicos, enfermeiros, dentistas

O sistema privado de medicina supletiva (cooperativas, medicina de grupo, autogestão e seguradoras) se expandiu a taxas bastante elevadas a partir de 1960.

No entanto, com a pandemia de covid-19 e as dificuldades econômicas muitas famílias precisaram abdicar do seu plano de saúde suplementar.

Para promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde foi criada, no ano 2000, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Essa Agência tem por finalidade regular as operadoras do setor – inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores – e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país.

Segundo a ANS, em 2024 foram 52,2 milhões de beneficiários em planos de assistência médica e 34,5 milhões em planos exclusivamente odontológicos. O aumento da procura por planos de saúde a partir da pandemia de covid-19 pode indicar certa preocupação das pessoas em ter garantido acesso a atendimento de saúde em um momento de necessidade.

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Saúde digital

Capítulo 8 – Geografia da saúde 145

É sempre bom saber mais!

Outra agência ligada à área da saúde é a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Criada em 1999, tem por finalidade promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sani-

tário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados.

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O quadro da emergência e reemergência de doenças no Brasil não é diferente da situação mundial.

O surgimento de doenças como a Aids, o retorno de endemias antes erradicadas do país, como o cólera, e a ocorrência de epidemias como a de covid-19 e a de dengue, com a morte de vários cidadãos, estão relacionadas a alterações ambientais e transformações das condições socioeconômicas e culturais das populações locais, revelando um delicado quadro da saúde, que deverá ser enfrentado nos próximos anos, exigindo dos órgãos responsáveis uma nova forma de pensar e agir diante desta nova realidade.

Covid-19

Covid-19 é uma doença viral respiratória, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Esse vírus pertence à família coronavírus, assim chamados por seu formato arredondado, externamente rodeado por proteínas que aparentam ser uma coroa (do latim, corona = coroa).

O SARS-CoV-2 já havia sido identificado anteriormente em animais, porém em humanos foi detectado pela primeira vez em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, China. Sua provável origem seria a transmissão do vírus de morcegos para humanos, um “salto” entre espécies que origina uma zoonose, um possível indicativo do avanço das ações do homem sobre a natureza.

Em Wuhan, houve um surto de covid-19 e, por conta da alta transmissibilidade do vírus, o contágio foi se espalhando e ganhando grandes proporções, passando de surto para epidemia e depois, decretado em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como pandemia. No Brasil, os primeiros casos foram detectados em 26 de março de 2020.

Por ser uma doença que atinge o trato respiratório, os infectados apresentam quadros de gripe e pneumonia, tendo sintomas como tosse, coriza, febre, dores de cabeça, cansaço e dificuldade para respirar. Algumas pessoas infectadas, no entanto, podem não apresentar sintomas.

A transmissão é feita por partículas do vírus presentes na mucosa, que são expelidas ao espirrar e tossir. Essas partículas ficam suspensas no ar e em superfícies como maçanetas, corrimão, bancadas. As pessoas se contaminam por meio do contato direto com

AP

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Emergência e reemergência de doenças no Brasil

KaTeRYna KOn/SHUTTeRSTOCK

Representação ilustrativa do vírus SaRS-CoV-2.

surto: vários casos de uma doença em uma região específica epidemia: vários surtos de uma doença em várias regiões, relativamente próximas pandemia: são vários surtos em diversas localidades do globo terrestre

146 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

pessoas infectadas ou quando passam a mão em superfícies contaminadas e levam as partículas até as mucosas, principalmente da boca e dos olhos.

Centenas de milhares de pessoas morreram no Brasil em consequência dessa pandemia e milhões morreram no mundo. Com o advento das vacinas, diminuíram os casos mais graves da doença, mas a situação ainda requer cuidados.

