Catálogo cigarra e cia - Grupo Fora

Page 1

cigarra e cia GRUPO FORA

Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 - Atos Visuais Funarte Brasília - Galeria e Marquise

1


2


cigarra e cia GRUPO FORA

c a t á l ogo d o b i c h o b a n c o

pro j e t o

I n t e r v e n ç ã o : 1 3 / 0 2 / 2 0 1 4 a 1 6 / 0 3 / 2 0 1 4

M ar q u i s e Comp l e x o Cu l t ura l F u n ar t e Bra s Í l i a

1 ª e d i ç ã o e d i t ora u d e s c

3


4


cigarra e cia GRUPO FORA

BrasĂ­lia, 2014

5


A

T

O

S

VIS

U

A

IS

2

0

1

3

O programa Atos Visuais, nos espaços expositivos da representação da Funarte em Brasília, alcança seu objetivo maior, agora, porque a Galeria Fayga Ostrower ampliada permitirá dialogar, de forma completa, com a Marquise e Jardins. É fundamental lançar mão de opções cada vez mais amplas para atender à diversidade de linguagens da arte contemporânea, que hoje realiza interfaces com outros campos das artes em toda sua extensão. Brasília divulga a produção artística de criadores de todo o país de forma a cumprir o seu destino como capital federal, reunindo e debatendo ideias atuais sobre este momento de grandes transformações na vida social e política do país. Os artistas que aqui estão representam parte dessas mudanças, ao exercer a liberdade de expressão, criação e propor novas formas de fazer, ver e interpretar nossa realidade, anunciando um novo olhar sobre o ser humano e sua capacidade de renovar e transformar o meio por onde circula e intervém.

El programa Atos Visuais, en los espacios expositivos de la sede de la Funarte en Brasília, alcanza a su más grande objetivo, ahora, pues la Galeria Fayga Ostrower ampliada permitirá dialogar, de manera completa, con el Porche y los Jardines. Es fundamental apropiarse de opciones cada vez más amplias para atender a la diversidad de lenguajes de la arte contemporánea, que hoy en día realiza interfaces con otros campos de las artes en toda su extensión. Brasília divulga la producción artística de creadores de todo el país de manera a cumplir con su destino de capital federal, reuniendo y debatiendo ideas actuales acerca de este momento de grandes transformaciones en la vida social y política del país. Los artistas que acá están representan parte de estos cambios, al ejercer la libertad de expresión, creación y proponer nuevas formas de hacer, ver e interpretar nuestra realidad, anunciando una nueva mirada hacia el ser humano y su capacidad de renovar y transformar el medio en lo cual circula e interviene.

Gotschalk da Silva Fraga (Guti Fraga) Presidente da Funarte

6


O programa Atos Visuais, criado em 2004 para atender à expansão do campo das artes visuais, incorporou todas as possibilidades de linguagem que vieram surgindo desde a modernidade até as propostas contemporâneas mais arrojadas. Ao integrar a Marquise e os Jardins à Galeria já existente, incluiu a cidade em toda sua extensão e deixou em aberto projetos e ideais de intervenções urbanas e no meio ambiente, correspondendo a proposições atuais de ocupação de espaços abertos e restritos, de linguagens convencionais e experimentais. Trouxe, ainda, para a capital federal a possibilidade de diálogo com a produção artística de todo o país, correspondendo à sua própria origem e história, nela sedimentadas e também em permanente transformação. Criado com este perfil, o espaço expositivo da Funarte no Distrito Federal se propõe a debater as novas tendências das artes, seu papel educativo e de transformação da cultura brasileira e universal, em sua complexidade e diversidade. Os projetos aqui apresentados são fragmentos de toda a potencialidade que a arte contemporânea produz hoje no Brasil, compatível com a produção internacional, propositiva e renovadora, múltipla e crítica, livre e em irreversível processo de desdobramento. El programa Atos Visuais, creado en 2004 para atender a la expansión del campo de las artes visuales, incorporó todas las posibilidades de lenguaje que han surgido desde la modernidad, hasta las propuestas contemporáneas más arrojadas. Al integrar el Porche y los Jardines a la Galería ya existente, incluyó la ciudad en toda su extensión y dejó en abierto proyectos e ideales de intervenciones urbanas y en el medio ambiente, correspondiendo a proposiciones actuales de ocupación de espacios abiertos y restrictos, de lenguajes convencionales y experimentales. Trajo aún, para la capital federal,

la posibilidad de

diálogo con la producción artística de todo el país, correspondiendo a su propio origen e historia, en ella sedimentadas y también en permanente transformación. Creado con este perfil, el espacio expositivo de la Funarte en el Distrito Federal se propone a debatir las nuevas tendencias de las artes, su rol educativo y de transformación de la cultura brasileña y universal, en su complejidad y diversidad. Los proyectos acá presentados son fragmentos de toda la potencialidad que el arte contemporánea produce hoy en Brasil, compatible con la producción

internacional, propositiva y renovadora, múltiple y crítica,

libre y en irreversible proceso de desdoblamiento. Francisco de Assis Chaves Bastos (Xico Chaves) Diretor do Centro de Artes Visuais / Funarte

7


‘As mariposas levavam as pessoas para passear, enquanto a cigarra cantava. Algumas pessoas descansavam sob o percevejo, e o grilo, então, brincava com as crianças, permitindo que elas utilizassem suas costas como escorregador.’

p.15

CIGARRA E CIA BRUNA MARESCH Fábula ilustrada baseada em fatos reais

Mariposa,

cigarra,

grilo,

REGISTROS DO PROJETO BICHO BANCO GRUPO FORA Fotografias

8

bicho-pau

e

o

percevejo

p.37


p.10

BICHO PAU JANE GUEDES Relato sobre o primeiro bicho banco realizado em Florianópolis.

