Guia da Noite Lx Magazine #5

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Tendências » Cultura Urbana » Música » Net » Sabores » Dj’s » Entrevistas

#4 - Outono #5 - ‘08 2009 » Distribuição » Distribuição gratuita gratuita

www.guiadanoite.net

Deolinda » Sai da Casca

Animal Social »

Solange F Xutos »

Conta-me Histórias O melhor da noite na Bica

À boleia com Dj Ride

Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas


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Holofotes »

Começou sorrateira, como quem não quer a coisa, mas em dois tempos pôs famílias inteiras a cantar “Fon Fon Fon” ou o “Fado Toninho”. Deolinda é um fenómeno nacional… prestes a levantar voo e conquistar os palcos europeus Deolinda. De um momento para o outro passou a fazer parte do nosso dia-a-dia. Uma mulher solteira, com “idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece”, que, por detrás dos cortinados do rés-do-chão dos subúrbios onde mora, observa o mundo e nos canta pequenas histórias com enredos que nos são familiares. Deolinda é o seu nome. A não confundir com Ana Bacalhau, trinta anos, cantora de uma banda que gravou um disco, Canção ao Lado, que já é platina e

Deolinda sai da casca vai iniciar uma carreira internacional. Ana Bacalhau é a cara e a voz. Deolinda é um pouco de todos nós, até mesmo dos que são homens. Basta pensar que quem a escreve é Pedro Martins, o guitarrista e autor de todos os temas do álbum. Assim, na Deolinda, os lugares estão atribuídos. Os primos Luís e

Texto» Myriam Zaluar Fotografia» Rita Carmo Ilustração» João Fazenda

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Holofotes

Pedro dedilham as guitarras. Zé Pedro toca contrabaixo e é também o marido da Ana. Curiosamente, se bem que todos já tivessem uma experiência profissional na música, é com uma banda familiar que estão a conhecer um sucesso para eles sem precedentes. “Quando começámos, foi precisamente como um escape”, conta Ana. As bandas em que tocavam – Bicho de 7 Cabeças e Lupanar, – “tinham muitos elementos” e não lhes estavam a proporcionar tudo o que buscavam na música. “Queríamos uma coisa simples, transportável, fácil de colocar em palco”. Quase um prolongamento das jam sessions que os três primos faziam no início dos anos 90 quando a família se reunia. Nessa altura, porém, embora sempre tivessem sido “dados à música portuguesa”, divertiam-se cantando e tocando outras coisas: “Estavam na berra os Pearl Jam, os Nirvana…”. Sonoridades que, tantos anos depois, já nem fazem parte das suas escolhas nem das suas influências. Deolinda vai beber às raízes do fado e da música popular portuguesa, mas também a outras fontes, desde o samba à ranchera mexicana, do jazz ao pop. Amália, Alfredo Marceneiro, António Variações, Zeca Afonso, Sérgio Godinho são alguns dos nomes que vinham nas capas dos vinis dos pais que, em miúdos, os elementos de Deolinda também ouviam, “não por imposição, mas por gosto”. Ana confessa que, em 2006, quando os quatro começaram a fazer pequenas apresentações ao vivo para mostrar aos amigos as primeiras canções de Deolinda, estavam longe de pensar que o projecto resultaria num disco e muito menos que os levaria para fora de portas. Nesta Primavera, a Deolinda vai apresentar-se ao vivo “por essa Europa fora” enquanto Canção ao Lado inicia uma carreira internacional. Mais que apreensão, 2 Guia da Noite Lx magazine

a banda tem “curiosidade de ver como vai ser recebida”, até porque a maior parte do público estrangeiro “não tem acesso directo às histórias”. Este aspecto foi parcialmente contornado: o disco sai no mercado internacional com uma tradução em inglês, da autoria da própria vocalista que contou com a ajuda de uma amiga bilingue, a fim de garantir que as expressões sejam autênticas e continuem a fazer sentido lá fora. “Queríamos que os poemas soassem em inglês”, explica. Consciente de que o universo da Deolinda é muito “nosso” e difícil de transpor para outras realidades, Ana acredita que “muitas das histórias podem ter o seu equivalente lá fora. Devem existir Toninhos em Inglaterra”, exemplifica. “Temos tido sempre estrangeiros a assistir aos concertos e quando lhes explicamos o ‘Movimento Perpétuo Associativo’, muitos deles dizem-nos que no país deles também é assim”. E por falar em “Movimento Perpétuo Associativo”, no Outono passado um grupo de fãs da Deolinda, considerando que esta canção representava na perfeição o espírito lusitano, lançou uma petição na internet para que o tema substituísse “A Portuguesa” como hino nacional. Uma brincadeira que reuniu mais de 2000 assinaturas. A brincar a brincar, a Deolinda vai a caminho da Europa. E a Ana e o Pedro estão a dois passos de largar os empregos – ela é arquivista no Ministério das Finanças, ele engenheiro – para abraçar de vez a música. Os primos Martins já há algum tempo que o fizeram. Pedro tem até um conjunto de canções que deverá constituir o material de partida para o disco que se segue. Uma “continuação muito natural” de Canção ao lado, diz Ana. Nós por cá ficamos à espera.


Holofotes

Deolinda vai beber às raízes do fado e da música popular portuguesa, mas também a outras fontes, desde o samba à ranchera mexicana, do jazz ao pop.

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# 1 Holofotes » Deolinda sai da casca

# 5 Só se vive uma vez » Nervosamente optimista, cerebralmente pessimista

# 8 Radar » Roda-da-vida À conversa com Flak

# 11 Retratos da Noite » Mikas – O homem do leme O melhor da Bica

# 16 Lusofonia » A inquietude criativa de Romi Anauel

# 18 DJ Shot » À boleia com Dj Ride # 22 Zoom » X-Wife Apagão electro-rock

# 24 Livre Trânsito » André Carrilho – Se Da Vinci tivesse internet…

# 28 Pela Estrada Fora » Xutos & Pontapés

# 32 Animal Social » Solange F. A menina exemplar

# 36 Vida Dupla » Pedro Miguel Ramos – Perseguidor de paixões

# 40 Best Of » Restaurantes, bares e discotecas

# 54 Guia » Directório das melhores moradas da noite de Lisboa

# 64 Banda Sonora »

Best Of

Playlist de Tiago Gomes

# 40 Sabores Glamour # 42 Sabores Gourmet # 44 Sabores do Mundo # 46 Noites Trendy # 48 Noites Cool # 50 Noites ao Vivo # 52 Noites de Dança

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Este símbolo significa que podes ler as entrevistas ou artigos na íntegra e interagir com a revista. Voa para www.guiadanoite.net ou envia um e-mail para redaccao@guiadanoite.net Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados.


Só se vive uma vez »

Crónica»

Xana

Nervosamente optimista, cerebralmente pessimista Fotografia» José Nascimento

As coisas são como são. Não há nada a fazer. A razão pela qual nos identificamos com este ou aquele músico, pintor, escritor, actor, realizador não tem explicação.

das sensações, próxima da pulsação rítmica da corrente da vida. Um outro modo do modo habitual do Compreendo e não invejo a tarefa dos pensamento actuar. críticos porque a imparcialidade ou a “Nervosamente optimista, cerebralobjectividade que lhes é exigida será mente pessimista”. Esta é uma expressão sempre uma construção abstracta e de Francis Bacon para a sua pintura e lógica, por vezes correcta e evidente, mas a de outros que admira, por oposição muito distante daquilo que é originário a uma outra (figurativa ou abstracta) na nossa experiência estética. E não se que ele diz não agir directamente sobre trata apenas de uma questão de subo sistema nervoso, o movimento vital, jectividade, mas de um je ne sais quoi, antes salta sobre eles e obriga as obras anterior a qualquer conceptualização a obedecerem a um sistema de regras e

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S贸 se vive uma vez

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Só se vive uma vez

presa é tal que não há frase inteligente ou comportamento intelectual que nos salve da nudez a que somos expostos. Os álbuns seguintes Rid of Me e 4-Trak conceitos pré-estabelecidos, meramente Demos, ambos de 1993, mantêm a mesma cerebrais, construídos consoante as tenpulsação só atenuada, sem desaparecer, dências de cada época. em To Bring You My Love de 1995. Sobre o quadro Pintura de 1946, Bacon Nascida e formada numa região rural, confessa que a sua intenção original era a de PJ Harvey tem a particularidade comum a pintar um pássaro a poisar sobre um campo, alguns artistas, Cézanne por exemplo, que mas o que lhe saiu foi um homem com guarda-chuva. A dada altura sentiu que os traços ganhavam independência, comandavam-lhe Quando ouvi pela primeira vez a mão e tudo o que tinha pré-cono álbum Dry da PJ Harvey em cebido caiu por terra. Como se “eu 1992, senti um arrepio na espinha me tornasse sensação e só alguma e as mãos suaram-me. Fiquei coisa me (nos) acontecesse pela literalmente colada ao sofá. sensação”. Um pelo outro. É no entanto muito difícil compreender quando é que uma pintura, um filme ou uma música tocam é a de saber da força brutal da germinação directamente os nervos. Sente-se, por certo, das coisas. E é sempre disso que se trata. não se compreende. Não se explica a não Mais do que reproduzir ou inventar formas, ser por descrições, por vezes embaraçosas. a arte tenta captar forças. Trazer ao visível Quando ouvi pela primeira vez o álbum o invisível. Como pintar um grito ou fazer Dry da PJ Harvey em 1992, senti um arrepio ouvir o tempo? Ou todas as outras forças na espinha e as mãos suaram-me – o que elementares como a pressão, a inércia, a me acontece raramente. Fiquei literalatracção, a gravidade mente colada ao sofá. Penso que não me PJ Harvey esforça-se por tornar sonoras mexi até à última nota. No dia a seguir dei as forças que o não são e isto toca-nos um jantar para amigos e quis partilhar o nervosamente. meu entusiasmo. O incómodo era visível. Está prevista para 30 de Março a saída de As conversas suspendiam-se, as cadeiras um novo álbum A Woman A Man Walked ouviam-se nos intervalos das poucas palaBy, o segundo que é composto em parceria vras, perguntei se a comida estava boa, com John Parish. A 2 de Maio a Casa da sim, estava, mas a música... Música, no Porto, recebe-os. Retirei o disco, pedi desculpa, estava conNós agradecemos a oportunidade para fusa. Decididamente a PJ Harvey não faz uma vez mais e para sempre experimentar música para jantares, nem para elevadores novas sensações. ou supermercados. Perturba, atinge-nos os nervos, despe-nos a pele. O embate da surGuia da Noite Lx magazine 7


Rod

Radar »

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Texto» C. Sá Fotografia» Pedro Santos

Zoetrope foi o nome que Rui Horta e os Micro Audio Waves escolheram para o espectáculo que elaboraram em conjunto. À conversa com Flak, programador e guitarrista desta banda lisboeta, percebemos porquê.

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da ideia do Edward Muybridge acerca do movimento. Ele foi a primeira pessoa que tentou perceber como é que as nossas retinas recebem a noção de Se pudesses definir o espectáculo em duas movimento e isso teve consequências enormes. Não estava a pensar em fazer ou três frases, como o farias? cinema, como os irmãos Lumière, não era No fundo, é um concerto encenado. O essa a intenção. Muybridge queria perceponto de partida é a música dos Micro ber como é que as coisas funcionavam. Audio Waves, mas toda a envolvente é tão importante como a música – a parte Essa ideia de movimento tem cada vez de vídeo e de multimédia, assim como a maior importância na sociedade. Senencenação e o texto, têm todas a mesma tes muito isso? importância. É isso é que faz a diferença. Tudo na nossa vida é movimento e há cada vez mais. Por exemplo, na música dos Na elaboração do espectáculo houve anos 70 ou 80 havia uma série de coisas por certo a ideia de tentar passar uma que estavam mais ou menos institucionalideterminada mensagem… Não quisemos contar propriamente uma zadas, meia dúzia de bandas que estavam lá em cima. Neste momento está tudo história. O que quisemos foi encontrar um pulverizado. Vais ao My Space e há milhafio condutor para juntar as músicas e os res e milhares de bandas com projectos textos de maneira a formar um contínuo. diferentes. Depois, há pessoas que gostam E, evidentemente, encontrar uma ideia base que juntasse os instrumentais e todos disto e outras que gostam daquilo. Isso tem a ver com o movimento. aqueles textos. E todos gostámos muito


Radar

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No fundo, Zoetrope é um concerto encenado. Parte da música dos Micro Audio Waves, mas o vídeo, a encenação e o texto são igualmente importantes. E isso é que faz a diferença.

