Revista Élégant 05 - Beth Goulart

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betoferreira.com

edição 5 • 2010

R$

7,90

Beth Goulart

Em uma declaração de amor pelo que faz

Beleza Brancos, vermelhos ou pretos? Tendências de inverno para deixar seus cabelos lindos

Etiqueta Melhore o seu cotidiano,

Saúde Emagreça já! Conheça os mitos e

Entrevistas

Comportamento Futebol de salto alto? Em época de Copa

com Fábio Arruda

Ivan Lins Moracy Sant’Anna

verdades sobre o emagrecimento

do Mundo aprenda com mulheres que fazem do esporte a profissão


Imagine, escolha, ouse! Nos encarregamos em surpreender


Mesmo sendo a limousine um ícone que encanta a todos pela magia que a envolve, não adianta simplesmente disponibilizá-la. Assim a Black Tie Limousines, dona da maior e mais moderna frota de Limousines e Jetvans de toda a América do Sul, desenvolveu uma filosofia de atendimento exclusivo, tratando cada cliente como se fosse único e tornando o que a principio poderia ser apenas extravagante em experiências e sensações inesquecíveis, seja em qual for a ocasião.

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Editorial A vida é a arte de viver. E como toda obra de arte, para ser simples e bela, compõem-se através de um processo complexo. Nele está envolvida toda a nossa sensibilidade e a forma como nos relacionamos com o mundo. E viver é estrear a cada dia um novo espetáculo. E a cada atuação, ao abrir das cortinas, apresentamos ao nosso distinto público os nossos sonhos, as nossas metas e as ferramentas utilizadas para romper inevitáveis barreiras. Você leitor é um artista na vida que elabora, desenvolve e executa a sua própria obra. Para bem executá-la é preciso reabastecer-se constantemente das essências da vida, que são o amor, a sensibilidade, a coragem, a benignidade dentre todos os elementos que nutrem a alma. Para isso devemos beber da fonte da experiência, como da atriz Beth Goularth que faz do construir da sua arte de vida um exemplo do bem utilizar das ferramentas que encontramos em nós mesmos. Constatei com ela que contribuir com o ser humano e nutrirse dele ainda é o que faz os olhos brilharem, como os dela que brilham e muito, ao falar com amor do que faz e daqueles para quem faz. Outro artista, na vida e na arte, que completa o quadro do ganhar experiências essenciais é o compositor e músico Ivan Lins. Com ele, a lição foi a importância da educação e de se investir nela, além de ser fundamental compreender cada fase da sua existência, sendo somente assim possível realizar com maestria o espetáculo da vida. E como a Élégant traz tudo o que é bom e positivo para ajudar você a compor a sua obra de vida, outros grandes artistas estão em suas páginas, como o preparador físico Moracy Sant’Anna que é exemplo de um projeto de existência bem pensado. Os assuntos são diversos, temos saúde, beleza, música, etiqueta e muitos outras informações. Tudo feito com a real finalidade de agregar mais elementos construtivos a sua bagagem de vida. Assim, desejo a todos um enriquecer de alma e de descobertas para fazer o seu melhor. Cuide-se sem nunca esquecer que “a arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”. (Mahatma Gandhi) Boa leitura, Um afetuoso abraço.

Kelly Domingues Diretora de Jornalismo GRUPO BETO FERREIRA

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Em uma declaração de amor pelo que faz

Etiqueta Melhore o seu cotidiano, com Fábio Arruda

Entrevistas Ivan Lins Moracy Sant’Anna Elegant 05.indd 1

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Beleza

Brancos, vermelhos ou pretos? Tendências de inverno para deixar seus cabelos lindos

Saúde

Emagreça já! Conheça os mitos e verdades sobre o emagrecimento

Comportamento Futebol de salto alto? Em época de Copa do Mundo aprenda com mulheres que fazem do esporte a profissão

2/6/2010 12:31:46

Direção Geral Beto Ferreira - Diretora de Jornalismo Kelly Domingues Departamento Financeiro Marcelo Scheliga - Correspondentes Acre: Cláudia Souza, Bahia: Yin Yee Carneiro, Rio Grande do Sul: Aline Viezzer e São Paulo: Dudu Pacheco - Especialistas Curitiba/PR: Dr. Máximo Asinelli (Médico Nutrólogo), Jackeline A. dos Santos (Advogada), Maicon Guedes (Advogado), Marcos Grabowski (Pesquisador), Viktor Primeiro (Coiffeur Star) - Ribeirão Preto/ SP: Carla Portinari (Gestora de Agronegócios) - São Paulo/SP: César Romão (Consultor Organizacional), Fábio Arruda (Consultor de Etiqueta), Joe Roberts (Músico), Heloisa Bernardes (Terapeuta Ortomolecular) e Lopes (Homem do Vinho) - Editora/ Jornalista Responsável Kelly Domingues 7782 DRT-PR Redação Débora Dreyer Dornella - Assistentes de Redação Emerson Roberto - Colaboração Jéssica Vitória Tokarski - Redação 41 3079.5634 - imprensa@ beto ferreira.com - Projeto gráfico e direção de arte Marcelo Winck - Os textos assinados ou afirmações contidas nessa revista são de responsabilidade de seus autores não refletindo a opinião política dos editores



divulgação

Editorial 04 Beleza 07 por Victor I

comportamento 08 Futebol de salto alto? por Jéssica Vitória Tokarski

Aconteceu 11 Corpo 12 Mitos e verdades sobre o emagrecimento Vida Saudável 14 O doce sabor do açúcar por Heloisa Bernardes

Saúde 16 Frutas e Legumes: Um Bem Necessário por Dr. Maximo Asinelli

Capa 18 Beth Goulart Programa Beto Ferreria 22 Entrevista 24 Ivan Lins Bem Estar 26 Hora do Chá Momento Gourmet 28 Que tal dar uma pausa para saborear uma comida típica? Agronegócio 30 Quero chocolate por Carla Portinari

Vinhos 31 A importância de um copo adequado para apreciar um bom vinho Por Lopes

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Esporte 32 Entrevista Moracy Sant’Anna Direito 34 Condenações midiáticas e a negação do princípio da presunção de inocência

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por Maicon Guedes

Responsabilidade Social por Jackeline A. dos Santos

Exopolítica 36

Você sabe qual é o seu signo maia? por Marcos Grabowski

Etiqueta 38 A Etiqueta e o Cotidiano por Fabio Arruda

Música 40 Rock and Roll...por favor? por Joe Roberts

Reflexão 42 Livre-se das Crenças Limitadoras por Cesar Romão

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Beleza

CONNEXIONS

Nova coleção de cortes e cores do Vimax Art Hair Beauty aponta as tendências para o Inverno 2010 Conexão da beleza com a personalidade, do gosto pessoal com a percepção apurada das tendências. Foco na moda e no estilo de vida. Com olhar inquieto e mentes efervescentes que fazemos das conexões, as matérias-primas para os melhores looks. Exploramos todos os ângulos e nuances. Buscamos a mecha guia no universo pessoal de cada um. Ousamos, questionamos, provocamos, transcendemos, (des)construímos. Sem preocupação com o eterno, pois nada mais fascinante que o efêmero. O cabelo cresce, o estilo fica. Conexões: tudo começa e tudo se multiplica.

A nova coleção aponta três tendências nas cores preto, branco e vermelho para quebrar o visual, a forma de vestir e de pensar na próxima temporada Outono/Inverno 2010. Confira os looks e se inspire nessa coleção: Angel Connexion (Branco): a delicadeza está na moda. A leveza do ser inspira um visual aconchegante e romântico. No ar, uma inocência calculada faz o etéreo atingir seu vôo mais alto. São formas e texturas naturais, livres e espontâneas. Cores para as madeixas: Loiro claríssimo acinzentado com muito efeito de luzes e reflexos para acentuar a cor até o tom marfim. Loiro claríssimo marfim com efeito de luzes baunilha. Passion Connexion (Vermelho): Olhares, toques, coração batucando, desejo. Já sentiu isso antes? Claro. Essa é a mais clássica das conexões. As linhas são puras e lânguidas, o sentimento básico é festejado em grande estilo. Cores para as

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ste é o conceito que inspirou a Coleção Connexions Inverno 2010 de corte e coloração criada por Viktor I, Art Director e Manager do Vimax Art Hair Beauty.

madeixas: Castanho caramelo com efeito de luzes mel nas pontas.

Lustful Connexion (Preto): Este é um convite para uma conexão secreta. Um encontro com desejos inconfessáveis. O jogo é deixar pistas provocantes. No movimento dos fios, na desconstrução das linhas, na textura que excita e revela terceiras intenções. Cores para as madeixas: Castanho cendré com graduação de cor em tom avelã e dourado noz.

Victor I

Coiffeur Star e embaixador da L’Oreal Professionel

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Comportamento

Futebol de salto alto?

Reportagem Jéssica

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Vitória Tokarski

utebol é mais que dribles, fintas e gols. Futebol desperta sentimentos inimagináveis e é regido, principalmente, pelo maior deles: o amor. E amor todos sentem, seja homem ou mulher, velho ou novo, loiro ou moreno. O amor não é proibido nem limitado, é livre e sem definição. Ama quem quer e o quanto quiser. Portanto, nunca ouvi besteira maior do que o velho mito “Futebol não é coisa de mulher”. É coisa de mulher sim! Se o sexo feminino sabe amar, pode

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amar o futebol também. Futebol é comoção nacional. A Copa do Mundo está prestes a começar, e quem é que não é verde e amarelo? Quem não se veste com as cores da bandeira, vibra e se emociona a cada lance, a cada passe, a cada bola na trave? Patriotismo é uma característica marcante no povo brasileiro. Homem ou mulher, não há quem não ache maravilhoso soltar aquele grito de gol entalado na garganta. Nosso povo é calor, é Brasil da cabeça aos pés, e se não


vibra com um gol, brasileiro não é. Há sim, mulheres que são ícones em matéria de futebol, apaixonadas pelo que fazem e que o fazem com convicção. Michelle Giannella está à frente do programa Gazeta Esportiva há dez anos, e participa do Mesa Redonda há sete. Quando o assunto é futebol ela fala com propriedade: “Futebol é alegria, arte, saúde e uma das maiores diversões do mundo!”. Apesar de esse esporte ser patrimônio de todos, o número de mulheres que o apreciam é muito pequeno em relação aos homens e o preconceito ainda é grande. No entanto, o aumento das interessadas vem se acentuando aos poucos, e as moças que realmente tiverem vontade de pular de cabeça nesse mundo, que não se acanhem, pois todos tem espaço no país do futebol. Michelle Giannella é um exemplo de perseverança e dedicação. Falar sobre futebol não era a primeira opção da jornalista, mas o destino quis assim e ela, corajosa aceitou o convite da TV Gazeta e encarou o desafio. Porém não foi fácil o começo. “Eu estudei muito, me dediquei de corpo e alma, lia todos os jornais e fazia cadernos com recortes dos assuntos mais importantes. Também colocava as tabelas dos campeonatos, os jogadores que eram transferidos, as escalações dos times, até que isso passou a ser uma coisa natural”. Assim, Michelle ganhou credibilidade e respeito, atualmente ela não deixa nada a desejar aos homens com quem trabalha.

