JORNAL UNICIDADE - ANO 3 - EDIÇÃO 147 - São Paulo, 25 a 31 de outubro de 2025

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Primavera agrava alergias respiratórias: veja

como proteger o ar dentro de casa

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Centros Esportivos da Prefeitura de São Paulo registram aumento de quase 60% no número de associados

Obras do trecho II da Nova Santo Amaro entram na reta final

Prefeitura inaugura no Brás primeiro ecoponto exclusivo para receber restos de tecido e combater descarte irregular

Foto: Freepik

32% abusam de álcool, 14% fumam, 27% têm

obesidade:

um raio X da saúde do paulistano

A Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP divulgou os primeiros resultados do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (Isa Capital 2024), um levantamento baseado em entrevistas com 5 mil moradores da cidade, produzido em colaboração com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A proporção de pessoas com 10 anos ou mais de idade que relataram fumar foi de 14,2%, valor significativamente menor que 2003; 18,9% que 2008; 19,3%. No consumo de álcool, 27,5% foram classificados com consumo de risco e 4,5% como consumo de alto risco ou provável dependência (32%, na soma), considerando entrevistados com 12 anos ou mais. Entre a po -

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pulação adulta, 35,7% encontram-se com sobrepeso e 26,9% têm obesidade. Entre os idosos, 11,8% apresentam sobrepeso e 28,4% obesidade. Entre os habitantes da cidade ouvidos pelos pesquisadores, 25% declararam ter apresentado algum problema de saúde nas duas semanas anteriores à entrevista, um aumento em relação ao último levantamento, feito em 2015, quando o índice foi de 18,8%. Como novidade, o questionário desta edição abordou o diagnóstico de covid-19, além de retratar como a pandemia impactou o ânimo e a saúde mental dos entrevistados. No levantamento, 35,8% dos paulistanos afirmam terem contraído a doença, e 97,4% disseram ter tomado a vacina contra o coronavírus. Os dados foram coletados por meio de questionários aplicados pelos pesquisadores do projeto entre agosto de 2023 e dezembro de 2024. As perguntas abordaram as condições socioeconômicas, características da família e das moradias, ocorrência de doenças nos últimos 15 dias (morbidade), uso de serviços de saúde e medicamentos. Com informações de Jornal da USP.

Quando a desatenção é mais que distração

Muitos pais e educadores já se depararam com a dúvida: será que a criança está apenas distraída ou desinteressada, ou existe algo além disso? O déficit de atenção e a dislexia (transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de ler, escrever e reconhecer palavras com fluência) são condições frequentemente identificadas no ambiente escolar, mas nem sempre de forma clara. É comum que sinais como perda de objetos, esquecimento de tarefas, dificuldade para manter o foco ou erros frequentes na leitura sejam interpretados como “birra” ou “preguiça”. No entanto, quando esses comportamentos se repetem em diferentes contextos e começam a prejudicar a rotina, podem indicar a necessidade de investigação especializada. Outro ponto importante é que nem sempre a causa está apenas no cérebro da criança. Problemas de audição, distúrbios de linguagem ou até alterações no sono podem simular sintomas de desatenção. No caso da dislexia, os primeiros indícios surgem cedo. Crianças em idade pré-escolar que apresentam atraso de fala, dificuldades em brincar com rimas, em formar frases ou em expandir o vocabulário já merecem acompanhamento. Não é incomum que essas crianças sejam mais tímidas ou busquem interações com adultos. Aqui, o professor exerce papel fundamental: por estar em contato diário, tem condições privilegiadas

de perceber e orientar a família a procurar ajuda. O foniatra, médico especializado em comunicação humana, avalia não apenas o aspecto neurológico, mas também possíveis distúrbios auditivos, respiratórios ou motores que podem impactar no desenvolvimento escolar. Mais do que o diagnóstico, entretanto, a parceria entre família e escola é o que sustenta o processo de aprendizagem. Planos educacionais individualizados, adaptações de avaliação, uso de recursos multissensoriais e ambientes mais organizados são medidas que fazem diferença. No dia a dia, atividades simples como conversas, leituras em conjunto, jogos de palavras e interações em grupo também fortalecem as habilidades de linguagem e atenção. Se há uma lição que podemos tirar, é que aprender exige muito mais do que a capacidade de estar atento. Exige sono reparador, audição adequada, linguagem bem estruturada, acolhimento emocional e apoio constante de professores e familiares. Reconhecer os sinais e agir cedo pode transformar a vida de uma criança — e garantir que ela alcance todo o seu potencial.

