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Os advogados portugueses não fazem terrorismo judiciário, ao contrário do que disse o Director da PJ

Na intervenção final dos debates, o Presidente do Governo, José Manuel Bolieiro, afirmou que o Orçamento para 2023 “é essencial e inadiável para resolver problemas graves, evitar problemas grandiosos e aproveitar oportunidades”.

Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Diário fundado em 1920 por José Bruno Carreiro e Francisco Luís Tavares Ano 103 n.º 32893 Preço: 0,90 Euros Director:AméricoNatalinoViveiros-Director-Adjunto:SantosNarciso Diáriofundadoem1920porJoséBrunoCarreiroeFranciscoLuísTavares Ano103n º 32893Preço:090Euros Correio dos Açores
Sexta-feira, 25 de Novembro de 2022 Pub Pub Pub Mulher condenada a 6 anos de prisão por ter sido apanhada com 60 placas de haxixe no aeroporto de Ponta Delgada Piedade Lalanda no Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres págs. 2 e 3 págs. 12 a 15 Conselho Regional da Ordem dos Advogados dos Açores deve ter autonomia financeira págs. 4 e 5 Bolieiro considera que o Orçamento 2023 aprovado no Parlamento é “essencial para resolver os graves problemas dos açorianos” “14% dos jovens nos Açores
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Coligação chumbou Plano de Emergência Social do PS/A pág. 9 pág. 21
Carlos Pimenta candidato a Bastonário
no Campeonato do Mundo 2022 a
o Gana
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Paulo Pimenta, candidato a bastonário da Ordem dos Advogados

O Conselho Regional da Ordem dos Advogados dos Açores deve ter autonomia financeira (1ª parte)

Correio dos Açores) - O seu lema é dedicação, responsabilidade e independência. Em poucas palavras, o que quer dizer isso?

Paulo Pimenta (Candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados) - Dedicação quer dizer que os membros desta candidatura, que é composta por 21 elementos, têm uma preocupação de serviço à Ordem dos Advogados. A responsabilidade, na medida em que as funções para as quais nos apresentamos a eleição para Conselho Geral e bastonário são funções que supõem a noção exacta da importância da Ordem dos Advogados, a sua relevância na defesa do Estado de Direito e, portanto, quem exercer funções na Ordem dos Advogados tem que ter a noção exacta de tudo isto e apresentar propostas concretas, mas responsáveis. Depois, a ideia de dependência passa, por um lado, pela ideia de que o bastonário deve exercer funções em exclusividade e, portanto, durante o mandato não deverá exercer outra função senão a de bastonário, ao contrário do que acontece com o actual bastonário, com efeitos negativos que toda a gente está a perceber. Independência também daí resultante que se traduz em um bastonário quando falar, fala em nome da Ordem dos Advogados, em nome dos advogados, não representando qualquer interesse que não apenas o que diga respeito à actuação da Ordem dos Advogados e também independência na perspectiva em que a nossa candidatura é apenas dirigida a bastonário e Conselho Geral e não interfere nas outras candidaturas. Há alguns casos de candidaturas com letras comuns, ou seja, há candidaturas que patrocinam candidaturas a conselhos regionais, a conselhos superiores e nós entendemos que cada órgão deve obter a sua própria legitimidade, resultando da eleição e, portanto, cada um deve ir a jogo por si.

Independência, finalmente, na preocupação que hoje muito nos assola que é a da pretensão de ser alterado o regime das associações públicas. Assegurar a independência da Ordem dos Advogados enquanto entidade necessária para o reconhecimento do Estado de Direito.

Como é que Portugal pode ter uma melhor estrutura orgânica e funcional da Ordem dos Advogados?

(…) Esta organização, em si, não é problemática, parece-me que é adequada para funcionar. Há depois é uma série de questões dentro deste modelo que devem ser revistas. Uma delas, e estamos nos Açores e isso é particularmente perceptível, é o problema da questão do défice dos conselhos regionais, porque a repartição do dinheiro que resulta das contas que a Ordem cobra aos seus associados, (porque a Ordem não tem outra fonte de rendimento que não as quotas dos seus associados), o produto das quotas é repartido entre o Conselho Geral que fica com metade desse produto, nos termos do estatuto, e os conselhos regionais ficam com a outra metade.

Depois, cada Conselho Regional recebe uma parte dessa outra metade, e a parte que cada Conselho Regional recebe é em função do número de advogados inscritos na sua área geográfica. Nos Açores não chegamos a ter 250 advogados inscritos no Conselho Regional dos Açores. O valor que há neste critério ao Conselho Regional dos Açores é um valor

insuficiente para a própria gestão e funcionamento regular do Conselho Regional e isso não pode ser. Há delegações no continente que têm mais advogados que o Conselho Regional dos Açores e, portanto, recebem uma cotação superior a um Conselho Regional. Portanto, há aqui um desequilíbrio institucional. Um Conselho Regional, por definição, tem uma relevância maior do que uma Delegação, pelo que a mera repartição de dinheiro em função do número de advogados cria esta distorção…

O que está a dizer é que para Açores e Madeira essa repartição deve ser diferente dada a condição geográfica dos arquipélagos?

Não é só Açores e Madeira. Na verdade, em sete conselhos regionais, só dois é que não são deficitários, nomeadamente Porto e Lisboa. O Conselho Regional de Coimbra está numa situação da linha da água, todos os outros são deficitários. Portanto, o Conselho Regional de Faro, Açores e Madeira são deficitários. O problema não é só das Regiões Autónomas, é um problema mais abrangente, exactamente pelo número de advogados.

No imediato, considero que é necessário estabelecer aquilo que eu chamo solidariedade dos conselhos regionais, no sentido de aqueles que têm maior afectação de dinheiro, dispor de algum a favor dos outros, logo no início, para que cada um possa trabalhar por si e não estar dependente de subvenções do Conselho Geral, porque o Conselho Regional que não tem uma autonomia financeira suficiente e está dependente do tesoureiro do Conselho Geral, é uma situação que não lhe dá liberdade total de actuação e, portanto, a sua legitimidade que resulta do voto dos colegas da área respectiva está condicionada e isso não me parece salutar.

“Hoje, uma advogada que tem o nascimento de um filho, no dia seguinte deverá ir trabalhar, deverá ir para julgamento? Não há uma assistência como há na Segurança Social em geral. Esses aspectos da assistência que, tradicionalmente não eram uma preocupação da Caixa de Previdência, devem passar a sê-lo....”

Defende uma solução segura e sustentada de previdência para os advogados. Como vai conseguir isso?

A questão da previdência dos advogados é uma questão muito complexa que se arrasta há vários anos e que resulta de opções que foram tomadas ao longo de anos num certo modelo, porque a Caixa de Previdência era por definição originariamente um fundo de pensões. Cada advogado ia fazendo contribuições para a Caixa de Previdência, projectando a sua própria reforma, mas isso hoje não pode manter-se neste modelo porque a advocacia de hoje não é a mesma de há 70 anos. O número de advogados aumentou exponencialmente, os rendimentos que em geral os advogados retiram da profissão não são os de há 40 a 50 anos. Hoje, temos uma situação em que os advogados são confrontados com a exigência de pagamento

de um valor mínimo de contribuição mensal para a Caixa de Previdência na ordem dos 255 euros, que supõe um rendimento na ordem dos 1.200 euros. Há aqui um desfasamento entre aquilo que se paga e a capacidade contributiva. Isto tem levado a que muitos colegas tenham a tentação de procurar mudar para o regime geral da Segurança Social, modelo que nós não defendemos. O que nós defendemos é por dentro do regime actual da Caixa de Previdência, encontrarmos soluções mais ajustadas e que permitam que aqueles que têm menos capacidade contributiva possam pagar menos em função dessa capacidade contributiva e os que têm maior capacidade contributiva possam ou devam pagar mais, porque na verdade aquilo que estamos a pagar serve para as reformas dos colegas que estão hoje reformados. Quando eu, que tenho 30 anos de profissão, vier a ser reformado, alguém há-de estar a contribuir para a minha própria reforma. Há aqui uma sequência geracional. Temos, por outro lado, que ter noção que hoje a profissão é muito diferente de há umas décadas. Por exemplo, não havia tantas mulheres na advocacia como há hoje. Hoje, as mulheres estão quase em maioria, se não estão mesmo em maioria na profissão e isso tem implicações, por exemplo, na maternidade. Os homens não tinham esse problema. Hoje uma mulher advogada que tem o nascimento de um filho, no dia seguinte deverá ir trabalhar, deverá ir para julgamento? Não há uma assistência como há na Segurança Social em geral. Esses aspectos da assistência que, tradicionalmente não eram uma preocupação da Caixa de Previdência, devem passar a sê-lo. O que nós pretendemos é que os advogados não abandonem a Caixa de Previdência e a Caixa de Previdência por dentro se regenere, no sentido de poder responder às solicitações e às necessidades dos colegas nestas circunstâncias, para além da assistência na doença, por exemplo, que é uma necessidade que socorre a qualquer um e que, neste momento, a Segurança Social, aparentemente, vai dando melhor resposta do que a Caixa de Previdência. Temos é que, por dentro, melhorar o regime.

Qual o melhor regime fiscal para os escritórios de advogados?

Temos que distinguir sociedades de advogados e não sociedades. Em relação às sociedades de advogados, existe uma legislação que é única. Em qualquer outra actividade é possível os profissionais constituírem-se em sociedade e ela fica sujeita ao regime tributário normal, com tributação IRC e, depois, os lucros distribuídos são tributados em IRS. E, na advocacia, vigora o regime da transparência fiscal, o que significa que todo o apuro da sociedade de advogados não é feito imediatamente e é imputado nos respectivos sócios que são, depois, tributados em sede de IRS. Este modelo tem-se mostrado, depois da experiência que o próprio modelo teve, prejudicial para os advogados. Portanto, aquilo que nós defendemos é a possibilidade de opção. Ou seja, as sociedades que quiserem manter-se no regime de transparência fiscal, muito bem, mantenham-no. Mas dar às sociedades a possibilidade de se constituírem num regime fiscal das sociedades comerciais em geral. E isso vai permitir, logo a seguir, uma outra coisa. É que há muitas actividades em que existem so-

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 entrevista 2
“Aquilo que defendemos é, primeiro, a dignificação dos advogados que trabalham no apoio judiciário...”

Os advogados portugueses não fazem terrorismo judiciário ao contrário do que disse o director da PJ

ciedades unipessoais. Ou seja, uma sociedade que tem um único sócio. Nós, na advocacia, não temos isso. Um advogado que trabalhe sozinho, se tiver uma sociedade não pode tê-la sozinho. E trabalhando sozinho está sujeito a toda a tributação sem qualquer critério.

Portanto, o regime tributário das sociedades deve ser revisto porque é prejudicial na medida em que, às vezes, as sociedades não distribuem os lucros. Ou seja, há um fluxo financeiro que entra na sociedade mas não é distribuído, até pode destinar-se a um fundo de reserva para um futuro investimento no próprio aumento do escritório. Mas isso não interessa para o fisco. O fisco assume aquilo como lucros e tributam os sócios que não receberam este valor mas estão a pagar imposto sobre ele. E, portanto, este é um modelo que é iníquo naturalmente.

Defende que o apoio judiciário deve ter um concurso público de acesso e que os advogados devem ser pagos por avença. Esta é uma proposta que passa por uma espécie de bolsa de advogados oficiosos. Mas também esta é uma proposta que não reúne consensos…

Este assunto é muito sério e muito delicado. Há dois a três assuntos que não reúnem consensos. Este é um deles e o da caixa de providência é outro. (…)

Aquilo que nós defendemos é: primeiro, a dignificação dos advogados que trabalham no apoio judiciário. Esta dignificação passa por não manter o modelo em que o valor pago pela Ordem de Advogados é de 230 euros por mês. É um valor manifestamente baixo. Isto leva a que haja uma ideia errada que passa em que os advogados do apoio judiciário são uma espécie de advogados de segunda linha. E isso não é verdade. Os advogados do apoio judiciário são tão advogados como os outros que não fazem apoio judiciário. Agora, tem que ser privilegiada a forma como eles funcionam no sistema. E eu e a nossa equipa entendemos que é importante que haja uma forma de os advogados que estão no apoio judiciário estarem mais protegidos pela própria Ordem. E como é que isso pode ser feito? Através da criação do tal corpo de que me falou de advogados que são advogados que não estão em exclusivo. Ou seja, continuam a ser advogados com o seu escritório a funcionar normalmente, mas ao terem a garantia de um valor fixo mensal em regime aberto que será sempre, necessariamente, de 250 euros como é evidente, isto vai permitir previsibilidade aos advogados, garantia de um rendimento mais certo e entendemos que o período de permanência neste modelo deve ser de cinco anos. Até porque os processos, por si, demoram um período de tempo relevante que não pode esgotar-se em cada ano. Isto porque pode acontecer isso: Se um advogado entrar num ano no apoio judiciário e, no ano seguinte não quiser continuar e sair, é nomeado outro advogado. E, portanto, há uma sucessão de advogados para o mesmo beneficiário, para o mesmo cidadão, que é uma coisa que não é muito salutar para a defesa dos interesses do cidadão. E aquilo que mais me importa é que o Estado possa garantir que o advogado que é designado àquele cidadão é um advogado que está em condições de prestar um serviço nas mesmas condições, com o mesmo rigor, com o mesmo empenho e com a mesma dedicação que teria um patrocínio voluntário.

É endereçada a si a afirmação de que os advogados oficiosos “são negligentes no exercício da sua profissão…”

Não, isto não é verdade. Há quem diga que eu disse isso, que é outra coisa. Há quem diga que eu disse porque há aqui um movimento nesta campanha eleitoral que procura distorcer as coisas. Nós temos, neste momento, em Portugal entre 13 a 14 mil advogados inscritos no apoio judiciário. Mas estes 13 mil representam uma realidade muito variada. Há advogados em princípio de carreira; há advogados com 20 e 30 anos de carreira; há advogados com 80 anos de idade que estão inscritos no apoio judiciário. E, portanto, há uma variedade enorme de advogados no apoio judiciário e há as mais diversas motivações para estar no apoio judiciário. O que eu disse e mantenho, é que o modelo, tal como está, potencia situações que, às vezes, não são salutares. Ou seja, se eu for advogado escolhido por si para interpor uma determinada acção, eu tenho de pensar bem qual é a acção que vou propor e qual é o custo que esta acção vai ter para si, porque é o senhor que vai pagar do seu bolso, por exemplo, a taxa de justiça. Se o senhor tiver apoio judiciário, há certas preocupações que eu posso não ter. Posso formular pedidos numa acção com montantes elevados que não pediria se o senhor tivesse que pagar do seu bolso. Há-de convir que potencia uma tentação para isso acontecer porque o modelo de apoio judiciário paga aos advogados em função também do valor das acções.

Qual é o valor habitualmente pago numa indemnização por injúrias nos Açores, no continente ou na Madeira? Mil e quinhentos euros, dois a três mil euros, o valor não ultrapassará muito isso. E, portanto, se eu for o advogado escolhido pelo senhor para por uma acção destas eu vou formular um pedido nesta base. Por muito que o senhor ache que deve ser mais, eu tenho de o advertir que, se pedirmos um milhão de euros, o senhor vai pagar em custas um valor brutal. O que vai ganhar na acção não lhe vai dar para pagar as custas. Mas, se o senhor tiver apoio judiciário, eu posso formular um pedido de um milhão de euros. O senhor não paga nada e eu vou receber em função do valor da acção mais elevado do que o que receberia

“O bastonário deve ser advogado. Eu sou advogado há 30 anos. O actual bastonário não é advogado. Tem cédula profissional, mas não é advogado. Portanto, não conhece a realidade dos tribunais, não anda nos tribunais, não conhece o dia-a-dia dos colegas, não faz ideia do que é a realidade em Ponta Delgada...”

se fosse na base dos 1.500 euros. E este é um modelo que potencia esta tentação.

Muitos colegas que também estão nesta corrida eleitoral, incluindo o actual bastonário, dizem que o modelo de apoio judiciário que temos é o melhor do mundo. Só temos é que aumentar as tabelas. O problema é que se está a atirar dinheiro para cima do modelo. Nós temos é que assegurar uma forma diferente de os advogados estarem com um respeito que é devido à advocacia. E há um sentimento geral da comunidade, dos advogados em geral, dos juízes, dos procuradores, dos funcionários, de que os advogados do apoio judiciário são, assim, uma espécie de advogados de segunda categoria, e isso eu não quero. Eu quero que os advogados sejam tratados todos por igual, quer sejam do apoio judiciário, quer não sejam.

É o que considera de um “sentimento geral depreciativo relativamente ao regime de apoio judiciário”…

É isto. Mas este sentimento está instalado. E nós, ou mantemos isto, ou tentamos mudar por dentro. E se a Ordem chamar a si a gestão deste modelo com o tal corpo de advogados escolhido em função de alguns critérios que permitam que nós saibamos que aquele advo-

gado é habilitado para tratar daquele tipo de assuntos, garantimos a credibilização da advocacia e garantimos que os cidadãos serão melhor representados. Porque, no fundo, o processo só existe por um objectivo, para proteger os cidadãos carenciados deste país.

Quando defende que se deve “restaurar a dignidade e a reputação da Ordem dos Advogados e da advocacia”, está a dizer que esta dignidade e reputação têm estado em causa?

Totalmente em causa. (…) o principal problema, mais do que saber se vamos alterar o apoio judiciário, se vamos alterar a Caixa de Previdência, se vamos alterar as dotações dos conselhos regionais, mais do que tudo isso, o que está realmente em causa neste momento é o seguinte: qual é a reputação institucional do bastonário da Ordem dos Advogados e qual é a reputação da advocacia, perante os poderes públicos, os tribunais, o poder político e os cidadãos em geral? É fácil fazer o diagnóstico. A Ordem dos Advogados estará, talvez, no pior momento da sua reputação institucional e este bastonário contribuiu muito para isso. Nós não podemos pretender alterar nada se não conseguirmos primeiro recuperar o prestígio da Instituição e da figura do bastonário. Isso implica que os advogados que são representados pelo bastonário, olhem para o bastonário e se reconheçam nele, vejam nele antes de mais um advogado. O bastonário deve ser advogado. Eu sou advogado há 30 anos. O actual bastonário não é advogado. Tem cédula profissional, mas não é advogado. Portanto, não conhece a realidade dos tribunais, não anda nos tribunais, não conhece o dia-a-dia dos colegas, não faz ideia do que é a realidade em Ponta Delgada, em Faro, em Vila Real de Santo António, nem em Bragança. Não conhece a realidade porque não é advogado e isso retira-lhe a capacidade de percepção da realidade e de criar laços com os colegas em si. Depois, o bastonário, porque não conhece a realidade não tem oportunidade para, em tempo real, reagir às situações. O que vai acontecer? As coisas vão surgindo e a Ordem dos Advogados ou não responde, ou responde tarde, ou responde mal, e às vezes tarde e mal. Dou-lhe um exemplo para traduzir esta ideia: há duas a três semanas, foi noticiado em todo o país aquilo que foi declarado pelo Director nacional da Polícia Judiciária. Numa entrevista que foi muito badalada, o Dr. Luís Neves disse que os advogados portugueses faziam terrorismo judiciário e isso é que era a fonte dos atrasos nos processos judiciais, principalmente nos processos criminais. Essa imagem passou. Há uma acusação clara do Director nacional da PJ sobre os advogados. Qual foi a reacção da Ordem dos Advogados? O que passou para a comunicação social, para o cidadão comum do bastonário da Ordem dos Advogados? O bastonário da Ordem dos Advogados disse o seguinte: o Dr. Luís Neves, embora neste momento esteja na PJ, é advogado. Tem a sua inscrição suspensa porque está na PJ, mas é advogado e, portanto, determino a instauração de um processo disciplinar, porque as declarações dele são ofensivas da advocacia.