COVID-19 – PAÍSES COM MAIOR NÚMERO DE MORTOS POR 100.000 HABITANTES (ATÉ 4 AGO. 2025) número total de mortos

número de mortos por 100.000 habitantes

população estimada (no de habitantes)

77.843.386.200.000.000

7.099.104

4.532.664

13.747

221.058

670

32.993.731

1.338.490

19.255

38.765

558

6.947.133

2.238.059

22.909

49.124

503

9.766.203

404.287

12.323

16.406

500

3.281.200

352.093

16.900

9.991

480

2.081.458

1.363.345

65.049

9.914

473

2.095.983

1.357.359

33.448

18.784

463

4.057.019

1.864.383

46.736

17.151

430

3.988.605

251.280

40.009

2.654

423

627.423

4.833.778

45.201

43.816

410

10.686.829

977.782

51.255

7.613

399

1.908.020

1.886.074

34.557

21.282

390

5.456.923

5.781.348

53.938

40.080

374

10.716.578

103.436.829

31.250

1.225.706

370

331.271.892

3.570.231

18.471

68.965

357

19.317.927

1.427.062

51.074

9.884

354

2.792.090

Reino Unido e Irlanda do Norte

25.060.111

36.915

232.112

342

67.869.006

Itália

26.968.605

45.218

198.523

333

59.616.517

37.755.316

17.762

702.986

331

212.382.477

5.410.169

28.301

62.873

329

19.110.334

6.781.741

17.866

120.981

319

37.925.078

Trinidad e Tobago

191.496

13.683

4.390

314

1.398.089

Moldávia

651.074

16.140

12.284

305

4.027.541

Bélgica

4.897.620

42.505

34.339

298

11.523.154

Armênia

454.363

15.333

8.785

296

2.967.905

Bulgária Hungria Bósnia e Herzegovina Macedônia do Norte Eslovênia Croácia Geórgia Montenegro

República Tcheca Letônia Eslováquia Grécia

Estados Unidos da América Romênia

Brasil Chile

AP

Lituânia

Polônia

Fonte: WHO COVid-19 dashboard. Disponível em: <https://data.who.int/dashboards/covid19/more-resources>.

Acesso em: 4 ago. 2025. as populações estimadas e projeções foram extraídas de: United nations, department of economic and Social affairs, Population division; eurostat. “demo_pjan”; national Statistics Office Malta; Statistics netherlands (CBS).

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Total no mundo Peru

número de casos por 100.000 habitantes

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nome

número acumulado de casos

Capítulo 8 – Geografia da saúde 147

nia, Roraima e Tocantins), o estado do Mato Grosso e parte do estado do Maranhão à oeste do meridiano 44° O. A partir da década de 1970 houve um aumento no número de casos nessa região, culminando, no ano de 1999, com o registro de 635.644 casos. A partir dessa data, o número de casos começou a diminuir até 2002, quando voltou a aumentar, colocando em discussão as políticas adotadas pelo governo para reverter a situação.

Como pode ser observado no gráfico a seguir, desde 2005 o número de casos tem apresentado uma tendência de queda. Apesar de um aumento observado em 2017, os casos voltaram a cair nos anos seguintes.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “apesar dos avanços na diminuição da morbidade e mortalidade por malária nos últimos anos, em 2020 foram estimados 241 milhões de casos da doença em 85 países, um aumento nos registros se comparado a 2019, quando foram notificados 227 milhões de casos. Em 2020 a doença matou cerca de 627 mil pessoas, um aumento de 12% em relação ao ano de 2019”.

Cerca de 99,9% da transmissão de malária no Brasil está concentrada na Amazônia Legal.

Essa região é composta pelos estados da Região Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondôgrafico_evolucao_de_casos_de_malaria

Aids

AP

Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), um fator novo interferiu na qualidade de vida das pessoas portadoras do vírus HIV. Os portadores com comorbidades apresentaram resultados mais graves quando infectados pelo vírus causador da covid-19, sendo que estudos da Inglaterra e da África do Sul indicaram que o risco de portadores de HIV morrerem por covid-19 era o dobro da população em geral.

Em termos mundiais, segundo o relatório “A urgência do agora: a Aids em uma encruzilhada”, da Unaids (2024), 39% menos pessoas contraíram HIV em 2023, em comparação com 2010. No entanto, estima-se que 1,3 milhão de pessoas foi infectado em 2023, o que é mais de três vezes a meta para 2025 (de 370.000 ou menos novas infecções). Quase metade das pessoas que contraíram HIV em 2023 vivia na África Oriental e na África Meridional. Pela primeira vez, o número de novas infecções por HIV fora da África Subsaariana ultrapassou o número de novas infecções por HIV na África Subsaariana. anGeLLOdeCO/SHUTTeRSTOCK

STeLLa RiBaS/aCeRVO da ediTORa

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Fonte: Ministério da Saúde. Situação epidemiológica da malária – dados interativos.

Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria/situacao-epidemiologica-da-malaria>. Acesso em: 10 jun. 2025.

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EVOLUÇÃO DOS CASOS DE MALÁRIA NO BRASIL (1980-2024)

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Malária

R Ú S S I

148 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

Os declínios mais acentuados no número de novas infecções por HIV em termos globais ocorreram entre crianças de 0 aCAZAQUISTÃO 14 anos.

TUNÍSIA África do Norte

MARROCOS

África Subsaariana

ARGÉLIA

GÂMBIA

MALI

NÍGER

REP. CENTRO-AFRICANA

ETIÓPIA

SUDÃO DO SUL

DJIBUTI

SOMÁLIA

UGANDA

COSTA DO MARFIM

REP.

GABÃO

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

REP. DO CONGO

GUINÉ EQUATORIAL

L

QUÊNIA

DEM.

RUANDA

CONGO

BURUNDI

SEYCHELES

TANZÂNIA

MALAUÍ

COMORES

ANGOLA

ZÂMBIA

OCEANO ATLÂNTICO

MOÇAMBIQUE

ESCALA 0

800 km

I. MAURÍCIO

ZIMBÁBUE

NAMÍBIA

MADAGASCAR

BOTSUANA

1 600

ÁFRICA DO SUL

ESWATINI

LESOTO

Fonte: atlas Geográfico escolar. 9. ed. Rio de Janeiro: iBGe, 2023. adaptado.

AP

UGUAI

NIGÉRIA

CAMARÕES

LIBÉRIA

(FRA)

TOGO BENIN

SERRA LEOA

GANA

GUINÉ

ERITREIA

SUDÃO

CHADE

BURKINA FASO

GUINÉ-BISSAU

Guiana Francesa

EGITO

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MAURITÂNIA

SENEGAL

URINAME

LÍBIA

No Brasil, segundo o “Boletim Epidemiológico – HIV e Aids 2024”, do Ministério da Saúde, a infecção pelo HIV e o adoecimento por Aids continuam sendo importantes desafios para a saúde pública. Entre 2007 e junho NORUEGA de 2024, foram notificados 541.759 casos de HIV no país, com uma predominância de 70,7% no sexo masculino. Em 2007, eram 14 casos em homens a cada dez em mulheres, mas essa razão se modificou com o tempo e em 2023 eram 27 casos em homens a cada dez em mulheres, um acentuado aumento da epidemia entre homens. As faixas etárias mais afetadas incluem jovens de 15 a 24 anos, que representam 23,2% dos casos, e adultos de 25 a 34 anos, responsáveis por 34,9% dos registros.  Que tipos de programas e investimentos o

poder público precisa fazer para controlar e combater a epidemia de Aids?

COROna BOReaLiS STUdiO/SHUTTeRSTOCK

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aLLMaPS/aCeRVO da ediTORa

ÁFRICA: DIVISÃO POLÍTICA

Representação ilustrativa do vírus HiV.

SU

Capítulo 8 – Geografia da saúde 149

2001-2010

2011-2015

2016-2020

2021

2022

2023

Total

Brasil

253.413

339.501

213.723

186.365

35.540

37.048

37.9801

1.103.571

Norte

5.024

19.721

20.442

21.757

4.896

4.915

4.989

81.744

Nordeste

22.609

51.755

44.425

43.900

8.339

8.903

9.212

189.143

Sudeste

173.135

171.015

88.033

71.485

13.083

13.639

13.875

544.265

Sul

40.065

75.533

45.958

35.036

6.315

6.523

6.666

216.096

Centro-Oeste

12.580

21.477

14.965

14.187

2.907

3.068

3.239

72.423

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

1980-2000

Fonte: Ministério da Saúde. Painel Epidemiológico da AIDS. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aids-hiv>.

Acesso em: 12 jun. 2025.

Dengue, zika e chikungunya

O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, que havia sido erradicado de vários países do continente americano nas décadas de 1950 e 1960, retorna na década de 1970, por falhas na vigilância epidemiológica e pelas alterações socioambientais propiciadas pela urbanização acelerada dessa época.

