Revista da Papelaria 155

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Nesta Edição

Entrevista

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Sandra Turchi, da Associação Comercial de São Paulo, desvenda o universo das mídias sociais e da internet em prol dos negócios de pequenas e grandes empresas.

Produto

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O lápis de cor continua sendo o item que mais encanta a criançada no volta às aulas. Conheça os lançamentos dos principais fabricantes.

Consultoria Vender artigos de festas é um bom negócio? Veja as respostas na seção Consultoria deste mês.

Giro

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As linhas coordenadas ganham cada vez mais espaço nas papelarias de todo o país. Saiba como aumentar as vendas desses produtos e também quais são seus principais fabricantes.

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EDITORIAL

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CANAL DIRETO

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CIRCULANDO

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PERFIL DO VAREJO Papelaria Junaísa

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SAIBA MAIS Papel de carta

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EM QUESTÃO Office PaperBrasil Escolar 2010

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LICENCIAMENTO Charlie e Lola

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MERCADO GLOBAL

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VITRINE

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ONDE ENCONTRAR

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ARTIGO Marcelo Prauchner Duarte

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www.revistadapapelaria.com.br

E mais

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Editorial

Sugestão para o consumo O varejo tem inúmeras ferramentas para alavancar o desempenho de seu ponto de venda. Especialistas desenvolvem conceitos e mapeiam táticas com o objetivo de sistematizar ações na administração de uma empresa. O mercado editorial brasileiro, por exemplo, disponibiliza mais de 60 livros para tratar de diferentes aspectos de gestão e estratégia focados no varejo. Com o ritmo de um livro por mês, precisaremos de uns cinco anos para assimilar todo o conhecimento. Curiosa com este número, fui consultar a gigante norte-americana na venda de livros, a empresa Amazon.com. Pasmem! Entre os enfoques dos temas administração, compra, venda, pessoal, design, estratégia e casos de sucesso, são exatos 25.750 títulos! Nem pensei em fazer a conta lá de cima e fortaleci a responsabilidade no meu trabalho. Não temos como tratar os assuntos de modo tão profundo quanto nos livros, mas nossas abordagens mensais são, no mínimo, um incentivo para um estudo mais elaborado sobre os temas. Vou considerar “doses de inspiração” para que você tenha o máximo de sucesso nesta vida. Esta edição tem dois fortes exemplos do que falo. Um deles é a reportagem de capa. As linhas coordenadas de produtos mereceram destaque nesta edição, e espero que tenham a sua atenção no ponto de venda, seja pelas estampas similares ou pelo personagem licenciado que ostenta, os itens reunidos de modo harmônico, a partir da sintonia que têm entre si, garantem um alto impacto para determinar a compra pelo consumidor. Esta “dose de inspiração” pode orientá-lo no momento de montar uma vitrine ou uma ilha em sua loja. A outra “dose” fica por conta da entrevista deste mês. A repórter Luciana D’Aulizio ouviu uma especialista em comércio pela internet e marketing digital. Sandra Turchi elucida vários aspectos sobre como usar a internet como ferramenta de expansão de negócios e relacionamento com o consumidor. Estes dois temas podem muito bem ser mais aprofundados em livros ou palestras e eventos de treinamento. Se com as reportagens publicadas aqui, você conseguir identificar o quanto essas pequenas “consultorias” têm a ver com a necessidade de sua loja, darei como cumprida a nossa missão. Aliás, a seção Consultoria dá várias outras dicas para quem vislumbra ampliar o mix de sua papelaria. A proposta é artigos de festa. Por que não? Reunimos a experiência de fornecedores e, o que é melhor, de vários lojistas que trabalham com este tipo de produto. Confira e avalie. Faça o mesmo com as várias outras reportagens elaboradas para que você tenha ótimos resultados na gestão de sua empresa. Desejo uma leitura produtiva e muitos negócios consistentes para você. &

ANO XVII - JULHO/2010 - Nº 155 ISSN 1516-2354 DIREÇÃO GERAL Jorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de Souza

JORNALISMO Edição: Rosangela Feitosa Chefia de reportagem: Daniella Bottino Reportagem: Andréia Lopes e Luciana D’Aulizio Estagiária: Carolina Berger Revisão: Rita de Cassia Carelli Fotografia: Lula Aparicio jornalismo@revistadapapelaria.com.br ARTE Direção: Claudio Albuquerque Programação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Stanley Gonzaga Capa desta edição: Claudio Albuquerque ATENDIMENTO AO LEITOR Luanna Coutinho assinatura@revistadapapelaria.com.br ADMINISTRAÇÃO Caroline Barros adm@revistadapapelaria.com.br MARKETING Renata Zardo atendimento@revistadapapelaria.com.br CONSELHO EDITORIAL • Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR) conselhoeditorial@revistadapapelaria.com.br PUBLICIDADE Direção comercial: Jorge Vieira publicidade@revistadapapelaria.com.br ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULO Ericson Ortelan - (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181 Ivo Trevisan - (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322 SEDE Av. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310 Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004 Tel./fax: (21) 2431-2112 DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadistas, distribuidores, representações e indústrias do setor, departamento de compras de corporações e revendas de informática.

PUBLICAÇÃO Ç MENSAL

ASSOCIADA A

Rosangela Feitosa - EDITORA rosangela@hamaeditora.com.br

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Canal Direto

Envie sua dúvida, sugestão ou crítica para a REVISTA DA PAPELApelo e-mail jornalismo@revistadapapelaria.com.br. Use este espaço. Ele é o nosso canal direto com os leitores, como você. Lembre-se, também, de conferir as últimas notícias do mercado de papelaria no site www.revistadapapelaria.com.br. RIA

Destaque ao atendimento “Gostaríamos de parabenizá-los pelo atendimento ao cliente. Tomei conhecimento sobre a REVISTA DA PAPELARIA e entrei em contato com a editora, quando fui muito bem recebido pelo primeiro atendimento e em seguida, no setor de Circulação e Promoção, pela colaboradora Luanna Coutinho, que com toda a paciência, me atendeu com presteza e seriedade várias vezes, não deixando qualquer tipo de dúvida e me deixando plenamente satisfeito. Parabéns!!!” Julio Cesar Freitas Lemos, da Accenture do Brasil (Rio de Janeiro/RJ)

Brinquedos: aprendendo com os erros e acertos “Sempre folheio a REVISTA DA PAPELARIA de ponta a ponta e leio, inclusive, os anúncios. Acho que ela tem um enfoque objetivo e, em alguns meses, publica reportagens mais interessantes. Como tenho uma loja de variedades que comercializa itens de papelaria, segmentos de decoração, utensílios domésticos e brinquedos, gostei muito da matéria ‘Brinquedo não é coisa de criança’. Achei interessante mostrar as histórias de quem tem sucesso neste ramo, como também daqueles que não tiveram êxito por conta da forte concorrência. As publicações têm a mania de só retratarem o

que deu certo, mas, muitas vezes, aprendemos mais com o fracasso de alguém do que com suas vitórias. Para a revista melhorar, sugiro mais textos focados no pós-venda e no treinamento de vendedores.” Dézio Capistano de Alencar, proprietário da Vip Varejo (Cuiabá/MT)

Gestão do negócio “Gosto muito da seção Consultoria e de ler os depoimentos de outros papeleiros. É interessante conhecer a experiência de quem atua em uma região diferente. A partir disso, entramos em contato com várias ações bacanas que podem ser adaptadas à realidade do local onde atuamos. Ainda assim, sinto necessidade de matérias mais focadas na parte financeira do negócio. Eu observo que muitas pessoas estão à frente de uma empresa, mas não sabem como administrar o estoque, analisar o giro dos produtos, nem como calcular a rentabilidade do empreendimento, os custos operacionais e o capital de giro, assim como outros aspectos envolvidos na manutenção do empreendimento.” José Rivaldo Pinto, proprietário da Papelaria Global (Quirinópolis/GO) Nota da Redação: Agradeço os elogios e mais ainda todas as dicas de matérias. Elas vão nos pautar na produção das reportagens para nossas futuras edições. &

CORRIGINDO – A agenda Hot Wheels preta, publicada na seção Especial, da edição 154, é da Foroni, e não da empresa Norma como foi publicado.

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Entrevista Sandra Turchi – ESPECIALISTA EM VAREJO, MARKETING DIGITAL E E-COMERCE

Um terreno a ser desbravado Sites de relacionamento como Facebook e Orkut têm sido incorporados por empresários para aumentar a visibilidade

tem mudado ao longo do último ano, quando foi observado um crescimento das MPEs.

de seus negócios. A tendência foi atestada em pesquisa da consultoria Deloitte, em junho. Ela aponta que 70% das empresas brasileiras aderiram à onda digital. Mas a maioria não implementa uma ação completa. Os dados mostram que não adianta improvisar, é necessário a profissionalização. Este é o alerta deixado por Sandra Turchi, superintendente de marketing da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e professora da ESPM. POR LUCIANA D´AULIZIO Segundo a pesquisa da Deloitte, as mídias sociais ainda são pouco exploradas para estreitar a relação com o cliente. Esta postura é verificada também no varejo? Sandra Turchi: Na verdade, grande parte do problema está no fato de as empresas não saberem exatamente o que devem fazer em relação às redes sociais. Há um grande desconhecimento sobre o assunto. Isto foi verificado inclusive em um outro estudo feito pela Associação Comercial de São Paulo. Segundo ele, apenas 19% das MPEs estão cadastradas nesses sites, e só 40% fazem um acompanhamento do que é dito sobre elas. Sabendo dessa carência por informação, desde novembro de 2008, a entidade tem promovido um programa de capacitação permanente que inclui temas

como e-commerce e certificação digital. Além disso, a ESPM-SP tem feito cursos focados nesse universo. O ideal é que o lojista procure se informar para, depois, implementar algo. Estar nas redes sociais só por estar é um enorme risco, uma marca e sua reputação. Há números que mostram que tipos de negócio de varejo têm investido mais no marketing digital e obtido bom retorno? Sandra Turchi: No Brasil, os tipos de produtos mais vendidos na internet são livros e papelaria, informática, saúde e beleza e eletroeletrônicos. Aqui o e-commerce ainda é muito concentrado em poucos players. Cerca de 50 empresas são responsáveis por 90% de todo faturamento da web. Porém, isso

É possível traçar um perfil do e-consumidor brasileiro? Sandra Turchi: Em geral, o e-consumidor compra para si mesmo (54%), 69% têm entre 25 e 49 anos, 86% estão satisfeitos com as compras online. O ticket médio está em torno de R$ 350,00. Aproximadamente metade pertence à classe A e o restante se divide entre B, C e D. Ao adquirir algo pela web, esse cliente busca praticidade, economia de tempo e de dinheiro e confiabilidade. Por isso, as empresas devem expor os produtos adequadamente e cuidar da questão da segurança, principalmente no quesito pagamento. Quais os principais erros cometidos por varejistas ao tentar promover sua empresa pela web? Sandra Turchi: Dentre os principais erros está o fato de começar a fazer algo desvinculado de uma estratégia global. O marketing digital sempre tem que estar alinhado a ela. Veja um erro comum: empresas que usam o Twitter só para divulgar suas ofertas. É a prova de que elas não entendem como essa ferramenta funciona. Por isso, reforço que é um risco partir para a ação sem conhecimento e sem planejamento. Antes de qualquer coisa, as redes sociais devem ser usadas para relacionamento com seus clientes. Elas são