‘A amoreira contém a magia e o sagrado nos seus frutos, cor de vinho, que liga o céu com a terra. E a palavra Amor está contida em seu nome. Acho que tudo começou a partir daí...’

p.28

GRUPO FORA: RONDA, ESCOLHA E CONSTRUÇÃO FERNANDO BOPPRÉ Texto crítico

‘...o que o Grupo Fora faz é tão-somente atualizar o antigo costume de se ver animais e corpos no desenho das nuvens e das estrelas.’

9


bicho J

A

N

E

G

U

E

D

E

-

pau

S

Da minha janela eu vejo uma grande área verde, antes habitada apenas por grandes eucaliptos elegantes e solitários. Sempre fui visitada pela ideia de que a Prefeitura poderia transformar esta área num grande jardim com bancos, canteiros, fontes e espaços organizados para contemplar a vida. Esta área também poderia ser adotada por alguma empresa que quisesse investir na natureza, mas nada aconteceu. E eu seguia olhando para este lindo espaço verde, até que meu marido resolveu plantar uma muda de amoreira no meio deste Universo de Eucaliptos. A amoreira contém a magia e o sagrado nos seus frutos, cor de vinho, que liga o céu com a terra. E a palavra Amor está contida em seu nome. Acho que tudo começou a partir daí... Temos o privilégio de estar num bairro rodeado por duas Universidades que são instituições que estimulam os pensamentos, as ideias e as Filosofias de vida. Especialmente a UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) que ensina a Arte em seus variados e extensos caminhos. Cabeças jovens, iluminadas e cheias de espírito poético e interativo socialmente, há muito tempo saem pelos bairros a criar jardins em terrenos abandonados. Isto tudo numa gestão conjunta com professores sensíveis e qualificados, querendo construir um mundo melhor. Assim nasceu o projeto BICHO PAU que, em suma, consta de construir bancos de madeira inspirados no formato deste bicho, tal qual mora na natureza. O bicho-pau é um inseto semelhante a um pedaço de madeira ou graveto e mora entre as folhagens ou em goiabeiras e se disfarça contra os predadores. Herbívoro e totalmente inofensivo. Ele anda devagar se balançando e simulando um galho acariciado pelo vento. Já faz um ano que o projeto colocou um banco em baixo de um grande Eucalipto. Lá ficou ele majestoso, mas ao contrário do bicho-pau, sem disfarces. Comecei a perceber da minha janela alguns movimentos interessantes. A princípio, curiosas, as pessoas se aproximavam e analisavam e sentavam intrigadas com o fenômeno. Quem os teria trazido para cá? Com que finalidade? Os dias foram acontecendo até que observei um outro pequeno banco, mais distante deste e que ficava claro que não nasceu deste projeto. Foi ideia de alguém que quis expandir este ato criativo. Mas não durou muito. Um dia sumiu. Até que numa bela manhã, meu marido percebendo que um adolescente estava desmontando a nossa maravilhosa Obra de Arte, indignado, atravessa a praça, junto com nosso vizinho aliado à missão de resgate. Ao ser questionado, o adolescente sem muita explicação disse-lhes que achava que não era de ninguém e por isto

10


11


o estava levando para sua casa. Meu marido então explica o projeto, o qual já estávamos acompanhando e, como guardiões dele, trouxeram o banco quase todo desmontado para nosso quintal. Assim ele estaria protegido dos predadores... Fizemos contato com os criadores do projeto até que foram buscar o banco que foi readaptado e agora amarrado por uma corrente ao pé do Eucalipto. Não é triste que tenhamos que aprisionar até as ideias mais libertadoras para que não nos roubem? Esperemos que chegue um novo tempo onde tudo possa interagir harmonicamente! Mas eu olho por outro ângulo também. A idéia do BICHO PAU foi tão revolucionária que provocou diferenças no comportamento humano, tão irresistível e mágica que o inconsciente daquele adolescente quis reter só para ele em sua própria casa. Mal sabia ele que nada iria acontecer pois o Banco só se torna mágico com a troca, com o movimento aleatório das pessoas, e com as visitas que vêm até de outros bairros. É Social, é orgânico, é comunitário e é comunicativo. Na solidão de um Jardim privado nada disto aconteceria... Comecei a perceber que o Banco oferecia o Ócio Criativo para muitas pessoas que deitavam nele e liam seus livros. Outros deitavam só olhando para a copa das árvores como se fosse a primeira vez. Vi também senhorinhas com seus crochês que sentadas teciam conversas e fios apreciando a tarde na sombra das árvores. O mais lindo é que ele, o banco, se transformou num espaço para Amar, beijar e acariciar cabelos; ultrapassando os padrões e conceitos morais. Uma simples manifestação de amor homossexual em pleno Sol! A juventude se misturou com as idades mais maduras e todas usufruem desta idéia. O clássico passeio com os cães com direito a sentar no banco e descansar e apreciar a paisagem é cotidiano. O Banco também serve para encontros de discussões e de reuniões. E é lindo ver em forma de mandala, a professora e os alunos numa prática de liderança circular. O Bicho Pau também estimulou outras formas de lazer. Os elásticos surgiram com frequência, atados nas árvores para a prática do equilíbrio e prazer e virou uma febre! As crianças montam pequenas barracas e brincam de casinha enquanto os garotos jogam bola. A área verde já acolheu até festa de aniversário como extensão dos lares privados. Tudo, agora, na praça virou um espaço para celebrar, contemplar, exercitar, amar e sonhar. Eu penso que vai chegar o momento em que estes Bancos vão se multiplicar em diferentes praças, em diferentes cidades. No futuro serão espaços de troca de Sonhos, de Poesia e de Ideias Criativas. Será esta ideia um pouco Retrô de uma Sonhadora Utópica? Talvez um pouco... Mas a verdade é que os empresários modernos, o Urbanismo e as Políticas Sociais de agora, podem conviver e crescer com as ideias destes maravilhosos artistas e educadores que continuam contribuindo para um mundo melhor! É só querer! Que assim seja!