Atualmente, o mosquito transmissor é encontrado em uma larga faixa do continente americano, que se estende desde o Uruguai até o sul dos Estados Unidos, com registro de surtos importantes de dengue em vários países, dentre eles podemos mencionar Venezuela, Cuba, Brasil e Paraguai. casos proVÁVeis de denGue, seGundo a reGião GeoGrÁFica (1990-2025*) 1990-2000

2001-2010

2011-2015

2016-2020

2021-2023

2024

2025*

Total

Brasil

1.700.484

4.323.158

5.061.627

4.479.601

3.610.997

6.593.261

1.488.317

27.257.445

Norte

103.286

411.205

287.165

135.777

128.793

57.252

34.426

1.157.904

Nordeste

911.629

1.341.042

984.425

828.435

483.750

348.002

62.153

4.959.436

Sudeste

548.520

1.828.954

2.880.061

2.286.150

1.583.750

3.808.010

1.532.429

14.467.874

Sul

18.214

97.769

176.972

402.003

776.433

1.209.760

224.315

2.905.466

118.835

644.188

733.004

827.236

638.271

674.356

130.875

3.766.765

Centro-Oeste

*dados até jun. 2025.

Fonte: Ministério da Saúde. Série histórica – casos prováveis de dengue (2000-2023); Painel de monitoramento das arboviroses.

Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue/situacao-epidemiologica/serie-historica-casos-provaveis-dedengue-2000-2023/view> e <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti/monitoramento-das-arboviroses>.

Acesso em: 13 jun. 2025.

AP

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casos de aids notiFicados, seGundo reGião GeoGrÁFica (1980-2023)

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a partir de 2026 estará disponível vacina 100% nacional contra os quatro tipos de dengue. Serão 60 milhões de doses para o público de 2 a 59 anos.

Importante destacar que enquanto a vacinação em massa não é efetuada, são fundamentais as ações de prevenção para evitar contaminação e até mesmo óbito por dengue.

O zika vírus, assim como a dengue, é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Esse vírus é originário da Floresta Zika, em Uganda, na África, tendo sido detectado pela primeira vez em 1947. No entanto, somente no início do século XXI houve um surto de zika fora do continente africano: em 2007, nas ilhas da Micronésia, no oceano Pacífico, em 2013 e 2014, na Polinésia Francesa, e em 2014 na Ilha de Páscoa, no Chile. Em 2015 foi a vez de o Brasil sofrer uma epidemia de zika e de chikungunya – outras doenças infecciosas transmitidas pelo mesmo mosquito.

150 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

O chikungunya foi detectado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia, África. No Brasil, as primeiras ocorrências foram registradas em 2014. Diferentemente do chikungynya, que causa febre alta e dores fortes nas articulações, além de dores de cabeça, dores musculares e

manchas vermelhas na pele, o vírus zika, na maioria dos casos (80%) é assintomático – embora também possa causar febre baixa, dor de cabeça, dor nas articulações e manchas vermelhas no corpo, entre outros sintomas

De acordo com a Lei Orgânica da Saúde (Lei no 8.080, de 19 set. 1990), “entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer

mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.

Estabelecendo conexões

a prevenção é fundamental

AP

Ao infectar um ser humano, o vírus da dengue invade células de determinados órgãos, como o fígado e o baço, onde se reproduz. Em seguida, há o rompimento (lise) das células infectadas. Após um período de incubação de três a sete dias, o vírus passa a se reproduzir em células do sangue e atinge até a medula óssea, comprometendo a produção de plaquetas – estruturas essenciais para a coagulação do sangue. É nesse período que começam a se manifestar os sintomas da doença: febre alta; dor de cabeça; dor no abdômen, nas costas, nas articulações e no fundo do olho; náuseas e vômitos; insônia; perda de apetite; cansaço; manchas vermelhas na pele e coceira.

Após cerca de cinco dias das primeiras manifestações, a febre começa a ceder e, na maioria dos casos, a doença evolui até o desaparecimento completo dos sintomas nos dez dias seguintes. Em alguns casos, porém, o fim do período febril acompanha uma aceleração da perda da parte líquida do sangue, levando a uma diminuição da pressão arterial e ao surgimento ou intensificação de sintomas como sangramentos, vômitos frequentes e com sangue, manchas vermelhas na pele e dores abdominais fortes. Trata-se da forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica, que pode levar à morte se não houver acompanhamento médico para evitar que a perda de plasma comprometa a circulação sanguínea.