(II parte a publicar na edição de amanha)

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 3 entrevista
João Paz/Carlota Pimentel
“A Ordem dos Advogados estará, talvez, no pior momento da sua reputação institucional e este bastonário contribuiu muito para isso...”

Piedade

Lalanda, em Dia Internacional para a Eliminação

da Violência Contra as Mulheres

“14% dos jovens nos Açores não reconhece os comportamentos violentos, sejam de natureza sexual, ou mesmo a perseguição ou o controlo”

Qual a importância do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres?

Piedade Lalanda (Professora da Universidade dos Açores) - A importância deste dia internacional é chamar à atenção para a prática de violência sobre mulheres, infelizmente “naturalizada” em muitos contextos socias e culturais; prática corrente nas relações de género, onde se aceita como “normal” o domínio do homem sobre a mulher.

Os dias internacionais têm de acordar consciências e lembrar que os agressores esperam o silêncio das vítimas, a sujeição e a obediência, como se não tivessem vontade própria, direitos ou capacidade para escolher como querem viver.

Infelizmente, muitas das mulheres que são vítimas de violência perderam a força para reagir, julgam mesmo que são culpadas da vida que levam e acabam por desculpar as agressões que lhes são infligidas.

A violência contra a mulher aumenta mais devido a novos casos que acontecem ou porque aumentou o número de denúncias?

A violência contra a mulher é o reflexo de um padrão de masculinidade, que encontra na agressão, física, emocional, sexual, ou outra, a expressão da “força” e do “poder” sobre os outros, associando a feminilidade a fraqueza e dever de sujeição. Este quadro de referência, que define os papeis de género, em muitas relações, inclusive entre jovens, continua a reproduzir-se e indirectamente é ensinado, no exemplo que os adultos mostram às crianças e aos adolescentes.

Enquanto for esperada e estimulada a agressividade nos rapazes e a docilidade nas meninas; enquanto se entender que as mulheres é quem tem a obrigatoriedade de cuidar (da casa, dos filhos, da roupa...) e os homens é que lutam, estaremos a manter um registo desigual onde a violência se encaixa “naturalmente”.

Por isso, os números podem ser grandes ou pequenos, o importante é que não sejam uma amostra de um universo cultural que ainda não fomos capazes de desconstruir. As denúncias são sempre uma “ponta de iceberg”, quando as situações de violência são silenciadas e incorporadas.

Os casos reportados de violência contra as mulheres tiveram maior severidade desde a pandemia?

De acordo com o Relatório de Segurança interna, publicado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), registou-se um aumento de 11,4% de casos entre 2018 e 2019, (+3.000 situações), havendo a registar uma diminuição até 2021. No entanto, ao invés do todo nacional (-4%), nos Açores, o número de casos de violência doméstica aumentou 5,3% entre 2020 e 2021.

Segundo um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública e da Universidade Nova, cujo relatório foi publicado em Abril de 2021 (VD@ Covid19), o confinamento agravou as situações de violência. O facto de os casais e as famílias estarem mais tempo juntas, por vezes confinadas numa casa pequena, partilhando trabalho e lazer, momentos de intimidade e vida diária, agravou as

tensões e os conflitos. Ainda de acordo com esse estudo, durante a pandemia/confinamento, 30% das vítimas referem ter sido a primeira vez que sofreram violência, neste caso relatada por mulheres com nível superior de escolaridade, o que também confirma a tese de que este é um problema transversal à sociedade portuguesa.

Não é de estranhar que o confinamento tenha contribuído para o agravamento das situações de violência porque, de acordo ainda com as estatísticas do MAI, os períodos mais críticos são os fins de semana, os serões e as férias. Ou seja, é quando o casal está junto que se agravam as incompatibilidades, as faltas de diálogo e consenso, a incapacidade de construir soluções em conjunto ou de compreender e a aceitar as decisões ou opiniões de cada um dos membros do agregado

Em que faixa etária se verificam maioritariamente os abusos?

Se tivermos em conta os dados publicados pelo Ministério da Administração Interna/MAI (2021), a maioria das vítimas são do sexo feminino (74,6%) e tem mais de 25 anos (93,6%), sendo a idade média da vítima, segundo a APAV (2021), de 40 anos. Olhando ao tipo de relação, 34,3% dos agressores eram o cônjuge ou companheiro da vítima e em 13,3% dos casos, um ex-cônjuge ou excompanheiro.

Estamos, por isso, perante uma maioria de vítimas e agressores que vivem em casal, em idades activas, muitas das vezes com filhos menores.

Pelos estudos que existem, que dimensão ainda tem a violência silenciosa contra as mulheres?

A dimensão da violência silenciosa pode ser medida, em primeiro lugar, pelo número de mulheres que morreram às mãos dos agressores. De acordo com o relatório da APAV (2021), foram 33 os crimes de homicídio registados no âmbito da violência doméstica, sendo 12 as mulheres que

foram mortas, por uma pessoa com quem mantinham uma relação de intimidade, das quais duas na Região Autónoma dos Açores. Em 2020, morreram 30 mulheres em situações de violência doméstica, sendo 16 as que ocorreram no quadro de uma relação de intimidade.

Um outro indicador é o tempo que medeia até que a vítima denuncie os maus-tratos, na sua grande maioria superior a dois anos, podendo mesmo chegar a dez ou mais anos. Este arrastar no tempo prende-se com a “desculpabilização” que gera acalmia, seguida de novos episódios de agressão. Noutros casos, as vítimas escondem a situação em que vivem, para proteger os filhos. Não partilham com os familiares ou amigos, nem se atrevem a sair de casa, acreditando que, assim, estão a garantir tecto e alimentação, mesmo que não consigam evitar que as crianças presenciem ou até sejam também elas vítimas de agressão e maus-tratos. Nestes casos estamos perante uma vitimação continuada que, segundo o relatório da APAV de 2021, corresponde a 50% das situações denunciadas a este organismo.

Qual o impacto da violência contra as mulheres nas crianças?

A violência em ambiente familiar condiciona o modelo de relações estabelecido entre os adultos e os menores, e isso tem efeitos no desenvolvimento emocional das crianças, na identificação de papéis de género e até na afirmação da sua orientação sexual. Em alguns casos, pode gerar comportamentos de agressão ou vitimação da criança em contexto escolar (bullying), com consequências directas no seu processo de aprendizagem e sucesso escolar, afectando as relações que estabelece com colegas e professores.

Uma outra consequência directa ou indirecta são os casos de violência no namoro, reflexo de modelos interiorizados e papéis de género, que se reproduzem e nem sempre se contestam. Nestes casos da violência no namoro, e tendo por base

os dados publicados pela CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, em 2021, 59% dos agressores eram namorados e 38,5%, ex-namorados. Em 51,3% as jovens, que denunciaram as agressões, são estudantes e a média de idades é de 20 anos. Dessas agressões resultaram, sobretudo, danos emocionais e psicológicos.

Não nos podemos esquecer o impacto da socialização familiar na construção da identidade e na qualidade das relações afectivas que crianças e jovens estabelecem fora desse contexto.

A moldura penal que existe para os casos de violência contra as mulheres pode considerar-se benévola?

Se tivermos em conta, mais uma vez, os dados publicados pela CIG, das quase 9000 situações reportadas à PSP e GNR, apenas 930 resultaram em prisão efectiva dos agressores. Em muitos casos há suspensão do processo e, não raras vezes, são publicados acórdãos com teor misógino, quando se trata de agressões de natureza sexual, desculpando o comportamento masculino, quando este é ofendido, humilhado e reage violentamente, supostamente em defesa da sua virilidade.

A questão da violência doméstica, que desde 2000 é um crime público, talvez não precise de um novo enquadramento legal, mas de celeridade e justiça na aplicação das medidas previstas, sobretudo no que concerne ao afastamento do agressor da casa de família e não da vítima, o que é mais frequente e obriga a que esta seja acolhida numa casa abrigo, muitas vezes acompanhada de filhos menores, que têm de se sujeitar a morar, temporariamente, fora do seu espaço familiar.

A eficácia da justiça implica o reconhecimento por parte dos juízes desta problemática, longe de preconceitos e estereótipos, que enviesam as sentenças e a avaliação das provas.

Como se pode trabalhar mais a prevenção de casos de violência contra as mulheres?

Julgo que o importante é educar nos valores da democracia, do respeito e da prática do cuidar do outro, da partilha e da co-responsabilidade. Se no contexto de uma família esses forem os eixos orientadores da vida quotidiana, os conflitos serão ultrapassados. Apenas o diálogo e a complementaridade de posições podem contrapor atitudes de prepotência que excluem, de alguém que se julga dono da verdade e detentor do poder absoluto, que manipula e controla os outros, como se fossem sua propriedade.

É promovendo uma cultura democrática que se previne os comportamentos de pretenso poder autocrático.

Como travar a violência contra as mulheres na Região?

À semelhança do resto do país e do mundo, as mulheres açorianas têm de ter consciência do seu lugar nesta sociedade e afirmar as suas opiniões e direitos, sendo as primeiras a denunciar comportamentos que atentam contra a sua dignidade. A passividade e o silêncio só agravam e mantém relações violentas, e são um exemplo deformado do que queremos que sejam as gerações futuras. A família deve ser um grupo que protege e integra,

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 entrevista 4
“A violência em ambiente familiar condiciona o modelo de relações estabelecido entre os adultos e os menores...”

“Pior do que as marcas físicas, a violência psicológica e sexual deixa marcas de destruição invisíveis”

uma comunidade onde se aprendem os valores da democracia e da liberdade. Depois, na escola, esse também deve ser o quadro de referência, promovendo o debate e a cooperação, desconstruindo barreiras e treinando, com os alunos, o exercício do poder democrático, a solidariedade, o respeito pela diferença, de género, de opiniões, de orientação sexual...

São preocupantes os números de violência no namoro nos Açores?

De acordo com os resultados do estudo sobre a violência no namoro da UMAR para as regiões autónomas, inserido no projecto Art’themis, é de registar a relevância da legitimação da violência que se verifica nestas regiões. 14% dos jovens nos Açores não reconhece os comportamentos violentos, sejam de natureza sexual, ou mesmo a perseguição ou o controlo.

De lembrar que no inquérito nacional sobre esta problemática, um quarto dos jovens considera o ciúme uma manifestação de amor.

Assim, é fundamental que a temática da violência no namoro continue a ser debatida nas escolas, contribuindo, por essa via, para a consciencialização das suas manifestações e a desnaturalização de comportamentos violentos, infelizmente, ainda considerados “normais” numa relação afectiva.

Quando alguém diz ou repete a frase: “quanto mais me bates, mais gostas de mim”, está a legitimar a agressão e a conferir-lhe um significado po-

sitivo. O amor nunca magoa, nunca destrói nem humilha o ser amado.

Por isso, se queremos inverter este fenómeno e reduzir as futuras vítimas de agressão, o importante é tomar consciência do significado que atribuímos aos comportamentos. Se não passam no teste do respeito pelo outro, então têm de ser alterados, denunciados.

O que explica que os Açores sejam a Região onde existe mais casos de violência contra as mulheres, adolescentes e crianças do sexo feminino?

Os Açores têm crescido nem sempre de forma coerente. Se, por um lado, somos uma região conservadora, que mantém tradições religiosas e práticas ancestrais, por outro, damos sinais de uma modernidade mal incorporada. Aparentemente, não soubemos integrar as mudanças, que decorrem dessa modernidade, incluindo a alteração dos papeis sociais da mulher, o aumento do poder de compra, o acesso à escolarização e ao mercado de emprego. A participação política das mulheres é ainda minoritária, e os direitos de parentalidade são por vezes negados aos pais. A dualidade de papeis transforma-se numa relação desigual em termos de poder e participação.

Por outro lado, não nos podemos esquecer que os Açores são a região que mais gasta em consumo de bebidas alcoólicas, o que não sendo a causa directa da violência, potencia comportamentos violentos. Também temos vindo a registar um

acréscimo no consumo de estupefacientes, com evidente impacto na saúde mental.

A violência é a expressão última de uma relação de poder que domina e controla. Combater a violência, em todas as suas formas, é uma exigência de saúde mental, que pode transformar a qualidade de vida e o sentimento de felicidade dos membros de uma sociedade. Só uma sociedade menos desigual, nomeadamente em termos das relações de género, consegue contrariar os comportamentos violentos.

Quais as consequências da violência na saúde, física, mental e emocional, das mulheres?

As mulheres que são vítimas de violência continuada perdem auto-estima. E sem auto-estima, há uma baixa saúde mental, uma degradação da qualidade de vida, o aparecimento de doenças oportunistas, desde logo, a depressão, para não falar de outros distúrbios, como o stress, os problemas de sono e a fadiga permanente.

Quando a mulher não quer, ou não consegue, assumir a sua condição de vítima de violência, acaba por desenvolver estratégias doentias para mascarar a verdade, perante os familiares, amigos ou colegas, vivendo num clima de permanente angústia e medo, duvidando de si própria e da sua capacidade ou direito a ser feliz.

Pior do que as marcas físicas, a violência psicológica, sexual deixa marcas de destruição, invisíveis aos outros, mas que corroem a vida das vítimas. Mas, ninguém está condenado a ser víti-

ma. É possível receber ajuda para sair desse ciclo e deixar de se iludir com os momentos de ternura ou pedidos de desculpa, que se seguem a uma agressão.

Falar com alguém, denunciar as agressões de que se é vítima é um acto de coragem e pode significar o princípio de uma vida diferente onde, aos poucos, se recupera a auto-estima perdida. Ninguém pode amar o outro, se não se amar a si mesmo. E ser vítima é esquecer-se de si própria.

Que mensagem quer deixar neste dia?

A violência pode vir disfarçada de humilhação em público, desvalorização permanente, consumos excessivos que retiram recursos necessários ao dia-a-dia.

O companheiro violento recorre com frequência ao ciúme e à posse, controla em permanência as mensagens e os telefonemas, faz comentários negativos sobre a roupa que se veste ou a cor do verniz das unhas, que tanto gostas.

A violência pode ser subtil, insidiosa, mas ela acaba sempre por corroer o melhor da pessoa e mostrar o pior de quem agride.

É importante denunciar, procurar ajuda, afastar-se do agressor e recomeçar; salvar o que há de bom e defender o bem, da saúde da mulher e, muitas vezes, das crianças.

Nunca fiquemos indiferentes perante a violência, porque ela cresce com a nossa passividade.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 5 entrevista/pub. PUB.

Senhora da Rosa organiza este fim-de-semana o seu Mercado de Natal com mais de 30 artistas

Pelo segundo ano consecutivo, o Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel irá organizar o seu próprio Mercado de Natal, a decorrer no próximo fim-de-semana, nos dias 26 e 27 de Novembro, das 10h00 às 18h00, contando com a presença de 32 artesãos açorianos ou a residir nos Açores, abrindo assim espaço para que os seus visitantes possam encontrar prendas únicas e originais para este Natal.

De acordo com Joana Damião Melo, a ideia para esta iniciativa que agora se repete, surgiu, na realidade, em 2013, quando trabalhava num hotel localizado na zona de Sintra: “Tive esta ideia em 2013, através de um projecto liderado por mim e que, na altura, não sabíamos se ia resultar ou não no hotel onde trabalhava, em Sintra, mas facto é que a primeira edição foi um sucesso”. Assim, ao mudar-se para os Açores e investir na reabilitação e recuperação da antiga Estalagem Nossa Senhora da Rosa, em Ponta Delgada, a empresária procurou aplicar esta fórmula bem-sucedida no seu próprio negócio, sendo que o Mercado de Natal realizado em 2021 se revelou um grande sucesso, tendo recebido aproximadamente 500 pessoas num fim-de-semana apenas, o que “ultrapassou as expectativas” da organização e dos artesãos que participaram no evento com os seus expositores.

Conforme explica a proprietária do espaço, o principal objectivo deste Mercado de Natal promovido pela Senhora da Rosa, passa por “alavancar os negócios destes expositores, porque alguns deles não são conhecidos”.

Assim, nesta segunda edição, embora se mantenham alguns dos artistas presentes no ano passado, irão também participar outros artesãos “para dar um ar de novidade e trazer novas abordagens”. Neste mercado, com entrada livre ao público em geral, existirá uma grande variedade de produtos, incluindo os mais tradicionais e aqueles com um toque mais contemporâneo, por conta dos seguintes artesãos e artistas: Os Presépios dos Açores; Os Trapinhos da H; Ciranda flor; Blossom Home Scents; Flora Azorica Saboaria; Estrela do Mar; Maria Barcelos; Aquihano; La Gelateria; La Finca 84; Brincolage; As compotas da Tecy; Mãos que criam; Bazar da Ana; Wild wood Azores; SV Azores; Tupperware Açores; Presépios dos Açores; Sea Fire Cacao; Bloom Clays; Quinta da Feteira; Paula Amaral; Maria Corisca; Sofia Brito; Paulo Alves; Rui Índio com provas de vinhos; Presépios by António Barreto; Celeste Collieuganei, Susana Nascimento, entre outros.

Em causa está, por exemplo, desde chocolate artesanal, saboaria artesanal, bijuteria em cerâmica, em argila de polímero ou prata, passando ainda por roupa para bebé e outros acessórios têxteis feitos à mão com amor, aquarelas, trabalhos com recortes, compotas e azeites caseiros, peças feitas em macramé ou trabalhos em madeira 100% açorianos. Embora o tempo esteja mais frio, o evento irá contar também com a presença da La Gelataria, que criou propositadamente para esta ocasião “sabores natalícios” nos seus gelados artesanais, adianta ainda a empresária, responsável pela organização deste mercado.

Embora o foco deste evento seja o Mercado de Natal, Joana Damião Melo adianta que as portas do hotel estarão abertas para receber os visitantes, que poderão ainda desfrutar do menu especial de almoço do Restaurante Magma, ou dos lanches servidos no bar, experiências que podem contribuir para “um fim-de-semana um

bocadinho diferente do habitual”. É ainda incentivado que este mercado seja visitado em família, uma vez que também existem alternativas para as crianças, através do Kids Club, para que os adultos possam fazer as suas compras enquanto as crianças fazem outras actividades.

Um evento singular para clientes e artistas

Presença assídua nesta segunda edição do Mercado de Natal será Susana Benevides, em

representação da sua marca, a Florazorica Saboaria Artesanal, tendo em conta a oportunidade que um evento deste género dá para que vários artistas convivam entre si num ambiente “acolhedor e de festa”, propício também à época do ano que se aproxima.

