Olá, me chamo Guilherme, tenho 28 anos, sou formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFRN. Sou de Natal/RN, mas atualmente moro em São Paulo/SP.
Meu interesse pelo curso começou quando eu ainda era criança e passava dias desenhando casas. Em 2016 iniciei meus estudos na Universidade Potiguar, onde cursei ate o 03° ano. Em 2019 ingressei na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde me formei. Nesse meio tempo realizei alguns cursos de extensão, participei de programas de pesquisa e monitoria, estagiei em escritórios na área e participei de concursos estudantis de projeto.
Tenho interesse na área de projeto de arquitetura de pequena e média escala, conforto ambiental e representação arquitetônica. Além do curso, me interesso por fotografia, marcenaria, livros, pedalar, viajar e ir a praia. Algumas vezes me arrisco a desenhar e a tocar ukulele.
Projeto de uma cama para PET desenvolvida em concurso de design de mobiliário
Micro escala
CASA CONTAINER
Projeto residencial desenvolvido em ateliê de projeto do 02° ano Pequena escala
PRÉDIO COMERCIAL
Projeto comercial desenvolvido em ateliê de projeto do 03° ano Média escala
CONJUNTO TERRA
Projeto de um conjunto de usos desenvolvido em concurso de Arquitetura
Média escala
FAB LAB POTENGI
Reuso patrimonial para implantação de um
Fab Lab
Média escala
CAMINHA TENRO
Equipe de projeto: Guilherme Magalhães e Hélio
Takashi (orientador)
Projeto desenvolvido em concurso de design de mobiliário prémio Design Novos Talentos, 2021, promovido pela Tokstok. O concurso pedia que se pensasse um mobiliário contemporâneo, exequivel e que levasse em consideração questões sustentáveis e sua embalagem.
Propor um a caminha para pet vem da idéia de expandir nosso campo de mudança dentro da casa, buscando fugir do óbvio na renovação da mobília, e desenvolvendo um elemento funcional e muitas vezes negligenciado, trazendo design, praticidade, fácil usinagem e uma linguagem contemporânea para a peça.
A caminha se constrói em madeira e tecido, sendo toda a parte estrutural em madeira (pinus natural selado, pinus natural folheado em opções de madeira ou placa de bambu laminada), e a parte da rede em tecido impermeável (AquaBlock ou similar – a escolha do tecido ser impermeável é devido a facilidade de limpeza de pelos e suor do pet).
Apoio principal Travamento lateral Redinha
A facilidade de montagem foi um partido para a peça. A junção da parte estrutural acontece através de encaixes colados, sendo dispensado o uso de parafusos, porcas e ferramentas manuais e elétricas, sendo recomendado apenas o uso de cola branca. A união da redinha com a parte estrutural acontece por uma correia em corda que circunda todo o tecido e agarra na estrutura.
Fixar os travamentos laterais (02) em um dos apoios principais (01)
Fixar o segundo apoio principal (01)
Passar a corda do tecido pela estrutura lateral (02)
A embalagem busca ser mais compacta possível, para facilitar transporte e armazenamento, reduzir custos e geração de resíduos. Pensando na questão ambiental, propõe-se que parte da embalagem se transforme em um pratinho de alimentação descartável para o pet, que pode ser utilizado em viagens por exemplo.
Para ut ilizar o pratinho descartável basta recortar a área destacada na embalagem (01), dobrar nas linhas indicada na aba macho (02 e 03) e em seguida encaixar nas frestas das abas fêmeas (04). Por se tratar de papelão, o pratinho deve ser utilizado apenas com ração seca, e terá uma vida útil mais longa caso não seja exposto a intempéries ou molhado.
CASA CONTAINER
Equipe de projeto: Guilherme Magalhães, Moyses Bruno, Sofia Coura e Felipe Augusto
Ao decorrer dos séculos o coração da casa ou abrigo sempre foi o fogo, seja o fogo figurativo ou o elemento de calor que remetesse a ele. O fogo, com a representação figurativa da cozinha, foi o partido inicial dessa casa - a cozinha foi inserida no centro do lote e ela, junto com as circulações paralelas, articulam a distribuição dos ambientes.