A dengue hemorrágica, assim como a ocorrência de epidemias de dengue, parece estar associada à existência de diferentes variações do vírus. A introdução de uma nova variação em uma população costuma causar transtornos, pois a contaminação confere imunidade permanente apenas contra o tipo de vírus da dengue que a causou.

Na verdade, a infecção por dois tipos distintos do vírus aumenta os riscos da ocorrência de febre hemorrágica, obrigando os órgãos de saúde a manter uma vigilância permanente em relação ao aparecimento de novas variedades do vírus em um território. Além disso, parece haver diferenças nas características das epidemias por cada tipo de vírus da dengue: tipo 3 costuma causar casos mais graves da doença, ao passo que o tipo 1 apresenta maior capacidade de alcançar uma grande população em um pequeno período de tempo.

Como a transmissão da dengue depende da existência de um mosquito vetor, a distribuição geográfica da doença coincide em grande medida com a distribuição do vetor. O principal transmissor da doença é o Aedes aegypti, mosquito de origem no continente africano e que deve ter sido trazido para as Américas a bordo de navios negreiros, além de estar presente também no Sudeste da Ásia. A dengue ocorre principalmente nas áreas tropicais úmidas, onde as temperaturas altas e as chuvas abun-

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É sempre bom saber mais!

Capítulo 8 – Geografia da saúde 151

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que as autoridades de saúde pública brasileiras mantêm programas de acompanhamento dos casos de dengue e de prevenção a epidemias, contando com a população local para acabar com os criadouros do mosquito – pratos de plantas, pneus de carro, tonéis, caixas d’água destampadas e todo tipo de recipientes que possam acumular água parada.

Ò Quais são as ações que podem ser tomadas pelas autoridades de saúde locais para a prevenção da dengue no Brasil? Qual é a importância da participação da população nesse esforço?

Febre amarela

Sul

Centro-Oeste

7

0

97

0

99

7

50

2

0

1

0

7

9

2

0

0

0

7

783

1

0

779

0

3

1.376

0

0

1.375

0

1

2018-2019

96

5

0

91

0

0

2019-2020

50

5

4

30

8

3

2020-2021

18

3

0

7

6

2

2021-2022

5

5

0

0

0

0

2022-2023

2

1

0

1

0

0

2023-2024

4

2

0

2

0

0

2024-2025

96

43

0

53

0

0

Total

5.773

245

104

2.445

21

170

1990-2000 2001-2008 2010-2014 2015-2016 2016-2017

Brasil

Norte

Nordeste

348

144

100

189

32

10

2017-2018

Sudeste

*dados até jun. 2025.

casos de Febre amarela reGistrados, seGundo a reGião GeoGrÁFica (1990-2025*)

Fonte: Ministério da Saúde; Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em: <https://www.paho.org/pt/alertas-e-atualizacoes-epidemiologicas?topic=40&d%5Bm in%5d=&d%5Bmax%5d=> e <https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/ boletins-epidemiologicos>. Acessos em: 17 jun. 2025.

fala-se em dois tipos de febre amarela: a silvestre e a urbana.

Ambas apresentam os mesmos sintomas, sendo que a diferença está no mosquito que propaga a doença e quais animais são afetados: na silvestre os transmissores são mosquitos contaminados do gênero Haemagogus; na urbana, o Aedes aegypti (o mosquito da dengue) é um dos transmissores.

A febre amarela tem caráter sazonal. Entre os meses de janeiro e abril (meses de chuvas no país) ocorre o maior número de casos, quando fatores ambientais propiciam o aumento da densidade de mosquitos transmissores.

A febre amarela silvestre é endêmica em boa parte do território brasileiro. No período de 2017 a 2019 enfrentamos no Brasil a maior epidemia de febre amarela desde a década de 40 do século XX. Os primeiros casos foram notados no nordeste de Minas Gerais e chamou a atenção como a doença se espalhou rapidamente. A febre amarela é uma doença que se caracteriza pela rapidez com que se propaga na população e no ataque ao próprio doente.

