HANDS ON MAGAZINE 03

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Ed. 03 – Ano 01

COVID-19 O que se sabe (até o momento) sobre as principais vacinas que podem chegar aos brasileiros

TRITON YATCHS

Com a oferta de lazer privativo, aliado ao luxo, conforto e entretenimento, lanchas e iates disparam como tendência de turismo seguro. Conheça o lançamento da Triton para 2021, a 470 Fly

ABDALA JAMIL ABDALA

“Feiras são geradoras de negócios. Elas produzem mais de R$ 1 trilhão por ano no Brasil e ainda estamos esperando o reconhecimento das autoridades para o setor”, diz o presidente da Ubrafe e da Francal


Em tempos de pandemia, segurança é tudo. Por isso, os protocolos adotados pelas companhias aéreas, hotéis, resorts, pousadas, bares, restaurantes e espaços para eventos são seguidos com rigor. Tudo para garantir o bem-estar e a segurança


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FREDY UEHARA

INDEX

20 ABDALA JAMIL ABDALA

Presidente da Ubrafe e da Francal Feiras segue, incansável, na luta para que os governantes olhem para o setor de feiras e eventos de negócios – que fomentou mais de 1 trilhão de reais na economia brasileira em 2019 – de maneira diferenciada e para que haja a flexibilização para sua retomada, tão importante para a economia

14 ON BOARD Triton 470 Fly

34 WHATS ON!

Vacinas em pauta

18 SPEAKERS ON

40 ON HEALTH

26 ON THE TABLE

44 SHINE ON

11 EDITORIAL

28 CHEERS ON!

48 HANDS ON

12 SPEAKERS ON

32 SPEAKERS ON

50 SPEAKERS ON

Somar para conquistar

Patrícia Rady Müller

Suely de Souza

Italiano com jeitinho francês

Goles necessários

Willy Herrmann

Mudança de hábitos

Letícia Linton: joias que reluzem alma e significado

Otavio Neto

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EDITORIAL

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Publisher HANDS ON

CEO Otavio Neto otavio@onnatv.com.br PUBLISHER Helena de Mendonça helena@onnatv.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Luciana Albuquerque MTB: 53210/SP

Mais um ano se passou – e que dentro dele nos reinventamos e nos ano! Ano de ânimos aflorados! recriamos da melhor forma possível. Perdas, luto, resiliência e muita Encontramos e vimos de perto, ansiedade. na pele, o que se chama solidariedaUm ano que não só de entre pessoas e negóveio mostrar o quanto cios, criatividade extra, O ISOLAMENTO NOS somos frágeis sem nosinovação, virtudes como COLOCOU EM UM sa saúde do corpo físico, a paciência e a aceitaCASULO, MAS COMO mas também, o quanto ção das demoras, dos dela dependem as nos- OS QUE ACREDITAM E resultados nem sempre QUE NÃO DESISTEM, sas relações com familiapositivos, da derrota e do res, amigos, colelevantar e persistir. DENTRO DELE NOS gas e inclusive E assim, com o que REINVENTAMOS E do campo esaprendemos em 2020 e NOS RECRIAMOS piritual que aprenderemos em 2021 DA MELHOR nos rege. continuaremos a trazer FORMA POSSÍVEL O isolaem nossas matérias na mento nos HANDS ON Magazine, colocou em um casulo, exemplos de pessoas, empresas e mas como os que acreações que inspirem um 2121 como ditam e que não desistem, um ano melhor.

CONSELHO EDITORIAL

Adelson Coelho Helena de Mendonça Godoy Luciana Albuquerque Otavio Neto Rogério Macadura

REPÓRTER

Vanda Fulaneto

DEPARTAMENTO COMERCIAL

PROJETO GRÁFICO E DESIGN Purim Comunicação Visual

FOTOS E ILUSTRAÇÕES Capa: Fredy Uehara Freepik Premium Divulgação

COLABORADORES Adelson Coelho Érick Jacquin Luiz Marins Mauricio Hirata Suely de Souza Toni Sando Willy Herrmann

ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO +55 (11) 4617-3081

Otavio Neto - otavio@onnatv.com.br

UMA PUBLICAÇÃO DO GRUPO ON Media

Redação e administração: Radar Comunicação e TV LTDA. (CNPJ 36.398.837/0001-88) Av. Fernando Nobre n. 11 - Vila de São Fernando Golfe - Cotia /São Paulo Tel.: (11) 4617-3081 A HANDS ON não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados. Não é permitida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização. Data de publicação: 22/01/2021

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SPEAKERSON

O POTENCIAL E A COMPETÊNCIA DA CIÊNCIA NO BRASIL PATRÍCIA RADY MÜLLER

Médica Clínica geral e Infectologista, voluntária e pesquisadora da da vacina contra Covid-19 de Oxford e pesquisadora da vacina da Janssen

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Curiosamente, eu ainda adolesAids ou infecção crônica pelo HIV, cente lendo um livro intitulado “A que também dizimam populações próxima Peste: Novas doenças num silenciosamente. A tuberculose elimimundo em desequilíbrio”, da cientisnou 1 milhão de pessoas da Terra em ta Laurie Garrett, me apaixonei pela 2018, segundo dados da Organizainfectologia e decidi que seria médição Mundial de Saúde (OMS). O HIV/ ca. Geralmente as pessoas definem Aids, apesar de ter um tratamento sua profissão médica para depois muito eficaz atualmente mesmo sem decidirem a sua espeter cura, continua cialização. Pra mim foi trazendo 40 mil caamor à primeira vissos novos por ano AINDA SOBRE A ta pela infectologia e no país, conforme IMPORTÂNCIA DO pela ciência. Através dados do Ministério PAPEL DO NOSSO das palavras de uma da Saúde do Brasil PAÍS NO CENÁRIO cientista no livro aci(MS). E saindo do ATUAL, NUNCA ATÉ ma citado, abordando campo de doenças a evolução de antigas infecciosas, temos ENTÃO NA HISTÓRIA moléstias infecciosas, verdadeiras “epideDA HUMANIDADE, A traçando um perfil de mias” de câncer, diaCIÊNCIA CONSEGUIU novas doenças que betes, hipertensão CONCLUIR A CRIAÇÃO poderiam ameaçar arterial, que tama vida contemporâbém fazem vítimas DE UMA VACINA nea, eu percebi como a cada segundo. CONTRA UM AGENTE através da ciência eu Como se não basCAUSADOR DE UMA poderia ajudar a detasse, enfrentamos PANDEMIA EM TEMPO cifrar doenças, ajudar atualmente uma Inna cura das mesmas fodemia, uma disperREAL E EM TÃO e até eliminá-las do são desenfreada de POUCO TEMPO planeta até que o prónotícias falsas, tanto ximo desafio surgisse. por pessoas leigas Dessa forma, me tornei médica incomo também da área da saúde – o fectologista e pesquisadora. impacto negativo no avanço da ciênHistoricamente, o nosso planeta cia fez com que a OMS criasse o pritem grandes pandemias a cada sémeiro recrutamento de profissionais culo. Mas o que as pessoas talvez não capacitados em combatê-las. percebam, é o fato de termos várias Nesse momento histórico em epidemias fazendo parte do nosso que estamos testemunhando a dia a dia, como: tuberculose, dengue, pandemia da Covid-19 é curioso


uma esperança de que mais pesobservar como a humanidade está soas se interessem por pesquisa se envolvendo com todos os passos e de que o nosso olhar crítico doda ciência. O Brasil transformou-se ravante, faça do nosso mundo um em um laboratório de estudos cienlugar melhor. tíficos, participando de Guardadas as pro20% dos estudos do porções das incermundo a respeito do COMO VOLUNTÁRIA tezas da catástrofe vírus Sars-Cov 2, com E PESQUISADORA, que essa pandemia quatro estudos clínicos VEJO DENTRO DESSA gerou, ficaram algude 20 mundiais, sendo CATÁSTROFE UMA mas certezas: 1) O feitos aqui, já em fase vírus Sars-Cov 2 está 3. Tudo isso graças a ESPERANÇA DE QUE fazendo o papel dele união de voluntários e MAIS PESSOAS SE de desenvolver nopesquisadores que se INTERESSEM POR vas habilidades (muprontificaram a lutar PESQUISA E DE QUE O tações) para se perativamente pelos estudos de uma vacina. NOSSO OLHAR CRÍTICO petuar entre nós, espalhando-se cada Os estudos clínicos DORAVANTE, FAÇA DO vez mais rápido. 2) compreendem as seNOSSO MUNDO UM Nós temos que fazer guintes fases: pré-clíLUGAR MELHOR nosso papel, ao invés nica (antes de serem de simplesmente cultestadas em seres hupá-lo: usar máscamanos, onde são reras, manter o distanciamento social, alizados testes em laboratório e em higienizar nossas mãos adequadacobaias, como primatas ou roedores mente, além de recebermos a vacina a serviço da ciência). Após essas faa nosso favor e da humanidade para ses terem mostrado sucesso em seus freá-lo. A ciência está fazendo a parresultados, vem as fases clínicas, já te dela e, se cada um fizer seu papel, com os testes em seres humanos, aprenderemos a adotar medidas que dividida em quatro etapas: 1 (seguficarão para, certamente, enfrentarrança), 2 (eficácia), 3 (segurança e mos “A Próxima Peste”. eficácia em uma população maior ou “teste drive” da vacina), e 4 (farmacovigilância ou seguimento para verificação de eventos relacionados a vacina, adequação de doses, acompanhamento de dosagem de anticorpos etc). Ainda sobre a importância do papel do nosso país no cenário atual, nunca até então na história da humanidade, a ciência conseguiu concluir a criação de uma vacina contra um agente causador de uma pandemia em tempo real e em tão pouco tempo. Como voluntária e pesquisadora, vejo dentro dessa catástrofe

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ON BOARD

TRITON 470 FLY

Conheça a nova lancha com 47 pés da Triton, que já é tendência deste verão no Brasil Por Helena de Mendonça

Reconhecida como uma das principais marcas fabricantes de lanchas do mercado brasileiro, a Triton Yachts lançou um modelo de lancha de 47 pés que, em poucos meses conquistou os brasileiros pelo design, conforto, tecnologia e acabamentos, características já conhecidas da marca. Para Allan Cechellero, diretor de marketing da Triton Yachts, a náutica passou a ser mais valorizada no Brasil neste momento por se tratar

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de uma forma de lazer segura e que reúne soluções em conforto, entretenimento e relaxamento. “É uma tendência cada vez mais buscada pelos brasileiros e que deve permanecer, inclusive, no mundo pós-pandemia. O lançamento desse modelo de lancha, com excelente aproveitamento de espaços internos e externos, encoraja as pessoas a aproveitar ao máximo os momentos de lazer a bordo”, diz Cechellero.