Nos dias de hoje o preconceito não é páreo para tamanho amor que move o futebol. “Já senti preconceito sim, mas hoje isso é coisa do passado porque mostrei a minha competência. Conquistei meu espaço dia a dia, na marra, com muito esforço, dedicação e trabalho. As mulheres adoram, quando me encontram parabenizam e dizem que ficam orgulhosas por verem que consigo falar de igual para igual com os homens”, afirma Michelle que chutou para longe o preconceito e conquistou o respeito de todos. E quem não trabalha no meio, também pode dar pitacos com autoridade sobre o esporte. Fernanda Bernardi Vieira Richa é presidente da Fundação de Ação Social (FAS) e não se omite quando o futebol entra em pauta. “Adoro ir aos jogos e sempre que posso tento estar presente para ver meu time jogar”. Fernanda também apoia as mulheres que são fãs do esporte e incentiva: “O Brasil passou a contar com grandes jogadoras no futebol feminino, muitas com renome internacional. As campanhas nos mundiais e nas olimpíadas também ajudaram na popularidade do esporte junto às mulheres. Espero que, com a Copa de 2014, ele se popularize ainda mais, pois faz parte da cultura do brasileiro”. Joyce Carvalho, jornalista do Estado do Paraná e da Transamérica, também foi dominada por esse esporte emocionante. “Tudo começou em família. Meu pai acompanha muito e eu aos poucos, principalmente na época de adolescente, fui me interes-

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“Acho que todo mundo sente um nervoso quando vê a seleção em campo... Existe algo naquela camisa que mexe conosco e faz todos se unirem em uma mesma torcida”. Fernanda Richa, presidente da FAS

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Comportamento divulgação

Michelle Gianella é jornalista esportiva, está cursando o terceiro ano de Direito e adora viajar.

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sando pelo futebol e o esporte de maneira geral”. Joyce teve jogo de cintura para contornar o preconceito e acha que atualmente ele já diminuiu muito. “Ainda ocorrem casos em que a jornalista é desqualificada de sua capacidade para falar de futebol e de esporte. Eu presenciei vários casos quando estava começando, mas acho que dá para contornar mostrando capacidade e um bom trabalho”. Se apaixonar pelo que se faz é o primeiro passo, depois disso o amor que guia os adeptos do futebol, torna tudo possível. Desde entender do esporte, ter espaço e liberdade para falar dele até conseguir respeito. Em Copa do Mundo é impossível ficar de fora da “dança”. Está na veia e no sangue dos brasileiros, é tradição, cultura, é Brasil. “Copa do Mundo é um aspecto diferente. Realmente agrega gente que não acompanha o futebol com frequência. Mas tem aquele clima, aquela expectativa, a seleção! Eu acho que pode se tornar um ponto de partida para o interesse, ainda mais se o Brasil for campeão”, comenta Joyce que não é a única a acreditar que a expectativa em relação ao torneio é diferente. “Acho que todo mundo sente um nervoso quando vê a seleção em campo. E como todos, fico feliz quando eles ganham e triste com as derrotas.

Existe algo naquela camisa que mexe conosco e faz todos se unirem em uma mesma torcida”, conta Fernanda Richa que em época de Copa redobra os esforços para assistir às partidas. Os avanços que as mulheres estão obtendo com a relação ao assunto, são cada vez maiores e mais visíveis. Aliás, “o maior avanço é mostrar que as mulheres também conhecem de futebol e podem discutir sobre o assunto de maneira igual. Acredito que é reflexo da nossa sociedade, cada vez mais igualitária e “feminina”. E acho que isso tende acrescer. Se as mulheres hoje são mães, profissionais, esposas, responsáveis por manter a casa, por que não podem entender de futebol também?”, define Joyce. Michelle também percebe os progressos conquistados pelo sexo feminino. “As mulheres estão dominando todas as áreas da sociedade. Hoje ocupam cargos de chefia, são presidentes da República, ministras de Estado, enfim, deixaram o papel exclusivo de donas de casa e passaram também a ser provedoras do lar”, comenta a jornalista que não concorda que mulher e futebol não combinam. Por isso, mulheres brasileiras apaixonem-se, amem! O futebol não “morde” e nem é um bicho de sete cabeças. O futebol é uma mania nacional e combina com salto alto, sim!

Joyce Carvalho acha graça quando homens fazem brincadeiras com relação a mulher e futebol. Ela prova que entende muito do assunto e é competente no que faz.


Aconteceu fotos: divulgação

Rio Grande do Sul 01

Rio Grande do Sul 02

São Paulo 04

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Bahia 10

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Aconteceu Rio Grande do Sul (por Aline Viezzer): Foto 01 - Any Brocker Boeira e o artista gaúcho Renato Borghetti (foto: Larry Silva) / Foto 02 - 15 anos

de Kimberly. Na foto com a mãe, Angelita Ecker (foto: Fabio Martins) / Foto 03 - A empresária Marta Rossi (foto: Betty Sulzbach) / Foto 04 - As beldades Angelica Tissot e Fernanda Bertoja (foto: Aline Viezzer) • • • Aconteceu São Paulo (por Dudu Pacheco): Foto 05 - Ser chique... Dayse Gasparin / Foto 06 - Ser chique... Dudu Pacheco / Foto 07 - Ser chique... Celyta Jackson • • • Aconteceu Bahia (por Yin Yee Carneiro): Foto 08 - A Secretária da Casa Civil Eva Chiavon, a presidente da Bahiatur Emília Salvador e o Secretário de Turismo Domingos Leonelli / Foto 09 - A designer de jóias Nete Viana / Foto 10 - As três irmãs Daniela, Denise e Daiana / Foto 11 - Tiago Coelho, Ana Coelho e João Coelho

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Corpo

MITOS & VERDADES sobre o emagrecimento

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azer uma dieta cortando os carboidratos emagrece.

Pessoas que possuem metabolismo lento têm dificuldade de emagrecer.

VERDADE. Quando uma pessoa “corta” alimentos ricos em carboidratos da alimentação, mas não os substitui por outras fontes calóricas, com certeza, emagrecerá. Porém, essa não é uma dieta equilibrada. Quando “corta-se” os alimentos ricos em carboidratos, faltarão nutrientes importantes para a saúde, como as fibras. E faltará a energia necessária para as atividades do dia-a-dia. Dentro de uma dieta equilibrada, 50 a 60% da energia necessária para o corpo deve vir dos carboidratos, principalmente, oriundos de arroz, dos pães, dos cereais e das massas, de preferência, integrais.

VERDADE. Uma pessoa ter metabolismo lento significa que gastará pouca energia. Se uma pessoa gasta pouco, tem que comer pouco, senão engorda. E se essa pessoa quer perder peso, o melhor caminho é aumentar o gasto energético, com mais exercícios físicos. Senão, vai comer quase nada de calorias e, com certeza, vai ter dificuldade de emagrecer.

Comer antes de dormir engorda. MITO. Se ingerirmos calorias e não as gastamos, há um superávit calórico,ou seja, a pessoa engorda. Porém, isso não acontece devido a uma única refeição do dia. O fato de dormir depois de uma refeição não vai aumentar a biodisponibilidade calórica dos alimentos. O excesso de calorias um dia após outro, e dentro de várias refeições e lanches, comparado ao gasto energético global da pessoa, é que vai determinar se a pessoa engordará ou não.

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Diminuir drasticamente a quantidade de alimentos emagrece. VERDADE. Se uma pessoa fica em jejum o dia inteiro, ou diminui drasticamente a quantidade de calorias que ingere, logicamente, emagrecerá. Mas porque gastou calorias e não as repôs. Se, no dia seguinte compensar as calorias não ingeridas do dia anterior, que é o mais provável, não perderá nada de peso.Comer exageradamente num final de semana e fazer jejum na segunda-feira podem equilibrar a balança calórica, mas trará grandes malefícios à saúde.

Alimentos com gordura zero não têm calorias. MITO. Os chamados “macronutrientes” são


aqueles que fornecem calorias. Eles são as gorduras, as proteínas e os carboidratos. Cada grama de gordura fornece nove calorias. Cada grama de proteína fornece quatro calorias, assim como cada grama de carboidratos. Se um alimento não tem gordura, pode ter proteínas e carboidratos, portanto, vai ter calorias.

Chá verde emagrece. MITO. Embora existam pesquisas indicando que o chá verde possa acelerar o metabolismo, a quantidade e frequência com que uma pessoa deveria tomá-lo, para obter tais efeitos, não são realistas. No entanto, qualquer chá se usado sem adoçante calórico, é uma excelente opção para pessoas que querem emagrecer. O volume do líquido no estômago pode aumentar a sensação de saciedade.

Tomar um copo de água gelada, em jejum, emagrece. MITO. A água, morna ou gelada, tomada em jejum ou dentro de uma refeição, não interfere no metabolismo energético. Quando uma pessoa toma líquido antes de uma grande refeição, por exemplo, pode ocorrer, para alguns, aumento da saciedade. E isso ajuda a controlar a quantidade de alimentos ingeridos na refeição já que, a água é um líquido sem calorias, que tem ação de expandir o estômago.

Fazer exercícios físicos em jejum dificulta o processo de emagrecimento. MITO. Fazer exercícios em jejum é totalmente contraindicado por vários motivos, mas não necessariamente em relação ao emagrecimento. O indivíduo em jejum tem pouca reserva de glicose no sangue e de glicogênio hepático. Fazer exercícios aumenta a necessidade de glicose para a atividade muscular. Portanto, fazer exercício em jejum diminui a performance e pode trazer sintomas de hipoglicemia. A conduta mais adequada é a ingestão de uma refeição rica em carboidratos antes de qualquer exercício físico, e aumentar a duração, a freqüência e/ou intensidade do exercício para elevar a necessidade de que aumente a energia imediata vinda dos tecidos reservados no corpo.

Cristina Martins

Nutricionista, doutora em Ciências Médicas. É co-autora do Programa Motiva Ação – Peso Saudável e Qualidade de Vida. O programa é online (disponível no www.institutocristinamartins.com.br) e tem 12 semanas de duração

Alimentos com fibras ajudam a emagrecer, pois estimulam o intestino. MITO. O fato de estimular o intestino não necessariamente leva um indivíduo a emagrecer. Um pouco de calorias pode ser carregado para as fezes, junto com as fibras, como é o caso do colesterol presente nos sais biliares. Porém, a quantidade de calorias é pequena. Porém, no estômago, pelo fato de aumentarem o volume dos alimentos, elas dão mais saciedade. Ao ingerir uma refeição rica em fibras, a tendência é a pessoa comer menos calorias.

Pílulas anticoncepcionais engordam. MITO. A quantidade de hormônios das pílulas anticoncepcionais é pequena e não interfere no apetite ou no metabolismo energético. Muitas mulheres aumentam a ingestão calórica e ganham peso, assim acreditam que a causa foram as pílulas. Porém, vários fatores psicológicos e/ou ambientais podem ter influenciado no aumento da ingestão de calorias.

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Vida Saudável

O doce sabor do

AÇÚCAR

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ara o homem moderno, que vive num mundo em que a maioria dos produtos industrializados contém açúcar, é difícil imaginar a vida sem esse sabor. Os adoçantes são grandes aliados nas dietas e por isso tornam-se parte do cotidiano daquelas pessoas que prezam por uma vida saudável. Mas cuidado, nem todos os que estão no mercado podem ser os mais indicados para você. Conheça melhor os tipos de adoçantes e saiba como usar esse aliado moderno das dietas.

Adoçantes Naturais

São extraídos das frutas, do mel e das plantas. A frutose é um deles e deriva de frutas maduras e mel, outro tipo é o sorbitol extraído de frutas maduras e algas vermelhas, já o manitol é retirado da glicose das frutas e a última delas, a estévia é extraída das folhas da planta Stevia rebaudiana.

