28/02 a 06 de Março de 2015
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Falta de água e energia em toda a zona sul Fonte AE
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forte chuva da quarta-feira, (26), levou a problemas no abastecimento de água e energia em vários distritos da zona sul. Os moradores do Capão Redondo, Campo Limpo e Interlagos relatam falta de água ou abastecimento intermitente durante toda a semana. As duas localidades, que ficam em áreas mais altas em relação às estações de tratamento, sofrem com a chamada “redução de pressão” admitida pela Sabesp pela primeira vez nesta semana. “Dizem que estão diminuindo a pressão mas aqui a água nem chega e temos que gastar dinheiro com água mineral. Roupa estragando na máquina, crianças e idosos com banhos mal tomados, mal alimentados, por que não tem água pra cozinhar então a gente vai improvisando”, disse o leitor De Lucas, via facebook. Procurada, a Sabesp não se manifestou até o fechamento desta edição. A falta de energia também atingiu os bairros do Campo Belo, por queda de árvores; além do Ipiranga, Jabaquara, Saúde, Morumbi e a região do M Boi Mirim que ficou mais de 24 sem energia elétrica no Jardim Novo Santo Amaro, Jardim das Flores, Jardim Letícia e Vergueiro. O leitor Pierry Pereira, morador do Jardim Mazza, relatou que a luz acaba sempre que chove forte: “acontece entre as 19h e 23h, e estou cansado de pagar caro por um serviço e não tê-lo”, desabafou. Procurada a AES Eletropaulo não respondeu a respeito da interrupção até o fechamento do jornal. A região que sofreu com maior incidência de chuvas na zona sul foi o Ipiranga, zona sudeste da cidade. A região do Museu foi a mais atingida em um alagamento que se estendeu até a zona leste. O Jardim Dom Bosco, em Santo Amaro, assim como a Marginal Pinheiros registraram novamente trechos intransitáveis no período da tarde, assim como a Avenida Guido Caloi.
Mau cheiro da Billings irrita moradores Fonte: Claudio Souza
Em alguns bairros a falta de energia chegou a 24 horas
até animais mortos. Martins relata que no local também aparecem cadáveres boiando. Em alguns casos, abutres cercam os cadáveres, o que atrai outros tipos de animais e pragas como mosquitos. Os moradores da região já enviaram reclamações para os órgãos da Prefeitura e também para a Sabesp, Cetesb e Defesa Civil, porém o descuido e o mau cheiro persistem. No início do ano, o governador Geraldo Alckmin anunciou que pretende ligar a represa Billings com o Sistema Rio Claro, que faz parte do Sistema Cantareira, para amenizar a crise hídrica em São Paulo. “Pode ser que agora se preocupem com o velho problema da represa onde eu e muitos dos meus amigos pescavam e nadavam, hoje em dia não passa de uma grande fossa”, reclama o leitor. Procuramos a Sabesp, Cetesb e Defesa Civil, e questionamos sobre o cheiro forte constatado pela nossa reportagem em diversos pontos da represa mas não recebemos nenhuma resposta até o fechamento desta edição.
Estações da Linha Esmeralda recebem espetáculo de teatro
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Cia Estável de Teatro, com apoio do Proac Circulação apresenta o projeto Expedições, com o espetáculo “A Exceção a regra”, clássico de Bertolt Brecht (1998/1956) com direção de Renata Zhaneta. O projeto dá início a sua passagem pela zona sul na linha Esmeralda com sessões dias 6 de março (sexta-feira, às 20h), mais tarde migra para as Estações Grajaú; dia 7 de março (sábado, às 20h), Santo Amaro e dia 8 de março (domingo, às 17h) na Estação Ceasa. Na trama, uma pequena caravana participa de uma corrida em direção à cidade de Urga, a expedição com o premia quem chegar primeiro com uma concessão para explorar petróleo. Durante a viagem
é exposta a relação entre explorador e explorado, assim como os mecanismos que legitimam o abuso de um e a submissão do outro. Ao todo serão 25 estações (outras datas e locais serão divulgados em breve), em 18 municípios cobertos pela malha ferroviária da CPTM. As sessões são gratuitas e acontecem nas saídas das estações, possibilitando o acesso do público que não precisa pagar passagem de trem para assistir o espetáculo. A cada apresentação, o grupo disponibiliza esteiras de palha para acomodar a plateia. O local de apresentação também será escolhido próximo a bancos comuns, em todas saídas das estações, para acomodar todo tipo de público.
Por Claudio Sousa
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uem mora no entorno da represa Billings sempre aproveita as águas para atividades de pesca e natação nos dias quentes de São Paulo. Porém, tudo isso mudou para pior. Desde Novembro de 2014, residentes dos bairros do Grajaú, São Bernardo, Parque Residencial Cocaia e Ilha do Bororé sofrem com a poluição da represa e o mau cheiro que domina o ar das casas. Com a queda dos níveis do reservatório, o que os moradores encontram nas águas são resíduos, entulho e até corpos de animais mortos. Quase 4 meses se passaram e mesmo com as constantes reclamações o problema persiste. O comerciante Bruno Borges Martins é um dos que convivem diariamente com a poluição da Billings. Junto com amigos, aguardava a balsa na Ilha do Bororé: “Estávamos voltando do ciclismo quando reparamos em algo boiando na represa. Faz tempo que o ar está com um cheiro horrível no bairro”, relata. Borges resolveu fazer fotografias e vídeos das condições da represa Billings e divulgar nas redes sociais. Nas fotos que ele publica encontram-se lixo, entulho, algas e
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