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Radar

Vive-se cada vez mais depressa… Exacto. Nos anos 80 nós sabíamos tudo o que aparecia de novo, mas se calhar não tínhamos contacto directo com as coisas. Tínhamos de procurar, importar, etc. Agora, sai uma coisa nova e temos imediatamente acesso a ela na internet. Portanto, as coisas estão muito mais rápidas e ao mesmo tempo muito mais dispersas. Esta aceleração tem também muito a ver com o desenvolvimento tecnológico. Claro, tem tudo a ver com isso. O que evoluiu na música nos últimos tempos foi mais a nível tecnológico. O processamento de som, a maneira como podes trabalhá-lo, a capacidade que tens em descobrir sons novos e reciclá-los – o que antigamente era impossível fazer. A música electrónica está a chegar a cada vez mais gente… Mas, precisamente, é na música electrónica que pode haver uma maior evolução. Porque se tocares com uma guitarra acústica e um contrabaixo e fizeres canções, podes fazer canções diferentes, o que não quer dizer que sejam melhores do que as que eram feitas há trinta ou quarenta anos. Atingiu-se um limite. Podem-se fazer can-

ções que nunca ninguém tenha feito, mas não propriamente que te surpreendam a ponto de alguém dizer “nunca vi nada assim”. Já tanta gente fez tanta coisa… É cada vez mais difícil fazer melodias bonitas ou agradáveis que tragam algo de novo? Podes sempre fazer melodias novas que sejam bonitas ou agradáveis. Dentro do pop clássico, por exemplo, pegas nos discos que foram feitos o ano passado e encontras coisas óptimas. Mas não quer dizer que sejam melhores do que aquilo que o Neil Young fazia há trinta anos. É diferente, apenas. Não é uma evolução, é apenas um caminho diferente. No entanto, na história da música popular, se calhar não há mais de 100 ou 200 músicas que sejam realmente grandes canções. Não deixa de ser pouco… Mas fazer canções é como fazer poemas. Se aparecer um poeta novo não podes dizer que ele é melhor do que um outro que viveu há cinquenta anos, por exemplo. Faz diferente, faz outro poema, mas não podes dizer “agora apareceu um poeta que é muito melhor do que o Fernando Pessoa”. Isso não faz sentido.

zootrópio » roda-da-vida Em 1834, muito antes de ser inventado o cinema, o matemático inglês William Horner criou o Zoetrope (zootrópio, ou roda-da-vida, em português), um aparelho que permitia a visualização de imagens animadas. Um pequeno tambor repleto de frestas que, quando colocado a rodar, transmitia a sensação de que os desenhos inscritos no seu interior estavam em movimento. 10 Guia da Noite Lx magazine


Retratos da Noite »

Mikas o homem do leme Na calçada íngreme e estreita de um dos bairros típicos de Lisboa, nasceu um dos mais agitados pólos nocturnos da capital. As tascas tradicionais deram lugar a modernos bares e o fado foi substituído por outras sonoridades. E tudo isto graças ao atrevimento de um homem. “Não consigo dizer que fui o primeiro. Fui talvez o primeiro de uma nova geração a fazer coisas diferentes aqui na Bica”. Quem o diz é Mikas, o homem que colocou o bairro no mapa da vida nocturna lisboeta. Empreendedor nato, sempre com ideias inovadoras, foi ele quem pôs toda a gente a descer a íngreme calçada para beber uns copos e ouvir boa música. Hoje não há quem não conheça o proprietário do Bicaense. Tudo começou por volta de 1996, com o mítico W.I.P., o 3 em 1 que juntava no mesmo espaço um bar, um cabeleireiro e uma loja

Texto» Patrícia Raimundo

de roupa. Um conceito inédito que inaugurou uma nova era na Bica e marcou toda a movida lisboeta a partir daí. “Quando andávamos à procura de um espaço para abrir o W.I.P., pusemos a hipótese de o fazer no Bairro Alto. Procurámos quase 2 anos e de repente comecei a sentir a necessidade urgente de voltar a fazer coisas fora do circuito”. E assim foi. Mikas repetiu a proeza que já tinha conseguido com projectos como o Atira-te ao Rio – um restaurante no Cais do Ginjal – ou o Bar das Imagens – na Costa do Castelo – que, apesar de estarem fora das rotas nocturnas habituais, foram um estrondoso sucesso. “Continuámos a procurar o sítio, fora do Bairro Alto, e de repente apareceu este espaço na Bica”. A rua era íngreme, pouco frequentada, sem vida. Nada que demovesse Mikas da ideia de aí instalar o revolucionário W.I.P. “Os meus amigos diziam-me que eu estava maluco! Mas quando se fazem as coisas com paixão e entrega, a tendência é para Guia da Noite Lx magazine 11


Retratos da Noite

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Retratos da Noite

que tenham sucesso”. Nada mais acertado. na rua e fizemos projecções de imagens nos A estranheza não durou muito tempo e prédios. Este Santo António techno mexeu rapidamente a Bica começou a encher-se muito com a gente jovem que não queria ir de pessoas ávidas por novidades e lugares às festas tradicionais.” alternativos. Jovens que iam beber um copo O primeiro ano de Techno-Bica foi um e acabavam por sair de lá com um penteado choque. Os moradores não aceitavam que radical e um novo par de jeans importados. as festas populares fossem invadidas por Não tardou muito até que outros seguismúsica electrónica. Nada que o diálogo não sem o exemplo de Mikas: “Muita gente pudesse resolver. “Neste momento o Santo começou a perceber o potencial da Bica e António da Bica é um ícone, uma festa abriu novos bares e lojas aqui”. realmente contemporânea. De uma ponta à Quem ao início não viu com bons olhos este renascer pulsante da Bica foram os vizinhos, habituados às “Os meus amigos diziam-me que tradições fechadas destes bairros eu estava maluco! Mas quando típicos. “Quando abrimos o W.I.P., se fazem as coisas com paixão e as pessoas da Bica chegavam à porta entrega, a tendência é para que e gritavam: ‘mas o que é que é isto?!’. tenham sucesso”. Olhavam, mas não entravam. Os moradores sentiam-se intimidados, até que aos poucos começaram a perceber que não era nada de estranho. outra, a rua fica apinhada de gente. Dá-me Os clientes saíam de lá com cabelos alguma alegria pensar que contribuí de vermelhos e verdes, mas no fundo certa forma para isso”, confessa Mikas. eram pessoas normais”. O formato 3 em 1 do W.I.P. já não existe, Hoje, tradição e modernidade convivem pois a lei não prevê licenciamentos para pacificamente na calçada da Bica. Ao lado este tipo de espaço. Não restou outra hide bares fervilhantes, onde se ouvem as pótese senão fechar as portas ao conceito novas tendências musicais, ainda permade bar/ cabeleireiro/loja de roupa e o W.I.P. nece de boa saúde a Associação Recreativa passou a ser apenas cabeleireiro. Mikas Vai Tu!, um clássico por estas paragens, e o transferiu os copos para a porta em frente, centenário elevador-eléctrico ainda sobe ocupando o espaço da antiga tasca e rese desce, persistente, a rua íngreme. Mas o taurante Bicaense. expoente máximo deste convívio saudável Com uma nova morada, mas com o mesentre o passado e o presente acontece em mo espírito de sempre, este work in proJunho, durante as festas da cidade. “A festa gress iniciado por Mikas continuou a fazer de Santo António só acontecia lá em baixo, da Bica um ponto de referência das noites nas Escadinhas da Bica Grande. Quando lisboetas. Para além de ter descentralizado abrimos o W.I.P. decidimos fazer o nosso a movida nocturna que se concentrava Santo António e chamamos-lhe Technoapenas no Bairro Alto, a Bica tornou-se tamBica. Pusemos o Dj cá fora, servimos copos bém uma espécie de corredor de passagem Guia da Noite Lx magazine 13


Retratos da Noite

EstĂŁo previstas 10 festas para comemorar os 10 anos do Bicaense e, a pedido de inĂşmeros clientes, as famosas noites de jazz estarĂŁo de volta.

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Retratos da Noite

obrigatória para outros pólos nocturnos, como o Cais do Sodré e Santos. Profundo conhecedor da noite alfacinha, Mikas assistiu de perto ao desenvolvimento do Bairro Alto durante os anos 80, ao aparecimento das grandes discotecas e das after-hours e às mutações dos espaços e dos públicos que os frequentam. Por isso, sabe melhor que ninguém que a noite já teve melhores dias. “A noite está com um público completamente novo, com gente muito jovem e outro tipo de vontades. Atingiu-se um ponto de saturação, mas esta crise também vai trazer coisas boas”. Apesar de tudo, Mikas, o homem que faz da qualidade o seu lema de vida, está optimista: “Estamos aqui para fazer a noite, para trazer coisas boas, e eu espero ainda estar aqui por mais algum tempo.”

O ano de 2009 vai ser de grandes novidades com o selo de Mikas, uma vez que este empreendedor acredita que é nos tempos de crise que a criatividade floresce. Estão previstas 10 festas para comemorar os 10 anos do Bicaense e, a pedido de inúmeros clientes, as famosas noites de jazz estarão de volta. Para além disso, “estamos a tentar criar novas dinâmicas, por causa destas mudanças de horários. Queremos criar um cine-clube, com sessões gratuitas de cinema ao final da tarde e vantagens para quem se associar”. Mikas não desvenda tudo, mas deixa algumas pistas no ar: “Este último ano estive um bocadinho desligado do Bicaense, mas vou voltar à carga. Tenho uma necessidade urgente em mim de fazer mais qualquer coisa pela noite”.

O Melhor da Bica Baliza {bar} R. Bica Duarte Belo, 51 A | 21 347 8719 | © 13h/2h; sáb. 18h/2h | - Dom. Bicaense Café {bar} R. da Bica Duarte Belo, 42 | 21 325 7940 | © 20h/2h | - Dom.; 2ª | U Bica-me {café-restaurante} R. da Bica Duarte Belo, 51 | 21 325 7940 | © 2ª a 5ª 12h30/22h; 6ª e Sáb. 12h30/24h | - Dom. | €€ Esquina da Bica {bar} R. da Bica Duarte Belo, 26 | © 22h/2h | - Dom.; 2ª Estrela da Bica {café-restaurante} Tv. do Cabral, 33 | 21 347 3310 | © 11h30/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€ Face Off – makeup /store {caracterização e maquilhagem} R. da Bica Duarte Belo, 12 | 91 9903132 | © 11h/14h;15h/20h | - 2ª manhã

Funicular {bar} R. da Bica Duarte Belo, 44 | © 22h/2h | - Dom. a 4ª | U Pai Tirano {bar} Tv. da Laranjeira, 35 | 21 346 4055 | © 22h/4h | - Dom. Pop up – Chiado’s Artplace {loja de ecodesign, materiais para design e belas-artes} R. da Bica Duarte Belo, 31 | 21 342 0625 | 91 870 7879 | 93 951 0656 | © 2ª a 6ª 11h/20h; Sáb. 11h/16h | - Dom. WIP-Hairport {cabeleireiro} R. da Bica Duarte Belo, 47-49 | 21 346 1486 | © 11h/21h30 | - Dom. * descobre este e outros espaços em www.guiadanoite.net

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Lusofonia »

A inquietude criativa de Romi Anauel

Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Kátia Castelo Branco Make-up» Jorge Serio

É em palco com os Terrakota que Romi transforma toda a energia que a habita numa força criativa sem par. Numa altura em que a banda comemora 10 anos de carreira, a vocalista parte para uma viagem paralela, a solo, mais uma vez em busca das suas raízes. Romi Anauel nasceu em Angola, mas vive em Portugal desde os dois anos. Cresceu afastada das suas raízes, por isso regressar a elas foi uma busca necessária. “Cresces aqui, esqueces um passado e depois há uma altura na vida em que percebes que não pertences a esta cultura. Ninguém me passou as raízes africanas, fui eu que tive de procurá-las porque me faziam falta.” Este reencontro com África, Romi conseguiu-o através da música. Primeiro nos Terrakota e agora a solo. Cantar e festejar um mundo sem fronteiras, com base nos ritmos populares da música africana que se espalhou um pouco por todo o mundo, foi sempre o objectivo maior da banda de Oba Train. Quem a conhece dos explosivos concertos-festa dos Terrakota sabe que energia 16 Guia da Noite Lx magazine

e vivacidade são coisas que não lhe faltam. Em palco, Romi transpira amor pelas raízes, festeja o encontro entre culturas, canta em várias línguas e dialectos e dança como se essa fosse a única forma de estar na vida. A solo explora uma faceta mais sensual e delicada, sem deixar de lado o sentimento quase telúrico e multi-étnico. “O que eu quero é manter o lado orgânico dos Terrakota, acrescentando ingredientes mais modernos.”, explica. O objectivo é fundir estilos: música indiana, africana e flamenca a conviver em harmonia com uma suave componente electrónica ou com uma sonoridade mais nu-jazz. O certo é que todas as direcções vão dar à música de fusão. “Gosto muito de música com raiz, que ultrapasse o cliché, o glamour ou a moda. Então quando são estilos já fundidos, é incrível”.