Sacarina

Também chamada de “açúcar dos diabéticos” - foi o primeiro substituto (nada na-

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tural) da sacarose. Derivada da destilação do carvão, a sacarina é sintetizada a partir de um derivado da indústria petrolífera, o ácido tolenosulfônico.

Ciclamato de Sódio

Ciclamato e sacarina sintetizados são derivados de um petróleo (a ciclo-hexioamina). O ciclamato de sódio foi proibido nos Estados Unidos, sob a suspeita de causar câncer. Isso porque haviam sido injetadas doses maciças da substância em ratos de laboratório e as cobaias desenvolverem câncer na bexiga. Nos anos seguintes, extensas análises a esse respeito não comprovaram a suspeita da ação cancerígena, e em 1986 seu uso foi novamente aprovado em território norte-americano. Atenção: Pessoas hipertensas devem tomar cuidado com os adoçantes de ciclamato de sódio e sacarina de sódio, pois causam os mesmos efeitos colaterais do sal comum.

Aspartame

O aspartame foi descoberto em 1965 por um químico norte-americano que ao


misturar os dois aminoácidos fenilalanina e ácido aspártico, verificou sua ação adocicada. Ele é tão artificial como o ciclamato, a sacarina ou o acesulfame-k.

Cuidado com o aspartame

Zumbido, fibromialgia, formigamento, Alzheimer e Esclerose, Mal de Parkson, esclerose múltipla, Lúpus sistêmico e Obesidade, câimbras, vertigem, tontura , dor de cabeça , zumbido no ouvido, dores articulares, depressão , ataques de ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória. Cuidado! Você provavelmente tem a DOENÇA DO ASPARTAME! O Aspartame muda a química do cérebro. É a causa de diversos tipos de ataque. Esta droga muda os níveis de dopamina no cérebro. Mulheres grávidas devem tomar cuidado com o uso do Aspartame que pode causar má formação fetal. Já os obesos devem evitar o uso, pois o Aspartame faz desejar carboidratos e engordar.

Estévia

É o adoçante mais indicado contanto que venha sem acompanhamentos de outros nocivos. Os produtos com esteviosídios enfrentaram um primeiro problema que foi deixar o resultado parecido com o açúcar, o que atualmente já é conseguido. O segundo ainda enfrentado são as indústrias mundiais, imbatíveis em promover o aspartame, ciclamato e sacarinas.

Sucralose

Mais recentemente foi lançado o sucralose, adoçante de baixa caloria feito a partir de uma molécula modificada do açúcar. Descoberto em 1976, o sucralose não causa cáries, pode ser consumido por diabéticos e empregado em bebidas frias ou quentes e em alimentos cozidos, assado ou congelado.

de cana ou do açúcar mascavo. O produto, que inicialmente é marrom, recebe adição de gás sulfídrico e outras substâncias químicas para ficar claro. Nesse processo, o açúcar refinado perde vitaminas e sais minerais. O açúcar refinado e o cristal são praticamente só sacarose (glicose mais frutose) uma caloria vazia. O mascavo é uma caloria integral, tem todas as vitaminas e sais minerais do caldo de cana. Em 100 gramas de açúcar encontramos Comparativo entre açúcar mascavo e refinado:

Energia Kcal

Refinado

Mascavo

Energia Kcal

387

376

Carboidrato

99,9

97,3

Vitamina B1 (mg)

0

0,1

Vitamina B2 (mg)

0,02

0,01

Vitamina B6 (mg)

0

0,03

Calcio (mg)

0,04

0,3

Fósforo (mg)

2

22

Potássio(mg)

2

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Ficam aí as dicas. Lembre-se que é preciso colaborar não só com a sua dieta, mas também com a saúde.

Atenção Pais

Cuidado! Podem-se oferecer adoçantes às crianças (sobretudo diabéticas ou com sobrepeso), mas como o limite é calculado por quilo, atenção ao teto de consumo.

Açúcares

Açúcar mascavo: extraído da cana de açúcar, não passa por processo de refinamento, mantendo assim as vitaminas e sais minerais do caldo de cana. Quanto mais escuro, mais vitaminas e sais minerais. Açúcar refinado: É processado a partir do melado

Heloisa Bernardes

Terapeuta Ortomolecular

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Saúde

Frutas e Legumes Um Bem Necessário Consumo diário dos alimentos auxilia a prevenção contra o câncer

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abe qual é a melhor combinação para a prevenção do câncer? Simples: frutas e legumes. O câncer é uma modificação genética que ocorre lentamente dentro das células, primeiros seus genes são alterados, em seguida ela se torna maligna e seu último estágio já é da multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Esta alteração esta relacionada muita vezes pelo ataque de radicais livres do nosso organismo. Por isso que muitas pesquisas recomendam a ingestão de alimentos antioxidantes, que combatendo os radicais livres auxiliam na prevenção do câncer. É claro que apenas o consumo destes alimentos não garante que o câncer não apareça, mas podem contribuir para isso. Em um trabalho recém publicado pelo American Institute For Cancer Research os pesquisadores conseguiram comprovar que é possível diminuir o risco de incidência do câncer em 20% apenas aumentando o consumo de frutas e verduras, durante

Dr. Maximo Asinelli

Médico Nutrólogo www.clinicaasinelli.com

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a pesquisa os voluntários ingeriam pelo menos cinco porções diárias. E foram mais além, se o individuo praticasse atividade física regularmente, este índice chegaria a 40%. Para uma vida saudável é preciso ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos, isso garantirá não apenas a prevenção do câncer, mas também de várias outras doenças. Há alimentos que podem combater o aparecimento de radicais livres e com isso contribuir para evitar o aparecimento do câncer. Recomendo o consumo de alimentos que contenham bioflavonoides, beta-carotenos, fibras e antioxidantes, como a vitamina A, C, E e selênio. Estes componentes são encontrados em nossa alimentação diária. O beta-caroteno pode ser encontrado nas cenoura, tomate, caqui, manga, abobora e couve. Já as frutas cítricas, como a laranja, limão e abacaxi são ricas em vitamina C, enquanto a vitamina E pode ser encontrada no óleo de girassol, nas amêndoas, amendoins e gérmem de trigo. O consumo da soja e seus derivados também é importante, pois possuem isoflavonas. Não é conhecida uma causa exata para o aparecimento do câncer, há vários fatores que devem ser levados em conta. Mas a garantia de uma boa alimentação e de uma vida saudável, com certeza poderá colaborar com a prevenção desta doença, entre tantas outras.



Capa

beth

divulgação

goulart Não é a profissão que vai lhe render bons frutos, mas sim o amor com que a faz. Certamente, alguma vez na vida, você já ouviu comentários como este ou parecidos. Com o tempo e as minhas experiências, tenho constado que é verdade. Com um imenso carinho ao falar, brilho no olhar e a certeza de dedicar-se ao que, para ela, é certo, Beth Goularth declara seu amor ao teatro e o seu envolvimento profundo com o trabalho. Reportagem Kelly

Domingues

Élégant Quando você teve certeza que o mundo da interpretação faria parte definitivamente da sua vida?

Beth Goularth Desde muito cedo, a primeira

vez que eu pisei no palco foi em Curitiba e eu tinha três anos de idade. O mundo teatral sempre me atraiu. Se você observar as crianças e as suas brincadeiras, encontrará ali a semente do que ela vai ser quando adulta. A criança tem inocência, está muito perto da origem, do seu espírito. Elas brincam com aquilo que realmente gostariam de fazer na vida. Eu brincava de fazer teatro, juntava várias crianças, observava o que cada uma sabia fazer, já dirigia e criava o espetáculo e não ficava só como atriz, fazia todas as fases da criação de uma peça e até cobrava o ingresso. Isso tudo já era uma amostra do que viria depois. Realmente a minha vocação se manifestou muito cedo e meus pais também me ensinaram que essa é uma profissão muito difícil, me alertaram sobre os prós e os contras desse ofício, falaram que é sazonal, cheia de altos e baixos e que, sem persistência, acaba-se desistindo porque existe uma série de empecilhos para segui-la. Mas a paixão e a vontade eram tão grandes que eu pensei “não importa, eu vou seguir e esse é o meu caminho”.

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Élégant Qual foi o seu trabalho mais apaixonante até hoje? Aquele que une tudo e parece acontecer de forma tão plena somente uma vez na vida?

Beth Goularth

Sempre achamos que o último trabalho é o mais importante, mas realmente o que estou envolvida agora junta todos esses processos criativos que desde muito cedo se manifestaram em mim. Neste espetáculo eu faço a dramaturgia, a direção e a interpretação. Em um único espetáculo eu consegui juntar o meu olhar sobre a obra da Clarice Lispector. A Clarice é uma autora extremamente importante, inspiradora, uma autora que fala de temas que me interessam profundamente como amor, transcendência, espiritualidade, uma maneira de entender novas dimensões através do cotidiano. A literatura dela é muito rica que permite e provoca a ter a sua visão sobre o que se fala, divide com você esta criação e eu acho que isto é muito rico artisticamente. Neste trabalho eu sigo a orientação da autora e divido o meu olhar com o público, trazendo um painel sobre a obra e vida dela de uma forma apaixonada. O espetáculo é uma declaração de amor à Clarice Lispector, não só à autora, mas principalmente ao ser humano que ela foi, uma mulher


à frente do seu tempo, ousada e corajosa. Este espetáculo é um passo a mais na minha vida profissional, no sentindo de assumir meu lado criativo, meu olhar como artista, meu posicionamento como mulher e meu prazer de estar em cena.

so, do meu olhar, das minhas opiniões, da minha visão sobre ela, então não poderia ser diferente. É claro que eu poderia fazer uma obra da Clarice com mais atores, mas para falar dela, essa solidão é muito necessária.

Élégant Você é reconhecida por fazer as suas inter-

gir outros atores?

pretações com características corporais bem marcantes. Você acredita mais na interpretação física do que na psicológica?

Beth Goularth Eu acho que uma coisa não se se-

para da outra. Você não separa o corpo do espírito nem do intelecto, nós somos uma coisa só, integrada. O ator deve trabalhar no espaço cênico, que é um espaço de liberdade, com todo esse material, não só o seu corpo como a sua voz, sensibilidade e visão de mundo. O Amir Haddad, que fez a minha supervisão neste trabalho, costuma dizer: “Eu gosto de atores que dão depoimento, que tem alguma coisa a dizer de si mesmo, da sua opção diante da vida, diante da arte”. De certa maneira eu busco um pouco dessa característica no trabalho, não que eu a busque racionalmente, mas naturalmente isso acaba acontecendo. Como eu tenho o corpo e a voz trabalhados, é natural que em minha expressão artística eu utilize esse material. Fundamentalmente é essa junção do todo e esse trabalho que eu acho muito importante que o autor tenha: trabalhar seu corpo, sua voz, ter noção de espaço, noção de troca energética.

Élégant Interpretar,adaptar e dirigir o próprio espetáculo como é o caso do Simplesmente Eu, é um trabalho solitário. Isso é angustiante?