DR. GILBERTO FERLIN

é otorrinolaringologista e foniatra do Hospital Paulista

Foto: Cecília Bastos/ USP Imagens
Inquérito de Saúde mostra que mais da metade das consultas médicas e internações na cidade de São Paulo foram custeadas pelo SUS

Primavera agrava alergias respiratórias: veja como proteger o ar dentro de casa

A primavera é celebrada como a estação das flores, mas, para quem sofre de alergias respiratórias, ela traz um cenário menos encantador. A maior liberação de pólen no ar, somada à queda na umidade e ao aumento das temperaturas, favorece o surgimento de crises de rinite, asma, bronquite e até conjuntivite alérgica, condições que afetam milhões de brasileiros nesta época do ano. Segundo a otorrinolaringologista Cristiane Passos Dias Levy, especialista em alergias respiratórias do Hospital Paulista, os atendimentos relacionados a sintomas alérgicos aumentam consideravelmente nesta estação. “Com a polinização mais intensa e o ar mais seco, as partículas alérgicas permanecem em suspensão por mais tempo. Isso agrava quadros de rinite alérgica, asma e até conjuntivite. Muitas vezes, os pacientes não percebem a relação direta entre os sintomas e a estação do ano”, explica a médica. Mesmo longe de áreas com vegetação intensa, o

pólen pode entrar em casa pelas janelas ou se fixar em roupas, calçados, móveis estofados e objetos têxteis. Além disso, outros agentes alérgenos típicos da vida doméstica, como ácaros, poeira e mofo, também se intensificam em ambientes mal higienizados ou com ventilação inadequada. Para minimizar a exposição a esses fatores, uma das medidas recomendadas é manter os ambientes internos bem fechados e com o ar filtrado — algo que o ar-condicionado pode oferecer, desde que utilizado da forma correta. “O ar-condicionado pode ser um grande aliado porque permite manter janelas fechadas e, ao mesmo tempo, promove a circulação e filtragem do ar. Com a manutenção em dia, o aparelho ajuda a reter partículas em suspensão, inclusive poeira e pólen”, afirma Romenig Bastos, supervisor de Pesquisa & Desenvolvimento da Gree Electric Appliances. Reduzir o contato com alérgenos precisa estar nas estratégias para controlar os sintomas. Isso inclui manter a casa sempre limpa, evitar o acúmulo de poeira em tapetes, cortinas e bichos de pelúcia, e reduzir a exposição a produtos com cheiro forte ou componentes voláteis.

Foto: Freepik

Primavera pode desencadear quadros de alergia

“É possível, sim, passar pela primavera com menos crises. Para isso, o ambiente precisa estar limpo e o ar, bem cuidado. O uso adequado do ar-condicionado pode fazer parte dessa rotina preventiva, desde que acompanhado de medidas simples, como a limpeza regular e o controle de umidade”, reforça a Dra. Cristiane Passos.

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Centros Esportivos da Prefeitura de São Paulo registram aumento de quase 60% no número de associados

Foto: Divulgação/Prefeitura de SP

entre os matriculados nos Centros Esportivos

Os Centros Esportivos (CEs) da Prefeitura de São Paulo alcançaram a marca de mais de 930 mil cidadãos associados, um aumento de quase 60% em relação a 2021, quando havia 585 mil inscritos. O crescimento é resultado de uma política de valorização desses espaços, que recebeu investimento superior a R$ 315 milhões para a reforma