Amplas áreas ao ar livre A Triton 470 Fly é uma união entre o clássico e o moderno, um modelo que segue tendências mundiais da náutica, como as janelas de vidro nas laterais do casco que garantem ampla iluminação natural também nas duas cabines para pernoite. O convés também é contornado por grandes janelas o que permite belas vistas panorâmicas durante a navegação. A área externa é um convite ao relaxamento e a agradáveis encontros. Na popa, oferece a opção da plataforma submergível com acionamento por controle remoto. Ao descer a plataforma, uma escada também é aberta para facilitar o acesso nesse deck, ideal para banhos de mar e de sol. No espelho da plataforma ainda há uma área gourmet, que pode ser equipada com churrasqueira a carvão ou elétrica, tábua e geleira, e bancos de apoio ao ambiente. A praça de popa é coberta e protegida, equipada com uma ampla mesa com sofá em “L”. Também pode ser equipada com outros itens para o maior conforto como freezer, ice maker e adega. O solário de proa (parte frontal do barco), com acesso pelas laterais, conta com espreguiçadeiras com regulagem de encosto e porta copos nas laterais. Já a parte superior do barco, o flybridge, é mais um dos espaços externos de convivência equipado com sofás e solário que acomodam até 12 pessoas confortavelmente, além de segundo posto de comando.

Interior com requinte e conforto O interior da embarcação também surpreende pelo amplo espaço, sofisticação e conforto. Os dois ambientes (praça de popa e salão principal) são divididos por porta de vidro e, quando abertas, criam um conceito open. Possibilitam a interação entre as duas áreas, aumentando ainda mais o espaço, além de contribuir para o maior conforto térmico. O ambiente também possui posto de comando central com modernos sistemas de navegação.

FOTOS: DIVULGAÇÃO / TRITON YACHTS

A TRITON 470 FLY É UMA UNIÃO ENTRE O CLÁSSICO E O MODERNO, UM MODELO QUE SEGUE TENDÊNCIAS MUNDIAIS DA NÁUTICA

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ON BOARD

FOI EM TORNO DE 20% EM 2020

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FOTOS: DIVULGAÇÃO / TRITON YACHTS

Possui ainda área de estar e jantar, além de coe mantendo o distanciamento social, as pessoas zinha equipada com pia, fogão, freezer, armários. passaram a buscar formas de lazer seguras e a No convés inferior, estão duas cabines. Um quarvalorizar mais o convívio com a família e amito de casal na proa com cama com 2 metros de gos. “Foi um comportamento que gerou bons comprimentos, armários nas duas laterais, nichos reflexos à indústria náutica brasileira já que e prateleiras. Há ainda um banheiro que atende as embarcações, especialmente as de médio e o quarto e a área de convivência com chuveiro e grande porte que possuem cabines para a perbox de vidro fechado. Destaque para a suíte másnoite, podem ser consideradas também como ter posicionada estrategicamente à meia-nau, com uma segunda casa sobre o mar. Ou seja, as cama queen size, sofás e armários, além de grande pessoas passaram a repensar o seu estilo de janela para iluminação natural e um grande e exvida e desfrutar mais de momentos a bordo”, clusivo banheiro. revela o diretor de marketing da Triton Yachts, Diferenciais também na modernidade e na quaAllan Cechellero. lidade dos acabamentos como tecidos importados Segundo ele, o aumento na demanda por eme próprios para a náutica, movelaria, pedras, ilumibarcações, tanto novas como seminovas, foi em nação, a Triton Yachts também postorno de 20% em 2020. “Acredito sibilita ao cliente a customização de que as pessoas de fato estão reuma série de itens, como pintura, pensando o seu estilo de vida. No O AUMENTO NA decoração, tecidos, equipamentos que se refere aos reflexos à náutiDEMANDA POR e revestimentos. ca, os consumidores deverão va lorizar cada vez mais amplos esEMBARCAÇÕES, O mercado náutico paços de convivência e ambientes em épocas de pandemia ao ar livre das embarcações caTANTO NOVAS Com a alta necessidade de prepazes de atender convidados com COMO SEMINOVAS, venção, evitando aglomerações conforto, segurança e elegância.


ACIONI CASSANIGA

Allan Cechellero, diretor de marketing da Triton Yachts

Outra tendência é o aquecimento do turismo doméstico, na minha opinião, com um fluxo maior de pessoas aproveitando pequenas viagens/ passeios de fim de semana e feriados, especialmente porque as viagens internacionais estão inviáveis seja pela pandemia, como também pela alta do dólar”, reflete Cechellero. E com os olhos do consumidor voltado à náutica, existe uma exigência cada vez maior em termos de tecnologia de construção de embarcações, idoneidade e história do estaleiro, estrutura, atendimento, soluções de personalização e espaços, que as marcas deverão atender. Além disso, o aumento na procura por embarcações também gera um reflexo em toda a cadeia náutica, por exemplo, na demanda por manutenções preventivas e vagas em marinas, peças e acessórios. “Mesmo quem não possui uma embarcação própria, também está em busca de passeios através do serviço de aluguel de barcos, compra compartilhada e até a compra de cotas de embarcações. A Triton Yachts, por exemplo, também recebeu pedidos de empresas especializadas na venda de barcos compartilhados, o que demonstra como este mercado também está aquecido e em expansão no Brasil. Além disso, o desenvolvimento da náutica reflete não apenas no setor, mas em outros como turismo e serviços, por exemplo”, diz Allan. +CONTEÚDO @hands_on_magazine

ON na TV

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Sobre a Triton Yachts A Triton Yachts é uma consagrada linha de barcos projetada e construída pelo estaleiro Way Brasil que está há 36 anos no mercado. A marca, lançada há 20 anos, é produzida em uma área total de 31 mil m2 na região metropolitana de Curitiba (PR). Possui um portfólio variado com 15 modelos que vão de 23 a 52 pés. Segurança, qualidade construtiva, suporte aos clientes e constante inovação em termos de design e materiais são alguns dos pilares na trajetória da marca fundada por um dos mais experientes projetistas náuticos do país. http://tritonyachts.com.br

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SPEAKERSON

“NUMERANDO”

SUELY DE SOUZA

Numerologista www.numerandos.com.br

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Em 2021 viveremos sob a influtas serão as tentações. Cuide da sua ência do “5”, cuja palavra-chave é imunidade e da sua alimentação. Se MUDANÇA. Pelos dígitos deste ano possível, faça uma pequena horta. contaremos com esforços para esNormalmente num ano regido pelo tabelecer a paz, conferências entre “5”, as condições de trabalho menações com bons resultados e granlhoram. Atividades de natureza esdes invenções com muita criatividade. peculativa geralmente aumentam, Portanto, será um ano de uma enorassim como interesse na metafísica, me mudança, onde os no psíquico e no oculto. seres humanos deveA juventude exige POR SER UM ANO DE rão estar mais voltados atenção e frequentemenMAIOR LIBERDADE, para se autoconhecete surgem jovens líderes DEVEMOS SER MUITO rem e encontrarem a à frente. As pessoas e as verdadeira felicidade e nações se preocupam FLEXÍVEIS E TRILHAR a paz INTERNA. com a liberdade, deseO CAMINHO DO BEM, O “5” quer que cajando descartar-se do POIS MUITAS SERÃO minhemos em busca ultrapassado. O interesse AS TENTAÇÕES da alta espiritualidade agora é com a criação de e, para isso, teremos controles mais realísticos de acabar a busca da felicidade no e de situações dignas de serem vividas. externo e irmos ao encontro da força A área da saúde, em especial, divina que reside no interior de cada contará com descobertas e avanços um. Lembre-se da Oração ensinada importantes. Por ser um período fapor Jesus Cristo, Pai Nosso. vorável à comunicação é de se esSerá de extrema importância perar vários problemas, nessa área, colocarmos em prática tudo o que como um desafio que devemos saber tivemos oportunidade de aprender enfrentar, com flexibilidade. Há interem 2020. As portas estão abertas câmbio de informações para as propara vivermos o “5”. Esse número moções humana e cultural. quer que aprendamos pela experiSeja: flexível e aprenda pela exência, façamos do mundo o nosso periência, aceitando as mudanças lar, portanto será fundamental que necessárias. evitemos o negativo dele. Evite: impulsividade, agarrar-se aos Por ser um ano de maior libervícios, escapismo e a convulsividade. dade, devemos ser muito flexíveis e trilhar o caminho do bem, pois mui-



FREDY UEHARA

ON SPOT

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O SULTÃO DAS FEIRAS E EVENTOS DE NEGÓCIOS Abdala Jamil Abdala, presidente da Ubrafe e da Francal Feiras segue, incansável, na luta para que os governantes olhem para o setor de feiras e eventos de negócios – que fomentou mais de 1 trilhão de reais na economia brasileira em 2019 – de maneira diferenciada e para que haja a flexibilização para sua retomada, tão importante para a economia Por Luciana Albuquerque Turismo é turismo. Feiras e eventos são geradores de negócios que movimentam – também – o turismo. E os governantes precisam olhar para esse setor, fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus, desde seu início, em março de 2020, com o olhar voltado à economia. Uma pesquisa realizada no final de 2019 pela NewSense sob encomenda da Ubrafe e seus associados, mostrou que o volume de negócios gerados por esses eventos (promotores, expositores e visitantes), somente no estado de São Paulo, é de R$ 305 bilhões de reais. Um impacto anual na economia brasileira de 4,6% do PIB Nacional. Não se trata de lazer, mas sim de negócios! “Transpondo isso para o Brasil inteiro é mais de R$ 1 trilhão. E tem ainda as feiras da agropecuária, as feiras regionais, e tudo mais, então feiras, efetivamente são geradoras de negócios, de riqueza, de empregos”, enfatiza um dos nomes mais importantes do setor, Abdala Jamil Abdala, presidente da Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) e da Francal Feiras, um dos principais players brasileiros do mercado de feiras de negócios. Nascido em Franca, um importante polo calçadista do país, atualmente morador da capital paulista, ele exemplifica: “Quando termina uma feira eu sempre vou pra Franca ver minha família e amigos. Lá eu sento na praça, tomo minha cerveja ou um café, jogo futebol, tênis, e as pessoas que traba-