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Romi Anauel » festeja o encontro entre culturas

Para dar vida à inquietude criativa que a fazia querer lançar-se também a solo, Romi rodeou-se de amigos: David Fonseca, o multi-instrumentista dos Terrakota, Alexandre Cortez (Rádio Macau,

Wordsong) no baixo, Bruno Lobato nos teclados e programações, Thierry Riou no piano e Marc Plannells (Anaidcram) no sitar e guitarra, o que dá um toque oriental a todo este melting pot sonoro.

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DJ Shot »

Dj Ride Estilo de música » turntablism, scratch, música urbana, experimental e electrónica Prémios » 1º lugar no campeonato nacional da ITF (International Turntablism Federation) 2006 3º lugar no campeonato do mundo da ITF 2007 Vencedor do DMC (Disco Mix Club) Supremacy 2008

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À Boleia com Dj Ride Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Raquel Carteiro

Ser Dj não estava nos planos de Ride, mas fazer a sua própria música era um desejo pulsante. Aos 17 anos pôs mãos à obra e com o dinheiro de um emprego de Verão conseguiu fazer o sonho tomar forma. Primeiro um gira-discos, logo a seguir uma mesa de mistura e um bom computador. Os dados estavam lançados. Hoje, com 23 anos, Ride não só faz a sua própria música, como é o duplo campeão nacional de turntablism e um dos maiores impulsionadores desta arte de manipular discos em Portugal. “Normalmente as pessoas começam como Dj’s e a partir daí é que se interessam pelo scratch, mas comigo foi ao contrário. Praticava scratch e produzia música e só mais tarde, por acréscimo, é que comecei a passar som, porque é mais rentável em Portugal.”. Rapidamente começou a participar em vários campeonatos nacionais e internacionais e, em 2006, ganhou as provas nacionais da International Turntablism Federation (ITF), o que o levou ao campeonato do mundo. “Consegui o 3º lugar, então a partir daí as coisas começaram a andar. Surgiu o convite para tocar com o Rocky Marsiano e muitas portas se abriram”. O seu álbum de estreia, Turntable Food (Loop Recordings), foi considerado um dos melhores de


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Dj Ride 2007 e tem-se revelado um bom cartão de visita para tocar noutros países como a Holanda, Inglaterra, Espanha ou Polónia. Também em termos das colaborações com outros músicos Turntable Food deu os seus frutos. Para além de D-Mars, o músico tem tocado ao vivo com projectos como os Micro Audio Waves, The Legendary Tiger Man, Coldfinger, Slimmy, ou, num registo mais jazzy, os Super Truper de André Fernandes. O background musical de Dj Ride vagueia entre o hip-hop, a música negra e o breakbeat, mas não é difícil vê-lo a integrar projectos de electrónica, rock, jazz ou mais experimentais, onde tenta incorporar o scratch. Tocar com bandas é, a par da composição, aquilo que lhe dá mais prazer e os resultados têm sido positivos. “A fusão de estilos e as sinergias entre artistas são a chave para se fazer coisas novas. Em todos os projectos em que me tenho envolvido tento interagir e ter uma abordagem mais musical e fluida possível com os outros músicos”. A verdade é que viver unicamente do scratch em Portugal não é fácil. Há que aliá-lo à produção, tocar com bandas, fazer alguns Dj Sets e outros trabalhos paralelos para se conseguir sobreviver. “Em Portugal não temos uma cultura de scratch e turntablism. Às vezes organizam-se open jams onde se faz scratch livremente, mas,

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tirando isso e os campeonatos, infelizmente não há um movimento. Lá fora, sim, há mesmo muita coisa a acontecer”. Apesar de tudo, está optimista. Os motivos não são poucos, mas há um em especial que promete muita agitação neste panorama quase cinzento do turntablism em Portugal: 180G, o primeiro vinil de scratch português, pensado e produzido por Ride com o apoio da Red Bull Homegroove. “É um grande passo para o scratch nacional, porque até agora ninguém tinha investido numa ferramenta para toda a gente”, explica Ride. O disco, lançado numa série limitada de 300 exemplares, inclui desde notas musicais a sons de rua, passando por faixas instrumentais e batidas rítmicas. Sem dúvida, uma ferramenta de trabalho essencial para Dj’s e produtores que queiram desenvolver trabalhos na área do turntablism, mas não só. Para Ride, “um coleccionador de vinil pode gostar do disco e um Dj pode passar os instrumentais num clube”. Por estas e outras razões, não foi difícil deitar por terra o cepticismo inicial com que alguns olhavam o jovem Ride. Hoje, este Dj e produtor é um dos valores seguros da música urbana e seu trabalho sólido e maduro pô-lo a tocar ao lado de grandes nomes e nas melhores casas, com bandas ou em Dj Sets. Versatilidade é coisa que não lhe falta: “Agora passo alguma electrónica e cruzamentos com house e drum’n’bass, por isso consigo adaptar-me bem a vários sítios. Mas prefiro tocar em lugares mais específicos, como os centros culturais – onde as pessoas já sabem o que vão ver – do que em espaços que estão sempre cheios”.

Fotos: Kenton Thatcher

DJ Shot


www.miopiadesign.com Fotos: Kenton Thatcher

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Zoom »

Apesar de os primeiros singles – “On The Radio” e “Fireworks” – não serem temas muito negros, a verdade é que Are You Ready For The Blackout? respira uma aura mais dark.

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Zoom

X-Wife apagão electro-rock Texto» Patrícia Raimundo Fotografia» Inês D’Orey

Ao terceiro álbum a banda portuense já não tem nada mais a provar. Are You Ready For The Blackout? é a confirmação de que os X-Wife são uma máquina bem oleada que destila electro-rock ao melhor nível. Bastou um EP de apresentação para os X-Wife começarem a ter lugar cativo no airplay das rádios. Estávamos em 2003 e o trio portuense lançava Rockin’ Rio. Na altura o rock electrónico emergia um pouco por todo o lado, e não tardou muito até que Feeding The Machine, o aguardado álbum de estreia, chegasse aos escaparates. Seguiu-se Side Effects, em 2006, a provar que os X-Wife estavam aí para ficar. “O primeiro é o álbum do hype. O segundo é obrigatório e o terceiro é o álbum da confirmação”, brinca João Vieira, a.k.a. Dj Kitten, a voz e a guitarra da banda. Are You Ready For The Blackout? (2008) foi aplaudido pela crítica e recebido de braços abertos pelos fãs. Um disco maduro, dançável q.b, que não desilude os que preferem saborear boas canções fora das pistas. “A ideia era fazer um disco intemporal, que soasse bem”, revela Fernando Sousa.

Neste álbum “as letras são mais sombrias, porque era esse o estado de espírito com que estávamos na altura”, explica João Vieira. Ao vivo, os X-Wife transpiram energia. Fernando Sousa é um baixista agitado, que está em palco de corpo e alma. João Vieira, o fundador do Club Kitten em Londres, movimenta-se com à-vontade num registo já inconfundível. Rui Maia é o discreto homem por detrás das teclas e programações da banda. Elogiada por James Murphy dos LCD Soundsystem, a banda já abriu os concertos de grandes nomes como Liars, Chemical Brothers, Cansei de Ser Sexy ou Arctic Monkeys, atraiu as atenções da imprensa musical fora de portas, tem temas em compilações internacionais e a passar em várias rádios estrangeiras. Mas para a banda ainda há muito a fazer no campo da internacionalização. O segredo parece estar em não ter segredos. Para Vieira e companhia fazer música é deixar as coisas fluírem: “Temos de ser honestos, não nos obrigarmos a fazer aquilo que já se fez no passado, não forçar nada”. Guia da Noite Lx magazine 23


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Se Da Vinci tivesse internet…

Texto» C. Sá

Os cartoons de André Carrilho são publicados no mundo inteiro, nos jornais e revistas mais importantes dos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, etc. Para ele, isso não é suficiente. Agora, tenta estender os tentáculos à internet e ao VJing… Já te deste conta que és um dos melhores do mundo na tua área ou que, no mínimo, estás no grupo da frente da tua geração a nível internacional? Não me dei bem conta, pensar nisso não é algo que ocupe muito o meu tempo. Quero sempre fazer o meu melhor, sei que estou em publicações muito importantes, mas também sei que há sempre espaço para progressão e por isso não me acho no topo de nada. Nos teus últimos trabalhos nota-se que atingiste um estado de quase perfeição. Onde podes ainda melhorar? Quando dominas um estilo e depois passas a fazer sempre igual, isso também é uma fraqueza. E comecei a perceber que um nível superior de arte tem mais a ver 24 Guia da Noite Lx magazine

com a concepção, com uma ideia que tens e com algo que queres transmitir, do que propriamente com a execução técnica…

Tem mais a ver com o conteúdo do que com a forma? Sim. Eu comecei pela forma, pela caricatura, que é um exercício formal acerca de uma cara. Claro que, depois, mesmo os bons caricaturistas acrescentam um conceito que é único. A própria conceptualização do desenho é, se calhar, a maior parte da autoria, porque a técnica pode ser copiada, mas o cérebro é que não. Entretanto tens-te dedicado ao VJing, que te permite um contacto mais físico com os outros. Isso dá-te mais adrenalina? Sou bastante tímido e trabalho sempre isolado. O meu trabalho é que contacta com as pessoas, não sou eu. Essa história do VJing surgiu pela vontade que tinha em explorar uma série de coisas. Por um lado, as novas tecnologias, a adaptação


Livre Tr창nsito

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Livre Trânsito

da ilustração a novos suportes multimédia e, por outro, a possibilidade de ter uma relação próxima com os espectadores, tal como os músicos têm em concerto.

Por outras palavras, estás a dizer que, se a Gioconda, por exemplo, andasse aos saltinhos, teria muito mais piada? E consegues sentir-te realizado no VJing? Não, não. O que estou a dizer é que, se Numa discoteca, as pessoas não estarão o Leonardo Da Vinci tivesse internet, se propriamente concentradas nas imagens calhar a Gioconda andava aos saltinhos. que são projectadas… (risos) Porque não faz sentido utilizares Mas o trabalho que tenho nessa área, uma tecnologia na metade. E dou outro integrado nos Vídeo Jack, é algo mais abran- exemplo: agora tenho um projecto com o gente. Se calhar, essa parte dos bares ou João Paulo Cotrim, a Cristina Sampaio e o discotecas é a mais visível, mas o que nos João Fazenda, que se chama Spam Cartoon. interessa é criar interacções entre imagem, Somos os primeiros mundialmente a fazer som e público. E isso acho que é o futuro… com regularidade cartoons de actualidade A ideia é criar objectos lúdicos para as pesanimados. Fazemos um filme de trinta soas estarem a brincar, a criar coisas, a jogar, segundos por semana e temos actualidade a ouvir música, pintar, criar animações… política. A partir do momento em que tens as revistas e os jornais na net, não é menos “A partir do momento em que tens artístico que se ponha aquilo a as revistas e os jornais na net, não é mexer. Aproveitam-se mais as menos artístico que se ponha aquilo potencialidades do suporte. Se a mexer. Se estou na internet, porque estou na internet, porque heihei-de fazer um desenho parado?” -de fazer um desenho parado? Mas achas que hoje em dia já não fazia sentido alguém estar a perder tempo a fazer uma obra como a Gioconda? Acho que hoje o Leonardo Da Vinci perderia tempo de outra maneira. Ele era um homem extremamente interessado em tecnologia, ciência, anatomia e tudo o mais, por isso sei que se ele tivesse possibilidade técnica de fazer aquilo que nós fazemos hoje, provavelmente não faria a Gioconda, faria outra coisa qualquer…

Há potencial para se generalizar o interesse das pessoas nesse tipo de trabalhos? Acho que há aplicações que se podem massificar. Por exemplo, o i-phone é um suporte que já pode disponibilizar um trabalho como o nosso. A arte também evolui consoante as condicionantes técnicas. Para mim é absurdo que a internet tenha cartoons desenhados. Por exemplo, a New Yorker já percebeu isso e começou a animar os cartoons que tem na revista. São estáticos www.andrecarrilho.com na revista e animados na net. Se a internet www.videojackstudios.com permite som e permite movimento… www.spamcartoon.com 26 Guia da Noite Lx magazine


R ----- rias ---- as livra ------- enda n ------à v ---------101 Noites, Lg. de Stº Antoninho, 3 - 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites Guia da Noite Lx magazine 27


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Xutos & Pontapés

conta-me histórias daquilo que eu não vi À Marta Ferreira

Seleccionámos alguns excertos do texto de Jorge P. Pires e fotos do livro Fotobiografia dos Xutos & Pontapés, editado pela 101 Noites, onde se recordam os ensaios, as gravações, os bastidores, os concertos e os momentos de ócio de uma banda que soube manter-se unida durante trinta anos provando que o rock continua vivo. Tudo começou a 13 de Janeiro de 1979, quando os Xutos se apresentaram pela primeira vez ao vivo na sala dos Alunos de Apolo na comemoração dos “25 Anos do Rock’ n’Roll”. Trinta anos depois a vida malvada continua e a prová-lo está ‘Quem é Quem’, o primeiro single do novo álbum. A distinção natural de ser ‘punk’ “Numa Lisboa assim, meio europeia, meio africana, muito gasta e a precisar de ser permanentemente reinventada como espaço infindo de todo um mundo de aventuras, fazer parte de uma banda era um verdadeiro triunfo da forma sobre a matéria […] A poesia, diga-se em boa verdade, demorou algum tempo a chegar. Primeiro vieram as mensagens directas em frases curtas, os arremedos tímidos dos jogos de palavras – e as palavras significavam todo 28 Guia da Noite Lx magazine

um mar de coisas: ‘Sémen’, ‘Sexo’, ‘G3’. As primeiras posições para acordes básicos, mas praticáveis, o início da divisão do tempo. Depois as primeiras viagens fora da cidade, em grupo, périplos automobilísticos inesquecíveis por parte de quem estava demasiado habituado a andar a pé. A distinção natural de ser ‘punk’, o vómito sonoro que neutralizava todas as ideologias em confronto. A constatação de como isso chocava as pessoas, em especial fora dos muros da cidade”.