Uma vez que este é um momento de reunião entre artistas ligados a várias artes, a especialista na criação de sabão adianta que esta pode ser uma oportunidade para “encontrar a prenda ideal para a pessoa certa”, tornando menos cansativa “a corrida às prendas”, até por-

que este Mercado de Natal da Senhora da Rosa ocorre com antecedência em relação ao Natal, com o objectivo de não se sobrepor a outros eventos públicos já anunciados.

Este tipo de eventos é também importante dado o alcance que pode ter na comunidade, entende a artesã, tendo em conta que “a Senhora da Rosa é um ícone da hotelaria e a sua carta de clientes e visitantes é diferente do que se encontra noutras feiras, pois dão-se mais ao tempo de conhecer o trabalho do artista”, podendo, em algumas circunstâncias, virem a tornar-se embaixadores de alguma marca, tal como podem resultar parcerias interessantes entre artistas.

Na feira deste fim-de-semana, Susana Benevides afirma que trará a Florazorica “em força”, com a sua linha de Natal dedicada aos três Reis Magos e “aos presentes que deram ao Menino”, focando-se principalmente “no Amor, na Alegria e na Partilha”. Em exposição, a artesã terá também loção hidratante para as peles mais secas e uma edição “limitadíssima” de leites de banho.

Ao contrário de Susana Benevides, Daniela Rebocho, da Aquihano (Aqui há nó), será uma das artistas que estará pela primeira vez no Mercado de Natal da Senhora da Rosa, tendo em conta que apenas no passado mês de Setembro a marca fez o seu primeiro ano, fazendo agora a sua estreia pública num Mercado de Natal.

“Decidi abraçar esta oportunidade (…) pois acho que atrai muitos turistas e muitos locais, e uma vez que a Senhora da Rosa é um hotel bastante emblemático e conhecido em Ponta Delgada, devido à sua envolvência, achei que era uma boa oportunidade também para divulgar a marca”, diz a artista, revelando que as suas expectativas estão “bastante elevadas” para este fim-de-semana.

São iniciativas como esta que fazem a diferença para os artistas, uma vez que considera que se começa já a voltar “às origens” e a apreciar as peças feitas à mão, em detrimento daquelas que resultam da industrialização. Por este motivo, Daniela Rebocho concorda que esta é uma boa forma de encontrar “peças personalizadas e fora do comum” para oferecer este Natal.

Tal como Susana Benevides, também esta artista considera que esta é uma boa oportunidade para que os artistas se conheçam melhor uns aos outros, bem como ao trabalho que desenvolvem: “Não conhecia muitos dos artistas, e para mim vai ser bom conhecer muitas destas marcas, porque acho que o artesanato acaba por ser um bocadinho deixado de parte e não é tão divulgado, e temos artistas tão bons por Portugal fora e aqui nas ilhas que acho que, realmente, é muito importante para dar a conhecer artigos únicos e que realmente podem valorizar um bocadinho mais o trabalho do artesão”.

Quanto ao que irá levar para esta segunda edição do Mercado de Natal da Senhora da Rosa, Daniela Rebocho destaca que o foco será a sua colecção de Natal, contendo árvores de natal iluminadas, grinaldas, packs natalícios com algumas decorações para a árvore de Natal, bem como toda uma panóplia de acessórios tais como porta-chaves, brincos, fitas de óculos ou carteirinhas, adicionando ainda suportes de plantas, alguns painéis e, claro, a possibilidade de originar uma nova encomenda.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 reportagem 6
Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel já decorado a rigor para o Natal Exemplos de trabalhos de duas artistas que estarão neste Mercado de Natal

Serviço Regional de Saúde dos Açores com quatro projectos na final do Prémio de Boas Práticas em Saúde

O Serviço Regional de Saúde (SRS) dos Açores colocou quatro projectos na final do Prémio de Boas Práticas em Saúde, de um total de cerca de 250 projectos candidatos, oriundos de todas as regiões do continente, e das regiões autónomas. Passaram 13 à fase final, sendo que entre os finalistas ficaram três projectos do Serviço Regional de Saúde dos Açores na categoria de Melhor Projecto e um na categoria de Melhor Poster Científico.

A Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel colocou dois projectos na categoria de Melhor Projecto, no âmbito da Integração de Cuidados de Saúde e Respostas de Proximidade: um tem o título “PROJECTO BaLanSa – Bares e Lancheiras Saudáveis” e o outro “Equipa de Saúde Escolar da USISM: Experiência de Intervenção em Contexto Escolar na Ilha de São Miguel”.

Também o Centro de Oncologia dos Açores (COA), colocou entre os finalistas o projecto “Programa de Intervenção no Cancro da Cavidade Oral nos Açores (PICCOA)”.

No âmbito das organizações de saúde “verdes”, a Unidade de Saúde da Ilha Graciosa viu o projecto “Black Box- A caixa da verdade (Higiene das mãos)”, no lote de finalistas na categoria de Melhor Poster Científico.

O Secretário Regional da Saúde e Des-

porto, Clélio Meneses, manifesta “satisfação e orgulho” por ver quatro projectos do SRS na lista final de finalistas e sublinha a importância deste prémio “pelo reconhecimento nacional e internacional dos projectos, desenvolvidos com rigor e eficácia, a favor dos utentes”.

“Colocar quatro projectos numa lista nacional com 13 finalistas, é a prova do empenho, da dedicação e da competência dos

profissionais do SRS, que implementaram estes c em benefício das respectivas comunidades de ilha, ou no todo regional”, frisou Clélio Meneses.

O Prémio de Boas Práticas em Saúde é promovido desde 2006 pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, tendo por base potenciar o nível de saúde das populações e atender às necessidades e expectativas dos cidadãos.

O prémio é hoje uma marca nacional registada, amplamente reconhecida pelos serviços de saúde em todo o território nacional, reconhecida internacionalmente, mas sobretudo representa um símbolo da capacidade mobilizadora dos profissionais de saúde e do sector social, que se articulam com a saúde, expressa nas dezenas de projectos candidatos ao prémio anualmente.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 regional/pub. 7
Pub.
Unidade de Saúde de São Miguel colocou dois projectos na categoria de Melhor Projecto, no âmbito da Integração de Cuidados de Saúde e Respostas de Proximidade

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Homem não Chora

Entre os rapazes, há ainda muita homofobia acéfala. Começa desde pequenino; se queres ofender, chamas o outro de paneleiro, maricas, gay. Há pais que tendem a suprimir os sentimentos dos rapazes, acusando-os de serem bebés, obrigando-os a distanciaremse e a desconectarem-se das emoções, pois, dessa forma, podem transmitir a ideia de não serem suficientemente masculinos. São de tal forma recalcados na sua expressão que só lhes é permitido serem violentos. Pior, muitas vezes, é vangloriada a agressividade e o espírito combativo. Basta ir assistir a um jogo de futebol para se constatar o facto. As lágrimas transformam-se em agressão sobre alguém ensinado a ser o exato oposto: gentil, educado, sensível, ou seja, as mulheres e outros humanos considerados, só por isso, detentores de uma espécie de doença venérea, a da inferioridade. Desde quando características assim não pagam as contas? Desde quando são inferiores? A vítima torna-se o agressor. Vítima porque chorar é humano, e os homens fazem parte da humanidade. Muitas vezes, estes comportamentos irascíveis são desculpáveis com a célebre frase: «Os rapazes serão sempre rapazes» — como se, desde o berço, já viessem com um código genético propenso ao mau feitio, razão pela qual as pessoas não devem ficar surpreendidas quando meninos ou homens agem de maneira rude ou barulhenta, porque isso faz parte do carácter masculino. Um homem não chora? Chora, pois, sozinho e envergonhado, na penumbra. Com esta educação tão desumana, é natural que a violência sobre as mulheres prossiga. Eles foram educados a agredir, elas foram educadas a compreender. Na verdade, o recinto escolar e, em específico, o recreio, parece ser um local onde se reforçam e perpetuam muitos dos estereótipos de género. Somando a consequência ao facto de que no recreio, no 2.º e 3.º ciclos, por exemplo, podem conglomerar-se mais de 200 crianças, num mesmo espaço, tornando a atenção a estes comportamentos difíceis de gerir. Entre 2006 e 2007, a socióloga Maria do Mar Pereira estudou uma turma do 8.º ano para avaliar como rapazes e raparigas se viam entre si. O que os aproximava e distanciava. «Uma das realidades que observei em contexto escolar é que tanto eles como elas sentiam que tinham de gozar com os colegas diferentes ou mais fracos. Todos eles faziam um policiamento desses mesmos comportamentos de género. E quem não correspondesse à norma era violentamente penalizado pela força física, violência verbal ou pela ostracização.»

Afinal, onde está o decreto-lei onde se pode ler que caráter feminino e masculino detêm características específicas? Sempre que me dizem para ser mais feminina ou masculina, tendo a ficar um pouco confusa, perante a panóplia de qualidades e traços de personalidade possíveis. Sendo mãe de menina e menino, tia de 7, 4 meninos e 3 meninas, ex-professora de 2400 humanos, não consigo assinalar o que é isso, de formas de estar inatas de género a não ser aquelas formas inatas e naturais às diversas constituições físicas, o que me leva a concluir que esta noção é geracional, antiga e não passa de uma construção social, vacilante, de tempos a tempos, com estragos aqui e acolá, sempre que se impõe a lei do másculo. «Atira-te da ponte, não sejas maricas» — aposto que muitos o ouviram e o fizeram! Quantos não se arrependeram e quantos não desejariam ter mais coragem para dizer: «Não quero!», «Não me apetece!» e «Não me interessa o que pensam». No seu estudo, a socióloga diz mesmo que: «(..) alguns deles fingiam que não estudavam para os testes, porque considera-se que as meninas é que são as marronas.» Apesar de, durante muito tempo, prevalecer a noção de que as mulheres podem ver o mundo de uma maneira romântica, bela e sentimental, esta não deixa de ser, igualmente, uma ditadura do sentimentalismo. Quem tem propensão para chorar que chore. Chorar faz bem. É bem melhor do que uma bebida alcoólica. Ao libertar as lágrimas, estimula-se a produção das endorfinas, hormónios capazes de aliviar a dor e promover uma sensação de bem-estar. Quem tem propensão para o drama e o sentimentalismo que se expresse e quem não tem que se manifeste a seu gosto, sem ter medo de represálias de género. As meninas são, também, muito criticadas se não forem gentis, empáticas e sociáveis. É cansativo viver nesta antiguidade e ditames. Agora, também, não sei se estamos melhor! Temos também o culto da super mulher: casada, muitos filhos, empreendedora, independente, bonita e torneada, doutorada e uma estrela das redes sociais... o mito da menina perfeita. Não admira que os stocks de ansiolíticos tenham esgotado! As meninas também vivem dominadas pela ansiedade, tal é o nível de exigência que lhes é colocado, enquanto mulher moderna e cosmopolita. É preciso ter claro que os estereótipos de género masculino e feminino têm um efeito extremamente nocivo nas crianças e nos jovens.

Os padrões rígidos de género limitam as oportunidades de crescimento, a oportunidade de viver num sistema social mais pacífico, mais cívico, mais humano, mais moderno.

O outro arguido neste processo, um homem de 37 anos, acabou ilibado do crime de tráfico de estupefacientes.

O Ministério Público vai recorrer desta decisão.

Uma mulher de 44 anos e um homem de 37 anos, ambos residentes na cidade da Amadora, foram julgados no Tribunal de Ponta Delgada pelo crime de coautoria material do crime de tráfico de estupefacientes. A mulher foi condenada a 6 anos de prisão enquanto o arguido acabou ilibado. Os factos remontam ao dia 23 de Dezembro de 2021, data em que a arguida, empregada doméstica de profissão, foi interceptada pela PSP à saída do aeroporto de Ponta Delgada proveniente de um voo de Lisboa. Posteriormente, e já nas instalações da PSP de Ponta Delgada, foram encontradas na sua mala, envoltas em calças de ganga, seis embalagens embrulhadas em plástico contendo cada uma delas 10 placas de haxixe. O total apreendido (5.828 gramas) daria para cerca de 27 mil doses. A mulher, que funcionava como ‘correio de droga’, tinha o seu regresso a Lisboa agendado para o final desse dia, mas acabou detida e aguardava por julgamento desde essa data.

No Acórdão de sentença consultado pelo Correio dos Açores, os juízes do Colectivo não consideraram ter ficado provado que o arguido tenha utilizado a amizade com esta mulher com a intenção de que esta transportasse haxixe entre Lisboa e Ponta Delgada. Igualmente não provado neste processo, foi a existência de uma combinação para o pagamento de 1.500 euros pela tarefa de transportar a droga. O Acórdão releva a importância, para a absolvição deste arguido, o facto de a arguida ter afirmado “peremptoriamente” não conhecer este homem, revelando ainda que a mala apreendida lhe tinha sido entregue por um outro indivíduo.

Os juízes destacaram igualmente que a impressão digital do arguido encontrada numa das embalagens com droga, “desacompanhada de qualquer meio de prova, é manifestamente insuficiente”. Por tudo isto, o Tribunal considera “não ter sido feita prova suficiente” da participação do ar-

guido neste ‘esquema’ de tráfico.

De referir que o homem de 37 anos se encontra actualmente detido no Estabelecimento Prisional de Caxias, onde deu entrada a 14 de Março deste ano, pela prática de crime de tráfico de estupefacientes. Aliás, este homem já tinha sido condenado anteriormente duas vezes por crimes da mesma natureza. Neste Acórdão é também referido que o homem pediu para não ser julgado, alegando que os mesmos factos já tinham sido apreciados num outro processo que decorreu no Tribunal de Sintra e cuja sentença foi proferida a 7 de Novembro passado. Os magistrados não tiveram o mesmo entendimento, considerando que os factos presentes no processo em Sintra reportavam-se apenas até ao dia 7 de Dezembro de 2021 enquanto, os apreciados no processo em Ponta Delgada, diziam respeito a 23 de Dezembro do mesmo ano.

Relativamente à mulher de 44 anos, que não tinha quaisquer antecedentes criminais, os juízes destacaram que esta confessou o crime, justificando a sua prática devido à sua difícil situação económica (três filhos a seu cargo e o marido emigrado). Quando confrontada pelo Tribunal com uma listagem de várias viagens efectuadas para São Miguel, alegou que, pelos menos em quatro dessas ocasiões, terá vindo a esta ilha com o intuito de passar férias. Numa outra vertente, a arguida afirmou durante o julgamento não saber o que transportava, versão que não colheu junto dos juízes já que no interior da mala “encontravam-se objectos pessoais seus”.

“Mesmo que não soubesse o tipo de droga sabia que transportava droga”, pode lerse.

A terminar, os juízes do Colectivo alertaram neste Acórdão que, “em particular nesta Comarca dos Açores, o tráfico de estupefacientes assume valores preocupantes”.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 opinião/regional 9
Ativismo de Imprensa Convite UMAR (Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres)
Luís Lobão
Mulher condenada a 6 anos de prisão depois de ter sido apanhada com 60 placas de haxixe no aeroporto de Ponta Delgada
25
Novembro
2022 pub. 10 Pub. Pub.
Correio dos Açores,
de
de

O Jogo do Dinheiro

mais horas, ele perdeu mais vezes, ele viveu mais aquele jogo do que vocês.

Ver o Dinheiro como um Jogo

Se pensarmos bem, fazer dinheiro, assemelha-se muito a jogar um jogo. Não acreditam? Então vejam as semelhanças.

dinheiro que os nossos amigos e, nas empresas, queremos sempre vender mais que os nossos concorrentes. É uma forma de estar que, se tida de uma forma saudável, faz-nos crescer cada vez mais;

lar riqueza.

Certamente que já vos aconteceu alguma vez, durante alguma festa de família, verem um primo vosso mais novo, ou mesmo um sobrinho, a jogar um jogo de consola qualquer que não conhecem e decidirem jogar contra ele. Deixem-me adivinhar o que aconteceu a seguir. Ele deu-vos uma abada tão grande que quase já nem vos apeteceu jogar mais. Agora pensem comigo. O que foi que se passou? Porque é que ele teve tanta facilidade em vos ganhar? Simples! Ele joga aquele jogo há mais tempo que vocês. Ele dedicou

Existem Regras – por exemplo, se querem abrir um negócio há regras específicas que têm de cumprir: como abrir uma empresa ou a nossa atividade? Que impostos somos obrigados a pagar? Como registar a marca? Como passar faturas? Que legislação devemos cumprir? Que subsídios existem? Que direitos temos têm os nossos trabalhadores? etc;

Temos um Objetivo – pegando ainda no caso de uma empresa, o objetivo principal de qualquer negócio é gerar lucro. Depois desta empresa estar em “velocidade cruzeiro” podemos estabelecer objetivos maiores de vendas, ou tentar a exportação, mas temos sempre objetivos a alcançar;

Existe um Espírito Competitivo – Nós queremos sempre ganhar mais

Quanto mais Praticamos, Melhores Ficamos – Esta é a mais importante de todas. Como qualquer outra área das nossas vidas, quanto mais dedicamos o nosso tempo melhores ficamos. Quanto mais caímos melhores ficamos. Abrir uma empresa pela segunda vez não é tão difícil como na primeira. Nós aprendemos com os erros do passado e tentamos fazer diferente. Mesmo que voltemos a errar, vamos errar de um patamar superior ao anterior. Pensem nisso como uma relação. Todos nós nas nossas primeiras relações cometemos erros que, hoje, nos envergonhamos. É por isso que tentamos aprender ao máximo com eles para que não os voltemos a cometer nas nossas futuras relações.

É devido a esta última característica – dedicação de tempo – que quando mais cedo entrarmos no jogo melhor. Mais tempo temos para fazer e acumu-

Muitos pessoas evitam arriscar porque têm medo que não dê certo. É, por isso, também, que nunca vão enriquecer. Porque a rentabilidade está associada ao risco que se assume. É claro que pode dar errado. Podemos tentar e perder muito dinheiro. Mas agora faço a pergunta ao contrário. E se desse certo? Já imaginaram como a vossa vida mudaria? Estão dispostos a morrer com essa dúvida?

Uma última dica. Enquanto adultos, com as respetivas responsabilidade e preocupações que temos, diria que só nos damos a oportunidade de brincar e de jogar em duas áreas: no sexo, com os nossos companheiros, e a fazer dinheiro, com o nosso trabalho. Por isso, mais do que o resultado, divirtam-se com o processo. Tenham prazer com o jogo! Acreditem que, se fizerem isso, os resultados chegarão muito mais depressa e sem que, com isso, vocês se cansem.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 opinião/pub. 11 Pub.
Por: Emanuel Teves Coach de Finanças Pessoais emanuel.teves.coach@gmail.com

Entre os direitos humanos, a hipocrisia e a realidade

A seleção já entrou em campo num país acusado de perseguir minorias, prender manifestantes e não permitir que as mulheres saiam à rua sem autorização dos seus tutores. Enquanto a bola rola, a estratificação de classes, a relação entre poderes de famílias, a segregação de trabalhadores migrantes, sem direitos, sem proteção e sem individualidade, continuará como sempre num país que é dos mais ricos do mundo, mas onde abunda a discriminação de género, de classe e de linhagem. Dentro das quatro linhas o que conta são os golos, as camisolas e as braçadeiras que não levantem ondas, enquanto a vida rola lá fora, as elites mantêm o status quo, os jogadores jogam e aqueles que podem fogem das polémicas como quem foge dos impostos indiretos. É tudo normal, no Qatar ou noutro sítio qualquer.

