Guia da Noite Porto Magazine

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Vida Dupla

O que é podemos esperar de uma noite de Compact Discothèque? Hoje em dia, nas minhas noites Compact Discothèque, costumo tocar música eletrónica dançável com algumas doses de guitarras. Numa fase mais recente tenho tocado no Plano B e no Passos Manuel. Nos seus sets só utiliza CD's. Porquê? Ainda não se rendeu à moda retro do vinil? Acima de tudo, sempre comprei música para ouvir em casa. Os CD’s são, por isso, mais práticos por podermos usufruir deles em todo o lado. Claro que agora há os mp3 e os iPods, e os CD’s começam a ser vistos como “tão-anos-80”. Mas o facto é

Nos últimos dois anos, o Porto tem-me surpreendido bastante com a regularidade com que novos espaços têm aberto na Baixa e nas zonas adjacentes.

que há um mercado maior para CD’s, para além de podermos comprar música na internet – daí nunca ter abandonado as rodelas prateadas e a escolha do nome das minhas noites: Compact Discothèque. Onde se inspira para criar os originais flyers que publicitam as festas Compact Discothèque? Há algum em particular que tenha gostado mais de fazer? Todos os flyers Compact Discothèque são adaptações das múltiplas ferramentas que usamos, ou que usávamos, para comunicar. 16 Guia da Noite Porto magazine

Apropriei-me do universo das artes gráficas e subverti a forma dessas ferramentas à comunicação dos meus eventos. Não há um flyer em particular que tenha gostado mais de fazer. Mesmo aqueles que, isoladamente, não tenham sido tão bem conseguidos têm o seu valor pelo facto de pertencerem a uma coleção, de cerca de 50 flyers, com uma linha condutora coerente. Toca em vários espaços noturnos portuenses e outros ligados às artes. Na sua opinião, como é que está a vida noturna e cultural no Porto? Nos últimos dois anos, o Porto tem-me surpreendido bastante com a regularidade com que novos espaços têm aberto na Baixa e nas zonas adjacentes. O Porto já não se resume às ruas Miguel Bombarda, Galerias de Paris e Passos Manuel, mas sim a uma extensa rede de ruas interligadas entre si: Almada, Picaria, Ceuta, José Falcão, Cândido dos Reis… A vida noturna e cultural do Porto está cada vez mais viva e recomenda-se. Que projetos novos está a preparar? Com Adam Kershaw, coautor de Uma Terra Sem Gente Para Gente Sem Terra, comecei a pesquisa para um novo livro de infografia e visualização de informação sobre uma outra situação política e social. O livro, um pedido da Amnistia Internacional, está previsto ser publicado no segundo semestre de 2011.


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