lham nas fábricas, operadores das fábricas que fazem os sapatos, me perguntam sempre como foi a feira, se vendeu bem. Cria-se uma expectativa de negócios. Se a feira vende, a fábrica vai vender, vai trazer dinheiro para a cidade. O cara tá interessado em se certificar de que o emprego dele está garantido. O dono da fábrica, que não participou da feira, quer saber se o mercado está respondendo”, conta. “Todo mundo fala de turismo, mas feira, na sua essência, é geradora de negócios, de riquezas e de empregos. Os participantes de feiras vêm às feiras estritamente para fazer negócios. Ninguém visita uma feira para usar a hotelaria, para usar o restaurante, para usar o transporte, o teatro. Ele passa a usufruir disso numa contingência de que ele já está aqui, é um efeito secundário. A empresa, seja ela nacional ou internacional, está aqui a procura de fazer negócios”, completa Abdala. Foram 742 feiras e eventos de grande porte, mais de 8,2 milhões de visitantes e mais de 66 mil expositores e empresas em 2019 só em São Paulo. Cada R$ 1,00 investido por empresas em feiras e eventos com foco em negócios resultou em um alto retorno e gerou vendas R$ 35,00 para as empresas expositoras, segundo pesquisa da Ubrafe de 2019. “Esses tantos milhões de pessoas que visitaram as feiras utilizaram hotelaria, transporte aéreo, restaurantes. O turismo se beneficia das feiras, mas as feiras não são feitas para gerar

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ON SPOT turismo, é uma consequência. Graças a Deus que São Paulo tem uma ótima infraestrutura e pode oferecer para o visitante, além de fazer negócio, também ter uma esportividade e lazer”, reflete. Vetor de desenvolvimento e economia criativa Esse efeito secundário, porém, é também um grande propulsor para toda a cadeia que as feiras de negócios impactam, o que faz delas um vetor de desenvolvimento econômico ou, como Abdala fez questão de frisar, um indutor do turismo. Somente no estado de São Paulo, de acordo com a pesquisa da Ubrafe, foram investidos por expositores e visitantes quase R$ 16,3 bilhões de reais com foco na geração de negócios através de feiras eventos, o que mostra o quão esse setor é fundamental para ajudar o Brasil a sair da crise fazer a economia “girar”. As feiras que acontecem em São Paulo reúnem gente do mundo inteiro, ocupando os hotéis, os restaurantes, os bares, o transporte, as boates, aquilo que São Paulo pode oferecer. Desses R$ 16,3 bilhões de reais investidos pelo setor em 2019, R$ 9,8 bilhões foram gastos por viajantes, visitantes e expositores com: hospedagem (37,7%), transporte (28,3%), alimentação (22,8%), compras (8,9%) e lazer e outros (2,4%), segundo a Ubrafe. Daí o impacto das feiras de negócios no turismo, na hotelaria, na gastronomia e em toda uma cadeia para as regiões que recebem os eventos e que nunca teve seu devido valor por parte dos governantes. “A cidade de São Paulo nunca entendeu o que feira gera de riqueza. Eu coloco o ônibus passando nos hotéis levando as pessoas até a feira gratuitamente. Coloco ônibus saindo da estação de metrô indo até os pavilhões gratuitamente. E você acredita que o Metrô não permite colocar sinalização de onde pegar esse ônibus? Não estou brincando. Vou em feiras no mundo inteiro. Você chega em uma cidade da Alemanha onde tem uma feira, no aeroporto você é bem-vin-

do, no trem você é bem-vindo. E São Paulo não dá a mínima para nós. Quem sabe agora vendo que os hotéis estão com a ocupação de 10%, 12%, enquanto a feira estatisticamente representava 70% da ocupação todo ano, olhem para o setor como deveriam”, discursa Abdala. Feiras de negócios também fazem parte da economia criativa, são geradoras de ideias. Os visitantes das feiras querem receber insights e conhecer as principais tendências para os seus negócios e esse é um ambiente muito propício a isso. Segundo a pesquisa da Ubrafe, dois em cada três visitantes tiveram novas ideias para seus negócios durante a participação em eventos; oito em cada 10 visitantes conheceram novos fornecedores ou novas tecnologias durante a participação, e três em cada quarto visitantes dão notas 8, 9 ou 10 para a importância dos eventos em sua vida profissional.

FEIRAS DE NEGÓCIOS TAMBÉM FAZEM PARTE DA ECONOMIA CRIATIVA, TAMBÉM SÃO GERADORAS DE IDEIAS

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Os impactos da Covid-19 De acordo com levantamento da Ubrafe, a paralisação de março até agosto de 2020 do setor de feiras e eventos de negócios, devido a pandemia do novo coronavírus, gerou uma perda de mais de R$ 280 bilhões à economia de São Paulo e R$ 13,5 bilhões para as empresas do setor no estado. Desde prestadores de serviços de organização de feiras, congressos e exposições, além de profissionais cujos trabalhos estão diretamente ligados a esse mercado, como empresas de aluguel de estruturas, como palcos, estandes, iluminação, som, bem como serviços de filmagens, produção fotográfica, decoração, assessoria, cerimonial, seguranças, entre outros, foram altamente impactados, tendo de negociar prazos e se reinventar para evitar demissões em massa. “Pessoas que trabalham com marcenaria, com montagem, com pintura, com comunicação visual, com limpeza, que vivem disso e que atuavam nas feiras estão todas ‘quebradas’. Se não houvesse esse auxílio emergencial, eles estariam passando fome igual a muitos que já passaram. A


FREDY UEHARA

gente está procurando ajudar dentro dos nossos limites. E além de muitas empresas que fecharam, tem as promotoras internacionais de feiras indo embora do Brasil, como a Clarion, que enviou uma carta para a Ubrafe para se despedir”, diz. Abdala Jamil Abdala está há mais de 50 anos no setor coureiro-calçadista, além do mercado de feiras de negócios, e nunca viu um cenário tão impactante negativamente como esse. E até o dia da nossa entrevista, 17 de dezembro, quinta-feira, às 14h18, frizava que ainda estava esperando o reconhecimento das autoridades para entender a grandeza do setor. No fechamento da edição, em janeiro de 2021, ele continua nessa espera. “Eu não estou falando mal, porque a pandemia pegou a todos de “calça curta” e ninguém tem culpa disso. Mas, há incoerências. Por que que o shopping center está aberto e a feira não? As feiras são vi-

sitadas por empresários, todo mundo que entra é cadastrado, temos condições de saber quem entrou, quem saiu, e não por causa dos protocolos atuais, sempre tivemos esse controle. E até o momento, nós não temos ainda a possibilidade de realizar as feiras”, reclama o empresário. “Evitar aglomeração? As feiras são de negócios, não tem aglomeração. Aglomeração é quando você está dentro de um metrô, de um ônibus, de uma área comercial como a 25 de março”, reclama. Ele também chama atenção para o fato de que, nos shoppings entram pessoas de todos os tipos e nem todas estão ali para fazer negócio. Já quem vai até uma feira de negócios está focado. “O expositor que vem de longe está lá para vender e também para conhecer um novo cliente. Um lojista que vem para uma feira vem para ter relacionamento com o seu fornecedor e também prospectar.

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FREDY UEHARA

ON SPOT

Principais números dos eventos com foco na geração de negócios no Estado de São Paulo

8,2 MILHÕES

de visitantes (média por ano)

742 EVENTOS

de grande porte (feiras de negócios e congressos com stands e mais de 500 participantes) média de 11,5 mil/evento

66,5 mil

expositores/empresas participando dos eventos

3 MILHÕES M²

comercializados por estes eventos nos principais pavilhões/centros de eventos e grandes hotéis do estado SP *Fonte: Ubrafe/2019

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É oportunidade de ter novos fornecedores. Feira é um encontro de quem está interessado em fazer negócios. Tanto de quem expõe quanto de quem visita”, completa Abdala. “As consequências poderiam ser menos danosas se houvesse uma compreensão, se as autoridades tivessem um olhar focado em feiras de negócios para que se flexibilizasse conforme se flexibilizou para shoppings, para o comércio e conforme nem teve flexibilização para a 25 de março ou qualquer outro lugar. É lamentável”, enfatiza. De acordo com o Plano São Paulo do Governo do Estado, as feiras e eventos puderam voltar a acontecer somente em setembro de 2020, quando a capital entrou na fase amarela. As regras de flexibilização válidas, autorizam eventos para até 600 pessoas como convenções, seminários, workshops, palestras e feiras, com algumas regras. Eventos para mais 600 pessoas precisa de uma autorização especial da gestão municipal, mas o limite é para até duas mil pessoas. A ocupação máxima é limitada a 40% e estão proibidas atividades com público em pé, devendo terem assentos marcados respeitando distanciamento mínimo, além dos demais protocolos de higiene e segurança. Das 12 feiras realizadas pela Francal Feiras, a única que aconteceu em 2020 foi a Abrinq, uma semana antes do decreto da pandemia. As demais foram adiadas para 2021, o que vai trazer um esforço enorme do setor para adequar o calendário que será bastante apertado este ano. Algumas feiras retomaram suas atividades no final de 2020 em formato híbrido, com redução de espaço, fornecedores e visitantes. Outras foram feitas virtuais, mas para Abdala esse modelo on-line é mais para contato, relacionamento e troca de ideias. Nada se compara com o marketing Face To Face, uma poderosa forma de gerar confiança pessoal em relacionamentos comerciais e, consequentemente, gerar negócios. “Foi feita uma comunicação intensiva, convocando todos os players para que participassem das feiras virtuais, para que mostrassem seus produtos, tínhamos conteúdo relevante, tanto na parte de moda, como na parte econômica, o que gerou um ganho muito grande de relacionamento, de conhecimento, mas de negócios fechados, não se compara ao modelo presencial”, diz.