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Pela Estrada Fora §2

As canções proibidas “Quando os Xutos gravaram os dois primeiros singles, a euforia mediática e editorial em torno do ‘rock português’ já ia alta. Mas o disco de estreia, com ‘Sémen’ e ‘Quero Mais’, dois temas herdados do período com o Zé Leonel, levou o grupo ao sétimo céu – pelo menos durante um período que se iniciou por altura do Natal e prosseguiu depois ao longo do mais agitado e tortuoso ano de 1982. O segundo single, com ‘Toca e Foge’ e ‘Papá Deixa lá’ saiu em Março, as gravações para o primeiro álbum tiveram lugar em Abril e no início do Verão já os Xutos tinham três canções proibidas nas emissões da muito católica Rádio Renascença.” Prazeres em dias alternados “Circo de Feras foi uma bandeira e um sinal. Era um disco que exibia uma visão extremamente dura e áspera da vida em Lisboa, de que o principal exemplo era ‘Esta Cidade’, com letra de João Gentil […]. Mas ia bastante mais longe. Era uma visão da vida nacional, a dos ‘prazeres em dias alternados’, da TV com ‘produtos embalados que entram em nós bem camuflados’, a vida que o português olhava ‘engasgado, com o novo mundo mesmo ali ao lado’, a vida mesquinha e canina com a qual era preciso romper, pegar na guitarra, fazer-se à estrada, ainda que 30 Guia da Noite Lx magazine

§3 com a certeza final de que a vida ‘é um circo de feras / e os entretantos são as minhas esperas’. ‘Não Sou o Único’, um hino redentor com letra do Zé Pedro, passou a ser o sinal de uma geração desencantada. E o ‘X’ em jeito de graffiti, feito por Marco Sousa Santos, o incontestável logotipo da banda.” O clube de rock Johnny Guitar “Os Xutos fundaram a sua própria editora, a El Tatu, enquanto a Marta, irmã do Kalu, passava a assegurar o management da banda. O Rock Rendez-Vous fechara – dentro em pouco seria finalmente demolido – e então, por desafio do Alex, dos Rádio Macau, o Zé Pedro e ele decidiram associar-se (mais tarde o Kalu viria a entrar para a sociedade) para tomarem um espaço deixado vago junto a Santos e abrir ali aquilo que era preciso ter – um clube de rock. Ficou a chamar-se Johnny Guitar e não demorou muito até ser conhecido como o sítio onde era inevitável encontrar músicos fora de horas.”


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§ 1 João Cabeleira e Zé Pedro nos bastidores do Rock Rendez-Vous durante a gravação do álbum ao vivo 1º de Agosto (1986) § 2 Gui e Zé Pedro em Évora (1986) § 3 Zé Pedro no Rock Rendez-Vous (1983) § 4 Tim com o Disco de Ouro do álbum Circo de Feras no Restelo (1987) § 5 Kalu no ensaio de som em Pizões (1986) § 6 Bastidores do Coliseu dos Recreios depois do concerto (1997) § 7 Tim e Zé Pedro na Maratona de rock promovida pelo jornal Musicalíssimo (1981)

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Fotobiografia Xutos & Pontapés XX anos, pvp: 12€ à venda em www.101noites.com

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Animal Social Âť

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Animal Social

Solange F. A menina exemplar

Texto» Maria João Veloso

improvisava”. Em directo recebia, entre outras propostas, convites para jantar especializando-se em jogo de cintura para recepcionar bocas foleiras. A diplomacia impunha-se mas houve alturas que teve mesmo de dizer: “para não te mandar à merda, vamos pôr no ar um videoclip.” Os assuntos difíceis eram debatidos num tom mais suave e Solange recorda-se de que a sua opinião sobre o aborto mudou depois de um debate em directo. Era contra e passou a ser a favor. Foi a meio de um programa que disse “sim” ao aborto, “desde que aconteça com dignidade e como deve ser”. Para Solange, o segredo da descontracção é encarar os directos como uma conversa de café. Nestas prosas televisivas fartou-se de aprender com as opiniões dos telespectadores e também com as controvérsias que se criavam. “As pessoas partilham coisas, crescem com discussões construtivas”. O improviso, que trouxe do conservatório, estimulou-a bastante a nível intelectual e

É viciada em cursos “do que quer que seja” e desde que assumiu a sua homossexualidade descobriu que se tornou um exemplo para outros que se preparam para sair da casca.

Solange não consegue estar parada e parece que faz o tempo esticar. Integra diariamente o painel da chamada Tertúlia Cor-de-Rosa do programa de Fátima Lopes, frequenta o último ano de psicologia, está a tirar um curso de Dj e outro de psicofarmacologia e ainda gasta as energias que lhe restam em aulas de body pump. Recentemente teve de desistir de um curso de escrita criativa, apenas porque o dia não tem mais de 24 horas. Apesar de andar na casa dos trinta, Solange mantém o ar de miúda rebelde. O cabelo descolorado já passou por diversas tonalidades que os fãs do programa da SIC Radical, Curto Circuito, poderão testemunhar. Em directo, aprendeu a ter resposta pronta na ponta da língua. “Foi uma grande escola. Tinha de lidar com todo o tipo de falhas desde as de micro às de teletexto e

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Animal Social xualidade. Ela assumiu-se sem pensar nas consequências. Depois a novidade caiu que nem uma bomba atingindo proporções gigantescas. Solange desdramatiza: “ao tornar-se público, parece que as pessoas começaram a falar com mais naturalidade sobre o assunto”. Sente que acabou por ser um desbloqueador de conversa, inclusivamente no seio da sua família. “Felizmente nunca fui alvo de preconceitos, nunca tive problemas em ser como sou”, mas ressalva que “tem sempre de existir bom senso. Abstenho-me de fazer coisas que choquem as pessoas, não levanto muitas ondas”. Se, no entanto, receber provocações também não é de se ficar, aprendeu a reagir e questiona com bons modos “Então, Muito emotiva e sincera, não pensou há algum problema?”. Diz duas vezes quando um jornalista sabiamente a apresentadora da nossa praça lhe propôs que que o confronto directo acaba por intimidar as pessoas. assumisse a sua homossexualidade. Quando lhe perguntamos se Ela assumiu-se sem pensar nas lhe parece que a homosseconsequências. xualidade feminina é mais bem vista que a masculina, Solange responde que não é linear, “é uma faca de dois gumes. Desde a Sabe tudo sobre medicamentos, mas defende que isto não é uma fobia, tem a ver antiguidade clássica que a mulher é vista como sexualmente inactiva, e ainda hoje com a vontade de aprender e, sobretudo, a vontade da mulher é constantemente com a curiosidade de saber como as teraignorada pela sociedade”. Nunca ninguém pias e os medicamentos afectam a relação se importou que duas amiguinhas dormisentre psicoterapeuta e paciente. “Não sou sem na mesma cama, já se forem hipocondríaca por ser asmática, mas sei dois rapazes o caso muda de figura. muitas coisas sobre comprimidos. Ando Depois da bomba se ter tornado “pública”, sempre com a farmácia atrás”. Quando acontece alguma coisa a um amigo, acciona a reacção das pessoas, na rua, tem sido bastante positiva. “Há casais homossexuais logo a vestimenta de enfermeira. “Tenham calma que tenho aqui tudo o que precisam”. que se aproximam e que me agradecem e Muito emotiva e sincera, não pensou duas ainda há outros que me contam que vão vezes quando um jornalista da nossa praça arranjar coragem para se assumir perante a família e os amigos.” lhe propôs que assumisse a sua homosseemocional. Em Expressão Dramática fazia jogos em que numa só aula mudava várias vezes de personagem. Tanto podia vestir a pele de um padre, como a de uma prostituta. Nas conversas “televisivas” descobriu que as pessoas precisam de ser ouvidas e para isso é necessário dar espaço. Para conseguir fazê-lo na caixinha mágica é preciso ter muita prática e saber lidar bem com os outros. Daí a paixão pela psicologia: “Quero conciliar a minha vida como apresentadora com um consultório de psicologia. Gostava também de trabalhar numa instituição relacionada com pessoas carenciadas. Sei que este género de consultas é uma exorbitância.”

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Seis grandes escritores emprestam as suas palavras. Seis actores de renome entregam-se de voz e alma. Seis magníficos contos ganham vida.

As boas histórias ficam no ouvido

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Perseguidor de paixões A vida dupla que dá mote a esta conversa desponta a cada frase: estamos diante do comunicador, do sócio-gerente da empresa de comunicação Brand Rouge ou do estratega da marca Amo.te? No Verão de 2001, Pedro Miguel Ramos tinha decidido afastar-se temporariamente da televisão. “Estava cansado do mediatismo e do desgaste de imagem que este provoca”. Tinha já alcançado vários objectivos no meio da comunicação. Não todos. Foi neste contexto que resolveu criar a marca Amo.te. Reuniu numa “cábula” uma série de nomes hipotéticos para baptizar o projecto. “Amo.te foi a palavra escolhida porque percebi que era fortíssima, mas completamente tabu”. O apresentador defende que na época esta forma verbal não era usada de ânimo leve, não fazia parte do léxico comum. Ninguém tinha 36 Guia da Noite Lx magazine

Texto» Maria João Veloso

coragem de fazer declarações de amor, quer casais a celebrar bodas de ouro, quer recém-apaixonados. “Esta palavra pertence-nos, contribuímos para que perdesse a rigidez”, declara com um certo orgulho. Tudo começou com a abertura de um pequeno bar numa aldeia à beira-mar, o primeiríssimo Amo.te Meco. Uma parte do know-how para continuar foi adquirido atrás do balcão, a outra foi através da perseverança de Pedro e o facto de (saber) ser autodidacta. A projecção da empresa deve-se sobretudo ao facto de ter sabido comunicar. Depressa marca se transformou num case study e actualmente tem a seu cargo cinco unidades abertas diariamente em Lisboa e arredores: o Amo.te Meco, Chiado, Tejo, Lisboa e ainda o Cupido Express. Se os quatro primeiros têm dado


Vida Dupla

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Vida Dupla

cartas na área da restauração, o Cupido Express, é um novo conceito de cafetaria, sediado nas lojas Bliss by Singer. Foi tudo construído com muito amor, tendo como mais-valias o facto deste gestor “feito a pulso” ser não apenas um comunicador nato como um apaixonado por moda e respectivos sucedâneos. A sua jornada na comunicação social começa no final da década de 80. Estreia-se na Rádio Onda Livre, passa, como animador, para a Rádio Mais e Rádio Energia. Na TSF torna-se repórter de pista nas áreas de desporto e informação. Já na Mix FM ajuda a criar