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É interessante também contratar um consultor de mídias sociais ou isto só vale para negócios maiores? Sandra Turchi: As mídias sociais são apenas parte da estratégia de marketing da empresa, que inclui uma série de ações. O problema é que agora elas são a bola da vez e ninguém mais fala em outra coisa, o que é preocupante. Sem dúvida, é válido contratar profissionais para executar essas ações, mas é necessário buscar pessoas comprovadamente eficazes para desempenhar tal tarefa e tomar cuidado com oportunistas de plantão. Enquanto esses empresários de pequeno e médio porte ainda não dispõem de recursos para fazer um site para a papelaria, vale a pena recorrer a um “Blog” ou

Como esta divulgação deve ser feita? É imprescindível recorrer, por exemplo, a links pagos em sites de busca? Sandra Turchi: Cada negócio exige estratégias criadas sob medida. A técnica de usar links pagos ou patrocinados é simples e válida, podendo ser ajustada a praticamente todos os orçamentos. O segredo está em selecionar adequadamente as palavras-chave que serão “compradas” e em monitorar a resposta do consumidor. Só assim o lojista saberá quais dão mais resultado. Daí a importância de ter ao menos um profissional que desenvolva conhecimento para operar nessa área. Caso contrário, a chance de jogar dinheiro fora é bem grande. Também vale a pena ressaltar o papel da busca orgânica ou não paga, quando a marca aparece na primeira página, mas não está entre os links patrocinados. Para chegar a esse ponto, é necessário investir em um site melhor, aperfeiçoado para ser localizado pelos bus-

Aposto mais em uma operação de e-commerce, que leve mais comodidade aos atuais clientes

cadores usando técnicas chamadas de “search engine optimization”. O resultado demora um tempo para aparecer, mas é bem efetivo. Por fim, gostaria que desse algumas dicas para que os papeleiros possam usar a web para incrementar as vendas. Sandra Turchi: Veja bem, essa é a pergunta de alguns milhões de dólares (brinca). Acredito que ele tenha que, em primeiro lugar, conhecer um pouco mais sobre como isso tudo funciona, definir um diferencial ou um nicho para atacar e elaborar um planejamento de suas ações para determinado período, incluindo o quanto deseja investir. É importante que as atividades online tenham consistência; não podem começar e serem interrompidas. Em geral, relacionamento leva um tempo para trazer resultados. Assim, o empresário correrá menos riscos e obterá mais sucesso. &

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Muitos papeleiros têm interesse de investir em e-commerce, mas não dispõem de recursos financeiros e de tempo para tal. O marketing digital via redes sociais é interessante para esse público? Sandra Turchi: Seja qual for a estratégia, a empresa deverá ao menos ter uma pessoa focada nisso. Há opções tecnológicas bastante viáveis financeiramente para ter uma loja e comercializar certo número de produtos, como os shoppings virtuais, que chegam a custar apenas R$ 50,00 por mês. Mesmo assim, recomendo que o papeleiro veja isso como uma nova loja, que precisa de planejamento, foco e investimento. Para muitos, a “filial” internet é a que mais vende em toda sua rede. Então, por que não investir para fazer corretamente, visto que o retorno é certo?

acaba sendo perda de tempo? Sandra Turchi: Não creio que um blog seja a melhor estratégia. Ele é mais indicado para empresas que têm informações relevantes e conteúdo útil a levar permanentemente a seus clientes, fazendo disso um relacionamento. Acredito que as papelarias tenham até como dar dicas, mas não creio que o melhor caminho seja começar por aí. Aposto mais em uma operação de e-commerce, que leve mais comodidade aos atuais clientes. Ela deve estar aliada à divulgação na web focada em novos consumidores e mercados. Tenho visto lojas de pequeno porte que começaram com uma estrutura menor e a ampliaram na medida em que a demanda cresceu. Uma delas iniciou suas vendas pela internet em 2006 e, de lá pra cá, dobrou o faturamento anual.

excelentes canais para ouvi-los, não apenas para promover produtos.

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Circulando Biblioteca Recarga de celular como incentivo Para premiar seus lojistas parceiros, a Maxprint inova numa campanha de incentivo. Neste ano, os varejistas que alcançarem as metas de vendas estabelecidas pela empresa vão ganhar recarga para celulares pré-pagos. Para participar, basta entrar em contato com a equipe comercial da empresa

e fazer a sua inscrição. A estratégia desta campanha de vendas foi desenvolvida com base em uma pesquisa de mercado. Segundo a Anatel, em janeiro deste ano, o Brasil chegou a 175,6 milhões de celulares, sendo 82,62% prépagos. “Temos acompanhado o crescimento da telefonia

celular. Mais que receber, as pessoas gostam de realizar as chamadas telefônicas. Queremos levar esta praticidade aos premiados. Nossas campanhas sempre levam em conta o momento e as necessidades de nossos parceiros”, conta Adelaide Anzolin, diretora comercial da empresa. &

Nova empresa é certificada com ISO 14001 A Pimaco, empresa do grupo BIC, recebeu a certificação ISO 14001. O documento garante que a companhia cumpre todos os requisitos solicitados pela

exigente organização internacional quanto ao impacto ambiental dos processos de fabricação e aquisição de insumos. O selo reforça o compromisso do grupo em

relação à sustentabilidade e permite que as fabricantes ofereçam padrões internacionais de qualidade, sem deixar de se preocupar com o meio ambiente. &

Ingleses trazem novidade para a Office PaperBrasil

A filial brasileira da empresa AF International está expandindo sua linha de lenços e produtos químicos (foto) para limpeza de equipamentos de tecnologia da informação. Vários desses lançamentos se-

rão apresentados no próximo mês, na Office PaperBrasil Escolar 2010, em São Paulo, onde a empresa terá um estande. Entre os novos produtos, um dos destaques é a linha bactericida AF Phone-Clene, que limpa e desinfeta todos os tipos de equipamentos de telecomunicação. Segundo os executivos da empresa, esses itens são indicados para um amplo mercado, já que fones de ouvido e telefo-

nes em geral são os aparelhos mais compartilhados, tanto em casa quanto no escritório. Todas as novidades são compatíveis com as regulamentações da Anvisa e foram notificadas pelo Ministério da Saúde. Além disso, receberam rótulos em português e espanhol, e são fabricadas a partir de celulose reciclada, reforçando a preocupação ambiental da empresa. &

Os projetos de sustentabilidade, tanto ambiental quanto ética e social, não são apenas uma preocupação com o futuro do planeta, são também uma ferramenta de marketing, já que os consumidores têm buscado por produtos e serviços socialmente corretos. É por isso que o livro Projetos Sustentáveis: Estudos e Práticas Brasileiras, organizado pela consultora empresarial e doutora Ana Paula Arbache, apresenta ferramentas e estratégias para a implementação de ações concretas voltadas à sustentabilidade nas empresas brasileiras. As informações também chamam a atenção dos empresários para a formação de líderes competentes nos quesitos ambiental, social e ético, levando em consideração o principal objetivo das empresas no mercado: o lucro. Ana Paula Arbache / Editorama – 146 páginas

Siga em frente é o tema de convenção anual O Club Med, em Trancoso, na Bahia, foi o local escolhido pelo Grupo Bignardi para a realização da sua convenção anual de vendas. O evento reuniu representantes, equipe de vendas, marketing e diretoria da empresa sob o tema “Siga em frente”. “O volta às aulas 2010 foi excelente, mas ainda há muitas conquistas. Com todo

nosso time treinado em busca do mesmo objetivo e com os lançamentos do próximo ano teremos muito para conseguir”, disse Fabrício Pardo, gerente de marketing da fabricante. Durante a convenção de vendas, houve o lançamento da linha 2011 do Grupo Bignardi, além da estreia de novas marcas no mercado

como Crack & Bonky, Zoo York, Athleta, SoSo Happy, With it, Milk Way e Rip Curl Girl. Na ocasião, Pardo ainda destacou a preocupação ambiental da empresa, que possui os selos FSC e Cerflor nos seus produtos, além da linha de papéis reciclados, Eco Millenium. No entanto, a grande novidade ficou por conta do investimento da empresa no

relacionamento com, em especial, as consumidoras. Acompanhando as agendas e cadernos Jandaia, virá um gloss labial da marca Vult. “Além das agendas e cadernos, tentamos oferecer algo a mais para fazer com que nossos consumidores se lembrem da Jandaia até mesmo nas horas de lazer e diversão”, finaliza Fabrício Pardo. &

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Suzano faz ações no ponto de venda A última novidade da Suzano Papel e Celulose é o lançamento de materiais de ponto de venda da marca de papéis Report para seus clientes na Argentina, Bolívia, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Cada item dos novos materiais foi desenvolvido para que a exposição e o transporte dos produtos sejam mais ágeis e seguros, facilitando a vida dos lojistas. Composto por display de chão, de balcão, bandeirola, wobler, adesivo e móbile, os artigos têm origem

brasileira e podem ser dobrados, o que ajuda o manuseio e garante a integridade ao longo de todo o caminho até o seu destino final. Segundo Adriano Canela, gerente executivo de estratégia e marketing da Suzano, o material é um reforço da presença da marca na América Latina. “Esse é um mercado importante, e desenvolver ações como essas reiteram a imagem do produto e suas mensagens junto aos clientes”, afirmou o executivo. &

Treinamentos em memória RAM Em maio de 2010, a Kingston realizou o “Certificação Kingston”, treinamento sobre memória RAM, para revendedores da marca. Foram dois dias de evento, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, com palestras e atividades coordenadas por Javier Goytia, instrutor da empresa. Segundo Jackie Barrera, gerente de marketing da Kingston, o principal objetivo

do encontro é capacitar o revendedor para atender à demanda dos consumidores que buscam por novidade e tecnologia. “A experiência foi bastante positiva e pretendemos repetir esse tipo de treinamento outras vezes”, contou. Ao fim das atividades, todos os participantes receberam um certificado para cada um dos três níveis de treinamento. &

Foroni aumenta centro de distribuição O centro de distribuição da Foroni, na Zona Leste de São Paulo, foi expandido e teve melhorias em diversas etapas do processo de armazenagem. O espaço, que ocupava uma área de 11 mil m², agora tem 23 mil m² para recebimento, armazenamento, preparação, despacho e conclusão de pedidos. “Com esta nova área, conseguimos centralizar toda a operação

logística, facilitando e otimizando os controles por meio de sistemas mais informatizados”, comenta Mauricio Foroni, diretor de logística da empresa. Além de melhorar os processos internos, a nova estrutura trará benefícios aos clientes, que serão atendidos com mais rapidez, principalmente em demandas específicas, como as datas sazonais do mercado papeleiro. &


Perfil do Varejo 12

Loja e Papelaria Junaísa (Ceará Mirim/RN)

Quem não arrisca, não petisca Empresário potiguar conhece muito bem o significado desse ditado popular. Assim nasceu sua loja, a Papelaria Junaísa. Estudo, pesquisas, análises. Tudo isso contribui para o sucesso de um negócio. Mas, há vezes em que o determinante é arriscar. Prova disso é a Loja e Papelaria Junaísa inaugurada há 17 anos em Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, por José Heimar Pinheiro e Liége, sua esposa. Ele, técnico agrícola e administrador de fazendas durante 18 anos, e ela, professora. O casal estava disposto a aumentar a renda de sua família e isto foi suficiente para que abraçassem a ideia de se tornarem empresários. O ramo de papelaria surgiu da dica de alguns familiares que já tinham loja nesse segmento em outra cidade. Sem avaliar o ponto ou o mercado consumidor, o novo varejista aproveitou uma casa que alugava para terceiros e abriu o estabelecimento no quarto da frente. O início foi cheio de desafios e dificuldades, mas, aos poucos, ele foi descobrindo um mercado promissor e quase inexplorado.

