Foto: Felicità
Advogada Sócia fundadora da Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas (ABRAFH) Presidenta Nacional da Comissão da Diversidade Sexual da OAB
/licia.loltran
Vice-Presidenta do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM)
@licialoltran @Loltran
ISBN 978-85-8217-858-4
9 788582 178584
A insistência em ser feliz
A insistência em ser feliz
Juazeiro-BA. É jornalista formada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e graduanda em Direito pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape). A ideia de escrever sobre famílias homoafetivas partiu de uma inquietação da escritora em entender como essas formações familiares nasciam e conviviam com uma sociedade ainda eivada de preconceito e pré-conceitos.
Famílias homoafetivas
Lícia Loltran nasceu em 1992, em
Lícia Loltran
U
ma delícia o subtítulo destas belas histórias de afeto: a insistência em ser feliz! E talvez seja só isto que as pessoas precisam saber e conhecer: que todos, absolutamente todos, merecem alguém para chamar de seu: um par, um filho, um amor na vida. Ora, o direito a ser feliz independe da orientação sexual ou da identidade de gênero. Principalmente após o surgimento dos métodos de reprodução assistida, está ao alcance de qualquer um ter uma família com filhos. Ainda que seja uma pessoa solteira ou mesmo que o casal seja infértil, como acontece no caso dos vínculos homoafetivos. Com uma linguagem fluida, Lícia Loltran vai mostrando a realidade dos afetos de um punhado de gente e acaba formando e transformando todos nós. Maria Berenice Dias
lícia loltran
Vencedor do
E
ste livro-reportagem de Lícia Loltran é um convite à desconstrução de estereótipos sobre os relacionamentos homoafetivos. Há, na sociedade, uma distorção quanto ao público e o privado dessas relações e uma tendência em limitá-las, apenas, ao campo do sexo e da intimidade (privado), e não ao da afetividade, da busca pela felicidade e do respeito à diversidade. De forma humana e sensível, Lícia Loltran traz para o leitor histórias de vida que ressaltam a busca pela felicidade fora dos “padrões” judaico-cristãos. Essas histórias também destacam as dificuldades de casais homoafetivos na legalização de suas uniões, nas adoções e, principalmente, na superação de preconceitos. Mesmo que o teor “militante” não se faça presente nos textos, este livro é, na verdade, uma brilhante iniciativa de humanizar casais de mulheres com filhos, que fogem da heteronormatividade, mas que, para existirem, tiveram de se sujeitar a leis e à ordem estabelecida. Nesse sentido, o livro tem uma perspectiva política, pois traz situações decorrentes da luta dos casais homoafetivos na superação de barreiras familiares, sociais e institucionais. Tudo isso sem cansar o leitor, pois cada narrativa está recheada de detalhes, singularidades que, no conjunto, se tornam plurais. Na verdade, a leitura de Famílias homoafetivas: a insistência em ser feliz é mais que um convite à reflexão sobre o sentido de democracia e de respeito à diversidade em uma sociedade ainda homofóbica. Céres Santos Jornalista e mestre em Educação e Contemporaneidade