e requalificação dos equipamentos no período. O aporte da gestão municipal foi direcionado para melhorias estruturais e modernização das 46 unidades, distribuídas por todas as regiões da cidade. A procura também foi impulsionada pela facilidade de emissão da carteirinha virtual pelo Portal 156, que simplificou o acesso da população às atividades e à infraestrutura dos equipamentos. Entre as práticas esportivas e atividades físicas oferecidas nos Centros Esportivos da Prefeitura, estão judô, ginástica artística, vôlei, basquete, alongamento, ioga, ginástica localizada, pilates, hidroginástica, natação, futsal, futebol, boxe, capoeira, entre outros. Segundo a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a política pública voltada ao esporte tem apresentado resultados consistentes, especialmente no cenário pós-pandemia, no qual os cidadãos buscam mais qualidade de vida por meio de atividades físicas. As melhorias são percebidas pelos frequentadores. A manicure Maria das Dores Pereira, de 59 anos, moradora de Interlagos, na zona sul

da cidade, diz que a saúde melhorou após começar a se exercitar no Centro Esportivo Vila Santa Catarina. “Minhas crises de asma cessaram, eliminei um remédio da pressão e melhorei das dores da fibromialgia. É um espaço muito importante, principalmente para quem não tem condições de pagar academia”, afirma. “Comecei a frequentar há um ano, pois preciso perder peso para uma cirurgia. É muito importante ter esse espaço gratuito, porque muitas de nós não temos condições de pagar uma academia”, conta a dona de casa Alice Frizão, de 54 anos, que realiza ginástica funcional na mesma unidade. O levantamento de frequentadores mostra que o público feminino é majoritário entre os alunos matriculados nos Centros Esportivos, representando 63% do total. A faixa etária com mais matrículas é a de crianças e adolescentes até 15 anos, seguida por idosos acima de 60 anos, o que demonstra o caráter intergeracional dos equipamentos.

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Com 8 piscinões em construção e outros 6 entregues, gestão prioriza combate às enchentes em todas as regiões da cidade

Quando a chuva cai forte, o que antes virava alagamento em muitos bairros de São Paulo agora encontra outro destino: os piscinões. Verdadeiras “poupanças de água da chuva”, eles armazenam o excesso que desceria pelas ruas e se tornaram aliados importantes no combate às enchentes. No momento, a Prefeitura de São Paulo está com oito piscinões em construção e, nos últimos quatro anos, entregou seis novos reservatórios, com capacidade total para 853 mil metros cúbicos de água — o equivalente a mais de 340 piscinas olímpicas — e resultados comprovados na redução de alagamentos. As novas entregas fazem parte de uma rede de 55 piscinões da cidade e foram pensadas para reduzir os impactos das chuvas e evitar enchentes em regiões historicamente afetadas, reforçam a rede de drenagem e ampliam a capacidade da capital de enfrentar as chuvas. No Morumbi, por exemplo, um piscinão embaixo da Praça Roberto Gomes Pedrosa vai captar as águas do Córrego Antonico e proteger 87 mil pessoas. Em Moema, outro reservatório deve beneficiar 200 mil moradores, sem a necessidade de desapropriações. Na Zona

Leste, os trabalhos avançam nos córregos da Mooca, Lapenna e Rio Verde, enquanto na Zona Norte, o piscinão do Carumbé promete aliviar cheias que há décadas atingem a Brasilândia. A importância desses equipamentos cresce a cada temporada de chuva. Com as mudanças climáticas provocando temporais mais intensos e volumes cada vez maiores, os piscinões se tornaram aliados indispensáveis na drenagem urbana. Ao reter a água durante o pico das chuvas e liberá-la aos poucos, eles ajudam a aliviar a pressão sobre córregos e galerias, diminuindo o risco de transbordamentos e prejuízos. A efetividade dos piscinões entregues nos últimos anos é visível. Entre 2014 e 2024, a capacidade de reservação aumentou 46%, e o número de alagamentos caiu 57% em comparação com o final dos anos 1990 — mesmo com índices de chuva semelhantes. Cerca de 80% dos equipamentos para combate às cheias foram implantados após 2014. Novos piscinões na Zona Sul:

Piscinão Ibijaú-Gaivota, Moema

Investimento: R$ 117,3 milhões

População: 200.000 pessoas

Volume: 24.000 m³

Previsão de entrega: 2027

Piscinão Morro do S, Capão Redondo Investimento: R$ 179 milhões

Novos piscinões surgem pro toda à cidade

População: 870.000 pessoas

Volume: 192.000 m³

Previsão de entrega: 2026

Piscinão Paraguai/Éguas, Vila Mariana

Investimento: R$ 166,1 milhões

População beneficiada: 200.000 pessoas

Volume: 110.000 m³

Previsão de entrega: 2027

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Foto: Divulgação/Prefeitura de SP
O levantamento de frequentadores mostra que o público feminino é majoritário

Jejum intermitente e dietas da moda: quando o modismo coloca a saúde mental em risco

Nos últimos anos, dietas populares como o jejum intermitente, low carb extremo ou planos detox ganharam grande destaque nas redes sociais e na mídia. Apesar da promessa de resultados rápidos, especialistas alertam que seguir modismos alimentares sem orientação profissional pode trazer sérios riscos à saúde física e mental. Segundo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente metade dos brasileiros já tentaram algum tipo de dieta restritiva nos últimos dois anos, e pesquisas apontam que práticas alimentares extremas estão associadas a maior incidência de ansiedade, depressão, comer transtornado e até transtornos alimentares, especialmente entre adolescentes e jovens. Para Sophie Deram, nutricionista e pesquisadora do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, a questão vai além da balança. “O problema não é a restrição em si, mas a forma

como ela é seguida. Modismos sem acompanhamento médico ou nutricional podem gerar compulsões, frustrações e impactos negativos na relação da pessoa com a comida. Isso afeta diretamente a saúde mental”, explica. A especialista reforça a necessidade de um olhar equilibrado: “o melhor é investir em hábitos consistentes e individualizados, baseados em ciência e na escuta do corpo. Comer de forma prazerosa, respeitar sinais de fome e saciedade, e manter regularidade de nutrientes faz muito mais pela saúde do que qualquer plano radical temporário.” Além dos efeitos emocionais, dietas populares podem trazer riscos físicos significativos. Estudos indicam que jejuns prolongados ou restrições severas de carboidratos e proteínas podem comprometer o metabolismo, prejudicar o sono e afetar a memória e concentração. “Quando a alimentação é baseada em restrições extremas, o cérebro sofre e modifica o comportamento alimentar, e isso reverbera no humor, energia e bem-estar ”, alerta Sophie. A nutricionista conclui que o caminho para uma

Dietas restritivas também podem impactar negativamente a saúde mental

alimentação saudável é a consciência e, não a pressa. “A ciência da nutrição mostra que mudanças graduais, conscientes e personalizadas promovem estados sustentáveis e respeitam tanto o corpo quanto a mente. Não existe receita única; existe atenção, cuidado e conhecimento.”

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Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
Foto: Freepik

Obras do trecho II da Nova Santo Amaro entram na reta final

A transformação da Avenida Santo Amaro segue em ritmo acelerado e entra na fase final de execução. As intervenções da etapa II, que abrangem o trecho entre a Rua Afonso Brás e a Avenida Hélio Pellegrino, estão previstas para serem concluídas ainda neste mês de outubro, consolidando um novo padrão de mobilidade, acessibilidade e infraestrutura na região. Nesta etapa, com o sistema de drenagem já concluído, os trabalhos avançam para a finalização das pistas, com a pavimentação das faixas de concreto rígido que formarão o corredor exclusivo de ônibus. O projeto também contempla a instalação de mobiliário urbano moderno e novos pontos de ônibus com cobertura e bancos, oferecendo mais conforto e acessibilidade a quem utiliza o transporte público. Paralelamente, seguem em ritmo acelerado as obras das novas calçadas acessíveis, que receberão piso tátil, rampas de acesso, iluminação em LED, paisagismo e o enterramento das redes elétricas e de telecomunicações. Essas intervenções garantem uma paisagem mais limpa e orga-

nizada, além de mais segurança e comodidade para pedestres e motoristas que circulam pela região. A obra é executada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) e da SPObras, e faz parte de um amplo plano de modernização da mobilidade e da drenagem urbana da região.