“No terceiro ano, uma chuva fez o teto cair e todos os livros foram molhados”, relembra José Heimar Pinheiro Júnior, filho do fundador e atual gerente da loja, um dos maiores problemas enfrentados pelo pai. Hoje, o estabelecimento vende mais de oito mil itens e não enfrenta um problema recorrente no mercado: a concorrência. “Tem mais duas lojas na cidade, mas são pequenas. Na época do Natal, os atacadistas nos preocupam mais, mas nada que seja grave”, afirma Júnior, que ainda conta um dos segredos que fez a loja crescer em tamanho, importância e faturamento. “No volta às aulas, íamos até as escolas vender livros didáticos. Assim, começamos a ser conhecidos na região”, disse. Para os próximos meses, o objetivo do filho de Pinheiro é a informatização de todo o seu sistema. “Com a tecnologia, estou descobrindo dados importantes, como o maior horário de fluxo de compradores e a forma de pagamento mais utilizada. Essas informações ajudam a organizar o negócio”, frisa. Outro passo importante tem a ver com as finanças do estabelecimento: Júnior quer economizar para, num futuro próximo, revender novos produtos. “Tenho vontade de fazer uma parte de armarinho”, conclui. E pensar que tudo começou num quartinho de 15 m² e agora ocupa uma casa toda com 340 m². &

Direto da revenda Nome: Loja e Papelaria Junaísa Localização: Ceará-Mirim, Rio Grande do Norte, a 31 km da capital Natal E-mail: jrheimar@hotmail.com Data da fundação: 20/01/1993 Funcionários: dez Região que abrange: Ceará-Mirim e pequenas cidades próximas. Filiais: não tem Área: 340 m² Serviços oferecidos: cópia Perfil do cliente: escolas da rede pública, empresas locais e clientes que fazem artesanato. A vitrine precisa ter: produtos para as datas comemorativas e material com personagens que estão na moda. Produtos mais vendidos: material para escritório e para encadernação e plastificação. Melhores fornecedores: ACP, Faber-Castell e Tilibra. Mercadoria que gostaria de trabalhar: armarinho. Gostaria de mais atenção: para a questão da cobrança de altos impostos e de nota fiscal eletrônica. O que mais gosta em seu trabalho: do dinamismo. COMO CHEGAR Rua Eráclito Villar, 365 – CearáMirim/RN – CEP: 59570-970 Telefone: (84) 3274-2775

O casal de fundadores da Junaísa, José Heimar e Liége, ao lado de sua equipe. Desde 1993, a papelaria vivenciou muitos desafios para conquistar o atual sucesso.

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Papel de carta

Romantismo que

não sai de moda

Está enganado quem pensa que escrever cartas, ainda mais num papel especial, está totalmente fora de moda. Muito pelo contrário. Por isso, alguns fabricantes ainda investem no produto e capricham nos seus desenhos e nas suas estampas. O uso da internet e a troca de e-mails estão cada vez mais populares, fazendo com que o hábito de enviar cartas diminua

progressivamente. Ainda mais raro é escrevê-las à mão. Pensando assim, parece que a função dos papéis de carta caminha para o desaparecimento. Porém, ainda existe quem compre aquelas bonitas folhas decoradas para escrever a alguém especial, ou simplesmente para colecionar. A decoração do papel é uma maneira de conseguir uma carta personalizada, com elementos que complementam a mensagem verbal. O conjunto completo pode ser obtido com os kits, incluem envelopes e cartelas de adesivos. Sem falar nos perfumados. Tudo combinado, perfeito para as meninas, principal público do produto.

Características

Embalagem

Exposição

Além da decoração e da qualidade do papel, pode haver variação nos complementos, como envelopes e adesivos. Os formatos não são padronizados, porém o mais comum é 179mm X 236mm, para o papel de carta, e 195mm X 110mm para os envelopes.

As embalagens costumam conter seis papéis de carta e três envelopes.

Para destacar o produto, é recomendável que eles sejam expostos em gancheiras.

Por isso, ainda há a procura para quem quer obter esses complementos que não estão nas mensagens eletrônicas. O visual não se limita a imagens abstratas e às velhas conhecidas florzinhas. Os papéis de carta também fazem parte da lista de artigos com licenciamento. A característica da decoração desse produto foi disseminada para papéis que possuem outras funções, como blocos e refis de fichários. Esses também são estilizados e surgem com cada vez mais variedade, agradando quem já não escreve cartas, mas quer ter os papéis bonitinhos por perto, mesmo que em outros lugares. &

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FONTE: SIDNEI BERGAMASCHI, GERENTE DE MARKETING DA TILIBRA

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Saiba Mais



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Em Questão Office PaperBrasil Escolar

Office: um novo

ramo a ser explorado Depois de uma série de pesquisas, a Francal decidiu ampliar o perfil da tradicional feira Escolar. Programada para acontecer entre 30 de agosto e 2 de setembro, ela agora se chama Office PaperBrasil Escolar e inclui mais fornecedores dos

segmentos de escritório e informática, sem deixar de lado o ramo de material escolar. Veja como a novidade foi recebida por papeleiros de todo o país.

Mais artesanato BERENICE SIGNORI Proprietária da Barbarela Aviamento Papelaria & Moda Jovem (Amambaia/MS) “Tenho papelaria há 15 anos e participo do evento há dez. Sempre aproveito para buscar novidades ou fornecedores de produtos com os quais quero começar a trabalhar. Procuro agir de forma focada para aproveitar ao máximo o evento. Sobre o novo nome do evento, acho que apenas o tempo dirá se este melhorará ou não. A maior parte dos produtos de escritório comercializados no Brasil é importada, o que me deixa na dúvida se a nossa indústria terá condições de competir com essas empresas”.

Novos fornecedores HELAINE PRIMO PEREIRA DE OLIVEIRA Gerente administrativo da Papelaria Risque e Rabisque (Patrocínio/MG) “O reposicionamento da Escolar foi acertado. Como esta será a minha segunda feira, e estou procurando conhecer novos fornecedores deste ramo, o evento será essencial. É uma boa oportunidade para procurar

novidades para nossos clientes, que sempre buscam coisas diferentes, e para comprar algumas mercadorias, especialmente pastas e carrinhos. Se deixarmos para comprá-los depois, com os representantes das empresas, não encontraremos os modelos de que gostamos mais”.

Foco no escolar PEDRO FERREIRA JUNIOR Diretor de marketing da Papelite Livraria e Papelaria (João Pessoa/PB) “Os artigos de escritório são importantes para nós, mas não representam nosso maior faturamento. Este corresponde à venda de material escolar. Sendo assim, irei à feira, mas não comprarei itens de escritório. Manterei meu foco nos escolares. Procurarei saber quais as tendências relacionadas a cadernos e farei contato com as empresas que não têm representantes em nossa região”.

Visão ampla DÉZIO CAPISTANO DE ALENCAR Proprietário da Vip Varejo (Cuiabá/MT) “Participei da Escolar em 2008 e 2009, como visitante, mas, desta vez,

irei como comprador. Como, hoje em dia, vários pais preferem presentear seus filhos com produtos escolares, quero conhecer novidades para já me preparar para o Dia das Crianças e para o Natal, não apenas para o volta às aulas. Com essas informações, terei uma visão mais ampla do mercado e saberei comparar melhor o que é oferecido por cada fornecedor”.

Loja viva o ano todo CÉLIA DA SILVA RIBEIRO Proprietária da Papelaria Master (Goiânia/GO) “Gostei de saber dessa mudança de perfil. É importante chamar a atenção do setor para o segmento de escritório porque o volta às aulas não garante a sobrevivência de uma papelaria durante todo ano. É um período muito curto. O lojista também precisa recorrer a datas festivas e aos artigos de escritórios. Hoje, eles ajudam a manter a loja viva no mercado, até porque, a cada dia, aumenta o número de pessoas interessadas por peças de escritório diferenciadas. Acho inclusive que a feira deveria incluir o segmento de

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artesanato. Vale mais a pena ir a uma mostra diversificada do que viajar para várias especializadas. Participei de oito edições da Escolar e já estou de passagens compradas para a próxima. Antes ia para o evento só para comprar mochila, mas mudei minha concepção. Agora, além de caçar novidades, vejo o que vale a pena comprar. Foi assim que achei a Muresco, que tem papéis diferenciados e já nos atende há quatro anos”.

De olho nos cadernos ARLEI ROBERTO MARQUESI Proprietário da Papelaria Recanto (Mogi Guaçu/SP) “Acho legal a proposta de aumentar a participação segmento de office. Assim, teremos como ter acesso a um leque mais amplo de produtos,

com os quais vários papeleiros ainda não têm o costume de trabalhar. Esta será minha sétima Escolar. Todo ano, vejo primeiramente quais são as novidades em termos de cadernos, pois sempre encontro muitas capas boas. Em seguida, visito estande de marcas tradicionais como Compactor e Faber-Castell e de outros fornecedores, sempre buscando estabelecer contatos para futuras compras. Depois de todo levantamento, volto para a loja e já começo a rascunhar a lista de compras para o volta às aulas”.

Preços e licenciados MAURO KOGA JÚNIOR Proprietário do Bazar Cruzeiro (Flórida Paulista/SP) “Neste ano, irei a Escolar com certeza, como já faço há alguns anos.

Quando estou lá, faço questão de ir a todos os estandes e procuro identificar o que é ou não tendência. Se encontrar alguma mercadoria com bom preço, eu compro, especialmente se for um licenciado, já que a maioria desses produtos acaba na própria feira. O novo nome da feira é bem moderno e certamente atrairá mais empresários para o evento. Além disso, esta mudança será boa para vários papeleiros que, como eu, andam receosos de comprar material escolar diante da postura tomada pelo governo que, nos últimos anos, tem fornecido este tipo de produto para as escolas da rede pública. Com isso, não temos outra alternativa a não ser apostar também nos ramos de informática e escritório”. &


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Produto Lápis de cor

Colorindo o mundo Item certo nas listas escolares, eles atraem a criançada com cores e formatos variados. Só apresentam um inconveniente: são sazonais, com as altas de venda concentradas nos meses de volta às aulas. POR LUCIANA D´AULIZIO

A Faber-Castell é referência mundial em lápis e tem realizado inovações mesmo num produto tão tradicional.

