Edição 975 - 29 de Novembro a 05 de Dezembro de 2014

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Projeto quer mudar zoneamento no Alto da Boa Vista Neste sábado (29) ocorrerá uma reunião aberta para discutir o impacto do Plano Diretor na região

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s ruas São Benedito e Conde de Itú, tradicionais vias do Alto da Boa Vista, podem se transformar em “zona de corredor” segundo o novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo. Com a mudança, as duas ruas terão comércio liberado, o que deverá alterar o perfil estritamente residencial do local. Entre as mudanças propostas pela prefeitura, estão a alteração de zoneamento para “zona de centralidade” do lado ímpar da Rua São Benedito desde a Conde de Itú até a Vereador José Diniz e o lado par da mesma rua para “zona corredor”. Na prática a alteração

permite que o comércio ilegal da região seja ampliado, o que é contestado por entidades como a Associação de Amigos do Bairro da Boa Vista (SABABV). “Qual a opinião dos moradores? Querem respeitar as antigas leis de zoneamento para tentar proteger a região da fúria imobiliária ou querem deixar que a Rua São Benedito e outras dentro da zona residencial se transformem em um prolongamento do centro de Santo Amaro”, disse a entidade por meio de uma carta aberta aos moradores do bairro. A Associação de Amigos do Bairro da Boa Vista (SABABV)

lembra que apenas 3% do território da cidade de São Paulo é considerado como zona estritamente residencial. No Alto da Boa Vista, além da arborização presente nas ruas e praças, existem pássaros que se refugiam no pulmão verde como tucanos, pica paus de penacho vermelho, corujas e até animais como saruês e saguis. Outro ponto polêmico é que a preservação do bairro permite manter a permeabilidade do solo e a recarga do aquífero, e sob outra ótica, permitir o avanço de edificações e do comércio prejudicará o equilíbrio do frágil ecossistema

local já prejudicado por obras de mobilidade como o corredor de ônibus e o metrô, que aumentam o fluxo de pessoas no local. Para evitar a mudança, a SABABV lembra que os moradores

do Alto da Boa Vista devem participar das discussões que envolvem o poder público na discussão do PLano Diretor. Neste sábado, uma reunião aberta será realizada no SENAC Jurubatuba (Av. Eng.

Eusébio Stevaux, 823) a partir das 9h. Outra forma de participar é fazer parte das sugestões e enviar opiniões por meio do site www. gestaourbana.prefeitura.sp.gov. br/formularioonline.

IPTU deve subir até 35% em 2015 Prefeitura vai cobrar taxas de clubes em área pública O

reajuste de IPTU sugerido pela gestão Fernando Haddad em 2013, foi autorizado nesta quinta-feira, 26, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Uma vez considerado constitucional, o reajuste permite que a prefeitura da capital paulista execute um aumento nos impostos sobre imóveis residenciais e comerciais no ano que vem. Este reajuste já havia sido aprovado em dezembro do ano passado para entrar em vigor já no ano de 2014, mas não foi aplicado devido uma liminar obtida pelo PSDB e pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Na última quarta-feira (26) o Órgão Especial do Tribunal de Justiça derrubou a decisão da liminar e o teto do aumento para imóveis em 2015 será de 15% para residenciais e 30% para comerciais. O aumento significativo deve gerar grande impacto sobre lojas, supermercados e imóveis de destinação comercial, que são os mais cobiçados e a maior parte na região sul (mais da metade tem até 40 metros quadrados). Os imóveis mais atingidos pela escalada do impostos estão em

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bairros como Alto da Boa Vista, Itaim, Brooklin e Chácara Flora – consideradas áreas nobres. Segundo a prefeitura, entre os imóveis residenciais da cidade, 48% terão aumento de impostos, 12% terão redução e 40% estão isentos. Os imóveis que teriam redução ou isenção de acordo o IPTU aprovado, mas voltaram a contribuir devido aprovação da

liminar, serão beneficiados com o reembolso (454 mil imóveis estão inseridos nesta condição). O percentual inflacionário de 2014 não será aplicado em 2015, para que os aumentos sejam fixados abaixo dos tetos aprovados em 2013 – 20% para residenciais e 35% para comerciais. A FIESP e o PSDB deverão recorrera decisão dos desembargadores.

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Prefeitura de São Paulo pretende cobrar IPTU ou aluguel dos clubes da capital paulista que estão sediados em terrenos públicos sem concessão vigente para a ocupação. Hoje, isentas de pagar impostos, segundo a prefeitura, estas instituições a partir de 2015 deverão dar alguma contribuição ao município, uma vez que são particulares e arrecadam pela mensalidade de seus sócios. O projeto, que deve ser anunciado nos próximos meses, tem como alvo primário o Clube Esperia, em Santana (zona norte), e o Clube Círculo Militar, localizado na região do parque do Ibirapuera (zona sul). A concessão do Esperia expirou em 2008 e teve em dezembro de 2013 o seu pedido de renovação negado. Caso a prefeitura opte pela cobrança do tributo, segundo uma estimativa a partir da Planta Genérica de Valores, usada para calcular o IPTU, o Esperia teria que pagar mais de R$ 700 mil anuais ao município. Já o Círculo Militar ocupa a

mesma área desde 1949 e opera sobre um decreto de permissão de uso “por tempo indeterminado”, assinado em 2012 pelo então prefeito Gilberto Kassab. A prefeitura tem poder para revogar a permissão quando julgar necessário. No local, funciona um tradicional clube paulistano que cobra mensalidade de seus sócios e também aluga salões para festas como casamentos, batizados e confraternizações em geral.