Beth Goularth É solitário em termos, já que o te-

atro é uma arte coletiva. Por mais que eu esteja sozinha em cena, somos dez pessoas para realizar o espetáculo todas as noites, isso já não é solitário. O fato de estar com um público à sua frente também diminui essa sensação. Eu jogo uma piada ou um estado emocional para o público e ele me devolve. Isso é o que faz o espetáculo ser vivo. É justamente essa interação e comunicação entre palco e plateia que é a beleza do espetáculo. Isso pode acontecer com um único interlocutor ou com mais, não acho que seja necessário só uma pessoa para que isso aconteça, mas às vezes é preciso que ele esteja ali naquela posição. A solidão é um dos temas da Clarice Lispector. Ao mesmo tempo em que ela necessitava da solidão, ela sofria com isso também . Mas não tem jeito, quando você escreve é você com você mesmo. Eu repeti um pouco essa trajetória dentro do meu univer-

Élégant Com essa experiência você pretende diriBeth Goularth Com certeza. Esse foi o terceiro

espetáculo que eu concebi e o segundo que eu assino a direção. Desta vez, apesar de ter a supervisão do Amir Haddad, eu estou assumindo sozinha. Sem dúvidas, é o começo de uma trajetória como diretora que me interessa profundamente. Eu estou pesquisando um próximo personagem feminino para um trabalho que eu já estou fazendo a dramaturgia. Neste espetáculo eu não estarei em cena, apenas irei escrever e dirigir. Acho que isso vai enriquecer bastante minha proposta teatral e quem sabe eu possa também ajudar as pessoas nessa caminhada.

Élégant Interpretar é uma forma de explorar de várias maneiras sentimentos e valores. Como é para você usar sua linguagem, o teatro, para atingir as pessoas de uma maneira tão positiva?

Beth Goularth É fundamental, talvez eu faça te-

atro por isso. Por achar que de alguma forma eu possa transformar as pessoas. O teatro é um espelho da sociedade, ele nasceu justamente para refletir como o homem lida consigo mesmo e com a sociedade em volta dele, quais são suas dores, mazelas e o que ele pode fazer para melhorar a vida que vive. Isso é um processo de reflexão muito profundo e transformador. Usar o trabalho para levar esse tipo de reflexão e atitude crítica diante da vida, pode levar as pessoas a uma atitude diferente no seu cotidiano. Prestar atenção no que vemos dentro de nós mesmos e exercitar a sensibilidade, enxergaremos melhor o que está fora e quem sabe, encontraremos uma ação mais eficaz para transformar aquilo que não nos agrada. Usar a capacidade de indignação para chegar a uma ação positiva e social para melhorar o mundo que está aí. Então se eu, de alguma forma, com o meu trabalho conseguir provocar isso nas pessoas, eu me sinto útil.

Élégant O subsídio que o governo concede para as

artes é um inibidor da necessária capacidade crítica do teatro?

Beth Goularth De forma alguma. Isso seria orientar os produtores da seguinte forma: só vou te dar Élégant

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Capa o dinheiro se você fizer o autor que eu quero ou contar a história que me interessa, e não é isso que acontece com a lei. É caro fazer teatro e a lei é um auxílio para poder levantar um espetáculo e dentro do possível fazer um ingresso mais acessível para que o público também possa ter acesso a esse produto e bens culturais. Nós usamos o dinheiro do imposto, é um dinheiro nosso que está sendo investido, então é justo que a lei seja extremamente rígida e tenha um esquema de controle muito amplo para que esse dinheiro seja realmente utilizado naquilo que se propôs. Eu gostaria muito que as produções conseguissem viabilizar um ingresso mais barato, porque não são todos os patrocinadores que dão esta condição. Mas a lei é extremamente positiva. Acho que talvez só a lei não seja suficiente, talvez tenhamos que ter outros suportes financeiros para que uma produtora consiga realizar cada vez mais espetáculos. Existe certa morosidade no processo da lei que pode ser melhorado.

Élégant Você acha que finalmente os grandes ar-

tistas do eixo Rio - São Paulo, como você, renderamse à evidência de que Curitiba é um importante pólo cultural no Brasil?

Élégant Faça um comentário do seu tempo atual.

Como você resumiria a sua vivência, expectativas e as boas novas.

Beth Goularth Sou uma mulher do meu tempo,

convivo com o meu trabalho, na verdade sou quase casada com ele. Me dedico também ao meu filho,que já é um homem, está com 28 anos. Ele está seguindo sua própria carreira, é formado em publicidade, escreve para teatro e cinema. Temos alguns projetos juntos e ele trabalha também com programação visual. Agora eu vou entrar em uma fase que é só trabalho, mesmo porque vou fazer duas temporadas ao mesmo tempo. Terças e quartas no Rio de Janeiro e de sexta a domingo em São Paulo. Não me sobra muito tempo para eu fazer outra atividade paralela, sair de férias ou namorar muito. Eu sou uma pessoa que encara o trabalho como uma vocação existencial, o teatro para mim é um templo e tenho uma relação devotada para o meu trabalho. Chego cedo, gosto de ver o teatro vazio, quero ensinar. Tenho esse desejo de desenvolver um processo com educação, formação de gente nova. Eu dedico meu tempo a isso, a estudar, escrever, pesquisar, ensinar dentro do possível, criar espetáculos e desenvolver ideias.

Beth Goularth Com certeza. Eu sempre viajei

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divulgação

muito com as minhas peças, acho que pelo teatro ter esse contato humano é importante conhecer outras regiões.Com Dorotéia Minha eu viajei o Brasil inteiro, com Quartas também. Agora com Simplesmente Eu Clarice Lispector, o nosso objetivo é viajar todo o país e quem sabe até para fora. Porém, atividade teatral é uma atividade cara, quando uma peça vai a um lugar, no mínimo dez ou doze pessoas têm que ir também. Viagem, passagem aérea, estadia e alimentação, são caras. Atualmente passamos por uma dificuldade geral, não é mais suficiente que os hotéis e agências de viagens troquem seus serviços pela divulgação de suas marcas. Pagar uma parte disso tudo e sem o suporte da secretaria do estado ou das prefeituras ajudando nesses itinerários, algumas vezes se torna inviável as viagens. Mas eu costumo fazer isso porque acredito que é fundamental para as produções não ficarem apenas no eixo Rio – São Paulo.


Joe Roberts and

friends

Clássicos

do

Rock

Café Pilão leva você ao show do Joe Roberts and friends

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junho teatro positivo

curitiba - 21h

ingressos: www.diskingressos.com.br informações: (41) 3317-3107


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domingo, 18h ÉlÊgant

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divulgação

Entrevista

Ivan Lins Reportagem Kelly

Domingues

D

izem que quando se é jornalista e adentra-se a um determinado segmento na profissão, surge, motivado pelo acontecimento, o planejamento das entrevistas mais desejadas. No meu caso, também foi assim. Ao saber que passaria pedaços da minha profissão ao lado de famosos, planejei. E no dia em que entrevistei o músico Ivan Lins, um destes meus ideais se cumpriu. Era real a vontade de um bate papo com ele para constatar se realmente o que eu projetava na sua pessoa como cultura, crítica, consciência e amor pela profissão eram percepções de fato, verdadeiras. Bem, constatei. O cara é fera.

Élégant Ivan, você teve influências do Jazz e da

Bossa Nova para se tornar um músico. Como foi isso?

Ivan Lins Foi devido às músicas que eu escutava

e que eu mais me identificava na juventude. Então, naturalmente eu procurei seguir esse caminho. Eu tinha certa facilidade para desenvolver música, já que isso é um dom e de certa maneira não foi tão difícil como as pessoas possam imaginar. Aprendi a tocar piano sozinho ouvindo jazz e bossa nova. Desde que eu comecei a minha meta e o meu sonho era ser um pianista do jazz e da bossa nova. Depois de dois anos eu já estava tocando na noite da Tijuca, o meu bairro no Rio de Janeiro.

Élégant Você tem uma carreira consolidada no

exterior e a sua popularidade é maior do que aqui. Como você recebe isso sendo que no Brasil você é considerado um cara Cult?

Ivan Lins (Risos) Olha, eu não sei se sou um cara

Cult no Brasil e nem acho que minha popularidade seja maior lá fora do que aqui. Quando eu faço shows de graça no Brasil eu tenho um público de 10 mil pessoas, às vezes até mais. Eu sou muito popular no meu

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país porque sou de uma geração que teve uma época e uma mídia muito favoráveis para o tipo de música que eu fazia. Quando eu comecei minha carreira, havia muitas rádios no Brasil que tocavam MPB e havia muitos programas de música na televisão em que o tema era basicamente MPB e isso me tornou bastante popular assim como na minha geração o Djavan também foi muito favorecido, o Fagner igualmente. E das gerações anteriores como Chico, Gil, Caetano e Milton. É claro que hoje o preço do ingresso interfere. Quando os shows são populares, vai muita gente. Mas o que se deve ao fato de eu ser um artista muito conhecido lá fora é que minha música tem um contexto internacional que veio do jazz principalmente, da música pop americana mais moderna, como as músicas de Stevie Wonder, Ray Charles. Esse componente dá a minha música certa familiaridade quando eles escutam, pois sentem que tem alguma “coisa” que é deles e faz parte da cultura deles, então isso faz com que a minha música seja muito bem aceita lá fora.

Élégant Você acha que a música brasileira hoje

esta dominada por músicas de consumo rápido? Em sua opinião este fenômeno se deve a que?

Ivan Lins Ao mercantilismo, ao capitalismo selva-

gem, a comercialização das coisas. A música deixou de ser cultura, passou a ser comércio e de certa maneira as empresas que trabalham com música optaram por lucro mais rápido e não investem mais e a médio e longo prazo. Como algumas outras indústrias fazem, a da música não, a da música tornou-se uma coisa muito imediatista e isso foi na contramão do que é cultura. Na verdade a cultura se aprende, com o tempo e não se perde mais. Quando você adquire cultura, quando você sobe no seu nível cultural, você nunca mais perde isso e eu sou de uma época em que a música fazia isso. Tanto que as pessoas da minha geração até hoje me cultuam muito e passaram isso inclusive para os


próprios filhos que vão me assistir. A indústria nunca pensou assim e resolveu transformar a música em uma coisa imediata e o que aconteceu? Destruíram a música, banalizou-se demais e hoje, como negócio, a música piorou, caiu num esgotamento, numa banalização até comercial que fez mal a todo mundo, inclusive a quem faz música mais popular porque os artistas passaram a ter vida muito curta. Não é o caso do Roberto Carlos, por exemplo, que sempre fez música popular e dura até hoje. Agora, quantos artistas novos populares apareceram e sumiram? 90% deles! E muitos com talento na área popular. Então fica essa coisa descartável, o talento passou a não contar mais porque as pessoas estão mais a fim de ganhar dinheiro. Isso foi muito ruim para a música porque ela é cultura. A situação é essa, mas espera-se que isto seja só uma fase e se reverta de novo. Seria uma maldade muito grande hoje o músico e o artista não poder viver da sua própria música ou viver mal dela.

Élégant No começo da sua carreira havia uma politização maior da juventude. Você acha que a época da censura ajudava a criar boas obras musicais?

Ivan Lins A censura na verdade funcionou mais

como um item comercial, ela foi mais explorada comercialmente do que politicamente por causa daquela velha historia de que o proibido cria mais curiosidade nas pessoas. Hoje existe uma censura estética muito maior do que a que existia naquela época e ela é imposta pela mídia, pelos veículos de comunicação. Essa está sendo muito mais violenta do que a outra e muito mais prejudicial porque ela está toda inserida num contexto de lucratividade e não em construção cultural em melhorar as pessoas, não no contexto educacional. A censura naquela época ajudava sim, porque havia este contexto comercial por traz dela, mas o que realmente mudou na juventude foi que começou a desaparecer com o proibido. Por exemplo, “o proibido proibir”, isso realmente se tornou realidade o que causou certa alienação na juventude.