AP

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dantes garantem as melhores condições de sobrevivência para as populações do A. aegypti, cujo ciclo de vida depende da deposição de ovos em água limpa e parada. Isso explica não só a concentração dos casos de dengue nas estações chuvosas, bem como sua ocorrência na extensa área do território brasileiro com características tropicais. É por essa razão também

Infográfico

ZiKa

PAÍSES AFETAD

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O QUE É ZIKA?

Zika é o nome de uma doença causada pelo vírus de mesmo nome. O agente transmissor do vírus zika é o mosquito Aedes aegypti,, e os primeiros casos da doença no Brasil foram diagnosticados em abril de 2015. Esse vírus foi identificado pela primeira vez em macacos Rhesus da Floresta Zika, Uganda (África), em 1947.

Fonte: OMS (Organização Mundial da Saúde)

QUAIS SÃO OS SINTOMAS? Febre

febre baixa (até 38 ˚C) com duração de 1 a 2 dias

Cefaleia

dor de cabeça de intensidade moderada

Dores muscular e articular dores muscular e articular moderadas, porém, persistentes (aproximadamente um mês), vermelhidão nos olhos e dor de garganta Evolução da infecção

formas graves atípicas são raras, mas quando ocorrem podem levar a óbito

COMO É O TRATAMENTO?

AP

Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus zika e também não há vacina contra ele. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos faz uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.

CUIDADOS

 Caso observe o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para atendimento.  Não tome qualquer medicamento por conta própria.  Procure orientação sobre planejamento reprodutivo e os métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.

Fonte: <http://combateaedes.saude.gov.br/pt/tira-duvidas#zika>.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

 Utilize informações dos sites institucionais, como o do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde.  Se deseja engravidar: busque orientação com um profissional de saúde e tire todas as dúvidas para avaliar sua decisão.  Se não deseja engravidar: busque métodos contraceptivos em uma Unidade Básica de Saúde.

SHUTTeRSTOCK: FRanK60; KaTeRYna KOn; eLenaBSL.

DOS PELA ZIKA

RECÉM-NASCIDO COM MICROCEFALIA Prevenção/Proteção

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 Proteger o ambiente com telas em janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas – calças e blusas.  Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.  A amamentação é indicada até o segundo ano de vida ou mais, devendo ser exclusiva nos primeiros 6 meses.  Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde.  Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria.  Leve seu bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura.  Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança).  Caso o bebê apresente alterações ou complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre outras), o acompanhamento por diferentes especialistas poderá ser necessário, a depender de cada caso.

RECÉM-NASCIDO

AP

Prevenção/Proteção

GESTANTE

 Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.  Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.  Pratique sexo seguro.

 Após o nascimento, o bebê será avaliado pelo profissional de saúde na maternidade. A medição da cabeça do bebê (perímetro cefálico) faz parte dessa avaliação.  Além dos testes de Triagem Neonatal de Rotina (teste da orelhinha, teste do pezinho e teste do olhinho), poderão ser realizados outros exames.  Leve seu bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura.  Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança.

154 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

Questão socioambiental Ética & Sociedade

nhamento da saúde das pessoas e campanhas de esclarecimento da doença teria mudado a situação da doença no país.

Conhecemos todo o processo de desenvolvimento da febre amarela (hospedeiro, vetor de transmissão, ambientes etc.) e desde a década de 1930 aplicamos a vacina contra essa doença. Como é possível que pessoas ainda morram da febre amarela?

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Conhecido há décadas, bem como sua vacina, o vírus da febre amarela aparece em boa parte do território brasileiro de maneira endêmica. Consequentemente, você deve estar pensando: sendo a febre amarela endêmica, é normal que a tenhamos em algumas áreas do país. Resposta errada!

Um programa contínuo, a longo prazo, que unisse processos de vacinações, acompa-

Ò Pesquise os dados epidemiológicos de febre amarela de sua região no portal do Ministério da Saúde. De que forma você e sua comunidade poderiam auxiliar na prevenção dessa doença?

A caminho do Enem

1. Observe a charge e, com base nas informações deste capítulo, responda ao que se pede.

De que doença esse mosquito é transmissor? Por que as chuvas garantem seu “emprego”?

Disponível em: <http://www.leoquintino.com.br/index.php/2009/01/29/ charge-dengue-com-emprego-garantido>. Acesso em: 11 ago. 2016.