O clima quente e úmido, caracteristico da região, também foi partido para o zoneamento e posteriores
soluções arquitetônicas. O Roteiro Para Construir no Nordeste, do arquiteto Armando de Holanda, foi uma importante ferramenta guia que nos auxiliou a zonear e determinar as relações entre os espaços levando em consideração questões e soluções bioclimáticas, Tomamos como base suas diretrizes: Criar uma sombra, proteger as janelas, abrir as portas, continuar os espaços e viver com a natureza.
Área
Quarto
Cozinha
Quarto
Lavabo
Piscina
Escada
CRIAR UMA SOMBRA
Os blocos do segundo pavimento se organizam como a copa de uma árvore, de modo a criar uma grande sombra permanente em parte da área de estar no primeiro pavimento, e uma sombra projetada no jardim que varia sua posição durante o ano.
Os blocos do térreo se configuram de modo a aproveitar essa sombra.
PROTEGER AS JANELAS
Devido a orientação Leste - Oeste do lote, houve a necessidade de proteger algumas janelas da incidência do sol, para isso utilizamos brises no sol nascente, vegetação de médio porte nas aberturas voltadas para o Oeste e as portas de alguns containers foram preservadas para servirem como guarda sol das aberturas voltadas para o Sul.
ABRIR AS PORTAS e CONTINUAR OS ESPAÇOS
A continuidade espacial surge como uma demanda da arquitetura contemporânea, uma possibilidade da tecnologia da construção atual e uma estratégia ao clima local (quente e úmido). Para isso utilizamos grandes vãos com grandes aberturas que possibilita que os espaços se abram e se configurem de forma continua.
CONVIVER COM A NATUREZA
O pavimento térreo permite o contato mais natural com a natureza por estar no nível do solo e possuir esse caráter mais aberto. Para o segundo pavimento foi possível garantir essa qualidade espacial com o uso de telhado jardim quando possível, e grandes aberturas voltadas para o jardim ao Sul, com menor exposição ao sol.
EDIFÍCIO COMERCIAL
Equipe de projeto: Guilherme Magalhães
O seguinte projeto foi desenvolvido no segundo ateliê do terceiro ano do curso. A proposta é de um edifício comercial de uso genérico inserido em uma área da cidade com coeficiente básico de ocupação.
A proposta buscou fazer um estudo breve, dentro das limitações do semestre, de edifícios comerciais, suas potencialidades de problemas, e buscou remode -
lar a tipologia comum desse uso, afim de proporcionar maior aproveitamento por parte dos usuários de tal edificação. Para isso foi proposto um complexo de blocos verticais já comuns para o uso comercial, porém que se articulam formando terraços, corredores e jardins, possibilitando uma diversidade de espaços de encontros e descompressão no dia a dia.
INSERÇÃO
Partiu-se de um bloco genérico inserido perpendicular a rua que gozasse de toda a área máxima possível de se ocupar.
A primeira proposta foi de rotacionar o bloco de forma que as menores fachadas ficassem voltadas para o Leste e Oeste, e que as aberturas estivessem voltadas para o Sul.
TIPO VERTICAL
Inserido na orientação devida, foi intenção a criação de áreas de encontro e descompressão no edifício que pudessem servir para descaso ou que abarcasse diferentes atividades. Foi observado que a tipologia vertical empurra e concentra esses espaços na base ou topo da edificação, privando os usuários de eventuais ocupações.
TIPO PÁTIO
O pátio foi um dos partidos pensados - inserir esses espaços de encontro e descompressão ao longo das circulações e entre os blocos de um e dois pavimentos. Porém foi observado a criação de uma setorização indesejada, assim usuários de blocos distintos dificilmente se encontrariam de forma espontânea.
TIPO MISTO
A solução final embarcou o uso da tipologia vertical e de pátio, que proporcionou um desenho mais fluido com os espaços de encontro ao longo de todo o blocos, ora ligando eles, ora sendo eles. Tal solução foi cerceada pelos estudos de referência feitos e os partidos estudados dentro da limitação de tempo do semestre.
Esquadria de aluminio e vidro com peças moveis tipo basculante e bandeirola ventilada
Piso flutuante instalado sobre laje maciça
Viga invertida
Jardineira em aço concretada na estrutura
Esquadria de aluminio e vidro com peças moveis tipo basculante e bandeirola ventilada
Freud
Laje nervurada protendida apoiada em viga chata
Pilar de seção circular - observar mudança de seção do pilar nos demais pavimentos
CONJUNTO TERRA
Equipe de projeto: Guilherme Magalhães, Pedro Rafael e Clara Ovídio (orientadora).
