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Os Mitos que Envolvem o Tratamento Psiquiátrico

aos seus problemas de vida e, portanto, pensam que ao resolvê-los, todo o mal-estar cessaria. Pois bem, estas ideias são falsas.

Estar doente não é uma condição voluntária, não se escolhe se sentir mal, para se chegar no adoecimento um conjunto de fatores estão associados: predisposição genética, alterações químicas no cérebro, traumas, ambientes desestruturados e até mesmo hábitos pouco saudáveis, como privação de sono, má alimentação, uso de drogas ou álcool, sedentarismo e tantos outros. Apenas um destes fatores descritos talvez não seja suficiente para sozinho provocar um adoecimento, mas o conjunto deles sim. Da mesma forma, o tratamento das doenças da mente não depende apenas de mudanças de hábitos ou desejo do indivíduo, inclusive algumas destas condições até impedem que a pessoa perceba que está doente e não tenha vontade ou energia para buscar uma solução. Propor que alguém tenha a possibilidade de melhora, apenas pelo seu desejo, é como solicitar a alguém que tem pressão alta que pare de tomar seus remédios e deseje que sua pressão fique controlada. Sabemos que o resultado deste ato será catastrófico, o indivíduo correrá sérios riscos de vida.

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APsiquiatria é uma ciência médica relativamente nova. Apenas no século XX surgiram as primeiras classificações e estudos científicos a respeito da natureza biológica das doenças mentais e passou a se propor tratamentos para cura ou alívio do sofrimento da mente. É uma área médica que evoluiu muito em pouco tempo desde sua origem, com tratamentos mais eficazes e acessíveis nos dias atuais.

Apesar disso, ainda existe muito preconceito relacionado à especialidade, em parte pela ideia de que perder o controle da mente está relacionado a algum tipo de fraqueza ou até mesmo pela ideia de que o indivíduo que sofre de um adoecimento psíquico tem o poder de voluntariamente melhorar, basta ter força de vontade e querer mudar. Outras pessoas, reduzem a origem das doenças mentais

Outros mitos acerca do tratamento psiquiátrico que impactam a procura da especialidade envolvem o uso das medicações, que nem sempre serão a primeira e única escolha do tratamento, mas que podem muito contribuir com a melhora do paciente. Muito se fala em dependência aos remédios psiquiátricos, mas atualmente, pouco se usa medicamentos com este risco e a maioria dos tratamentos costuma ter um tempo determinado, a depender da história e evolução de cada paciente.

O efeito a longo prazo do uso das medicações também é uma preocupação frequente, mas hoje sabemos que à medida que os remédios corrigem o funcionamento do cérebro, prevenimos a deterioração da memória e da cognição, ou seja, protegemos o cérebro dos danos das doenças. É claro que algumas pessoas podem apresentar efeitos adversos com o uso das medicações, mas o psiquiatra tem o papel de ajustar o tratamento até que este se torne eficaz e tolerável.

Uma longa conversa com um profissional confiável pode solucionar dúvidas e desmistificar o cuidado com a saúde mental!

Maria Alice Sobreira

Psiquiatra

CRM 189467 | RQE 94120

Clínica Tellure

São Paulo – Rua Domingos de Morais, 2187, Bloco Paris – Sala 701 Contato para consultas presenciais e on-line: (11) 9.5969-6735

Clínica Mestieri

Rua Bélgica, 271, Jardim Celani – Salto/SP

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