Este é um igbasilẹ (registro, em Yorubá) que propõe uma reflexão através da dança para pensarmos como os espaços educacionais negam o racismo epistemológico. Racismo este que instaura pensamentos a partir de estruturas consolidadas, determinando o que de fato é relevante através de um ideal de corpo e de sujeito hegemônico, assim entendido devido à sua cor. Nestes espaços educacionais, a dança é comumente pensada como a produção, geração e criação de movimentos, desconsiderando os sujeitos que as produzem quando estes não são brancos. Este modo de aprender e ensinar dança desconecta a arte e o fazer artístico da história e dos trajetos percorridos pelos corpos presentes nesses espaços. Esta dinâmica consolida estruturas que privilegiam o ideal branco de corpo, bem como os conhecimentos a ele atribuídos, reforçando uma relação de dominação. Um país que nega seu passado ancorado em violência, morte e roubos e que apaga sua história preta é o mesmo que tem como objetivo fazer esquecer as tentativas de afirmação