O Conjunto Terra foi um projeto desenvolvido para a Bienal José Miguel Aroztegui, um evento internacional de arquitetura bioclimatica. A proposta consiste em um conjunto habitacional, centro educacional e centro esportivo que está inserido na cidade de Sousa no estado da Paraíba do Nordeste brasileiro, desse modo localizado na zona bioclimática 07 - clima quente e seco.
O primeiro passo do projeto foi analisar a carta psicométrica da região, afim de entender o clima e dar uma resposta acertiva no projeto. Apos tal análise, foi observado os costumes, tradições, construções e flora local, e chegou-se ao conceito de Juazeiro, árvore nativa da região que apesar do clima desfavorável, se
mantem frondosa durante todo o ano.
O conceito se traduz nas seguintes diretrizes: uso de vegetação nativa; aproveitamento das águas pluviais para uso posterior; sombreamento das edificações; utilização de técnicas construtivas locais; e, com isso: adaptabilidade para os diferentes momentos do clima na região.
A idéia de projetar um conjunto factível norteou as decisões. Os blocos propostos possuem montagem híbrida, combinando a alta tecnologia e rapidez da estrutura metálica, com o baixo impacto ambiental, oferta de mão de obra e matéria prima local, possibilidade de mutirão e a transferência de conhecimento da maneira vernacular de se construir.
Os blocos de edifícios foram implantados com as menores fachadas na orientação Leste e Oeste. O sistema estrutural e de vedação externa, Taipa de Pilão, surge como uma estratégia climática, por sua alta inércia térmica, e também como uma estratégia social para implantação da proposta, visto que a comunidade local utiliza técnica semelhante, a taipa de mão. Além disso, reafirma toda a simbologia que acompanha o processo da construção pela comunidade.
O uso da taipa possibilita, além de adaptação para o clima quente e seco, redução do uso de cimento na construção e assim da pegada de carbono. A estrutura metálica viabilizou vãos que apenas com a construção tradicional não seria possível. A laje escolhida para todo o projeto foi a cascaje, trata-se de uma laje de concreto que, graças a sua geometria, reduz a necessidade de concreto e aço.
O quintal se faz presente na maioria das casas nordestinas, e optou-se por inseri-lo em cada unidade habitacional, a fim de preservar as atividades praticadas pela população local, além de aproximar o exterior do interior das residências, uma importante demanda da vida pós pandêmica.
O projeto também buscou se apropriar do alpen -
01 Segunda pele em tábuas de madeira;
Caibros para fixação das tábuas;
Pa rede ex ecutada na técnica de taipa de pilão;
L aje ex ecutada na técnica ferrocimento - cascaje;
Peç a em a ço para fixação da viga metálica na parede de taipa;
Viga m etálica perfil I;
dre, outra solução tradicional da região, por meio da extensão da cobertura no sentido norte e sul, a fim de sombrear as esquadrias e fachadas. Foi adotado um sistema de fachada ventilada nas faces Leste e Oeste, para não expô-las diretamente ao sol e possibilitar seu respiro.
O centro educacional conta com 6 salas de aula, biblioteca, área administrativa, banheiros e vestiários, e um refeitório com cozinha. Nesse projeto as estratégias de utilização da taipa e da implantação dos blocos no sentido leste/oeste são novamente utilizadas, a implantação dos blocos forma um pátio que é aproveitado como uma área verde, contribuindo para a gerar um microclima mais agradável devido a umidificação do ar. Os blocos de sala de aula e a biblioteca possuem grandes aberturas sombreadas voltadas para sul, onde
estão os jardins, criando uma relação agradável do interior com o exterior, além disso eles, assim como os pátios, contribuem para a criação do microclima.
A coberta é solta da estrutura, permitindo a exaustão do ar quente, e possui grandes beirais que protegem as paredes e as aberturas da exposição ao sol. O pátio, o refeitório e a biblioteca podem ser convertidas em equipamentos voltados para a comunidade realizar eventos e festejos.