DIVULGAÇÃO

Ubrafe e as tada passou para três ou quatro. expectativas para 2021 Os pavilhões se juntaram, e feiras ESTE SERÁ UM ANO Para minimizar os impactos que começariam na segunda-feiDE RECUPERAÇÃO. no setor, as entidades de apoio ra, começarão no sábado. Nós OS DESAFIOS SÃO atuaram juntas. A Ubrafe, com conseguimos, com a ajuda de participação da ABEOC (Asso- INÚMEROS, MAS SEGUIMOS todos os pavilhões de São Paulo, ciação Brasileira de Empresas de TRABALHANDO JUNTOS EM o Expo Center Norte, o Anhembi, Eventos), ABRACE (Associação o Expo São Paulo, o Pro Magno, PROL DESSE SETOR QUE Brasileira das Montadoras e Loo Transamérica, o Centro e ConSEMPRE TEVE GRANDE cadoras de Stands) e Sindprom venções Rebouças, organizar esse (Sindicato das Empresas de Pronovo calendário. A Francal semREPRESENTATIVIDADE NA moção, Organização e Montagem pre teve excelente relacionamento ECONOMIA EM TODO O de Feiras, Congressos e Eventos do com os pavilhões. De repente, foi MUNDO. ESTOU OTIMISTA Estado de São Paulo), criou os protodo mundo junto, pelo mesmo DE QUE VAMOS RETOMAR tocolos de segurança e higiene que objetivo, abrindomão de data, de AINDA MAIS FORTES deveriam ser seguidos para o setor montagem, de desmontagem, pra retomar suas atividades, mas as gente se organizar. E claro, na dor, PAULO VENTURA, feiras de negócios não podem ser todos se unem mais”, lembra. DIRETOR SUPERINTENDENTE colocadas na mesma avaliação Uma das novidades para este DO EXPO CENTER NORTE E VICEdos eventos de lazer. “Nós fizemos ano é chegada de Paulo VentuPRESIDENTE DO CONSELHO DE um protocolo específico para nosra, diretor superintendente do ADMINISTRAÇÃO DA UBRAFE sa atividade que foi aprovado pelo Expo Center Norte, que assumiu Hospital das Clínicas, da Faculdaa vice-presidente do Conselho de de Medicina da Universidade de Administração da Ubrafe. “O de São Paulo, que são protocolos Paulo Ventura é uma pessoa muimais exigentes do que os próprios to atuante e colaborativa, muito protocolos que foram anunciados inteirada da nossa situação, muipor aí. Desde março do ano pasto consciente. Nós o convidamos sado nós estamos tentando retopor sua disposição em nos ajumar nossas feiras de negócios, ao dar, ele é muito bem-vindo para ponto de sermos confundidos com a vice-presidência da Ubrafe”, eventos de entretenimento. Estou diz Abdala Jamil Abdala. tentando diferenciar quem somos. Como presidente da Ubrafe ele As autoridades entendem que feicontinua tendo reuniões com sera é evento de lazer. Isso é confuncretário, prefeitos, chefe da casa dir uma feira de negócios com civil, pessoas da Anvisa, em busca Lollapalooza, com Rock in Rio. E desse reconhecimento para o seisso já foi esclarecido, mas não sei se foi assimitor. “Nossa luta não para no sentido de mostrar a lado pelas autoridades”, diz Abdala. nossa capacidade de voltar a fazer feiras. Mas, nós Mesmo tendo perdido muitos associados, a também precisamos esperar que nossos políticos Ubrafe trabalhou muito para adiar as feiras de 2020 não politizem esta situação, porque cada incompatipara 2021 e um dos impactos positivos que a Cobilidade que a gente vê traz mais e mais insegurança vid-19 trouxe foi unir o setor, já que foi preciso um para todos e isso não é bom. Então, tenham foco! Potrabalho de parceria para que o calendário desse líticos de todas as esferas. As coisas têm que aconteano contemplasse todas essas feiras em todos os cer para o bem comum de todos”, finaliza. espaços disponíveis. “Como teve muita participação +CONTEÚDO e união, uma feira que teria quatro dias passou a onnatv.com.br @hands_on_magazine ON na TV ter três, feira de cinco ou seis dias para ser monHANDSON 03

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ON THE TABLE

Cotoletta di tonno

ITALIANO COM JEITINHO FRANCÊS Após anos na região central de São Paulo, o chef Renato Carioni reinaugura o seu Così nos Jardins em meio à pandemia Por Carlos Eduardo de Oliveira Lyon, França, 2019: na Meca da gastronomia francesa, um auditório lotado aplaude entusiasticamente o cozinheiro “brazuca” homenageado da noite, que recebe da associação de chefs Lyonesse o Trophées de la Gastronomie et des Vins, importante e tradicional premiação francesa. Um justo reconhecimento por sua trajetória em cozinhas

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lendárias do país, como a do magnifico Château Chèvre d”Or (duas es trelas no Guia Michelin), em Eze, do qual foi sous-chef. Natural de Florianópolis, o chef restaurateur Renato Carioni comanda há 11 anos em São Paulo o Così, uma das grandes mesas ítalo-contemporâneas do país. Pioneiro na revitalização do bairro


FOTOS: MARCELO PUCCI

Santa Cecilia, na região central, Carioni, em meio ao epicentro da pandemia, transferiu a casa para a nobre região dos Jardins, em operação a seis mãos com Bia Rabinovich e o empresário Leonardo Recalde. O que já era bom, sofreu upgrade. Maior que o Così original, o espaço comporta até 100 pessoas e espraia-se em três ambientes: deck, salão interno e salão superior para eventos. Revitalizado, o cardápio apresenta a mesma faixa de preços acessível dos tempos de Santa Cecilia. Em duas versões: a primeira, com os clássicos do restaurante no antigo endereço; a segunda, dedicada à cozinha autoral do chef. Entre os hits da casa, Ovo empanado com mousseline aerada de vichysoise (típico creme francês de batatas e alho poró) e chantilly de mascarpone trufado (R$ 43); Caneloni de pato com molho de beterraba agridoce (R$ 73); e Robalo assado na argila, servido com papa al pomodoro e molho de azeitonas pretas (R$96). As digitais francesas de Carioni vão além: por um acréscimo de cerca de R$ 45, os pratos fazem-se acompanhar do tradicional foie gras. Da carta autoral, Peixe do dia com coração de palmito pupunha e molho de hibisco (R$91), Risoto de açafrão com vieiras e avocado (R$ 120), Capellini (massa fresca ao alho e óleo, purê de brócolis, ovas de mujol e molho frio de tomate cereja, R$86) e Reginette com ragu de galinha caipira (R$73). Composto de entrada, prato principal e sobremesa, o menu executivo (R$ 59) é servido de segunda a sexta, entre 12 e 15hs.

Restaurante Così R. Haddock Lobo, 1589, Jardins, São Paulo-SP Tel.: (11) 3061-9543

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CHEERS ON!

CHRISTOPHER JENEY

Hibiki

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Uma seleção de bebidas premium para todos os gostos e ocasiões

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GOLES NECESSÁRIOS Por Carlos Eduardo de Oliveira

NÉCTARES JAPONESES Não é de hoje que os uísques do Japão estão entre os melhores do universo. Produtora de destilados multipremiados, a tradicional House of Suntory, gigante nipônica de bebidas, traz ao Brasil, através de seu “braço” Beam Suntory, as joias da coroa de seu notável portfólio: os uísques Hibiki e Yamazaki 12 anos. Premiados nas mais reconhecidas competições internacionais, ambos são feitos artesanalmente respeitando sutilezas das tradições japonesas. Hibiki (“ressonância”) é um blend de uísques envelhecidos em diversos tipos de barris, incluindo a madeira mizunara, espécie de carvalho do Japão. Já o Yamazaki 12 anos, lançado em 1984, é o primeiro single malte do país. Maturado em barris de carvalho americano, japonês (mizunara) e em barricas de xerez, tem sabor mundialmente elogiado – não por acaso, em 2018 recebeu a medalha de ouro no tradicional International Spirits Challenge, na Inglaterra. Hibiki, R$ 700 (700 ml) e Yamazaki 12 anos, R$ 940 (700ml).

Yamazaki 12 anos

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BENDITA “MARVADA” Combinação de cachaças envelhecidas três anos em tonéis de carvalho americano, a WIBA! Blend de Carvalhos Premium é literalmente premiada – em 2017, foi eleita a melhor purinha Premium do estado de São Paulo. No ano seguinte, fez bonito no famoso Mundial de Bruxelas, o maior concurso de destilados do planeta, obtendo “apenas” a medalha de ouro em sua categoria. Irresistível acompanhada de frutas secas (abacaxi desidratado, tâmaras, ameixas e damasco secos), traz notas amadeiradas, frutadas e de baunilha (R$ 80, 670 ml).

EM 2017, FOI ELEITA A MELHOR PURINHA PREMIUM DO ESTADO DE SÃO PAULO

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CONEXÃO BRASIL-CALIFÓRNIA Nativo do cerrado brasileiro, o baru é uma castanha igualmente conhecida como cumaru. É ela a base do novíssimo e exclusivo Spirit Baru, destilado produzido nos EUA (Los Angeles) pela Labra Flora, companhia com sede também no Brasil. Entrando agora no mercado, tem alta drincabilidade e lembra as boas grappas do ramo – ideal consumir geladíssimo (R$ 60, 500 ml).

REI DOS SAQUÊS Não, não é apenas um saquê superpremium – trata-se do melhor de todo o Japão e, por definição, do mundo. Elaborado através de processo 100% artesanal a partir da melhor água (miyamizu) e arroz (yamadanishiki) disponíveis na Terra do Sol Nascente, o Hakushika Junmai Daiginjo leva um ano para ficar pronto – nos demais saquês premium esse processo é de três a quatro meses (R$ 600, 720 ml).

FOTOS: DIVULGAÇÃO

TRADIÇÃO IANQUE Surgido antes da Lei Seca (19201933), nos EUA, o rye (centeio) é um tipo de uísque consagrado na paleta dos american whiskies. Recém chegado ao país, o Jim Beam Rye, um dos rótulos mais desejados da centenária (desde 1795!) grife de grandes bourbons, traz no paladar a picância que o aproxima dos scotch whiskies. Ideal também para coquetelaria, exalta drinques como o Perfect Manhattan e o Old Fashioned (R$ 160, 750 ml).