Os direitos humanos não entram em campo, tal como não entram outras questões de menor importância. Pela primeira vez, um campeonato do mundo tem lugar durante o inverno ocidental, num país sem qualquer tradição futebolística, no qual abunda a censura e o jornalismo dependente do poder político e familiar, os ricos e poderosos. Há quem diga que o organismo responsável pela atribuição deste campeonato – e de outros, como o sulafricano, o russo ou alemão – foi assolado por casos de corrupção pagos em petróleo e gás natural, tão habituados que estamos a não aceitar dinheiro que precisa de lavagem, e que, vejamos neste nosso país, não tem servido para comprar imóveis e cidadania europeia, clubes de futebol e empresas públicas ou privadas, nas quais entra dinheiro sem rosto, sem lastro e sem pátria. Os trabalhadores que ergueram os estádios, e que terão morrido às centenas, serão lembrados por terem sido carne para canhão num país e numa sociedade que os vê praticamente como sub-humanos. Uma ditadura familiar que trata quem quer como quer, com o respaldo da FIFA. E novidades, temos?

Outra questão é o sentimento de injustiça que, cada um, a começar por quem tem responsabilidades políticas, deveria ou não patrocinar. Os jogos olímpicos que aconteceram em Berlim nazi e as ausências da altura, a ida do presidente francês ao mundial russo apenas na meia-final, são apenas alguns exemplos daquilo que se pode fazer quando não se pode fazer mais. Os responsáveis alemães e a crítica dura que fizeram aos decisores do futebol mundial, a tomada de posição dos jogadores ingleses no primeiro jogo, a força da resposta dinamarquesa a toda esta vergonha que é, apenas, mais uma que consumimos, criticamos e esquecemos. Mas nós somos só pessoas comuns. Os nossos líderes não o são e não deveriam fazer de conta que o são.

Mas a realidade é muito mais complexa. Tal como o sujeito que foge ao pagamento dos seus impostos e se queixa da qualidade dos serviços públicos, também a coerência embate de frente nos factos da governação. Há anos, quando o país passava por pedinte, após Sócrates e o seu governo terem gasto o que o país não tinha, Paulo Portas passou pelo organizador do mundial deste ano a apresentar o cartão dourado de entrada na comunidade e cidadania europeias. Muitos vieram passear o livro de cheques para Lisboa e outras capitais europeias, igualmente cosmopolitas e muitas vezes mais caras do que a nacional. E alguns por aí ficaram, a transformar dinheiro pouco abonatório em negócios.

António Costa, há menos tempo e sem tanta necessidade, foi vender empresas ao mesmo emirado, a ver se a conversa da seriedade de quem vendia um carro usado colava por aquelas bandas, e como consequência o dinheiro escorria por estas. Hoje, como chefe do governo, partilha com o presidente da República e do parlamento a imperiosa, para eles, obrigação de se sujeitarem a aceitar, calados, o exercício de censura e discriminação que aquela nação ostenta. Um jogo qualquer. Vejamos se depois do “L” de Lula, às portas do palácio de São Bento, onde é fácil fazer apologias várias, tem o denodo de, como outros, passar uma mensagem política pública, não só de solidariedade com quem é marginalizado e perseguido, mas principalmente de reprovação de quem o faz. Só isso já seria muito.

Coligação

chumbou Plano de Emergência Social e Económico do PS/Açores

A coligação PSD-CDS-PPM, bem como Iniciativa Liberal, Chega e PAN, votaram ontem contra o Plano de Emergência Social e Económica proposto pelo Partido Socialista no debate parlamentar sobre o Plano e Orçamento para 2023, que decorre na Assembleia Legislativa dos Açores. Desta forma, os partidos que votaram contra recusaram a criação deste Plano, que, no entender do PS/A “tinha como principal objectivo o apoio às famílias, empresas e instituições açorianas, devidamente contabilizado e enquadrado financeiramente”.

“Lamentamos esta postura, que um dia ataca o PS por não apresentar propostas e no outro dia vota contra as propostas apresentadas pelo Partido Socialista, sem perceber que desta forma está a prejudicar as famílias e as empresas açorianas, por vingança partidária”, afirmou o deputado socialista Berto Messias.

O Partido Socialista apresentou um Plano de Emergência Social e Económica dos Açores, no valor de 46 milhões e 950 mil euros, destinado “a ajudar as famílias, as empresas e as instituições de solidariedade social e misericórdias dos Açores a ultrapassarem esta crise financeira”.

Medidas do Plano

Este é um plano que contemplava a criação de um Complemento Açoriano do Rendimento das Famílias que consiste na atribuição, numa única prestação, no mês de Março de 2023, de um apoio correspondente a 65 euros por adulto com rendimentos ilíquidos mensais até 2.700 euros e de 40 euros por dependente.

Previa, também, a criação de um sistema de apoio às famílias que têm crédito à habitação para ajudá-las a fazer face ao aumento das taxas de juro. O apoio corresponde ao acréscimo do encargo resultante do aumento da taxa de juro até ao limite de 1.5 pontos percentuais em empréstimos até 125 mil euros. Nos casos de empréstimos de valor superior a 125 mil euros, as famílias beneficiariam de mesmo apoio até esse limite. Contemplava, igualmente, uma intervenção ao nível dos programas já existentes de apoio à habitação. No caso concreto, pretendia reforçar os apoios do Programa “Famílias com Futuro” e alargar os critérios de maneira que possam ser apoiadas mais famílias açorianas.

O apoio traduz-se no reforço de 15 % do valor de referência do preço do mercado de arrendamento em todos os concelhos e de 30% no concelho com um maior aumento do valor das rendas. Actualizava-se, também, em 15% o valor dos rendimentos dos agregados familia-

res enquanto requisito de acesso a esse apoio e diminui-se de 3 para 1 ano o requisito de tempo de residência na Região como condição para poder beneficiar deste apoio. Incluía também a atribuição de um apoio extraordinário numa única prestação de 500 euros aos estudantes deslocados da sua ilha para outra ilha ou para o continente, para frequência do ensino profissional ou ensino universitário, incluindo neste caso o pós-licenciatura, para fazerem face ao aumento dos custos com a habitação. Garantia a gratuitidade dos jardins-de-infância, significando isso, um impacto considerável na diminuição dos custos mensais dos agregados familiares. O Plano de Emergência Social e Económica dos Açores do PS contemplava, igualmente, uma medida de integração extraordinária no quadro da Administração Pública dos prestadores de serviço e trabalhadores em programas ocupacionais, nos termos já implementados pelos Governos do Partido Socialista no ano 2020: integração no quadro dos prestadores de serviço e dos trabalhadores com relação jurídica de emprego público de contrato a termo ou nomeação provisória que satisfaçam necessidades permanentes há pelo menos dois anos e dos trabalhadores de programas ocupacionais há pelo menos 3 anos.

Como medida especificamente dirigida aos trabalhadores da Administração Pública regional, o Plano de Emergência Social e Económica do Partido Socialista que apresentámos previa o alargamento temporário da remuneração complementar até ao nível remuneratório 32 da função pública, (2.101,82 cêntimos) inclusive.

No que respeita ao apoio às empresas açorianas, o Plano de Emergência Social e Económica dos Açores do PS contemplava medidas como a actualização do valor dos investimentos já aprovados no âmbito do COMPETIR +, a criação de uma linha de crédito regional no valor de 100 milhões de euros destinada a apoiar as empresas açorianas na criação de liquidez através do apoio ao pagamento, durante um período de 4 anos, da amortização dos empréstimos que, no âmbito da pandemia de Covid-19, beneficiaram de moratórias e que, neste momento estão da exigir um maior esforço financeiro às empresas regionais.

O PS propôs também a criação de um sistema de comparticipação, em determinadas condições, do acréscimo de custos unitários de aquisição de factores de produção, com a condição que não exista aumento do preço de venda derivado da componente apoiada dos custos de produção.

Do Plano constava também uma medida de incentivo à valorização remuneratória dos trabalhadores açorianos através de um apoio às empresas que tenham aumento de custos derivados de aumento de vencimentos dos seus trabalhadores.

Por último, no âmbito das medidas referentes às empresas, o PS propôs a criação de um mecanismo de estabilização do custo de transporte de matérias-primas e mercadorias inter-ilhas de e para a Região, com a contrapartida de estabilização do preço do transporte desses bens.

O Plano de Emergência Social e Económica que o Partido Socialista defende contemplava também um apoio extraordinário às Instituições Particulares de Solidariedade Social e Misericórdias dos Açores correspondente à atribuição de um apoio correspondente a 50 % do montante mensal que lhes cabe ao abrigo do corrente modelo de financiamento.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 12 opinião/regional
Berto Messias lamenta chumbo do Plano
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do Governo considera que o

dos açorianos”

O Plano e Orçamento do Governo de coligação para 2023 foi aprovado ontem em votação, na generalidade, com 30 votos a favor, do PSD, CDS-PP, PPM, IL, Chega, deputado independente (ex-Chega) e PAN, e 27 contra, do PS e do BE.

PS, PAN, BE e IL apresentaram, no total, 62 propostas de alteração aos documentos de gestão para 2023, das quais 26 dizem respeito ao Plano Regional Anual e 36 ao Orçamento.

Na intervenção final dos debates, o Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, afirmou que a entrada em vigor do Orçamento para 2023 “é essencial e inadiável para resolver problemas graves, evitar problemas grandiosos e aproveitar oportunidades”.

“Estas propostas de Plano e Orçamento para 2023 são fruto da responsabilidade. Foram elaboradas com responsabilidade política e democrática. Com responsabilidade social. São as propostas de maior pendor social de sempre. Responsabilidade de sustentabilidade ambiental, financeira e económica. De responsabilidade com os compromissos nacionais e internacionais, designadamente do cumprimento dos marcos e metas do plano de recuperação e resiliência”, sublinhou o governante, falando na Assembleia Legislativa Regional, na cidade da Horta.

O Plano e Orçamento para 2023, lembrou, “irá apoiar os mais frágeis e também a classe média da sociedade açoriana, com o “máximo enfoque” dado aos apoios sociais para mitigar os custos da inflação.

Entre outras medidas, o governante destacou os aumentos de 15% do Complemento Regional de Pensão, do Complemento Regional de Abono de Família ou do COMPAMID, o aumento de 22% no Apoio Social Escola, o aumento de 5% na Remuneração Complementar, a acrescer ao aumento de 10% extraordinários aumentados no segundo semestre de 2022, e o aumento dos apoios concedidos às Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Os tempos actuais, “complexos e de grande incerteza”, seja na Região, na Europa e no mundo, considerou, “condicionam fortemente o contexto de formulação e apresentação destes documentos”, e quem “dizer o contrário desta constatação é negar a realidade”.

“Os documentos que o XIII Governo dos Açores apresentou a debate têm, como enquadramento e pressupostos, a realidade nua e crua, bem como decisões que vão mudar a vida de pessoas concretas, que vão ajudá-las, no seu emprego, na sua família, no seu negócio, na sua escola, no seu hospital ou centro de saúde, na sua freguesia ou município, na sua ilha. Não são, pois, meras páginas, nem são meros números. São conteúdos de vidas concretas. As nossas vidas!”, vincou.

José Manuel Bolieiro reiterou que o projecto do Governo Regional é de década, “visando construir uns Açores com sucesso escolar, melhor saúde para todos, igualdade de oportunidades e desenvolvimento sustentável, “fundado numa economia robusta, com o seu suporte tradicional na agricultura, nas pescas e, agora também, no turismo, mas igualmente capaz de rasgar os novos caminhos das economias azul

e verde”.

Em seu entender, “todos devemos reagir no combate à crise. É admissível que a uns caiba fazer mais do que a outros e a alguns se justifique ajudar mais. Nem tudo é equivalente, nem todos são a mesma situação. Da parte do Governo dos Açores, em algumas matérias, até nos antecipámos e já contribuímos para minorar num caso e mitigar noutros os efeitos da inflação”, realçou.

Bolieiro lembrou os “importantes passos para a mudança de paradigma” na Região dados pelo Governo dos Açores, elencando medidas como o Programa Novos Idosos, a comparticipação a 100% da aquisição e instalação de painéis solares, o combate à precariedade laboral em áreas como a Saúde ou Educação, o lançamento do concurso para a empreitada de construção do MARTEC, o fim dos rateios dos apoios comunitários na agricultura e, também, o aumento do rendimento dos açorianos por via da baixa de impostos e a implementação da Tarifa Açores, essencial para a mobilidade inter-ilhas e para o conhecimento dos Açores pelos açorianos.

Estudo sobre os sobrecutos da Saúde para a revisão da Lei de Finanças Regionais

“Quem afirma que esta solução de governo está a governar para sobreviver é porque nunca foi capaz de dialogar. Governou em maioria absoluta, com muita intransigência e arrogância, e também isso contribuiu para que os Açores tenham ainda dos piores indicadores sociais do país”, assinalou.

José Manuel Bolieiro anunciou ainda que avançará um estudo “com o objectivo de conhecer o sobrecusto dos cuidados de saúde nos

Açores relativamente ao custo padrão dos cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde”, sendo esperado que o documento a surgir “seja útil argumento para futura revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas”.

“Queremos que o Estado cumpra com equidade nacional o acesso aos cuidados de saúde e no suporte dos custos públicos do financiamento ao Serviço Nacional de Saúde e ao Serviço Regional de Saúde”, disse.

E concretizou: “Apesar da muito especial situação de 2023, a anualidade de planos e orçamentos é um percurso, não é a essência da visão estratégica. Temos de ter coragem para rasgar novos caminhos. De romper com os antigos paradigmas que nos atrasam e amarram ao sub-

desenvolvimento. Sabemos que podemos fazer mais e melhor. Temos desafios a ultrapassar. E temos extraordinárias oportunidades. Nós agarramos oportunidades!”

PS: Governo “sai derrotado”

O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, considerou, no final dos debates sobre o Plano e Orçamento para 2023, que, em sequência ao seu percurso em metade deste mandato e com as propostas de PO 2023, o Governo Regional apresenta-se na Assembleia “derrotado perante si próprio e derrotado perante os açorianos”.

“Derrotado perante si próprio, porque aquilo que há um ano este mesmo Governo e os partidos que o compõem faziam gala era que o Plano de Investimentos para 2022 era o maior plano de sempre da Autonomia”, disse..

Acrescentou, a propósito, que Governo confrontado hoje com as consequências da sua “incapacidade que levam a uma taxa de execução historicamente baixa desse tal maior plano de sempre da história da Autonomia (o de 2022)”, a três meses do final do termo do prazo, o Governo “derrotado e resignado, aquilo que tenta desesperadamente é convencer os açorianos que, afinal, o que é bom é ter um plano pequenino, porque não vale a pena ter um plano com muito dinheiro, se só se executa metade’”.

“Essa tosca justificação do suposto mérito de um plano de investimentos pequenino, é o maior atestado de incapacidade e incompetência que passam a si próprios”, salientou.

Vasco Cordeiro realçou que o pano de fundo dos debates na Assembleia Legislativa Regional “foi a consciência crescente e cada vez mais generalizada do caminho de degradação acentuada das finanças públicas regionais a que conduziu as opções deste Governo Regional”.

Citou o Banco de Portugal quando revelou que a dívida pública dos Açores atingiu, no primeiro semestre deste ano, o valor de perto de 3.100 milhões de euros. A este facto, “tenta contrapor o Governo e os partidos que o com-

Correio dos Açores, 25 de novembro de 2022 14 reportagem
na generalidade na Assembleia Legislativa Regional
“Governo sai derrotado do Parlamento”, afirma
“Todos devemos realizar o combate à crise...” Aprovado
Presidente
Orçamento 2023 é “essencial para resolver os problemas graves
Vasco Cordeiro

põem e sustentam que, ao longo de 24 anos dos últimos governos regionais, a dívida pública cresceu, em média, 115 milhões de euros por ano. A conta peca por exagero”, emendou.

E realçou, em sequência, que em “apenas 18 meses que este Governo leva de funções, a dívida pública dos Açores já cresceu 657 milhões de euros. Ou seja, mesmo que dividamos por 2 anos, isso significa um crescimento médio anual de 328 milhões de euros”.

Segundo Vasco Cordeiro, do Orçamento da Região para 2023 “consta o endividamento zero, não porque o Governo queira, mas porque a isso é obrigado pela lei”.

No entender do deputado, a Região “não pode deixar de, pronta e rapidamente, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para colocarse inequivocamente ao lado das famílias e das empresas dos Açores para ajudá-las a ultrapassar a tormenta que já aí está”.

E, na oposição do deputado socialista, a postura governamental é de “esperar para ver até onde as famílias e as empresas açorianas aguentam o sofrimento para só depois fazer aquilo que agora já se impõe com urgência”.

“É esta a conclusão que retiramos da declaração do Senhor Presidente do Governo Regional de admitir um Orçamento Rectificativo em 2023 caso as circunstâncias se agravem”, disse.

Depois de se referir ao Plano de Emergência Social e Económico apresentado pelo PS e chumbado ontem no Parlamento (ler página 12) Vasco Cordeiro disse: “não nos peçam que ajudemos a empurrar a Região num caminho que, a cada dia que passa, se revela mais perigos, um caminho em que os Açores estão a ficar para trás”.

Segundo o dirigente parlamentar do PSD/ Açores, o momento que se vive nos Açores é de “transformação para melhor”, com “a economia a crescer há 17 meses consecutivos”, vincou.

Com o Turismo “a bater recordes em número de dormidas e receitas, também os açorianos nunca pagaram tão pouco nas ligações aéreas inter-ilhas”, destacou.

Enquanto “a economia açoriana revela dinamismo”, disse, o Governo Regional “não se coibiu de reduzir o imposto sobre os produtos petrolíferos, permitindo baixar o preço dos combustíveis, o mais baixo do país, salientou o deputado.

Isto a par da redução de impostos como o IRS, IVA e IRC, permitindo a “devolver aos açorianos 140 milhões de euros”, acrescentou.

Medidas que asseguram a protecção dos açorianos “para fazer face à incerteza que afecta a Europa e do mundo”, constituindo uma das grandes prioridades do Governo Regional.

Segundo João Bruto da Costa, a palavrachave do Orçamento para 2023 é “protecção. Proteger os idosos, as famílias, a economia, as empresas e as gerações futuras”.

Com a aprovação do Orçamento para 2023, “damos mais um importante contributo para fortalecer tecido empresarial da nossa Região, através da redução para 8,75% da taxa de IRC para as micro, pequenas e médias empresas açorianas”, salvaguardou.