No século XIV, quando um desconhecido alemão, em um momento de total inspiração, resolveu usar grafite nas minas de lápis, provavelmente, não imaginava que sua invenção atravessaria fronteiras e gerações. Muito menos que a versão rústica – que, na prática, se assemelhava a um “sanduíche” feito com dois pedaços de madeira e uma mina no meio – seria refinada, ganhando formatos anatômicos e muitas cores, caindo nas graças da molecada, ávida para passar para o papel as ideias que habitam em suas cabecinhas. Hoje, 445 anos depois do primeiro registro, o artefato atende pelo nome de lápis e é item certo em listas de material escolar de todo o país em estabelecimentos de ensino dos mais diferentes perfis. No Brasil e no mundo, a fabricante mais famosa do produto é a alemã Faber-Castell, multinacional de origem alemã que o confecciona desde 1761. Atualmente, a

da garotada

empresa tem em seu catálogo 12 linhas de EcoLápis coloridos. Entre elas, os carros-chefes são a Regular (encontrada nas versões de 12, 24, 36 e 48 cores, com formato sextavado e tonalidades mais vivas) e as com Grip, tecnologia antideslizante patenteada pela firma. Fazem parte deste último grupo, a Colour Grip (que tem modelos em formato de esfera, disponíveis em estojos com 12, 24 ou 36 cores), o kit Colour Grip Jumbo (com unidades de contorno triangular, próprio para mãos pequenas, vendidas junto com apontador) e o estojo Colour Grip Branco, um lançamento composto de um conjunto de 12 ou de 24 cores com um EcoLápis Grafite Grip. De acordo com a gerente de marketing Marta Aymard, as novidades não acabam por aí. “Lançamos recentemente os EcoLápis Metálicos. São 12 tonalidades que vêm com um exclusivo estojo plástico e um bloco de papel preto para desenhar”, anuncia ela, que também chama a atenção para outros modelos da empresa: os Bicolores, os Néon (kit que vem com oito lápis), os Superponta (com mina de 4mm) os Apagáveis e os Aquareláveis. “Estes últimos vêm sendo cada vez mais procurados, pois, ao serem usados com um pincel umedecido em água,

produzem traços que lembram os de uma aquarela. Em função disso, são bastante usados em aulas de artes nas escolas, mas também podem ser utilizados a seco, como EcoLápis de cor comuns”, esclarece. A variedade de modelos não é exclusividade da gigante alemã. A Acrilex é outra que busca ter um mix variado, com uma ou outra versão que fuja do clássico estojo com 12 tonalidades. Além de trabalhar com os tipos convencional e aquarelados, a companhia comercializa unidades pequenas, vendidas em caixas com 12 unidades, e o Big Lápis de Cor. “Ele tem uma mina de 3,3mm, o que acarreta maior durabilidade e resistência, e é vendido em conjuntos com 12, 24 e 36 cores”, diz o gerente comercial Rubens Peres Júnior. Expansão da linha de produtos está nos planos da Visitex. “Em 2011, a coleção será ampliada com o lançamento dos estojos de 18 e 24 cores e variações da tradicional embalagem de papelão”, anuncia Adrian Rossato, gerente de marketing. O catálogo da empresa oferece o lápis aquarelado da marca Cretacolor. Por ser mais sofisticado, consequentemente o produto tem custo maior e é indicado para cursos de iniciação artística de ensino médio

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e superior. Antenada nas necessidades do público consumidor a importadora também comercializa a linha GabiGu que tem embalagens de doze cores nos tamanhos curto (9cm) e longo (18cm). “Os dois modelos têm ótimos preços e qualidade compatível com a necessidade escolar e são consagrados no ensino fundamental. São ideais para atender aos desejos do consumidor final que geralmente busca pagar menos pelo melhor quando adquire esse tipo de mercadoria”, comenta. A aplicação de tecnologia no desenvolvimento do produto é a ênfase dada pela Ebras ao seu posicionamento no mercado. Em 1998, a fabricante lançou os lápis TS-Flex, feitos de madeira tradicional e de minas flexíveis, minimizando as chances de quebra e, consequentemente, tornando o artigo mais durável. “Neste ano, também passaremos a comercializar a linha metalizada e marmorizada, para que as crianças possam gerar novos efeitos em suas pinturas. Atualmente, comercializamos a linha com mina tradicional

A Acrilex procura oferecer ao consumidor final vários tipos de produtos, além do convencional estojo com 12 tonalidades.

A linha GabiGu, da Visitex, oferece qualidade e segurança de uso com preço adequado ao co. grande público.


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Produto PREOCUPADOS COM A NATUREZA

Lápis is de cor

A Ebras aposta em tecnologia no desenvolvimento dos seus lápis de cor. Atualmente, a empresa comercializa as linhas tradicional, fluorescente e superapagável.

A Mercur apresenta várias linhas de lápis de cor. Os licenciados Moranguinho, Barbie e Hot Wheels estão presentes em algumas delas.

(mais vendida), a com tonalidades fluorescentes e a superapagável, nas versões de 12 e 24 cores”, conta o diretor Max Lee.

Licenciados Enquanto algumas firmas apostam em tecnologia como diferencial na venda dos produtos, outras procuram agregar a eles marcas de sucesso entre a garotada. Na Mercur, por exemplo, três dos oito modelos fabricados são licenciados com Barbie, Hot Wheels e Moranguinho. “O mercado de licenças tem crescido bastante e o público infantil está cada vez mais procurando produtos com a cara de seus personagens favoritos. Isso contribui para as vendas, não só de lápis de cor, mas também de outros produtos oferecidos pela empresa”, comenta a gerente de comunicação, Karin Kulpa, justificando a importância de recorrer aos personagens. Segundo ela, todos os lápis desenvolvidos pela firma têm

Aderindo à onda ecologicamente correta, várias empresas têm procurado desenvolver lápis que tenham algum tipo de contrapartida ambiental. A Ebras, por exemplo, opta por só confeccionar seus modelos com madeira reflorestada. No entanto, de acordo com o diretor Max Lee, nem sempre esta preocupação é levada em conta pelo consumidor na hora da compra. “Para ter artigos sustentáveis, é necessário fazer investimentos que vão desde a fiscalização da cadeia de fornecimento até a sua certificação, o que encarece o produto nacional em relação aos asiáticos, cuja fabricação não costuma estar comprometida com a origem das matérias-primas. Por terem custo menor, estes têm invadido nosso mercado e limitado as vendas dos outros”, explica. Outra empresa que demonstra preocupação com a saúde do planeta é a FaberCastell, que fez questão de incorporar a ecologia ao nome de seus produtos mais conhecidos – os EcoLápis. “Eles são os únicos do mercado elaborados a partir de madeira 100% reflorestada e certificados pelo FSC (Forest Stewardship Council, em português, Conselho de Manejo Florestal) com total aproveitamento. A madeira e seus subprodutos não utilizados no artigo final são usados na geração de energia, como substrato orgânico para plantas, na fabricação de chapas de aglomerado e em granjas de criação de frangos. Mesmo as cinzas que resultam da queimada de serragem para a produção de energia têm destino certo: são aproveitadas como fertilizantes por empresas de paisagismo”, detalha Marta Aymard, que gerencia o departamento de marketing da multinacional.

mina de 3mm. Os licenciados e os aquarelados têm contorno triangular, enquanto os convencionais têm corpo hexagonal e espaço em branco para que, em cada item, possa ser identificado o nome da criança. A BIC embarcou na mesma onda e fez caixas de lápis de cor com Iron Man, Wolverine, Marvel Heroes, Princesas, Branca de Neve, Mickey Mouse, Pooh e o tema próprio, Tunado. O gerente de produto para a categoria papelaria, Anderson Gallo, conta que esses conjuntos têm grande aceitação entre as crianças, especialmente entre as meninas. “Geralmente, elas demonstram maior envolvimento com personagens do que os garotos, porém isto varia muito de acordo com cada região e cultura”, salienta. Entre os outros artigos que compõem o mix da fabricante nesse segmento, também merece destaque a linha Bic Kids Triangular, que tem mina macia, é atóxica e já vem com um apontador. Ela é vendida tanto no estilo convencional quanto no formato gigante, voltado para crianças na fase pré-escolar. Ricardo Santos, diretor comer-

cial da Molin, revela que, entre os lançamentos para este ano, há muitos personagens licenciados. Winx Club, Rapunzel, Doki e Moranguinho são alguns deles. “Nossos lápis são de altíssima qualidade, mas estão em constante evolução, sendo que, às vezes, essa evolução não é perceptível. Os consumidores finais vão gostar das novidades, principalmente das licenças”, reconhece. Outra companhia que aposta em licenciamento é a Sertic. As linhas com personagens como Ben 10 e Menininhas são campeãs de vendas. “Também trabalhamos com a marca alemã Stabilo, que é cada vez mais reconhecida pelo público jovem. Nela, temos embalagens de 12 e 24 unidades.

Ben 10, um dos personagens mais famosos do mercado, é a estrela de uma das linhas da Sertic.

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Produto Lápis de cor

A BIC também investe em licenciamento. Personagens como Princesas e Homem de Ferro são certos na nova coleção.

Na linha Cis, temos a ColorCis, ColorCis Jumbo, ColorCis Metallic, Multi Color Cis e ColorCis Aquarelável”, completa Ricardo Ferreira, gerente de marketing da empresa.

Preços Ainda de acordo com Gallo, todo o empenho dos fabricantes em montar um layout atrativo e em criar lápis que sejam firmes, confortáveis e precisos na hora de traçar tem uma explicação: a preferência do consumidor por artigos de alta qualidade. “Existem diferentes tipos de público, e cada um preza uma característica, mas, sem dúvida, qualidade, ponta firme, cores vivas, fácil apontamento e aparência são quesitos apreciados por todos”, garante o porta-voz da Bic.

Para os executivos da Norma, o lápis de cor é um produto sazonal, muito atrelado ao volta às aulas.

Para Karin Kulpa, da Mercur, o fator determinante de compras é a famosa relação custo x benefício. “Ao adquirir lápis, os consumidores procuram indicadores de qualidade, como minas resistentes e macias, cores vivas e vibrantes e boa transferência de cor para o papel. Mas, ao mesmo tempo, buscam preço justo e acessível”, analisa. Quem concorda com ela é Ricardo Santos, da Molin, só que ele ainda faz um adendo: a escolha do preço depende do poder aquisitivo do cliente. “No entanto, a procura por qualidade é um fator muito importante. Os nossos produtos, por exemplo, duram muito mais do que aqueles mais baratos, portanto se tornam mais econômicos. Quem sabe disso prefere pagar um pouco mais”, complementa.

Sazonalidade Outra particularidade atrelada à venda de lápis de cor diz respeito às fases em que eles costumam ser vendidos. Ao serem entrevistados, todos os representantes das companhias garantiram que a venda desses produtos fica concentrada nos períodos de volta às aulas, como detalha Jean Carlos Maria, do departamento de Marketing da Norma. “Eles são mais procurados entre outubro e fevereiro e entre junho e agosto”, diz. Para tentar estimular a saída desses artigos, mesmo nas fases em que não estão em alta, o executivo da multinacional chama atenção para a importância de uma boa arrumação deles na loja. “Os papeleiros devem dispor todos os lápis em displays específicos, fornecidos pelas empresas. Outro fator que contribui para a decisão de compra é deixar algumas unidades para demonstrações feitas por vendedores aos consumidores”, recomenda ele,

que ainda chama a atenção para o formato das peças confeccionadas pela Norma. “Nós trabalhamos com formatos triangulares e minas de 4mm de diâmetro e que levam um pouco mais de cera na composição, possibilitando uma coloração mais macia e cremosa. Há também a versão Super Triangular, com 5,5mm de diâmetro, destinada à pré-escola”, enumera. Rubens Peres Júnior, da Acrilex, reforça a necessidade de uma boa exposição e ressalta a necessidade de que ela seja atraente e facilmente entendida pelos fregueses da papelaria. “A dica básica é manter as caixas similares agrupadas e divididas por tamanhos, assim como os aquareláveis, que também devem ficar próximos dos demais”, propõe. Por fim, a gerente de marketing da Faber-Castell, Marta Aymard, sugere explorar a variedade de modelos na vitrine. “Ela deve ser bem montada para estimular um maior consumo. Se o lojista estiver inseguro para criá-la, vale a pena pedir algumas orientações para seus fornecedores. Outro ponto crucial é ter uma equipe treinada e pronta para apresentar os benefícios de cada material. Assim, o comerciante terá fregueses conscientes e satisfeitos com o que compraram e, principalmente, com a loja”, conclui. &

Personagens licenciados nos lápis de cor também são protagonistas na coleção da Molin.