RODRIGO FRUGI

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Edição Especial 47ª Abav Expo Internacional de Turismo -Setembro 2019

QUAIS OS RUMOS DO TURISMO? INVESTIMENTOS, NOVO CENÁRIO NA AVIAÇÃO COMERCIAL E LUGAR NA AGENDA POLÍTICA ABREM BOAS PERSPECTIVAS PARA O SETOR

ENQUETES

Saiba a opinião de autoridades, empresários e executivos do turismo

SUPLEMENTOS ESPECIAIS Ceará e Visit Flórida

RETROSPECTIVA

Relembre os fatos que marcaram o setor em 2018

TUDO SOBRE

Agências e Operadoras, Assistência ao Viajante, Aviação, Hotelaria, Cruzeiros, Parques e Locadoras

Jornal ● Portal ● Eventos ● Revista ● Emarketing ● Redes Sociais ● Educação /mee_turismo

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WWW.MERCADOEEVENTOS.COM.BR

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ESFE Magazine | 2020

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SPEAKERSON

2020 – COMO ESTE ANO TRANSFORMOU A NOSSA VIDA! WILLY HERRMANN

Representante da Fórmula INDY para a América Latina

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Começando a escrever a minha ckpit” e conhecer o que o automobiliscoluna para a HANDS ON me lemmo pode nos ensinar sobre o Medo: brei de alguns momentos que trans• Um dos maiores Medos com o formaram para sempre a minha qual convivemos no nosso esporte vida e acabei me deparando com a é a perda do controle, seja por erro dura realidade deste ano, que munosso, dos outros ou qualquer falha. dou a vida de todos nós. • Outro Medo sempre presente é Na tarde de 28 de Maio de 1989, o de encarar a derrota, o insucesso Emerson Fittipaldi foi o primeiro Brae, principalmente o de lidar com a sileiro a vencer as 500 Milhas de Innossas próprias limitações. dianapolis e, a partir daquela bandei• Enquanto estresse é um termo rada o meu mundo ficou diferente. relativamente novo ele de fato semDepois, as imagens ao vivo do pre existiu como uma das consequênatentado ao Trade cias geradas pelo Medo, Center naquele 11 de o que torna tão imporSetembro de 2001 que ENTÃO, VAMOS FAZER tante aprendermos a mudaram a nossa lidar com esta situação. UM “PIT-STOP” E percepção de terroris- VAMOS ENCARAR OS • Mas, de fato, o mo e a nossa maneira Medo também pode ser NOSSOS MEDOS! de viajar, transforpositivo, despertando mando a vida de muino ser humano tanto a ta gente. agressividade como a solidariedade Porém, nada chega perto do que e, certamente, também a criatividafoi imposto à toda humanidade nesde e a adaptabilidade além de imte ano de 2020. por-nos os limites tão necessários e, As mudanças de rotina ou na acima de tudo, uma reavaliação do nossa atividade profissional são peque é mais importante para nós. quenas se comparadas com a realiEntão, vamos fazer um “pit-stop” dade de ter que encarar tão de pere vamos encarar os nossos Medos! to o Medo! Acredito que conhecer melhor os Exatamente! Medo (Com M nossos Medos e dos nossos parceimaiúsculo) pela nossa saúde, de ros pode nos ajudar a encontrar sonossos amigos e familiares, Medo luções e novos horizontes. de perder a liberdade, dos prejuMais uma vez agradeço a todos ízos materiais e acima de tudo, vocês por compartilharem comigo o Medo de um amanhã praticaesta volta no circuito da vida, espemente imprevisível. rando que todos sigam acelerando Então mais uma vez eu gostaria buscando suas vitórias. de convidá-los a entrar comigo no “coAbraços.



WHATS ON!

VACINAS EM PAUTA No mundo todo, não se fala de outro assunto senão as vacinas que vêm sendo desenvolvidas para combater a Covid-19. Conheça as características das principais que poderão ser distribuídas no Brasil, tanto pelo SUS como pela rede privada Por Luciana Albuquerque Enquanto o mundo se vacina contra a Covid-19 o Brasil tem que lutar contra corrupção, guerra política, falta de seringas, de oxigênio e amarga a última posição na fila das nações que já começaram a vacinar sua população. E em meio a um dos piores cenários da pandemia, com uma segunda onda ainda

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mais forte do que a primeira – e com a triste marca de mais de 214 milhões de óbitos (até o fechamento desta edição) –, enfim, demos início a campanha nacional de vacinação após longa espera da aprovação da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para uso em caráter emergencial de duas


vacinas, a CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, sob coordenação do Governo de São Paulo e a Chadox1 NCOV-19, da Universidade de Oxford, no Reino Unido e do laboratório Astrazeneca, cujo pedido de uso emergencial foi feito pela Fiocruz. A aprovação das duas vacinas se deu por unanimidade no domingo, 17 de janeiro e, na sequência, o governador de São Paulo, João Dória, comemorou a vacinação da primeira brasileira contra Covid-19, a enfermeira Monica Calazans, do Instituto Emilio Ribas, que recebeu a primeira dose da CoronaVac que, no presente momento, era a única vacina disponível em solo brasileiro, devido ao atraso das 2 milhões de doses que viriam da Índia e que chegaram somente na sexta, 22 de janeiro. Contando apenas com a Coronavac, o ministro da saúde Eduardo Pazuello solicitou ao Instituto Butantan 6 milhões de doses das 10,8 milhões da vacina para dar início a tão esperada campanha de vacinação no dia 18 de janeiro de 2021. A vacina chinesa da Sinovac e do Instituto Butantan, que estava armazenada no Centro de Distribuição Logística em Guarulhos (SP), foi enviada em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) a todos os estados brasileiros simultaneamente com início das imunizações aos grupos da fase 1 do Plano Nacional de Imunização – PNI. Segundo o MS, há 100 veículos aptos para fazer o transporte terrestre das doses pelo país, com sistema de rastreamento e bloqueio via satélite. Até o final de janeiro, mais 50 caminhões serão incorporados a frota. “Embora pareça que esteja havendo uma guerra entre vacinas, na ciência nós torcemos para ter todas elas aprovadas em nosso país para uma melhor luta contra a Covid-19. Esse resultado é comemorado com qualidade, segurança, seriedade, empenho, sem pular fases de estudos clínicos e mostrando o potencial e competência da ciência no Brasil, que contribuiu com 16 centros de estudos clínicos”, diz

Patrícia Rady Müller, infectologista, voluntária da vacina contra Covid-19 de Oxford e pesquisadora da vacina da Janssen. Protegidos sim, vida normal ainda não! Apesar da sensação de esperança com o início da campanha de vacinação, é importante ressaltar que isso não é um passe livre para termos nossas vidas “normais” de volta. Até que toda população se imunize, o que vai demandar a fabricação de muitas doses de vacinas e tempo, será preciso continuarmos usando máscaras, evitando aglomerações e mantendo os cuidados higiênicos – lavando as mãos e usando álcool gel. “Cada vacina que está em fase 3 no mundo, sendo 4 delas no Brasil, Coronavac em parceria com Butantan, AztraZeneca em parceria com Oxford e Fiocruz, Pfizer/ Biontech e Janssen da Johnson & Johnson, tem ou terá um resultado de eficácia da fase 3 e, quanto menor a eficácia da vacina, mais pessoas da população terão que se vacinar para se chegar a um valor estatístico de proteção pela vacina. Ainda não conseguimos mensurar por quanto tempo manteremos os anticorpos provocados pela vacina em nosso organismo para nos proteger, ou seja, por quanto tempo essa imunidade durará e após quanto tempo teremos que receber outra dose de reforço da vacina. Teremos esse dado ao final da fase 3 dos estudos”, explica Rady Müller.

AINDA NÃO CONSEGUIMOS MENSURAR POR QUANTO TEMPO MANTEREMOS OS ANTICORPOS PROVOCADOS PELA VACINA EM NOSSO ORGANISMO PARA NOS PROTEGER

CORONAVAC: tudo sobre a vacina chinesa fabricada no Instituto Butantan A vacina CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, “essa é a primeira vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil”. Os estudos da vacina da Sinovac começaram a ser feitos no início de maio na China e logo em seguida, o Governo de São Paulo já fechou parceria com o laboratório Sinovac

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WHATS ON!

para uma parceria na fabricação da vacina, que além de rotulagem e embalagem do imunizante, inclui o envase do extrato composto da vacina enviados pela Sinovac para o Instituto Butantan e, depois, a transferência de tecnologia para o Instituto. A produção brasileira começou no dia 10 de dezembro de 2020 e conta com seis máquinas principais e funcionários trabalhando em turnos sucessivo, 24 horas por dia, sete dias por semana, para atender a demanda de envase diário que é entre 600 mil a um milhão de doses. A carga total de imunizantes disponibilizados pelo Instituto até o final de março é estimada em 46 milhões de doses. A Coronavac utiliza uma versão inativada do vírus, o que quer dizer que o vírus foi exposto ao calor ou a produtos químicos para não ser capaz de se reproduzir. Uma vez injetado na corrente sanguínea, o vírus é detectado pelo sistema imunológico, que desenvolve formas de combatê-lo. Mas, como o vírus é incapaz de se reproduzir, não consegue deixar uma pessoa doente. O Instituto Butantan comunicou a eficácia global de 50,38% da CoronaVac em testes feitos no Brasil, o que foi muito comemorado por todos. Na prática, isso quer dizer que, uma pessoa não vacinada e exposta ao vírus tem o dobro de chance (50%) de ter Covid-19 do que uma pessoa vacinada. Os estudos comprovaram que a Coronavac tem eficácia de 78% para sintomas leves e 100%

Campanha Nacional de Vacinação Região

Número de pessoas a serem vacinadas em cada região na fase 1*

Quantidade de doses enviadas para cada região

Norte: Nordeste Sudeste Sul CentroOeste

337.332 683.924 1.202.090 357.821 273.393

708.440 1.436.160 2.524.360 751.440 574.160

*Fonte: Ministério da Saúde

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para casos graves e moderados, ou seja, entre os vacinados que tiveram a doença, 78% desenvolveram apenas sintomas leves, não necessitando de internação e nenhum dos vacinados durantes os testes precisou de internação hospitalar ou desenvolveu o estado grave da doença, ou seja, a vacina garantiu 100% de proteção contra mortes, casos graves e internações nos voluntários que foram contaminados. “Na pandemia atual, uma vacina com eficácia acima de 50% já seria suficiente para impedir a transmissão entre pessoas. E sabemos que, quanto mais pessoas receberem a vacina, maior a chance de conseguirmos essa proteção”, diz a infectologista. Chadox1 NCOV-19: a vacina da farmacêutica Astrazeneca e da Universidade de Oxford A vacina produzida na Universidade de Oxford, conduzida pelo Jenner Institute e Oxford Vaccine Group, no Reino Unido, junto do laboratório Astrazeneca, e no Brasil com a FioCruz, é uma classe de imunização chamada de vacina vetorial, ou seja, que utiliza um “vírus vivo”, como um adenovírus, que causa no máximo uma doença respiratória leve, como um resfriado. A vacina de Oxford, Chadox1 NCOV-19, utiliza um adenovírus de macaco, que é ainda mais fácil de o nosso sistema imunológico combater, pois o vírus não está adaptado ao corpo humano e facilmente é eliminado pelo nosso sistema imune. Na prática, ao identificar a sequência genética da proteína S do SARS-CoV-2, nosso sistema imunológico a reconhece como estranha e produz anticorpos contra o coronavírus, além de ativar outros componentes do sistema imune para que, quando tivermos contatos com o coronavírus de verdade, nosso corpo esteja protegido. A eficácia geral da vacina de Oxford/AstraZeneca é de 70,42%. O dado considera mais de uma forma de aplicação e intervalo entre doses. No Brasil, com duas doses, a eficácia ficou em 62%. A proposta da Fiocruz é entregar 100,4 milhões de doses da vacina até o final do primeiro semestre de 2021. No segundo semestre, quando a produção passará a ser 100% nacional, a Fundação prevê a entrega de mais 110 milhões de doses ao MS, totalizando cerca de 210 milhões de doses durante todo o ano.


