Brasil em Código - 3ª edição

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TENDÊNCIA

“A proposta é oferecer uma opção diferenciada ao público dos shopping centers e, com isso, proporcionar saúde e equilíbrio alimentar ao cliente ” Luis Felipe Campos, da Selleti

ainda uma tabela nutricional disponível a todos os clientes. Assim, eles podem fazer as combinações que preferirem, sabendo exatamente o que vão consumir – seja com mais proteína, fibras ou, ainda, uma refeição com menos calorias. A rede estima fechar o ano de 2011 com cerca de 30 lojas e gerar receita na ordem de R$ 20 milhões. Para 2012, projeta crescimento de 50%, chegando a 45 lojas contratadas. E a expectativa é atingir 150 lojas em todo o País até 2020. “Com o aumento da rede, os investimentos serão intensificados nas áreas de gestão e comunicação com o objetivo de dar suporte à expansão.” FAST-FOOD SAUDÁVEL A novidade do universo fast-food é o Verdano, que se autodenomina uma rede de ‘fresh food’. A primeira loja foi inaugurada em agosto de 2011 no Rio de Janeiro pelo Mundo Verde, marca que chancela o projeto. No restaurante, o consumidor encontra saladas, empadões, sanduíches frios e quentes, sopas, sucos orgânicos e integrais, chás, smoothies e sobremesas. Cada produto é identificado com um ícone que indica se ele não contém açúcar, conservante, lactose ou glúten e se é rico em fibras. São 180 itens e a ideia é que o cliente faça a refeição no local. O combinado formado por uma bebida orgânica ou integral, uma salada (que pode ser customizada) e uma sobremesa, cujo valor gira em torno de R$ 19, é o campeão em volume de vendas. Em segundo lugar aparecem os sanduíches. “A venda acontece em menos tempo que a de um fast-food convencional”, garante Bocayuva, CEO do Mundo Verde. A aposta da companhia remonta a uma pesquisa feita em 2009, com 2.700 pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. “Aproveitamos o

estudo para validar algumas questões e dúvidas que tínhamos, mas ali vimos um nicho, uma grande oportunidade de oferecer alimentação fora do lar, no café da manhã, no almoço e no jantar”, conta Bocayuva. Após identificar que as pessoas estão cada vez mais comendo fora de casa e que sentem falta de uma alternativa saudável de alimentação rápida e gostosa, o Mundo Verde decidiu investir. “Foram 18 meses de pesquisa e elaboração do cardápio até abrirmos a primeira loja”, detalha. A ideia é oferecer algo ágil e prático, e vai ao encontro do conceito de “pegar e levar” bem difundido nos Estados Unidos e na Europa. Além disso, há também a possibilidade de customizar o prato. “O ‘pegar e levar’ é algo diferente para o brasileiro, que é mais desconfiado. Por isso a importância de ter uma operação híbrida”, explica. Consumidores das classes A, B e C frequentam o Verdano. Porém o executivo nota que boa parte da classe média ainda não adere à proposta de alimentação saudável, apesar de o restaurante praticar preços de

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