Em Janeiro do ano passado, criou a empresa de comunicação Brand Rouge que, além da Amo.te, trabalha a comunicação de outras marcas entre as quais a TMN e a Associação de Valorização do Chiado. Depois do lançamento de três vinhos (branco, tinto e tinto reserva) e de dez papéis de parede absolutamente diferentes – com medidas, cores e design personalizados –, Pedro Miguel Ramos está preparar o lançamento de uma linha de cosmética (sabonetes) tendo como inspiração o conceito Amo.te. Todos estes produtos podem ser encontrados na Store Amo.te sediada no Chiado e vizinha do restaurante com o mesmo nome. A banda sonora que se ouve Pedro Miguel Ramos é um gestor ao longo desta entrevista é “feito a pulso”, autodidacta e um parte integrante do programa homem de paixões. Para além de ser radiofónico Amo.te Rádio o mentor da cadeia Amo.te, tem um que passa nos espaços programa de rádio e é apresentador Amo.te, Rádio Oxigénio (102.6) de televisão. e em 15 rádios locais. Neste programa, Pedro imprime os seus transversais gostos musia estratégia de lançamento da rádio, realicais. De rock a bossa nova com alguma zando uma série de reportagens das quais se incidência na música portuguesa e no destacam os jogos olímpicos de Barcelona e jazz. Dois ícones inesquecíveis? Madonna Expo Sevilha 92. Em televisão estreia-se na e George Michael. A primeira porque tem SIC onde estagia durante dois anos. uma máquina de comunicação brutal, o Para quem não sabe, o estratega da segundo porque soube muito bem gerir a marca Amo.te chegou a frequentar um sua imagem, sobretudo nos primeiros anos curso de estilismo internacional. Assina de carreira. Sempre a actualizar-se também vários projectos de moda. Da sua autoria, em termos musicais, o apresentador não os programas Flash Moda (RTP1) e Alta prescinde de babilónias culturais como Costura em Paris (SIC) são bons exemplos a Fnac ou a especialíssima Flur em Santa disso. Fez ainda uma série de produções Apolónia (ao lado da Bica do Sapato). de moda para o semanário O Independente, Depois de um longo interregno televiescreveu sobre este tema no suplemento sivo, Pedro Miguel Ramos regressa agora Sete, da revista Visão, entre outras à SIC em horário nobre com o programa revistas e jornais. Tá a Gravar. 38 Guia da Noite Lx magazine



Best Of Sabores Glamour

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amo-te lisboa M

{Rossio} Pç. D. Pedro IV - Teatro Nacional D. Maria II | 21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€ Y O novo espaço de restauração do empresário Pedro Miguel Ramos fica situado no Teatro Nacional D. Maria II. Para além de uma sala interior decorada em tons pastéis com um CM toque revivalista, possui igualmente uma simpática esplanada com uma vista privilegiada sobre o Rossio. Ideal para um almoço ligeiro ou para um aperitivo ao final da tarde, MY também pode ser uma boa opção para jantar num ambiente cosmopolita. Lisboa ganha CY assim um novo Amo.te cheio de glamour no coração da cidade.

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{Santos} Lg. Vitorino Damásio 3 | 21 397 3094 | © 12h30/15h; 20h/23h; 5ª a Sáb. até 24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ A típica tasca portuguesa foi o mote de inspiração para a criação do restaurante Cop´3. Ao emblemático balcão de mármore e aos copos de vinho de três dedos vieram juntar-se peças de design contemporâneo que imprimem a este espaço gastronómico um ambiente cosmopolita e moderno. O chefe Nuno Mendes – consagrado Cozinheiro do Ano em 2006 e membro da equipa sénior nas Olimpíadas de Culinária 2008 – elaborou uma ementa saborosa e cuidada que alia os sabores da cozinha tradicional portuguesa à cozinha de autor. Destacam-se os suculentos caracóis da Estremadura com batatinhas novas, o espadarte de Sesimbra em crosta de camarões e coentros com concassé de lulas e as cordonizes no forno com massa de alheira de Mirandela. Tudo regado com uma carta de vinhos a condizer.

Até Es tot tod an Ma Jam

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Até as coisas mais preciosas da vida merecem ser experimentadas. Estimadas. Apreciadas. Os nossos Whiskies Reserva são produzidos com total alheamento ao tempo e aos custos. São triplamente destilados, com todo o cuidado, e envelhecem em cascos de carvalho por longos e longos anos na Destilaria Jameson. Esperamos sinceramente que os valorize. Mas guardá-los? Preferíamos que não o fizesse. Jameson…too special to reserve.

Seja responsável. Beba com moderação.


Best Of Sabores Gourmet bocca {Rato} R. Rodrigo da Fonseca, 87D |21 380 8383 | © 3ª a 5ª 12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e feriados | €€€€ O ambiente cosmopolita e descontraído do Bocca inspira-se na decoração sofisticada, clean e trendy, e numa equipa jovem, mas muito profissional. De dia mais prático e dinâmico, à noite mais intimista e sofisticado, o Bocca apresenta duas cartas diferentes – uma de almoço e outra de jantar. A ementa, da autoria do chefe Alexandre Silva, mistura sabores, aromas e texturas de várias cozinhas do mundo e transporta-nos para paragens exóticas e longínquas. Uma experiência única que deve ser acompanhada por um bom vinho seleccionado entre as 60 referências que constituem a carta de vinhos deste paraíso gastronómico.

el gordo {Bairro Alto} R. da Boaventura, 16 | 21 342 42 66 | © 17h/2h | - 4ª | €€€ Muito famoso há uns anos atrás, o El Gordo mantém a sua decoração mais do que aprazível e algum do primor inicial na confecção das especialidades castelhanas, entre elas os famosos pimentos pádron, os cogumelos salteados, o pata negra, as gambas caramelizadas, o polvo à galega ou o risotto de chocos preto, entre muitas outras sugestões que fizeram o nome desta casa. Num ambiente original e ainda atractivo continua a fazer as delícias dos mais fervorosos “tapistas”.

sommer {Santos} R. da Moeda, 1-K |21 390 5558 | © 2ª a 6ª 12h30/14h30; 2ª a 4ª 20h/24h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€ Decididamente, o Cais do Sodré está a tornar-se um dos pólos nocturnos mais activos da capital. Para além dos inúmeros bares e discotecas, muitos empresários da restauração estão a apostar neste bairro junto ao Tejo. Na mesma rua dos restaurantes La Moneda e Yasmin, abriu um novo espaço cosmopolita e despretencioso. Com uma decoração moderna e minimalista, onde imperam o branco e o laranja, o Sommer optou por uma ementa baseada nos pratos e nos sabores tipicamente portugueses confeccionados de uma maneira mais sofisticada pelo chefe Pedro Sommer Ribeiro.

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Best Of Sabores Sab do Mundo

pois, café {Sé} R. São. João da Praça, 93-95 | 21 886 2497 | © 11h/20h | - 2ª | €€ É crescente o número de estrangeiros que aposta em espaços de restauração ou de lazer nocturno em Lisboa. O Pois, Café é prova disso. Propriedade de duas raparigas austríacas, o nome deste original café surgiu da constatação de que os portugueses repetem constantemente a palavra “pois”. Elegeram um belíssimo espaço junto à Sé e tiraram partido do tecto de pé alto e dos imponentes arcos que o sustentam. Para além dos pratos do dia, servem igualmente tostas, saladas e deliciosas sobremesas tipicamente austríacas. Um espaço cosmopolita para sonhar e viajar através dos livros à mão do freguês. Pois é, uma aliança da cultura e da gastronomia!

flor da laranja {Bairro Alto} R. da Rosa, 206 | 21 342 2996 | © 19h30/23h30 | - Dom. | €€ O Flor da Laranja é um dos restaurantes marroquinos da capital. A sua gerente, a gentil Rabea Esserghini, é uma anfitriã que prima pela simpatia e delicadeza, duas qualidades cada vez mais raras na restauração portuguesa. Com uma ementa e decoração tipicamente magrebinas, este restaurante destaca-se dos seus congéneres pelo bom gosto e requinte. Sem dúvida, um dos mais acolhedores espaços do Bairro.

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Best Of Noites Trendy bicaense {Bica} R. da Bica Duarte Belo, 42 | 21 325 7940 | © 20h/2h | - Dom.; 2ª | U O Bicaense comemora este ano 10 anos de existência e continua a oferecer o ambiente simpático e a programação musical de qualidade com que logo se afirmou, quando Mikas se transferiu do antigo bar-cabeleireiro W.I.P para a porta mesmo em frente. Portanto, a vizinhança continua a mesma e para ali aportar continua-se a descer as íngremes escadas da Bica. E a descida vale mesmo a pena, porque o Bicaense é um dos espaços mais carismáticos da noite de Lisboa. Basta ver como esta tasca dos anos 50 foi (sabiamente) transformada num bar-dançante com muita “onda”.

twin’s lx {Alcântara} R. de Cascais, 57 | 21 361 0310 | © 4ª e 5ª 22h/4h; 6ª e Sáb. 22h/6h | - Dom. a 3ª Inaugurado em Outubro de 2008, o Twins Lx trouxe para a capital um cheirinho das noites portuenses. Para quem não saiba, o Twin’s é uma das casas mais emblemáticas da Invicta e abriu as suas portas no ano da Revolução dos Cravos, em 1974. Instalado no antigo espaço do Café Café do Herman José e do ainda mais conhecido Banana Power, o Twin’s Lx tem uma decoração requintada, com muitos veludos e espelhos, e uma clientela a condizer. São dois pisos com dois andamentos diferentes: um bar onde impera o glamour e uma discoteca onde se pode ouvir música dos anos 80, comercial, revivalista, house e electrónica. As festas são outra das grandes apostas desta nova coqueluche de Lisboa onde se vai para ver e ser visto.

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Best Of Noites Cool maria caxuxa {Bairro Alto} R. da Barroca, 6-12 | © 19h30/2h | - Dom. | U Sem dúvida, um dos bares da moda da noite alfacinha, o Maria Caxuxa é um dos locais mais in de Lisboa. Os seus proprietários conservaram sabiamente as paredes de mármore, a tradicional tijoleira, os fornos a lenha, as máquinas de pastelaria e uma série de móveis antigos em madeira, herança da antiga fábrica de bolos que ali estava instalada. Ou seja, recuperaram a decoração do tempo da Maria Caxuxa e criaram um espaço acolhedor com óptimo ambiente e uma excelente selecção de Dj’s.

armazém f {Cais do Sodré} R. da Cintura do Porto, Arm. 65 | 21 322 0160 | © 6ª a Dom. 19h30/5h | - 2ª | U Mesmo em frente ao Tejo, o Armazém F fica num cais recatado que à noite se torna num dos pólos mais concorridos da zona. Seguindo um conceito multifuncional, este local funciona simultaneamente como restaurante, esplanada, cervejaria e discoteca. De mencionar a cerveja, que poderá tirar directamente de uma torre instalada na mesa onde estiver sentado, servida a dois graus. As mais recentes festas em parceria com a Crew Hassan trouxeram uma lufada de ar fresco com novas caras e novos sons.

purex {Bairro Alto} R. das Salgadeiras, 28 | 21 342 8061 | © 23h/4h | - 2ª |U Um bar-dançante que, apesar das dimensões despretenciosas, veio animar as noites de dança do Bairro Alto. O Purex conquistou de imediato gregos e troianos, homens e mulheres, noctívagos convictos ou meros curiosos. Entre os ingredientes que ajudaram a fazer a casa, destacam-se o cardápio de Dj’s regulares, as festas temáticas e, claro, o ambiente informal cujo lema é “todos diferentes, todos iguais”. Um dos poucos bares gay-friendly da zona onde toda a gente se mistura, dança, conversa e se diverte.

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PARA LÁ DO ÓBVIO


Best Of Noites ao Vivo

hot clube {Av. da Liberdade} Pç. da Alegria, 39 | 21 346 7369 | © 22h/2h | - Dom. e 2ª | U Esta cave histórica, que em 2008 comemorou sessenta anos de existência, continua a oferecer o melhor jazz da capital. Todas as noites esta instituição nocturna do jazz em Lisboa enche-se de fumo e dos muitos fiéis que se distribuem como podem à volta do exíguo palco para ouvirem os sons que aqui imperam. Para além dos concertos, há também com as famosas jam sessions em que participam os professores e alunos (e eventuais outsiders) da Escola do Hot, de onde saem os melhores músicos dentro destas sonoridades.

bartô {Castelo} R. Costa do Castelo, 1-7 | 21 885 550 | © 22h/2h | - 2ª Inserido no complexo da escola de circo Chapitô, o Bartô tem vindo a conquistar novos públicos graças a uma programação regular e muito ecléctica. Da música ao vivo – com destaque para o jazz –, passando por ciclos de cinema, projecções de vídeo, espectáculos de teatro e dança, conferências e debates sobre temas da actualidade, tertúlias, lançamentos de livros, exposições e instalações. Um melting pot cultural num dos bairros mais castiços de Lisboa.

associação bacalhoeiro {Baixa} R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º | 21 886 4891 | © 18h/2h, 6ª e Sáb 20h/4h | - 2ª Graças ao espírito dinâmico e empreendedor dos mentores deste espaço, a Baixa lisboeta entrou no roteiro de muitos noctívagos. Sem fins lucrativos, a Associação Bacalhoeiro aposta numa ementa cultural variada e de qualidade: cinema, concertos, jantares, workshops, exposições, tertúlias, festas, tudo passa por esta casa onde fervilha a criatividade. Para usufruir dos eventos gratuitos é necessário associar-se – o que pode ser feito logo à entrada por 8€. Da vasta programação, destacamos as sessões Filme com Jantar às 3ªs e as tertúlias com petiscos todas as primeiras 4ªs do mês.