Covaxin: a vacina que está sendo negociada pela rede privada A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que representa o setor privado, está em negociação para a compra de 5 milhões de doses da vacina Covaxin, vacina fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biotech, em colaboração com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR). No início de janeiro, o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa, e membros da diretoria da entidade, embarcaram para a cidade de Hyderabad, capital do estado de Telangana, no sul da Índia, para conhecer a fábrica da Bharat Biotech e viabilizar a importação da vacina no Brasil pelas clínicas privadas, após sua autorização pela Anvisa, o que deve acontecer somente após o final da fase 3 de testes, apesar de na Índia ela já ter sido liberada para uso. “Essa deve ser a primeira vacina disponível para o mercado privado brasileiro, por meio de um MOU (Memorandum of Understanding) assinado com a ABCVAC”, diz Barbosa. Segundo ele, as 200 associadas, que representam 70% do mercado privado nacional, terão prioridade na aquisição do imunizante. Segundo a médica Lilian Zaboto, diretora da Clínica de Vacinas e Exames Laboratoriais, VacinVille, a ideia é ofertar ao público que não está na faixa etária priorizada pelo governo de início, mas que precisa se vacinar, seja por ser do grupo de risco ou seja porque são trabalhadores, empresários e que não tiveram

suas atividades paralisadas e que precisam se imunizar. “Mas, se um idoso que tem condições de pagar não quiser ir ao posto de saúde ele pode tomar na rede particular e ajudar a diminuir a demanda do SUS”, diz. “Essa vacina vem tendo um grande sucesso e já está com os estudos em uma fase bastante adiantada, finalizando a fase 3, indo muito bem, demostrando uma assertividade nos efeitos de mais de 70%, chegando até a 95% de eficácia, por isso, nós, proprietários de clinicas associados à ABVAC, nos juntamos para uma proposta de uma possível compra de 5 milhões de doses, sendo que uma outra parte será disponibilizada para o governo brasileiro podendo ser distribuída pelo SUS”, completa Lilian Zaboto. O valor que vem sendo praticado em todo o mundo para a venda da Covaxin, segundo a médica, é em torno de 30 a 40 dólares e, apesar de ainda não ser um valor final exato, é o que se espera que seja praticado para a importação do Brasil. “Se tudo continuar dando certo como vem dando, a previsão é que entre março e abril já tenhamos sua importação”, revela LIlian. “O armazenamento da Covaxin é igual a todas as outras vacinas que já trabalhamos atualmente, de 2 a 8 graus, então podem ser armazenadas em nossas câmaras frias que já existem nos laboratórios e clínicas, normalmente. Elas virão em frascos multidoses de 20 doses que, depois de abertos, podem durar até 28 dias mantendo as condições de temperatura adequadas”, completa. Por

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determinação da Anvisa, para que as redes privadas ofereçam a vacinação contra Covid-19, todos os estabelecimentos devem criar um Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), visando acompanhar todos os vacinados e monitorar quaisquer incidentes e efeitos adversos após a vacinação. O atraso do governo em dar início a compra de vacinas e a campanha de vacinação fez com que a possibilidade de imunização pelas redes privadas fosse vista com cautela por parte da população, à princípio pelo medo de isso acontecer antes da distribuição das vacinas pelo SUS. Com a vacinação já tendo início, a possibilidade de os brasileiros se imunizarem na rede particular é hoje uma forma de ajudar a diminuir a demanda do estado e acelerar os planos de proteção dos brasileiros contra a Covid-19, que estão bastante atrasados em relação ao resto do mundo. “Tudo está caminhando para que dê certo e a gente não acredita que o governo possa fazer algum empecilho, pois temos a intenção somente de ajudar, de oferecer mais uma possibilidade de vacinação para terminar com a pandemia e o Brasil rodar. O próprio presidente afirmou que o Brasil está quebrado então a gente quer ajudar a economia a fluir e não concorrer”, diz a diretora da VacinVille. Conheça as outras duas vacinas em testes com grandes chances de serem usadas no Brasil Em parceria com a BioNTech, a farmacêutica americana Pfizer desenvolveu e testou a vacina BNT162, baseada no RNA mensageiro, ou mRNA, que ajuda o organismo a gerar a imunidade contra o coronavírus, especificamente o vírus SARS-CoV-2. O imunizante foi o primeiro a ser autorizado para uso emergencial pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 31 de dezembro de 2020 e já vem sendo aplicado no Reino Unido, União Europeia, Canadá e Estados Unidos. A vacina Pfizer-BioNTech mostrou eficácia de 95% e o governo brasileiro assinou uma carta de intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina e a Pfizer já protocolou o pedido de uso emergencial junto à Anvisa. A divisão farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson está perto de concluir a fase 3 de sua vacina contra a Covid-19, que tem dose única e está sendo produzida nos Estados Unidos, Europa, África do Sul e Índia, com a ajuda de fabricantes contratados. A vacina da Janssen, assim como a vacina da

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Plano Nacional de Imunização Primeira fase • Trabalhadores da área da saúde • Pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas • População idosa a partir dos 75 anos • Indígenas • Comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas Segunda fase • População idosa em geral, de 60 a 74 anos Terceira fase • População em situação de rua • Pessoas com comorbidades (diabetes, hipertensão arterial grave, doenças pulmonares, renais e cardiovasculares, transplantados, com câncer ou obesidade grau III) • Trabalhadores da educação • Pessoas com deficiência permanente severa • Membros das forças de segurança e salvamento • Funcionários do sistema de privação de liberdade • Trabalhadores do transporte coletivo • Transportadores rodoviários de carga • População carcerária. Vale ressaltar que não existem testes no mundo sobre os riscos e eficácia da vacinação contra Covid-19 em crianças e gestantes, portanto, elas não fazem parte do PNI. Informações atualizadas até o fechamento da edição, dia 25 de janeiro de 2021, podendo ter alterações futuras.

AstraZeneca-Oxford, é baseada em vetores de adenovírus e seu processo envolve o código genético do próprio Sars-Cov-2, com a diferença que a de Oxford usa o adenovírus 26 (Ad26), de humanos com material genético codificador da proteína spike do coronavírus, enquanto a de Oxford usa adenovírus de chipanzé. A previsão da companhia é de que os dados sobre a sua eficácia, que se espera que seja entre 70% e 80%, devem sair até ao final deste mês ou início de fevereiro, quando a empresa solicitará uma autorização de utilização de emergência junto ao Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos. Em março, a expectativa é de que a empresa possa fornecer 1 bilhão de doses de vacina para o mundo todo. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello declarou em 7 de janeiro deste ano que o Brasil tem interesse na vacina da Janssen.



ON HEALTH

MUDANÇA DE HÁBITOS A preocupação em manter-se seguro durante a pandemia gerou uma mudança de mentalidade e comportamento nos brasileiros, que passaram a incluir cada vez mais alimentos saudáveis e atividades físicas em sua rotina Por Luciana Albuquerque Ano novo! 2021 começou e aquela lista de metas para o novo ano, para muitos, foi redefinida. Pesquisas apontam que a preocupação com a saúde e a mudança de hábitos alimentares estão entre as prioridades dos brasileiros hoje, fruto de um temor de sofrer efeitos físicos e psicológicas causados pela Covid-19. Um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), divulgado em

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agosto de 2020, mostrou que houve um aumento na frequência de consumo de frutas, hortaliças e feijão (de 40,2% para 44,6%) durante a pandemia. Para o Dr. Mauricio Hirata, membro do corpo clínico dos hospitais Abert Einstein e Sírio Libanês, da Endocrine Society, American Association of Clinical Endocrinology e European Society of Endocrinology, as pessoas têm enxergado que o importante é viver bem e isso, necessariamente, passa por