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Consultoria Venda de artigos de festa em papelaria

Em ritmo

de festa

Convites, guardanapos, toalhas, pratos, chapéus, painéis, velas... A lista dos itens que compõem uma comemoração é extensa. Por um lado, há quem veja esse fator como argumento para entrar com cautela no ramo para não levar prejuízo. Por outro, há quem diga que essa variedade e a sede dos brasileiros por ocasiões para confraternizar é um ótimo negócio para ser explorado. POR LUCIANA D´AULIZIO Cientes da demanda por artigos de festas, inúmeros varejistas têm procurado levá-los para o ponto de vendas a fim de fugir da sazonalidade do mercado, como é o caso de Elizabete Ferreira Lima, gerente da Dallas Papelaria (Cuiabá/MT). Para impressionar os clientes, ela monta painéis pela loja e procura

Carlos Roberto Araújo, proprietário da Redepel, dá uma dica para os lojistas que querem trabalhar com artigos de festas: é importante estar numa área sem muita concorrência por perto. “Se não, o tiro vai ser no escuro”, completa.

oferecer um mix diversificado. “Assim, evito que eles tenham que ir até o centro para fazer as compras e ganho uma freguesia fiel”, explica ela, garantindo que vende durante todo o ano mercadorias direcionadas para aniversários. Marco Antônio, gerente da Mix Papelaria (Camamu/BA), reforça o

discurso de Elizabete no que diz respeito à saída das mercadorias. “Não é o meu carro-chefe, mas não posso deixar de comprá-las, pois vendem o ano todo. Todo dia, há alguém fazendo aniversário”, comenta. No caso dele, a intenção de trabalhar com peças comemorativas veio quando percebeu que a cidade onde atua – localizada a 150 km de Itabuna – é carente nesse segmento. “As pessoas tinham que se deslocar muito para fazer suas compras. Certo dia, um representante comercial nos chamou a atenção para essa demanda, então resolvemos investir no ramo. De início, ele nos ensinou a escolher os produtos e a calcular as quantidades. À medida que se acostumaram com essas mercadorias, os fregueses passaram a nos procurar com mais frequência. Atualmente, não há um dia em que eu não venda uma peça”, diz. Agora, mais experiente, o papeleiro já monta o mix por conta própria, sempre observando as entradas e saídas do negócio. “Fico de olho nos personagens que estão em desenhos da TV a cabo e da aberta. Quando alguém pede por algo que não temos na papelaria, providencio o quanto antes. Também tenho o cuidado de ter produtos neutros, que podem ser facilmente adaptados”, revela. Outra tática adotada pelo comerciante para fomentar a venda dos itens de festa é expô-los em uma altura em que eles possam facilmente ser alcançados pelas crianças, afinal são elas que pedirão aos pais para comprá-los.

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Produtos da Sopra Balão: pouca sazonalidade dos artigos de festas é uma das vantagens para as papelarias.

A varejista Liz Lima, proprietária da Lizfel (Nossa Senhora da Penha/ RJ), também acredita que o contato com os fregueses é o principal meio de saber o que terá boa saída. “É muito importante conhecê-los. Se meu negócio fica no Centro, uma região que tem muitos escritórios, tenho que ter artigos que possam servir para aniversários dos chefes, das secretárias... Enfim, coisas simples para comemorar no local de trabalho mesmo. E anote tudo o que eles desejam, especialmente se está começando agora”, sugere.

Outros aspectos Ao contrário do trio de papeleiros, nem todos os colegas do ramo demonstram otimismo em relação aos artigos de festa. É o caso de Carlos Roberto Araújo, proprietário da Redepel (São Paulo/SP), que começou a trabalhar com esse tipo de produto em 2000. “Estamos situados mais ou menos próximos de Santo Amaro, onde há várias lojas populares, e atendemos uma classe média baixa que tem aumentado de renda nos últimos anos e passado a contratar bufês e casas de festas”, explica.

Na opinião do comerciante, o ramo pode ser uma opção interessante para papeleiros desde que estes tenham a loja situada em uma região mais tranquila, sem muitos concorrentes. “Caso contrário, será um tiro no escuro, e o comerciante vai perder dinheiro”, enfatiza. Entre os outros pontos negativos de se trabalhar com as mercadorias em questão, Araújo destaca a necessidade de ter um ponto de vendas grande o bastante para dar conta de expô-las. “Para alcançar sucesso, é crucial ter um mix completo e apresentá-lo em displays, prateleiras e vitrines rotativas. O problema é que ocupa muito espaço. Já imaginou como fica na época do volta às aulas, quando temos que colocar em destaque outros produtos? É válido analisar na ponta do lápis quanto custa o metro quadrado da empresa para ver se o investimento compensa”, diz. Outro aspecto desfavorável é a sazonalidade das licenças que, de tempos em tempos, saem de moda e deixam produtos encalhados. “Já fiquei com R$ 8 mil parados no estoque. Por isso, hoje, só aposto em marcas de vida longa, como Barbie e

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Consultoria Venda de artigos de festa em papelaria

Pratinhos e outros artigos da Regina Festas: produtos de festas são complementares aos de papelaria.

Hot Wheels”, afirma Carlos. Ele ainda acrescenta à lista a necessidade de investir em gêneros alimentícios, como papel de arroz e balas de coco. “Quem quer trilhar esse caminho deve aumentar o leque de atividades para atrair e fidelizar mais clientes. Por outro lado, fazendo isso, o varejista pode perder o foco do negócio”, alerta. Magali Cabreira Ruiz Hirata, gerente comercial da Scala Papelaria (Dracena/SP), destaca mais um aspecto crucial para quem quer trabalhar com artigos festivos: oferecer serviços personalizados. “Os bufês e salões fazem festas enlatadas, todas iguais, porque dá muito trabalho fazer um pacote para cada cliente. Se o papeleiro for criativo e inovar, mesmo que seja trabalhando com produtos similares, terá trunfos para cativar a freguesia”, sinaliza. O conselho é dado com base em dez anos de experiência com materiais voltados para comemorações. Quando ingressou no ramo, era a única da região a trabalhar com decoração de festas. “Fazia questão de bolar algo novo para cada criança, mesmo que o personagem-tema do aniversário fosse o mesmo. Consegui ganhar um bom dinheiro, que me ajudou

a levantar a papelaria. O único inconveniente era ter que pegar no batente nos fins de semana”, recorda. Depois de um tempo, por conta da perda dos dias de folga e do aumento da concorrência, a papeleira foi mudando de foco, abandonando os aniversários e priorizando o artesanato. Segundo Magali, para uma papelaria obter visibilidade na área de festas, é fundamental trocar a vitrine a cada uma semana ou 15 dias. Eduardo José de Lucena Lira, gerente da Livraria Casa do Colegial (João Pessoa/PB), também está em ritmo de festa, mas com ressalvas: ele investe no ramo, mas ainda não o encara como uma prioridade. “Acreditamos que ele ainda cresça, mas não é nosso carro-chefe. O retorno é garantido, mas regular. Os produtos saem porque existe naturalmente uma demanda por comemorações”, comenta. Entre os problemas listados pelo varejista está a pirataria de produtos licenciados. “Ela permite que alguns comerciantes vendam as mercadorias por um preço mais baixo, prejudicando quem só vende peças originais, como é o nosso caso”, queixa-se Lira, que não se intimida com a concorrência. “Sempre existirá espaço no merca-

do para todos”, diz, com convicção, o varejista, que expõe seus artigos em vitrines e gôndolas.

Vale a pena entrar na disputa? Assim como Lira, os fabricantes dos itens de festas também deixam de lado todos os riscos de investir no ramo e abraçam o discurso de que não falta mercado. “Hoje é muito maior o número de consumidores da classe C que pode comprar mercadorias para organizar festas infantis montadas por eles mesmos em casa ou salões de condomínios”, garante o diretor comercial da Interfitas, Roberval Danzi. Seu discurso está alinhado com o de Sylvain Harari, do marketing da Sopra Balão. “Vários produtos não são sazonais e vendem o ano todo. Vendemos balões para festas de formatura, dia das mães, dia dos namorados, e tantas outras celebrações, não só festas infantis”, comenta. Edison Sawa, gerente de marketing da Regina Festas, endossa o coro dos otimistas. “É um investimento que tem tudo para dar certo, até porque as papelarias já comercializam uma gama de produtos largamente usados na confecção de lembrancinhas, como papel crepom,

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papel seda, celofane e caixas de presente. Há, portanto, uma grande sinergia – inexplorada – entre o negócio da loja e os produtos para festas”, opina. De acordo com ele, a quantidade de papeleiros que explora esse segmento vem diminuindo desde os anos 90. “Antes esses pontos de vendas eram o principal canal de distribuição dessas mercadorias; porém, atualmente a participação deles é insignificante. Enquanto isso, no sentido oposto, as lojas de festas se estabeleceram e passaram a comercializar itens antes vistos só em papelarias”, recorda. Entre os erros mais praticados por comerciantes, Sawa destaca o oferecimento de um mix reduzido de várias linhas em vez de um completo, que inclua todos os acessórios necessários para montar o evento, do convite à vela. Outra dica dada pelo especialista é prestar um bom atendimento aos consumidores ou, no mínimo, ter condições de indicar bons prestadores de serviço, como decoradores, boleiras e doceiras. “Estas facilidades, nas quais as lojas de festas são especialistas, são o que atrai os clientes”, destaca.

Determinantes na compra Como já foi sinalizado pelos varejistas do ramo, quem quiser encarar o desafio de trabalhar com os produtos em questão deve ficar sintonizado nos desejos do consumidor. Uma tendência forte é a procura por licenças, salienta Fernando Hachul, diretor comercial da Cromus, companhia que aposta em embalagens dos mais variados estilos. “Elas são, sem dúvida, impulsionadoras de vendas, pois os personagens participam do cotidiano dos consumidores”, avalia. O executivo ainda chama a atenção para a necessidade de irem além de uma boa exposição. “O papeleiro não deve esquecer de três fatores importantes para o sucesso do evento: uma equipe de decoração profissional, composê de cores e materiais e peças de qualidade. Promover cursos de decorações para fregueses também é válido. Temos que surpreendê-los e deixá-los a par das tendências”, aconselha. Adriana Pantalena, do marketing da Festcolor, também ressalta a força dos licenciados. “Cada vez

A Glitter oferece vários produtos interessantes para as festas, inclusive, pinturas faciais.

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Consultoria Venda de artigos de festa em papelaria

SAIBA ONDE ABASTECER A SUA LOJA FORNECEDOR

PRODUTOS QUE COMERCIALIZA

Craft & Scrap Brasil

Papéis para scrapbooking, usados na confecção de lembrancinhas, álbuns, convites, embalagens para mesas de doces, sacolas e embalagens em papel. Entre os produtos comercializados, há alguns com licença, entre eles Princesas, Pooh, Carros, Toy Story, Procurando Nemo, Os Incríveis, Monstros S/A, Branca de Neve e Rei Leão. Há linhas direcionadas para aniversários e para outras datas festivas, como formatura, Páscoa, Natal e halloween.

