Em Defesa do Banrisul Público

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100 DIAS DA NOVA DIRETORIA E NADA... O DISCURSO DE CRISE E O DESGOVERNO ESTADUAL Já está na boca do povo a suposta “crise nas contas do estado”, que serve de justificativa para uma série de medidas unilaterais. Como sempre acontece em governos neoliberais - lembre os governos Britto e mais recentemente Yeda- cria-se um clima de incertezas e, por consequência, uma necessidade latente de “enxugar a máquina pública para equilibrar as contas”.

A todo momento somos bombardeados pela imprensa com notícias sobre a má situação financeira do Rio Grande do Sul. Os conceitos de déficit e dívida pública são introduzidos a todo momento para confundir a opinião pública e gerar insatisfação com a inércia do poder executivo diante dos problemas. Com isso surge a “ideia de um milhão de dólares” da mesma imprensa, liderada aqui no Rio Grande do Sul pelo braço gaúcho da Globo, a RBS: “Governador, venda tudo que o Estado puder vender! Privatização é a única solução!”. Colunistas, “cientistas” políticos e “especialistas” atestam a necessidade de privatizar tudo, 24 horas por dia no rádio, jornal, TV e Internet.

ENQUANTO ISSO, NO PALÁCIO PIRATINI... O “Zé que faz (nada)” segue desgovernando, deixando o trabalho sujo nas mãos de quem gosta de fazê-lo e mantendo seu “lombo liso”. Repasses da saúde e educação - dinheiro que vem do governo federal para o estado distribuir aos municípios - são atrasados ou simplesmente cortados, forçando os prefeitos a entrarem na justiça para obter aquilo que é direito garantido pela Constituição. O “efeito dominó” já começou: Redução de leitos no SUS, fechamento de hospitais, precarização nas escolas, congelamento e parcelamento de salários de servidores. Tudo muito bem calculado, fortalecendo o clima de insatisfação geral patrocinado pela mídia.

E COMO TUDO ISSO PODE AFETAR OS BANRISULENSES? Afinal temos plano de saúde, auxílio-educação, vales-refeição e alimentação, entre outros benefícios... A resposta é clara: apesar de o Banrisul ser uma S/A, um banco de mercado que gera lucro e goza de uma ótima saúde financeira, 57% da instituição pertencem ao Rio Grande do Sul. Constituímos um banco público eficiente, com bandeira própria de cartões e uma ampla rede de atendimento. Ou seja, traduzindo em miúdos para o jargão neoliberal: o Banrisul é menina dos olhos de qualquer política de privatização, que já pôs fim a tantas instituições financeiras públicas brasileiras.


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