AP

2. O mapa ao lado mostra a classificação de risco de infeção por malária no Brasil (2023).

Faça uma breve análise e responda: Quais são as áreas do Brasil onde ocorre maior taxa de transmissão da malária? O que há de comum entre elas?

Fonte: Sivep-Malária e Sinan/SVSa/MS e e-SUS-VS. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/ saude-de-a-a-z/m/malaria/situacao-epidemiologica-damalaria/mapa-de-risco/mapa-de-risco-2023.png/view>.

Acesso em: 9 jun. 2025.

Classificação de risco – IPA 2023 sem transmissão muito baixo risco baixo risco médio risco alto risco

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século xxi – febre amarela no brasil

Capítulo 8 – Geografia da saúde 155 TAXA DE DETECÇÃO DE AIDS (POR 100.000 HAB.) SEGUNDO REGIÃO DE RESIDÊNCIA POR ANO DE DIAGNÓSTICO. BRASIL, 1998 A 2023 MÔNICA SUGUIYAMA/ACERVO DA EDITORA

3. a) Indique as regiões que possuem maiores taxa de detecção da Aids por 100.000 habitantes. b) Faça uma análise do quadro no período representado.

40 35 30 25 20 15 10

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

5 0

Brasil

Nordeste

Sul

Norte

Sudeste

Centro-Oeste

Fonte: Ministério da Saúde. Painel Epidemiológico.

Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aidshiv/painel-aids>. Acesso em: 16 jun. 2025.

4. (FCMSC – SP) Analise o mapa.

A manifestação espacial analisada nesse mapa possui relação com a) a densidade demográfica. b) as zonas climáticas. c) o envelhecimento da população. d) a altimetria do relevo. e) o saneamento básico.

Com ocorrência de endemia(s) ou epidemia(s)

(https://noticias.uol.com.br, 19.09.2018.)

5. (Fuvest – SP) Os mapas mostram uma parte do município de São Paulo. O mapa I refere-se à população vacinada contra Sars-Cov-2; o mapa II refere-se à taxa de mortalidade por covid-19; e o mapa III refere-se ao Índice de Desenvolvimento Humano. Tons mais claros indicam valores menores e tons mais escuros, valores maiores.

AP

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1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2023

A partir desses dados, é correto afirmar que a) a efetividade da campanha de vacinação coincide com as áreas de maior IDH. b) a virulência das variantes de Sars-Cov-2 é menor em áreas de menor IDH. c) as vacinas em áreas de menor IDH demandam maior tempo para a resposta imunológica do indivíduo. d) a taxa de mortalidade varia porque a população no centro do município é maior e mais agregada. e) a prevalência das variantes de Sars-Cov-2 é maior em áreas de maior IDH.

Imunização com 2 doses

Mortalidade por covid-19

I

II

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

N

III 0

10 km

Disponível em: <https://labcidade.fau.usp.br/>.

Maio/2021. Adaptado.

156 Unidade 2 – POPULaçÃO e ÉTiCa SOCiOaMBienTaL

DISTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS Total de casos por milhão de habitantes

PIB PER CAPITA DOS PAÍSES Em milhares de US$ (2018)

Fabrício Marques. Uma agenda para as doenças esquecidas.

Revista Pesquisa FAPESP, abril/2021. Adaptado.

Em relação à incidência de doenças tropicais negligenciadas, é correto afirmar: a) Na África, é maior nos países com os maiores PIB per capita, em especial na região subsaariana. b) Na Ásia, é menor nos países com os menores PIB per capita, com destaque para Ásia Setentrional. c) Na América do Sul, é menor nos países da América Platina, com os menores PIB per capita da região. d) Na América do Norte, com elevado PIB per capita, a incidência é menor em comparação ao Oriente Médio. e) Na Oceania, apesar do PIB per capita elevado, verifica-se alta incidência, com destaque para a Austrália.

AP

7. (Enem) Devido à sua ampla incidência e aos seus efeitos debilitantes, a malária é a doença que mais contribui para o sofrimento da população humana da Região Amazônica. Além de reduzir os esforços das pessoas para desenvolverem seus recursos econômicos, capacidade produtiva e melhorarem suas condições de vida, prejudica a saúde da população e o desenvolvimento socioeconômico da região.