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Seja responsável. Beba com moderação


Best Of Noites de Dança

w disco {Alcântara} R. Maria Luísa Olstein, 13 | 21 363 6830 | © 24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª A discoteca baptizada com uma singela letra, a W, continua a dar cartas na noite lisboeta. A recordar os tempos do saudoso Alcântara-mar, as noites de sexta abrem-se às sonoridades mais retro, com s grandes êxitos do pop rock dos anos 70,80 e 90. A quarta-feira é a noite do público feminino por excelência, com as ladies’ nights e ao sábado as batidas do house invadem a pista sempre muito concorrida. Para dançar, e até altas horas.

kapital {24 de Julho} Av. 24 de Julho, 68 | 21 393 2930 | © 5ª a Sáb. e vésp. feriados 23h/6h | - Dom. a 2ª Após um encerramento de dois anos, a Kapital reabriu as portas, com uma nova cara e uma nova decoração onde predominam agora as cores quentes e aconchegantes, para regozijo dos seus muitos fãs. Tranquilizem-se contudo os clientes habituais pois espírito da “velhinha” Kapital mantém-se inalterável: três andares para três andamentos, uma fila gigantesca de “meninos bem arranjados” (condição sine qua non para conseguir entrar), as concorridas varandas com vista para Tejo e os grandes êxitos de música comercial. A grande novidade é o novo e sofisticado equipamento de som e luz que promete conquistar sobretudo os mais jovens amantes de música electrónica. Para alguns um local de culto, para outros um pecado capital. 52 Guia da Noite Lx magazine



Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Restaurantes e Cafés

Piso 0/Lj 1.56 (Campolide) 21 727 1155 | © 12h30/15h; 19h/23h | - Dom. almoço; 2ª | €€€€ | U

1º Maio {Portuguesa} R. da Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342 6840 | © 12h/15h; 19h/23h | - Sáb. jantar; Dom. | €€

BanThai {Tailandesa} R. Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt (Alcântara) 21 362 1184 | © 12h/15h30; 19h30/23h30 | - Dom. | €€€ | U

Afreudite {Internacional} Passeio das Garças, Lt. 439, Lj. 1J (Pq. das Nações) 21 894 0660 | © 20h/24h | - Dom. | €€€

Barra Ibérica {Espanhola} Cç. da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362 6010 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ | U

Alcântara-Café {Internacional} R. Maria Luísa Holstein, 15 (Alcântara) 21 363 7176 | © 20h/1h | €€€€

BBC - Belém Bar Café {Internacional} Av. Brasília, Pavilhão Poente (Belém) 21 362 4232 | © 20h/3h | - Dom. | €€€ | U

Alecrim às Flores {Portuguesa} Tv. do Alecrim, 4 (Cais do Sodré) 21 322 5368 | © 12h30/15h; 19h30/24h | €€ | U Alfândega {Portuguesa} R. da Alfândega, 98 (Baixa) 21 886 1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom. almoço | €€€ | U Ali-à-Papa {Árabe} R. da Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347 41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€ Amo.te Lisboa {Internacional} Pç. D. Pedro IV - Teatro Nacional D. Maria II (Rossio) 21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€ Assuka {Japonesa} R. S. Sebastião, 150 (Pq. Eduardo VII) 21 314 9345 | © 12h/23h | - Dom. | €€€€ Aya {Japonesa} R. Campolide, 531, Galerias Twin Towers, 54 Guia da Noite Lx magazine

Bengal Tandoori {Indiana} R. da Alegria, 23 (Av. da Liberdade) 21 347 9918 | © 12h/15h; 18h/24h | €€ | U Bica do Sapato {Internacional} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Cais da Pedra (Sta Apolónia) 21 881 0320 | © 12h30/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª almoço | €€€€ | U Blues {Internacional} R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 7085 | © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€ |U Bocca {Internacional} R. Rodrigo da Fonseca, 87D (Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª 12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e feriados | €€€€ | U

Bota Alta {Portuguesa} Tv. da Queimada, 37 (Bairro Alto) 21 342 7959 | © 12h/15h;19h/ 22h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€ Brasileira (A) {Café} R. Garrett, 120 (Chiado) 21 346 9541 | © 8h/2h | €€ | U Café Buenos Aires {Argentina} Escadinhas do Duque, 31 B (Av. da Liberdade) 21 342 0739 | © 18h/24h; Sáb. e Dom. 15h/24h | - 2ª | €€ Café In {Portuguesa} Av. Brasília, Pav. Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 12h/24h | €€ | U Café no Chiado {Internacional} Lg. do Picadeiro, 11-12 (Chiado) 21 346 0501 | © 11h/2h | - Dom. | €€ Café Royale {Internacional} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h | €€ Café S. Bento {Portuguesa} R. de S. Bento, 212 (S. Bento) 21 395 2911 | © 18h/2h | - Dom. | €€€ | U Calcutá {Indiana} R. do Norte, 17-19 (Bairro Alto) 21 342 8295 | © 12h/15h; 18h30/23h | - Sáb.; Dom. | €€ Camponesa (A) {Internacional} R. Marechal Saldanha, 23-25 (Bairro Alto) 21 346 4791 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€


Cantinho da Paz {Indiana} R. da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698 | © 12h30/15h; 19h30/23h | Dom. | €€€ Cantinho das Gáveas {Portuguesa} R. das Gáveas, 82 (Bairro Alto) 21 342 6460 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€

20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª | €€€ | U Casanova {Italiana} Cais da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta Apolónia) 21 887 7532 | © 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao almoço | €€€ | U

Come Prima {Italiana} R. do Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 | © 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Comida de Santo {Brasileira} Cç. Engº Miguel Pais, 39 (Príncipe Real) 21 396 3339 | © 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€

Casa da Comida {Internacional} Tv. das Amoreiras, 1 (Rato) 21 388 5376 | © 13h/15h; 20h/24h | - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço | €€€€€ | U

Uma noite com

Casa da Morna {Africana} R. Rodrigues Faria, 21 (Alcântara) 21 364 6399 | © 19h30h/2h | - Dom. | €€

Restaurante: Casanostra

Marina Albuquerque Actriz

Paragens obrigatórias Café: Frutalmeidas Bar: Funicular Discoteca: MusicBox

Casa do Alentejo {Portuguesa} R. das Portas de Stº Antão, 58 (Baixa) 21 340 5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€

Cenoura do Rio {Brasileira} R. da Pimenta, 91 (Pq. das Nações) 21 895 2641 | © 12h/5h | - Dom. | €€€

Casa do Algarve {Internacional} Lg. da Academia de Belas Artes, 14, r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30; 19h/23h30 | - Dom. | €€

Cervejaria da Trindade {Portuguesa} R. Nova da Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342 3506 | © 12h/24h30 | €€€ | U

Casa do Bacalhau (A) {Portuguesa} R. do Grilo, 54 (Beato) 21 862 0000 | © 12h/15; 20/23h | - Dom. | €€ | U Casa México {Mexicana} Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento) 21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h; Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb. 20h/2h | €€€ Casanostra {Italiana} Tv. do Poço da Cidade, 60 (Bairro Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h;

Chá da Lapa {Café} R. do Olival, 8 (Lapa) 21 390 08 88 | © 9h/19h30 Chafariz do Vinho (Enoteca) {Internacional} R. da Mãe d’Água à Pç. da Alegria (Príncipe Real) 21 342 2079 | © 18h/2h | - 2ª | €€ Charcutaria (II) (A) {Portuguesa} R. do Alecrim, 47 A (Bairro Alto) 21 342 3845 | © 12h30/15h30; 19h30/23h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U

Confraria – York House (A) {Internacional} R. das Janelas Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes) 21 396 2435 | © 12h30/16h; 19h30/22h30 | €€€€ Cop’ 3 {Portuguesa} Lg. Vitorino Damásio, 3 (Santos) 21 397 3094 | © 12h30/23h30 | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€ | U DeliDelux {Café} Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 5ª 12h/20h; 6ª 12h/22h; Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h | - 2ª | €€€ Divina Comida {Portuguesa} Lg. de S. Martinho, 6-7 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h/1h | €€ Divina Sedução {Portuguesa} R. Augusto Rosa, 4 (Sé) 21 888 Guia da Noite Lx magazine 55


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

8144 | © 12h/14h30; 19h/22h30 | - 3ª e 4ª ao jantar; Dom.; 2ª | €€€€ Doca do Espanhol {Portuguesa} Galeria do Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17 (Docas) 21 393 2600 | © 12h30/16h; 19h30/24h | - Dom.; 2ª ao jantar | €€€ | U

Esperança {Italiana} R. do Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343 2027 | © 13h/16h; 20h/2h | - 2ª; 3ª ao almoço | €€€

Floresta do Calhariz {Portuguesa} R. Luz Soriano, 7 (Bairro Alto) 21 342 5733 | © 12h/23h | - Dom. | €€ | U

Farah’s Tandoori {Indiana} R. de Santana à Lapa, 73 B (Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€

Fusion Sushi {Japonesa} Lg. de Santos, 5 (Santos) 21 395 5820 | © 12h30/15h; 20h/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao Almoço; Dom. | €€€€

Uma noite com Norton Daiello

Músico Couple Coffee Paragens obrigatórias Esplanada: Solar dos Bicos Restaurante: A Rampa Bar: OndaJazz Discoteca: MusicBox

Dom Pomodoro {Italiana} Doca de Sto Amaro, Arm. 13 (Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h | €€€ | U El Gordo II {Espanhola} Tv. dos Fiéis de Deus, 28 (Bairro Alto) 21 342 6372 | © 17h/2h | - 2ª | €€€ El Último Tango {Argentina} R. Diário de Notícias, 62 (Bairro Alto) 21 342 03 41 | © 19h30/23h | - Dom. | €€€ Eleven {Internacional} R. Marquês da Fronteira (Pq. Eduardo VII) 21 386 21 11 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom.; 2ª | €€€€ Espaço Cabo-Verde {Africana} Tv. do Falá-Só, 9 (Bairro Alto) 21 342 03 33 | © 12h30/15h; 20h/2h | - Dom.; 2ª | €€ 56 Guia da Noite Lx magazine

Faz Figura {Portuguesa} R. do Paraíso, 15 B (Alfama) 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço | €€€ | U Fidalgo {Portuguesa} R. da Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21 342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h | - Dom. | €€€ Flor da Laranja {Marroquina} R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21 342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h | - Dom.; 2ª ao almoço | €€ Flor de Sal {Internacional} Pç. das Flores, 40 (Príncipe Real) 21 397 5065 | © 12h30/23h | - 2ª | €€€€ Flores {Internacional} R. das Flores, 116 (Bairro Alto) 21 340 8252 | © 12h30/15h; 19h30h23h | €€€€

Gambrinus {Portuguesa} R. das Portas de Sto Antão, 23 (Restauradores) 21 342 1466 | © 12h/1h30 | €€€€€ | U Gemelli {Italiana} R. Nova da Piedade, 99 (S. Bento) 21 395 2552 | © 12h30/14h30; 20h/24h | - Dom.; 2ª | €€€€ Haweli Tandoori {Indiana} Tv. do Monte, 14 (Graça) 21 886 7713 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - 3ª | €€ Império dos Sentidos {Internacional} R. da Atalaia, 35 (Bairro Alto) 21 343 1822 | © 20h/2h | - 2ª | €€€ Jardim dos Sentidos {Vegetariana} R. da Mãe d´Água, 3 (Av. da Liberdade) 21 342 3670 | © 12h/15h; 19h/22h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€ | U Kais {Internacional} R. da Cintura - Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 20h/23h30 | - Dom. | €€€€ | U Kê Sushi {Japonesa} R. Vieira da Silva, 56 (Alcântara) 21 396 3903 | © 19h30/23h30; Sáb. e Dom. 12h30/15h; 19h30/23h30 | €€€


La Brasserie de l’Entrecôte {Francesa} R. do Alecrim, 117 (Bairro Alto) 21 347 3616 | © 12h30/15h30; 20h30/24h | €€€

Martinho d’Arcada {Portuguesa} Pç. do Comércio, 3 (Baixa) 21 886 6213 | © 7h/22h | - Dom. | €€€