João Bruto da Costa considerou que “a opção pelo endividamento zero constitui um momento de mudança na gestão das finanças públicas regionais”, assim como “o virar da página dos impostos altos e da dívida sem limites”.

prosseguiu João Bruto da Costa.

“É apático porque se revela incapaz de apresentar propostas credíveis. Para o Partido Socialista, os Açores e os açorianos ficam em segundo plano”, disse.

“Ao limitar-se à crítica destrutiva e a não apresentar propostas credíveis, o PS julga que está a fazer um ajuste de contas com os partidos que suportam o Governo”, quando na realidade está “a fazer um ajuste de contas com a maioria dos açorianos por ter perdido o poder”, firmou.

Catarina Cabeceiras :o “novo ciclo”

A líder parlamentar do CDS-PP Açores, Catarina Cabeceiras, afirmou, por sua vez, que o XIII Governo dos Açores inaugurou “um novo ciclo de políticas que vem corrigir anos e anos de não convergência”.

No debate das propostas de Orçamento e Plano Regional de Investimentos para 2023, Catarina Cabeceiras afirmou que “a coligação PSD/CDS-PP/PPM é garante de responsabilidade e estabilidade”, contrastando com “alguma oposição” que apelidou de “incapaz, pessimista e resignada.”

“Enquanto a coligação está preparada para responder à conjuntura difícil que todos vivemos, o Partido Socialista encontra problemas onde eles não existem e tarda em apresentar soluções realistas”, declarou a deputada do CDS-PP, para quem “o Partido Socialista não apresenta uma alternativa fidedigna”.

O Presidente da bancada parlamentar do PSD/Açores, João Bruto da Costa, realçou, por sua vez, que com a aprovação da proposta de Orçamento para 2023, “os açorianos ficarão mais protegidos para enfrentar os tempos que se avizinham”.

Para o deputado do PSD/Açores, “trata-se de documentos fundamentais para deixar os açorianos mais protegidos para enfrentar o período de incerteza que se vive na Europa e no mundo”, após os efeitos de uma pandemia.

Aliás, João Bruto da Costa frisou que “proteger os açorianos tem sido a prioridade deste Governo ao longo de dois anos”.

Segundo o líder da bancada do PSD/A, na área da Saúde, assiste-se “ao maior investimento de sempre, fazendo face aos problemas herdados da governação socialista”.

Bruto da Costa entende que ficou “muito claro” durante o debate “quem está preocupado em gerir carreiras políticas”, dirigindo-se ao PS, “pela falta de propostas, de comparência e flagrante falta de ideias”.

“Em três dias de debate, nem uma ideia o PS apresentou. Esperou pela hora limite para entregar algumas propostas. Limitou-se a picar o ponto, só para fingir que fez alguma coisa”, observou.

Tal como “ficou igualmente demonstrado que o Partido Socialista só tem como prioridade proteger a carreira política do deputado Vasco Cordeiro”, constatou.

Facto é que “nada disse sobre este Orçamento, não apresentou propostas credíveis e se limitou à crítica destrutiva”.

Actualmente, “o PS ficou reduzido ao papel de profeta da desgraça e desperdiçou mais uma oportunidade de contribuir para o bem dos Açores e dos açorianos”, transformado “no partido do pessimismo, do ressentimento e da apatia”,

“O legado deste Partido Socialista de Vasco Cordeiro condiciona hoje o desenvolvimento dos Açores e compromete o futuro das novas gerações. Não nos podemos esquecer que apesar de ter existido uma mudança governativa o passado não se apaga, não se inicia do zero e os documentos provisionais que analisamos e debatemos nestes dias são condicionados por uma história”, frisou.

O PPM enalteceu a reestruturação do sector público empresarial, o reforço dos apoios sociais, a redução dos impostos e o “salvamento” da SATA.

O deputado do IL, Nuno Barata, votou a favor do Orçamento 2023 por haver “rigor nas contas públicas e no investimento”. Em seu entender, “não há um orçamento que acuda às famílias e às empresas, de forma transversal e honesta, se não houver um orçamento de rigor nas contas públicas”.

O deputado do Chega, José Pacheco, questionou o Governo sobre se pode contar com “lealdade, verdade e compromisso” por parte do Executivo e do Parlamento, deixando claro que o Governo existe por causa do Chega.

O deputado do PAN, Pedro Neves, falou na “necessidade” de “ajustar convergências”

Correio dos Açores, 25 de novembro de 2022 reportagem
Bruto da Costa: “Prioridade é proteger os açorianos” num Orçamento que, “não é perfeito” pela conjuntura “difícil” que se atravessa.
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Por sua vez, o BE disse que votou contra o Plano e Orçamento 2023, acusando o Governo de “comprometeram o futuro” dos Açores. Bruto da Costa do PSD/A: A palavra chave do Plano e Orçamento 2023 “é proteger” Catarina Cabeceiras, do CDS/PP: o XIII Governo “iniciou um novo ciclo” nos Açores Paulo Estêvão do PPM relevou a reestruturação do sector publico empresarial da Região IL: Nuno Barata: Só com um orçamento de rigor nas contas públicas se pode ajudas as famílias PAN: Pedro Neves votou a favor mas alerta para a necessidade de haver “convergências” no PO 2023 José Pacheco reafirma papel do Chega António Lima, do BE, votou contra
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Enquanto a Ilha tremia, Loureiro gozava férias parlamentares – IX

Quando a 17 de Março entrou na Câmara dos Deputados, já aí decorriam trabalhos desde o dia 15 de Dezembro. Ainda assim, em duas semanas, conseguiu eleições intercalares, iniciou a defesa do Tribunal da Relação e propôs a criação da Comarca de Santa Maria. Pouco depois, uma longa pausa nos trabalhos. A Câmara suspendeu os trabalhos até 20 de Abril. Que fez ele entretanto? Terá ido à Ilha? Não. Ficou pelo continente. Gozou a Páscoa em família. E, além, de tratar de assuntos pessoais e dos de clientes da ilha, ter-se-á dedicado a preparar o que contava apresentar quando a Câmara reabrisse. E, na Ilha, como veriam a sua actuação naquele órgão? O que se diria pelos clubes da Ilha? Não sei. Conheço apenas o que vem na edição do dia 17 de Abril, o Açoriano Oriental. Aí, em vez de lhe agradecer, o jornal dirige-lhe palavras da dureza do basalto. De aviso. É esta a impressão que me deixa a sua leitura. O Açoriano Oriental não era o seu Correio Micaelense (que lhe elogiaria e lhe mandaria recadinhos mais susceptíveis por outras vias), era um jornal (de certo modo) independente. Como reagiu Loureiro às críticas? Após lê-las, umas boas duas semanas depois, iria seguir (ou fingiria seguir) aqueles ‘conselhos.’ O seu futuro parlamentar corria riscos. O jornal ‘avivalhe a memória:’ ‘S. S. recebeu um diploma, não para ostentação mas para representar as suas necessidades, e propor medidas que tornem efectivas a prosperidade deste país, com todos os elementos para ela, se forem bem aproveitados.’ Enquanto lhe ‘aconselhava’ (em tom de ameaça ‘amigável’) o rumo a seguir, fazia-lhe ‘ver’ as consequências caso não levasse o aviso a sério: ‘Lembre-se o senhor deputado que tem de vir para entre os seus concidadãos, ou cobrirse de glória pelo que houver feito em seu benefício, ou perder toda a consideração e prestígio se nada fizer, e a estima pública é um título tanto para invejar, que cremos em S. S. boa vontade para o conseguir.’1 Será mesmo que Loureiro levou o aviso a sério? É bem provável que tenha. Entretanto, o que acontecia lá na Ilha? Lá na Ilha, cinco dias depois do Domingo de Páscoa, a terra tremeu provocando perdas materiais e matando meia dúzia de pessoas. Na primeira página de O Açoriano Oriental, na mesma edição do aviso/ameaça a Loureiro (mais uma razão para levar a sério o ‘conselho’), sai uma notícia de ‘Última hora:’ Hoje (16), pelas 10 e um quarto da noite, sofreu a cidade um tremor extraordinário, abalando muitas casas, das quais algumas caíram (…).’2 Foi escrito no próprio dia do terramoto, mas saiu com data do dia seguinte. É o primeiro relato (um verdadeiro furo jornalístico!) da catástrofe. Que conheça. Centra-se (sobretudo) em Ponta Delgada. No dia seguinte ao terramoto, na sua casa na rua do Vencimento, na Conceição, Ribeira Grande,3 João Albino Peixoto, fortemente ‘abalado’ pelos acontecimentos, escreveu de rajada dois poemas. ‘Ao Terramoto de 16 de Abril de 1852,’ (escrito em forma de quadra) é publicado na Revista dos Açores de 21 de Abril. Albino (nos seus quarenta e muitos anos de idade)4 atribui a causa a Deus: ‘Nada vem do mero acaso,/ Tudo vem de alto destino/ Aliás, o acaso é Deus/ Ou não sabio (?) o ser Divino.’5 Posição que não desdiz outros relatos contemporâneos. O segundo, com o mesmo título, sai a 24 de Abril no Açoriano Oriental. Neste, Albino, pondo em segundo plano a parte divina, plasma emoções, enquanto descreve factos reais: ‘Ai! que espantoso arruído!/Dos tectos, que assaz tremiam, / Das vigas que se agitaram/ E dos muros que se abriram./Mil fragmentos dispersados/Já caíram em tal sorte/Que em tal confusão pareciam/ Horríveis setas da morte! Ergo-me: e, para fugirmos, / Neste moto repentino,/ À escada me dirijo,/ E co a porta não atino.’ A angústia de pai pelo que pudesse ter (naqueles instantes que parecem sempre eternidades) acontecido aos filhos brota-lhe de forma espontânea: ‘Luz acendo, deprecando./ Do altíssimo a clemência…/ Vejo a dormir três filhinhos,/ Brando sono de inocência.’ Horácio completara três anos, Maria um ano e Ana três meses.6 Após ter verificado de que nada lhes acontecera e a casa (talvez com umas fendas) estava de pé, mais sereno, sai portas fora: ‘E que ouço fora? Mil preces/Ao

Deus do Céu… e gemidos/ De alguns infelizes, que/ São mortalmente feridos!/ De lustros dois, e quatro anos,/ Uma virgem, e irmã menina/ Do vital sono ou da morte/ Fez passar cruel ruina./ Um campónio é sepultado/ Entre seixos de repente/ E apena dentre a caliça/Ilesa conserva a frente.’ A uma triste viúva/Prostra madeiro pesado;/ um menino no seu berço/ é ferido e sepultado./ De outros de mais longe agora/ Se diz que o mesmo hão sofrido:/ e imensos não pereceram/ Por ter à pressa fugido.’ O Açoriano Oriental, do dia 24 de Abril, diz quem não teve sorte na Ribeira Grande: ‘na freguesia da Conceição contam-se duas infelicidades causadas pela demolição de uma casa de Francisco Barrela, perecendo duas suas filhas, uma de 5 e outra de 15 anos de idade Nas Gramas (freguesia Matriz da mesma Vila) o infeliz João Pereira perdeu a sua única filha, está em risco de lhe faltar a esposa, ficou sem casa, e com menos algum gado que possuía.’7 Albino agradece a sua sorte: ‘Ai! Que eu podia também/ com filhinhos e consorte./ Sofrer como aqueles tristes/ As tristes ânsias da morte.’ Os poemas terão sido lidos em voz alta (como era costume) a audiências analfabetas. Uns e outros ter-se-ão identificado com Albino. Um sentimento que perduraria na memória colectiva da Ilha.8 Fruto da ligeira mudança nas mentalidades, naquele mundo rural e quase analfabeto, dominado pela visão conservadora da Igreja Católica, José de Torres colocou, lado a lado, o poeta Albino, atribuindo a causa do ‘terramoto’ a Deus, e o cientista Thomas Carew Hunt, (cônsul Britânico na Ilha) atribuindo ‘os terramotos’ a causas naturais.9

No primeiríssimo número do novo Jornal A Ilha, no dia 22 de Abril, Mariano José Cabral narra de forma ‘empenhada’ os acontecimentos. Percorrera as ruas de Ponta Delgada, sendo, pois, testemunha do que viu e ouviu. Fá-lo numa prosa fascinante, de tal forma e jeito que o leitor entra no que ele escreve. Até me recorda passagens de Gaspar Frutuoso. Ou de Fernão Lopes. Apesar de não poder ‘ainda enumerar todas as desgraças ocorridas tanto na Cidade como nas Vilas, aldeias, e povoações: por nos faltarem as notícias que se esperam nos correios desta semana,’ oferece uma notícia (bem) recheada de pormenores. Escrevera-o no dia 20. ‘Depois de grandes chuvas e ventanias, amanheceu o dia 16 [numa sexta-feira] seco e cálido: de tarde a atmosfera apresentou-se carregada, mas ninguém pressentia o triste acontecimento da noite. Cinco minutos apenas depois das dez horas começou [o terramoto] (…) [que] segundo os melhores calculistas, durou apenas cinco segundos (…).’ Neste ponto, convém dizer que há narrativas divergentes. Continuando com Mariano Cabral: ‘Desabaram edifícios, outros se arruinaram, os caminhos abriram-se, os muros caíam, e as pessoas corriam aterradas de um para outro lado a procurarem segurança para as vidas nos largos e nas praças, bradando por Misericórdia! (…) Desde aquele momento começaram todos a correr para o largo de S. Francisco, aonde se reuniram num instante cerca de duas mil pessoas de ambos os sexos, dirigindo-se todas as súplicas para a milagrosa imagem do Senhor Santo Cristo (…). Viram-se então procissões de penitência, uns descalços, e outros de joelhos correrem para as portas do templo [Convento de Nossa Senhora da Esperança].’ Os tremores continuaram no dia seguinte, ‘pelas quatro horas e vinte cinco minutos da madrugada do dia 17, outro tremor se sentiu, muito menos violento que o primeiro é verdade, porém mais aterrador pelo receio da repetição.’

O Bispo da Diocese, D. Frei Estêvão de Jesus Maria, autoexilado em Ponta Delgada, ‘mandou fazer preces por três dias consecutivos em todas as paróquias e conventos de religiosas a que ele próprio assistiu na igreja Matriz.’ As autoridades laicas do Distrito e do Concelho não ficaram atrás do Bispo. É ainda Mariano Cabral quem no-lo diz: ‘no momento do terror o sr. Governador Civil acompanhado do Sr. Administrador deste Concelho, percorreu as ruas e as praças, animando a todos, com palavras de conforto e de esperança. (…).’

Na ‘capital do Distrito,’ além de muros caídos, de algumas poucas casas arruinadas, e de uma menina ‘de cinco anos, chamada Branca’ que havia falecido, saltando para os edifícios públicos, Mariano destaca (e eu sublinho-o a traço grosso), ‘muito há que recear das casas onde estão os Paços do Concelho, e a Cadeia Pública pelo seu estado de ruina, sendo urgentíssimo acolher-se-lhe de pronto.’As autoridades locais, Distritais e Loureiro, como ‘cão que não larga o osso,’ nunca mais iriam largar estas duas (assim o haviam decidido) prioridades Distritais. A concluir a sua narrativa, lança um pungente apelo às autoridades para que ‘(…) providenciem de algum modo, para no possível se socorrer a miséria e o desvalimento.’ De onde viria o socorro? Do reino? Sugere: ‘Recorra-se também a S. M.,

e faça-se ver ao Governo da Rainha, que o povo de um Districto, que anualmente concorre para as despesas gerais do estado, com somas avultadas merece neste momento toda a sua atenção, todos os seus desvelos e justiça.’ Terá vindo? Vejam lá de onde poderia vir: ‘É preciso recorrer às almas generosas não só desta Ilha, mas de todas, de Portugal mesmo, do Brasil, e de toda a parte para que acudam ao aflicto, que por esta fatalidade ficou sem tecto, sem pão e sem auxílios.’10 Viria daí? A 23 de Abril, Félix Medeiros, o Governador-Civil enviou um primeiro (e bastante incompleto) relatório da ocorrência a Rodrigo da Fonseca, ‘Ministro do Reino,’ e seu superior na ‘jerarquia.’ António Teixeira de Macedo, seu braço direito, (certamente a seu pedido e com o seu consentimento), não só (quase de certeza) o terá escrito,11 como o terá feito chegar aos jornais. Conviria, para acalmar os ânimos e dar esperança, manter os ‘habitantes’ a par do que o Governador ia fazendo. O jornal A Ilha, de Manuel José Morais, folha conservadora ligada aos Cartistas, pega no texto e publica-o na edição do dia 29. Tirando a narrativa dos acontecimentos, que não diverge muito da que Mariano José Cabral, como vimos, já publicara naquele mesmo jornal, o Governador desculpava-se perante ‘O ministro do Reino’ por não poder ainda enviar-lhe ‘uma relação exacta dos acontecimentos que tiveram lugar nos diferentes pontos desta Ilha.’ Tal atraso, acusa, devia-se ao ‘desleixo ou ignorância dos Regedores,’ que não havendo enviado relatório aos ‘Administradores dos Concelhos,’ estes não puderam, por seu turno, enviar-lhe seja o que for nesse sentido.

O que considerava aí o Governador ser prioritário? Aqui vai: a ‘sorte’ dos presos e o ‘estado’ da cadeia. Numa situação de muita carência (sobretudo) entre a ‘populaça’ ‘desfavorecida’ (a esmagadora maioria), temer-se-iam (os habituais) ‘alevantes’ e outras formas violentas de atentados à propriedade alheia? É possível. Era urgente tomar medidas. Além da tropa nas ruas, que o governador de combinação com o comandante do forte, pôs logo a patrulhar as ‘ruas da Cidade,’ a cadeia (obviamente) seria essencial. Pelas condições desumanas em que se encontravam os reclusos. O Conselheiro Bento Cardoso de Gouveia Pereira Corte-Real, Presidente do Tribunal da Relação dos Açores (de 1848 a 1856), seria solidário (e cúmplice?) nessa matéria com o Governador.12 Uma achega? Só hoje - 18 de Novembro - descobri o seu nome,13 o que me leva mudar o que afirmei no artigo anterior. Havia quem, como este Conselheiro, não se importasse de vir para a ilha. Trabalhos de História? Sempre em aberto. E humildade. É o caso de Corte Real. Esse magistrado terá nascido por volta do ano de 1810 na freguesia de Nossa Senhora do Ó da Várzea (?), bispado de Viseu. Prova de que fixou residência em Ponta Delgada é o facto de a filha Ana ter nascido e sido baptizada em Ponta Delgada. Joaquim Fernandes Gil (pai do futuro Visconde do Porto Formosos), capitão de navios e negociante em Ponta Delgada, foi quem representou por procuração o padrinho: avó materno de Ana.14 É (muito) provável que conhecesse quem representava. Por que razão trouxe a esta narrativa Fernandes Gil? Porque talvez possa, por um lado, ‘indiciar’ as ligações deste à família Corte Real, por outro, através dele, possa igualmente ‘indiciar’ as ligações (de conhecimento) dos Corte Real na ilha. Outra suspeita? A sede do Tribunal da Relação dos Açores partilhava um espaço do antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição com o Governo Civil e a Junta Geral. Dando-se (aparentemente) bem, seria pois fácil conseguir contactos discretos. Ou oficiais. Além do mais, o Conselheiro Corte Real era mais ao menos da idade de Loureiro. Será que só se conheceram na Ilha (contactos profissionais?) ou já se conheceriam de Coimbra? Levado por essas ‘suspeitas,’ repensando o que antes escrevi, creio ser plausível admitir que a defesa do Tribunal até possa ter tido origem no próprio Conselheiro Corte Real. Mas pode (igualmente) não ter partido dele, tendo este apenas aderido ou não se oposto à ideia. Certo? Além dele, à altura, faltava ao Tribunal um Vice-Presidente, Juízes e Procurador Régio. Reivindicar uma melhor cadeia seria (poderia ser) uma forma subtil (e inteligente) de defender também a própria manutenção daquele Tribunal em Ponta Delgada. Significativamente (ou não), a cadeia (Distrital) seria inaugurada no ano em que Corte Real abandonou a Ilha. Loureiro, com algum (natural) atraso, ia tomando conhecimento do que se ia passando na ilha pela leitura dos jornais que assinaria, pelos relatos de gente que ia e vinha da Ilha, por carta ou por vias oficiais. Enquanto esperava instruções da Ilha, entretanto a Câmara dos Deputados já reabrira, Loureiro ia avançando com projectos e requerimentos. Que ajuda veio? Vamos ver no próximo trabalho.