RENAULT, C. S. et al. Epidemiologia da malária no município de Belém – Pará. Revista Paraense de Medicina, n. 3, jul.-set. 2007 (adaptado).

Essa doença constitui um sério problema socioeconômico para a região citada, porque provoca

a) imunossupressão, que impossibilita o doente de entrar em contato com outras pessoas sem o uso de máscaras e luvas. b) infecção viral contagiosa, que faz com que o doente precise de isolamento para evitar transmissão para outras pessoas. c) febres constantes e intermitentes associadas à fadiga e dores de cabeça, que afastam o doente de suas atividades. d) diarreias agudas e explosivas, que fazem com que o doente fique vários dias impossibilitado de trabalhar. e) alterações neurológicas, que causam crises epilépticas, tornando o doente incapacitado para o trabalho.

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6. (Fuvest – SP) A pandemia da covid-19 acendeu o alerta sobre os impactos que a rápida disseminação de enfermidades produz em um mundo cada vez mais globalizado. Além disso, ressaltou a importância das pesquisas científicas na descoberta, no tratamento e controle de doenças tropicais negligenciadas, muitas delas recorrentes em diferentes países do mundo. Os mapas a seguir indicam as taxas de incidência de doenças tropicais negligenciadas (total de casos por milhão de habitantes) e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos respectivos países.

Capítulo 8 – Geografia da saúde 157

8. (Enem) Tanto a febre amarela quanto a dengue são doenças causadas por vírus do grupo dos arbovírus, pertencentes ao gênero flavivírus, existindo quatro sorotipos para o vírus causador da dengue.

A transmissão de ambas acontece por meio da picada de mosquitos, como o Aedes aegypti. Entretanto, embora compartilhem essas características, hoje somente existe vacina, no Brasil, para a febre amarela e nenhuma vacina efetiva para a dengue.

a) maior taxa de mutação do vírus da febre amarela do que do vírus da dengue. b) alta variabilidade antigênica do vírus da dengue em relação ao vírus da febre amarela. c) menor adaptação do vírus da dengue à população humana do que do vírus da febre amarela. d) presença de dois tipos de ácidos nucleicos no vírus da dengue e somente um tipo no vírus da febre amarela. e) baixa capacidade de indução da resposta imunológica pelo vírus da dengue em relação ao da febre amarela.

EN D A O S W PA N LO RA AD DI VU PR L O GA IB ID ÇÃ O O. !

Esse fato pode ser atribuído à

9. (Enem) A tabela ao lado apresenta algumas das principais causas de mortes no Brasil, distribuídas por região.

taxa por 10.000 habitantes

Causas mal definidas

Brasil

Região K

Região X

Região W

Região Y

Região Z

9

5

15

8

6

6

São conhecidas ainda Causas externas 7 8 5 5 7 9 as seguintes informaNeoplasias (cânceres) 6 5 3 3 9 9 ções sobre as causas de óbitos: Doenças respiratórias 6 4 3 2 8 7 • A dificuldade na obtenção de informações, a falta de notificação e o acesso precário aos serviços de saúde são fatores relevantes na contabilização dos óbitos por causas mal definidas.

• O aumento da esperança de vida faz com que haja cada vez mais pessoas com maiores chances de desenvolver algum tipo de câncer.

• As mortes por doenças do aparelho respiratório estão estreitamente associadas à poluição nos grandes centros urbanos.

• Os acidentes de trânsito e os assassinatos representam a quase totalidade das mortes por causas externas.

• A Região Norte é a única que apresenta todas as taxas por 10.000 habitantes abaixo da taxa média brasileira.

Levando em consideração essas informações e o panorama social, econômico e ambiental do Brasil, pode-se concluir que as regiões K, X, W, Y e Z da tabela indicam, respectivamente, as regiões: a) Sul, Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. b) Centro-Oeste, Sudeste, Norte, Nordeste e Sul. c) Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste. d) Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste. e) Norte, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Sul.

AP

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional de Saúde. Dengue: Instruções para pessoal de combate ao vetor. Manual de Normas Técnicas. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br>.

Acesso em: 7 ago. 2012 (adaptado).

AS PÁGINAS 158 A 488 FORAM SUPRIMIDAS NESTA VISUALIZAÇÃO. Para maiores informações entre em contato conosco: promocao@harbra.com.br