12


b J

i A

N

E

G

c U

E

D

E

h

o

-

p

a

u

S

Desde mi ventana veo a una grande área verde, otrora habitada solamente por grandes eucaliptos, elegantes y solitarios. Yo siempre he sido visitada por la idea de que la Intendencia Municipal podría transformar esta área en un grande jardín con bancos, canteros, fuentes y espacios organizados para contemplar a la vida. Esa área podría también haber sido adoptada por alguna firma que quisiera invertir en la naturaleza, pero nada pasó. E yo seguía mirando a ese lindo espacio verde, hasta que mi marido decidió plantar un esqueje de Mora en medio a aquello Universo de Eucaliptos. La mora (amora) contiene la magia y el sagrado en sus frutos color de vino, atando cielo y tierra. Y la palabra Amor está contenida en su nombre. Pienso que todo empezó desde ahí… Tenemos la suerte de estar en un barrio cercado por dos Universidades, que son instituciones que estimulan a los pensamientos, las ideas y las Filosofías de vida. En especial la UDESC, que enseña la Arte en sus variados y extensos caminos. Mentes jóvenes, iluminadas y llenas de espíritu poético y socialmente interactivo salen desde hace mucho por los barrios a crear jardines en terrenos abandonados. Todo esto en una gestión conjunta con maestros sensibles y cualificados, buscando construir

a un mundo mejor. Así nació el

proyecto BICHO PAU (“insecto palo”) que, en resumen, consta de la construcción de bancos de madera inspirados en la forma de este bicho, tal cual él vive en la naturaleza. El BICHO PAU es un insecto semejante a un trozo de madera o una ramita, que vive entre las hojas o en guayabos, y se disfraza contra los predadores. Herbívoro y completamente inofensivo. Él camina despacio y moviéndose como si fuera una ramita acariciada por el viento. Hace un año ya que el proyecto puso un banco bajo un grande Eucalipto. Allí se quedó él, majestoso, pero al contrario del BICHO PAU, sin disfraces. Empecé a darme cuenta, desde mi ventana, de ciertos movimientos interesantes. En el inicio, curiosas, las personas se acercaban y analizaban y sentaban intrigadas por el fenómeno. ¿Quién lo habría traído? ¿Con qué fin? Los días fueron pasando, hasta que observé a otro pequeño Banco, más lejos de aquél y que claramente no había nacido del proyecto. Fue idea de alguien que quiso expandir aquello acto criador. Pero no duró mucho. Un día desapareció. Hasta que en una bella mañana, mi marido, dándose cuenta de que un adolescente estaba desarmando nuestra maravillosa Obra de Arte, cruzó indignado a la plaza acompañado de un vecino en una misión de salvamiento. Cuestionado, el adolescente sin darles mucha explicación ha dicho solamente que pensaba que el banco no pertenencia a nadie, y por esto lo estaba llevando a su casa. Mi marido

13


entonces lo aclaró acerca del proyecto que acompañábamos y del cual éramos guardianes, y trajo el banco ya cuasi deshecho a nuestro patio. Así estaría a salvo de predadores… Hicimos contacto con los creadores del proyecto y ellos fueron a recoger el banco, que después de readaptado ahora está atado al Eucalipto con una cadena. ¿No es triste que tengamos que aprisionar hasta las ideas más libertadoras para que no las roben de nosotros? Esperemos que llegue un nuevo tiempo en lo cual todo pueda interactuar harmónicamente. Pero yo lo veo desde un otro ángulo también. La idea del Insecto Palo fue tan revolucionaria que ha provocado diferencias en el comportamiento humano, y es tan irresistible y mágica que el inconsciente de aquello adolescente la quiso guardar en su propia casa. Mal se apercibía él de que nada pasaría ahí, pues que el Banco sólo se convierte en mágica con el cambio, con el movimiento al acaso de personas, con las visitas que vienen hasta de otros barrios. Es Social, es orgánico, es comunitario, y es comunicativo. En la soledad de un jardín privado nada de esto pasaría… Empecé a darme cuenta de que el Banco ofrecía el Ocio Creativo para muchas personas que se acostaban en él y leían sus libros. Otros se acostaban solamente mirando a la copa de los árboles como si fuera la primera vez. He visto también a señoras viejitas con sus ganchillos que sentadas tejían charlas e hilos apreciando a la tarde en la sombra de los árboles. Lo más lindo es que él, el banco, se ha transformado en un espacio para Amar, besar y acariciar cabellos: ultrapasando los padrones y conceptos morales. Una sencilla manifestación de amor homosexual en pleno Sol! La juventud se ha mezclado con las personas más maduras y todos disfrutan de esta idea. El clásico paseo con perros incluyendo el derecho a sentarse en el banco, reposar y apreciar el paisaje es cotidiano. El Banco sirve también para encuentros de discusiones y reuniones. Y es lindo ver, en forma de mándala, a la maestra y los alumnos en una práctica de liderazgo circular. El Insecto Palo también ha estimulado a otras formas de recreo. Los elásticos surgieron con frecuencia, atados a los árboles para la práctica del equilibrio y placer, convirtiéndose en una fiebre. Los niños montan pequeñas carpas y juegan a la casita mientras los pibes juegan la pelota. El área verde ya ha acogido hasta una fiesta de cumpleaños como si fuera una extensión de los hogares privados. Todo ahora en la plaza se ha convertido en un espacio para celebrar, contemplar, ejercitar, amar y soñar. Yo pienso que va a llegar el momento en que estos Bancos van a multiplicarse en distintas plazas y en distintas ciudades. En el futuro serán espacios para cambiar Sueños, Poesía e Ideas Criadoras. ¿Ideas un poco anticuadas de una Soñadora Utópica? Tal vez un poco... Pero la verdad es que los empresarios modernos, el Urbanismo y las Políticas Sociales de ahora pueden convivir y crecer con las ideas de estos maravillosos artistas y educadores que continúan contribuyendo para un mundo mejor! Es sólo querer! Que así sea!