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Correio dos

No próximo Domingo

IX Festival de Bandas de Música Filarmónicas António Moniz Barreto no Cine Teatro Lagoense

O Cineteatro Lagoense Francisco d´Amaral Almeida, irá acolher no Domingo, pelas 16h00, o IX Festival de Bandas Filarmónicas “António Moniz Barreto”. Esta iniciativa de carácter cultural é organizada pela Associação Musical de Lagoa, com o apoio da Câmara Municipal de Lagoa, e pretende ser, mais uma vez, uma homenagem ao prestigiado lagoense António Moniz Barreto, que sempre viveu pela música, tendo pertencido, inclusive, às duas bandas filarmónicas da cidade.

Este ano, a 9ª edição do Festival António Moniz Barreto contará com a actuação da Sociedade Filarmónica Lira do Rosário e da Banda Filarmónica Estrela d´Alva, tendo por convidada a Banda Lealdade de Vila Franca do Campo. Este festival vem assinalar o 15º aniversário da Associação Musical de Lagoa.

Para a autarquia lagoense, as bandas filarmónicas têm grande importância para a formação de adultos e, também, de novas gerações, revelando-se verdadeiras escolas de valores e referências da cultura açoriana e lagoense na integração da juventude.

Assim, as bandas filarmónicas farão um pequeno desfile, pelas 16h00, com saída de pontos distintos. A Banda Lealdade

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a

participação de cada banda no Cineteatro Lagoense Francisco d’Amaral Almeida.

De relembrar que, António Moniz Barreto nasceu em 1907, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário, tendo deixado um grande legado no campo da música, como compositor e pela sua paixão pelas bandas filarmónicas.

Cultivou o seu conhecimento musical, de forma autodidata, tendo, nomeadamente, começado a tocar flautim com 8 anos. Já com 18 anos, regeu a Sociedade Filarmónica Lira do Rosário, durante 43 anos, tendo efectuado um trabalho meritório, nas composições de várias marchas fúnebres, graves, canções, ordinários, fantasias e rapsódias. Pertenceu, também, à Sociedade Filarmónica Estrela D´Alva, onde permaneceu 3 anos, até à sua morte, em 1978.

A Associação Musical de Lagoa, constituída no dia 30 de Novembro de 2007, tem como principal objectivo divulgar a cultura musical no concelho, nomeadamente através da sua Academia de Música, que lecciona aulas de piano, saxofone, guitarra, acordeão, bateria, percussão, flauta, guitarra elétrica, viola baixo, canto e formação musical.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 20 regional/pub.
de Vila Franca do Campo sairá do Largo Sainte Therese e percorrerá a Rua 25 de Abril. A Banda Lira do Rosário sairá do Porto dos Carneiros e percorre a Rua Dr. José Pereira Botelho. A Banda Estrela d’Alva sairá do edifício Paços do Conce- lho e percorrerá a Rua Almeida Garret e Herculano Amorim Ferreira. As três bandas terminam o percurso em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde interpretarão a peça “O Açoriano” da autoria de António Moniz Barreto, seguindo-se Cine Teatro Lagoense

Correio Desportivo

Catar 2022

Portugal entra a ganhar no Campeonato do Mundo 2022

Portugal venceu ontem o Gana, por 3-2, na primeira jornada do Grupo H. Cristiano Ronaldo, de grande penalidade (65 minutos), João Félix (78m) e Rafael Leão (80) foram os marcadores de serviço da Selecção Nacional.

Portugal e Gana entraram em campo, no Estádio 974, sabendo que no jogo de abertura do Grupo H, Uruguai e Coreia do Sul tinham empatado sem golos, no Education City Stadium.

Como curiosidade, refira-se que o Estádio 974 tem a particularidade de ter sito construído com contentores, alinhados ao longo de uma estrutura de ferro.

Para este encontro, Fernando Santos, apostou em Raphael Guerreiro para o lado esquerdo da defesa, em Rúben Neves para o meio campo defensivo e em João Félix ao lado de Cristiano Ronaldo na frente. No centro do eixo defensivo Danilo fez dupla com Rúben Dias, com Pepe a começar no banco.

No banco de Portugal não houve novidades a registar. No entanto, Nuno Mendes, que recentemente esteve lesionado ficou de fora dos eleitos de Fernando Santos, que fez alinhar de início, os seguintes jogadores: Diogo Costa, João Cancelo, Danilo, Rúben Dias, Raphael Guerreiro, Rúben Neves, Otávio, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, João Félix e Cristiano Ronaldo.

Portugal entrou a querer dominar o encontro, e João Félix e Rúben Neves criaram perigo na área ganesa, logo aos 6 minutos, mas a defesa imperou e cortou.

Aos 10 minutos, Ronaldo surgiu na cara do guarda-redes Lawrence Ati-Zigi, mas perdeu o duelo. Neste lance ficou, no entanto, a capacidade de Portugal recuperar a bola e criar perigo.

Passados três minutos, Raphael Guerreiro conquistou um canto e no seguimento deste lance, Cristiano Ronaldo, surgiu a cabecear ao lado da baliza do Gana.

Portugal fazia circular a bola, tinha maior tempo de posse de bola (70%) e tentava não errar no passe, mas o Gana dificultava a vida aos jogadores portugueses, tentando criar perigo a espaços, como aconteceu aos 22 minutos, após um ressalto no ataque ganês, só que João Cancelo estava atento.

O Gana mantinha-se na expectativa de poder criar perigo, mas continuava a não arriscar.

À passagem da meia hora de jogo houve golo invalidado a Portugal, com o árbitro a considerar que Ronaldo cometeu falta sobre Alexander Djiku, antes de finalizar.

O Gana demorou 37 minutos para chegar até à área portuguesa, com Rúben Dias, perante a pressão de Iñaki Williams, a acabar por ceder o primeiro pontapé de canto para o Gana.

Um minuto depois, novo canto para os ganeses, desta vez sobre o lado esquerdo cedido por Bruno Fernandes. Do mesmo, nada resultou.

Até ao intervalo, realce apenas para João Cancelo, que combinou com Otávio, mas o médio não conseguiu cruzar e a bola perdeu-se pela linha final.

Findo o primeiro tempo, Portugal teve sete remates à baliza contra nenhum do Gana.

No recomeço, Otávio tentou o cruzamento, pressionado por Thomas Partey, mas o lance resultou num pontapé de baliza.

E vieram os golos…

O primeiro remate do Gana surgiu aos 54 minutos, de fora da área e ao lado da baliza de Portugal.

No entanto, pouco tempo depois Mohammed Kudus cavalga pelo meio-campo português e atira de pé esquerdo, ao lado da baliza à guarda de Diogo Costa.

Aos 62 minutos, Portugal ganha uma grande penalidade assinalada a seu favor, devido a uma carga de Mohammed Salisu nas costas de Cristiano Ronaldo.

Concentrado, Ronaldo não desperdiçou e atirou a contar, aos 65 minutos. Foi o seu 118.º golo pela selecção (192 jogos).

A resposta surgiu da parte de Thomas Partey, que tentou o remate de longe, sem nexo, aos 68 minutos.

Depois, Mohammed Kudus disparou forte para uma defesa muito atenta e a dois tempos de Diogo Costa, antes do Gama empatar a partida, por intermédio de André Ayew, que marcou o seu primeiro golo na prova, aos 73 minutos. Bola em profundidade no lado direito, para a corrida de Mohammed Kudus, que cruza para a finalização de André Ayew.

Contudo apareceu João Félix a voltar a colocar Portugal em vantagem, aos 77 minutos.

André Yew ainda estava a ser cumprimentado no banco, após ter sido substituído no encontro por Jordan Ayew, viu João Félix a atirar a contar. Bola em profundidade, de Bruno Fernandes para João Félix, que aproveita a falha de Baba Rahman e não perdoa na cara de Lawrence Ati-Zigi.

Mas, o melhor estava para vir, quando aos 80 minutos, num contra-ataque rápido de Portugal, conduzido por Bruno Fernandes, este soltou o esférico para a finalização irrepreensível de Rafael Leão.

Cristiano Ronaldo surgiu isolado na cara de Lawrence Ati-Zigi e tentou picar a bola, mas o guardião ganês levou a melhor.

O Gana nunca desistiu, lutava com aquilo que podia, e aos 89 minutos, uma desatenção de João Cancelo permitiu a Baba Rahman o cruzamento, no corredor esquerdo, que cruzou para o cabeceamento certeiro de Osman Bukari.

Nos 9 minutos de descontos dado pelo árbitro, o jogo tornou-se frenético e Portugal conseguiu segurar a vantagem, criando inclusivamente boas jogadas de envolvimento, apesar de apanhado um susto nos instantes finais, que Diogo Costa resolveu.

Terminado o encontro, Portugal lidera o grupo com 3 pontos e o Gana fica com zero, no último lugar. Uruguai e Coreia do Sul, que empataram, somam 1 ponto.

Portugal joga agora na próxima Segunda-feira, dia 28 de Novembro, com o Uruguai (18h00), enquanto que o Gana defronta a Coreia do Sul (12h00).

Jogos e transmissões para hoje (Sexta-feira)

2.ª jornada do Grupo B: País de Gales – Irão (09h00, Estádio Ahmed bin Ali), Sport TV.

2.ª jornada do Grupo A: Catar – Senegal (12h00, Estádio Al Thumama), Sport TV.

2.ª jornada do Grupo A: Países Baixos – Equador (15h00, Estádio Internacional Khalifa), RTP1.

2.ª jornada do Grupo B: Inglaterra – Estados Unidos (18h00, Estádio Al-Bayt), RTP 1.

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Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022
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Taça da Liga

Santa Clara perde no Estádio do Mar diante do Leixões

Equipa açoriana jogou mais de 60 minutos reduzido a 10 jogadores.

Não começou da melhor maneira a participação do Santa Clara na Taça de Liga, já que perdeu no Estádio do Mar, por 2-1, com o Leixões, na Quarta-feira à noite.

O jogo, que contou para a segunda jornada do Grupo G da competição até começou mal para os da casa, com a formação de açoriana a marcar primeiro por intermédio de Rildo Filho (18 minutos).

Já na segunda parte, a história foi bem diferente, isto porque o Santa Clara também viu Cristian Tassano ser expulso, ainda na primeira parte (30m). Thalis, aos 51 minutos, e Fabinho (60m) protagonizaram a reviravolta no marcador e deixaram os três pontos no Estádio do Mar.

Esta foi a segunda vitória do Leixões na Taça da Liga, depois de ter ganho à UD Oliveirense, por 2-1, na primeira jornada, no sábado.

Na Sexta-feira, dia 18, Arouca e Feirense haviam empatado a um golo, no Estádio Municipal de Arouca.

Amanhã será a vez da UD Oliveirense jogar frente ao Feirense, num encontro que arranca às 10h00, no Estádio Carlos Osório.

O Santa Clara volta a jogar agora na próxima Terça-feira, no Estádio de São Miguel, com a União Desportiva Oliveirense, a partir das 19h45.

Posto isto, a classificação do Grupo G está assim ordenada: 1.º Leixões, 6 pontos; 2.º Feirense, 1; 3.º Arouca, 1; 4.º Santa Clara, 0; 5.º Oliveirense, 0.

Treino antes do regresso aos Açores

Entretanto, a equipa profissional do Santa Clara treinou ontem de manhã em solo continental antes de regressar aos Açores para preparar o embate frente à União Desportiva Oliveirense.

Os titulares da partida frente ao Leixões fizeram o habitual treino de recuperação pós-jogo.

Entre os dias um e quatro de Dezembro

Os restantes jogadores treinaram normalmente às ordens do técnico Mário Silva, tendo em vista a partida da 3.ª jornada da Taça da Liga com data marcada para a próxima Terça feira, dia 29 de Novembro, às 19h45, no Estádio de São Miguel.

A comitiva do CD Santa Clara regressou ontem à tarde a Ponta Delgada.

Os bilhetes para esta partida estão à venda, na loja oficial do clube. Bilhetes a 3 euros

com oferta especial para os sócios do Clube Desportivo Santa Clara.

João Afonso chamado à selecção

João Afonso, guarda-redes do CD Santa Clara de apenas 15 anos, está convocado para a Selecção Nacional de Sub-16.

O jovem irá assim participar no estágio de preparação que terá lugar entre os próximos dias 28 e 30, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Esta é a primeira chamada do talento encarnado, que no último mês de Outubro assinou contrato de formação com os “encarnados” de Ponta Delgada.

João Afonso tem actuado pelos juniores do CD Santa Clara, apesar de ser presença regular nos treinos da equipa principal. Aquando da recepção ao Sporting, por exemplo, fez até o aquecimento no relvado ao lado de Gabriel Batista e Ricardo Fernandes.

Terceira acolhe Azores Ocean Surfski

O Angra Iate Clube, em parceria com a Federação Portuguesa de Canoagem e a Associação Regional de Canoagem dos Açores, leva a efeito, entre os dias um e quatro de Dezembro, um evento internacional de canoagem, designado Azores Ocean Surfski.

"O sucesso da primeira edição, realizada em Outubro de 2021, com a presença dos atletas portugueses medalhados olímpicos, Fernando Pimenta e Emanuel Silva, e o atleta espanhol, medalhado olímpico, Carlos Perez, entre outros grandes nomes de referência planetária da modalidade, a que se juntaram os rasgados elogios à qualidade da organização do certame, fez com que os Açores se afirmassem com condições de excelência para a prática da modalidade de canoagem de mar", refere, em declarações a Diário Insular, Fábio Meneses, presidente da associação regional da modalidade.

Segundo o nosso interlocutor, "é de sublinhar que nesta edição vamos ter um elevado número de atletas espanhóis,

não esquecendo, por outro lado, a canoísta olímpica Teresa Portela e novamente Bernardo Pereira, atleta madeirense que este ano é o padrinho do acontecimento. Recorde-se, a propósito, que estamos perante o atual campeão da Europa de Canoagem de Mar em Sub-23 e terceiro classificado no Campeonato do Mundo de Canoagem de Mar em Sub-23".

Evolução sustentada

A modalidade de canoagem vive uma fase de acentuado desenvolvimento nos Açores em geral e na ilha Terceira em particular, graças, sobretudo, ao trabalho dos clubes e da associação regional, não esquecendo, como é evidente, a qualidade de atletas e treinadores.

A prova Azores Ocean Surfski é mais uma etapa na asserção dos Açores como local de eleição para a prática de desportos náuticos, funcionando, ao mesmo tempo, como um ótimo cartão-de-visita.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 desporto 22
Fotos CDSC
Treino antes do regresso aos Açores

Liga 3 Série B

Grupo Desportivo das Fontinhas procura contrariar jovens leões

Um dado curioso, que vale o que vale: enfrentam-se a equipa com mais empates na Série “B” (GD Fontinhas com cinco) e uma das duas que ainda não empatou (estatuto que o Sporting CP “B” reparte com o Moncarapachense).

Está indicada para Sábado e Domingo a 10.ª ronda do Campeonato da Liga 3 - Série “B”, na qual o Grupo Desportivo das Fontinhas visita a equipa secundária do Sporting Clube de Portugal, duelo em cartaz para amanhã, com arranque às 10h00 (hora dos Açores), no Estádio Aurélio Pereira - Academia Cristiano Ronaldo.

Moralizada pela excelente, e justa, vitória em casa do Real (2-1), em partida em atraso da sexta jornada, o que lhe permitiu ascender ao quinto posto da classificação geral com 14 pontos, a dois do trio da vanguarda (Amora, Belenenses e Caldas), a turma orientada por Pedro Lima encara a deslocação a Alcochete com o legítimo desiderato de pontuar.

Um dado curioso, que vale o que vale: enfrentam-se a equipa com mais empates na Série “B” (GD Fontinhas com cinco) e uma das duas que ainda não empatou (estatuto que o Sporting CP “B” reparte com o Moncarapachense). Veremos o que significam estes números, sendo que, no que diz respeito ao saldo de golos, há muita semelhança (10-9 para os açorianos e 11-10 para os lisboetas).

Registe-se que o Sporting CP “B” tem um jogo em atraso, com o líder Amora, ocupando o sétimo posto com 12 pontos, ou seja, em oito encontros, quatro vitórias

e quatro derrotas. Belenenses, Caldas e GD Fontinhas, com apenas um desaire, são as equipas que menos perderam. Mais um exemplo do notável desempenho do conjunto praiense.

Programa

Aqui fica, em jeito de conclusão, o programa para o fim-de-semana:

Amanhã: Sporting CP “B” - GD Fontinhas (10h00, Estádio Aurélio Pereira, com transmissão directa na Sporting TV), Oliveira do Hospital - Académica de Coimbra (14h00, Estádio Municipal de Tábua) e Amora - Moncarapachense (14h00, Estádio da Medideira).

Domingo: Real - Alverca (14h00, Campo n.º 1 do Real Sport Clube), União de Leiria - Caldas (16h00, Estádio Municipal de Leiria) e Belenenses - Vitória de Setúbal (18h00, Estádio do Restelo).

Classificação: 1.º Amora, 16 pontos (-1 jogo); 2.º CF “Os Belenenses”, 16; 3.º Caldas, 16; 4.º União de Leiria, 14; 5.º Fontinhas, 14; 6.º FC Alverca, 13; 7.º Sporting “B”, 12 (-1 jogo); 8.º Vitória FC, 11; 9.º Oliveira Hospital, 10; 10.º Moncarapachense, 9; 11.º Real SC, 7; 12.º Académica Coimbra, 6 pontos.

Clube Motard de Santa Maria já tem programa para 2023

O Clube Motard de Santa Maria, fundado a 3 de Abril de 2003, já deu a conhecer o seu plano de actividades para 2023.