Cromus

O forte da empresa são as embalagens. Os modelos para presentes são encontrados em temas variados (estampas românticas e infantis, por exemplo) e com várias licenças. Os de poli transparente são feitos para acondicionar balas, bombons, bolachinhas e doces diversos. As de organza e as feitas com tecidos finos são próprias para armazenar lembrancinhas. Há também alguns modelos mais específicos, como os de fundo quadrado, os para bolo gelado, os para cone trufado e petit cone. No catálogo, há ainda toalhas de mesa, fundos para bandejas de doces, forminhas em formato de flor, de caixinha ou na versão feita de seda e poá.

Festcolor

Toalhas de mesa, pratos e copos plásticos, bonecos para decoração, sacos para pipoca, sacolas ou caixas surpresa, balões decorativos e para distribuição, máscaras de personagens, velas em formato 3D ou adesivadas. Entre as licenças, destaque para Moranguinho , Betty Boop, Charlie e Lola, Cocoricó, Homem-Aranha, Looney Tunes e Bakugan.

Glitter

Pinturas faciais Pintakara, linha de pós brilhantes para decoração, linha de colas (para pano, isopor, lantejoulas e fixador de glitter) e tintas Squizz relevo. Agora há dois lançamentos: o pancake em creme Pintakara e o glitter poliéster cítrico. O primeiro se encontra disponível em embalagem de 60g e com bico dosador. O segundo é vendido em cinco novas cores, cada uma em duas gramaturas.

Interfitas

Toalhas de tnt lisas e estampadas, que podem ser lavadas e reutilizadas.

Mundo Bizarro

Florivela musical e giratória, Bolavela, Confeste, Vela Musical e Vela Estrela.

Regina Festas

Bandejas e pratos laminados, copos, pratos, talheres plásticos, guardanapos, taças plásticas, convites, forminhas, fundos rendados, toalhas, faixas decorativas, papéis para bala, franjas plissadas, velas de aniversário, balões, chapéu, convite, sacola surpresa, elementos decorativos de parede, totens e caixas para presente. Fabrica produtos com inúmeras licenças, tais como Fadas, Marie, Procurando Nemo, Piratas do Caribe, Cinderela, A Pequena Sereia, Hannah Montana, Barbie, Hot Wheels, Hello Kitty, Pucca, Ben 10, Meninas Superpoderosas, Smilinguido, Turma da Mônica e Looney Tunes.

Sopra Balão

Balões de látex e metálicos, velas musicais e que soltam estrelinhas, acessórios para balões, como bombas, medidores e compressores e bases. Trabalha com as licenças Turma da Mônica e Cocoricó. É distribuidora oficial da Qualatex Balões, marca americana que tem exclusividade da marca Disney para as Américas.

mais, nossos consumidores são exigentes e acessam com facilidade internet, TV a cabo e games, e é claro que tudo isso pesa na decisão de compra. Os personagens que circulam nesses meios funcionam como uma espécie de grife, mas também há espaço para os produtos”, afirma. Na opinião dela, para que eles tenham boa saída, é importante saber orientar o olhar do consumidor, fazendo com que ele tenha facilidade para encontrar todos os itens relacionados a uma determinada marca. “Se eles forem expostos em gôndolas através de ganchos, coloque-os agrupados de forma vertical. Assim, o cliente terá a certeza de estar levando uma linha completa, e a praticidade é um fator que pesa ao ir às compras”, indica. O peso de uma vitrine alegre e original também é ressaltado por Fernanda Lopes, supervisora de marketing da Glitter. “Mas fazer só isso não basta. É muito bem-vindo fazer uma miniambientação dentro da loja, se houver espaço, e agregar essa iniciativa com outras ações, como atualização do site da empresa, envio de e-mail especial para os clientes e atividades promocionais que ensinem os consumidores a usarem os produtos”, propõe. Investir em itens inusitados também é uma estratégia para conseguir atrair os consumidores. É o caso da Bolavela, fabricada pela Mundo Bizarro. Trata-se de uma vela em formato de taça que, ao ser acesa, promove um efeito de cascatas de estrelas no seu centro. “Enquanto isso, a taça se abre, dividindo-se em partes. Há uma vela pequena acesa e, no centro, aparece uma bola de futebol. E ainda há um ‘Parabéns para você’ tocando”, descreve Ilan Reznik, do marketing da empresa. Na opinião dele, as papelarias têm tudo para competir

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com as lojas especializadas e, até mesmo, superá-las, por oferecerem produtos de outros segmentos. “Acrescentar a linha de artigos de festa é um passo natural que só vai melhorar o mix da loja”, afirma.

Scrapbooking: outro nicho a ser explorado Os lojistas que têm uma linha mais voltada para o artesanato também devem encarar o ramo de festas como uma oportunidade. O aviso é feito por Mauro Garcia, diretor da Craft & Scrap Brasil, grupo que fornece materiais de scrapbooking de diversas licenças, entre elas várias da Disney, como Os Incríveis, Monstros S/A e Branca de

Neve. De acordo com o executivo, tal vertente é interessante para a customização de convites, das lembrancinhas e do álbum com as fotos da comemoração. “A grande diferença é que, com a possibilidade de combinar diferentes materiais e estampas em papéis e outros complementos, são criados produtos únicos, ou seja, você tem um tema com infinitas possibilidades e que não se repete”, esclarece. Ainda segundo Garcia, os materiais são muito procurados pelas scrappers – adeptas da atividade de scrapbooking e que também usam sua habilidade para decorar festas. “Além de confeccionarem alguns artigos de festa, algumas dessas artesãs fazem parcerias com fotógrafos

e realizam oficinas durante o evento. Nelas, as crianças podem fazer uma página ou um miniálbum com fotos tiradas na ocasião”, comenta. No entanto, para que o material tenha boa saída, adverte o diretor, é importante que o lojista passe ao consumidor ideias novas e criativas. “Isto faz uma grande diferença na hora de decidir o que comprar, pois há muita variedade. Também é essencial treinar seu pessoal para que eles possam mostrar ao consumidor possibilidades, combinações e utilizações”, destaca. Sabendo dessa demanda por artigos de scrapbooking, a empresa promove uma série de cursos direcionados para comerciantes que querem vendê-los de forma correta. &

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Giro Linhas coordenadas

Sucesso só

ou acompanhado Que tal ir para escola com tudo combinando? Sabendo deste desejo da meninada, várias empresas têm fabricado coleções de produtos com uma padronagem em comum. Além de serem vendidos em conjunto, eles podem ser adquiridos separadamente e costumam ser uma boa opção de presente

Linhas da Jandaia: clientes finais podem comprar produtos em conjunto, montando uma espécie de kit, ou separadamente.

em várias épocas do ano. Sempre que escolhe os produtos que farão a cabeça da criançada no próximo volta às aulas do Bazar do Pereira (Parnaíba/MS), seu proprietário, Luciano Pereira, faz questão de recorrer aos licenciados. Ao escolher cada artigo, pensa sempre de que forma poderá jogar com as apostas de cada empresa para tentar conciliá-las e, na medida do possível, montar kits voltados para os pequenos que querem ficar com tudo combinando. “Compramos ‘tudo’ que encontramos de personagens da moda e deixamos juntos na loja os artigos que têm o mesmo tema, mesmo que eles tenham sido fabricados por empresas diferentes. Acredito que isso motiva a compra e facilita a venda”, afirma. O único desafio do lojista é dar conta de expor todas as mercadorias de forma bem atrativa no apertado ponto de vendas. “Para aproveitá-lo melhor no início do ano, tiramos as

mercadorias que têm giro baixo e expomos apenas as que têm venda garantida”, explica. O comerciante Marcelo de Bittencourt Magalhães Tamaki tem um raciocínio parecido para a Nobre Papelaria (Uberlândia/ MG). Ao garimpar o melhor de cada fabricante, pensa sempre na possibilidade de formar “combos”. No entanto, o empresário admite que nem sempre a estratégia dá certo com os licenciados. “Como eles são um pouco mais caros, às vezes fica puxado para o consumidor, principalmente os da classe C, comprar um kit só da Barbie ou só do Ben 10. Há casos em que a mãe, em vez de comprar quatro cadernos com personagens para o filho, leva apenas um com este perfil e outros três de modelos mais baratos, geralmente lisos”, comenta. Para satisfazer a vontade dos clientes com diferentes poderes

aquisitivos de adquirirem artigos licenciados, Tamaki teve a ideia de montar kits de valores distintos. O de R$ 15,00 vem com lápis de cor, lápis preto, borracha e apontador; o de R$ 25,00, com caderno, pasta e uma caneta; e o de R$ 35,00, com agenda e caderno. “Eles acabam sendo, inclusive, uma boa opção de presentes para as festinhas de colégio e aniversários dos amiguinhos”, conta ele, que não abre mão de mercadorias de primeira linha. “Existem lojistas que recorrem às de segunda para conseguirem melhor preço. Em vez da Jolie, compram a Julie, uma boneca parecida. Não faço isso, pois minha clientela é basicamente composta por clientes das classes A e B, que prezam muito a qualidade”, garante. Outra dica do pequeno empresário para ter sucesso ao montar combinados é identificar que padronagens combinam melhor com

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ferência de estampa, mas são bem criativas”, destaca. Indiscutivelmente, a tática de vender produtos em “combo” tem maior aceitação entre as crianças. Não é por acaso que grande parte das coleções produzidas por fabricantes tem essas combinações como foco. É o caso da Jandaia, que atrai os pequenos com a Turma do Jandainha, composta de cadernos, canetas e papéis A4. “Trabalhamos com algumas linhas de produtos coordenados, nome dado às coleções de artigos que podem ser comprados em conjunto por possuírem a mesma capa e serem do mesmo segmento. Elas não chegam a ser kits, pois sempre há a opção de comprar cada mercadoria separadamente, mas sempre damos essa sugestão para papeleiros. Acreditamos que, desta forma, eles terão uma ótima

oportunidade de aumentar o ticket médio da loja, já que oferecerão produtos de maior valor agregado, sem aumentar o preço de cada item”, analisa o gerente de marketing Fabrício Pardo. Segundo o executivo, apesar de contarem com o boom de vendas no volta às aulas, tais mercadorias têm a vantagem de terem suas vendas reaquecidas pelas datas especiais, como sinalizou Patrícia Verônica Alves de Mattos, da Papel Craft. “Sendo assim, no dia dos namo-

Ben 10, Bakugan e Princesas são as linhas coordenadas campeãs de vendas da Dermiwil.