Assim que for decidida a forma com que os clubes irão realizar a contribuição sobre os locais que ocupam, caso não seja pago o valor a prefeitura tem o direito de retomar os imóveis. Existem outras instituições com situação similar, com permissão de uso ou concessão próxima do prazo de expiração, como é o caso da Portuguesa, no Canindé (zona norte), e o Clube Ipê, localizado na região do Ibirapuera (zona sul).

Roubos aumentam pelo 17º mês consecutivo

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Secretaria de Segurança divulgou na última terçafeira, dia 25 , uma estatística indicando que cresceram os roubos pelo 17º mês consecutivo em outubro deste ano em comparação com o mesmo período de 2013 no Estado de São Paulo. Além de registrar mais ocorrências de roubos na capital, o estado enfrenta a maior sequência de altas mensais desde que foi iniciada uma série histórica pelo governo em 2001. Os casos de latrocínio (roubos seguidos de morte) também aumentaram, enquanto os homicídios sofreram uma leve queda no Estado. Os indicadores registraram queda nos casos de roubos e furtos de veículos. Conforme divulgamos em manchete de capa nos jornais do grupo Sul News, a zona sul é uma das mais vulneráveis entre os roubos à mão armada e também ações como a explosão de caixas eletrônicos. Em outra estatística divulgada durante a semana, a zona sul também tem o maior número de

ônibus queimados por bandidos; 53 ao longo de todo o ano. Em números exatos foram 26.013 roubos realizados no Estado no mês de outubro deste ano, contra 22.818 no mesmo período de 2013, houve uma alta de 14%. Na cidade de São Paulo, foram registrados 13.596, diante de 11.368 no ano passado, aumento de 19,6%. Já nos latrocínios, houve um aumento de 20,7% no mês passado se comparado a outubro de 2013 – Foram registradas 35 ocorrências, ante 29. Só na capital, foram 17 e 12 casos de latrocínios, respectivos ao período comparado. Os assassinatos na capital tiveram um aumento de 3,7%, 108 casos em 2013 contra 112 em outubro deste ano. O Estado registrou uma queda de 1,8% (de 384 no mês passado para 391 no mesmo período em 2013). Segundo os dados da secretaria, o total de roubos de veículos sofreu queda de 11,1% no Estado

e 12,5% na cidade de São Paulo. De acordo com o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, as quedas se devem á Lei dos Desmanches, que criou regras para o comércio de peças usadas. Em vigor desde julho deste ano, a lei levou centenas de desmanches irregulares ao fechamento. Por outro lado, os roubos de carga registraram um leve crescimento de 1,5% no Estado. Na capital, houve um aumento de 9,7% dos casos em outubro deste ano se comparado ao mesmo período em 2013. Baseado no anuário de segurança pública, Fernando Grella ressaltou que 22 dos 27 Estados do país tiveram um aumento nos índices de roubos. Segundo ele, as leis de punição sobre os criminosos são brandas e os roubos crescem mesmo diante da repressão policial. Uma campanha por maior rigidez no Código Penal foi iniciada por Grella, juntamente com outros secretários de segurança do país.

inflação elevada, o encarecimento do crédito e o baixo índice de confiança do consumidor, são fatores determinantes para o desequilíbrio financeiro das empresas e o que acaba dificultando o crescimento da atividade produtiva do país. “Além disso, nota-se que o avanço do indicador de inadimplência de pessoa jurídica tem forte relação com o movimento de pessoas físicas inadimplentes, que também cresceu 1,26% em

outubro, após recuar 1,14% em setembro”, completa Kawauti. Em números de inadimplência por região, os indicadores mostram que o Sudeste teve a maior alta anual (+6,64%). A região foi a única a contar com um aumento superior ao da média nacional (+6,23%). A região Sul obteve a menor variação anual do número de empresas inadimplentes (+2,66%), seguida pelo Norte (+3,21) e o Centro-Oeste (+3,77%).

Cresce 6,23% número de empresas inadimplentes em outubro

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egundo economistas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), houve novo crescimento no número de empresas inadimplentes no Brasil. A quantidade de companhias com débitos atrasados aumentou 6,23% no mês de Outubro, em relação ao mesmo período do ano passado, e manteve a tendência de alta apresentada nos meses anteriores deste ano. Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a

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