La Hora Española {Espanhola} Cç. Marquês de Abrantes, 58 (Santos) 21 397 1290 | © 12h/15h;19h/2h | €€€

Mercearia {Portuguesa} R. da Madre, 72 (Madragoa) 21 397 7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h | - Dom. ao almoço; 3ª | €€

La Moneda {Internacional} R. da Moeda, 1C (Santos) 21 390 8012 | © 10h/2h | - Dom. | €€€ | U

Montado {Portuguesa} Cç. Marquês de Abrantes, 40 (Santos) 21 390 9185 | © 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€

La Paparrucha {Argentina} R. D. Pedro V (Príncipe Real) 21 342 5333 | © 12h/15h; 19h30/24h30 | €€€ | U

Nariz de Vinho Tinto {Portuguesa} R. do Conde, 75 (Lapa) 21 395 3035 | © 12h45/15h; 19h45h/23h | Sáb. e Dom. almoço; 2ª | €€€€

Las Brasitas {Argentina} Doca de Sto Amaro, Arm.16 (Alcântara) 21 396 0647 | © 12h/16h; 20h/2h | - 2ª | €€€ | U Luca {Italiana} R. Stª Marta, 35 (Av. da Liberdade) 21 315 0212 | © 12h/15h; 20h/23h | - Sáb. almoço; Dom. | €€€ | U Lucca {Italiana} Trav. Henrique Cardoso, 19-B (Alvalade) 21 797 2687 | © 12h/15h; 19h/1h | - 4ª | €€€ | U Maharaja {Indiana} R. do Cardal a S. José, 21-23 (Av. da Liberdade) 21 346 9300 | © 12h/15h; 19h/23h | - 2ª | €€ Mar Adentro {Internacional} R. do Alecrim, 35 (Cais do Sodré) 21 346 9158 | © 10h/23h; sáb. 14h/24h; Dom. 14h/22h | €€

New Wok {Asiática} R. Capelo, 24 (Chiado) 21 347 7189 | © 12h/15h; 20h/24h | €€€ Noobai Café {Café} Miradouro do Adamastor (Sta Catarina) 21 346 5014 | © 12h/24h | €€ | U Nood {Asiática} Lg. Rafael Bordalo Pinheiro, 20B (Chiado) 21 347 4141 | © 12h/24h | €€€ |U Novo Bonsai {Japonesa} R. da Rosa, 244 (Bairro Alto)

21 346 2515 | © 12h30/14h; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€ Ogâmico {Ligeira} R. Rúben A. Leitão, 2-a (Príncipe Real) 21 017 0018 | © 17h/1h | - Dom. | €€ Olivier {Mediterrânica} R. Teixeira, 35 (Bairro Alto) 21 343 1405 | © 20h/1h | - Dom. | €€€€ | U Olivier Café {Internacional} R. do Alecrim, 23 (Cais do Sodré) 21 342 2916 | © 20h/1h | - Dom. | €€€ | U Omnia {Internacional} Lg. de Santos, 9C (Santos) 21 390 3583 | © 20h/23h; 6ª e Sáb. 20h/24h | - Dom; 2ª | €€€€€ | U Oriente Chiado {Vegetariana} R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530 | © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€ Ozeki {Japonesa} R. Vieira da Silva, 66 (Alcântara) 21 390 8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30 | - Sáb. e Dom. almoço | €€€ Paladar - Cozinha de Mercado {Internacional} Cç. do Duque, 43 A (Bairro Alto) 21 342 3097 | © 19h30/2h | - Dom. | €€€

Uma noite com

Pedro Rolo Duarte Jornalista Paragens obrigatórias Café: Café Royal Restaurante: Bica do Sapato Bar: Hotel Bairro Alto Discoteca: Lux

Guia da Noite Lx magazine 57


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Pap’Açorda {Portuguesa} R. da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto) 21 346 4811 | © 12h/14h30; 20h/23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€ |U Pedro das Arábias {Marroquina} R. da Atalaia, 70 (Bairro Alto) 21 346 8494 | © 19h30/1h | - Dom. | €€ Picanha {Brasileira} R. das Janelas Verdes, 96 (Santos) 21 397 5401 | © 12h/15h; 19h30/24h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€ | U Pitéu (O) {Portuguesa} Lg. da Graça (Graça) 21 887 10 67 | © 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb. ao jantar; Dom. | €€

Restô do Chapitô {Internacional} R. Costa do Castelo, 7 (Castelo) 21 886 7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h; Sáb., Dom. e feriados 12h/2h | €€€ | U Rock’n Sushi {Japonesa} R. Fradesso da Silveira, Bl. C (Alcântara) 21 362 0513 | © 12h/15h; 20h/2h | €€€ Rosa da Rua {Portuguesa} R. da Rosa, 265 (Bairro Alto) 21 343 2195 | © 12h30/15h; 16h30h/24h30 | - 2ª | €€€€ |U Santo António de Alfama {Internacional} Beco de S. Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328 | © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª | €€€ | U

Uma noite com José Gouveia Gerente do W

Paragens obrigatórias Esplanada: Alcantâra-Café Restaurante: Alcantâra-Café Bar: Twins Lx Discoteca: W

Pizzeria Mezzogiorno {Italiana} R. Garrett, 19 (Chiado) 21 342 1500 | © 12h30/15h30; 19h30/24h | - Dom.; 2ª almoço | €€ | U Restaurante Típico Faia {Portuguesa} R. da Barroca, 54 (Bairro Alto) 21 342 67 42 | © 20h/2h | - Dom.| €€€€€

58 Guia da Noite Lx magazine

Senhora Mãe {Internacional} Lg. de São Martinho, 6 (Alfama) 21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | U Sinal Vermelho {Portuguesa} R. das Gáveas, 89 (Bairro Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h; 20h/1h | - Dom. | €€

Snob {Internacional} R. do Século, 178 (Príncipe Real) 21 346 37 23 | © 16h30/3h | €€€ | U Sofisticato {Italiana} R. São João da Mata, 27 (Santos) 21 396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€ Sokuthai {Tailandesa} R. da Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343 2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€ Sommer {Internacional} R. da Moeda, 1-K (Santos) 21 390 5558 | © 20h/24h; 5ª a Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€ Spot Lx {Internacional} Al. dos Oceanos (Pq. das Nações) 21 892 9043 | © 18h/3h | €€€€ Stop do Bairro {Portuguesa} R. Tenente Ferreira Durão, 55 (Campo de Ourique) 21 388 8856 | © 12h/15h30; 19h/23h | - 2ª | €€ | U Sucre {Internacional} R. Sousa Martins, 14 D (Saldanha) 21 314 7252 | © 12h30/15h30; 20h/22h30 | - Dom.; 2ª a 4ª ao jantar | €€€ Sul {Internacional} R. do Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346 2449 | © 12h/15h; 20h/2h | - 2ª | €€€ Sushi Lounge (Estado Líquido) {Japonesa} Lg. de Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022 | © 20h/3h | €€€ Taberna do Chiado {Portuguesa} Cç. Nova de São Francisco, 2A (Chiado) 21 347 4289 | © 12h/23h | €€€ | U


Tamarind {Indiana} R. da Glória, 43 (Baixa) 21 346 6080 | © 2ª a 6ª 11h30/15h; 18h30/23h30: Sáb. e Dom. ao almoço | €€€ Tapadinha (A) {Russa} Cç. da Tapada, 41 A (Alcântara) 21 364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h | - Dom. | €€€ Tavares Rico {Internacional} R. da Misericórdia, 37 (Chiado) 21 342 1112 | © 12h30/14h30; 19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€ Terreiro do Paço {Internacional} Pç. do Comércio (Pç. do Comércio) 21 031 2850 | © 12h30/15h; 20h/23h30 | - Dom. ao jantar | €€€€€ The House of Vodka {Internacional} R. Escola Politécnica, 27 (Príncipe Real) 21 325 9880 | © 19h/4h | - Dom. | €€€ Tibetanos (Os) {Vegetariana} R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314 2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30 | - Dom. | €€€ Tokyo-Lisboa {Japonesa} Cç. do Sacramento, 34-36 (Chiado) 21 346 9308 | © 12h/15h; 19h/23h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€

Tromba Rija {Portuguesa} R. Cintura do Porto de Lisboa, Ed. 254, Arm. 1 (Santos) 21 3971 507 | © 12h30/17h; 20h/24h | - Dom. jantar; 2ª almoço | €€€€ Tsuki {Japonesa} R. Nova de S. Mamede, 18 (Príncipe Real) 21 397 5723 | © 12h/15h ; 20h/02h | - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€ Uai! {Brasileira} Cais das Oficinas, Arm. 114 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 390 0111 | © 13h/15h; 20h/23h | - 3ª e 4ª ao almoço; 2ª | €€€ Varanda da União {Internacional} R. Castilho, 14C, 7º (Pq. Eduardo VII) 21 314 1045 | © 12h/15h30; 19h30/ 23h30 | - Dom. | €€€€ Vela Latina {Internacional} Doca do Bom Sucesso (Belém) 21 301 7118 | © 12h30/15h; 20h/22h30 | - Dom. | €€€€ |U Velha Gruta {Internacional} R. da Horta Seca, 1B (Bairro Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h | - Dom. | €€€ Vertigo Café {Internacional} Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto) 21 343 3112 | © 10h/24h | €€

Toma Lá Dá Cá {Portuguesa} Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h | - Dom. | €€

Viagem de Sabores {Internacional} R. S. João da Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 | © 20h/23h | - Dom. | €€€

Travessa (A) {Belga} Tv. Convento Bernardas, 12 (Santos) 21 394 0800 | © 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb. ao almoço; Dom. | €€€€

XL {Internacional} Cç. da Estrela, 57 (S. Bento) 21 395 6118 | © 20h/24h | - Dom. | €€€€ | U

Yasmin {Internacional} R. da Moeda, 1 A (Santos) 21 393 0074 | © 19h/2h | - Dom. | €€€ | U

Bares e Discotecas Agito R. da Rosa, 261 (Bairro Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h | - 2ª Agra Club R. do Norte, 121 (Bairro Alto) | © 23h/4h | - Dom.; 2ª Água no Bico R. de S. Marçal, 170 (Príncipe Real) 21 347 2830 | © 21h/2h Amo-te Chiado Cç. Nova de S. Francisco, 2 (Chiado) 21 342 0668 | © 10h/2h | - Dom. Amo-te Tejo Av. Brasília, Museu da Electricidade (Belém) 21 363 1646 | © 10h/1h | - 2ª Arcaz Velho Cç. do Forte, 56 (Sta Apolónia) © 18h/2h | - Dom. Arena Lounge Casino de Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote 1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892 9046 | © 15h/3h | U Armazém F R. da Cintura do Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré) 21 322 0160 | © 19h30/5h | - 2ª Artis R. Diário de Notícias, 95-97 (Bairro Alto) 21 342 4795 | © 20h30/4h

Guia da Noite Lx magazine 59


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Associação Bacalhoeiro R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º (Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h, 6ª e Sáb 18h/4h | - 2ª

Bicaense Café R. da Bica Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325 7940 | © 20h/2h | - Dom.; 2ª | U

Baliza R. Bica Duarte Belo, 51 A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h; sáb. 18h/2h | - Dom.

Bico (O) – Gayleria Bar R. de Sta. Catarina, 28 (Bairro Alto) 21 346 1042 | © 19h/2h

Bar 106 R. de S. Marçal, 106 (Príncipe Real) 21 342 7373 | © 21h/2h

British Bar R. Bernardino da Costa, 52 (Cais do Sodré) 21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e Sáb. 8h/2h

Bar BA R. das Flores, 116 (Chiado) 21 340 8252 | © 10h30/1h30 | U Bar das Imagens Cç. Marquês de Tancos, 1 (Castelo) 21 888 4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h | - 2ª Bar do Bairro R. da Rosa, 255 (Bairro Alto) 21 346 0184 | © 23h30/4h | - 2ª | U

Buddha Bar Gare Marítima de Alcântara (Docas) 21 395 0541 | © 21h/4h | - 2ª; 3ª | U Cabaret Maxime Pç. da Alegria, 58 (Av. da Liberdade) 21 346 7090 | © 22h/6h | U Capela R. da Atalaia, 45 (Bairro Alto) 21 347 0072 | © 20h/4h

Uma noite com

Georgiana Leclery Produtora do Rock in Rio Paragens obrigatórias Aperitivo: A Brasileira Jantar: Bonsai Bar: Maria Caxuxa Discoteca: MusicBox

Bar do Rio Arm. A, Porta 7 (Cais do Sodré) 21 347 0970 | © 24h/5h | - Dom. a 4ª Bartô R. Costa do Castelo, 1-7 (Castelo) 21 885 550 | © 22h/2h | - 2ª BedRoom R. do Norte, 86 (Bairro Alto) 21 343 1631 | © 21h/2h | - Dom. a 3ª 60 Guia da Noite Lx magazine

Catacumbas Jazz Bar Tv. Água da Flor, 43 (Bairro Alto) 21 346 3969 | © 22h/4h | - Dom. Chueca R. da Atalaia, 97 (Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h | - Dom.