Élégant Eu tenho a impressão que a qualidade das

produções musicais de hoje em dia não é de alto nível. Talvez isso se deva ao fato do fácil aceso as inovações tecnológicas, que são inúmeras. E você o que acha?

Ivan Lins

É tudo uma faca de 2 gumes. As inovações tecnológicas ajudam tanto para o bem como para o mal. Como tudo na vida. Meu pai falava uma frase maravilhosa que define bem isso: “A mãe de todos os males é a ignorância”. Ele dizia que o problema não é

o analfabetismo e sim a ignorância porque tem muito letrado ignorante e muito analfabeto inteligente. Ele falava também que a ignorância é pragmática, ela exclui o raciocínio e o pensamento. Quando você pensa e raciocina você trabalha os seus miolos e adquire um pouco mais de cultura, você melhora, sobe um pouquinho o seu nível, isso porque você pára e pensa. A ignorância não, ela não mede os meios, ela mede os fins. A ignorância elege a mediocridade. A formação dos grandes medíocres brasileiros provem da ignorância do país e a mediocridade é que é responsável por isso. Ou seja, a falta de cultura, falta de educação, de investimento que deveria ser muito pesado nesta área, com esse proibido de proibir. De uma certa maneira o estado se isenta de certas responsabilidades e muitos de nós também, infelizmente. A situação fica deste jeito, a questão de usar mal a tecnologia, vem muito da mediocridade.

Élégant Qual é o teu grande barato: cantar ou compor ?

Ivan Lins (Risos) Difícil. Eu componho cantando, então já fica complicado decidir. Mas o compor ganha um pouquinho, um pouquinho só. Eu gosto um pouquinho mais de compor do que cantar. Eu não me considero um bom cantor. Eu canto para sobreviver e canto para me expressar, claro. Para me comunicar com as pessoas e me aproximar delas, uso a minha música para fazer bem as pessoas e para que elas gostem de mim.

Élégant As suas músicas sempre causaram efeito no inconsciente coletivo. Hoje em dia as músicas de grande sucesso são absolutamente descartáveis. O que mudou, a qualidade do discurso ou a falta de compositores que tenham o que dizer? Embora alguns ainda existam como é o seu caso.

Ivan Lins

O que falta é o veículo. Compositores que tenham o que dizer? O Brasil está lotado deles, mas todos muito escondidos, com pouca mídia. O que falta são os veículos, a mídia. Principalmente rádio e televisão, não a imprensa, hoje a imprensa é a mais respeitada de todas no meu entender, eu acho inclusive a mais bem preparada, como eu estou vendo com você e com várias pessoas que me entrevistaram. O problema todo está na veiculação de música nas rádios e televisão. A mídia desapareceu porque elas também entraram no sistema do descartável, do lucro rápido, dos balancetes mensais de final de mês, do verde vermelho. E aí a música apanha, sofre e é o que esta acontecendo, principalmente nesses últimos 20 anos.

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Bem Estar

U

Hora do

Chá

ma das melhores coisas a se fazer depois de um dia intenso de trabalho é chegar em casa e descansar, não é verdade? O chá acaba sendo um ótimo aliado para isso. Esta bebida está sendo inclusa no cardápio do brasileiro com maior intensidade. Assim como o café, o chá tem também os seus benefícios. Mas, será que tudo que é dito sobre esta bebida é mesmo verdade? Barbara Fíngerle Ramina, proprietária de uma casa de chás de Curitiba é uma grande apreciadora do produto e conta que os brasileiros procuram cada vez mais por chás. Isso se deve aos hotéis e aos restaurantes que es-

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tão se adaptando a esse costume. “Esse é um trabalho lento, é preciso educar”, diz. Ela garante também que chá tem a ver com alma e espírito. O chá é uma forma de aproximar as pessoas e segundo Barbara, as pessoas que frequentam a casa se encontram e trocam energias. “É muito bonito proporcionar momentos para que as pessoas se conheçam melhor”, garante. Existem três tipos de chás: o preto, o branco e o verde. Bárbara explica que todos eles são secados. O chá preto é mexido para quebrar as folhas e é nessa quebra que ele começa a oxidar. Já a folha do verde é secada e não entra em oxidação. A folha do chá bran-


DICAS da BARBARA Vai receber amigos em casa? Sirva um bom chá! Como o chá é uma bebida milenar, ele nunca sai de moda. Mais do que nunca o chá está em evidência. Para você receber as amigas para um chá da tarde é muito fácil. Sirva chá, sim. Você só precisa de uma receita, água quente e um bule. Para um chá da tarde, eu iria oferecer o meu favorito, o breakfast, que é o chá preto. Ele é muito suave e extremamente aromático. E também um “Marani” que é um chá verde aromatizado, com aroma de girassol e pétalas de rosa. Esse chá tem um efeito revigorante maravilhoso. Para acompanhar você pode servir a comida que quiser, doces e bolos são bem vindos.

co sofre o mesmo processo da do verde, só que a folha é colhida ainda bem novinha. Barbara afirma que ambos trazem benefícios parecidos e o que muda é o procedimento de colheita e o preparo das folhas. O chá verde está muito na moda, principalmente entre as mulheres que o consomem para emagrecer. Para Barbara isto é um mito e apenas tomar algumas xícaras de chá verde por dia não faz diferença. O que se deve fazer é mudar os hábitos alimentares e de vida. “O chá verde, até pode ajudar no processo de emagrecimento, mas é necessário acompanhamento médico”, garante. Os mundos do chá e do vinho podem ser comparados. O vinho, provem da uva e pode nascer em vários países do mundo. Para definir o seu sabor, várias etapas podem ou não ser usadas e segundo Barbara tudo irá depender do resultado que se deseja alcançar. O chá também funciona assim. Ele é plantado em diversos lugares do mundo. Variantes, como clima, solo e altura definem sua qualidade e suas peculiaridades. “Por exemplo, quanto mais alto a Cammelia Sinensis for plantada, mais fino fica o chá. Outro fator que influi muito é o solo”, explica. Para ela, o melhor chá é o da região da Argélia, na Índia. Nascem em montanhas bem íngremes. “Este é considerado o champagnhe do chá. É extremamente fino”, declara. Ao contrário do que muitas pessoas pensam o chá não é chique e sim questão de cultura. Barbara garante que cabe a cada um se proporcionar essa novidade. “Experimente, vai surgir uma nova paixão, a descoberta de um novo mundo”, conclui.

Chás Exóticos O Isen branco, vem da China. Ele é bem especial. Quando colocado no bule ele vai abrindo até virar uma flor. Esse chá precisa ser tomado com tempo para poder curtir o momento. O Lapsan é um chá bem especial e também vem da China. Ele é defumado e colocado em tigelas grandes.

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Momento Gourmet

divulgação

Que tal dar uma pausa para saborear uma comida típica?

A sugestão de hoje é o Barreado, prato típico da cidade de Morretes, no Paraná. Para trazer essa delícia até você, Tânia Bridaroli Madalozo Laffitte, nos conta um pouco sobre esse prato de sucesso e, também, nos ensina a receita. Aprecie essa deliciosa entrevista

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Élégant Como surgiu o barreado? Comente sobre sua história e as suas curiosidades.

Tânia

Prato do litoral paranaense, de origem polêmica, o Barreado é motivo de discussão entre morreteanos, capelistas e parnanguaras. Dizem que era servido aos caboclos que iam às vilas levar os produtos da lavoura. No folclore paranaense, o Barreado é símbolo de fartura, festa e alegria. O nome vem da expressão “barrear” a panela com um pirão de cinza ou farinha de mandioca, para evitar que o vapor escape e que o cozido seque depressa. Foi adotado como prato do período carnavalesco devido as suas propriedades energéticas. O Barreado não perde o sabor original. Cachos de banana eram dependurados no beiral das casas para serem servidos como sobremesa ou, então, misturados a refeição. O Barreado é um prato muito simples preparado com carne bovina, toucinho e temperos típicos da cozinha de Morretes, Antonina e Paranaguá, degustado há centenas de anos.

Élégant Quais são as características do Barreado? Tânia Para os que nunca saborearam o Barreado,

a surpresa é que, este prato típico, do Paraná, é à base de carne bovina e cozida, exaustivamente, com alguns temperos que lhe conferem um sabor acentuado. O que resulta em uma carne muito macia, que desmancha no cozimento. Em seguida, é servida em panela de barro, com os seus acompanhamentos.

Élégant Quanto tempo é necessário para prepará-lo? Barreado para 10 pessoas • 5 kg de Carne • 1 ½ kg de Cebola • 200 gr. de Bacon • 100 gr. de Sal • 20 gr. de Cominho • 50 gr. de Alho • 5 gr. de Pimenta • 12 litros de Água * Farinhas de mandioca e de trigo, para Barrear (vedar) a tampa da panela. • 500 gr. de Farinha de Mandioca • 100 gr. de Farinha de Trigo

Tânia

No fogão a lenha, o Barreado, leva 24 horas para ficar pronto. Modernamente, em 8 horas você consegue prepará-lo. Mas o fogo lento, ainda, é a melhor opção.

Élégant Existe algum segredo no preparo? Tânia

Sim. Dosar a quantidade do Bacon, para não acentuar demais o seu sabor, e o Cominho é essencial para um bom Barreado.

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O Barreado é mais procurado em qual época do ano?

Tânia O Barreado é mais procurado no Inverno. Em

nosso restaurante, esse prato típico vem acompanhado de frutos do mar, servido no sistema de rodízio. Assim, em qualquer época do ano, você vai saborear esta iguaria com destaque em nossa cidade.

Élégant O que você indica para quem quer experimentar esse prato?

Tânia

Saborear o Barreado, em Morretes, com a família e amigos, resgata a sua história no local, em um verdadeiro turismo gastronômico. Faça como nossos antepassados: durante os festejos degustem o Barreado, que é símbolo de festa e fartura. Agora que já deu água na boca, que tal aprender a fazer o Barreado? Para isso, segue abaixo a receita para que não haja erro. Vale também, dar um passeio até Morretes e, assim, apreciar esse maravilhoso prato. Bom apetite!

Modo de Preparo 1. Cortar a Carne em forma de Cubo com média de 5 cm. 2. Cortar o Bacon em forma de Cubo com média de 1 cm. 3. Bater no liquidificador: Cebola e Alho, com 1 litro de água. 4. Adicionar todos os ingredientes em uma panela: Carne, Cebola, Bacon, Sal, Cominho, Alho, Pimenta e Água. 5. Barrear (vedar) a tampa: adicionar em um recipiente Farinha de Mandioca, Farinha de Trigo e um pouco de Água. Misture e amasse com as mãos até obter uma pasta. Barrear a tampa espalhando a massa com as mãos molhadas, deixando-a totalmente Barreada. 6. Após este preparo, deixar o recipiente em Fogo Alto, até obter a fervura. Ao ferver, Baixar o Fogo e aguardar em cerca de 8 horas para estar em seu ponto ideal. Acompanhamento : Farinha de Mandioca, Banana Maçã e Arroz Branco

Dicas para tornar o Barreado mais saboroso: 1. Para preparar o prato com o Barreado e o seu pirão com a farinha de mandioca, ele deve estar, preferencialmente, fervendo; 2. Acrescentar, após preparar o prato, algumas gotas de pimenta malagueta;

3. Saborear o barreado acompanhado de uma cachaça fina, cerveja ou vinho; 4. Para seguir os nossos antepassados, servir em panelas e cumbucas de barro.