Recorde-se, que esta agremiação, que tem sede social no Lugar do Forte de São Brás, na Vila do Porto, em Santa Maria, tem como principais objectivos a organização de passeio de lazer bem como uma forte vertente social de apoio a instituições de solidariedade locais, onde as parcerias com outras organizações locais, ou não, são também uma realidade.

Do programa previsto constam 14 eventos, distribuídos pelos 11 meses do ano, sendo que o primeiro será a 11 de Janeiro, com o habitual Passeio de Ano Novo, e o derradeiro, no mês de Dezembro, com o não menos habitual Pai Natal Motard.

Programa em agenda para 2023: 11 de Janeiro: (Domingo) Passeio de Ano Novo. 12 de Fevereiro: (Domingo) Passeio Carnavalesco. 26 de Março: (Domingo) Passeio de Primavera. 1 a 3 de Abril: (Sábado, Domin-

go e Segunda-feira) Comemorações do 20o aniversário do CMSM. 14 de Maio: (Domingo) XXVII Doação de Sangue; 20 de Maio: (Sábado) Homenagem ao Santo Cristo dos Milagres. 10 de Junho: (Sábado) VII Clássicas marienses a rolar. 22 de Julho: (Sábado) V Color Fest CMSM. 31 de Agosto a 7 de Setembro: Projeto Douro 2023. 9 de Setembro: (Sábado) Forte Festa. 24 de Setembro: (Domingo) XXVIII Doação de Sangue. 11 de Outubro: (Quarta-feira) Visita ao CAO da Santa Casa da Misericórdia. 12 de Novembro: (Domingo) Passeio misto. 15 de Dezembro: (Domingo) Pai Natal Motard.

Recorde-se, que o Clube Motard de Santa Maria, instituição sem fins lucrativos, não é mais do que um grupo de amigos que tem uma paixão em comum: as motas e a actividade do mototurismo.

No grupo reina a boa disposição e a camaradagem, factores importantes para se aspirar a ser motociclista e sócio.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 desporto 23
Foto FPF
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Prova decorreu no Pavilhão Gimnodesportivo Padre Martinho, em São Romão

Associação de Karaté dos Açores com seis pódios no Campeonato Nacional

A Associação de Karaté dos Açores (AKA) conquistou, no passado fim-de-semana, em Seia, mais seis medalhas no Campeonato Nacional para os escalões de Cadetes, Juniores e Sub-21.

A Associação de Karaté dos Açores (AKA) conquistou, no passado fim de semana, em Seia, mais seis medalhas no Campeonato Nacional para os escalões de Cadetes, Juniores e Sub-21.

Isabel Medeiros, do Clube de Karaté Shotokan de Rabo de Peixe (CKSRP), e Maria Oliveira, do Clube de Karaté-do Shotokan de Angra do Heroísmo (CKSAH), arrecadaram a prata e Afonso Costa e Beatriz Ávila, do CKSAH, Matilde Medeiros, do CKSRP, e Nuno Mendonça, do Clube de Karaté Shotokan da Povoação (CKSP), o bronze, todos na disciplina de Kumite (combate).

Destaque ainda para os karatecas do CKSAH Gonçalo Martins, João Pereira e Rodrigo Barbosa, este último na vertente de Kata (forma) e o atleta do CKSRP, Afonso Medeiros que disputaram o acesso ao terceiro lugar, perdendo e ficando na 5.ª posição, uma vez que não existe quarto lugar nesta competição.

A prova decorreu no Pavilhão Gimnodes-

Defende a

Participaram,

Ávila (Associação Recreativa da Preparatória da Calheta),

Secretária Regional da Educação

Enaltece Paulo Gomes, deputado do PSD/Açores

A Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, apresentou uma proposta para potenciar a participação de alunos com limitações nas actividades desportivas escolares.

O anúncio foi feito no Conselho Regional do Desporto Regional, que reuniu os representantes de todas as escolas do ensino regular e das escolas privadas que participam nas actividades desportivas.

"Apelámos aos elementos do Conselho para equacionarem a participação de alunos com dificuldades motoras, visuais, auditivas e até mesmo mentais, para também participarem nas modalidades do desporto escolar", explicou.

Para isso, a titular da pasta da Educação referiu ser necessário adaptar "os regulamentos dos jogos e das actividades para terem em consideração, nas suas fases de classificação, diferentes critérios, consoante os diferentes níveis funcionais dos alunos".

Durante o encontro, a governante anunciou aos conselheiros que pretende implementar "um sistema transparente e uniforme de redução de horas lectivas" para que os docentes de Educação Física "possam planear as actividades do desporto escolar", servindo este ano lectivo como um "ano preparativo".

"A proposta é que este ano sirva para fazermos uma avaliação, por escola, do interesse nas actividades e nas dinâmicas dos jogos e até mesmo a avaliação do número de alunos participantes", esclareceu.

Sofia Ribeiro frisou ainda a articulação

com a Secretaria Regional da Saúde e Desporto através de uma "série de actividades e de dinâmicas" que pretende "avaliar o nível de capacitação dos alunos e a sua condição física", como o projecto DESpertar, e outras actividades que objectivam potenciar "o nível de competição do desporto escolar", como o projecto Dos Zero aos Jogos Olímpicos.

"Por um lado, contribuímos para hábitos de vida saudáveis, mas também potenciamos a qualidade e a competitividade no desporto", realçou.

O Conselho Regional do Desporto Escolar foi presidido, pela primeira vez, pelo Director Regional da Educação e da Administração Educativa, estando antes sob a alçada da tutela do Desporto.

Governo

da

coligação

com políticas desportivas

renovadas

O deputado do PSD/Açores, Paulo Gomes, realçou na passada Quarta-feira “a renovação” levada a cabo pelo Governo da Coligação ao nível das políticas de desenvolvimento desportivo, numa acção “que se traduz numa mudança de modelo estrategicamente pensada e que dará os seus frutos”.

O social-democrata referiu-se “a uma mudança de modelo na política de desenvolvimento desportivo, em que deixámos de ter uma Direcção Regional de Desporto para simplesmente distribuir dinheiro pelas associações, visando somente a organização da actividade desportiva”.

“Não podíamos estar mais satisfeitos com a profunda renovação de políticas que este Governo Regional está a levar a cabo, de que podemos destacar dois bons exemplos, o Programa ‘Dos Zero ao Jogos Olímpicos’ e o ‘Açores Activos’”, adiantou.

Programas

O Programa “Dos Zero aos Jogos Olímpicos” é constituído por cinco projectos, englobando a Estimulação Motora Precoce, as Escolinhas da Motricidade, as Escolinhas do Desporto, o Treino e a competição nos escalões de formação e o Alto Rendimento.

“É uma iniciativa que apresenta patamares de evolução bem definidos e uma estratégia bem delineada no tempo, pois só assim nos poderemos preparar para competir com os melhores”, considerou Paulo Gomes, que é Vice-presiden-

te da bancada parlamentar do PSD/Açores.

“Com estas políticas, estamos a criar bases sustentáveis, com níveis de exigência cada vez maiores, rumo a um verdadeiro processo de desenvolvimento”, adiantou.

“E depois temos as melhorias introduzidas no programa ‘Açores Activos’, com um aumento evidente das oportunidades criadas para que toda a população participe, praticando desporto e actividades físicas com todas as vantagens daí decorrentes, nomeadamente a prevenção de doenças, visando sempre uma vida mais saudável”, afirmou.

Paulo Gomes realçou igualmente um estudo em curso na Região, “que envolve cerca de sete mil crianças e jovens, e que pretende obter cerca de meio milhão de dados sobre as respectivas capacidades motoras”, assim como defendeu um escrutínio “dos níveis de saúde e bem-estar das populações, já decorrentes do Programa ‘Açores Activos’, que aumentou a actividade física geral, pelo que terá igualmente reflexos nos níveis de saúde pública”, concluiu.

desporto 25 Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022
Inclusão no desporto escolar de alunos com limitações
portivo Padre Martinho, em São Romão, numa organização da Federação Nacional de Karaté - Portugal. em representação da AKA, 24 atletas e sete treinadores: os competidores Bernardo Moreira e Daniel Afonso Costa, Ana Andrade, Beatriz Ávila, Gonçalo Martins, Isabel Leandres, João Gonçalves, João Pereira, Lara Costa, Madalena Van-Zeller, Maria Oliveira e Rodrigo Barbosa (CKSAH), Abel Costa, Isac Cabral, Martim Arruda e Nuno Mendonça (CKSP), Afonso Anselmo, Leonor Alemão, Rafael Bettencourt, Tomás Ferreira (Clube de Karaté Shotokan da Relva) e Afonso Medeiros, Isabel Medeiros e Matilde Medeiros (CKSRP); e os treinadores Dinis Moreira (ARPC), João Castro, Miguel Farto e Pedro Correia, (CKSAH), Lídia Mendonça (CKSP), Nelson Rego (CKSR) e Miguel Pereira (CKSRP).

01:15 A Nossa Tarde

03:07 Açores hoje - Ep. 205

04:00

Telejornal Açores

04:35 Histórias da Terra e da Gente 2 T2Ep. 57

04:51 Ensaia Comigo... - Ep. 6

05:32 Terra: Histórias da CerâmicaEp. 5

06:01 Rumos T13 - Ep. 36

06:32 Sociedade Civil T18 - Ep. 174

07:30 Açores hoje - Ep. 205

08:20 Zig Zag T19 - Ep. 55

08:35 Zig Zag T19 - Ep. 56

08:50 Zig Zag T19 - Ep. 57

09:06 RTP3 / RTP Açores 10:00 Plenário Parlamentar - Plano e Orçamento 2023 - Ep. 5 13:00 Jornal da TardeAçores 13:20 1ª Fila - Ep. 43 13:30 RTP3 / RTP Açores 16:00 Notícias do Atlântico- Açores 16:30 Visita Guiada T6Ep. 22

17:01 Açores hoje - Ep. 206

17:54 Conselho de Redação - Ep. 4 18:45 Parlamento Açores - Ep. 37 19:45 Histórias da Terra e da Gente 2 T2Ep. 59

20:00 Telejornal Açores 20:43 Entrevista - Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro 21:35 Consulta Externa - Ep. 44 21:57 Outras Histórias T5 - Ep. 15

03:00 Televendas

05:09 Manchetes 3

05:30 Bom Dia Portugal

09:00 Praça da Alegria

11:59 Jornal da Tarde

13:15 Os Nossos Dias T2 - Ep. 150

14:15 Os Nossos Dias T2 - Ep. 151

Tiago e Sofia acabam por assumir o namoro perante Susana e Raquel. Os dois mostram-se muito cúmplices.

15:00 Países Baixos x Equador - Mundial 2022

17:00 Portugal em

18:00 Inglaterra x Estados UnidosMundial 2022

20:00 Telejornal

20:30 Porquinho Mealheiro T1Ep. 81

21:30 Em Casa d’Amália T4Ep. 8

José Gonçalez

recebe vários convidados ligados ao fado. Espaço inspirado nas célebres noites em que Amália Rodrigues recebia em sua casa, na Rua de São Bento, Poetas, Cantores, Pintores, Músicos, Atores, mas acima de tudo amigos, para tertúlias infindáveis, que entravam pela noite dentro.

22:45 Catar 2022 - Noites Do Mundial - Ep. 6

13:00

Sociedade Civil T18 - Ep. 180 14:00 A Fé Dos Homens

14:30 Ruas com História e Memória - Ep. 1

15:00 Musaranho-Elefante: O Espírito Da Floresta

16:00 Espaço Zig Zag

16:01 O Pequeno Malabar - Ep. 13 16:05 Picnic Com Bolo - Ep. 7 16:10 Wissper T2 - Ep. 18 16:15 Kiwi - Ep. 42 16:20 Não-Não - Ep. 6 16:25 Molang T2 - Ep. 50

16:30 Bing T1 - Ep. 7 16:35 Numberblocks T2 - Ep. 19 16:40 Puffin Rock - Ep. 64 16:50 Pat, O Cão - Ep. 68 16:55 Blinky Bill - Ep. 34 17:05 Molang T2 - Ep. 51

17:10 Milo T1 - Ep. 20 17:20 Ideiafix E Os Irredutíveis - Ep. 48 17:30 Design Ah! Um Olhar Sobre o Design T1 - Ep. 16 17:40 As Perguntas da Mily T1 - Ep. 29 17:50 Radar XS T5Ep. 33 17:58 Basquetebol: Vitória x BenficaCamp. Nacional 19:50 Folha de Sala 19:55 Bombordo T2Ep. 1 20:30 Jornal 2 21:00 O Palast - Ep. 2 21:45 Folha de Sala 21:50 Parasitas

01:15 Original É A Cultura T4 - Ep. 25 01:45 Volante T24 - Ep. 11

02:00 Advnce T1 - Ep. 90 02:30 Linha Aberta T8Ep. 207

03:15 Televendas 04:30 Camilo, O Presidente T2 - Ep. 4 05:00 Manhã SIC Notícias

07:30 Alô Portugal T14 - Ep. 228 09:00 Casa Feliz T3Ep. 235

12:00 Primeiro Jornal 14:00 Linha Aberta T8Ep. 208

15:00 Júlia T5 - Ep. 212 17:00 Fina EstampaEp. 284

17:30 Amor Eterno Amor - Ep. 201 18:15 Quem Quer Namorar Com O Agricultor?Diário (Tarde) T6 - Ep. 40 19:00 Jornal Da Noite 20:30 Sangue OcultoEp. 51 Duas gémeas (Carolina e Benedita), que nunca se viram, descobrem que foram separadas à nascença, mas a busca da verdade é um caminho de surpresas e desencontros.

21:15 Lua De Mel - Ep. 125

21:45 Por Ti - Ep. 187 O que divide a Aldeia de Cima e a Aldeia de Baixo é muito mais do que o rio. Uma é povoada por conservadores que subsistem da terra, a outra recebeu “novos-rurais”, ecologistas, jovens famílias e artistas.

22:30 Um Lugar Ao Sol - Ep. 90

01:00 Big Brother: Ligação à Casa 01:15 Louco AmorEp. 7 03:15 TV Shop 04:45 Os Batanetes 05:05 O Rei Juliano 05:30 Diário Da Manhã 06:00 Esta Manhã 09:10 Dois às 10 11:58 Jornal Da Uma 13:55 A Única MulherEp. 464 15:05 Goucha 17:10 Big Brother: Última Hora 18:10 Big Brother: Diário 18:58 Jornal Das 8 20:55 Festa É FestaEp. 477 21:25 Quero É ViverEp. 238 22:20 Para SempreEp. 268 Pedro (Diogo Morgado) tem um passado misterioso e um objectivo maior: reconquistar Clara (Inês Castel-Branco). Separado do seu amor de juventude por um episódio trágico, a reunião é quase impossível, sobretudo porque ela é noiva do seu irmão. O homem a quem ele salvará a vida.

23:00 Big Brother: Extra Um resumo dos momentos dos concorrentes da casa mais vigiada do país.

Astrólogo Luís Moniz

signos

site: http://meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO (21/03 a 20/04)

Atravessa uma época marcada por novidades compatíveis com o seu espírito conquistador e aventureiro. Porém, cabe a si tomar as iniciativas certas.

TOURO (21/04 a 20/05)

A conjuntura traz-lhe uma influência positiva. Daqui em diante, vai sentir maior capacidade para lidar proveitosamente com todos os acontecimentos.

GÉMEOS (21/05 a 20/06)

Durante esta fase, preste atenção a todas as movimentações e adote um comportamento bastante ponderado de forma a evitar confusões desnecessárias.

CARANGUEJO (21/06 a 22/07)

É possível que agora encontre a solução para os problemas que limitam a sua vida. Use a sua força de vontade para superar situações desfavoráveis.

LEÃO (23/07 a 22/08)

Há possibilidades de alcançar os êxitos desejados, mas assuma uma postura mais criativa e flexível de modo a conseguir concretizar os seus planos.

VIRGEM (23/08 a 22/09)

Há uma energia que lhe traz desenvolvimentos auspiciosos em todos os setores da sua vida. É tempo de eliminar obstáculos e de avançar com coragem.

Previsão do estado do tempo nos Açores

BALANÇA (23/09 a 23/10)

O momento é oportuno para superar dúvidas e hesitações que prejudicam o bom andamento da sua vida amorosa. Se precisar, peça ajuda especializada.

ESCORPIÃO (24/10 a 21/11)

Está com ótima capacidade de agir na altura certa e tudo começa a correr de forma mais positiva, mas não tenha medo de tomar decisões arrojadas.

SAGITÁRIO (22/11 a 20/12)

A ocasião é propícia para rentabilizar as suas aptidões que por vezes estão ocultas. Se assim for, certamente vai obter os resultados pretendidos.

CAPRICÓRNIO (21/12 a 19/01)

As suas boas energias estão evidenciadas e atraem apoios para os seus projetos. Contudo, deve tirar o melhor proveito desta etapa de crescimento.

AQUÁRIO (20/01 a 19/02)

Embora este seja um ciclo destinado à reestruturação da sua vida em geral, no entanto aprenda com os erros e procure alterar o rumo para o futuro.

PEIXES (20/02 a 20/03)

Perspetivam-se bons progressos em termos sentimentais, profissionais e financeiros. Trata-se de um novo período protegido pelo seu regente Júpiter.

ESTATUTO EDITORIAL

1 - O Correio dos Açores define-se como um órgão de comunicação social de grande informação regional.

2- O Correio dos Açores orienta-se por critérios de rigor e criatividade editorial, sem qualquer dependência de ordem ideológica, política e económica.

3- O Correio dos Açores afirma-se ainda como um portavoz dos princípios e valores defendidos e aceites pelos Açoreanos na defesa da sua Autonomia e no integral respeito pelos princípios consagrados na Constituição da República.

GRUPO OCIDENTAL

Céu muito nublado, com abertas a partir da manhã. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada.

Períodos de chuva por vezes FORTE na madrugada e manhã, passando a aguaceiros.

Vento sul muito fresco a FORTE (40/65 km/h) com rajadas até 95 km/h na madrugada e manhã, rodando para oeste e tornando-se fresco (30/40 km/h).

ESTADO DO MAR

Mar grosso a ALTEROSO, tornando-se cavado. Ondas oeste de 4 a 5 metros.

Temperatura da água do mar: 18ºC

TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS Santa Cruz das Flores: 13 / 19ºC

GRUPO CENTRAL

Céu muito nublado, com abertas a partir da tarde. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada.

Períodos de chuva por vezes FORTE, passando a aguaceiros.

Vento sul muito fresco a FORTE (40/65 km/h) com rajadas até 100 km/h, rodando para oeste e tornando-se bonançoso (10/20 km/h) para o fim do dia.

ESTADO DO MAR

Mar ALTEROSO, tornando-se de pequena vaga.

Ondas do quadrante oeste de 3 a 4 metros.

Temperatura da água do mar: 19C

TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS Horta: 13 / 18ºC

Angra do Heroísmo: 13 / 17ºC

GRUPO ORIENTAL

Céu geralmente muito nublado. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada.

Períodos de chuva.