Cinco Lounge R. Ruben A. Leitão, 17 A (Príncipe Real) 21 342 4033 | © 15h/2h Club Carib R. da Atalaia, 78 (Bairro Alto) 96 110 0942 | © 22h/3h30 Club Souk R. Marechal Saldanha, 6 (Bairro Alto) 21 346 5859 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª Clube da Esquina R. da Barroca, 30 (Bairro Alto) 21 342 7149 | © 21h30/2h Clube Lua Av. Infante D. Henrique, Arm. A-B (Jardim do Tabaco) © 24h/5h | - Dom. a 4ª Cosmos Café Arm. 243, Pavilhão 5 (Docas) 21 397 2747 | © 12h/4h Crew Hassan R. das Portas de Santo Antão, 159 – 1º (Baixa) © 2ª a Sáb. 14h/24h; Dom. 18h/24h | U Dock´s Club R. da Cintura do Porto, 226 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 0856 | © 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª Esquina da Bica Bar R. da Bica de Duarte Belo, 26 (Bica) © 22h/2h | - Dom.; 2ª Estado Líquido Lg. de Santos, 5 (Santos) 21 395 5820 | © 20h/2h | U Etílico R. do Grémio Lusitano, 8 (Bairro Alto) 21 322 5567 | © 22h/4h | - Dom. Europa R. Nova do Carvalho, 28 (Cais do Sodré) © 23h/4h; 6h/10h | 21 342 1848 | U


Fábrica Braço de Prata R. da Fábrica do Material de Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª; 3ª | U Fiéis ao Bairro Tv. da Espera, 42 A (Bairro Alto) © 18h/2h Fiéis aos Copos R. da Barroca, 43 (Bairro Alto) | © 20h/2h Finalmente R. da Palmeira, 38 (Príncipe Real) 21 347 2652 | © 22h/5h | U Fluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 21 395 5957 | © 22h/4h Frágil R. da Atalaia, 126 (Bairro Alto) 21 346 9578 | © 23h30/4h | - Dom.; 2ª | U

In Rio Lounge Av. Brasília, Pavilhão Nascente, 311 (Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h

Le Goût du Vin R. de S. Bento, 107 (São Bento) 21 395 0070 | © 19h/2h | - Sáb.

Incógnito R. Poiais de S. Bento, 37 (Santos) 21 390 8755 | © 23h/4h | - 2ª; 3ª | U

Left Lg. Vitorino Damásio, 3 F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a Dom. 22h/4h | - Dom.| U

Indochina R. Cintura do Porto de Lisboa, 232 Arm. H (Santos) 21 395 5875 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª

Les Mauvais Garçons R. da Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343 3212 | © 12h/1h | U

Jamaica R. Nova do Carvalho, 6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 | © 23h/6h | - Dom. | U Kais R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) © 20h/23h30 | - Dom. | U

Funicular R. da Bica Duarte Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h | - Dom., 2ª a 4ª | U

Kapital Av. 24 de Julho, 68 (24 de Julho) 21 393 2930 | © 5ª a Sáb. e vésp. feriados 23h/6h | - Dom.; 2ª

Galeria Zé dos Bois – ZDB R. da Barroca, 59 (Bairro Alto) 21 343 0205 | © 22h/2h | U

Konvento Pátio do Pinzaleiro, 22-26 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª

Groove Bar R. da Rosa, 148150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb 22h/4h | - Dom. | U

Kremlin R. Escadinhas da Praia, 5 (24 de Julho) 21 395 7101 | © 24h/8h | - Dom.; 2ª a 5ª

Hard Rock Café Av. da Liberdade, 2 (Av. da Liberdade) 21 324 5280 | © 12h/24h; 6ª e Sáb. 12h/2h Hennessy’s Irish Pub R. do Cais do Sodré, 32-38 (Cais do Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h; 6ª e Sáb. 12h/3h Hot Clube Pç. da Alegria, 39 (Av. da Liberdade) 21 346 7369 | © 22h/2h | - Dom.; 2ª | U

L Gare R. da Rosa 136 (Bairro Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª

Livraria Trama R. São Filipe Nery, 25B (Rato) 21 388 8257 | © 10h/19h30; 5ª e 6ª até 24h | - Dom. Loft R. do Instituto Industrial, 6 (Santos) 21 396 4841 | © 24h/6h | - Dom. a 4ª Lounge Bar R. da Moeda, 1 (Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h; 6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | ) Lux-Frágil Av. Infante D. Henrique, Arm. A (Stª Apolónia) 21 882 0890 | © 18h/6h | - Dom.; 2ª | ) Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h |U Maria Caxuxa R. da Barroca, 6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h | - Dom. | U

Uma noite com Patrick Mille Actor

Paragens obrigatórias Esplanada: Brasileira Restaurante: 1º de Maio Bar: Majong Discoteca: MusicBox

Guia da Noite Lx magazine 61


Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Uma noite com Patrícia Brito Jornalista

Paragens obrigatórias Esplanada: Museu Arte Antiga Restaurante: Come Prima Bar: Purex Discoteca: Lux

Maria Lisboa R. das Fontainhas, 86 (Alcântara) 21 362 2560 | © 6ª e vésp. feriados 23h30/6h | - Dom. a 5ª Mexecafé R. Trombeta, 4 (Bairro Alto) 21 347 4910 | © 22h/4h | U

Purex R. das Salgadeiras, 28 (Bairro Alto) 21 342 8061 | © 23h/4h | - 2ª | U Rock in Chiado Café R. Paiva Andrade, 7 (Chiado) 21 346 4859 | © 11/3h | - Dom. | U Santiago Alquimista R. de Santiago, 19 (Castelo) 21 888 4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | U

19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h | - Dom.; 2ª

Século (O) R. de O Século, 78 (Bairro Alto) 21 323 4755 | © 9h/2h | - Dom.

Op Art Café | Doca de St. Amaro (Docas) 21 395 6787 | © 15h/2h; 6ª 15h/7h; Sáb. 13h/7h | - 2ª | U

Sétimo Céu Tv. da Espera, 54 (Bairro Alto) 21 346 6471 | © 22h/2h Silk R. da Misericórdia, 14 - 6º andar (Bairro Alto) © 22h30/4h | - Dom.; 2ª

Mezcal Tv. Água da Flor, 20 (Bairro Alto) 21 343 1863 | © 21h30/4h | U

Paradise Garage R. João de Oliveira Miguéns, 38-48 (Alcântara) 21 790 4080 | © 24h/6h | - 2ª a 4ª

Mini-Mercado Av. D. Carlos I, 67 (Santos) 96 045 1198 | © 22h/4h | - Dom.; 2ª | U

Pavilhão Chinês R. D. Pedro V, 89 (Príncipe Real) 21 342 4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h | U

Mood Lg. Trindade Coelho, 2223 (Bairro Alto) 21 342 4802 | © 22h30/4h | - Dom.; 2ª

Pedra Pura R. da Pimenta (Pq. das Nações) 21 892 2201 | © 23h/5h | - Dom.; 2ª, 3ª e 5ª

Skones R. da Cintura – Cais da Viscondessa (Rocha Conde d’Óbidos) 21 393 2930 | © 23h/5h | - Dom.; 2ª

MusicBox R. Nova de Carvalho, 24 (Cais do Sodré) 21 347 3188 | © 23h/6h | - Dom. a 3ª | U

Plateau R. Escadinhas da Praia, 7 (24 de Julho) 21 396 5116 | © 22h/6h | - Dom.; 2ª, 4ª

Snob R. do Século, 178 (Príncipe Real) 21 346 3723 | © 16h30/3h | U

Napron R. da Barroca, 111 (Bairro Alto) © 22h/4h | - Dom.; 2ª

Porão de Santos Lg. de Santos, 1 (Santos) 21 396 5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h | - Dom.

O’Gillins Irish Bar R. dos Remolares, 8 (Cais do Sodré) 21 342 1899 | © 11h/2h30 OndaJazz Arco de Jesus, 7 (Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª

62 Guia da Noite Lx magazine

Portas Largas R. da Atalaia, 105 (Bairro Alto) 21 346 6379 | © 20h/3h30 Project Bar Av. Dom Carlos I, nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337

Sítio do Cefalópode Lg. do Contador-Mor (Castelo) 21 888 0440 | © 22h/2h | - Dom.

Solar do Vinho do Porto R. S..Pedro de Alcântara, 45 (Alcântara) 21 347 5707 | © 14h/24h | - Dom. Speakeasy Cais das Oficinas, Arm. 115 (Rocha Conde d’Óbidos) 21 396 4257 | © 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h | - Dom. | U


Uma noite com Fred

Músico Buraka Som Sistema/Rádio Macau Paragens obrigatórias Café: Pastelaria do Restelo Restaurante: PSI Bar: MusicBox

Tasca do Chico R. Diário de Notícias, 39 (Bairro Alto) © 12h/4h Tejo Bar Beco do Vigário, 1 (Alfama) © 22h/2h Terraço (O) Cç. Marquês de Tancos, 3 (Castelo) | © 12h/21h Tertúlia R. Diário de Notícias, 60 (Bairro Alto) 21 346 2704 | © 20h30/4h | - Dom. Tokyo R. Nova do Carvalho, 12 (Cais do Sodré) 21 342 1419 | © 23h/4h | - Dom. | U Trumps R. da Imprensa Nacional, 104 B (Príncipe Real) 21 397 1059 | © 6ª, Sáb. e

vésp. feriados das 23h45/6h | - 2ª a 5ª Tuatara R. do Centro Cultural, 27 (Alvalade) 21 849 8953 | © 10h/7h | - Dom. Twin’s Lx R. de Cascais, 57 (Alcântara) 21 361 0310 | © 4ª e 5ª 22h/4h; 6ª e Sáb. 22h/6h | - Dom. a 3ª

Xafarix R. D. Carlos I, 69 (Santos) 21 396 9487 | © 22h30/4h | - Dom. Xannax Club R. do Século, 138 (Bairro Alto) 96 940 7730 | © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª; 3ª | U Estes e muitos outros restaurantes e bares de todo o país em www.guiadanoite.net © Horário - Dias de encerramento U Fumadores ou área específica € até 10 euros €€ de 10 a 15 euros €€€ de 15 a 25 euros €€€€ de 25 a 45 euros €€€€€ acima de 45 euros

Void Club R. Cintura do Porto, Arm. H, Naves A-B (Rocha Conde d’Óbidos) 21 395 5870 | © 23h/6h | - Dom.; 2ª | U W Disco R. Maria Luísa Olstein, 13 (Alcântara) 21 363 6830 | © 24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª

Directora editorial Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redacção C. Sá, Fernanda Borba, Maria João Veloso, Myriam Zaluar, Patrícia Raimundo, Sandra Silva, Xana | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Corinne Riou, Inês D’Orey, José Nascimento, Margarida Lopes, Kátia Castelo Branco, Pedro Santos, Raquel Carteiro, Rita Carmo | Fotografia da capa Inês Sena | Ilustração João Fazenda | Impressão Sogapal | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral

Contacta-nos! redaccao@guiadanoite.net | publicidade@guiadanoite.net 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | 101noites@101noites.com | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites www.guiadanoite.net

Guia da Noite Lx magazine 63


Banda Sonora »

Playlist Tiago Gomes de

Muitos o conhecem como editor da Bíblia, uma revista dedicada à divulgação de trabalhos artísticos de carácter experimental. O que poucos sabem é que também foi um dos fundadores da ZDB, assinou várias letras de bandas, como os Naifa, escreve poesia, colaborou na rádio Voxx e é mentor de vários projectos musicais. No mais recente, uma homenagem a Jack Kerouac, Tiago lê excertos de On The Road acompanhado pela inconfundível guitarra de Tó Trips. Ainda tem tempo para vestir a pele de Dj Vaipes e dar-nos a conhecer algumas pérolas musicais. Eis a sua playlist exclusiva para o Guia da Noite:

64 Guia da Noite Lx magazine

Tó Trips e Tiago Gomes » Panoramic Emotions MGMT » Time to Pretend Horrors » Count in Fives Franz Ferdinand » Ulysses Cage the Elephant » Ain’t No Rest for The Wicked A Naifa » Rapaz a Arder Bunnyranch » Inside my Head Metric » Monster Hospital The Zutons » Valerie Friendly Fires » Paris


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