14


cigarra e cia 15


No

sítio

a t e rr i s s aram c a l or . estão

P or

-

A

form i ga ,

l ogo

pr i m e i ra ma s

t am b ém

Macaúbas,

p i c a - pau s

a l guma

pintadinha,

b i c h o - pau !

16

isso,

ciscando

ga l i n h a

das

q ua t ro

f i z e ram coisa

lição é

am i z a d e

e,

do c om

d e po i s ,

para

apr e n d e r

tem

vindos

a

c i garra ,

sul. as

t omar

sobreviver

em

c a ç ar !

se

percevejo,

de

ga l i n h a s ,

foram Aqui

fora T i n h am

gr i l o ,

fom e

que

banho

Bra s í l i a , caça

Bra s í l i a ,

mu i t a

e

s e mpr e no

rio.

dizia

a

pr i n c i pa l m e n t e mar i po s a

e

até


O

p i c a - pau

fu n d ar que

no

l ogo

amar e l o , estudo

c orr i a

C e r t a saltava sa tão

insetos.

t ar d e

a v i s t ou d e ma i s ,

de

distante longe!

c o n s t ru ç ã o .

17

dos

O

interessado, Não

po d i a

l ogo

ver

c om e ç ou

uma

a

se

mo s q u i n h a

apro v oa n d o

atrás.

d e pr e s s a

cavalo,

dade

mu i t í s s i mo

e s t ra d a agora

de

está

p i c a - pau

um o

gr i l o

chão

c h e ga

pr ó x i ma .

vai

saltitante

p i c a - pau

ficando

se

perdeu.

à

e s t ra d a

Passa

po n t e ,

pequenininho

longe.

Passa de

Como

por t ã o ,

a s fa l t o .

m i n i s t ér i o . no

meio

de

A É

ele pa s citudo

tanta


18


Foi

placa, e ra

q ua l

gra n d e

g i ga n t e s ! p i c a - pau

19

q ua n d o

na

de

no

perto!

Compara d o que

se

meio

po d i a - s e

da

ag i t a ç ã o , a v i s t ou

ler:

Na q u e l a ao

sentia

F u n ar t e .

e s t ra n h a

t ama n h o um

dos

inseto.

um

então t e rra

insetos,

par q u e . o

gr i l o

até

os

agora

Ha v i a

uma

parou .

Como

insetos

e ram

e ra

o

pr ó pr i o


E

os

l e v a v am A l guma s

as

bichos p e s s oa s

p e s s oa s

mu i t o

para

d e s c a n s a v am

cava

c om

c omo

e s c orr e ga d or .

20

as

e ram

crianças,

queridos

pa s s e ar , sob

o

p e rm i t i n d o

por

e n q ua n t o

percevejo, que

elas

ali! a

e

o

As

mar i po s a s

c i garra

cantava.

gr i l o ,

utilizassem

entĂŁo, s ua s

brincostas


21


No

ou t ro

h om e m seu

dia,

tentando

c am i n h ã o

h om e n s

pra

ou t ro s

l e v ar

perto

a j u d ar ,

pa s s ar i n h a d a . cadas

h om e n s ,

é

ma s

o

e

o

e

as

a v i s t ou

percevejo? estava

q ua n t o

até

p i c a - pau

o

p i c a - pau

tudo o

que

e m b ora

dele

Veio

p i c a - pau s , nos

não

a

do

então

ou t ro s

c h amar

p á s s aro

ga l i n h a s

c am i n h o n e i ro

E s t a c i o n ou

c h ama n d o

c om e ç ou

é

um

da

toda

região,

sítio. pediu

Da v am

uma

a os

bi-

t régua :

bem

no

os

Achei meu

O

que

estava

abandonado

e

iria

f i c ar

mu i t o

sítio.

p i c a - pau

bichos

ele

e x p l i c ou

para

si,

então

que

que

eles

é

mu i t o

go s t am

feio

pr e n d e r

m e s mo

é

de

v i rou

uma

f i c ar

soltos. To d o s

se

A par e c e ram

B á r b ara

Didier, volta par q u e

22

um

da

e n t e n d e ram

menino

c i garra ,

t am b ém

e

e

l ogo

Ja v i e r ,

c o l om b i a n o agruparam - s e

c om e ç aram

a

tudo

um e

casal até

os

b a i l ar .

de

Leo,

músicos.

festa.

ma l a b ar i s t a s , o

pa l h a ç o .