O processo de projeto do centro esportivo incluiu como diretriz, além da busca pelo conforto passivo, atender a necessidade de espaços públicos que permitam o lazer e a prática de atividades físicas ao ar livre, como um meio de proporcionar maior qualidade de vida e segurança na pandemia.
A implantação foi pensada de modo a posicionar a piscina a favor dos ventos predominantes para a umidificação do ar, e as salas fechadas têm vedações de taipa de pilão e teto verde, garantindo uma inércia térmica tanto das paredes quando na coberta, além disso a quadra rebaixada do nível do solo possibilita a captação da água, e sua cobertura projeta sombra a partir das 13h17 no bloco de salas multifunção.
FAB LAB POTENGI
Equipe de projeto: Guilherme Magalhães e Hélio Takashi (orientador)
Durante o avanço dos séculos e o desenvolvimento intensificado pelas revoluções industriais, o homem a todo o tempo se depara como novos meios de produzir e consumir, muitas vezes sem a preocupação com o impacto ambiental. O Fab Lab surge numa universidade como um laboratório que buscava ser palco de invenção e colaboração. Com o passar dos anos ele foi tomando maiores proporções e seus projetos incluíram preocupações com os impactos globais da produção e consumo linear. A economia circular surge nesse contexto como uma alternativa que visa mudar a maneira de
produzir e consumir, a fim de reduzir impactos ambientais.
Dentro dessa preocupação com questões ambientais, o reuso de edificações surge como uma alternativa aos impactos ambientais oriundos do custo ambiental da produção de novas construções. Questões ligadas a intervir no patrimônio arquitetônico surgem como demanda a partir da escolha de intervenção no sítio histórico da cidade de Natal.
Optou-se pela escolha de um edifício que já existia, como intuito de reduzir o impacto ambiental na intervenção para valorizar o que a cidade já possui.
O edifício escolhido está localizado no centro da cidade de Natal/RN, na divisa entre os bairros Rocas e Ribeira. Pelas imagens aéreas feitas ao longo do tempo pode-se observar o longo estado de abandono que se estende por anos no edifício que no início do século XX foi o almoxarifado da oficina de carpintaria da RFFSA.
O processo de desenho foi dividido em três etapas: demolição do que não possui valor patrimonial; demolição do que pode possuir valor histórico para entender a evolução dos usos, mas que não necessariamente possui valor patrimonial; e por último, desenho de uma proposta de adição.
Uma parte do terreno do edifício está desocupado e atualmente murado, foi proposto a demolição do muro e a criação de uma praça pública que pudesse atender a diferentes usos dentro da comunidade.
No térreo foram locados o café, marcenaria, salão de prototipagem, almoxarifado e área administrativa. Esses usos foram escolhidos, pois: o café tem uma relação com a rua e o pedestre independente do funcionamento do FabLab; a marcenaria, salão de prototipagem e almoxarifado possuem maquinários e insumos com grande volume e peso; e a parte administrativa por uma questão de zoneamento. Os materiais utilizados no piso é produto da demolição de algumas
alvenarias internas, numa técnica denominada entulhite, similar ao granilite. A tipologia de duas águas tão importante para a leitura do edifício dentro de sua época foi mantida e valorizada a partir da criação de vazios que abrem a perspectiva para o usuário.
No segundo pavimento foram locados o coworking e o auditório. Esses usos foram escolhidos por sua flexibilidade, facilidade de implantação e por a marcenaria precisar de um uso leve e funcionasse como tampa para isolar acusticamente o ambiente. O material escolhido para essa intervenção foi a madeira usinada por ser um material de contraste com a estrutura que já existe no local, por possuir impacto ambiental negativo, se considerado o crédito de
carbono da madeira e por permitir a criação de formas que entram em contraste com a linearidade do edifício original, possibilitando ao usuário mais leigo fazer a leitura do que é novo e o que é antigo.
A área de marcenaria necessitou de uma estanqueidade devido aos ruídos produzidos pelas máquinas, portanto foi utilizado o sistema “box-in-box”. Já os demais usos no salão de prototipagem foram organizados em módulos de layout e localização flexíveis dentro do salão principal.
A estrutura escolhida para a nova intervenção foi a madeira usinada, devido sua pegada de carbono negativa, diferentes possibilidades de montagem das peças estruturais e contraste visual entre o novo e o antigo.
Apresentação em PDF e volume escrito desse projeto.