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Agronegócio

Quero S

chocolate

erá que só devemos apreciar o chocolate na Páscoa? De jeito nenhum. O famoso chocolate é bom o ano todo, no inverno ou no verão, quente, frio, recheado, puro, liquido, sólido, diet.... ufa!! Quantas maneiras se há de apreciá-lo! Quando falo que o agronegócio esta por todas as partes é realmente verdade. Essa iguaria amada por tantos é fruto de uma mistura encantada que surgiu a milhares de anos como bebida e remédio e era apreciada e consumida apenas por reis,rainhas e nobres. O produto derivado do cacau e vindo da América do Sul fez muitos adeptos na Europa e Estados Unidos e em meados do século XVI , os irmãos Cadbury da Inglaterra, compraram a receita e abriram a primeira chocolataria de Londres em 1657. O chocolate então, pôde ser apreciado não só pelas classes mais altas mas também, com o passar do tempo, se tornou um ítem acessível a todas as classes sociais, povos, etnias. En-

fim, o chocolate e seus subprodutos, são conhecidos e saboreados in al the World!!! Por muito tempo a fabricação do chocolate permaneceu a mesma, mas, com a Revolução Industrial, sua produção sofreu positivas mudanças e com o aparecimento de maquinas de espremer manteiga de cacau ajudou a fazer do chocolate um alimento mais consistente e durável e hoje aperfeiçoado é, para quem gosta, de se comer rezando!!! E ainda por cima traz felicidade para quem presenteia ou é presenteado, e principalmente para quem se delicia com ele!!! Já pararam para pensar nisso? Nesses tempos modernos, é legal fazer e vender aquelas receitinhas de chocolates antigas com embalagens que envolvem os olhos e ficaram tanto tempo guardadas no fundo de gavetas. Na verdade elas nunca perderam seu poder inovador que aquecem a emoção das pessoas. Coisas que, assim como o chocolate, nunca envelhecem...

Curiosidades

Carla Portinari Gestora de Agronegócios

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- A Lacta foi fundada em 1912 em São Paulo e se chamava Societè Anonyme de Chocolats Suisses. A Nestle do Brasil abriu suas portas em Araras,SP, em 1921. A famosa Kopenhagen foi fundada também em São Paulo em 1925. A Garoto,em 1929 começou o empreendimento no Espírito Santo pelo alemão Henrique Meyerfreund. - Apesar de o chocolate ser geralmente consumido por prazer, há alguns efeitos positivos para a saúde na ingestão do alimento sem exageros,naturalmente ,pois é um alimento energético e calórico. O cacau ou o chocolate amargo, por exemplo, são benéficos para o sistema circulatório. Outros efeitos incluem as propriedades anticancerígenas, estimulantes cerebrais e a capacidade de curar diarréias, entre outros. As propriedades afrodisíacas do chocolates ainda não foram comprovadas -Hoje existem os Chocolateires, que são os especialistas em chocolates e ja são muito bem quistos pelo mercado, uma nova profissão de sucesso! - Quem também pode provar essa iguaria são os pets!!! O chocolate canino é encontrado com facilidade nas grandes lojas para animais domésticos!


Vinhos

A importância de um copo adequado para apreciar um bom vinho

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uita gente fala do vinho, acessório, dita moda e acabam complicando. Alguns deles denominam-se enólogos e isso é verdade. Enólogo é o profissional que se formou em enologia e trabalha dentro das famosas caves, elaborando o vinho. Ele é um profissional atualizado tecnologicamente e vive intensamente em seu Terroir a poesia do vinho e a natureza da safra. Mas poucos deles passam dicas básicas que podem realçar ou prejudicar muito as sensações enquanto você aprecia o seu vinho. Uma delas é a utilização de um copo adequado. Acho fundamental os amantes do vinho (Enófilos) se unirem e de maneira compromissada divulgar os melhores vinhos, os melhores copos de acordo com a característica do gosto e da gastronomia do seu país. Mais se tratando de copos adequados para o deleite total de um bom vinho, temos sempre algumas dicas para nos ajudar: Eles precisam ser: Transparentes (100%) – Para a beleza estética à mesa e promover o visual das nuances de cores do vinho, o copo nunca deve ser colorido ou grosso. A alma e o espírito do vinho devem ser apreciados com muita delicadeza. Grandes e leves – Grandes ou altos para oxigenar bem o vinho, deixam-no mais rápido e pronto para beber. Leves para ser confortável ao girá-lo, para desprender o aroma ou o bouquet e também para ser segurado à mão por algum tempo (ex: festas, coquetéis), os copos nunca devem ter o globo com espessura grossa e nem a base pesada. Modernos desenhos – Nos últimos 50 anos a nobreza à mesa vem mudando, tecnologicamente os

copos progrediram para acompanhar o desenvolvimento e a evolução dos vinhos. Beber um Pinot-Noir em um copo de Brunello, ou um Chardonnay em um copo de Cabernet-Sauvignon pode alterar de 20% a 40% o resultado do vinho. Cuidado com os costumes antigos, aqueles que servem água no copo grande, vinho tinto em um copo menor e o vinho branco em um minúsculo copo, isto é ultrapassado e denota falta de conhecimento. O mais importante de tudo é que os copos para serem 100% transparentes, altos, leves e com desenhos adequados aos tipos de vinhos, precisam ser produzidos por verdadeiros artistas, os melhores são os alemães e austríacos, que usam as melhores matérias primas – o cristal e o chumbo alemães e verdadeiros artistas para soprá-los. Para você receber e servir bem, tanto em casa, como em um restaurante e poder seguir um ritual perfeito da cultura e romantismo do vinho não exclua a importância do copo adequado. Um abraço. Lopes, o homem do vinho. Assista também as dicas do homem do vinho toda segunda-feira, 00h30, na RedeTV!. Aos domingos com participação especial no Programa Beto Ferreira, às 18h, na CNT.

Lopes O Homem do Vinho

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Esporte

Entrevista

Moracy Sant’Anna Reportagem

Beto Ferreira

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useu do futebol, em São Paulo. Um lugar perfeito para uma entrevista especial com experiente preparador físico Moracy Sant’ Anna. No passeio vimos fotos que remeteram Moracy a uma época bonita e saudosa. Observamos a diferença dos uniformes dos anos 70 para os de agora. Moracy comentou que nos dias de hoje “existe uma tecnologia enorme empregada nos uniformes, como a da absorção do suor. Na época dos anos 70, os calções mais curtos eram moda. Com o tempo isso foi mudando, até porque aquele modelo assava a virilha dos jogadores”. Moracy já passou pela seleção brasileira e por grandes e cobiçados times de futebol. Sua eficiência e garra são frutos de muito trabalho e suor. Seus feitos não só acarretaram resultados positivos aos times em que ele atuou como também, trouxeram reconhecimento e admiração pela pessoa e pelo profissional Moracy Sant’ Anna. Acompanhe a entrevista:

Beto Ferreira

As pessoas te definem como um exemplo no futebol. Mas não foi tão fácil assim chegar onde você está, não é?

Moracy Sant’Anna

Foi uma história relativamente longa. Após fazer um curso técnico de Agrimensura e trabalhar em uma empresa de engenharia, vi que aquela não era a minha área. Foi quando encontrei um amigo com quem estudei antigamente. Ele estava fazendo Educação Física, em Santo André. E como eu sempre me meti no esporte e sempre gostei de jogar futebol, acabei indo pelo mesmo caminho, para a faculdade de Educação Física. Enquanto eu estudava, encontrei com o Antonio Marchetti que foi

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o meu treinador no Nacional. Foi ele quem me levou para o Palmeiras para que eu adquirisse experiência. Eu saia da faculdade, em Santo André e corria para São Paulo. Nem comia, ia direto para onde o pessoal treinava. Depois de três meses lá, apareceu uma oportunidade no juniores do Palmeiras. E em janeiro de 1974, quando eu ainda tinha o terceiro ano de educação física pela frente, me tornei auxiliar no time principal. Três anos depois, eu já era o primeiro preparador físico do Palmeiras e depois de mais três anos fui para a Seleção Brasileira, junto com o Telê Santana na copa de 82.

Beto Ferreira

Moracy, o seu primeiro compromisso como profissional foi um grande desafio?

Moracy Sant’Anna

Sem dúvida. No início de 1974, ainda existia aqueles campeonatos em que muitas equipes disputavam. E devido à tabela, sempre tínhamos que ir para o norte e nordeste cumprir três partidas. Naquela ocasião em que o time principal estava viajando, eu fui incumbido de ficar com os reservas aqui. Na época eu tinha 23 anos, estava no início da carreira, sem ter me formado ainda e a maioria dos jogadores tinham mais idade do que eu. No primeiro dia de treino estava chovendo muito forte e eu não via a trave do outro lado. Então tive que improvisar dentro do vestiário. Um dos jogadores não estava fazendo o trabalho direito e eu fui cobrar dele. Começamos uma discussão que se tornou muito forte, ele me xingou e eu parti pra cima dele. No outro dia lembrei que o Brandão antes de viajar para Manaus, tinha me falado para eu não criar atritos com os jogadores, e então passei aquela semana engolindo sapos.


Depois que fiz o relatório para o Brandão, ele chamou o atleta e disse para ele me respeitar. Já comecei meu primeiro dia tendo que lidar com essas dificuldades de relacionamento.

Beto Ferreira

Como foi estar na seleção da

copa de 82?

Moracy Sant’Anna

A seleção do Telê foi derrotada pela Itália nas quartas de final. Era uma seleção que estava fadada a ser campeã do mundo. O que faltou para aquela geração de Sócrates, Zico e Júnior, era o título. A eliminação foi na véspera do meu aniversário, cinco de julho. Na copa de 86, no México, os jogadores já estavam quatro anos mais experientes, porém novamente fomos derrotados pela França em decisão por pênaltis.

Beto Ferreira

Você já havia participado de duas copas que não tiveram resultados agradáveis. Então a de 94 tirou a prova dos três?

Moracy Sant’Anna Sim, a copa de 94 para

mim tem muito significado. Eu vinha de vários títulos

com o São Paulo. No início na década de 90, o clube foi campeão brasileiro, campeão paulista, bi-campeão da Libertadores e bi-campeão mundial em Tóquio. E tudo isso culminou com o título de 94. Dos 45 títulos que eu tenho, sem dúvida, este é o principal e o que mais me emociona.