Drenagem mais eficiente e moderna O novo sistema de drenagem da Avenida Santo Amaro é composto por galeria celular de concreto armado de grandes dimensões e tubulações para os ramais coletores, substituindo antigas estruturas. Essa modernização amplia a capacidade de escoamento das águas pluviais e reduz o risco de alagamentos na região. Preservação ambiental

Durante as obras, a Prefeitura também adotou medidas de preservação ambiental. Três árvores que estavam na calçada da Avenida Santo Amaro, esquina com a Rua Fiandeiras, foram transplantadas para outro ponto da avenida, em frente à FMU. O procedimento foi realizado por empresa especializada e seguiu todas as normas técnicas para garantir a adaptação e a sobrevivência das espécies. Com a conclusão das etapas de drenagem, pavimentação e acabamento das calçadas, a entrega da Fase II está prevista para este mês de outubro.

A Nova Santo Amaro se consolida como um marco de modernização urbana, unindo infraestrutura de qualidade, sustentabilidade e acessibilidade. A nova configuração da via representa um avanço duradouro para a mobilidade e o bem-estar da população, transformando a paisagem e a experiência de quem vive e circula pela região.

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FAZEMOS

Por Redação /
Foto: Divulgação/Prefeitura de SP
Trecho da obra

Prefeitura inaugura no Brás primeiro ecoponto exclusivo para receber restos de tecido e combater descarte irregular

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

A Prefeitura inaugurou na segunda-feira (20) no Brás, maior polo de moda e atacado da América Latina, que reúne mais de 6 mil indústrias têxteis e lojas de confecção, o primeiro Ecoponto Têxtil da cidade, que funciona 24 horas e tem capacidade para receber 300 toneladas de resíduos têxteis por mês,

quantidade semelhante ao que é descartado irregularmente nas ruas da região e coletado mensalmente. O material entregue ao Ecoponto Têxtil Brás será encaminhado para tratamento e transformado em CDR (Combustível Derivado de Resíduo), que pode ser utilizado para alimentar fornos industriais de cimento, de cal ou biomassa, substituindo os combustíveis fósseis e minerais, que prejudicam o meio ambiente, e emitem menos gases na atmosfera. Região que recebe até 200 mil pessoas todos os dias, gerando uma receita de R$ 26 bilhões por ano, o Brás convivia com descarte irregular de restos de tecido, o que causava uma série de transtornos para toda a região. Ao inaugurar o serviço, o prefeito Ricardo Nunes lembrou que a área tinha um problema crônico de descarte de retalhos. “As pessoas jogavam no meio da rua e o material ia para os bueiros, deixando uma situação realmente caótica. Agora teremos esse Ecoponto, que vai funcionar 24 horas, com capacidade de armazenar 300 toneladas por mês para que as pessoas possam trazer para cá”, ressaltou. O novo serviço recebeu investimento de R$ 373 mil e terá capacidade para receber todos os tipos de resíduos têxteis, como roupas, cobertores e retalhos. De acordo com o vice-presidente da Associação de Lojistas

do Brás (Alobrás), Lauro Pimenta, que também é comerciante, o Ecoponto era uma demanda antiga dos empresários da região. “Com o encaminhamento correto, o material pode ser reaproveitado no artesanato e em outras atividades. Além disso, acaba com a desculpa de jogar o lixo de forma errada. Quando você tem o descarte correto e regular, elimina as enchentes, evita focos indesejados de animais e melhora a circulação e a viabilidade do bairro”, ressaltou. O Ecoponto Têxtil Brás aceitará apenas resíduos têxteis. Para descartar corretamente outros materiais, como restos de entulho, móveis, embalagens de vidro, entre outros tipos de resíduos, a população deve ir até um dos 129 ecopontos convencionais distribuídos pela cidade, que, apenas no ano passado, receberam mais de 315 mil toneladas de resíduos. Os endereços podem ser consultados no site da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB).

Serviço:

Ecoponto Têxtil

Endereço: Rua Cachoeira, 958 – Catumbi

Funcionamento: 24 horas

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Foto: Renato Pinheiro (SECOM)
Ecoponto Têxtil no Brás

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