3 minute read

Thoughts on Landscape Restoration

32

Most landscape restoration projects with which I’m familiar involve ecologists. Their objective is to return a scene to its natural or at least pre-settlement state – to reinstate species, to restore lost processes, to remove noxious invasives. The CANARY IN THE MINE project proposes something very different. It seeks to restore a built environment, much as might restore a heritage building, but one built out of natural materials such as trees, shrubs, grazers, water, and fire. It seeks to keep the original structure but update its materials and outfit it with more modern furnishings.

This makes sense in Europe, and especially in fire-prone landscapes like Portugal’s. A basic matrix of fields, pastures, orchards, and villages has been present since at least Roman times. Close cultivation, assisted by small fires, kept both wild nature and wild fires at bay. Historically, large fires followed breakdowns in the social order caused by plagues, wars, and famines. More recently, the induction of Portugal into the EU and a modern economy has prompted a more benign breakdown characterized by land abandonment. This, plus climate change, has encouraged horrendous fires. Efforts to suppress the problem through aggressive firefighting, assisted by science and technology, have failed, and in fact, have made the scene worse.

Restoring the basics of the ancient matrix would go a long way toward dampening the cycle of conflagrations. It could also express social solidarity, remind citizens of their cultural heritage, and offer employment in ways that can complement (not compete with) modern economies. Such landscapes could be visited by tourists, much as they might visit museums, for the sculpted land is a work of artifice, and often of art.

Thanks for the opportunity to learn how landscape architecture and design can assist in coping with the land use component of our era of feral flames.

Reflexões sobre a Reabilitação da Paisagem

A maioria dos projetos de reabilitação de paisagens com os quais estou familiarizado envolve ecologistas. Seu objetivo é repor uma “cena” no seu estado natural ou, pelo menos, pré-povoamento - para restabelecer espécies, para restaurar processos perdidos, para remover invasoras nocivas, etc. O projeto CANARY IN THE MINE propõe algo muito diferente. Ele busca restaurar um ambiente construído, da mesma forma que restauraria um edifício histórico, mas construído com materiais naturais, como árvores, arbustos, pastos, água e fogo. Ele busca manter a estrutura original, mas atualizá-la com materiais e tecnologias mais modernas.

Isso faz sentido na Europa e especialmente em paisagens propensas a fogos como as de Portugal. Uma matriz básica de campos, pastagens, pomares, e aldeias está presente pelo menos desde os tempos romanos. O cultivo adjacente às aldeias, assistido por pequenos fogos, mantiveram a natureza selvagem e os incêndios longe das populações. Historicamente, grandes incêndios seguiram-se a ruturas de ordem social causadas por pragas, guerras e fomes. Mais recentemente, a entrada de Portugal na UE e uma economia moderna levou a um colapso mais benigno caracterizado pelo abandono de terras. Isso, mais a mudança climática, promoveu a ocorrência de incêndios horrendos. Os esforços para suprimir o problema por meio do combate agressivo a incêndios, com o auxílio da ciência e da tecnologia, fracassaram e, de fato, pioraram estes cenários.

Reabilitar princípios básicos da matriz antiga ajudaria muito a diminuir o ciclo de conflagrações. Também poderia expressar solidariedade social, lembrar aos cidadãos da sua herança cultural, e oferecer empregos de forma a complementar (não competir com) as economias modernas. Essas paisagens poderiam ser visitadas por turistas, da mesma forma que eles visitam museus, pois a terra esculpida é uma obra de artifício e, frequentemente, de arte.