Beto Ferreira Tecnicamente falando. No futebol o principal objeto para que um jogo aconteça é a bola. Quais foram as inovações deste objeto? Moracy Sant’Anna É incrível ver como a bola era confeccionada antigamente, com couro e costura feitas a mão. Atualmente as bolas são de couro sintético. A tecnologia é grande em relação a ela. No entanto, os jogadores não gostam muito, eles preferem aquelas bolas de couro que eram utilizadas até 1990. As bolas atuais facilitam muito para os atacantes porém dificultam para os goleiros. Foi um bate papo agradável. E em um lugar que como o próprio Moracy Sant’ Anna define: “O Museu conta a história do futebol e vai continuar contando”.

com Nelson Ferri

Dedicado e desbravador, o esportista Nelson Ferri vem colecionando inúmeras conquistas e vitórias. Aos 61 anos ele é maratonista e leva uma vida regrada. Corre de 12 a 16 km por dia e em época de prova ele aumenta a carga do treino para 20 km/dia. Suas participações em corridas tiveram início em 1980. De lá pra cá coleciona algumas boas lembranças de realizações pois já carregou a tocha do PAN e concluiu em Nova York 6 maratonas. Em janeiro deste ano, na Disney, Nelson concluiu o “Desafio do Pateta”, uma prova de 63,3 km. Nelson embarcou para Paris no último mês de abril para participar de outra prova. Ainda esse ano tem maratonas e corridas previstas em Santiago, Chile, Noruega, Buenos Aires, Nova York, e a famosa São Silvestre, em dezembro, aqui no Brasil. Boa sorte ao nosso atleta brasileiro que aos 61 anos mostra que ter uma vida ativa faz bem não só para o corpo, mas também para a mente. “Se você quiser brincar de correr, corra 10 ou 15 km. Mas se você quer ter uma experiência de vida, corra e termine uma maratona de 42,2 km. Você se sentirá outra pessoa com outros princípios de vida.” Nelson Ferri

divulgação

Vida Ativa


Direito

Condenações midiáticas e a negação do princípio da presunção de inocência

E

xtra! Extra! Chocante! Mortes na vila! Criminalidade cresce! Manchetes, as vendas de jornais sobem, a audiência cresce. Freud e demais estudiosos da psique humana já trataram da apreciação que o ser humano tem pela violência, principalmente a alheia. O inconsciente livre de barreiras e freios morais aprecia o contato com o crime – Durkheim trata da normalidade da transgressão na sociedade – pois é um desejo imerso de que nós o façamos. Em contraposição, o superego utiliza a punição aos desviantes como forma de reforço do limite moral/ético que nos afasta da posição de ruptura com as regras criminais. Aproveitando esse interesse, a mídia usa e abusa

Maicon Guedes

Advogado Mestre em Direito - UFPR Doutorando em Direito Universidad de Buenos Aires Contato: Maicon Guedes Advocacia - (41) 3078-8196 maiconguedes@yahoo.com.br

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? das páginas policias no jornais diários e em programas apelativos onde a vítimas e agressores são expostos sem qualquer interesse investigativo aparente. Situações vexatórias para as partes envolvidas são criadas, pessoas são acusadas com base em suposições, versões parciais da verdade, relatos de “ouvi dizer”. Protegidos por uma cláusula de ordem constitucional consistente na liberdade de imprensa e informação, integrantes dos órgãos midiáticos propagam versões relâmpago sobre fatos esclarecidos parcialmente ou mesmo que não passam de meras suposições. Culpados devem ser encontrados. Com efeito, a liberdade de imprensa é garantia da sociedade que foi alcançada com séculos de lutas e avanços democráticos, mas toda liberdade deve encontrar limite onde começa a liberdade do outro, nesse caso, o direito à privacidade emerge como proteção contra invasões indevidas na vida privada. Fatos particulares, que não restam revestidos pelo interesse público – que é diferente de curiosidade pública – não podem ser alvos de divulgação. Mais importante que esta injusta violação à privacidade, está o esmagamento do princípio da presunção de inocência, também prevista na Constituição da República. Nossa lei máxima adverte que ninguém será considerado culpado até trânsito em julgado, é dizer, somente após encerrado o processo, com esgotamento dos recursos cabíveis, é que se torna possível responsabilizar e taxar o desviante como criminoso.


Para se desviar de qualquer responsabilidade de acusar alguém indevidamente, os veículos de comunicação insistem em noticiar crimes e imputar, acusar sob a orientação de que está baseada nos relatos e versões da Polícia ou do Ministério Público. O problema reside que a condenação moral, realizada pela sociedade, no mais das vezes, não aceita ampla defesa, contraditório ou recursos. Nesse sentido, a máxima que a primeira impressão é que fica prepondera. A condenação social, apontando o cidadão como criminoso, traz consigo uma série de conseqüências funestas. Alessandro Barata aborda os aspectos do labeling aproach, o rotulamento da pessoa como desviante, como alguém que merece ser excluído do círculo social, que não merece crédito ou confiança. Além disso, mesmo a pena, aplicada com base em uma sentença judicial irrecorrível, somente pode atingir a pessoa do criminoso, pois a punição é indi-

vidualizada. No caso dos efeitos da condenação mi-

diática atingem não só o agressor, mas todos que lhe cercam, com destaque para seu núcleo familiar, que passa a ser vista publicamente como familiares de um dito criminoso. Ocorre, no entanto, que esse cidadão, já espezinhado por ser supostamente o criminoso, pode provar sua inocência, ou melhor, para seguir o princípio penal máximo, a acusação não consegue provar que ele é culpado, mas como conseqüência de sua absolvição processual, não se segue a absolvição social. A imagem de criminoso já está gravada na mente dos consumidores de notícias. Deve haver, pois, um necessário pensar ético dos profissionais da mídia antes de revelar fatos que não terão utilidade para os integrantes da sociedade, tampouco avanços na investigação criminal, mas que podem prejudicar em muito a vida do suposto agressor e de seus entes próximos.

Responsabilidade Social Tema bastante atual, responsabilidade social traduz-se em deveres e obrigações de indivíduos e empresas para a sociedade em geral. No caso das empresas, estas se mantém com atividades lucrativas, por serviços prestados à sociedade e, como forma de retribuição, empresas conscientes tem praticado cada vez mais ações que venham a beneficiar “o todo” considerando programas que proporcionam o benefício mútuo como, educação, esportes, saúde, meio ambiente dentre outros. É verdade que o Estado deveria suprir as necessidades sociais, porém, com o rápido crescimento da população bem como suas necessidades, esta tarefa tem se demonstrado difícil. Assim as empresas preocupadas com o compromisso de qualidade de vida social atual e principalmente futuros, engrenam em desenvolvimentos de projetos e programas que garantam uma fusão de interesses entre comunidade, governo, empresa, fornecedores e clientes, objetivando a promoção do bem comum. Considerando que, são objetivos da Constituição da República, a Lei maior do País: erradicar a pobreza e a marginalização e, reduzir as desigualdades sociais, a conscientização e contribuição da própria sociedade, seja indivíduo ou empresa, propiciará uma convivência social mais justa e solidária. Fica hoje aos leitores a dica para pensarmos em uma sociedade com melhores oportunidades e qualificações, através do desenvolvimento e prática da responsabilidade social. Procuremos conhecer e nos informar sobre responsabilidade social consciente e empresas praticantes. Todos podemos contribuir, de alguma forma, para um Bacharel em Direito convívio social harmônico em amplo sentido. Informações e sugestões:

Jackeline A. dos Santos

Boa leitura e até a próxima.

(41) 3336 9236 ou advocacia.advc@gmail.com

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Exopolítica

Você sabe qual é o seu signo maia? O

Calendário Maia é um tema pouco difundido pelo mundo, ou pelo menos era até o recente lançamento do hollywoodiano “2012”, que por sua vez denegriu novamente a imagem da cultura Maia, mas isso é assunto para as próximas edições. Dentre as pessoas que já ouviram falar do Calendário Maia, quase todas “sabem” que existe algo de especial sobre ele, mas quase nenhuma sabe exatamente do que se trata. A maioria acredita que “Calendário Maia” é o mesmo que o fim do mundo, mas não é bem por aí. Existe hoje pelo mundo e principalmente nos países da América Latina, em especial no Brasil um movimento chamado “Calendário da Paz” ou “Calendário de Treze Luas” que por muito tempo intitulou-se Maia. Na verdade os Maias nunca usaram esse calendário que foi criado por José Argüelles. Esse calendário é uma invenção baseada em conceitos Maia e está, digamos assim: fora de sincronia com o ritmo natural de criação no universo. Seu inventor modificou datas de ciclos de tempo para que todos que venham a seguir esse calendário entrem em sincronia não com a natu-

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reza em evolução mas sim com ele mesmo. Muitos de seus seguidores estão somente agora começando a se desvincular do Calendário da Paz, ou “Sincronário de 13 luas” e procurando o verdadeiro valor da herança Maia. Segundo o cientista PHD Carl Calleman, autor de diversos livros a respeito e responsável pelo esclarecimento do significado do Calendário Maia, todos nós possuímos uma parcela de responsabilidade na evolução coletiva. Calleman provou cientificamente que tudo o que aconteceu a partir do surgimento do universo, está dentro da “planilha” de evolução da consciência coletiva, ou seja, realmente tudo mesmo que aconteceu na história da humanidade e ainda na história do próprio universo, faz parte de uma “grade” de desenvolvimento, e cada uma dessas minúsculas parcelas de consciência, que são eu e você e o resto dos seres vivos estão enraizados nesse processo de evolução, mesmo que você não saiba ou não esteja “consciente” desse processo, você participa do mesmo jeito, querendo ou não. Como você deve estar acompanhando pela televisão ou pelos jornais, o planeta está passando por uma fase de tratamento, um renascimento, abondanando os velhos padrões e se abrindo para uma nova realidade. Tudo isso já estava previsto no Calendário Maia.

Nossa Jornada

Imagine que antes do universo surgir, já haviam outras dimensões co-existindo. Segundo a conclusão dos autores das principais teorias sobre nossa origem, como a das cordas, da malha, das múltiplas dimensões, provavelmente o big-bang (explosão criadora do universo) aconteceu pelo atrito dessas dimensões. Seja lá como tenha sido o surgimento do universo, acredito que há um propósito para a existência dessa dimensão que povoamos agora. Um indício dessa razão pode ser observado através da história do ser humano, que por sua vez funde-se com a história da natureza. Ora! Há poucos anos atrás éramos seres extremamente primitivos, antes disso éramos seres quadrúpedes, antes disso éramos bactérias, antes disso éramos ainda partículas viajando em pedaços de asteróides... e um tanto antes os astros estavam se organizando para que certas estrelas “conseguissem” se tornar capazes de abrigar planetas em condições “especiais” para que “algo” aconteces-

se. Cientistas, através do estudo da física quântica, estão chegando à conclusão de que só pode haver uma inteligência por trás da origem do universo. Eu acredito que essa dimensão que habitamos conscientemente é como uma incubadora. Uma incubadora que promove o desenvolvimento do conhecimento pleno, a verdade sobre tudo, de onde viemos, para onde vamos e por que. Tudo é uma questão de adquirir consciências cada vez mais expandidas sobre a realidade, assim como foi a descoberta do fogo, da arte, da religião, da industrialização e da internet. E tudo é realmente um questão de consciência: consciência familiar, consciência tribal, consciência nacional, consciência do poder, consciência da ética, e finalmente a consciência universal. E todo esse desenvolvimento da consciência coletiva que se iniciou há 16.4 bilhões de anos atrás (essa é a parte incrível) pode ser observado perfeitamente através das pirâmides Maia. Essa é a grande descoberta do cientista Carl Calleman. Toda a nossa existência faz parte de um cronograma “matematicamente” programado em 9 níveis chamados Submundos, divididos em 13 seções. O primeiro desses submundos começou com o big-bang, há 16.4 bilhões de anos e o último termina agora em 28 de outubro de 2011! Não só ele como todos os outros 8 que estão girando desde o início dos tempos! Mais informações: calendario.maia.grabo@hotmail.com gugugrabo@msn.com Um abraço e até a próxima edição! Próxima Edição: • O QUE ACONTECERÁ EM 2011? • O CALENDÁRIO MAIA E A SUA INTUIÇÃO • PARA ONDE IREMOS?