Os

guar d a s

Em do


23


estava

l e m b raram asas

da

que

24

estava

mar i po s a ,

e NC O NT R A R A M A B A C A XI

anoitecendo,

PARA

UM

de

LIND O

COMER

na

volta

h ora até

P R ESENTE

NA

a o

de

subindo.

par t i r .

sítio,

PREPARADO

adeus

VI A G E M .

l ua

para

p e garam p e gar

P EL O S

Bra s í l i a !

os

p i c a - pau s uma seus

BICH O S :

c aro n a

se nas

pertences.

UMA

CEST A

DE


ADEUS

25

BRAsília!


c B

h R

U

i N

c A

h M

arra A

R

E

S

C

c

Í

A

H

En la finca de las Macaúbas, allá afuera de Brasília, aterrizaron cuatro picapalos venidos del sur. Tenían mucha hambre y calor. Por eso, pronto hicieron amistad con las gallinas, que están siempre picoteando alguna cosa, y después fueron bañarse en el río. _ ¡La primera lección para sobrevivir en Brasília, decía la gallina pintadita, es aprender a cazar! ¡Acá cazamos principalmente la hormiga, pero también hay la chicharra, el chinche, el grillo, la mariposa e incluso el insecto palo! El picapalo amarillo, muchísimo interesado, empezó pronto a profundizarse en el estudio de los insectos. No podía mirar a una mosquita volando que pronto salía corriendo detrás de ella. Una tarde ha visto a un grillo muy saltador, allá lejos. Como él saltaba demasiado deprisa, el picapalo se perdió. Pasa portón, pasa caballo, de estrada de tierra llega a la estrada de asfalto. La ciudad lejana ahora es cercana. Pasa puente, ministerio. ¡Todo queda tan lejos! El picapalo se torna más y más chiquitito en medio a tanta construcción. Fue cuando en medio a la conmoción, avistó un parque. Había un cartel, en lo cual pudo leer: Funarte. Solamente ahí el grillo se detuvo. ¡Visto de cerca, que grande era! ¡En aquella tierra extraña, hasta los insectos eran gigantes! Comparado al tamaño de los insectos, el propio picapalo era quien ahora sentíase como un insecto. ¡Y los bichos eran muy cariñosos allí! Las mariposas llevaban las personas a pasear, mientras la chicharra cantaba. Algunas personas reposaban bajo el chinche, y el grillo, entre tanto, jugaba con los niños, permitiendo que ellos utilizasen sus espaldas como tobogán ¿Y no ha visto el picapalo a un hombre intentando llevar el chinche, el otro día? Tal hombre paró su camión cerca de él, y estaba ya llamando a otros para ayudarlo, pero el picapalo empezó a llamar a toda la bandada. Y todo tipo de pájaro de la región ha venido: los otros picapalos, y hasta las gallinas de la finca. Picoteaban a los hombres, hasta que el conductor del camión les pidió una tregua: _ Pensé que él estaba abandonado, y que quedaría muy bien en mi finca. El picapalo le explicó, entonces, que estaba muy mal prender a los bichos para sí mismo, que a ellos les gustaba realmente estar sueltos. Toda gente entonces se ha comprendido, y luego todo se ha convertido en una fiesta. Aparecieron Barbara y Javier, una pareja de malabaristas, Didier, un muchacho colombiano, y hasta Leo, el payaso. En torno de la chicharra, se reunieron los músicos. Los guardias del parque empezaron a bailar también. Ya anochecía, la luna subía. Los picapalos recordaron que estaba ya en la hora de partir. Subieron en las alas de una mariposa, que los llevó de vuelta a la finca para buscar sus cosas. Y encontraron ahí un lindo regalo que les prepararon los bichos: ¡una canasta de ananás para comer en el viaje! Adiós Brasília!

26


27


G E F

R S E

R

UPO CO L N

A

N

D

O

F HA B

O

P

P

R

O E

R

A

: CO

N

S

R T

O R

N U

D Ç

A Ã

, O

É

Do modo de operar Vamos começar pelo início. O Grupo Fora é um coletivo artístico constituído por Bruna Maresch, Camila Argenta, Gabriel Scapinelli e Nara Milioli cujo encontro se deu no solstício de inverno de 2010. Desde então, o epicentro de sua atuação tem sido a cidade de Florianópolis, mas não exatamente aquela que se vê nos prospectos turísticos. A Florianópolis1 do Grupo Fora é uma vila cujo solo, céu e águas estão à deriva, prontos para ocupação inventiva e partilhada. Mapear é o procedimento que antecede a ação propriamente dita sobre os espaços. Com isso, o coletivo incorpora algo do modo de ser animal: rondar a paisagem, escolher o local da toca e, depois, por-se a construí-la: desde ali surgirão novas formas de vida. A cartografia, contudo, é um fazer humano por excelência. Há sempre uma dimensão social e política no ato de escolher este e não aquele local. E esse ato é precedido por uma postura ética e estética por parte daquele que escolhe. Com frequência, os espaços onde serão realizadas as ações do Grupo Fora estão situados no limiar entre o público e o privado. Não por acaso. O que se passa é que o trabalho ali dispendido os ressignifica social e visualmente, instaurando um novo modo de utilizá-los, um funcionamento outro.