tristeza e ansiedade. Um outro estudo, coordenado mudar o estilo de vida. “A pandemia de Covid-19 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com 44.062 obrigou a todos reverem hábitos de higiene, cuidapessoas em todo o Brasil, divulgado no final de dos com a imunidade e alimentação. A palavra de maio do ano passado, mostrou que 18% dos braordem no mundo ano passado foi sobreviver. Além sileiros aumentaram o consumo de álcool nesse disso, todos começaram a se preocupar onde o aliperíodo. O índice foi ainda maior (26%) na faixa mento foi coletado ou produzido, em que condições etária de 30 a 39 anos. Dados levantados pela Asele foi preparado, se houve cuidado com a higiene sociação Brasileira de Estudos do Álcool e outras e manipulação. Até mesmo os serviços de delivery Drogas (Abead) revelaram também tiveram que se adaptar às regras um crescimento de 38% nas vende proteção a contaminação pelo É MUITO MAIS EFICAZ das de bebidas alcoólicas nas distrivírus”, analisa o médico. buidoras desde o início do isolamenNo entanto, esse consumo mosTOMAR A VACINA to social. Nos mercados, o aumento tra-se diferente quando comparaDO QUE TRATAR A nas vendas foi de 27%. do às regiões Norte e Nordeste do DOENÇA. E DAQUI Da mesma forma que uma alipaís e entre pessoas de escolaridamentação pobre em vitaminas, dede mais baixa. Para esses, houve PARA FRENTE O QUE sequilibrada e pautada em fast-food aumento no consumo de alimentos DEVE PERMANECER impulsiona o surgimento de doenças ultra processados, produtos indusDESSA EXPERIÊNCIA graves, o uso excessivo de álcool trializados que contêm adição de E APRENDIZADO É também causa patologias, como muitos ingredientes, como açúdesnutrição, hepatite alcoólica, circares, sais, adoçantes, corantes, O CUIDADO COM aromatizantes e conservantes. E NORMAS DE HIGIENE, rose, gastrite, comprometimento cerebral, depressão, entre outras, já é sabido e comprovado que o MANIPULAÇÃO e que podem debilitar a imunidade consumo exagerado desse tipo de do organismo, dificultando o comalimento pode acelerar o apareDOS ALIMENTOS, bate, seja ao novo coronavírus ou cimento da obesidade, diabetes e E INVESTIGAÇÃO a qualquer outro tipo de doença. aumento da pressão cardiovascuDAS PROPRIEDADES “Existem dois grupos de pessoas lar, doenças essas, agravantes dos NUTRICIONAIS que se dividiram durante a panquadros de quem se contamina demia. Um, que acredito que seja pelo novo coronavírus. “Com certeDOS MESMOS, QUE o maior, que abandonou totalmenza o alimento menos processado ou VÃO CONTINUAR te as normas da boa alimentação natural é mais saudável. Entretane aderiu ao junk food, ao confort to há uma grande confusão entre food e ao álcool, e outro, que se conscientizou as pessoas de quais alimentos são saudáveis. Por e procurou aprimorar a alimentação e, inclusive, exemplo: um hambúrguer feito de soja ou um leiaprendeu a cozinhar em casa. Esse grupo apesar te vegetal, conforme a forma que são preparados, de ser menor, existia em um número muito infepodem conter uma infinidade de corantes artificiais, rior antes da doença”, aponta o endocrinologista. conservantes e aromatizantes, e serem vendidos como ‘saudáveis’ por serem pobre em gordura, teA boa e velha atividade física rem baixo teor de sódio, não conter glúten ou lactoUm dos grandes dilemas na quarentena e pose. Os rótulos dos alimentos no Brasil são confusos tencializador de ansiedade foi em relação à práe precisam ser revistos”, sublinha Hirata. tica de exercícios físicos, ou melhor, da pausa nessa prática com o fechamento das academias Consumo de álcool e fast-food e a proibição de atividade ao ar livre no início do Outro fator preocupante, foi o aumento consiisolamento social. Dr. Mauricio Hirata lembra que a derável no consumo de bebidas alcoólicas durante atividade física regular reduz a pressão arterial, aua pandemia, fator relacionado ao isolamento soxilia na perda e na manutenção do peso, melhora o cial, que trouxe à tona sentimentos como solidão, HANDSON 03

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ON HEALTH

Antes da pandemia, números apontados pelo metabolismo do açúcar no corpo, reduz o risco de IBGE já mostravam que 47% dos brasileiros eram desenvolvimento de doenças cardiovasculares, forsedentários. Segundo dados da Organização talece o sistema imune e, além de manter o corpo Mundial de Saúde, entre os jovens, esse número é saudável, garante o equilibro da mente. maior e ainda mais alarmante: 84% não praticam No começo da pandemia, porém, muitas pesnenhum exercício físico. Ainda de acordo com a soas adaptaram suas rotinas e buscaram opções OMS, o Brasil é o país mais sedentário da América de exercícios para praticar em casa, inclusive com Latina e ocupa a quinta posição no ranking munorientações de professores em videoaulas de gidial. As recomendações da OMS para indivíduos nástica, dança, alongamento, pilates e ioga, atitude saudáveis e assintomáticos são de no mínimo 150 que contribuiu para o aumento de cerca de 50% minutos de atividade física por semana para adulna quarentena. Com a flexibilização, as caminhatos e 300 minutos de atividade física por semana das, corridas e pedaladas dominaram as ruas, parpara crianças e adolescentes. ques e praças, com as pessoas valorizando mais o exercício ao ar livre do que o retorno aos ambienO isolamento social e as crises de ansiedade tes fechados de academia, evitando uma possível Do dia para noite o direIto de ir e vir das pescontaminação. “Manter a atividade física durante o soas foi tolhido. Isolamento, medo, incertezas, perperíodo inicial da pandemia foi um grande desafio, das financeiras, perdas de emprego, afetaram em porque não se sabia ao certo qual era o risco de cheio a saúde mental dos brasileise exercitar ao ar livre em relação ros. Segundo pesquisa da Univerà contaminação e as academias de sidade do Estado do Rio de Janeiginástica estavam fechadas. A atiDR. MAURICIO HIRATA, ro (UERJ), os problemas de saúde vidade física aliada à boa alimentaMEMBRO DO CORPO CLÍNICO mental estão aumentando. O leção é fundamental para manter-se DOS HOSPITAIS ABERT vantamento aponta que os casos equilibrado e saudável”. EINSTEIN E SÍRIO LIBANÊS, DA de depressão quase dobraram e Hirata acredita que existiu uma ENDOCRINE SOCIETY, AMERICAN os de ansiedade e estresse tiveresistência maior ou uma corrente ASSOCIATION OF CLINICAL ram um aumento de 80%. Além contrária das pessoas querendo ENDOCRINOLOGY E EUROPEAN disso, a pesquisa revelou que as iniciar uma atividade, terem agora SOCIETY OF ENDOCRINOLOGY mulheres são mais propensas do maior consciência nesse sentido. que os homens a sofrer com an“Com o tempo, aprendemos a misiedade e estresse durante o perínimizar os riscos de contaminação odo de pandemia. O crescimento e vejo que muitos estão utilizando também aconteceu nos casos de bicicletas para ir trabalhar, camidepressão, que foi de 4,2% para nhando mais, correndo ao ar livre”, 8%, e os casos de crise aguda de conta o endocrinologista. ansiedade, que apresentaram um Diversas pesquisas que aponsalto de 8,7% para 14,9%. taram que houve diminuição nos Dados da OMS revelam que esportes coletivos, como o futebol, os percentuais médios esperados desde o início da quarentena, e audesses problemas na população mento nos individuais e ao ar livre, são de 8,5% para estresse, 7,9% como o ciclismo. Entre 15 de junho para ansiedade e 3,9% para dee 15 de julho, as vendas de bikes pressão. “Os principais casos que aumentaram 118% no Brasil em apareceram no consultório foram comparação com o mesmo període crises de ansiedade, depresdo do ano passado, segundo pessão e até síndrome do pânico. Em quisa realizada pela Associação adolescentes observei uma intenBrasileira do Setor de Bicicletas, a sificação da introversão e mesmo Aliança Bike.

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fobia social, agravada principalmente pelo uso excessivo de Internet”, relata dr. Mauricio Hirata. TOKARA wine Esperamos que a busca pela tasting prática de exerlounge cícios físicos é uma das mudanças de hábito positivas que a pandemia vai deixar, já que ela é fundamental para a saúde do corpo e também da mente, pois libera serotonina e endorfina, hormônios responsáveis pelo bem-estar e bom-humor. Fortalecendo as defesas Muito se falou sobre a importância da vitamina D no combate ao vírus e fortalecimento do sistema imunológico. Entre fake news e fatos verídicos, não há pesquisas que comprovem a ação da vitamina D no combate e prevenção da Covid-19, e segundo o Ministério da Saúde, não há nenhum medicamento específico que possa fazê-lo. Agora, investir em uma dieta rica em peixes, leite e derivados e ovos, afasta a possibilidade de uma suplementação. Dormir bem, evitar o estresse, manter-se hidratado, praticar exercícios físicos regularmente, também são medidas que, se somadas, contribuem para manter a imunidade em dia.

Prevenir é melhor que remediar: esse é o futuro Esse ditado nunca fez tanto sentido! Mais do que nunca, as pessoas estão mais preocupadas em não ficar doentes. Não só de Covid-19, mas de diabetes, doenças do coração, câncer. O maior exemplo de que a prevenção é soberana é o lançamento das vacinas contra a Covid-19. “É muito mais eficaz tomar a vacina do que tratar a doença. E daqui para frente o que deve permanecer dessa experiencia e aprendizado é o cuidado com normas de higiene, manipulação dos alimentos, e investigação das propriedades nutricionais dos mesmos, que vão continuar”, enfatiza Hirata. “Os check-ups preventivos serão mais focados em qualidade de vida, e não serão mais feitos de forma aleatória. As máscaras devem continuar a ser usadas por um período de mais dois anos, até que todos estejam imunizados. A percepção de que a vida é finita e que tudo pode mudar de uma hora para outra, e que o importante é cuidar da sua saúde e de seus entes queridos é o que vai ficar daqui para frente”, completa o médico. HANDSON 03

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SHINE ON

Com personalidade expansiva, muita alegria de viver e amor pelos encontros da vida, Letícia Linton, que começou sua carreira em 2000 como designer de joias, garimpa suas criações pelo mundo se inspirando no poder das gemas e as transformando em verdadeiras obras de arte em forma e ornamentos que trazem brilho, astral e boas vibrações para quem as usa

Turmalinas rodeadas por diamantes. Folha verde de Turquesa natural Iraniana

LETÍCIA LINTON: JOIAS QUE RELUZEM ALMA E SIGNIFICADO Por Helena de Mendonça

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Joias que podem ser consideradas verdadeiras obras de arte e até talismãs nascem uma a uma e são realmente únicas, raramente feitas em moldes já pré-concebidos. O princípio de uma criação pode surgir a partir de formas totalmente orgânicas e irregulares como das pérolas barrocas, corais, turmalinas melancias, que não se repetem em sua forma e cor na natureza. O acabamento das peças também é outro fator em destaque com galerias (parte de trás que sustenta a joia) que mais parecem outras obras de artes. Do encontro das mais belas gemas, os primeiros traços do desenho artístico de Letícia até a execução e o conceber da peça final, todo processo de criação é fluido e orgânico onde a gema escolhe a forma, que escolhe os acabamentos, formatos e cores, como se fosse uma dança intuitiva coordenada pelo olhar aguçado e sensitivo da designer. Curiosamente ela afirma “muitas vezes, não somos nós que escolhemos as gemas, mas são elas quem nos escolhem”. Se é possível descrever algo muito nítido em seu trabalho é essa intuição aguçada e de extremo bom gosto que une gemas que aparentemente não combinariam em um estilo convencional, mas que ficam deslumbrantes, como é o caso do brinco de opala de fogo com ametista e do brinco de coral vindo da Sardenha com cianitas e safiras.