Vento sul fresco a muito fresco (30/50 km/h) com rajadas até 75 km/h, rodando para sudoeste.

ESTADO DO MAR

Mar cavado a grosso.

Ondas do quadrante oeste de 2 a 3 metros.

Temperatura da água do mar: 19ºC

TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS Ponta Delgada: 14 / 18ºC

4 - O Correio dos Açores procurará veicular temas sociais, políticos e culturais diversificados, correspondendo às motivações e interesses de um público plural, debatendo ideias suscetíveis de promoverem o enriquecimento da opinião pública, sempre norteados pelos valores éticos e cívicos.

5 - O Correio dos Açores compromete-se a assegurar o respeito pelos princípios deontológicos e pela ética profissional dos jornalistas, assim como a boa-fé dos seus leitores.

Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 televisão 26
alteração à programação que publicamos é da responsabilidade das respectivas estações
Qualquer
Informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera Frente friaFrente quenteFrente OclusaFrente Estacionária Centro de Alta Pressão Centro de Baixa Pressão
15:00 - Países Baixos x Equador - Mundial 2022 - RTP1 18:00 - Inglaterra x Estados Unidos - Mundial 2022 - RTP1

Ribeira Grande

FARMÁCIAS

Ponta

Ribeira Grande - Farmácia da Misericórdia Rua de São Francisco, 81 Telefone: 296472359

HOSPITAIS

Ponta Delgada - 296 203 000 Nordeste - 296 488 318 - 296 488 319

Vila Franca - 296 539 420

R. Grande - 296 470 500 Povoação - 296 585 197 - 296 585 155

POLÍCIA

Ponta Delgada - 296 282 022, 296 205 500 e 296 629 630

Trânsito - 296 284 327

R. Grande 296 472 120, 296 473 410

Lagoa - 296 960 410

Vila Franca - 296 539 312

Furnas - 296 549 040, 296 540 042

Povoação - 296 550 000, 296 550 001, 296 550 005 e 296 550 006

Nordeste - 296 488 115, 296 480 110, 296 480 112 e 296 480 118

Maia - 296 442 444, 296 442 996

R. Peixe - 296 491 163, 296492033

Capelas - 296 298 742, 296 989 433

Santa Maria - 296 820 110, 296 820 111, 296 820 112 e 296 820 110

POLÍCIA MUNICIPAL

Rua Manuel da Ponte, n.º 34 9500 – 085 Ponta Delgada Tel. 296 304403/91 7570841 Fax: 296 304401 E-Mail: policiamunicipal@mpdelgada.pt

BOMBEIROS

Ponta Delgada - Urgência 296 301 301

Normal 296 301 313

Ginetes - 296950950

Nordeste - 296488111

Vila Franca - 296539900

Ribeira Grande: 296 472318, 296 470100

Lomba da Maia - 296446017, 296446175

Povoação - 296 550050, 296 550052

Centro de Enfermagem Bombeiros de Ponta Delgada Todos os dias das 17h00 – 20h00

Incluindo Sábados, Domingos e Feriados

MARINHA

Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC Delgada) Tel. 296 281 777 Polícia Marítima de Ponta Delgada (PM Delgada) Tel. 296 205 246

PORTO DE ABRIGO

Estação Costeira Porto de Abrigo Tel. 296 718 086

GABINETE DE APOIO À VÍTIMA

296 285 399 (número regional) 707 20 00 77 (número único)

apav.pontadelgada@apav.pt 2.ª a 6.ª das 9:30 às 12:00 e das 13:00 às 17:30

MUSEUS

Ponta Delgada

Museu Carlos Machado

Inverno (de 1 de Outubro a 31 de Março)

Terça a Domingo, das 9h30 às 17h00

Verão (de 1 de Abril a 30 de Setembro)

Terça a Domingo, das 10h00 às 17h30

Museu Hebraico Sahar Hassamaim de Ponta Delgada - Portas do Céu (Sinagoga)

Segunda a Sexta, das 13h00 às 16h30

Museu Militar dos Açores

De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00

Sábado e Domingo das 10h00 às 13h30 e das 14h00 às 18h00

Encerrado aos feriados

INFORMAÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

Museu Municipal Museu “Casa do Arcano” Museu da Emigração Açoriana Museu Vivo do Franciscanismo Casa Lena Gal Aberto de 2ª a 6ª - 09h00/17h00

Museu Municipal do Nordeste Aberto de 2.ª a 6.ª das 09h00 às 12h00 e das 13h00 às 16h00

Povoação

Museu do Trigo

De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00 Sábados, Domingos e Feriados das 11h00 às 16h00

SERVIÇOS CULTURAIS

Ponta Delgada Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada Horário de inverno (Outubro a Junho) De 2.ª a 6.ª das 9h00 às 19h00 Sábado das 14h00 às 19h00 Horário de Verão (Julho a Setembro) De 2.ª a 6.ª das 9h00 às 17h00

Sábado encerrado

Biblioteca Municipal Ernesto do Canto Rua Ernesto do Canto s/n 9500-313 Tel: 296 286 879; Fax: 296 281 139 Email: biblioteca@mpdelgada.pt Horário: 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 Horário de verão (durante as férias escolares): 2ª a 6ª feira das 8h30 às 16h30

Ribeira Grande Arquivo Municipal; Biblioteca Municipal De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 17h00

Povoação Biblioteca: De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00

Ribeira Grande Centro Comunitário e de Juventude de Rabo de Peixe Teatro Ribeiragrandense Horário da 2ª a 6ª das 9h00 às 17h00

MISSAS

Semana - 08.00 – Santuário Senhor Santo Cristo dos Milagres; 09.00 - Santuário Senhor Santo Cristo dos Milagres; 12.30 – Igreja Paroquial da Matriz (São Sebastião); 18.00 – Igreja Imaculado Coração de Maria e Igreja Paroquial de São José; 18.30 – Igreja Paroquial da Matriz (São Sebastião); 19.00 – Igreja Paroquial de São Pedro, Igreja de Nossa Senhora de Fátima, (de terça-feira à sexta feira) e Igreja Paroquial de Santa Clara (de Quarta-feira à sexta feira); (Terça-feira e Quintafeira às 19 horas), Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima

Sábado - 08.00 – Santuário Senhor Santo Cristo dos Milagres; 12.30 - Igreja Paroquial da Matriz (São Sebastião); 16.00 – Igreja Nª Sra. Das Mercês (Bairros Novos); 17.00 – Clínica do Bom Jesus (Suspensa); 17.30 – Igreja Imaculado Coração Maria (S. Pedro); 18.00 – Igreja Paroquial de S. JOSÉ e Igreja Paroquial de Santa Clara; 19.00 - Igreja Paroquial de São Pedro, Igreja Nossa Senhora Fátima e Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima

Domingo - 08.00 – Santuário Senhor Santo Cristo dos Milagres; 09.00 - Santuário Senhor Santo Cristo dos Milagres; 09.30 – Clínica Do Bom Jesus (Suspensa); 10.00 – Igreja Matriz e Igreja Imaculado Coração de Maria (S. Pedro) e Igreja Paroquial Santa Clara; 10.30 – Casa de Saúde Nª Sra. Conceição e Hospital Divino Espírito Santo (Suspensa); 11.00 – Igreja Paroquial São Pedro e Igreja Paroquial de São José; 11:30 - Igreja de Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima; 12.00 – Igreja Matriz, Santuário Santo Cristo e Igreja Nossa Senhora Fátima; 12.15 – Ermida de São Gonçalo (São Pedro)*; 17.00 – Igreja Paroquial da Matriz (São Sebastião); 18.00 – Igreja

Paroquial São José **; 19.00 – Igreja Paroquial São Pedro

* Não há no mês de Agosto

** Nos meses de Julho e Agosto não haverá Eucaristia Dominical às 18h00, na Igreja de São José. Esta será retomada no 1º Domingo do mês de Setembro.

MOVIMENTO AÉREO

Azores Airlines Chegada a Ponta Delgada de: Funchal: 13:45 Lisboa: 07:25, 14:05 20:40 Porto: 14:00 Praia, Cabo Verde: 16:45 Toronto: 06:05

Partida de Ponta Delgada para: Boston: 18:00 Funchal: 08:55 Lisboa: 08:25, 15:05, 21:35 Porto: 08:30 Praia, Cabo Verde: 08:10

Air Açores Chegada a Ponta Delgada de: Flores: 17:05 Graciosa: 17:00 Horta: 13:25, 17:10, 19:50 Pico: 10:20, 19:45 São Jorge: 16:30 Santa Maria: 07:55, 20:50 Terceira: 07:40, 11:45, 13:05, 14:15, 18:55, 19:40

Partida de Ponta Delgada ppara: Flores: 13:55 Graciosa: 14:45 Horta: 08:40, 10:50, 17:30 Pico: 08:00, 17:35 São Jorge: 14:15 Santa Maria: 06:30, 19:25 Terceira: 07:15, 07:30, 12:15, 13:35, 17:00, 20:15

TAP Chegada a Ponta Delgada de: Lisboa: 12h15

Partida de Ponta Delgada para: Lisboa: 12h55

MOVIMENTO MARÍTIMO

NAVIOS DA TRANSINSULAR

MONTE DA GUIA – Na Horta largando para Flores MONTE BRASIL –Em Leixões largando amanhã para Praia da Vitória PONTA DO SOL – No Pico largando para Ponta Delgada S. JORGE – Nas Velas largando Para Horta e Flores

INSULAR - Em Lisboa largando para Ponta Delgada LAURA S - Na Praia da Vitória largando para Lisboa

NAVIOS DA MUTUALISTA AÇOREANA

Transporte

EFEMÉRIDES

1542 - Os escoceses, comandados por Jaime V, são vencidos pelos ingleses na batalha de Solway Moss .

1965 - O presidente Joseph Kasavubu, do Congo democrático, é deposto por um golpe de Estado, comandado pelo general Joseph Mobutu, que assume o poder, mudando o nome do país para República do Zaire. 1975 - Em Portugal, um dispositivo militar, com base no regimento de comandos, e sob a orientação do então tenente-coronel Ramalho Eanes, opõe-se, com êxito, a uma tentativa de sublevação de unidades militares e ocupação de meios de comunicação social, efectuada por elementos conotados com certos sectores da esquerda.

1978 - Um Jacto das linhas aéreas paquistanesas despenha-se ao descolar de Jida, Arábia Saudita, causando 156 mortos.

1980 - Trabalhadores polacos continuam a levar a efeito paralisações laborais, num

CORVO – Em Lisboa, largando para Ponta Delgada FURNAS – Em Velas, largando para Ponta Delgada

BAÍA DOS ANJOS: Ponta Delgada para Vila do Porto

7:59 - Baixa-mar 1:44 - Preia-mar 20:12 - Baixa-mar 14:04 - Preia-mar

esforço para conseguirem a independência sindical.

1990 - Lech Walesa coloca-se a frente, com 40 por cento dos votos, na primeira volta das eleições presidenciais polacas. 1993 - Júlio Pomar, pintor português, radicado em Paris, recebe, na fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o prémio Montaigne 1993, da fundação FVS Hamburgo. 1998 - A Câmara dos Lordes da GrãBretanha considera “não valida” a imunidade diplomática de Pinochett.

Pensamento do dia: “O extase é uma coisa que não se pode exprimir com palavras... dá uma sensação de música “ - Mark Twain (1835-1910) - pseudônimo do escritor norte-americano Samuel Langhorne Clemens.

Este é o tricentésimo trigésimo dia do ano. Faltam 36 dias para o termo de 2022.

CINEMA CINEPLACE PARQUE ATLÂNTICO Cinderella e o Príncipe Secreto Qua. a Sáb.: 17:20 A Luz do Diabo Qui. a Sáb.: 19:20 Devotion - Uma História de Heróis Qui. a Sáb.: 15:30 / 18:20 / 21:10 / 00:00 Black Panther: Wakanda Para Sempre Qui. a Sáb.: 21:40 / 15:00 / 18:10 / 21:20 / 23:55

Alma Viva Qui. a Sáb.: 14:30 Black Adam Qui. a Sáb.: 21:20 O Amigo Crocodilo Qui. a Sáb.: 15:00 Estranho Mundo Qui. a Sáb.: 13:10 / 15:15 / 17:20 / 19:33

Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada

Sábados: das 14h00 às 17h00

Euromilhões

Próximo sorteio sexta-feira € 77.000.000 Último sorteio 22/11/2022 21 22 24 29 42 + 3 11

M1lhão Próximo sorteio sexta-feira € 1.000.000 Último sorteio 18/11/2022 VZP 20903

Totoloto Próximo sorteio sábado € 12.400.000 Último sorteio 23/11/2022 18 20 25 26 45 + 8

Lotaria clássica Próxima extração 28/11/2022 € 600.000 Última extração 21/11/2022 1º Prémio 53941

Lotaria popular Próxima extração 24/11/2022 € 75.000 Última extração 17/11/2022 1º Prémio 26211

Totobola Próximo concurso domingo € 24.000 Último concurso 20/11/2022 XX1 XXX 11X X121 1

Totobola extra Próximo concurso sexta-feira Super 14 não disponível Último concurso 17/11/2022 122 222 221 2XXX 1

Ourique; José Manuel Monteiro da Silva; Fernando Marta; José Maria C. S. André; Sérgio Rezendes; Khol de Carvalho; João Luís de Medeiros; António Benjamim; Luís Anselmo; Beja Santos; Mário Moura; Mário Chaves Gouveia; Maria do Carmo Martins; Áurea Sousa; Paulo Medeiros; Jerónimo Nunes; Armando Mendes; Isaura Ribeiro; Helena Melo; Osvaldo Silva;

Tiragem: 4.000 exemplares Sede do editor, da redacção e da impressão: Rua Dr. João Francisco de Sousa, n.º 16 9500-187 Ponta Delgada – S. Miguel – Açores Contactos: Redacção 296 709 882 / 296 709 883 / jornal@correiodosacores.net; desporto@correiodosacores.net. Marketing e Publicidade: 296 709 889 296 709 885 pub@correiodosacores.net Estatuto Editorial disponível em www.correiodosacores.pt

agenda 27 Correio dos Açores, 25 de Novembro de 2022 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-adjunto: Santos Narciso - Sub-director: João Paz- Chefe de Redacção: Nélia Câmara - Redacção: Marco Sousa; Joana Medeiros; Luís Lobão; Carlota Pimentel - Correio Económico: Coordenador - Óscar Rocha; Colaboradores: António Pedro Costa - Fotografia: Pedro Monteiro - Revisão: Rui Leite Melo - Paginação, Composição e Montagem: João Sousa (Coordenação); Luís Craveiro; Helder Filipe - Marketing e Publicidade: Madalena Oliveirinha: Colaboradores residentes: João Bosco Mota Amaral; Vasco Garcia; João Carlos Abreu; António Pedro Costa; Álvaro Dâmaso; Gualter Furtado; Carlos Rezendes Cabral; Eduardo de Medeiros; Valdemar Oliveira; Pedro Paulo Carvalho da Silva; João Carlos Tavares; Carlos A.C. César; Teófilo Braga; Fernando Marta, Sónia Nicolau; Alberto Ponte; Arnaldo
Propriedade Gráfica Açoreana, Lda. Contribuinte 512005915 Número de registo 100916 Conselho de Gerência - Américo Natalino Pereira Viveiros; Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros; Dinis Ponte Capital Social 473.669,97 Euros Sócios com mais de 5% do Capital da Empresa Américo Natalino Pereira Viveiros; Octaviano Geraldo Cabral Mota; Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros
Ricardo Teixeira; José Luís Tavares; Judith Teodoro.
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Açores Esta publicação tem o apoio do PROMEDIA III - Programa Regional de Apoio à Comunicação Social Privada TABELA DAS MARÉS
296 38 2000 96 29 59 255 91 82 52 777 296 302 530 296 20 50 50 919 501 266 TÁXIS PRAÇA DE TÁXIS TRANSFERES JOGOS SANTA CASA COLISEU MICAELENSE TEATRO
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Delgada – Farmácia Garcia Parque Atlântico Rua da Juventude 38, Loja 22 Telefone: 296302420
Marítimo Parece Machado, Lda ELISA RODRIGUES, PDLJAZZ 25 NOVEMBRO - 21H30 GRANDE BAILE DE RÉVEILLON 2023 1 JANEIRO - 01H00

dos Açores

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Acção de divulgação e interação científica nas ilhas de São Miguel e de Santa Maria

Terá hoje lugar, pelas 10h00, no Salão Nobre do Teatro Micaelense, uma acção de divulgação e interação científica intitulada “Espelho meu, espelho meu, há planeta mais belo do que o meu?”, dinamizada pelo astrofísico e astrónomo Cláudio Melo e aberta a alunos das escolas da ilha de São Miguel.

Esta será uma iniciativa do gabinete do Subsecretário Regional da Presidência, através da EMA - Espaço, e da Agência Espacial Portuguesa, inserida na implementação da Estratégia dos Açores para o Espaço - eixo prioritário Divulgação, Educação e Cultura Científica para o Espaço.

Será sobretudo uma interação entre o convidado e a audiência sobre sustentabilidade, astrofísica e exploração espacial, onde se fará uma re-

flexão sobre as implicações práticas de nos tornarmos uma espécie interplanetária, como sugere Elon Musk. Olhar-se-á para os planetas extra-solares mais próximos, o que sabemos sobre as atmosferas desses mundos, e viajando pelos planetas do nosso Sistema Solar em busca dos elementos necessários à vida como a conhecemos.

Espera-se com esta actividade, despertar nos participantes uma consciência das nossas origens cósmicas, criando ao mesmo tempo a necessidade de cuidar do nosso planeta e do acesso ao Espaço.

Ainda hoje, pelas 21h00, haverá nova sessão desta iniciativa científica no OASA - Observatório Astronómico de Santana, aberta ao público em geral.

Já amanhã, dia 26 de Novembro, as atenções centram-se no Auditório do Hotel de Santa Maria onde, pelas 21h00, a população poderá assistir à última interação desta iniciativa que visa contribuir para criar uma comunidade cada vez mais consciente dos benefícios e importância da exploração espacial, dos desafios que implica e do nosso papel enquanto comunidade neste âmbito.

Para o futuro, o objectivo será criar um ciclo de acções deste género, a dinamizar em todas as ilhas do arquipélago, no âmbito de um roteiro cultural e educacional para o Espaço, dando oportunidade a todos os cidadãos de pensar e refletir sobre a importância destas temáticas estratégicas para a Região Autónoma dos Açores.

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Relva A Câmara Municipal de Ponta Delgada, promove esta Sexta-feira, pelas 21 Horas, um concerto pelo Quarteto Quadrivium, na secular e vetusta Igreja de Nossa Senhora das Neves na freguesia da Relva. O Quarteto é composto por Ana Teresa Oliveira, Filipa Gomes, Beatriz Teves e Margarida Almeida. O evento terá como cenário o belo retábulo de rica talha dourada em barroco nacional da primeira metade do séc. XVIII da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora das Neves. Quarteto de Cordas Quadrivium
Concerto na Igreja de Nossa Senhora das Neves esta noite na

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