O fato de habitar em uma ilha com sistemas ambientais variados (planícies, lagoas, baixadas, oceano, morros e rios;

1

locais absolutamente urbanizados e outros ainda desabitados) oferece-lhes uma ampla gama de possibilidades.

Exposição “Bicho-banco” “Bicho-banco”, em verdade, é um projeto que o Grupo Fora vem desenvolvendo há algum tempo. São mobiliários construídos a partir da observação e do desdobramento da forma orgânica de insetos. A mostra apresenta cinco desses bancos: percevejo, grilo, mariposa, bicho-pau e cigarra. Ao ampliar suas escalas, o contorno/desenho desses insetos se torna o ponto de partida para a construção de um novo corpo/objeto: grandes mobiliários que são dispostos na paisagem.

28


Os vetores ativados pelo Grupo Fora (da natureza para o artifício/do artifício para a natureza) proporcionam que uma cidade planejada como Brasília se torne novamente um “campo de acontecimento” visual. Afinal, se o projeto piloto da Capital Federal foi inspirado na forma de um avião (e um avião foi inspirado na forma de um pássaro), o que o Grupo Fora faz é tão-somente atualizar o antigo costume de se ver animais e corpos no desenho das nuvens e das estrelas. Do ato de ocupar Uma das verdades deste coletivo se encontra na ideia de “fora”. Afinal, o externo é o que o define e o nomeia. Ele monta campana na fronteira entre o público/comum e o privado/restrito, utilizando-se da tática da ocupação instantânea (sem prévias autorizações, sem alvarás) para os declararem abertos ao uso comunitário. Outras maneiras de se passar o tempo neles são inventados, tem início um ciclo de vivências. Com isso, a lógica da propriedade privada – que talvez seja a mais forte e estruturante de todas as ideologias do capitalismo cujo pensamento de esquerda do século XIX tratou de contestar, sobretudo os anarquistas, mas que o pensamento político hegemônico do século XX e XXI tratou de glorificar novamente – fica suspensa, em stand-by. “O cotidiano será, um dia ou outro, a escola da desalienação”2. É sintomático que o Grupo Fora tenha como referência (no altiplano das referências que salpicam a contemporaneidade) uma frase emitida desde um campo estranho ao universo artístico, a geografia humana.

29


30


31


A fala de Milton Santos bem poderia sintetizar o espírito do Grupo já que, pensando bem, um coletivo que se dedica à ocupação da terra está mais ligado à geografia (ou mesmo à biologia) do que ao próprio circuito artístico. Digo “ocupação” porque, neste contexto, a palavra é mais importante do que a já gasta “intervenção”. Há algo de imperativo no termo “intervenção”. Ele nos remete a um conceito artístico (um dos modos de se expressar artisticamente), político (intervenção estatal, por exemplo) ou mesmo médico (intervenção cirúrgica). Em contrapartida, o verbo “ocupar” faz lembrar uma questão de honra para o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Enquanto o senso comum e a mídia de massa costuma chamá-los de “invasores”, seus membros afirmam que não fazem nada além do que a “ocupação” de algo improdutivo. Em última instância, estão promovendo o bem público. E para se ocupar é preciso construir, demarcar presença. Há um aspecto construtivo nas ações do Grupo Fora: está sempre cavocando a terra, recolhendo paus, pedras, madeiras, pedaços da paisagem para reapresentá-las ao mundo. A isso que se conhece como cidade, o Grupo Fora acredita se tratar, simplesmente, de “jardins abertos”. O que se convencionou chamar de lotes, consideram ser “vazios urbanos”. Desse jeito, encontrando o que há de oco no cheio, vislumbrando paisagens e vivências onde se fez baldio, toma parte e reinvidica o tudo o que ainda não é mesmo velho. Projetos ambulantes, passeios pelos jardins. Um coletivo peripatético, por excelência. Na acepção do termo provinda do grego antigo, peripatéticos são “os que passeiam”. Era assim que Aristóteles ensinava: caminhando, colocando o corpo em movimento junto ao pensamento. Ou seja, é pelo fazer e pelo andar que o Grupo Fora constrói conhecimento, objetos e relações. É preciso viver e se movimentar para se instaurar um regime de vida e de ação política. Um grupo transitivo, portanto, sempre por aí, feito a migração de pássaros, feito uma revoada de insetos, feito a polinização das plantas. Há algo de material no que eles fazem, mas uma materialidade que migra, que está sempre pronta para ser montada e desmontada onde quer que seja. E é. 2

Essa foi a epígrafe do trabalho de conclusão de curso de um dos membros do Grupo, Camila Argenta,defendido em 2013 no Curso

de Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina sob orientação de Nara Milioli. O resultado do trabalho é o portfólio digital do Grupo, que se encontra em http://issuu.com/grupofora/docs/porfolioforagrupodigital1

Ilha de Santa Catarina, janeiro de 2014.

