“A vida é uma sucessão de provações, aflições e perdas. E também uma sucessão de alegrias, felicidades e encantos. A maneira como enfrentamos os primeiros influencia como recebemos os últimos. Por isso devemos prestar atenção em nossas desolações, e por isso as ©Céline Nieszawer/Le extra/L'Iconoclaste
consolações, autoconsolações e consolações coletivas
Christophe André é psiquiatra, um dos maiores especialistas da França em psicologia das emoções. Trabalhou a maior parte de sua carreira no Hospital SainteAnne, em Paris, em uma unidade de psicoterapia comportamental e cognitiva especializada no tratamento e na prevenção de ansiedade e depressão. É autor de vários best-sellers internacionais. Em seus livros, Christophe André tem o dom de trazer à tona temas às vezes invisíveis na psicologia, como autoestima, sentimento de culpa, imperfeições e meditação.
são importantes. A consolação é o curativo colocado sobre a ferida dos desapegos impostos pela vida.”
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este livro, Christophe André, um dos maiores psiquiatras franceses da atualidade, fala sobre a necessidade de sabermos pedir ajuda, a capacidade de aceitar o apoio do outro e a habilidade de consolar quem está ao nosso redor. Diante de uma adversidade, não podemos exigir de nós mesmos uma recuperação rápida e indolor: é importante reconhecer essa dor, respeitar essa tristeza, entender que isso faz parte da vida. Também não podemos prometer aos amigos e à família que a vida vai ser fácil, que tudo vai dar certo, mas podemos garantir que enfrentaremos juntos o que quer que seja, com um pouco de fraternidade, empatia e esperança. O autor faz um chamado para não nos abatermos, para enfrentarmos a resignação, sacudirmos a poeira e darmos a volta por cima. Este livro nos ajuda a encontrar fontes de encorajamento para lidar com as tristezas do passado e com as adversidades do futuro, redescobrindo assim a graça da vida. vida
ISBN 978-65-86551-81-5
9 786586 551815
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om décadas de experiência em psicoterapia, o renomado psiquiatra francês Christophe André sabe reconhecer quando seus pacientes enfrentam dores e desolações. A todos eles, mais do que o tratamento e um conforto temporário, Christophe oferecia uma forma de consolá-los e ajudava-os a conviver com as tempestades do cotidiano. Então, quando ele mesmo descobriu que tinha uma doença grave, percebeu o quanto o afeto e a empatia são importantes no caminho para transformar a ferida em cicatriz. Toda desolação, grande ou pequena, é como uma parada brusca numa vida que avançava tranquilamente, uma vida na qual cada dia continha a promessa dos dias seguintes, cada ocasião perdida era desimportante, porque haveria outros amanhãs e outras oportunidades de recuperá-la. O papel da consolação, nesses momentos, não é reparar o que foi quebrado, mas ajudar a enfrentar as provações subsequentes e as incertezas futuras. Ao se deixar consolar pela beleza dos momentos simples da vida, podemos nos sentir reconfortados pela doçura do mundo e nos preparar para enfrentar as tristezas do passado e as adversidades do futuro.