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Jornal de Moema
Gazeta de Santo Amaro Ano 22 - Edição 1039
Gazeta do Brooklin & Campo Belo
São Paulo, 19 a 25 de Março de 2016
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Obras em corredor de ônibus fecham ruas na Vila Olímpia Foto: Divulgação
Fechamento de trecho da Rua Funchal deixará corredor de ônibus mais ágil. Anúncio foi feito nessa semana pela prefeitura e alterações fazem parte da construção do corredor de ônibus Funchal, Berrini e Chucri Zaidan. Pág.
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“X Festival Paidéia de Caixa Econômica ampliará teatro” oferece longa linhas de crédito para programação para o público financiamento de imóveis Nos dez anos do festival, evento tem programa diferenciado e presença de secretário de cultura. Pág.
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Compradores podem financiar até 70% do valor total; taxa é de até 11,25% ao ano.
A paixão pelo ferreomodelismo
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Aposentado constroi linha férrea em casa e conta sua admiração pelos trens elétricos. Pág.
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CLASSIFICADOS ENCONTRE OFERTAS DE SERVIÇOS, NEGÓCIOS, IMÓVEIS... Páginas 7, 8 e 9
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Interlagos News
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Há 50 anos...
Brooklin trocava bondes por ônibus Foto: Mario Bock
E
m 1966, algumas providências tiveram que ser tomadas em relação ao Córrego da Água Espraiada, que causava muitos transtornos no Brooklin a cada chuva forte. A área onde hoje está a Avenida Roberto Marinho e corredor da Luís Carlos Berrini-Chucri Zaidan era um bairro de casas populares diante de córregos que corriam a céu aberto. O principal fator das enchentes que abalavam o bairro era a barreira onde trafegavam os bondes. O então subprefeito Fernando Scalamandré disse que o problema estava sendo solucionado definitivamente. Cortaram o aterro liberando inteiramente a passagem do córrego, enquanto o pontilhão que permitiria o retorno da linha de bondes continuava em obra. O prefeito Faria Lima determinou à CPTM o estabelecimento de uma linha de ônibus para atender os passageiros que utilizavam o bonde, com um itinerário parecido. O processo de substituição de bondes por ônibus a diesel era uma tendência em toda a cidade, e terminou o ciclo em 1968 com sua última viagem entre Santo Amaro (Largo treze) e Vila Mariana. Os bondes que cruzavam os campos do Brooklin e Moema rumo à Vila Mariana então foram trocados rapidamente. O plano do metrô elaborado pela The São Paulo Trainway Light & Power Co. que operava os
bondes, foi divulgado em 1927, quando Santo Amaro ainda era um município. Esse plano previa estações elevadas como os pontos de parada feitos sobre estrutura de metal e concreto, ainda melhores do que as linhas feitas em cidades como Nova York e Chicago mas a ideia não foi adiante. Um dos ramais levaria o metrô até Itapecerica da Serra e Guarulhos, algo ousado para a época. Em um dos planos, do início dos anos 1960, a linha de Metrô teria um ramal próprio a partir do Paraíso, rumo ao Ibirapuera, Moema, e posteriormente até Santo Amaro. Porém, só em 1968 foi iniciada a construção sem previsão deste ramal. O plano do metropolitano na cidade foi apresentado durante a gestão do prefeito Faria Lima (1965-1968), e a população foi convencida a fazer a troca dos bondes pelos “temporários” ônibus movidos a diesel. Quando os bondes deixaram de circular no Brooklin e dois anos mais tarde em Santo Amaro, o trânsito já intenso aumentou consideravelmente o tempo de viagem entre Santo Amaro e o centro de São Paulo, distância que só aumentou com o passar dos anos. O Brooklin, no meio do caminho, resolveu a questão da enchente fechando seus córregos, mas jamais se recuperou da perda de um sistema de transporte de massa limpo e eficiente que eram os bondes elétricos.
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/gazetadesantoamaro
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