Coral natural, Cianitas e Safiras

Ametista e Opalas de fogo com 18cts de ouro amarelo

Designer Leticia Linton

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SHINE ON Pedra centra Ametista, ao Energia vibrante redor opalas de fogo, 5 ovais O que dá charme, beleza e originalidade ímpar de esmeraldas e pavê de às peças de Leticia Linton? Sua espontaneidade, ametista 18cts em ouro ousadia e sensibilidade para criar suas composições. De origem libanesa, Letícia começou sua jornada no ramo das joias em 2000, estudando cristaloterapia, gemologia A DESIGNER E e design. Abriu seu atelier em 2004 e, hoje, é requisitada pela alta sociedade EMPRESÁRIA É UM tanto pela sua originalidade, design ÍCONE DA JOALHERIA extrema qualidade e raridade das geNO BRASIL E EM LOS mas, mas também porque organiza ANGELES, SENDO interações, como encontros e palestras sobre Cabala, energia das pedras, SUPER REQUISITADA história da arte e muito mais. POR FAMOSOS DE Sua paixão por criar sempre A designer e empresária é um ícoHOLLYWOOD foi um chamado em sua vida, ne da joalheria no Brasil e em Los Anmas, mais do que isso, o explogeles, sendo super requisitada por farar, compartilhar e traduzir, entregando o que mosos de Hollywood como: Dita Von Teese, Chrissy a vida lhe deu de mais precioso: alma, alegria Teigen, Zendaya, Demi Lovato, entre outras, fazene criatividade elevadas. Fruto disso, foi sua redo sucesso entre os que valorizam o prazer e o luxo cente viagem à Amazônia, onde capturou inspide usar uma bela joia, que confere a vibração e a rações que valorizam o nosso país através da vida da designer. energia do local, das formas de folhas, flores, frutos, animais e da população. Além da personalidade forte e feminina, Letícia é delicada e sensitiva. Uma mulher de fibra, que ama o que faz e que não quis somente transformar seu atelier em um ambiente comercial, mas em um local de encontros. Quem entra em seu atelier localizado no Itaim, em São Paulo, se sente em casa. Os atendimentos por agendamento duram, em média, duas horas, período este dedicado exclusivamente a um único cliente, que sente o acolhimento e encantamento do local e a energia vibrante de Letícia.

Coral Sicíliano rodeado por esmeraldas e diamantes

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Famosas que usaram suas peças no red carpet

Allison Janney

Chrissy Teigen

Dita Von Teese

Brinco Oval turmalina rubelitas, diamentes turmalida bicolor quadrada

Brinco folha com gota de diamente seguida pelas folhas de pavês de diamantes e esmeraldas

Kristin Cavallari

Jada Pinkett Smith

Zendaya

Em meio a pandemia, a designer participou de lives no Instagram ao lado de renomados nomes da Cabala, Feng Shui, falando sobre técnicas de bem-estar e sua imersão na espiritualidade. De aprendizado, ela promete nunca mais entrar no looping da correria frenética que muitos estavam pré-pandemia. Por fim, charme, beleza e boas energias é o que se pode encontrar nessas joias que têm história para contar através das mãos de uma mulher que lutou para transformar seu negócio em um reflexo de sua alma, com brilho e energia vibrante. +CONTEÚDO Atendimento com agendamento Tel: (11) 2609-4626 Email: info@lbldesign.com.br www.leticialinton.com

@hands_on_magazine ON na TV onnatv.com.br

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HANDS ON

OTAVIO NETO

Publicitário, Jornalista e Apresentador

CES I: CASA E SAÚDE Grandes marcas, como Samsung e LG, apresentaram seus itens high tech ressignificando a casa como hub da vida. Com os temas “Better Normal for All” e “Life is On”, respectivamente, elas criaram purificadores de ar, aspiradores de pó e outros eletrodomésticos inteligentes e interligados que adicionam conforto, charme e praticidade. Um dos lançamentos mais surpreendentes foi o Bot Handy, robô da Samsung que é o sonho de qualquer adulto. Por meio de IA ele se locomove pela casa e, com um braço mecânico, sai pegando objetos espalhados e os colocando em seus devidos lugares.

ACONTECEU: CES II: IA E ROBÓTICA A mais importante feira do mercado de tecnologia mundial, CES, trouxe para sua versão 2020, que aconteceu virtualmente, de 11 a 14 de janeiro, diversos lançamentos tecnológicos que acompanham as mudanças de comportamento da sociedade, principalmente nesse momento de pandemia. Os robôs com Inteligência Artificial (IA) foram os grandes destaques e os lançamentos focados em levar facilidade e conforto para o lar, que se tornou o local onde passamos a maior parte do tempo atualmente, além de itens para melhoria de saúde e higiene, atual principal preocupação mundial devido a Covi-19.

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ABCASA NO EXPOCENTER NORTE Após ter sido uma das poucas feiras no calendário de 2020 (com a versão pocket), a ABCasa Fair, maior feira do setor na América Latina, será realizada no Expo Center Norte, de 16 a 19 de março de 2021, seguindo todos os protocolos de segurança indicados pelo Governo de São Paulo e órgãos de saúde oficiais para proporcionar à lojistas, arquitetos, decoradores e designers de interiores de todo o país a realização de negócios e o acompanhamento das principais tendências do mercado de artigos para casa, decoração, presentes, utilidades domésticas, festas, flores permanentes e têxtil.


SÃO PAULO CONVENTION & VISITORS BUREAU ELEGE NOVA GESTÃO PARA 2021/2022 No dia 11 de janeiro, a Fundação 25 de Janeiro - São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) realizou em sua sede, seguindo todos os protocolos de saúde e higiene, a Assembleia Geral de Associados, com a eleição do Conselho de Administração para a gestão 2021/2022. O encontro foi conduzido pela Luchesi Advogados, com a Dra. Ellen Carolina da Silva. Foi eleita por aclamação a “Chapa Sustentabilidade”, com Raul Sulzbacher (Shopping Iguatemi) como Presidente, Chieko Aoki (Blue Tree Hotels) como 1ª Vice, e Fernando Guinato (Sheraton WTC) como VicePresidente Financeiro. Completam o board como VPs Conselheiros: Ana Luísa Cintra (Centro de Convenções Rebouças), Caio Calfat (Caio Calfat Real Estate Consulting), Eduardo Sanovicz (Abear), Leonel Andrade (CVC), João Corte Real (Tivoli), Raffaele Cecere (R1) e Ibrahim Georges Tahtouh (IT Mice). “O setor de turismo, eventos e viagens e o próprio SPCVB registravam uma inédita aceleração em objetivos e resultados. A pandemia interrompeu o crescimento exponencial das ações, entretanto, a gestão, séria e dedicada, trabalhou para não interromper as atividades e ainda criar novas frentes, urgentes para o combate à crise e à sobrevivência sustentável”, comentou Raul Sulzbacher, que assume sua segunda gestão como Presidente do Conselho de Administração

NRF 2021: PEQUENO VAREJO É PROTAGONISTA NA REVITALIZAÇÃO DAS CIDADES Os pequenos varejistas, os mercados e as lojas de bairro, ganharam um protagonismo como há tempos não se via. Isso porque, diante da necessidade de distanciamento social e da consequente redução do deslocamento das pessoas, comprar em estabelecimentos comerciais perto de casa se tornou imperativo. E esse foi um dos temas debatidos no Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo, promovido pela National Retail Federation (NRF), este mês nos EUA, que analisou a atuação dos pequenos negócios na pandemia como sendo mais ágeis, flexíveis e capazes de se adaptar. E se antes, ser omnichannel era uma ambição para o pequeno varejista, agora é essencial. HANDSON 03

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SPEAKERSON

ANO NOVO E NOVOS PROTAGONISMOS ADELSON COELHO

Especialista em desenvolvimento estratégico

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Ainda estamos atravessando a ter mais agilidade e novas formas tempos difíceis, mas com o advento de trabalho. Surgiram novas compeda vacinação contra a Covid-19, os tências de lideranças e, em muitos mercados voltaram a respirar e procasos, os trabalhos remotos tornajetar boas perspectivas de recuperaram-se mais eficientes. As pessoas ção da economia, após a crise global e as empresas passaram a repensar trazida pelo novo coronavírus, que seus propósitos e assumiram um pagerou mudanças de hábitos, de conpel de relevância junto à sociedade. sumo e de formas de trabalho. Em breve, as escolas retomarão As áreas de pesquisas e desenvolsuas atividades, mas desta vez, virão vimento na área da saúde, cruzaram agregando estratégias de ensino fronteiras e conseguiram desenvolver on-line e presencial, com personalisoluções em tempo recorde na luta zação de conteúdo, proporcionando contra o coronavírus. As aos alunos seu proempresas que tiveram tagonismo e tendo um bom desempenho o professor como O MODELO DE mergulharam na transum orientador. COMUNICAÇÃO E A formação digital. O moEm 2021, o mundo ATIVAÇÃO COMERCIAL delo de comunicação continuará passando VIA FERRAMENTAS e a ativação comercial por mudanças signiON-LINE TORNOU-SE via ferramentas on-line ficativas onde líderes tornou-se fundamen“Hands ON” deverão FUNDAMENTAL PARA tal para os negócios. O atuar de forma firOS NEGÓCIOS desafio passou a ser o me, para demonstrar entendimento do comsegurança e determiportamento do consumidor dentro do nação no caminho escolhido. Aproveiambiente digital e a promoção de exto para dedicar este artigo às mulheperiências positivas. res, e em especial às profissionais da Dentro das organizações os plaárea da saúde que foram decisivas nejamentos passaram por mudanno enfrentamento da pandemia e, ças significativas, tornaram-se mais embora tenham a maioria numériflexíveis. As organizações passaram ca na população global, ainda representam menos de 30% entre os cientistas e pesquisadores e 25% no ramo da ciência, tecnologia e engenharia do mundo. O mundo não vai parar de mudar. Ser um líder “Hands ON” é reconhecer e valorizar um profissional, sobretudo pelo seu desempenho. Somos #SempreJuntosBR




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