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Editorial | Dr. António José Henriques

Editorial

Nullius in verba

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A Pandemia, ao que parece, deixou o mundo de pernas para o ar, ou então, apenas realçou o que a humanidade tem de menos bom. Aspecto que vem sempre à tona nas alturas de crise. Vamos então, por momentos, esquecer os obscurantistas, que nesta altura ainda protestam contra a vacinação e os maldizentes, que estão sempre do lado das críticas por ser mais simples do que posicionarem-se do lado das soluções.

Aproxima-se velozmente o dia em que podemos, novamente, dar uso à liberdade para escolher as pessoas que melhor poderão representar e defender os nossos direitos, na nossa autarquia. Que o façamos pois, sem abdicar deste direito. Que o façamos sem deixar que a decisão fique por mãos alheias. Que o façamos sem esquecer o legado de todos os candidatos, a obra realizada, as batalhas que têm encabeçado, mais do que as suas palavras.

Há um lema que tenho abraçado na vida, da Royal Society de Londres de 1663, Nullius in verba, que significa : As palavras não contam e não são confiáveis pois são fáceis de proferir. Lema, este, que norteia todos os meus passos e o que considero ter realmente valor: • a honestidade - lido muito mal com a corrupção, • a solidariedade - não consigo deixar de ajudar quem precisa, • a resiliência - não desisto das minhas convicções e vou à luta, custe o que me custar, • o trabalho - nada se alcança sem ele • e a liberdade - penso de acordo com o que acredito, não sou ou serei um Yes man .

Por isto também, apelo ao voto, porque é a altura de em democracia, dizermos em quem acreditamos. De uma maneira séria e deixando pelo caminho as guerras e insultos das redes sociais.

Sendo estes valores universais e que conjugados e seguidos, em muito beneficiariam o estado da Nação e do Mundo.

O coronavírus também nos ensinou a pensar à escala global. A percebermos que as nossas acções não se extinguem no patamar do prédio onde moramos, quintal ou jardim de casa. As nossas acções, mesmo as que não praticamos, às vezes sobretudo essas, têm consequências de importância maior do que a que lhes atribuímos ou conseguimos visualizar.

A crise climática que atingiu a Europa , com imagens de cheias que inundaram os nossos écrans e incêndios impossíveis de controlar, foram mais exemplos de que o futuro chega sempre mais cedo, de que o respeito que devemos à natureza e a este planeta que a todos pertence começa nos simples gestos de não poluir, de diminuir a nossa pegada ecológica e de apostar na sustentabilidade.

Abracem os valores e mais do que os

direitos, os vossos deveres n

Dr. António José Henriques Director Editorial redaccao.revistasaudehoje@gmail.com

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