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seu público-alvo. “As crianças preferem os personagens. Os mais procurados são os que estão na TV, mas também existem os que não estão e vendem por si só, como é o caso da Jolie. As adolescentes adoram Menininhas e Capricho, enquanto os universitários preferem estampas neutras”, detalha o papeleiro. À frente da rede Papel Craft, a supervisora de franquias Patrícia Verônica Alves de Mattos é outra fã dos “combos”, até porque a loja atua como butique de papel, fabricando os próprios blocos, cadernos, álbuns, entre outros itens. “Os nossos produtos seguem uma padronagem por coleção. Ao elaborarmos cada uma delas, pensamos nos papéis de presente e, em seguida, nas peças a serem desenvolvidas. Além disso, temos minicoleções lúdicas. Elas não seguem uma re-

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Giro Linhas coordenadas

SEDUZIR O CLIENTE É ESSENCIAL Assim como aconteceu entre os lojistas, os fabricantes foram unânimes em dizer qual seria o grande “macete” para estimular a venda casada de produtos coordenados: expor todos em conjuntos no ponto de vendas. “Assim, o mix oferecido alcança mais visibilidade e o consumidor tem a vantagem de encontrar todos os itens da linha no mesmo lugar, para fazer a coordenação que mais lhe agrada”, explica Marici Foroni, diretora de marketing da Foroni. Atualmente, a empresa tem em seu catálogo coleções com as licenças Barbie , Pucca , Paul Frank, Moranguinho, Sugar & Babe e Hannah Montana e dá mais foco à parte de gifts. Só para ter uma ideia, cada uma das coleções listadas tem blocos, lousas magnéticas, adesivos, lixeira de mesa, estojos, porta-trecos, cadernetas, índices telefônicos e latinhas, sendo estes três últimos os mais vendidos. Para Mariana Pinheiro, da Dermiwil, a tática é válida principalmente para aguçar o desejo na garotada: “Ao verem os produtos agrupados em seus ‘mundinhos’, eles entendem o que está acontecendo e podem participar mais decisivamente da compra. Desta forma, é estimulada a venda casada, pois a criança que escolhe a mochila do Ben 10 certamente optará pelo estojo ou lancheira da mesma licença, se o mesmo estiver ao seu alcance”, afirma. Caso haja o interesse de montar kits, Fabricio Pardo, da Jandaia, alerta para a necessidade de divulgar o que há neles e o preço de cada mercadoria ao agrupá-las. Além disso, os varejistas devem ressaltar as embalagens, deixando-as em destaque na gôndola. “Se tiver a possibilidade de criar uma ilha para apresentar a promoção, melhor ainda”, salienta.

rados, o papeleiro pode fazer um “combo” contendo caderno, caneta e almofada de coração em uma mesma embalagem e a preço aceitável”, propõe a supervisora. A Tilibra também anda de olho no que está na moda entre os pequenos e possui linhas coordenadas com marcas como Charmmy Kitty, Skelanimals, Toy Story, Red Nose, Menininhas, Pooh, Hot Wheels, Capricho e Jolie. Esta última, por exemplo, é tema de três coleções – Jolie, Jolie Classic e Jolie Pet – e está presente em mais de 10 itens. “Temos esses produtos durante todo o ano, pois alguns itens fazem parte da coleção de volta às aulas e outros são para o dia a dia, que lançamos em abril ou maio”, conta o diretor de vendas e marketing, Wagner Jacob.

A Confetti aposta em cores e estampas nas suas linhas coordenadas.

Estratégia similar é usada pela Dermiwil, que tem em seu catálogo várias coleções licenciadas. As campeãs de vendas são Ben 10, Bakugan, Princesas e Capricho. A lista dos produtos comercializados inclui tanto mochilas, estojos, lancheiras e garrafas quanto materiais mais voltados para papelaria, como blocos de anotações, borrachas, lapiseiras, canetas gel e carimbos. “Essas peças têm demanda eminentemente sazonal, com foco no volta às aulas. A única exceção são os nossos gifts, lançados após os picos de consumo, no início dos semestres. Estes são vendidos durante todo o ano”, declara Mariana Pinheiro, responsável pelo departamento de marketing da companhia.

Diversas estampas

Expor os produtos em conjunto nas lojas. Esta é a dica dos executivos da Foroni para aumentar as vendas dos itens coordenados.

Uma saída para escapar da sazonalidade é apostar em coleções mais neutras que, em vez de personagens, são padronizadas por cores. Foi o que fez a Confetti na linha Splash, cuja identidade visual fica por conta de tons vivos de rosa, laranja, roxo, verde e azul, usados tanto em pastas como em chaveiros, que vêm com uma logo em comum. Além disso, a companhia confecciona artigos com estampas exclusivas,

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Jolie, uma das personagens mais famosas do mercado de licenciamento nacional, está nas linhas da Tilibra.

os EcoLápis são produzidos com madeira 100% reflorestada, o que garante um produto altamente sustentável, e não agridem o meio ambiente”, comenta a gerente de marketing, Ana Claudia Mascito. Segundo ela, a linha é composta

por 12 produtos em diversas cores. “Além disso, há modelos para profissionais das áreas de design e arquitetura, como os lápis de cor Art Grip Mina Permanente e o Art Grip Aquarelle Mina Aquarelável”, acrescenta. &

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Os produtos coordenados da Faber-Castell são voltados para diversos tipos de público.

como caveirinhas e cães – sucesso certo entre as mocinhas, o principal grupo consumidor dos produtos. “As linhas mais procuradas são as femininas, tanto jovem quanto adulta. Acredito que isso ocorra para todos os fabricantes! Papelaria é uma paixão das meninas e cresce junto com elas”, revela a diretora de criação, Silvia Rettmann. Há ainda empresas que aderem às duas estratégias e fabricam tanto artigos licenciados quanto básicos. Quem se enquadra neste grupo é a DAC, que tem em seu mix 21 linhas coordenadas. Fazem parte do segmento de produtos para escritório as coleções Prime, Office, Working, Soffice, Classic e Feminina, compostas de porta-cartões, índice telefônico, pasta catálogo, porta-canetas, fichário universitário, entre outras peças. Já a área escolar tem as linhas Sweetly, Lume, College, Love, Bug, Fashion Girls, Fashion Girls Top, Milky, Milky Top, Ladies, Flower, Cats, Masculina, Qui Qui Biscuit e Teen. “O mix dessas linhas conta com fichário universitário, fichário ¼, malote, agenda, portacaderno, pasta catálogo, bolsa e bloco de folhas”, enumera a assistente de marketing Nathalia Ibelli, que atribui parte do bom desempenho da companhia às pesquisas feitas para traçar o perfil dos consumidores. “A partir delas, identificamos os conceitos de cada coleção e de cada produto. Com isso, atendemos as expectativas dos nossos clientes, e as vendas coordenadas crescem anualmente”, completa. Outra adepta da moda das coleções de produtos é a FaberCastell. Em seu catálogo, a que tem maior saída é a Grip, que se destaca tanto pela alta qualidade – proporcionada pelas exclusivas esferas antideslizantes, que garantem maior conforto e firmeza – quanto pela consciência ecológica. “Todos

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Licenciamento 34

Charlie e Lola

Como todos

os pais queriam

Os irmãos Charlie e Lola são sucesso ao encarnarem a utopia do bom relacionamento entre irmãos.

Um menino de sete anos amável e paciente que gosta de jogar futebol e brincar de foguete com seu melhor amigo. Ele serve de inspiração para sua irmã de quatro anos, que é muito curiosa, inocente e criativa. Personagens que nos parecem familiares, pois se assemelham a crianças reais, apesar de tão exemplares. Essa é a razão do sucesso de Charlie e Lola. As próprias crianças se reconhecem na história de Lauren Child e vêem a dupla como modelo de amizade e de uma boa relação entre irmãos. A escritora e ilustradora inglesa criou os personagens para seus livros, que contavam situações

Onde está Charlie & Lola Long Jump

Estojos e kit pintura

Santino

Mochila, lancheira e estojos

Tilibra

Cadernos, etiquetas e pastas

bem-humoradas sobre questões pertinentes ao dia a dia da garotada da mesma faixa etária. A animação foi exibida pela primeira vez em 2005, pela BBC Worldwide. Dois anos depois, já fazia sucesso no Brasil, com transmissão pela TV aberta e fechada, passando a ser licenciada pela BLG – Brand & Licensing Group. Quem procura os produtos de Charlie e Lola forma um público cativo dos personagens. Além disso, os simpáticos irmãos atraíram ainda mais fãs com a peça Charlie & Lola, que, em 2009, ficou em cartaz em São Paulo, chegou ao Rio de Janeiro este ano e deve percorrer as principais capitais do país no segundo semestre. Tudo isso faz com que a procura só aumente, assim como, a variedade de produtos. É por isso que a agência licenciadora fez impor-

Nascimento: 2007 Público-alvo: Meninos e meninas entre 4 e 7 anos Curiosidades: O melhor amigo de Charlie se chama Marv. E Lola tem um amigo imaginário chamado Soren Lorensen, que sempre está com ela. Está chegando ao Brasil a terceira e inédita temporada da animação e o lançamento de mais dois títulos de DVD. A peça de teatro do Charlie e Lola já foi vista por mais de 90 mil pessoas.

tantes lançamentos no último ano, inclusive para o mercado de papelaria, de brinquedos e de festas. O desafio é fazer com que os itens licenciados continuem agradando ao mesmo público sem cair na mesmice. “O nosso maior diferencial é a qualidade dos detalhes e traços. A licença tem um estilo próprio, com visual inovador, animação 2D e fotocolagem.”, explica Tatiana Lobo, sócia-diretora da BLG, sobre as principais características da licença. Uma prova do sucesso que Charlie e Lola fazem por aqui é que o Brasil é o terceiro país que mais acessa o site original do desenho (www.charlieandlola.com). Por isso, há planos de lançar uma versão da página em português para que as crianças brasileiras possam interagir com os irmãos a qualquer hora. &

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Mercado Global Bolonha é o cenário da Big Buyer 2010 A Itália realiza a feira de negócios mais exclusiva do mercado europeu de papelaria, a Big Buyer. Caracterizada por ser itinerante pelo país e pelas reuniões pré-agendadas entre fornecedores e compradores de todo o mundo, a edição 2010 do evento vai acontecer na cidade de Bolonha, conhecida pela sua famosa Universidade e também por monumentos como a Basílica de São Petrônio e a Torre dos Asinelli. Este ano, a Big Buyer vai acontecer entre os dias 24 e 26 de novembro, no pavilhão 18 do Centro de Exposições Bologna Fiere. Organizada pela Edinova, a feira de 2010 também contará com um número de expositores

Entre os dias 24 e 26 de novembro, o Centro de Exposições Bologna vai receber a Big Buyer 2010.

maior que o do ano passado. “Quase todo o pavilhão já está reservado. É um número impressionante para um evento que só deve ocorrer em novembro”, diz Mariella Nasi Pfeiffer, diretora da Edinova. “Muitos nomes fortes do mercado de papelaria e de escritório devem marcar presença novamente. Tudo isso só confirma a nossa importância para o setor”, conclui a executiva. A Big Buyer 2010 também apresentará uma programação de semi-

nários e palestras voltados para o visitante. No dia 25 de novembro, todos poderão assistir a uma sessão da AIFU (Italian Association of Office Suppliers; em português, Associação Italiana dos Fornecedores de Material de Escritório) que irá mostrar um panorama deste mercado no país. Logo depois, especialistas do instituto GFK vão apresentar uma análise da área de produtos para o volta às aulas. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.edinova.com. &

Paperworld chega ao Oriente Médio Famosa no mundo todo pela beleza natural e também pela grandiosidade dos seus prédios e monumentos, a cidade de Dubai, a mais populosa dos Emirados Árabes Unidos, vai receber, pela primeira vez, uma edição da feira Paperworld, organizada pela Messe Frankfurt. Entre os dias 7 e 9 de março de 2011, no Centro de Exposições e de Convenções Dubai Internacio-

nal, compradores de todo o Oriente Médio vão conhecer as novidades e os lançamentos dos principais fabricantes da região. Os interessados em participar do evento já podem procurar a Câmara Brasil Alemanha (representante da Messe Frankfurt no Brasil) no telefone (11) 5187-5215 ou através do e-mail feiras@ahkbrasil.com. É importante lembrar

que paralelamente à Paperworld Dubai também vai ser realizada a primeira edição da Festivalworld e da Christmasworld no país. &

O Centro de Exposições de Dubai é palco da Paperworld Oriente Médio.