Marcos Grabowski

gugugrabo@msn.com www.calleman.com

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Etiqueta

A Etiqueta e o Cotidiano

Fabio Arruda

www.fabioarruda.com.br

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T

ornar mais fácil e profícuo o relacionamento entre as pessoas independente de classe sócio-cultural ou financeira. Esta é a definição sobre Etiqueta dada atualmente por alguns sociólogos e estudiosos do comportamento humano. E acreditem, é a mais pura verdade. O início desta definição de códigos de comportamento estabelecidos é bem antigo. Livros portugueses dos Séculos XV e XVI guardam relatos de algumas normas tais como: “Lavar a roupa( íntima) branca uma vez ao mês” ou”Ter sempre um grande tapete no chão da sala para esquentar os pés das visitas”. O real patrono da Etiqueta como a conhecemos foi Luís XIV - o Rei Sol - que decidiu no no Século XVII construir a casa mais fabulosa que já fora vista, o palácio de Versailles. Movido por sua vaidade exagerada queria que os demais confirmassem sua afirmação de ser a França o reino mais elegante do mundo. Vamos entender que quase cinco séculos se passaram e lavar a roupa íntima a cada trinta dias é algo absurdo para os padrões de higiene atuais, mas pensar num tapete como objeto de conforto para quem nos visita, continua sendo uma idéia muito gentil. Os motivos do Rei Sol podem não ter sido os mais nobres, mas desencadearam um enorme avanço nas relações humanas. Quando quis receber outros reis e seus nobres se deparou com um problema que existe até hoje: os vícios de comportamento. As pessoas de sua côrte sempre conviveram entre si e a falta de diferentes padrões ou culturas gerou acomodação, um passo para o descaso e relaxo total. Algumas regras foram estabelecidas e colocadas num pedaço de papel - “estiquette” no francês arcaico,” etiquette” hoje em dia - que foi colocado estratégicamente ao lado dos nobres franceses para que se comportassem de maneira semelhante à mesa e se destacassem pela uniformidade. Dada a introdução histórica, analisemos o uso destes códigos e os resultados e benefícios adquiridos.O comportamento baseado em regras básicas faz com que possamos conviver com as mais variadas pessoas e inteirar-se de peculiaridades de diferentes culturas e costumes nos permite transitar pelo mundo, sem fronteiras. Cumprimentar as pessoas, mesmo que com um

leve assentir de cabeça e retribuir um sorriso recebido é o básico para uma boa convivência. É fato que vai longe o tempo em que todos os homens usavam chapéu e a menção de tocar a aba e mover o rosto para baixo era o cumprimento usual. Já as mulheres não deveriam olhar diretamente nos olhos dos homens e mãos nuas, sem luvas, beiravam a indecência. A chamada evolução trouxe novos costumes e um problema: Como lidar com os “beijinhos”? Dizem ser um costume latino, mas não é exatamente assim, já que no México e em diversos outros recantos da América Latina não se beija tanto e tão informalmente quanto aqui. Já soube de alguns lugares do Brasil onde existe o hábito de cumprimentar alguém com 5 !!! beijos. Se “Um é olá, dois para casar e três para não morar com a sogra” imagino o que os dois beijos seguintes podem significar.... O que vale como regra é o bom-senso e baseando-se nele, digo que um beijo é mais do que suficiente. Mas aí rapazes, pode morar o perigo; no ambiente profissional este simples ato de saudação pode implicar numa denúncia por assédio sexual. Complicado não? O aperto de mãos - firme, decidido, mas não esmagador - é a prática mais correta no trabalho e a mais comum entre homens. Lembrando que amigos podem perfeitamente trocar um abraço e o beijo entre familiares não é mais exagero dos italianos, apesar do “selinho” trocado pelos russos continuar sendo muito estranho para nós. Homens se levantam para cumprimentar mulheres e para todos os demais. O “tapinha” nas costas é muito comum e bastante irritante. São tantos detalhes... A idéia é demonstrar nos mais variados assuntos que a Etiqueta existe e quando seguida aumenta as conquistas em todos os setores. Definições como “ brucutu”, “primata”,” homem das cavernas” ou “ dandy”,”yuppie “preppie”, estão um pouco de lado, já que o assunto atual é definir se o homem se enquadra em “metro” ou ¨übersexual. Todo enquadramento muito restrito a rótulos é impreciso, preconceituoso e bobo. No caminho do cavalheirismo e sem tropeçar na “frescura” vale abordar os mais variados assuntos. Para encerrar, falar sobre a maneira correta de se despedir seria interessante, mas... isso abre um novo assunto, para outra oportunidade.

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Música

Rock and Roll... por favor? A

música sempre fez e sempre fará parte de nós. Ela cresceu junto conosco durante os anos e encontrou uma maneira de nos conectar uns aos outros. Os povos podem usar a música como uma saída emocional ou como uma forma de se expressar. A música ajuda a mudar os ânimos, ajuda a limpar a casa com alegria, muda seus modos e atitudes, ajudar a se exercitar, trabalhar, e até dançar. Eu mesmo quando escuto certas músicas, retorno em mente para um lugar especial, ou a uma lembrança inesquecível. Faz tempo que a música mudou a minha vida. Há muitos estilos diferentes de música tais como Blues, Clássica, Country, Dance, Folk, Jazz, Ópera, Pop, Reggae, R&B, Rock, Hip Hop, Funk, MPB, Bossa Nova, Samba e outros. Nessa minha primeira participação para a revista, escolhi falar um pouco de um estilo que eu mais me identifico, primeiro por ter vivido a época dele, e segundo, por estar envolvido diretamente com uma banda que se apresenta tocando Rock and Roll, mais precisamente rock clássico......... Vamos lá ! Albert James Freed nasceu em Johnstown, Pensilvânia, EUA, dia 15 de dezembro, de 1921. Foi um dos radialistas mais conhecidos e ficou conhecido como o “Rei do Rock and Roll,” já que inventou o termo ao transmitir um programa de rádio, em 1951. Freed trabalhou em muitas estações de rádio durante a sua carreira, algumas delas na

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Pensilvânia, como a WKST em New Castle, onde organizou o primeiro concerto de Rock and Roll da história, “The Moondog Coronation Ball”. Freed ajudou vários artistas a começarem suas carreiras no Rock and Roll. A primeira banda a ser classificada como banda de Rock and Roll foi a “Bill Haley and The Comets”, o ano foi 1952. Em 1953 a banda gravou “Crazy man Crazy” que vendeu cerca de 70.000 cópias de singles, mas foi em 1954 que foi gravado “Rock Around The Clock” tornando-se um tipo de hino nacional para a adolescência da época, e daí para a frente o Rock and Roll se tornou um estilo de vida para a maioria da juventude. À partir daí apareceram centenas, senão milhares de artistas nos anos 50, cada um com um estilo próprio e mais original do que o último. Alguns exemplos são: Fats Domino, Buddy Holly, Jerry Lee Lewis, The Everly Brothers, Roy Orbison, Eddie Cochran, Chuck Berry, Little Richard, Carl Perkins, Ray Charles, e um garoto motorista de pick up que respondia pelo nome de Elvis Presley. Nos anos 60, apareceram bandas e artistas usando instrumentos tradicionais de forma não ortodoxa abrindo caminhos nunca antes percorridos, gravando melodias e harmonias que iriam revolucionar o mundo da música para sempre. Alguns artistas e bandas que marcaram época eram: The Mamas and the Papas, The Who, Jimi Hendrix, The Doors, James Brown,The Byrds, Bob Dylan, The Kinks, The Animals, Janis Joplin, The


Rolling Stones, e quatro garotos de Liverpool que mudariam a história da música para sempre, The Beatles. Nos anos 70, apareceram grandes nomes no cenário do Rock and Roll. Nessa mesma década o mundo da música tomou um susto com a crítica que era formada por filhos da geração de roqueiros dos anos 50 e 60. Estes afirmavam que a era “Disco” havia chegado para acabar definitivamente com o Rock and Roll, considerado desde os anos 50 como um estilo de música satânico. Ainda bem que grandes nomes da música Rock and Roll não levaram a sério o que era considerado como profecia fajuta pela imprensa internacional. Alguns dos grandes nomes dos anos 70 são: Led Zeppelin, Pink Floyd, The Eagles, Black Sabbath, Kiss, ACDC, America, Aerosmith, Deep Purple, Santana, Yes, Sex Pistols, Rush, Creedence Clearwater Revival e Queen. Os anos 80 nos trouxeram um estilo completamente diferente das últimas três décadas de Rock and Roll, com arranjos, efeitos sonoros, visuais e produções gigantescas pertencentes a bandas como: Michael Jackson, Prince, U2, The Police, Guns and Roses, Iron Maiden, Metallica, Dire Straits, ZZ Top, Men at Work, Scorpions, e Van Halen entre outros. Nesses últimos 50 anos, a música Rock and Roll passou por algumas mudanças radicais. Os estilos, os sons, os gêneros e a tecnologia avançaram muito. A mudança mais visível e provavelmente a mais negativa foi o desaparecimento “das Super Bandas”. Nos anos 50, 60 e 70, bandas como The Beatles, The Rolling Stones, Led Zeppelin e Pink Floyd, redefiniram a indústria da música. Essas bandas tiveram carreiras longas porque as gravadoras acreditavam no desenvolvimento do artista. Hoje em dia as gravadoras proporcionam apenas uma chance aos novos músicos, pois querem o sucesso imediato. A música Rock and Roll nunca mais será igual, na realidade sabemos que modismo vai e vem, desaparece e de repente reaparece de novo, camuflada de outra forma. Talvez nunca teremos outro Pink Floyd ou muito menos outros Beatles, mas de uma coisa tenho certeza, venha o que vier, o bom e velho Rock and Roll estará conosco para sempre. Sucesso! Joe Roberts

Joe Roberts

Canadense, vocalista da banda Joe Roberts and Friends www.joerobertsbanda.com

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Reflexão

Livre-se das Crenças Limitadoras

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oa parte das travas em relação a vida são fruto de um tempo onde a informação não era tão esclarecedora como atualmente, porém são raízes acomodadas em nosso íntimo, as quais vivem nos lembrando até onde podemos ir e quais são os limites de nossas atitudes. Conheço muita gente que ainda tem medo de leite com manga; muita gente que ainda desvira chinelo quando está de sola para cima e muita gente que acredita que o difícil vem antes do fácil. Somos seres construídos por nossas escolhas, portanto é hora de fazer escolhas que estejam afinadas com nosso jeito de ser; nosso jeito de agir; nosso jeito de pensar e nosso jeito de levar a vida. Descubra suas Crenças Limitadoras, na verdade você sabe quais são, elas estão diante de sua vida a todo momento e não permitem que suas realizações se tornem concretas, porém seu medo de livrar-se delas é maior do que o de conviver com elas. Para vencer o medo não é necessário paralisar-se diante dele, para vencer o medo, precisamos seguir enfrente apesar dele. Pessoas com Crenças Limitadoras realizam pouco, porque possuem pouca habilidade de buscar resultados, nunca vão além, vão sempre até ali. Quando tiver de decidir entre ficar onde está e seguir a frente, decida ir a frente, onde se está, já é um lugar conhecido, nosso melhor pode estar no desconhecido e as Crenças Limitadoras se alimentam justamente de nossa acomodação e fuga de onde realmente nossas oportunidades nos aguardam. Elas fornecem uma falsa sensação de segurança, de que tudo está bem e vai continuar bem, no entanto estão fazendo a cada momento uma prisão que seduz o comportamento das pessoas com esperança de liberdade, uma liberdade que nunca virá se não for conquistada com coragem.

Cesar Romão Escritor e consultor organizacional www.cesarromao.com.br

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O pensador Auguste Rodin escultura em mármore


M O D A

M A S C U L I N A

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