32


33


G r u p o ele c c i F

E

R

N

A

N

D

O

F ó

n

BOPP

R

o y

r

a c

: o

r o nd a nstr u c c i ó

, n

É

Del modo de operar Vamos a empezar por el inicio. El Grupo Fora es un colectivo artístico compuesto por Bruna Maresch, Camila Argenta, Gabriel Scapinelli y Nara Milioli, cuyo encuentro ocurrió en el solsticio de invierno de 2010. Desde entonces, el epicentro de su actuación ha sido una Florianópolis que no corresponde exactamente a la misma que uno mira en los prospectos turísticos. La Florianópolis1 del Grupo Fora es una aldea cuyo suelo, cielo y aguas están a deriva, listos para la ocupación inventiva y compartida. Mapear es el procedimiento que antecede a la acción propiamente dicha del grupo sobre los espacios. Así, el colectivo incorpora algo de la manera de ser del animal: rondar el paisaje, elegir el sitio de su guarida y por fin construirla: desde ahí surgirán nuevas formas de vida. Pero la cartografía es un hacer humano por excelencia. Hay siempre una dimensión social y política en el acto de elegir a un sitio y no a otro, precedido por una postura ética y estética de quien elige. Con frecuencia, los espacios en que serán realizadas las acciones del Grupo Fora están ubicados en el límite entre el público y el privado. No por acaso. Lo que ocurre es que el trabajo ejercido sobre ellos los resignifica visual y socialmente, instaurando un nuevo modo de utilizarlo, un otro funcionamiento. El hecho de habitar en una isla con sistemas ambientales variados (planicies, bajadas, océano, cerros y ríos; sitios

1

completamente urbanizados y otros aún deshabitados) ofrece a ellos una amplia gama de posibilidades.

Exposición “Bicho-banco” La presente exposición posa en los jardines de Funarte, en el Eje Monumental de Brasília. Digo “posa” ya que es como si estos “bichos-bancos” batieran sus inmensas alas y alzasen vuelo hasta el Planalto Central. “Bicho-banco”, en verdad, es un proyecto que el Grupo Fora viene desarrollando ya de tiempos. Son mobiliarios construidos desde la observación y del desdoblamiento de la forma orgánica de los insectos.

34


La muestra presenta cinco de estos bancos: chinche, grillo, mariposa, insecto palo y chicharra. Al ampliar sus escalas, el contorno/dibujo de tales insectos tornase el punto de partida para la construcción de un nuevo cuerpo/objeto: grandes mobiliarios que se ponen en el paisaje. Los vectores activados por el Grupo Fora (de la naturaleza hacia el artificio/del artificio hacia la naturaleza) proporcionan que una ciudad planeada como Brasilia vuélvase otra vez un “campo de acontecimiento” visual. Pues, si el proyecto piloto de la Capital Federal ha sido inspirado en la forma de un avión (y un avión es algo que ha sido inspirado en la forma de un pájaro), lo que hace el Grupo Fora no es más que actualizar la antigua costumbre de ver a animales y cuerpos en el contorno de las nubes y de las estrellas. Del acto de ocupar Una de las verdades que posee este colectivo encontrase en la idea de “fora” (afuera). Pues el externo es lo

que lo define y nombra. Él vigila en la frontera entre el público/

común y el privado/restricto, utilizándose de la táctica de la ocupación instantánea (sin autorizaciones previas) para declarar a los espacios abiertos al uso comunitario. Otras maneras de pasar el tiempo en ellos son creadas, iniciase un ciclo de vivencias. Con esto, la lógica de la propiedad privada – quizás la más fuerte y estructurante de todas las ideologías capitalistas que han sido contestadas por el pensamiento de izquierda en el siglo XIX, sobre todo por los anarquistas, y que sin embargo el pensamiento político hegemónico de los siglos XX y XXI ha tratado de glorificar una vez más – queda suspensa, en stand-by.

35


“El cotidiano será, un día u otro, la escuela de la desalienación”2. Es sintomático que el Grupo Fora tenga como referencia (en el altiplano de referencias que salpican la contemporaneidad) a una sentencia emitida desde un campo ajeno al universo artístico, la geografía humana. La citación de Milton Santos podría bien sintetizar el espirito del Grupo una vez que, pensándolo mejor, un colectivo que se dedica a la ocupación de la tierra encontrase más vinculado a la geografía (o mismo a la biología) que al circuito artístico propiamente. Digo “ocupación” porque, en este contexto, esa palabra es más importante que “intervención”, ya gastada. Hay algo de imperativo en el término “intervención”. Él nos remite a un concepto artístico (una de las formas de expresarse artísticamente), político (intervención estatal, por ejemplo) o hasta mismo medico (intervención quirúrgica). En contrapartida, el verbo “ocupar” nos hace recordar una cuestión de honor para el Movimiento de los Trabajadores Sin Tierra (MST). Mientras que los medios y la opinión corriente muchas veces los cualifiquen como “invasores”, sus miembros afirman no hacer nada más que la “ocupación” de algo improductivo. En última análisis, están promoviendo el bien común. Y para ocupar es necesario construir, demarcar presencia. Hay un aspecto constructivo en las acciones del Grupo Fora: él está siempre volteando la tierra, recogiendo palos, piedras, maderas, trozos de paisaje para presentarlos otra vez al mundo A eso que uno conoce como ciudad, el Grupo Fora cree tratarse, sencillamente, de “jardines abiertos”. A lo que por convención se llaman parcelas, consideran tratarse de “vacíos urbanos”. Así, encontrando al que de hueco existe en el lleno, vislumbrando paisajes y vivencias adónde el baldío se hizo, toma partido y reivindica el todo, el que aún no es viejo siquiera. Proyectos ambulantes, paseos por el jardín. Un colectivo peripatético, por excelencia. En la acepción de la palabra, proveniente del griego antiguo, peripatéticos son “los que pasean”. Así es que Aristóteles enseñaba: caminando, poniendo el cuerpo en movimiento junto al pensamiento. O sea, es por el hacer y por el caminar que el Grupo Fora construye conocimiento, objetos y relaciones. Es preciso vivir y moverse para que se instaure un régimen de vida y de acción política. Un grupo transitivo, por lo tanto, siempre por ahí, como la migración de los pájaros, como una revolada de insectos, como la polinización de las plantas. Hay algo de material en lo que hacen ellos, pero de una materialidad que migra, siempre lista para montarse y desmontarse adónde sea. Y es. Esta fue la epígrafe del trabajo de finalización de curso de una de las participantes del Grupo, Camila Argenta, pre-

2

sentado en 2013 en el Curso de Artes Visuales del Centro de Artes de la Universidad del Estado de Santa Catarina, bajo la orientación de Nara Milioli. El resultado de este trabajo es el portfolio digital del Grupo, disponible en http:// issuu.com/grupofora/docs/porfolioforagrupodigital1

Isla de Santa Catarina, enero de 2014.