CONEXÃO* ÁFRICA DO SUL A Xerox do país anunciou o investimento de US$ 1 milhão a mais do que ano passado em ações de responsabilidade ambiental. Em parceria com a ONG Nature Conservancy (em português, Conservação da Natureza), a empresa começou, em 2006, um projeto de revitalização

das florestas locais e também de preservação destas. INGLATERRA A Colop lançou durante a Stationery Office and Products Show (em português, Feira de Papelaria e Produtos para Escritório) o Colop Island, uma nova linha de carimbos com as mais diferentes cores.

ESTADOS UNIDOS Apesar de não ter jogado a Copa do Mundo pela seleção inglesa, o craque David Beckham continua superpopular. Prova disso foi a sua escolha para ser o garoto-propaganda da marca de instrumentos de escrita Sharpie em todo território americano. As propagandas começaram a ser vei-

culadas antes mesmo do Mundial de futebol. FRANÇA A indústria de papel Mondi lançou no país a campanha Green Range (em português, Limite Verde) que tem como objetivo aumentar o consumo dos produtos reciclados da empresa.

* Com a colaboração do IS Guide, da OPI (Office Products Industry) e da Ispa (International Stationery Press Association).

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Vitrine Shrek e Fiona estão de volta! A quarta aventura do ogro mais pop do planeta está voltando aos telões neste mês, e os cadernos da Foroni acompanham a novidade. A empresa está lançando uma linha exclusiva de cadernos inspirada no novo filme “Shrek para Sempre”. Os produtos chegam com quatro opções de capa, nas versões universitário, 1/4, brochura e cartografia. (11) 2067-2000. &

Tudo combinando na escola A Ecológica está lançando novos estojos para o público infantil. Eles combinam com os cadernos da marca e trazem estampas dos personagens das linhas Carinho, Ursinhos Smack e Fast Car. Diversidade de modelos que combina com a qualidade típica dos produtos da fabricante. (11) 2185-4999. &

Da filmadora para o Youtube

Moranguinhos em versão super A novidade da Boxgraphia é a caixa escolar Super Moranguinho. O produto é resistente e ideal para organizar o material escolar, coleção de revistas, apostilas, agendas, recortes, etc. O tamanho (38,5 x 27,5 x 16,5) é prático e fácil de transportar, pois possui alças laterais. (11) 4615-1444. &

A nova filmadora da NewLink é ideal para registrar as férias do meio do ano. Disponível nas versões HD e VGA, a grande novidade do produto é a possibilidade de fazer upload dos vídeos direto para o Youtube. Os dois modelos vêm acompanhados de um software específico para essa conexão com o site e também vêm com cabo USB. O visor é de LCD colorido e o design é moderno e portátil, disponível nas cores preta e prata. A versão VGA suporta cartão de memória de até 4GB, e a HD, até 8GB. 08007725015. &

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Sucesso no minivolta às aulas A caneta BIC Velocity Gel é um dos lançamentos da BIC para o volta às aulas do meio do ano escolar. Com corpo retrátil, a novidade está disponível nas cores azul, vermelha e preta e tem grip emborrachado estrategicamente posicionado para não agredir as pontas dos dedos. 0800-7044533. &

No meio do mundo d animal i l Os personagens da Fabric Animals estão voltando aos cadernos da Tilibra na coleção de 2011. Voltados para o público infantojuvenil, os bichinhos estão em estampas fofas e divertidas. Além disso, o produto vem com novas cores, supervibrantes, provenientes de tecidos reaproveitados, reforçando a importância da reciclagem. O miolo também é decorado e acompanha uma folha de adesivos. (14) 3235-4003. &

Amigas para sempre

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Os produtos da linha Tutti Cuti, da Jandaia, prometem conquistar as meninas de todo o país. Os cadernos vêm com dois modelos: o Lite, que tem laminação fosca, espiral metalizado, adesivo com hot stamping e bolsa plástica lilás, e o Plus, também com laminação fosca, verniz com glitter e espiral metalizado. Não é uma graça? (11) 4442-8300. &

Alta tecnologia nas lapiseiras O próximo volta às aulas terá muitas novidades da Faber-Castell. A companhia alemã está lançando linhas com novos formatos, cores e tecnologia avançada, proporcionando alto desempenho e economia. Entre as novidades de lapiseiras, as marcas Grip Matic e Grip Matic Super Metal têm avanço automático da mina, sem a necessidade de acionar o botão. 0800-7017068. &

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Onde Encontrar Entrevistados e anunciantes Accenture do Brasil (11) 5188-3000 www.accenture.com.br

Dermiwil (11) 2797-9797 www.dermiwil.com.br

Acrilex (11) 4397-9255 www.acrilex.com.br

Ebras (15) 3275-7588 www.ebras.com.br

AF International (11) 3621-6800 www.af-net.com Barbarella Papelaria (67) 3481-2292 Bazar Cruzeiro (18) 3581-1257 BIC 0800-7044533 www.bic.com.br BLG Licensing (11) 4195-4749 Boxgraphia (11) 4615-1444 www.boxgraphia.com.br Confetti (11) 5696-3600 www.confetti.com.br Craft & Scrap Brasil (11) 5542-9870 www.scrapbrasil.com.br Cromus (11) 4514-8000 www.cromus.com.br DAC (11) 2404-9000 www.dac.com.br

Ecológica Papéis (11) 2185-4950 www.ecologicapapeis.com.br Estação do Aluno (21) 2424-9817 Faber-Castell 0800-7017099 www.faber-castell.com.br Festcolor (11) 4653-2776 www.festcolor.com.br

Loja e Papelaria Junaísa (84) 3274-2775

Papelaria Máster (62) 3233-7747

Maxprint 0800-7017252 www.maxprint.com.br

Papelaria Recanto (11) 3861-3237

Molin (11) 3311-0661 www.molin.com.br

Pimaco 0800-2826226 www.pimaco.com

Mundo Bizarro (48) 3246-0099 www.mundobizarro.com.br NewLink 0800 772 5015 www.newlink.com.br

Glitter (11) 4186-1034 www.glitter.ind.br

Nobre Papelaria (34) 3255-9009

Interfitas (11) 5565-7515 www.interfitas.com.br

Papelite Livraria e Papelaria (83) 3238-4225

Mix Papelaria (74) 3621-5993

Foroni (11) 2067-2000 www.foroni.com.br

Grupo Bignardi (11) 4442-8300 www.bignardi.com.br

Papelaria Risque e Rabisque (34) 3831-8703

Mercur (51) 3719-9500 www.mercur.com.br

Regina Festas www.reginafestas.com.br Scala Papelaria (18) 3822-6244

Norma 0800-7019410 www.produtosnorma.com.br Papel Craft (21) 2232-1767 www.papelcraft.com.br

Redepel (11) 3473-8330

Sopra Balão (11) 3662-3305 www.soprabalao.com.br Suzano Papel e Celulose 0800-7227008 www.suzano.com.br

Kingston www.kingston.com/brasil

Papel 2 (11) 2615-2786 www.papel2.com.br

Tilibra 0800-120766 www.tilibra.com.br

Livraria Casa do Colegial (83) 3244-9366

Papelaria Global (64) 3651-4288

Vip Varejo (65) 3025-7975

Acrimet – página 5

Jandaia – página 2

Office PaperBrasil Escolar – página 23

Brasil Escolar – página 21

Kreateva – página 25

Ótima Gráfica – página 31

Carbrink – página 33

Licensing Brasil Meeting – página 35

Pimaco – página 44

Dallec – página 29

Ludi – página 17

Reval – página 41

Dello – página 43

Luxor Office – página 19

Visitex – página 11

Gerando Demanda

Mig & Meg – página 27

VMP – página 15

pelo Conhecimento – página 6

Nagem – página 7

Waleu – página 13

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TI para todos Como empresas de qualquer porte podem se beneficiar da competitividade que a tecnologia proporciona. Nos últimos anos, muitos seminários e publicações estão explorando o tema de “cloud computing” no Brasil e no mundo. O tema de processamento em nuvem tem sido amplamente abordado, contando com investimentos expressivos de grandes empresas para desenvolver esta oferta. Nesse cenário, tudo parece muito distante da realidade das médias e, principalmente, das pequenas empresas. As grandes empresas, embora muito engajadas na redução de custos e alinhamento às necessidades de negócios da companhia, possuem equipes de TI altamente competentes e de custos expressivos. Estas mesmas empresas estão sempre acompanhando muito de perto as ações do mercado e, quando necessitam efetuar algum investimento com intuito de desenvolver negócios ou usufruir dos

Entendo que as empresas de pequeno porte ainda precisam se profissionalizar no uso da tecnologia e usufruir dos seus benefícios a custos competitivos

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Artigo

benefícios oriundos de uma otimização tecnológica, o fazem. Mas, e as empresas de pequeno porte? Para elas, investir em TI é uma realidade inalcançável? Vale lembrar que o objetivo de otimizar e racionalizar custo de operação tornando os seus negócios mais competitivos e atraentes para o mercado é uma necessidade de todos os empresários. Levando em conta que, no Brasil, e também no mundo, existe um contingente imenso de pequenas e médias empresas que movimentam a economia, entendo que este ainda é um segmento que precisa se profissionalizar no uso da tecnologia e usufruir dos seus benefícios a custos competitivos. Diante do cenário descrito, a contratação de serviços de TI de alta qualidade técnica a custos competitivos é uma realidade ainda pouco explorada. Mas como isso seria possível? Principalmente quando focamos os aspectos oriundos de infraestrutura de TI, os mesmos são complexos e caros. Investimentos em data center, servidores, storage, links, firewall, IDS/IPS, switches e gestão são significativos e, muitas vezes, complexos para mostrarem o retorno para a empresa. Complementarmente, profissionais para operarem, implantarem e gerirem este universo também demandam um investimento e custo consideráveis. Para resolver este assunto é possível contratar grandes empresas mundiais ou empresas brasileiras que estão realizando de forma muito profissional a custos compe-

titivos o processo de gestão de TI. Dessa forma, as pequenas empresas podem contratar um serviço que englobe todas as suas necessidades pagando única e exclusivamente aquilo que consumir. Podemos, assim, fazer uma analogia com outros serviços que utilizamos em nosso dia a dia, ou seja, ligamos o relógio do consumo e pagamos exclusivamente aquilo que utilizamos. Algumas das principais vantagens para estas ações são: não efetuar investimentos iniciais e descapitalizar a empresa no momento inicial, manter o estado da arte no processo tecnológico sem os custos envolvidos para a sua gestão, possuir um estágio tecnológico para conduzir os seus negócios com as mesmas características das grandes empresas e utilizar tecnologia para viabilizar o desenvolvimento sustentável do foco de negócios da sua companhia. Isto é uma realidade e pode ser imediatamente aplicada, inclusive nas empresas de pequeno e médio porte. Este artigo abordou as pequenas e médias empresas, porque as grandes já utilizam este processo sempre que o mesmo se demonstra efetivo para o seu negócio. Fica então esta leitura como uma reflexão para utilizarmos tecnologia como um serviço com a certeza que esta abordagem já é uma realidade possível, independente do porte da empresa. &

MARCELO PRAUCHNER DUARTE É ESPECIALISTA EM TECNOLOGIA, COM MAIS DE 27 ANOS DE ATUAÇÃO.

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