36


37


38


39


mariposa

cigarra

grilo

bicho-pau

percevejo

40


41


42


43


EQ

U

I

P

G

U

P

O

R

E

D

F

O

O

R

P

R

O

JET

O

BICH

O

B

A

NC

O

A

GRUPO DE ARTISTAS DE FLORIANÓPOLIS, COMPOSTO POR BRUNA MARESCH, CAMILA ARGENTA, GABRIEL SCAPINELLI E NARA MILIOLI. DESDE 2010, O GRUPO ATUA NOS CRUZAMENTOS ENTRE ARTE, ARQUITETURA, JARDINAGEM, MARCENARIA E DESIGN. PROPÕE AÇÕES E REFLEXÕES SOBRE O USO DO ESPAÇO URBANO ATRAVÉS DE TERRENOS QUE DENOMINAM JARDINS ABERTOS, RECONHECENDO NESTES ESPAÇOS ÁREAS DE CONVÍVIO.

J

A

NE

G

U

EDES

TERAPEUTA E ASTRÓLOGA, RESIDE EM FLORIANÓPOLIS, EM FRENTE À PRAÇA JOÃO DE BERNARDI. JUNTO COM SEU MARIDO EDSON, SÃO OS GUARDIÕES E VIZINHOS DO PRIMEIRO BICHO BANCO REALIZADO PELO GRUPO FORA.

F

E

R

N

A

ND

O

B

O

P

P

R

É

Crítico e curador independente. Mestre em História Cultural pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina. Foi diretor do Museu Hassis e Chefe de Serviço do Museu Victor Meirelles/IBRAM/MinC, exercendo a curadoria do Programa de Exposições e Agenda Cultural. Mantém o blog Arte por Extenso www.fernandoboppre.net/blog.

LE

A

ND

R

O

VID

A

L

geógrafo, poeta e tradutor. De Florianópolis, Santa Catarina.

XIL

O

C

O

LETIV

O

estúdio de arquitetura e marcenaria com experiência no desenho e produção de mobiliário em madeira. composto pelos arquitetos, Fernanda Gorski, Flávio Schons, Gabriel Scapinelli, João Serraglio, kota matsunaga, que desenham e produzem protótipos e mobiliário, criando pequenas séries, projetos e peças especiais.

n

ér

http://xilocoletivo.blogspot.com.br/

i

p

e

d

ro

s

o

Jornalista na área de crítica cultural. Escreve sobre diferentes assuntos da área de cultura, em especial sobre artes visuais. É autora do livro “Hassis” e “Coletiva de Artistas de Joinville: Construção Mínima de Memória”. É fundadora e presidente do Instituto Luiz Henrique Schwanke. Mantém no jornal Notícias do Dia (SC) coluna semanal intitulada “Mosaico”.

44


Projeto Bicho Banco

Catálogo Cigarra e Cia

Concepção e produção Grupo Fora

Edição e projetos gráficos Grupo Fora

Execução e Marcenaria Xilocoletivo

Textos Bruna Maria Maresch, Fernando Boppré e Jane Guedes

Fotografia Grupo Fora

Traduções Leandro Vidal

Assessoria de imprensa Néri Pedroso

Editora UDESC

Agradecimentos a Brígida Campbell, Kota Matsunaga, Fernanda Gorski, Flávio Schons, Frederico Gorski, Flávio Tutida, Regina Pundek, Paolo Scapinelli, Fernando Boppré, Fabio Macedo, Néri Pedroso, Silvio Brunno dos Santos, Iara Martorelli, Leandro Vidal, Jane Guedes, Edson Guedes e a Bárbara!

Distribuição gratuita, Proibida a venda.

Composto com as tipografias Letter Gothic Std e Orator Std

M325c

Maresch, Bruna Cigarra e Cia. / Bruna Maresch, Camila Argenta, Gabriel Scapinelli, Nara Milioli Tutida – Florianópolis : UDESC, 2014. 44 p. : il. color. ISBN: 9788583020172 1. Interação – meio ambiente. 2. Espaço urbano - artes. I. Argenta, Camila. II. Scapinelli, Gabriel. III. Tutida, Nara Milioli. IV. Título.

45

CDD: 704.944 – 20.ed.


Presidenta da República Dilma Rousseff Ministra de Estado da Cultura Marta Suplicy Fundação Nacional de Artes Presidente Guti Fraga Diretor Executivo Reinaldo Veríssimo Diretor do Centro de Artes Visuais Francisco de Assis Chaves Bastos (Xico Chaves) Coordenadora do Centro de Artes Visuais Andréa Luiza Paes Coordenador do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise Álvaro Maciel Coordenadora de Comunicação Camilla Pereira Coordenadora de Difusão Cultural da Funarte em Brasília Débora Aquino Técnica em Artes Visuais Iara Martorelli

46


Realização:

47


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.